Este tem como fim abordar o processo que deu início as cruzadas, bem como, mostrar o que era, e como se deu toda sua trajetória, conhecido como um evento sangrento.
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Texto Introdutório - As cruzadas
1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES)
EEEMP Elpídio de Almeida
Série: 1º
Turno: Tarde
Professor Supervisor: Eriberto Souto
Bolsistas: Maria Emília, Milena Xavier, Natalia Santos, Natália Correia e Thais Costa.
AS CRUZADAS
As Cruzadas foram movimentos militares cristãos em sentido à Terra Santa
com a finalidade de ocupá-la e mantê-la sob o domínio cristão.
No século VII surgiu no Oriente Médio, uma religião também monoteísta que
conquistaria muitos adeptos com o passar do século. O Islamismo foi difundido através
do profeta Maomé e o seu crescimento criaria grandes embates com o cristianismo. No
final do século XI, a religião já havia se tornado grande o suficiente para clamar por
seus lugares sagrados, que, no entanto, eram coincidentes com os lugares sagrados dos
cristãos. A cidade de Jerusalém é o principal local sagrado para essas duas religiões
monoteístas e também para o judaísmo. A ocupação da cidade e das regiões próximas
que compõem a chamada Terra Santa foi motivo de muitos conflitos entre essas
religiões na Idade Média e ainda é uma das causas da instabilidade no Oriente Médio.
O termo Cruzada não era conhecido na época em que ocorreram. Só foi assim
nomeado porque seus participantes se consideravam soldados de Cristo e se distinguiam
pela cruz em suas roupas. Na época em que ocorreram, eram chamadas de peregrinação
ou de guerra santa pelos europeus. No Oriente Médio, contudo, eram chamadas de
invasões francas, em função da maioria dos cruzados serem provenientes do Império
Carolíngio e de se autodenominarem francos.
2. O entorno do ano 1000 viu o significativo crescimento das peregrinações de cristãos
a Jerusalém, pois eles acreditavam que o fim do mundo estava próximo e, por isso,
faziam sacrifícios e buscavam as terras sagradas para evitar a eternidade no inferno. O
mundo não acabou e os muçulmanos ocuparam cada vez mais a Terra Santa, criando
grandes impedimentos para o trânsito de cristãos. A situação se agravou no decorrer do
século XI e irritou os cristãos, que se reuniram para a primeira expedição militar que os
levaria à Terra Santa para tentar expulsar os muçulmanos da região e devolvê-la aos
cristãos. Entre os anos 1096 e 1270, muitas expedições foram organizadas para tentar
reconquistar Jerusalém, porém os muçulmanos se mantiveram firme na região após
vários conflitos.
Um dos eventos mais curiosos envolvendo as Cruzadas certamente foi o de 1212.
Na ocasião, crianças e adolescentes que acreditavam estarem possuídas do poder divino
para reconquistar Jerusalém partiram em direção aos portos para embarcarem rumo à
Palestina. A expedição que ficou conhecida como Cruzada das Crianças vitimou
vários dos jovens ainda durante a viagem e os sobreviventes foram vendidos como
escravos aos muçulmanos quando atracaram no porto de Alexandria. Calcula-se que 50
mil crianças tenham sido colocadas nos barcos da mais desastrosa das expedições
cristãs.
As Cruzadas foram um fracasso em seu objetivo de conquistar a Terra Santa para
os cristãos. Custaram muito caro para a nobreza europeia e resultaram em milhares de
mortes. No entanto, essas expedições influenciaram grandes transformações no mundo
medieval. Elas causaram o enfraquecimento da aristocracia feudal, fortaleceram o poder
real e possibilitaram a expansão do mercado. A civilização oriental contribuiu muito
para o enriquecimento cultural europeu, promovendo desenvolvimento intelectual.
Nunca mais Jerusalém foi dominada pelos cristãos, mas as movimentações ocorridas no
trajeto para a Terra Santa expandiram os relacionamentos com o mundo conhecido na
época.
Fontes:
http://www.youtube.com/watch?v=kBol2p_S1F4
MAALOUF, Amin. As Cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, 2001.
WILLIAMS, Paul. O guia completo das cruzadas. São Paulo: Madras, 2007.