SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Escola Estadual Levi Durães Peres
Ensino Médio – 1º Ano – História – Professor: Marcelo Lopes de Oliveira
Resolução de exercícios – 2º Bimestre
A formação da Cristandade Ocidental (p. 134)
1. Cristandade: Elemento que fornecia identidade a um conjunto de reinos e territórios que têm em comum a mesma religião
cristã e a vinculação estreita com a Igreja. A formação da cristandade permitiu a articulação entre os diversos reinos
germânicos, a preservação de grande parte da cultura clássica e a incorporação de elementos da cultura germânica.
2. Direito Germânico: O ordálio visto como um Julgamento de Deus; o wergeld (o preço de sangue); a personalidade das
leis; aplicação a partir da tradição oral e costumeira.
3. O núcleo político-religioso traduzia-se na aliança trono-altar que favoreceu, de um lado, a expansão do reino franco e a
conquista da maior parte da Gália no século VI. De outro lado, auxiliou a Igreja de Roma na difusão da ortodoxia contra o
paganismo e o arianismo. Assim, tanto a Igreja quanto a monarquia tiveram seus interesses atendidos nessa aliança.
4. Pagão: Inicialmente definido como um camponês rude que nutria uma série de superstições, a palavra “pagão” passou a
definir os não cristãos que acreditavam em diversos deuses e nos poderes mágicos da natureza.
5. Carnaval: De herança greco-romana o Carnaval transforma-se numa válvula de escapa das pressões sociais que
recaíam sobre os humanos. Um momento extraordinário, um período diferente e necessário para sup ortar a ordem social.
O Islã (p. 144)
1. Razia: Ataques rápidos a caravanas e oásis promovidos pelos beduínos.
2. A jihad (guerra santa) tornou-se o núcleo de expansão e da unidade muçulmana. Ao exportar as guerras internas que
dividiam as diversas tribos, a guerra santa tornava-se o elemento aglutinador dos diversos grupos árabes.
3. Tolerância religiosa no Islã: Os povos conquistados pelos árabes muçulmanos puderammantersuas crenças e costumes
desde que arcassem com os pagamentos dos tributos do Estado. Muitos, por fé ou conveniência, tornaram-se
muçulmanos. Outros preferiram manter suas crenças e pagar os tributos.
4. Cristãos da Península Ibérica: Os cristãos ibéricos receberamforte influência árabe (na arquitetura, na arte, na medicina,
na química, na astronomia e na formação da língua portuguesa) e foram submetidos às regras islâmicas. Parte da
população refugiou-se ao norte formando pequenos reinos cristãos. No Al-andaluz, como passou a se denominar a área
dominada pelos muçulmanos, as populações cristãs e judaicas puderam manter suas crenças.
5. A religião muçulmana se tornou a fé predominante no norte da África, se propagou através do Saara e criou raízes tanto
na África ocidental quanto na África oriental. Entretanto, a exemplo de outras regiões conquistadas por árabes
muçulmanos, alguns dos povos conquistados puderam manter suas crenças e costumes, mas arcavam com o pagamento
dos tributos do Estado.
6. Sistema de trocas na África: A expansão islâmica colocou o continente africano no centro do comércio entre a Ásia e a
Europa, através do comércio do ouro, marfim e escravos e interligando as diversas regiões do continente.
Os Impérios Cristãos (p. 151)
1. Cesaropapismo: Era a integração entre Igreja e Estado no Império Bizantino que subordinava o poder religioso ao
imperador.
2. Aproximação entre Igreja e Estado franco: O rei carolíngio recebia o título de protetor dos romanos e tinha seu reinado
reconhecido pelo papado.No ano de 756, o monarca concedida uma extensa área territorial que fazia do papa líder de um
Estado, como chefe do poder espiritual e do poder terreno.
3. Reformas culturais e educacionais do período carolíngio: As reformas foram marcadas pela centralização e
entrelaçamento em torno da Igreja e do Império Carolíngio. Desde então, a língua falada passa de latina à germânica.
Assim,havia um descompasso:aoralidade não coincidiacomaescrita.Para resolverestasituação foram feitas alterações
no sistema de escrita com a introdução da letra minúscula carolíngia, para facilitar o processo de leitura e de transcrição
de documentos.Serviu, então, como a base para o surgimento das línguas germânicas até chegarem à sua forma atual.
4. Cultura intermediária no período carolíngio: Ela era composta da cultura erudita escrita em latim e da cultura popular
oral. Um denominador comum constituído por elementos míticos pagãos e elementos da religião cristã.
5. Com a morte de Carlos Magno em 814, a tendência à fragmentação política se acentuaria. Multiplicaram-se as relações
pessoais de compromissos. A divisão do império pelo Tratado de Verdun combinava-se com a ofensiva clerical.
O Feudalismo (p. 163)
1. Agricultura, cotidiano e imaginário medieval: O tempo natural era subordinado ao tempo religioso,que se afirmava
como a forma de fortalecer o homem medieval diante das forças da natureza, fundamentais para as atividades agrícolas
e, portanto, à sua existência. A religiosidade fornecia significados para a sucessão dos dias e anos: cada divisão do tempo
apontava, simbolicamente,para uma passagem do drama de Cristo na Terra, realizando o controle da Igreja sobre as
ações, comportamentos e mentalidade do homem medieval.
2. A frase de Aldaberon refere-se às três grandes ordens sociais do feudalismo: o clero, que exercia a direção religiosa, a
nobreza,que possuíaadireção militar; os trabalhadores,que eramencarregados das atividadesmanuais que sustentavam
a sociedade.
3. O bem mais importante da sociedade feudal, predominantemente agrícola, era a terra.
4. “A economia feudal tendia à autossuficiência.”: No período medieval, a produção agrícola processava-se em grandes
unidades denominadas senhorios. No interior dessas unidades eram produzidos quase todos os itens necessários à
sobrevivência humana: alimentos, vestuário, armamentos e utensílios. Pode-se dizer, então, que a economia tendia à
autossuficiência No entanto, alguns produtos, como o sal, só eram encontrados em regiões litorâneas, exigindo, portanto,
sua comercialização. Por outro lado,em conjunturas favoráveis, as atividades dos senhorios produziam um excedente que
não seria consumido internamente e que por isso era destinado às feiras, estabelecidas em geral, nas proximidades de
castelos senhoriais.
5. Concepções mentais entre burgueses e clérigos: O tempo religioso, sustentado pela ação clerical, era o tempo dos
significados místicos, da memória do Salvador que procurava reafirmar o sentido salvífico da história da humanidade. O
tempo dos burgueses era o tempo dos negócios e do trabalho, tempo leigo, de significados práticos, que começava a
ganhar espaço durante o período medieval.
Visões do Paraíso (p. 174)
1. Paraíso terrestre: Uma das motivações era restabelecer a harmonia entre os homens e Deus, rompida desde a expulsão
de Adão e Eva do Paraíso. Outra era uma espécie de compensação para a constante insegurança material – provocada
pela ameaça de fome, desnutrição e doenças – que rondava o cotidiano medieval.
2. Difusão das ideias sobre o Paraíso terrestre na Europa medieval: Nessa sociedade iletrada, onde o acesso à escrita
era privilégio de poucos, as mensagens bíblicas, os ensinamentos doutrinários e as lendas relacionadas com a busca do
Paraíso terrestre eram transmitidos pelapalavra,porintermédio de sermõese pregações,e pelas imagens,pinturas,vitrais
e esculturas.
3. Sobre as Cruzadas:
a) Motivações religiosas: As cruzadas representavam a possibilidade do exercício de um tipo de devoção mais
concreta, obstinada em tocar relíquias e lugares sagrados. Arriscar a vida e suportar os sofrimentos para conquistar
Jerusalém, sob o domínio muçulmano, significava para os cristões uma verdadeira prova de fé.
b) Motivações econômicas e políticas: Controlar a região daPalestina significavatambémapoderar-se de novas terras,
riquezas e estabelecer um entreposto mercantil favorável ao comércio de especiarias com o Oriente. Além disso, as
cruzadas exportavam para fora das fronteiras da cristandade grupos empobrecidos e representantes da pequena
nobreza. Em ambos os casos, tratava-se de soluções políticas contra o risco de revoltas populares ou pilhagens e
saque praticados pela nobreza. As cruzadas exportavam as tensões sociais do feudalismo.
4. Características do Paraíso Terrestre: Era representado como um lugar de harmonia espiritual, de salvação e proteção
divina. Mara era também um lugar repleto de delícias materiais: abundância e fartura. As representações do Paraíso
continham os desejos e as expectativas do homem medieval.
5. “Os limites entre o que chamamos de realidade e fantasia eram tênues [...]a novidade era filtrada pelo imaginário”:
O desejo da salvação aliado à crença de que o mundo era uma criação de Deus e seus fenômenos atos da vontade divina
tronavam “plausível” a crença na ocorrência de milagres e na existência de lugares maravilhosos. As novidades tendiam
a ser incorporadas ao repertório cultural religioso e fantástico já existente.
6. O desenvolvimento das cidades africanas foi acelerado pela expansão islâmica e esteve vinculado à rede mercantil que
articulava o norte da África às regiões subsaarianas, ao Oriente e à Península Ibérica.
Escola Estadual Levi Durães Peres
Ensino Médio – 3º Ano – História – Professor: Marcelo Lopes de Oliveira
Resolução de exercícios – 2º Bimestre
Brasil: entre o moderno e o arcaico
1. Antropofagia cultural: Tentativa de combinar as particularidades nacionais e as tendências artísticas mundiais, a herança cultural e os
impulsos de modernização, incorporando elementos da cultural ocidental sem perder de vista a identidade nacional, expressada por novas
linguagens e composições.
2. Os dois principais grupos do modernismo eram o Movimento Pau-Brasil, constituído por artistas de esquerda, e o grupo Verde-Amarelo,
posteriormente transformado em Grupo Anta, composto por artistas de direita.
3. Tenentismo: Movimento militar nacionalista, liderado por capitães e tenentes, que propunha uma série de reformas no regime oligárquico.
Defendiam a purificação das instituições republicanas, com a diminuição das oligarquias regionais. Sua atuação, de 1922 a 1927, foi
marcada pelo conteúdo ameno e intervenção radical, pois não questionavam as estruturas econômicas do país, apesar dos levantes militares
de 1922 e 1924, e da formação da Coluna Prestes-Miguel Costa, que chegou a contar com 1500 homens e percorreu cerca de 24 mil
quilômetros combatendo as forças militares do governo.
4. O nacionalismo estava presente claramente no modernismo e no tenentismo e, sob a forma de política anti-imperialista, no programa do
BOC (Bloco Operários e Camponês). Todos os três movimentos atuavam como vanguarda da sociedade, sem pretender ou conseguir atrair
as massas populares para seu interior. Todos propunham reformas das estruturas políticas oligárquicas, mas não apresentavam propostas
de transformações socioeconômicas para a sociedade brasileira.
A Crise de 1929: dos Estados Unidos ao Brasil
1. Euforia estadunidense na década de 1920: Forte crescimento econômico após a Primeira Guerra Mundial; os EUA transformaram-se em
maior potência do mundo; a entrada de capitais, via exportações ou pagamento de empréstimos contraídos pelas nações europeias ,
aumentou assustadoramente o consumo interno do país.
2. Euforia e Bolsa de Valores: Os estadunidenses aplicavam boa parte de seus capitais na Bolsa de Valores, acreditando no crescimento de
suas empresas. A maciça entrada de capitais na bolsa fez as ações das empresas estadunidenses aumentarem em ritmo alucinante. Além
disso, esse lucro, aparentemente fácil, também atraía capitais de outras partes do mundo, o que valorizava ainda mais as ações.
3. Crack da Bolsa: Queda vertiginosa no valor das ações na Bolsa, como consequência do crescimento artificial ao longo da década de 1920,
do declínio das exportações, da diminuição de compra das ações e do colapso da bolsa, em outubro de 1929, devido à enorme quantidade
de ordem de venda de ações.
4. O liberalismo clássico defende a mínima intervenção do Estado na economia. O New Deal, ao contrário, procurou empenhar o Estado na
recuperação da economia. Para resolver o problema de desemprego nos EUA, e reaquecer a economia, o presidente Roosevelt deu início
a um enorme programa de obras públicas, criando cerca de 8 milhões de empregos. Naquele momento, o modelo defendido por Adam
Smith, das virtudes da livre iniciativa, era profundamente abalado.
5. Efeitos da quebra da Bolsa de Nova York no Brasil: Fim da entrada de capitais estrangeiros no país; queda drástica do volume de
exportações, principalmente no setor cafeeiro, que acumulava superssafras ao final da década de 1920, numa conjuntura de queda do preço
do café no mercado mundial e esgotamento da política de valorização promovida pelo governo.
6. Rivalidades oligárquicas: O enfraquecimento das oligarquias cafeeiras e a crise econômica geral provocada pela quebra da Bolsa de Nova
York tornaram insustentável a manutenção do arranjo político do regime oligárquico. As velhas rivalidades, amortecidas e contidas pela
Política dos governadores, reacenderam-se ao longo da década de 1920, tornando urgente uma nova forma de composição político-
institucional, que contemplasse os outros grupos sociais e outros setores oligárquicos. As oligarquias cafeeiras não detinham mais a
hegemonia política no país. O regime havia se esgotado.
7. Aliança Liberal: Oligarquias do Rio Grande do Sul e da paraíba, e parte da oligarquia de São Paulo, reunida no Partido Democrático (PD),
e setores das classes médias urbanas.
8. As camadas urbanas, desejosas em ampliar sua participação política, eram mais receptivas a críticas ao regime oligárquico por estarem
menos sujeitas ao controle do coronelismo e por contarem com um ruidoso movimento operário e das classes médias.
9. “Façamos uma revolução antes que o povo a faça”; “Pedro, se o Brasil se separar de Portugal, antes seja para ti, que me hás de respeitar,
do que para algum desses aventureiros”: As duas frases revelam o desprezo que as elites nutriam pelas camadas subalternas da população.
O poder político era tido como um privilégio, fosse oligárquico (primeira frase), fosse dinástico (segunda frase).
O fascismo e o nazismo
1. Os fascistas consideravam o liberalismo falido devido à pequena participação do Estado na economia, e por não resolver os problemas dos
mais pobres. Quanto ao comunismo, odiavam seu internacionalismo e a defesa da luta de classes.
2. Os meios de comunicação de massa serviam como instrumento para o culto à personalidade de Mussolini e Hitler.
3. Corporativismo fascista: Modelo para resolver as tensões entre empregados e empregadores. As greves foram proibidas, os sindicatos
independentes abolidos e, em seu lugar, foram criadas associações ou corporações que incluíam tanto os empregados como os
empregadores de um mesmo ramo industrial. Teoricamente os representantes do trabalho e do capital resolveriam em cooperações os
problemas de mão de obra. Na prática, isso representava um forte controle sobre o movimento dos trabalhadores.
4. A Crise de 1929 e a ascensão do nazismo: Entre 1924 e 1929, a economia alemã voltara a crescer, favorecendo a estabilidade política da
social-democracia alemã. Mas veio a Grande Depressão, de outubro de 1929, revelando a debilidade da República de Weimar. A Crise
econômica global abalou a credibilidade dos alemães na democracia. O Partido Nacional-socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido
Nazista), que visava à derrubada da República, se fortaleceu.
5. No livro Mein Kampf, Hitler rejeitava as tradições judaico-cristãs e o iluminismo, defendendo uma nova ordem mundial baseada no
nacionalismo racial. Para ele, a luta entre as raças seria a chave para o entendimento da História, e, através dela, o nacional-socialismo
realizaria uma revolução mundial. Uma Alemanha racialmente unida, liderada por um homem forte, criaria um vasto império, poria fim à
decadente civilização liberal e acabaria com o comunismo. Hitler dividia o mundo em povos “criadores”, como os arianos, e “destruidores”,
como os eslavos e judeus. Os arianos teriam as características raciais “superiores” e, por isso, tinham o direito de conquistar e subjugar as
outras raças.
A moldura oligárquica
1. Divergências entre tenentistas e as oligarquias: Muitos tenentes foram nomeados interventores com plenos poderes por Getúlio Vargas,
afastando os grupos oligárquicos do poder regional. Além disso, alguns deles traziam propostas de apelo popular como: redução de aluguéis,
melhorias nos serviços de saúde, organização de sindicatos e até expropriação das terras de fazendeiros comprometidos com o antigo
governo.
2. Semelhanças entre Exército e oligarquias: A principal semelhança diz respeito à centralização política imposta pelos militares a partir do
poder central. Para as oligarquias interessava controlar seus respectivos estados com autonomia, com base nos princípios federalistas.
3. Além de impor os interventores, Vargas desarticulou a representação do legislativo em todos os níveis, diminuindo autonomia regional,
proibindo a tomada de empréstimos no exterior sem aprovação do governo central e limitando o poder de fogo e os efetivos das forças
policiais dos estados. Nas eleições para a Constituinte de 1933, Vargas estabeleceu o voto secreto, ampliou eleitorado dando o direito de
voto às mulheres instituiu a bancada classista, eleita pelos sindicatos de patrões e empregados, ampliando a representação urbana, menos
vulnerável à ação das oligarquias e ao cabresto.
4. Diante do vazio de poder que se instaurou após 1930, as oligarquias acabaram por aceitar a direção política de federal, numa espécie de
compromisso que envolve a manutenção das relações sociais no campo, ou seja, do latifúndio, oração de mãode obra livre e do mandonismo
local.
5. Apesar do descontentamento com os rumos do governo provisório de Getúlio Vargas, as demais oligarquias não viam possibilidade de
distinguir o presidente nem se mostravam seguras para estabelecer uma nova aliança com oligarquia paulista.
A moldura autoritária
1. Corporativismo, autoritarismo e nacionalismo.
2. A) Suspensão do pagamento da dívida externa brasileira, reforma agrária, nacionalização das empresas e defesa das liberdades individuais.
B) A Intentona Comunista, comandada pela principal liderança do movimento tenentista, Luís Carlos Prestes, tinha caráter nitidamente
militar, restrito aos poucos batalhões em Natal, Recife e Rio de Janeiro, e nenhuma uma articulação efetiva com os movimentos populares.
3. Vargas explorou levante para justificar a necessidade de medidas extremas contra o perigo de uma nova insurreição. Para ele, o estado de
sítio, que suspendia as garantias individuais dos cidadãos, facilitava a prisão dos revoltosos e permitia o governo central intervir nos da
sociedade. O Plano Cohen, a decretação de estado de guerra, a censura à imprensa e a intensa campanha anticomunista, permitiram-lhe
realizar novas intervenções estaduais e criar campos de concentração para isolar os inimigos do regime. Com todas essas medidas, Vargas
conseguiu imobilizar os opositores, que se tornaram alvo fácil do golpe de novembro de 1937, quando instaurou a Ditadura do Estado Novo.
4. Como nenhum setor social tinha condições de exercer a hegemonia sobre o conjunto da sociedade, o Estado passou a ser o principal agente
político da nação, arbitrando os interesses conflitantes entre os diversos grupos sociais.
A moldura operária
1. Era preciso afastar das manifestações comoas registradas no início do século, sobretudo aquelas dirigidas pelos anarquistas. Preenchendo
o vazio de poder a partir de 1930, o Estado impunha-se assim a todos os grupos sociais: burguesia agrária, burguesia urbana, Exército e
trabalhadores.
2. O presidente anunciava as conquistas trabalhistas ratificadas na constituição de 1934 como doação de um Estado preocupado com a
situação da classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que reprimir duramente os sindicatos e os vinculava à estrutura corporativa do Estado,
enfraquecendo as organizações operárias autônomas e sua disposição de luta.
3. O Estado brasileiro foi praticamente um grande agenciador de mão de obra: garantiu a permanência do escravismo após 1822, a despeito
das pressões inglesas; sustentou, por meio do poder provincial de São Paulo, o fluxo de imigrantes europeus no processo de transição para
o trabalho livre; permitiu a manutenção das estruturas sociais no campo após 1930, estimulando o fluxo migratório do Norte e Nordeste para
o abastecimento de mão de obra da indústria localizada no Sudeste, controlando os trabalhadores urbanos a partir das estruturas
corporativas do Estado Novo e sua legislação trabalhista.
4. Conciliação entre as classes sociais, valorização do trabalho, disciplina, ordem e nacionalismo.
5. O modelo econômico agro exportador caracteriza-se pela produção e exportação de gêneros agrícolas e matérias-primas e importação de
produtos industrializados. O modelo de substituição de importações caracteriza-se pelas restrições à importação de bens de consumo não
duráveis (alimentos e bebidas) e estímulos à importação de bens de produção (máquinas e equipamentos) e bens de consumo duráveis
(automóveis e caminhões) com o objetivo de alavancar a indústria nacional.
6. Não. O princípio da livre concorrência, característica do liberalismo econômico, foi substituído após a Crise de 1929 por medidas
protecionistas e monopolistas no mundo inteiro. No Brasil, o Estado populista investiu na montagem de uma infraestrutura que garantisse o
desenvolvimento industrial.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Lista de exercícios Idade Média Oriental (Impérios Bizantino e Árabe)
Lista de exercícios Idade Média Oriental (Impérios Bizantino e Árabe)Lista de exercícios Idade Média Oriental (Impérios Bizantino e Árabe)
Lista de exercícios Idade Média Oriental (Impérios Bizantino e Árabe)Breno Girotto
 
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)Andre Nascimento
 
Revisão de conteúdo do 2º ano do ensino médio sobre o período da Idade Média
Revisão de conteúdo do 2º ano do ensino médio sobre o período da Idade MédiaRevisão de conteúdo do 2º ano do ensino médio sobre o período da Idade Média
Revisão de conteúdo do 2º ano do ensino médio sobre o período da Idade Médiacaldarte
 
Roma antiga Cristianismo Reino Franco e Império Bizantino
Roma antiga Cristianismo Reino Franco e Império Bizantino Roma antiga Cristianismo Reino Franco e Império Bizantino
Roma antiga Cristianismo Reino Franco e Império Bizantino Raimund M Souza
 
Aula o mundo na época de Jesus
Aula o mundo na época de JesusAula o mundo na época de Jesus
Aula o mundo na época de Jesustyromello
 
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
3º ano - Civilização Árabe e CruzadasDaniel Alves Bronstrup
 
Introdução à Idade Média
Introdução à Idade MédiaIntrodução à Idade Média
Introdução à Idade MédiaAndré Costa
 
O povo judeu sua organização social política e religiosa
O povo judeu sua organização social política e religiosaO povo judeu sua organização social política e religiosa
O povo judeu sua organização social política e religiosaRoseli Lemes
 
Evangelhos sinóticos aula 2
Evangelhos sinóticos aula 2Evangelhos sinóticos aula 2
Evangelhos sinóticos aula 2Moisés Sampaio
 
Período Interbíblico aula 2 Período Persa
Período Interbíblico aula 2   Período PersaPeríodo Interbíblico aula 2   Período Persa
Período Interbíblico aula 2 Período PersaSamir Isac Dantas
 
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)Andre Nascimento
 
O significado do sucesso da pregação de maomé bernard lewis
O significado do sucesso da pregação de maomé   bernard lewisO significado do sucesso da pregação de maomé   bernard lewis
O significado do sucesso da pregação de maomé bernard lewisZé Knust
 
Período Interbíblico aula 1 - introdução
Período Interbíblico aula 1  -  introduçãoPeríodo Interbíblico aula 1  -  introdução
Período Interbíblico aula 1 - introduçãoSamir Isac Dantas
 

Mais procurados (18)

Lista de exercícios Idade Média Oriental (Impérios Bizantino e Árabe)
Lista de exercícios Idade Média Oriental (Impérios Bizantino e Árabe)Lista de exercícios Idade Média Oriental (Impérios Bizantino e Árabe)
Lista de exercícios Idade Média Oriental (Impérios Bizantino e Árabe)
 
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
 
Recuperacao povos do oriente antigo
Recuperacao   povos do oriente antigoRecuperacao   povos do oriente antigo
Recuperacao povos do oriente antigo
 
Revisão de conteúdo do 2º ano do ensino médio sobre o período da Idade Média
Revisão de conteúdo do 2º ano do ensino médio sobre o período da Idade MédiaRevisão de conteúdo do 2º ano do ensino médio sobre o período da Idade Média
Revisão de conteúdo do 2º ano do ensino médio sobre o período da Idade Média
 
Roma antiga Cristianismo Reino Franco e Império Bizantino
Roma antiga Cristianismo Reino Franco e Império Bizantino Roma antiga Cristianismo Reino Franco e Império Bizantino
Roma antiga Cristianismo Reino Franco e Império Bizantino
 
Roma antiga arlete
Roma antiga arleteRoma antiga arlete
Roma antiga arlete
 
Aula o mundo na época de Jesus
Aula o mundo na época de JesusAula o mundo na época de Jesus
Aula o mundo na época de Jesus
 
Igreja medieval cultura medieval pdf
Igreja medieval  cultura medieval pdfIgreja medieval  cultura medieval pdf
Igreja medieval cultura medieval pdf
 
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
 
Introdução à Idade Média
Introdução à Idade MédiaIntrodução à Idade Média
Introdução à Idade Média
 
O povo judeu sua organização social política e religiosa
O povo judeu sua organização social política e religiosaO povo judeu sua organização social política e religiosa
O povo judeu sua organização social política e religiosa
 
Evangelhos sinóticos aula 2
Evangelhos sinóticos aula 2Evangelhos sinóticos aula 2
Evangelhos sinóticos aula 2
 
Historia 2014 tipo_b
Historia 2014 tipo_bHistoria 2014 tipo_b
Historia 2014 tipo_b
 
Período Interbíblico aula 2 Período Persa
Período Interbíblico aula 2   Período PersaPeríodo Interbíblico aula 2   Período Persa
Período Interbíblico aula 2 Período Persa
 
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
 
O significado do sucesso da pregação de maomé bernard lewis
O significado do sucesso da pregação de maomé   bernard lewisO significado do sucesso da pregação de maomé   bernard lewis
O significado do sucesso da pregação de maomé bernard lewis
 
2ªaula
2ªaula2ªaula
2ªaula
 
Período Interbíblico aula 1 - introdução
Período Interbíblico aula 1  -  introduçãoPeríodo Interbíblico aula 1  -  introdução
Período Interbíblico aula 1 - introdução
 

Semelhante a 2º bimestre correção de exercícios

Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011andrecarlosocosta
 
IDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
IDADE MÉDIA_MONITORIA.pptIDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
IDADE MÉDIA_MONITORIA.pptScottSummers41
 
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.Daniel Alves Bronstrup
 
Resumo História 4ºteste.docx
Resumo História 4ºteste.docxResumo História 4ºteste.docx
Resumo História 4ºteste.docxnatercia vinhas
 
Idade média
Idade médiaIdade média
Idade médiaguiurey
 
As cruzadas
As cruzadasAs cruzadas
As cruzadasLaguat
 
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média   aula 1 - 2 biA igreja católica na idade média   aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 biCybelle Cardozo
 
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1fogotv
 
Alexandre z. bacich_-_manual_de_teologia_
Alexandre z. bacich_-_manual_de_teologia_Alexandre z. bacich_-_manual_de_teologia_
Alexandre z. bacich_-_manual_de_teologia_INOVAR CLUB
 
Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1Lisanro Cronje
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroAna Barreiros
 
Panorama do NT - A Plenitude dos Tempos
Panorama do NT - A Plenitude dos TemposPanorama do NT - A Plenitude dos Tempos
Panorama do NT - A Plenitude dos TemposRespirando Deus
 
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e heregesHistória da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e heregesAndre Nascimento
 

Semelhante a 2º bimestre correção de exercícios (20)

Apresengt..
Apresengt..Apresengt..
Apresengt..
 
Idade Média- Prof.Altair Aguilar.
Idade Média- Prof.Altair Aguilar.Idade Média- Prof.Altair Aguilar.
Idade Média- Prof.Altair Aguilar.
 
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
 
Idade
IdadeIdade
Idade
 
História da Igreja #1
História da Igreja #1História da Igreja #1
História da Igreja #1
 
IDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
IDADE MÉDIA_MONITORIA.pptIDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
IDADE MÉDIA_MONITORIA.ppt
 
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
 
Resumo História 4ºteste.docx
Resumo História 4ºteste.docxResumo História 4ºteste.docx
Resumo História 4ºteste.docx
 
Idade média
Idade médiaIdade média
Idade média
 
Igreja e cultura medieval
Igreja e cultura medievalIgreja e cultura medieval
Igreja e cultura medieval
 
As cruzadas
As cruzadasAs cruzadas
As cruzadas
 
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média   aula 1 - 2 biA igreja católica na idade média   aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 bi
 
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
HistóRia Da Igreja Pdf Modulo 1
 
História medieval slide - enem
História medieval   slide - enemHistória medieval   slide - enem
História medieval slide - enem
 
Alexandre z. bacich_-_manual_de_teologia_
Alexandre z. bacich_-_manual_de_teologia_Alexandre z. bacich_-_manual_de_teologia_
Alexandre z. bacich_-_manual_de_teologia_
 
Apontamentos história7º ano
Apontamentos história7º anoApontamentos história7º ano
Apontamentos história7º ano
 
Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
 
Panorama do NT - A Plenitude dos Tempos
Panorama do NT - A Plenitude dos TemposPanorama do NT - A Plenitude dos Tempos
Panorama do NT - A Plenitude dos Tempos
 
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e heregesHistória da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
 

Último

Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 

Último (20)

Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 

2º bimestre correção de exercícios

  • 1. Escola Estadual Levi Durães Peres Ensino Médio – 1º Ano – História – Professor: Marcelo Lopes de Oliveira Resolução de exercícios – 2º Bimestre A formação da Cristandade Ocidental (p. 134) 1. Cristandade: Elemento que fornecia identidade a um conjunto de reinos e territórios que têm em comum a mesma religião cristã e a vinculação estreita com a Igreja. A formação da cristandade permitiu a articulação entre os diversos reinos germânicos, a preservação de grande parte da cultura clássica e a incorporação de elementos da cultura germânica. 2. Direito Germânico: O ordálio visto como um Julgamento de Deus; o wergeld (o preço de sangue); a personalidade das leis; aplicação a partir da tradição oral e costumeira. 3. O núcleo político-religioso traduzia-se na aliança trono-altar que favoreceu, de um lado, a expansão do reino franco e a conquista da maior parte da Gália no século VI. De outro lado, auxiliou a Igreja de Roma na difusão da ortodoxia contra o paganismo e o arianismo. Assim, tanto a Igreja quanto a monarquia tiveram seus interesses atendidos nessa aliança. 4. Pagão: Inicialmente definido como um camponês rude que nutria uma série de superstições, a palavra “pagão” passou a definir os não cristãos que acreditavam em diversos deuses e nos poderes mágicos da natureza. 5. Carnaval: De herança greco-romana o Carnaval transforma-se numa válvula de escapa das pressões sociais que recaíam sobre os humanos. Um momento extraordinário, um período diferente e necessário para sup ortar a ordem social. O Islã (p. 144) 1. Razia: Ataques rápidos a caravanas e oásis promovidos pelos beduínos. 2. A jihad (guerra santa) tornou-se o núcleo de expansão e da unidade muçulmana. Ao exportar as guerras internas que dividiam as diversas tribos, a guerra santa tornava-se o elemento aglutinador dos diversos grupos árabes. 3. Tolerância religiosa no Islã: Os povos conquistados pelos árabes muçulmanos puderammantersuas crenças e costumes desde que arcassem com os pagamentos dos tributos do Estado. Muitos, por fé ou conveniência, tornaram-se muçulmanos. Outros preferiram manter suas crenças e pagar os tributos. 4. Cristãos da Península Ibérica: Os cristãos ibéricos receberamforte influência árabe (na arquitetura, na arte, na medicina, na química, na astronomia e na formação da língua portuguesa) e foram submetidos às regras islâmicas. Parte da população refugiou-se ao norte formando pequenos reinos cristãos. No Al-andaluz, como passou a se denominar a área dominada pelos muçulmanos, as populações cristãs e judaicas puderam manter suas crenças. 5. A religião muçulmana se tornou a fé predominante no norte da África, se propagou através do Saara e criou raízes tanto na África ocidental quanto na África oriental. Entretanto, a exemplo de outras regiões conquistadas por árabes muçulmanos, alguns dos povos conquistados puderam manter suas crenças e costumes, mas arcavam com o pagamento dos tributos do Estado. 6. Sistema de trocas na África: A expansão islâmica colocou o continente africano no centro do comércio entre a Ásia e a Europa, através do comércio do ouro, marfim e escravos e interligando as diversas regiões do continente. Os Impérios Cristãos (p. 151) 1. Cesaropapismo: Era a integração entre Igreja e Estado no Império Bizantino que subordinava o poder religioso ao imperador. 2. Aproximação entre Igreja e Estado franco: O rei carolíngio recebia o título de protetor dos romanos e tinha seu reinado reconhecido pelo papado.No ano de 756, o monarca concedida uma extensa área territorial que fazia do papa líder de um Estado, como chefe do poder espiritual e do poder terreno. 3. Reformas culturais e educacionais do período carolíngio: As reformas foram marcadas pela centralização e entrelaçamento em torno da Igreja e do Império Carolíngio. Desde então, a língua falada passa de latina à germânica. Assim,havia um descompasso:aoralidade não coincidiacomaescrita.Para resolverestasituação foram feitas alterações no sistema de escrita com a introdução da letra minúscula carolíngia, para facilitar o processo de leitura e de transcrição de documentos.Serviu, então, como a base para o surgimento das línguas germânicas até chegarem à sua forma atual. 4. Cultura intermediária no período carolíngio: Ela era composta da cultura erudita escrita em latim e da cultura popular oral. Um denominador comum constituído por elementos míticos pagãos e elementos da religião cristã. 5. Com a morte de Carlos Magno em 814, a tendência à fragmentação política se acentuaria. Multiplicaram-se as relações pessoais de compromissos. A divisão do império pelo Tratado de Verdun combinava-se com a ofensiva clerical.
  • 2. O Feudalismo (p. 163) 1. Agricultura, cotidiano e imaginário medieval: O tempo natural era subordinado ao tempo religioso,que se afirmava como a forma de fortalecer o homem medieval diante das forças da natureza, fundamentais para as atividades agrícolas e, portanto, à sua existência. A religiosidade fornecia significados para a sucessão dos dias e anos: cada divisão do tempo apontava, simbolicamente,para uma passagem do drama de Cristo na Terra, realizando o controle da Igreja sobre as ações, comportamentos e mentalidade do homem medieval. 2. A frase de Aldaberon refere-se às três grandes ordens sociais do feudalismo: o clero, que exercia a direção religiosa, a nobreza,que possuíaadireção militar; os trabalhadores,que eramencarregados das atividadesmanuais que sustentavam a sociedade. 3. O bem mais importante da sociedade feudal, predominantemente agrícola, era a terra. 4. “A economia feudal tendia à autossuficiência.”: No período medieval, a produção agrícola processava-se em grandes unidades denominadas senhorios. No interior dessas unidades eram produzidos quase todos os itens necessários à sobrevivência humana: alimentos, vestuário, armamentos e utensílios. Pode-se dizer, então, que a economia tendia à autossuficiência No entanto, alguns produtos, como o sal, só eram encontrados em regiões litorâneas, exigindo, portanto, sua comercialização. Por outro lado,em conjunturas favoráveis, as atividades dos senhorios produziam um excedente que não seria consumido internamente e que por isso era destinado às feiras, estabelecidas em geral, nas proximidades de castelos senhoriais. 5. Concepções mentais entre burgueses e clérigos: O tempo religioso, sustentado pela ação clerical, era o tempo dos significados místicos, da memória do Salvador que procurava reafirmar o sentido salvífico da história da humanidade. O tempo dos burgueses era o tempo dos negócios e do trabalho, tempo leigo, de significados práticos, que começava a ganhar espaço durante o período medieval. Visões do Paraíso (p. 174) 1. Paraíso terrestre: Uma das motivações era restabelecer a harmonia entre os homens e Deus, rompida desde a expulsão de Adão e Eva do Paraíso. Outra era uma espécie de compensação para a constante insegurança material – provocada pela ameaça de fome, desnutrição e doenças – que rondava o cotidiano medieval. 2. Difusão das ideias sobre o Paraíso terrestre na Europa medieval: Nessa sociedade iletrada, onde o acesso à escrita era privilégio de poucos, as mensagens bíblicas, os ensinamentos doutrinários e as lendas relacionadas com a busca do Paraíso terrestre eram transmitidos pelapalavra,porintermédio de sermõese pregações,e pelas imagens,pinturas,vitrais e esculturas. 3. Sobre as Cruzadas: a) Motivações religiosas: As cruzadas representavam a possibilidade do exercício de um tipo de devoção mais concreta, obstinada em tocar relíquias e lugares sagrados. Arriscar a vida e suportar os sofrimentos para conquistar Jerusalém, sob o domínio muçulmano, significava para os cristões uma verdadeira prova de fé. b) Motivações econômicas e políticas: Controlar a região daPalestina significavatambémapoderar-se de novas terras, riquezas e estabelecer um entreposto mercantil favorável ao comércio de especiarias com o Oriente. Além disso, as cruzadas exportavam para fora das fronteiras da cristandade grupos empobrecidos e representantes da pequena nobreza. Em ambos os casos, tratava-se de soluções políticas contra o risco de revoltas populares ou pilhagens e saque praticados pela nobreza. As cruzadas exportavam as tensões sociais do feudalismo. 4. Características do Paraíso Terrestre: Era representado como um lugar de harmonia espiritual, de salvação e proteção divina. Mara era também um lugar repleto de delícias materiais: abundância e fartura. As representações do Paraíso continham os desejos e as expectativas do homem medieval. 5. “Os limites entre o que chamamos de realidade e fantasia eram tênues [...]a novidade era filtrada pelo imaginário”: O desejo da salvação aliado à crença de que o mundo era uma criação de Deus e seus fenômenos atos da vontade divina tronavam “plausível” a crença na ocorrência de milagres e na existência de lugares maravilhosos. As novidades tendiam a ser incorporadas ao repertório cultural religioso e fantástico já existente. 6. O desenvolvimento das cidades africanas foi acelerado pela expansão islâmica e esteve vinculado à rede mercantil que articulava o norte da África às regiões subsaarianas, ao Oriente e à Península Ibérica.
  • 3. Escola Estadual Levi Durães Peres Ensino Médio – 3º Ano – História – Professor: Marcelo Lopes de Oliveira Resolução de exercícios – 2º Bimestre Brasil: entre o moderno e o arcaico 1. Antropofagia cultural: Tentativa de combinar as particularidades nacionais e as tendências artísticas mundiais, a herança cultural e os impulsos de modernização, incorporando elementos da cultural ocidental sem perder de vista a identidade nacional, expressada por novas linguagens e composições. 2. Os dois principais grupos do modernismo eram o Movimento Pau-Brasil, constituído por artistas de esquerda, e o grupo Verde-Amarelo, posteriormente transformado em Grupo Anta, composto por artistas de direita. 3. Tenentismo: Movimento militar nacionalista, liderado por capitães e tenentes, que propunha uma série de reformas no regime oligárquico. Defendiam a purificação das instituições republicanas, com a diminuição das oligarquias regionais. Sua atuação, de 1922 a 1927, foi marcada pelo conteúdo ameno e intervenção radical, pois não questionavam as estruturas econômicas do país, apesar dos levantes militares de 1922 e 1924, e da formação da Coluna Prestes-Miguel Costa, que chegou a contar com 1500 homens e percorreu cerca de 24 mil quilômetros combatendo as forças militares do governo. 4. O nacionalismo estava presente claramente no modernismo e no tenentismo e, sob a forma de política anti-imperialista, no programa do BOC (Bloco Operários e Camponês). Todos os três movimentos atuavam como vanguarda da sociedade, sem pretender ou conseguir atrair as massas populares para seu interior. Todos propunham reformas das estruturas políticas oligárquicas, mas não apresentavam propostas de transformações socioeconômicas para a sociedade brasileira. A Crise de 1929: dos Estados Unidos ao Brasil 1. Euforia estadunidense na década de 1920: Forte crescimento econômico após a Primeira Guerra Mundial; os EUA transformaram-se em maior potência do mundo; a entrada de capitais, via exportações ou pagamento de empréstimos contraídos pelas nações europeias , aumentou assustadoramente o consumo interno do país. 2. Euforia e Bolsa de Valores: Os estadunidenses aplicavam boa parte de seus capitais na Bolsa de Valores, acreditando no crescimento de suas empresas. A maciça entrada de capitais na bolsa fez as ações das empresas estadunidenses aumentarem em ritmo alucinante. Além disso, esse lucro, aparentemente fácil, também atraía capitais de outras partes do mundo, o que valorizava ainda mais as ações. 3. Crack da Bolsa: Queda vertiginosa no valor das ações na Bolsa, como consequência do crescimento artificial ao longo da década de 1920, do declínio das exportações, da diminuição de compra das ações e do colapso da bolsa, em outubro de 1929, devido à enorme quantidade de ordem de venda de ações. 4. O liberalismo clássico defende a mínima intervenção do Estado na economia. O New Deal, ao contrário, procurou empenhar o Estado na recuperação da economia. Para resolver o problema de desemprego nos EUA, e reaquecer a economia, o presidente Roosevelt deu início a um enorme programa de obras públicas, criando cerca de 8 milhões de empregos. Naquele momento, o modelo defendido por Adam Smith, das virtudes da livre iniciativa, era profundamente abalado. 5. Efeitos da quebra da Bolsa de Nova York no Brasil: Fim da entrada de capitais estrangeiros no país; queda drástica do volume de exportações, principalmente no setor cafeeiro, que acumulava superssafras ao final da década de 1920, numa conjuntura de queda do preço do café no mercado mundial e esgotamento da política de valorização promovida pelo governo. 6. Rivalidades oligárquicas: O enfraquecimento das oligarquias cafeeiras e a crise econômica geral provocada pela quebra da Bolsa de Nova York tornaram insustentável a manutenção do arranjo político do regime oligárquico. As velhas rivalidades, amortecidas e contidas pela Política dos governadores, reacenderam-se ao longo da década de 1920, tornando urgente uma nova forma de composição político- institucional, que contemplasse os outros grupos sociais e outros setores oligárquicos. As oligarquias cafeeiras não detinham mais a hegemonia política no país. O regime havia se esgotado. 7. Aliança Liberal: Oligarquias do Rio Grande do Sul e da paraíba, e parte da oligarquia de São Paulo, reunida no Partido Democrático (PD), e setores das classes médias urbanas. 8. As camadas urbanas, desejosas em ampliar sua participação política, eram mais receptivas a críticas ao regime oligárquico por estarem menos sujeitas ao controle do coronelismo e por contarem com um ruidoso movimento operário e das classes médias. 9. “Façamos uma revolução antes que o povo a faça”; “Pedro, se o Brasil se separar de Portugal, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros”: As duas frases revelam o desprezo que as elites nutriam pelas camadas subalternas da população. O poder político era tido como um privilégio, fosse oligárquico (primeira frase), fosse dinástico (segunda frase). O fascismo e o nazismo 1. Os fascistas consideravam o liberalismo falido devido à pequena participação do Estado na economia, e por não resolver os problemas dos mais pobres. Quanto ao comunismo, odiavam seu internacionalismo e a defesa da luta de classes. 2. Os meios de comunicação de massa serviam como instrumento para o culto à personalidade de Mussolini e Hitler. 3. Corporativismo fascista: Modelo para resolver as tensões entre empregados e empregadores. As greves foram proibidas, os sindicatos independentes abolidos e, em seu lugar, foram criadas associações ou corporações que incluíam tanto os empregados como os empregadores de um mesmo ramo industrial. Teoricamente os representantes do trabalho e do capital resolveriam em cooperações os problemas de mão de obra. Na prática, isso representava um forte controle sobre o movimento dos trabalhadores. 4. A Crise de 1929 e a ascensão do nazismo: Entre 1924 e 1929, a economia alemã voltara a crescer, favorecendo a estabilidade política da social-democracia alemã. Mas veio a Grande Depressão, de outubro de 1929, revelando a debilidade da República de Weimar. A Crise econômica global abalou a credibilidade dos alemães na democracia. O Partido Nacional-socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista), que visava à derrubada da República, se fortaleceu.
  • 4. 5. No livro Mein Kampf, Hitler rejeitava as tradições judaico-cristãs e o iluminismo, defendendo uma nova ordem mundial baseada no nacionalismo racial. Para ele, a luta entre as raças seria a chave para o entendimento da História, e, através dela, o nacional-socialismo realizaria uma revolução mundial. Uma Alemanha racialmente unida, liderada por um homem forte, criaria um vasto império, poria fim à decadente civilização liberal e acabaria com o comunismo. Hitler dividia o mundo em povos “criadores”, como os arianos, e “destruidores”, como os eslavos e judeus. Os arianos teriam as características raciais “superiores” e, por isso, tinham o direito de conquistar e subjugar as outras raças. A moldura oligárquica 1. Divergências entre tenentistas e as oligarquias: Muitos tenentes foram nomeados interventores com plenos poderes por Getúlio Vargas, afastando os grupos oligárquicos do poder regional. Além disso, alguns deles traziam propostas de apelo popular como: redução de aluguéis, melhorias nos serviços de saúde, organização de sindicatos e até expropriação das terras de fazendeiros comprometidos com o antigo governo. 2. Semelhanças entre Exército e oligarquias: A principal semelhança diz respeito à centralização política imposta pelos militares a partir do poder central. Para as oligarquias interessava controlar seus respectivos estados com autonomia, com base nos princípios federalistas. 3. Além de impor os interventores, Vargas desarticulou a representação do legislativo em todos os níveis, diminuindo autonomia regional, proibindo a tomada de empréstimos no exterior sem aprovação do governo central e limitando o poder de fogo e os efetivos das forças policiais dos estados. Nas eleições para a Constituinte de 1933, Vargas estabeleceu o voto secreto, ampliou eleitorado dando o direito de voto às mulheres instituiu a bancada classista, eleita pelos sindicatos de patrões e empregados, ampliando a representação urbana, menos vulnerável à ação das oligarquias e ao cabresto. 4. Diante do vazio de poder que se instaurou após 1930, as oligarquias acabaram por aceitar a direção política de federal, numa espécie de compromisso que envolve a manutenção das relações sociais no campo, ou seja, do latifúndio, oração de mãode obra livre e do mandonismo local. 5. Apesar do descontentamento com os rumos do governo provisório de Getúlio Vargas, as demais oligarquias não viam possibilidade de distinguir o presidente nem se mostravam seguras para estabelecer uma nova aliança com oligarquia paulista. A moldura autoritária 1. Corporativismo, autoritarismo e nacionalismo. 2. A) Suspensão do pagamento da dívida externa brasileira, reforma agrária, nacionalização das empresas e defesa das liberdades individuais. B) A Intentona Comunista, comandada pela principal liderança do movimento tenentista, Luís Carlos Prestes, tinha caráter nitidamente militar, restrito aos poucos batalhões em Natal, Recife e Rio de Janeiro, e nenhuma uma articulação efetiva com os movimentos populares. 3. Vargas explorou levante para justificar a necessidade de medidas extremas contra o perigo de uma nova insurreição. Para ele, o estado de sítio, que suspendia as garantias individuais dos cidadãos, facilitava a prisão dos revoltosos e permitia o governo central intervir nos da sociedade. O Plano Cohen, a decretação de estado de guerra, a censura à imprensa e a intensa campanha anticomunista, permitiram-lhe realizar novas intervenções estaduais e criar campos de concentração para isolar os inimigos do regime. Com todas essas medidas, Vargas conseguiu imobilizar os opositores, que se tornaram alvo fácil do golpe de novembro de 1937, quando instaurou a Ditadura do Estado Novo. 4. Como nenhum setor social tinha condições de exercer a hegemonia sobre o conjunto da sociedade, o Estado passou a ser o principal agente político da nação, arbitrando os interesses conflitantes entre os diversos grupos sociais. A moldura operária 1. Era preciso afastar das manifestações comoas registradas no início do século, sobretudo aquelas dirigidas pelos anarquistas. Preenchendo o vazio de poder a partir de 1930, o Estado impunha-se assim a todos os grupos sociais: burguesia agrária, burguesia urbana, Exército e trabalhadores. 2. O presidente anunciava as conquistas trabalhistas ratificadas na constituição de 1934 como doação de um Estado preocupado com a situação da classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que reprimir duramente os sindicatos e os vinculava à estrutura corporativa do Estado, enfraquecendo as organizações operárias autônomas e sua disposição de luta. 3. O Estado brasileiro foi praticamente um grande agenciador de mão de obra: garantiu a permanência do escravismo após 1822, a despeito das pressões inglesas; sustentou, por meio do poder provincial de São Paulo, o fluxo de imigrantes europeus no processo de transição para o trabalho livre; permitiu a manutenção das estruturas sociais no campo após 1930, estimulando o fluxo migratório do Norte e Nordeste para o abastecimento de mão de obra da indústria localizada no Sudeste, controlando os trabalhadores urbanos a partir das estruturas corporativas do Estado Novo e sua legislação trabalhista. 4. Conciliação entre as classes sociais, valorização do trabalho, disciplina, ordem e nacionalismo. 5. O modelo econômico agro exportador caracteriza-se pela produção e exportação de gêneros agrícolas e matérias-primas e importação de produtos industrializados. O modelo de substituição de importações caracteriza-se pelas restrições à importação de bens de consumo não duráveis (alimentos e bebidas) e estímulos à importação de bens de produção (máquinas e equipamentos) e bens de consumo duráveis (automóveis e caminhões) com o objetivo de alavancar a indústria nacional. 6. Não. O princípio da livre concorrência, característica do liberalismo econômico, foi substituído após a Crise de 1929 por medidas protecionistas e monopolistas no mundo inteiro. No Brasil, o Estado populista investiu na montagem de uma infraestrutura que garantisse o desenvolvimento industrial.