O documento discute a ética e a moral na perspectiva do ethos. Apresenta a evolução histórica dos conceitos de ética e moral desde a Grécia Antiga com Sócrates e Aristóteles até os dias atuais, passando pelo Iluminismo. Discute como a modernidade trouxe crises aos sistemas éticos e morais tradicionais devido às mudanças culturais e científicas.
11. •O ethos socrático é
racionalista, nele
encontramos uma
concepção do bem como
felicidade pra a alma e do
bom como útil para a
felicidade.
• A tese da virtude (Areté)
12. •O homem age
retamente quando
conhece o bem e,
conhecendo-o, não
pode deixar de
praticá-lo, Por outro
14. • A Partir de Platão, mais forte
com Aristóteles, o homem
enquanto tal, só pode viver na
cidade ou na polis; é, por
natureza, um animal
político, ou seja, social. Não
pode levar uma vida moral
como indivíduo isolado, mas
como membro da comunidade.
15.
16. • 1. O que é o Bem para o homem.
• 2. A virtude Moral.
• 3. Responsabilidade pela ação.
• 4. Virtudes relacionadas com o
dinheiro liberalidade e mesquinharia
(baixeza, mediocridade, vulgaridade e
avareza.
• 5. Justiça como um meio-termo.
17. • 6. A virtude intelectual
• 7. Continência e incontinência.
• 8. Amizade.
• 9. Nas amizades onde os
motivos de cada um das duas
partes são diferentes.
• 10. Prazer - Felicidade.
18.
19.
20. Moral:
• Costume
• Comportamento
• Regras que regem nossas vidas
Ética:
• A raiz da palavra ethos vem do grego e sugere morada,
residência, lugar onde se habita.
21.
22. •A raiz da palavra ethos vem do
grego e sugere
morada, residência, lugar onde se
23. •Portanto, a esse modo ou
jeito próprio e habitual de
morar, habitar no mundo e
organizar a vida é que
chamamos de ethos.
24. •Isso se dá na maneira em que
vamos escolhendo a melhor
resposta frente aos desafios,
35. •Valores e práticas que sustentam e
regulamentam a vida individual e
coletiva.
36. •O ethos nem sempre é
verbalizado, nós
descobrimos no mais das
vezes quando observamos:
37. Comportamento das pessoas, suas motivações
e intenções profundas, seus gestos e ações
dentro do seu mundo existencial / cultural.
38. •Ele aflora nos sentimentos
espontâneos, nos estados de
ânimo, nos costumes e no agir
cotidiano. Está presente na
sabedoria popular, nos
provérbios, no folclore e na
39. •ponto de partida para
entender profundamente o ser
humano e suas atitudes.
40. •Ele aparece como um alicerce
que sustenta o ser humano seja
lá qual for a sua situação e
onde quer que viva, em qualquer
época. Constitui-se numa fonte
que não pára de jorrar.
41. • O ethos depara com uma experiência histórico-
social no terreno da moral.
• partindo delas, procura determinar a essência
da moral, sua origem, suas condições objetivas
e subjetivas do ato moral, as fontes da
avaliação moral, a natureza e a função dos
juízos morais, os critérios de justificação destes
juízos e o princípio que rege a mudança e a
sucessão dos diferentes sistemas morais.
42. • Não podemos falar de
normas, culturas, religiões, sem partir
dos ethos. Ele aponta para a identidade
mais profunda do humano,é bem verdade
que nós nem sempre a revelamos de
imediato, porque costumamos nos refugiar
nas aparências, que não raro viram
máscaras.
43. • Na dimensão cristã, da qual fazemos
parte e recebemos o mandato de Cristo
de ir por todo mundo e “fazei de
todas as nações
discípulos, batizando-as
em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo
e ensinando a observar
45. •Em todo seu vigor, abrindo-
nos as portas para o “tesouro”
do humano, sem
máscaras, para além das
aparências, numa conjugação
do divino e do humano.
46. •O Pai, é ao mesmo tempo a
realização plena do humano, do
ethos. Na medida em que nos
aprofundamos no ethos revelado
por Cristo, conhecemos melhor o
ethos do humano. Eis uma das
tarefas mais cruciais para a
Teologia Moral.
49. •É uma palavra
que deriva do
latim / mos-
mores –
costumes,
50. •A moral: Conjunto de
normas aceitas livres
e
conscientemente, qu
e regulam o
comportamento
individual e social
51. • Por muitos
séculos, moral passou a
representar um esquema
de “conservação”, algo
“fechado”, mas aos
poucos foi se abrindo.
• Moral será sempre a
busca ou indicação de
52. •A moral segue em
progresso quando
elevada pelo caráter
consciente e livre do
comportamento dos
indivíduos ou dos
grupos sociais e, por
53. • Neste sentido, a
comunidade primitiva se
nos apresenta com uma
fisionomia moral pobre,
porque seus membros
atuam de acordo com as
normas estabelecidas
pelo costume e, por
54. •O ethos é um
referencial
substancial, por isso
precisa estar
atento, pois no meio
dele pode brotar
55. •Há possibilidade de
legitimarmos em
nossa vida contra
valores, como
sendo valores. É
fácil perceber
68. • Para a moral não cair
nesta armadilha, ela
precisa da ética.
• Horizonte crítico e
depurador.
• É o ethos que fornece a
“matéria prima”:
substrato que é a
69. •Continuemos na busca
da compreensão da
Teologia enquanto
“lar” da ética. O
cristianismo tem sido
sempre um lar para os
grandes projetos éticos
70. O cristianismo tem sido
sempre um lar para os
grandes projetos éticos da
71. fontes onde se bebe:
da fé num único Deus “vivo e
verdadeiro”
72. •(1Ts 1,9), que é o
sustentador e a
garantia humana (Ex
20,1-17), da
consciência crítico-
utópica do profetismo,
que sabe descobrir o
83. Felizes os que promovem a paz, porque
serão chamados filhos de Deus.
84. Felizes os que são perseguidos por causa da
justiça, porque deles é o reino dos céus.
•
85. • Felizes sois vós, quando vos injuriarem e vos
perseguirem e, mentindo, disserem todo mal
contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e
regozijai-vos, porque será grande a vossa
recompensa nos céus, pois foi assim que
perseguiram os profetas que vieram antes de
vós.
99. • Deu importância ao
significado de
ethos, como sendo
“estilo humano de morar
e de habitar”. A ética
constrói um universo de
sentido, de ideais, de
valores onde pode
100. • O mundo em que nos
encontramos está
confuso, cheio de
interrogações, de
incertezas, de ceticismo.
Não há segurança nas
respostas e as mudanças
são constantes e
101. • O moderno, o pós-moderno e já se fala
que estamos em pleno tempo
contemporâneo, que se impõe de forma
brutal. Mas esse novo tempo que
vivemos também enfrenta crise pela
rapidez das diversas mudanças.
102. • Seja qual for essa era em
que vivemos, o certo é que
estamos em profundas
mudanças que naturalmente
provocam em cadeia, uma
série de crises aptas a
provocar todo o complexo
sistema político-cultural-
econômico-religioso-social.
103. O ser humano está vazio, anda
aborrecido com tudo, responde a
qualquer provocação com violência e
até de forma violenta.
104. •A vida é cheia de
armadilhas que
proporcionam um
permanente
estado de
medo, medo de
105. • Estamos nos afundando num
individualismo narcisista; somos
tomados pelo niilismo, ou
seja, por uma descrença
absoluta frente às Instituições
Religiosas e sua hierarquia de
valores.
• Esse tempo é de experiência da
106. • A impressão que temos é que tudo
está de cabeça pra baixo, que o
mundo está escapando das nossas
mãos, do nosso controle.
• Já não há mais traços da
unanimidade, característica do
tradicional. Por isso podemos
afirmar que o mundo atual é
plural, policêntrico, aldeia
global, ecumênico.
107. • Cabia a cada pessoa se
encaixar no sistema
vigente. Os papeis que
cada um deveria
desempenhar os
símbolos e a religião,
tinham lugar garantido,
não se podia questionar,
108. • A família era coesa, a visão do
mundo ainda era cosmocêntrica, bem
típica da sociedade agrária. O ser
humano era intimamente ligado a
natureza e era até subjugado as
suas forças... Mas o processo de
modernidade que começou com o
iluminismo há cerca de 500 anos,
acabou mudando o modo de pesar e
de viver das pessoas.
109. • Com o processo
modernista, todas as ciências
decolaram e com a expansão da
pesquisa e da experiência
surgiram novos enunciados que
mudaria para sempre a história
da humanidade - Copérnico e
Galileu com o heliocentrismo.
110. •Francis Bacon com a
valorização da
razão, chamado
iluminismo e a
revolução
industrial, estes dois
111. • A modernidade tem como
princípio básico de que o homem
é autônomo, sujeito de sua
história e que busca a
independência das
determinações vindas de fora
(tradições, religiões, autoridades
e as forças da natureza).
112. • Outra artimanha do
modernismo foi o
processo de
secularização, fomentad
o pelo avanço da técnica
e da ciência, mas
substancialmente a
razão que emancipou o
113. • O certo é que o Estado
moderno queria ser
soberano e não mais
permanecer sob a tutela
religiosa. Em várias partes
do mundo, foi se
fortalecendo a dinâmica da
separação entre Estado e
Igreja. Com isso, a religião
114. • Até então, a Teologia tinha
explicação para tudo, mas com o
advento das ciências, seus
enunciados foram perdendo
consistência. Por outro lado, a
ciência tem a pretensão de
explicar tudo, esvaziado até
mesmo às questões Teológicas.
115. • Em relação à Religião e
a Espiritualidade das
pessoas, criou-se um
vácuo, deixando todos
desorientados. Mas
continuam sedentos do
sagrado, buscam Deus.
Essa necessidade de
116. • Aí está a explicação para o surgimento e o
sucesso das novas formas de “religiosidade”
– seitas e outras - São expressão desse ser
humano moderno que necessita cultivar o
espiritual.
117. São expressão desse ser
humano moderno que
necessita cultivar o espiritual.
118. • Em tudo o que vimos ate aqui, o homem
é causa e vítima desses conflitos e
desgraças.
119. • Avaliam-se, sobretudo as
aspirações da
humanidade
especialmente dos
setores mais
marginalizados, daí as
reivindicações na
dimensão
121. “As instituições, as leis e os modos
de pensar e agir legados pelos
antepassados não parecem sempre
bem adaptados ao estado atual de
coisas” (GS 7,2)
122. Em virtude disso e em colaboração com
a Igreja de Cristo e com todos os homens
e mulheres de boa vontade queremos
traças caminhos para que o ser humano
retome o caminho de sua vocação
primeira e cooperar nas soluções que
respondam aos principais problemas de
nossa época.
124. Religião
• A religião se apresenta como
garantia do fundamento
absoluto (Deus) dos valores
morais, assim como da sua
relação no mundo, sem
religião, portanto, não há moral.
125. • Segundo o Concílio, o conteúdo
dessa reflexão é justamente “a
sublimidade da vocação dos fiéis em
Cristo. Não se trata, portanto de
estudar os princípios e normas
morais, trata-se muito de apresentar
a boa nova ao cristão que é
essencialmente a graça de Cristo e
fruto do Espírito Santo (LG 9).
126. •Assim, estamos situando
Cristo no cerne da
própria teologia moral,
seguindo as pegadas de
São Paulo. Para
entendermos melhor
tudo isso, precisamos
127. • Precisamos retomar a nossa
identidade cristã e como membros
da Igreja Católica Apostólica Romana
dar nossa contribuição para este
tempo de crise.
128. • Entretanto, tempo esse, que
contem grandes sonhos e
desejos, uma vontade enorme
de trilhar o caminho do
crescimento e
aperfeiçoamento contínuo,
numa incessante busca de
plenitude e realização.
129. • Este tempo que nos é dado
viver é tempo de Graça de
Deus para nós! Em nossa
próxima aula, vamos analisar
de forma crítico-científico a
moral nos designo de Deus a
partir da Revelação, tendo
como base o Primeiro
Testamento.