Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de setembro de 2011
TEC 2010 02 - Indicadores de desemprego e de subocupação LAESER IE/UFRJ
Este documento discute a conjuntura econômica no começo de 2010 e seus possíveis reflexos para a população afrodescendente no Brasil. Apresenta dados sobre o rendimento médio e taxa de desemprego em dezembro de 2009 nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras, mostrando desigualdades raciais significativas. A diferença salarial entre brancos e negros foi de 90,8%, menor do que em meses anteriores, possivelmente devido aos efeitos positivos sobre a ocupação da recuperação econômica
Boletim 45 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento discute a crise econômica global e seus impactos no Brasil, onde a atividade industrial registrou forte queda e há sinais de recuperação lenta.
2) Há exagero no otimismo do mercado brasileiro diante dos desafios internos e externos, com economias desenvolvidas enfrentando longa recessão.
3) O governo revisou projeções de inflação para baixo devido à retração da atividade e menor pressão dos alimentos, apesar da resistência dos preços de serviços.
1) O documento analisa a guinada neoliberal recente na política econômica brasileira, que levou o país à recessão e aumento do desemprego.
2) A política econômica implementada a partir de 2011 desacelerou o crescimento por meio de cortes no investimento público, em contraste com a estratégia anterior de estímulo à demanda.
3) Apesar da crise ter sido gerada internamente, o governo tentou culpar fatores externos, ignorando que o Brasil mantinha posição econômica sól
O documento analisa os governos de centro-esquerda na América Latina e argumenta que eles não representam um "novo vento de esquerda". Sob o governo Lula no Brasil e Kirchner na Argentina, as políticas econômicas continuaram alinhadas com as demandas do FMI e dos interesses do capital internacional, sem promover mudanças sociais ou redistribuição significativa de renda.
O BRASIL ESTÁ SE DESINDUSTRIALIZANDO? - UMA ANÁLISE DO DEBATE EM TORNO DO TEMALeonardo Campos
O presente trabalho tem por objetivo o estudo da seguinte questão: O Brasil está se desindustrializando? Dentro dos limites da proposta de elaboração do artigo como atividade de avaliação final da disciplina Formação Econômica e Social do Brasil II – FESB II, pretendeu-se realizar uma pequena introdução ao tema a partir de breve revisão bibliográfica, inserindo-o na bibliografia comum ao último período histórico analisado no curso (1985-2014). Este trabalho fez uso ainda de dados econômicos e estatísticos que contribuíram para a elucidação do tema, auxiliando na compreensão da
teoria exposta.
O documento discute a relação entre crescimento econômico, estrutura econômica e distribuição de renda em economias em desenvolvimento. Analisa experiências de países que tiveram forte crescimento na última década e os limites das interpretações sobre os fatores que estariam por trás desse crescimento. Aborda também a evolução da demanda e do padrão de consumo das famílias brasileiras entre 2003 e 2009.
1) O documento discute as manifestações de junho de 2013 no Brasil e como elas fortaleceram diversas greves e lutas sociais, no entanto de forma fragmentada. Defende a realização de um Encontro Nacional para unificar as pautas de luta.
2) Apresenta a situação política e econômica do Rio de Janeiro sob o governo de Sérgio Cabral, criticando sua política de criminalização da pobreza e favorecimento do capital.
3) Argumenta que as lutas de 2013 preparam o terreno para novas convulsões
TEC 2011 02 - Balanço dos oito anos do Governo Lula sobre as assimetrias de c...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta um balanço dos oito anos do governo Lula sobre as desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro.
2. Serão analisados indicadores como rendimento médio, taxa de desemprego e posição na ocupação entre 2002-2010.
3. O objetivo é avaliar como os indicadores econômicos durante o governo Lula podem ter influenciado as assimetrias raciais no mercado de trabalho.
TEC 2010 02 - Indicadores de desemprego e de subocupação LAESER IE/UFRJ
Este documento discute a conjuntura econômica no começo de 2010 e seus possíveis reflexos para a população afrodescendente no Brasil. Apresenta dados sobre o rendimento médio e taxa de desemprego em dezembro de 2009 nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras, mostrando desigualdades raciais significativas. A diferença salarial entre brancos e negros foi de 90,8%, menor do que em meses anteriores, possivelmente devido aos efeitos positivos sobre a ocupação da recuperação econômica
Boletim 45 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento discute a crise econômica global e seus impactos no Brasil, onde a atividade industrial registrou forte queda e há sinais de recuperação lenta.
2) Há exagero no otimismo do mercado brasileiro diante dos desafios internos e externos, com economias desenvolvidas enfrentando longa recessão.
3) O governo revisou projeções de inflação para baixo devido à retração da atividade e menor pressão dos alimentos, apesar da resistência dos preços de serviços.
1) O documento analisa a guinada neoliberal recente na política econômica brasileira, que levou o país à recessão e aumento do desemprego.
2) A política econômica implementada a partir de 2011 desacelerou o crescimento por meio de cortes no investimento público, em contraste com a estratégia anterior de estímulo à demanda.
3) Apesar da crise ter sido gerada internamente, o governo tentou culpar fatores externos, ignorando que o Brasil mantinha posição econômica sól
O documento analisa os governos de centro-esquerda na América Latina e argumenta que eles não representam um "novo vento de esquerda". Sob o governo Lula no Brasil e Kirchner na Argentina, as políticas econômicas continuaram alinhadas com as demandas do FMI e dos interesses do capital internacional, sem promover mudanças sociais ou redistribuição significativa de renda.
O BRASIL ESTÁ SE DESINDUSTRIALIZANDO? - UMA ANÁLISE DO DEBATE EM TORNO DO TEMALeonardo Campos
O presente trabalho tem por objetivo o estudo da seguinte questão: O Brasil está se desindustrializando? Dentro dos limites da proposta de elaboração do artigo como atividade de avaliação final da disciplina Formação Econômica e Social do Brasil II – FESB II, pretendeu-se realizar uma pequena introdução ao tema a partir de breve revisão bibliográfica, inserindo-o na bibliografia comum ao último período histórico analisado no curso (1985-2014). Este trabalho fez uso ainda de dados econômicos e estatísticos que contribuíram para a elucidação do tema, auxiliando na compreensão da
teoria exposta.
O documento discute a relação entre crescimento econômico, estrutura econômica e distribuição de renda em economias em desenvolvimento. Analisa experiências de países que tiveram forte crescimento na última década e os limites das interpretações sobre os fatores que estariam por trás desse crescimento. Aborda também a evolução da demanda e do padrão de consumo das famílias brasileiras entre 2003 e 2009.
1) O documento discute as manifestações de junho de 2013 no Brasil e como elas fortaleceram diversas greves e lutas sociais, no entanto de forma fragmentada. Defende a realização de um Encontro Nacional para unificar as pautas de luta.
2) Apresenta a situação política e econômica do Rio de Janeiro sob o governo de Sérgio Cabral, criticando sua política de criminalização da pobreza e favorecimento do capital.
3) Argumenta que as lutas de 2013 preparam o terreno para novas convulsões
TEC 2011 02 - Balanço dos oito anos do Governo Lula sobre as assimetrias de c...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta um balanço dos oito anos do governo Lula sobre as desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro.
2. Serão analisados indicadores como rendimento médio, taxa de desemprego e posição na ocupação entre 2002-2010.
3. O objetivo é avaliar como os indicadores econômicos durante o governo Lula podem ter influenciado as assimetrias raciais no mercado de trabalho.
TEC 2010 06 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica recente no Brasil e indicadores do mercado de trabalho nas 6 maiores regiões metropolitanas.
2. No primeiro trimestre de 2010, a taxa de crescimento do PIB foi de 2,4% e houve aumento no rendimento do trabalho e queda no desemprego.
3. Contudo, o alto crescimento também traz riscos como inflação e dependência de investimentos especulativos, o que pode afetar negativamente a população.
TEC 2011 10 - Mapa da população preta & parda no Brasil, 2010LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de outubro de 2011
TEC 2010 08 - Indicadores de desemprego e de subocupaçãoLAESER IE/UFRJ
1. O documento discute indicadores de desemprego e subocupação no mercado de trabalho metropolitano brasileiro em junho de 2010.
2. A taxa de desemprego foi de 7%, menor desde junho de 2009, com taxas maiores para pretos e pardos do que para brancos.
3. Embora os rendimentos médios tenham aumentado em relação a 2009 para todos os grupos, permaneceram assimetrias significativas entre brancos e não-brancos.
A crise econômica e financeira mundial é mais profunda e generalizada e seus efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. A crise continua a se desenrolar e as suas causas e intervenções serão, sem dúvida, objeto de debate por muitos anos. A continuidade da política econômica deve ser assegurada pelo executivo federal, pois implica no reconhecimento de que a estabilidade macroeconômica é condição fundamental para o desenvolvimento e a inserção social de milhões de brasileiros
O objetivo do presente trabalho é apresentar os traços essenciais das principais mudanças nos padrões de investimento e transformação estrutural na economia da Rússia entre 1950 a 2008. Como a antiga União Soviética era inteiramente centrada na Rússia, optamos por discutir os padrões de investimento e transformação estrutural na economia centralmente planificada da União Soviética como um todo no período de 1950 até a sua dissolução em fins de 1991 e da economia (crescentemente) capitalista da Federação Russa no período posterior (1992-2008).
Nosso argumento central é que a economia da Rússia atual, a despeito de quase uma década de crescimento a taxas elevadas a partir de 1999, da reconstrução parcial e do fortalecimento do Estado e do retorno de uma postura geopolítica mais assertiva a partir do primeiro governo Putin, se caracteriza por uma forte heterogeneidade estrutural que tem como implicação uma grande vulnerabilidade no que diz respeito a sua inserção externa, que se manifestou mais uma vez na crise mundial de 2008-2009.
A heterogeneidade estrutural russa vem de três elementos fundamentais, a saber: 1) a acentuada dependência de tecnologia estrangeira na indústria para fins civis; 2) a baixa produtividade agrícola e a correspondentes dificuldades em termos de segurança alimentar; 3) a alta disponibilidade e o baixo custo relativo de produção de petróleo e gás (e algumas outras matérias-primas).
Apesar das transformações drásticas ocorridas na sociedade e na economia russa, com as grandes e radicais mudanças nas instituições políticas e econômicas, na distribuição de poder e de renda e no desempenho da economia, esses elementos de heterogeneidade estrutural já estavam claramente presentes na União Soviética em meados dos anos 1970, e a fragilidade externa decorrente dessa heterogeneidade foi um elemento importante para a crise da economia soviética nos anos 1980, que se transformou em colapso a partir das reformas econômicas (e políticas) de Gorbachev.
A esses elementos estruturais se acrescentou, a partir de 1992, um quarto elemento muito importante que contribuiu para a vulnerabilidade externa da economia russa: a excessiva abertura financeira ex- terna. Esses quatro elementos são fundamentais para o entendimento da atual fragilidade externa da economia de um país continental, que é uma potência militar nuclear relativamente grande, diversifi- cada e industrializada, mas, ao mesmo tempo, muito dependente das exportações de petróleo e gás e fortemente afetada pelos movimentos dos fluxos de capitais internacionais de curto prazo.
Começaremos apresentando uma periodização dos diversos padrões de investimento e mudança estru- tural ao longo do período de 1950 a 2008, que tiveram resultados bastante diversos em termos de taxa de crescimento do produto.
TEC 2010 09 - Eleições 2010 e as propostas dos candidatos à Presidência da Re...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de setembro de 2010
TEC 2011 08 - Influência da cor ou raça na vida das pessoas de acordo com a P...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de agosto de 2011
Este documento discute três pontos principais: (1) A Teoria do Desenvolvimento se concentrou principalmente no processo de acumulação de capital e mudanças estruturais, sem dar atenção devida à distribuição de renda e bem-estar; (2) Autores como Lewis previam que a concentração funcional de renda inicial levaria a maior crescimento, com os benefícios "gotejando" depois, mas não propunham isso normativamente; (3) A provisão de bens e serviços públicos pelo Estado não recebeu atenção adequada na Te
O documento discute a estratégia econômica do governo brasileiro de reduzir gastos públicos para promover o crescimento. O autor argumenta que esta estratégia é irracional segundo a teoria keynesiana e que o governo deveria elevar gastos para estimular a economia. Além disso, defende o controle do fluxo de capitais e redução das taxas de juros para incentivar o investimento e combater a estagnação econômica.
1) O documento discute problemas da cacauicultura na Bahia e propõe soluções como investimento em pesquisa, criação de um fundo para o setor financiado pelos próprios produtores e verticalização da produção.
2) Servidores públicos federais passarão a receber exclusivamente em conta salário a partir de outubro.
3) Artigo analisa graves problemas econômicos, políticos e sociais do Brasil e defende a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para promover reformas.
O documento discute a crise econômica e política no Brasil, com o PIB recuando 3,6% em 2016, a pior recessão da história do país. O governo Temer tenta implementar reformas impopulares que atacam os direitos dos trabalhadores, enquanto a população sofre com altos níveis de desemprego e empobrecimento. Os trabalhadores começam a se organizar contra as reformas através de greves e manifestações.
1. O documento discute a crise econômica no Brasil e seus impactos políticos, incluindo os resultados das eleições municipais de 2016.
2. A eleição mostrou o declínio do PT, mas não um aumento significativo de partidos de direita. Muitos eleitores optaram pela abstenção ou votos brancos e nulos, indicando protesto contra o sistema político.
3. A crise econômica brasileira é profunda e estrutural, decorrente do capitalismo, não sendo resolvida por mudanças políticas ou reformas
O documento apresenta um livro que avalia os governos Lula de 2003 a 2010 através de artigos de diversos autores. Aborda temas como a macroeconomia, política industrial, infraestrutura, BNDES, agronegócio, trabalho e desigualdade social. O livro busca fornecer uma análise crítica balanceada dos anos Lula e discutir os desafios futuros do Brasil.
TEC 2011 12 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emp...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a evolução dos rendimentos médios e taxas de desemprego entre trabalhadores brancos e negros nas 6 maiores regiões metropolitanas do Brasil entre outubro de 2010 e outubro de 2011.
2. Em outubro de 2011, o rendimento médio da população economicamente ativa branca foi de R$2.015,44, enquanto o da população negra foi de R$1.120,67.
3. As desigualdades salariais entre brancos e negros diminuíram entre setembro e outub
A rápida desaceleração da economia brasileira apresenta um duro desafio para o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) liderado por Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o crescimento econômico médio foi de apenas 2,1% ao ano, comparado com 4,4% no período 2004-2010.
A recente queda pode ser diretamente atribuída à política econômica implementada por Dilma no primeiro mandato (2011-14)1. Esta mudança na orientação da política economica procurou reduzir o papel direto do Estado na promoção da expansão da demanda agregada por meio de estímulos fiscais e a promoção da mudança estrutural pelo lado da oferta por intermédio do investimento público, uma estratégia que havia sido bastante exitosa até 2010. Porém, as políticas sociais inclusivas preocupadas com a redução da desigualdade continuaram em curso.
A crise econômica e financeira mundial é mais profunda e generalizada e seus efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. A crise continua a se desenrolar e as suas causas e intervenções serão, sem dúvida, objeto de debate por muitos anos. O cenário atual brasileiro é um dos mais favoráveis do mundo, em praticamente todos os setores de atividade econômica
O documento resume a situação econômica e política do Brasil em março de 2007. A economia continua dominada pelo capital financeiro internacional e o governo Lula mantém as políticas neoliberais. As forças populares estão fragmentadas e sem projeto unificador, enquanto a classe dominante controla o estado e a mídia.
Emprego e Salários - 1º semestre de 2017economiaufes
https://grupodeconjuntura.com.br/
As reformas trabalhistas no mundo, e de maneira semelhante no Brasil, foram aprovadas em meio a justificativas oficiais de “modernização” da legislação trabalhista em tempos de globalização. Um dos argumentos para sua implantação refere-se à geração de postos de trabalho em meio a taxas de desemprego elevadíssimas, sobretudo entre os jovens.
O documento discute a recessão econômica profunda no Brasil e as razões para acreditar que o país esteja caminhando para uma depressão. Aponta que erros de políticas neoliberais e a inação do governo Temer estão piorando a situação, levando a queda na produção, investimentos e consumo, além de aumento no desemprego. Defende que é necessária a superação do atual modelo econômico, sistema político e forma de gestão pública para que o Brasil possa sair da crise.
Legado econômico dos governos neoliberais de fhc, lula e dilma roussefFernando Alcoforado
O legado dos governos FHC, Lula e Dilma Roussef nos últimos 20 anos de graves consequências para o Brasil. O baixo crescimento econômico do Brasil e a elevação desmesurada da dívida pública federal durante os governos FHC, Lula e Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no País e a incompetência destes governantes na condução dos destinos da nação brasileira. Não apenas FHC deixou um legado econômico comprometedor do desenvolvimento do Brasil. Lula e Dilma Roussef são também responsáveis por esta situação porque não foram capazes de adotar um modelo econômico que contribuísse com efetividade para o progresso econômico e social do Brasil. O futuro do Brasil está a exigir não apenas a substituição de um presidente da República incompetente por outro mais capaz, mas principalmente a substituição do fracassado modelo neoliberal por outro, nacional desenvolvimentista, baseado na abertura seletiva da economia brasileira em relação ao exterior.
TEC 2012 08 - Ações Afirmativas no Ensino Superior Brasileiro: parte IILAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a assistência estudantil e ações afirmativas nas Instituições de Ensino Superior brasileiras.
2. Apresenta dados sobre o tipo de apoio social recebido por estudantes cotistas e não cotistas ingressantes em cursos de graduação em 2010, como bolsas de alimentação, moradia, transporte e outros.
3. Devido à paralisação dos servidores do IBGE, o documento não pôde apresentar as séries históricas habituais sobre rendimento médio e taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas
1. O documento discute a informalidade e subocupação no mercado de trabalho das seis maiores regiões metropolitanas brasileiras segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego de agosto de 2012.
2. Em agosto de 2012, 50,2% dos trabalhadores informais eram pretos e pardos, enquanto a taxa de informalidade para pretos e pardos foi de 39,5%, 6,2 pontos percentuais acima da taxa para brancos.
3. A taxa de subocupação por falta de remuneração para pretos e pardos foi de 19,
TEC 2010 06 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica recente no Brasil e indicadores do mercado de trabalho nas 6 maiores regiões metropolitanas.
2. No primeiro trimestre de 2010, a taxa de crescimento do PIB foi de 2,4% e houve aumento no rendimento do trabalho e queda no desemprego.
3. Contudo, o alto crescimento também traz riscos como inflação e dependência de investimentos especulativos, o que pode afetar negativamente a população.
TEC 2011 10 - Mapa da população preta & parda no Brasil, 2010LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de outubro de 2011
TEC 2010 08 - Indicadores de desemprego e de subocupaçãoLAESER IE/UFRJ
1. O documento discute indicadores de desemprego e subocupação no mercado de trabalho metropolitano brasileiro em junho de 2010.
2. A taxa de desemprego foi de 7%, menor desde junho de 2009, com taxas maiores para pretos e pardos do que para brancos.
3. Embora os rendimentos médios tenham aumentado em relação a 2009 para todos os grupos, permaneceram assimetrias significativas entre brancos e não-brancos.
A crise econômica e financeira mundial é mais profunda e generalizada e seus efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. A crise continua a se desenrolar e as suas causas e intervenções serão, sem dúvida, objeto de debate por muitos anos. A continuidade da política econômica deve ser assegurada pelo executivo federal, pois implica no reconhecimento de que a estabilidade macroeconômica é condição fundamental para o desenvolvimento e a inserção social de milhões de brasileiros
O objetivo do presente trabalho é apresentar os traços essenciais das principais mudanças nos padrões de investimento e transformação estrutural na economia da Rússia entre 1950 a 2008. Como a antiga União Soviética era inteiramente centrada na Rússia, optamos por discutir os padrões de investimento e transformação estrutural na economia centralmente planificada da União Soviética como um todo no período de 1950 até a sua dissolução em fins de 1991 e da economia (crescentemente) capitalista da Federação Russa no período posterior (1992-2008).
Nosso argumento central é que a economia da Rússia atual, a despeito de quase uma década de crescimento a taxas elevadas a partir de 1999, da reconstrução parcial e do fortalecimento do Estado e do retorno de uma postura geopolítica mais assertiva a partir do primeiro governo Putin, se caracteriza por uma forte heterogeneidade estrutural que tem como implicação uma grande vulnerabilidade no que diz respeito a sua inserção externa, que se manifestou mais uma vez na crise mundial de 2008-2009.
A heterogeneidade estrutural russa vem de três elementos fundamentais, a saber: 1) a acentuada dependência de tecnologia estrangeira na indústria para fins civis; 2) a baixa produtividade agrícola e a correspondentes dificuldades em termos de segurança alimentar; 3) a alta disponibilidade e o baixo custo relativo de produção de petróleo e gás (e algumas outras matérias-primas).
Apesar das transformações drásticas ocorridas na sociedade e na economia russa, com as grandes e radicais mudanças nas instituições políticas e econômicas, na distribuição de poder e de renda e no desempenho da economia, esses elementos de heterogeneidade estrutural já estavam claramente presentes na União Soviética em meados dos anos 1970, e a fragilidade externa decorrente dessa heterogeneidade foi um elemento importante para a crise da economia soviética nos anos 1980, que se transformou em colapso a partir das reformas econômicas (e políticas) de Gorbachev.
A esses elementos estruturais se acrescentou, a partir de 1992, um quarto elemento muito importante que contribuiu para a vulnerabilidade externa da economia russa: a excessiva abertura financeira ex- terna. Esses quatro elementos são fundamentais para o entendimento da atual fragilidade externa da economia de um país continental, que é uma potência militar nuclear relativamente grande, diversifi- cada e industrializada, mas, ao mesmo tempo, muito dependente das exportações de petróleo e gás e fortemente afetada pelos movimentos dos fluxos de capitais internacionais de curto prazo.
Começaremos apresentando uma periodização dos diversos padrões de investimento e mudança estru- tural ao longo do período de 1950 a 2008, que tiveram resultados bastante diversos em termos de taxa de crescimento do produto.
TEC 2010 09 - Eleições 2010 e as propostas dos candidatos à Presidência da Re...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de setembro de 2010
TEC 2011 08 - Influência da cor ou raça na vida das pessoas de acordo com a P...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de agosto de 2011
Este documento discute três pontos principais: (1) A Teoria do Desenvolvimento se concentrou principalmente no processo de acumulação de capital e mudanças estruturais, sem dar atenção devida à distribuição de renda e bem-estar; (2) Autores como Lewis previam que a concentração funcional de renda inicial levaria a maior crescimento, com os benefícios "gotejando" depois, mas não propunham isso normativamente; (3) A provisão de bens e serviços públicos pelo Estado não recebeu atenção adequada na Te
O documento discute a estratégia econômica do governo brasileiro de reduzir gastos públicos para promover o crescimento. O autor argumenta que esta estratégia é irracional segundo a teoria keynesiana e que o governo deveria elevar gastos para estimular a economia. Além disso, defende o controle do fluxo de capitais e redução das taxas de juros para incentivar o investimento e combater a estagnação econômica.
1) O documento discute problemas da cacauicultura na Bahia e propõe soluções como investimento em pesquisa, criação de um fundo para o setor financiado pelos próprios produtores e verticalização da produção.
2) Servidores públicos federais passarão a receber exclusivamente em conta salário a partir de outubro.
3) Artigo analisa graves problemas econômicos, políticos e sociais do Brasil e defende a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para promover reformas.
O documento discute a crise econômica e política no Brasil, com o PIB recuando 3,6% em 2016, a pior recessão da história do país. O governo Temer tenta implementar reformas impopulares que atacam os direitos dos trabalhadores, enquanto a população sofre com altos níveis de desemprego e empobrecimento. Os trabalhadores começam a se organizar contra as reformas através de greves e manifestações.
1. O documento discute a crise econômica no Brasil e seus impactos políticos, incluindo os resultados das eleições municipais de 2016.
2. A eleição mostrou o declínio do PT, mas não um aumento significativo de partidos de direita. Muitos eleitores optaram pela abstenção ou votos brancos e nulos, indicando protesto contra o sistema político.
3. A crise econômica brasileira é profunda e estrutural, decorrente do capitalismo, não sendo resolvida por mudanças políticas ou reformas
O documento apresenta um livro que avalia os governos Lula de 2003 a 2010 através de artigos de diversos autores. Aborda temas como a macroeconomia, política industrial, infraestrutura, BNDES, agronegócio, trabalho e desigualdade social. O livro busca fornecer uma análise crítica balanceada dos anos Lula e discutir os desafios futuros do Brasil.
TEC 2011 12 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emp...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a evolução dos rendimentos médios e taxas de desemprego entre trabalhadores brancos e negros nas 6 maiores regiões metropolitanas do Brasil entre outubro de 2010 e outubro de 2011.
2. Em outubro de 2011, o rendimento médio da população economicamente ativa branca foi de R$2.015,44, enquanto o da população negra foi de R$1.120,67.
3. As desigualdades salariais entre brancos e negros diminuíram entre setembro e outub
A rápida desaceleração da economia brasileira apresenta um duro desafio para o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) liderado por Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o crescimento econômico médio foi de apenas 2,1% ao ano, comparado com 4,4% no período 2004-2010.
A recente queda pode ser diretamente atribuída à política econômica implementada por Dilma no primeiro mandato (2011-14)1. Esta mudança na orientação da política economica procurou reduzir o papel direto do Estado na promoção da expansão da demanda agregada por meio de estímulos fiscais e a promoção da mudança estrutural pelo lado da oferta por intermédio do investimento público, uma estratégia que havia sido bastante exitosa até 2010. Porém, as políticas sociais inclusivas preocupadas com a redução da desigualdade continuaram em curso.
A crise econômica e financeira mundial é mais profunda e generalizada e seus efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. A crise continua a se desenrolar e as suas causas e intervenções serão, sem dúvida, objeto de debate por muitos anos. O cenário atual brasileiro é um dos mais favoráveis do mundo, em praticamente todos os setores de atividade econômica
O documento resume a situação econômica e política do Brasil em março de 2007. A economia continua dominada pelo capital financeiro internacional e o governo Lula mantém as políticas neoliberais. As forças populares estão fragmentadas e sem projeto unificador, enquanto a classe dominante controla o estado e a mídia.
Emprego e Salários - 1º semestre de 2017economiaufes
https://grupodeconjuntura.com.br/
As reformas trabalhistas no mundo, e de maneira semelhante no Brasil, foram aprovadas em meio a justificativas oficiais de “modernização” da legislação trabalhista em tempos de globalização. Um dos argumentos para sua implantação refere-se à geração de postos de trabalho em meio a taxas de desemprego elevadíssimas, sobretudo entre os jovens.
O documento discute a recessão econômica profunda no Brasil e as razões para acreditar que o país esteja caminhando para uma depressão. Aponta que erros de políticas neoliberais e a inação do governo Temer estão piorando a situação, levando a queda na produção, investimentos e consumo, além de aumento no desemprego. Defende que é necessária a superação do atual modelo econômico, sistema político e forma de gestão pública para que o Brasil possa sair da crise.
Legado econômico dos governos neoliberais de fhc, lula e dilma roussefFernando Alcoforado
O legado dos governos FHC, Lula e Dilma Roussef nos últimos 20 anos de graves consequências para o Brasil. O baixo crescimento econômico do Brasil e a elevação desmesurada da dívida pública federal durante os governos FHC, Lula e Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no País e a incompetência destes governantes na condução dos destinos da nação brasileira. Não apenas FHC deixou um legado econômico comprometedor do desenvolvimento do Brasil. Lula e Dilma Roussef são também responsáveis por esta situação porque não foram capazes de adotar um modelo econômico que contribuísse com efetividade para o progresso econômico e social do Brasil. O futuro do Brasil está a exigir não apenas a substituição de um presidente da República incompetente por outro mais capaz, mas principalmente a substituição do fracassado modelo neoliberal por outro, nacional desenvolvimentista, baseado na abertura seletiva da economia brasileira em relação ao exterior.
TEC 2012 08 - Ações Afirmativas no Ensino Superior Brasileiro: parte IILAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a assistência estudantil e ações afirmativas nas Instituições de Ensino Superior brasileiras.
2. Apresenta dados sobre o tipo de apoio social recebido por estudantes cotistas e não cotistas ingressantes em cursos de graduação em 2010, como bolsas de alimentação, moradia, transporte e outros.
3. Devido à paralisação dos servidores do IBGE, o documento não pôde apresentar as séries históricas habituais sobre rendimento médio e taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas
1. O documento discute a informalidade e subocupação no mercado de trabalho das seis maiores regiões metropolitanas brasileiras segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego de agosto de 2012.
2. Em agosto de 2012, 50,2% dos trabalhadores informais eram pretos e pardos, enquanto a taxa de informalidade para pretos e pardos foi de 39,5%, 6,2 pontos percentuais acima da taxa para brancos.
3. A taxa de subocupação por falta de remuneração para pretos e pardos foi de 19,
TEC 2012 09 - Conjuntura econômica brasileira do primeiro semestre de 2012LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica do Brasil no primeiro semestre de 2012, com base nos resultados das Contas Nacionais divulgadas pelo IBGE.
2. A economia brasileira cresceu apenas 0,6% no primeiro semestre, com taxa de crescimento esperada para 2012 de apenas 1,5%.
3. O consumo das famílias tem sustentado o crescimento, enquanto os investimentos recuaram, refletindo a fraca disposição para expansão das atividades empresariais.
TEC 2012 07 - Ações afirmativas no ensino superior brasileiroLAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta dados sobre ações afirmativas nas instituições de ensino superior brasileiras em 2010.
2. Em 2010, 10,9% dos estudantes ingressaram nas universidades por meio de cotas, sendo a maioria (74%) por cotas para alunos de escola pública.
3. As universidades públicas foram as que mais adotaram cotas, com 41.346 estudantes ingressando por meio de ações afirmativas, o que correspondeu a 12,1% do total de ingressantes nas universidades públicas naquele ano.
TEC 2012 06 - Conjuntura econômica brasileira do primeiro trimestre de 2012LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta os resultados do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2012, que cresceu apenas 0.2% em relação ao trimestre anterior.
2. A taxa anual de crescimento do PIB vem caindo e estava em apenas 1.9% no primeiro trimestre, indicando que o crescimento da economia brasileira está desacelerando.
3. Embora o consumo das famílias e do governo tenham se mantido positivos, os investimentos registraram resultados negativos, o que é preocupante para o futuro crescimento do país.
O documento lista os 213 municípios brasileiros com a maior porcentagem de população preta e parda em 2010, liderados por Serrano do Maranhão com 94,76% e incluindo outros municípios da Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins com mais de 90% da população preta e parda.
Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010LAESER IE/UFRJ
O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil é uma publicação que analisa a evolução das desigualdades de cor ou raça no país através de indicadores demográficos e socioeconômicos.
O Relatório tem por missão:
Sistematizar e refletir sobre os avanços e recuos da eqüidade racial e de gênero no país, em seus diversos aspectos;
Constituir uma referência para estudiosos, pesquisadores e militantes do tema;
Contribuir para a formulação, aplicação e avaliação de políticas públicas, sejam as sociais em geral, sejam as de promoção da eqüidade dos grupos de cor ou raça;
Servir como meio de divulgação das condições de vida da população brasileira, desagregada pelas desigualdades de cor ou raça; e
Formular denúncias e alertas sobre determinadas situações especialmente graves assumidas pelas assimetrias de cor ou raça no Brasil.
O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010 corresponde à segunda edição deste estudo. O seu eixo temático vem a ser a contribuição dada pela Constituição brasileira de 1988 para a redução das assimetrias de cor ou raça no país, especialmente levando em consideração os seus dispositivos sobre a Seguridade Social.
Portanto, em meio aos avanços e limites presentes na Constituição brasileira de 1988, a questão que se coloca nesta edição do Relatório diz respeito à efetiva capacidade do novo marco legal brasileiro em contribuir para a redução das assimetrias de cor ou raça no Brasil durante as últimas duas décadas.
Neste esforço há uma singular preocupação com determinados dispositivos constitucionais que tratam dos direitos sociais coletivos da população brasileira, especialmente o Título VIII que trata da Ordem Social, em seu Capítulo II (da Seguridade Social): Seções I (Disposições Gerais), II (da Saúde), III (da Previdência Social); IV (da Assistência Social), além do Capítulo III (da Educação, da Cultura e do Desporto), Seção I (da Educação). Ainda que de modo mais difuso, também fazem parte do campo de preocupações do presente Relatório os Títulos I (dos Princípios Fundamentais) e II (dos Direitos e Garantias Fundamentais) da Constituição brasileira.
A presidenta neopelega inventa esquema de enrolação para anestesiar a opinião pública para a crise que se aproxima e esconder a responsabilidade de seus patrões da indústria e do agronegócio. JOSÉ MARTINS
1) A produção industrial dos EUA totalizou US$ 3,341.9 trilhões no último relatório do Federal Reserve Bank de Nova York.
2) A produção industrial brasileira corresponde a aproximadamente 341.9 bilhões de dólares da produção dos EUA.
3) A produção industrial dos EUA desacelerou no terceiro trimestre, com queda de 1% nos bens duráveis, após forte crescimento nos dois primeiros trimestres.
O documento analisa as manifestações de junho no Brasil e suas possíveis consequências políticas. Discute que o país e as instituições do Estado permaneceram intactos, e que as manifestações não representaram uma crise revolucionária. Também argumenta que o descontentamento popular se deve a razões sociais mais profundas do que uma crise econômica, e que a ausência de liderança do movimento operário limitou o alcance político dos protestos.
1. O documento resume as resoluções internacionais do III Congresso Nacional do PSOL no Brasil. Inclui solidariedade com movimentos na Grécia, Palestina e Chile, além de condenar ingerências externas na Síria.
2. Analisa a crise do capitalismo e como isso abre possibilidades para o socialismo, mas também aumenta conflitos. Menciona movimentos como Occupy Wall Street e os indignados.
3. Discute processos na América Latina, incluindo governos reformistas e revolucionários, e o papel do Brasil na
O documento analisa as manifestações populares no Brasil atual. Discute como as ocupações de ruas por estudantes contra aumento de passagens se espalharam para outras reivindicações, gerando insatisfação popular com questões sociais. Também explica como governos e mídia tentam desviar o movimento para interesses políticos em vez de luta de classes.
O documento aborda diversos temas relacionados a geografia física e humana do Brasil e do mundo. Discute processos geomorfológicos, correntes marítimas, potencial solar brasileiro, enchentes no Acre, imigração boliviana em São Paulo, mudanças demográficas, IDH, fluxos migratórios, urbanização e desindustrialização.
O documento discute os entraves históricos para a distribuição de renda igualitária no Brasil, desde a concentração de terras e renda agrícola durante o período colonial até os altos níveis de desigualdade durante os governos militares e a hiperinflação na década de 1980. Também argumenta que investimentos sustentáveis em educação podem ajudar a promover uma distribuição mais igualitária no futuro.
O documento discute características e crescimento da população mundial, incluindo densidade demográfica, estatísticas gerais, envelhecimento populacional, taxas demográficas, teorias de Malthus, neomalthusianismo e marxismo sobre população.
O documento discute características e crescimento da população mundial, incluindo densidade demográfica, estatísticas gerais, envelhecimento populacional, taxas demográficas, teorias de Malthus, neomalthusianismo e marxismo sobre população.
O documento discute características e crescimento da população mundial, incluindo densidade demográfica, estatísticas gerais, envelhecimento populacional, taxas demográficas, teorias de Malthus, neomalthusianismo e marxismo sobre população.
Este documento descreve os protestos em massa que ocorreram no Brasil em junho de 2013 contra o aumento das tarifas de transporte público em São Paulo e em defesa de melhorias na educação e serviços públicos. Centenas de milhares de pessoas em todo o país participaram dos protestos, que criticaram a classe dirigente brasileira por sua desconexão com as preocupações da população e submissão aos interesses econômicos. Embora tenham começado de forma pacífica, alguns protestos acabaram em confrontos com a polícia.
O presente artigo busca discutir como a liberalização financeira, que vem ocorrendo desde a década de 70 e que se acentuou na década de 90, afetou a distribuição de renda e riqueza nos Estados Unidos. Ava- liam-se, primeiro, as razões teóricas para um aumento da desigualdade decorrente da transformação de um “capitalismo pa- ternalista” para um “capitalismo gerenciador de dinheiro”. Em seguida, discutimos o principal mecanismo que operou no auge do “capitalismo gerenciador de dinheiro” nos Estados Unidos (na década de 90). Tal mecanismo se caracteriza pelo estímulo da demanda efetiva via o efeito riqueza decorrente de bolhas nos mercados de títulos e ações, bem como pelo conjunto de políticas econômicas, com destaque especial para as políticas de garantia de liquidez, utilizadas para manter o funcionamento de tal mecanismo e seus efeitos para a demanda agregada. Por fim, analisamos alguns trabalhos empíricos e dados que confirmam o aumento da desigualdade de renda e riqueza – medida em termos funcionais ou pessoais –, corroborando as teorias estudadas. Palavras-chave Capitalismo gerenciador de dinheiro; Desigualdade de renda; Desigualdade de riqueza.
Caderno de resoluçõesdo II Congresso Nacional da CSP-CONLUTASClaiton Santos
O documento discute a crise econômica mundial desde 2008 e suas consequências, incluindo o aumento da desigualdade e da resistência dos trabalhadores. Também aborda questões como a imigração para a Europa e situação política na América Latina e Oriente Médio, com ênfase na continuidade das lutas dos trabalhadores em meio aos desafios.
Os capitalistas, com sua sede de lucros e com o saque da nação, levaram o Brasil à bancarrota. O governo de Dilma do PT é quem encabeça o ataque contra os trabalhadores, com o apoio de todos os políticos patronais, a serviço do imperialismo e do FMI. A burocracia sindical desorganizou o movimento operário e dividiu os trabalhadores das massas nas ruas para impedir uma resposta geral contra o ataque. A "Agenda Brasil" é o plano de ataque de Dilma e Temer para garantir
O documento discute a dinâmica populacional mundial, abordando o crescimento populacional global, migrações internacionais e pirâmides etárias. Explica que a população mundial atual é de 7,7 bilhões de pessoas e continua crescendo, embora mais lentamente. Também analisa como as pirâmides etárias refletem a evolução demográfica de uma população ao longo do tempo.
Jack Rasmus sintetiza, no seu artigo Economia global: rumo à grande tempestade?, afirmando haver três tendências econômicas globais significativas que começaram a se intensificar e a convergir nos últimos meses: (1) uma desaceleração da economia da China junto com uma instabilidade financeira crescente em seu sistema bancário paralelo [shadow banking system]; (2) um colapso das moedas dos mercados emergentes (Índia, Brasil, Turquia, África do Sul, Indonésia etc.) e suas respectivas desacelerações econômicas; (3) um desvio contínuo rumo à deflação nas economias da zona do euro, liderado pelo aumento de problemas na Itália e pela estagnação econômica que atinge até a França, a segunda maior economia da zona do euro.
TEC 2010 05 - Indicadores de desemprego e de subocupaçãoLAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica recente, focando na crise na zona do Euro e seus impactos.
2. Apresenta estatísticas sobre rendimento médio e taxa de desemprego nas maiores regiões metropolitanas brasileiras em março de 2010.
3. Destaca a desigualdade salarial entre brancos e negros, com os brancos recebendo em média 93,3% a mais.
1) O documento discute o crescimento econômico e desenvolvimento social no Brasil, notando que embora o PIB tenha crescido, a desigualdade social permanece alta.
2) Fala sobre os custos ambientais e sociais da industrialização brasileira e as disparidades regionais de renda.
3) Defende que uma maior integração econômica e participação social são necessárias para reduzir a pobreza.
TEC 2012 05 - Indicadores selecionados sobre desigualdades de cor ou raça no ...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta indicadores sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro segundo dados do Censo Demográfico de 2010.
2. Em 2010, 43,5% da população economicamente ativa total tinha emprego com carteira assinada, um aumento de 8,3 pontos percentuais desde 2000.
3. As tabelas 1 e 2 apresentam a distribuição e composição da população economicamente ativa ocupada por posição na ocupação para diferentes grupos de cor ou raça e sexo.
TEC 2012 04 - Indicadores selecionados sobre desigualdades de cor ou raça no ...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta indicadores selecionados sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro segundo dados do Censo Demográfico de 2010.
2. É analisado o rendimento médio do trabalho principal entre 2000-2010, mostrando aumentos maiores para pretos & pardos, porém persistindo grande assimetria.
3. A distribuição da população economicamente ativa por faixa salarial em 2010 indica que pretos & pardos estão sobre-representados em menores faixas e sub-representados nas maiores.
TEC 2012 03 - Conjuntura econômica e as desigualdades de cor ou raça no prime...LAESER IE/UFRJ
1. O documento analisa a economia brasileira no primeiro ano do governo Dilma, com foco no crescimento do PIB em 2011.
2. O PIB cresceu 2,7% em 2011, abaixo da média mundial de 3,8% e da média dos últimos anos no Brasil.
3. A desaceleração da economia se deve à conjuntura externa desfavorável e ao fraco desempenho da indústria de transformação.
TEC 2012 02 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emp...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta indicadores sobre o rendimento médio e taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011.
2. Os dados mostram que o rendimento médio dos brancos é maior do que o dos pretos e pardos, porém a desigualdade vem diminuindo ao longo do tempo.
3. A taxa de desemprego vem caindo nos últimos meses, porém continua maior entre as mulheres pretas e pardas.
TEC 2012 01 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emp...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a evolução do rendimento médio e taxa de desemprego entre novembro de 2010 e novembro de 2011 nas 6 maiores regiões metropolitanas brasileiras.
2. Em novembro de 2011, o rendimento médio foi de R$1.623,43 e a taxa de desemprego foi de 5,2%.
3. O texto aprofunda a análise comparando os indicadores entre brancos e pretos/pardos, mostrando que as desigualdades de rendimento entre esses grupos diminuíram nesse período.
Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2007-2008LAESER IE/UFRJ
O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil é um estudo que tem por eixo fundamental o tema das desigualdades raciais e sua mensuração através de indicadores econômicos, sociais e demográficos. Visa sistematizar os avanços e recuos existentes no Brasil em termos da equidade racial em seus diversos aspectos.
O Relatório tem por missão:
Sistematizar e refletir sobre os avanços e recuos da eqüidade racial e de gênero no país, em seus diversos aspectos;
Constituir uma referência para estudiosos e militantes do tema;
Contribuir para a formulação, aplicação e avaliação de políticas públicas, sejam as sociais em geral, sejam as de promoção da equidade dos grupos de cor ou raça;
Servir como meio de divulgação das condições de vida da população brasileira, desagregada pelas desigualdades de cor ou raça e;
Formular denúncias e alertas, visando reverter situações de sofrimento e privação enfrentadas pelos afrodescendentes brasileiros.
A primeira edição do Relatório é dividida em oito capítulos.
O Relatório, além dos seus oito capítulos temáticos, igualmente contém 83 gráficos, 90 tabelas, 37 boxes, 10 quadros e 13 mapas temáticos, se constituindo em um dos maiores esforços realizados até o momento em nosso país de sistematização e estudo da evolução de indicadores sociais, de diversas fontes, dentro do tema das relações e desigualdades sócio-raciais.
Referencial obrigatório para estudiosos no tema, ativistas do movimento negro e dos movimentos sociais de múltiplas frentes, formuladores de políticas públicas e todos e todas preocupados com assuntos que digam respeito à realidade social da população brasileira e de seus grupos constitutivos.
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de outubro de 2011 anexo 2
TEC 2011 07 - Ano Internacional dos Afrodescendentes e a questão racial dentr...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de julho de 2011
TEC 2011 06 - Comentários sobre a conjuntura econômica recente e seus possíve...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta dados sobre a economia brasileira no primeiro trimestre de 2011, incluindo o crescimento do PIB, setores econômicos e itens de demanda.
2. A taxa de crescimento do PIB desacelerou para 1,3% em relação ao trimestre anterior, indicando menor vigor da economia em 2011.
3. A inflação medida pelo IPCA subiu para 6,55% nos últimos 12 meses, acima do limite superior da meta do Banco Central.
TEC 2011 05 - Mudanças na composiçao de cor ou raça no Brasil de acordo com o...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de maio de 2011
TEC 2011 04 - O emprego doméstico não está em extinçãoLAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de abril de 2011
TEC 2011 03 - Balanço dos oito anos do Governo Lula sobre as assimetrias de c...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de março de 2011
TEC 2011 01 - Criação dos conselhos municipais de igualdade racialLAESER IE/UFRJ
1. Apenas 2,7% dos municípios brasileiros tinham conselhos municipais de igualdade racial em 2009, concentrados principalmente no Sudeste.
2. O rendimento médio dos trabalhadores pretos e pardos foi 84,7% do rendimento dos brancos em novembro de 2010, a menor assimetria desde julho.
3. O artigo analisa a criação dos conselhos municipais de igualdade racial no Brasil e indicadores do mercado de trabalho entre 2009-2010.
TEC 2010 12 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de dezembro de 2010
TEC 2010 11 - Adoção da Lei 10.639 e 11.645 no interior das redes municipais ...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de novembro de 2010
TEC 2010 10 - Avanço dos partidos xenófobos, intolerantes e racistas nas elei...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute o crescimento de partidos de extrema direita nos parlamentos europeus.
2. Analisa os resultados eleitorais de 20 países onde partidos nacionalistas, xenófobos ou de extrema direita foram eleitos.
3. Detalha exemplos como a Áustria, onde dois desses partidos conquistaram 28% dos votos, e a Noruega, onde o segundo maior partido obteve 22,9%.
TEC 2010 07 - Rendimento no trabalho principal e desemprego dos grupos de cor...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de julho de 2010
TEC 2010 07 - Rendimento no trabalho principal e desemprego dos grupos de cor...
TEC 2011 09 - Ocupe Wall Street
1. TEMPO EM
CURSO
Publicação eletrônica mensal
sobre as desigualdades de cor ou
raça e gênero no mercado de trabalho
metropolitano brasileiro
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011
(Ocupe Wall Street)
ISSN 2177–3955
2. TEMPO EM CURSO 1. Apresentação 2. O movimento Ocupe “Wall Street” e os efeitos 2
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011 da crise econômica sobre os afrodescendentes dos EUA
Sumário na ocupação e o modo pelo qual este indicador se
apresentou, em julho de 2011, para os grupos de cor
1. Apresentação ou raça e sexo das seis maiores RMs brasileiras.
2. O movimento Ocupe “Wall Street” e os efeitos da
crise econômica sobre os afrodescendentes dos EUA 2. O movimento Ocupe “Wall Street” e
3. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho os efeitos da crise econômica sobre os
principal afrodescendentes dos EUA
4. Evolução da taxa de desemprego
5. Rendimento habitual médio do trabalho principal de 2.a. “Ocupe Wall Street”: breve histórico
acordo com a posição na ocupação
Em setembro deste ano, algumas dezenas de pessoas
1. Apresentação resolveram montar acampamento no parque Zuccotti,
na Ilha de Manhattan, na cidade de Nova York. Esta
Com o presente número, o LAESER dá continuidade mobilização foi uma tentativa de resposta à grave situ-
ao boletim eletrônico “Tempo em Curso”, nesta publi- ação socioeconômica com a qual se defronta a econo-
cação, completando sua 23ª edição. mia norte-americana nos dias atuais.
Os principais indicadores desta publicação são os Aquele ato seria o embrião do que ficou conhecido
microdados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), como o “Movimento dos Indignados”. Especificamente
divulgados, mensalmente, pelo Instituto Brasileiro de em Nova York, conforme visto, origem do movimento,
Geografia e Estatística (IBGE) em seu portal (www.ibge. encontra-se sua versão mais popular, até então auto
gov.br), e tabulados pelo LAESER no banco de dados intitulada“Occupy Wall Street” (“Ocupe Wall Street”).
“Tempo em Curso”.
Em cerca de um mês, o movimento “Ocupe Wall
A PME coleta informações sobre o mercado de trabalho Street” se expandiu aceleradamente e começaram a
da população residente nas seis maiores Regiões Metro- ocorrer manifestações de centenas de milhares de
politanas (RMs) brasileiras. Da mais ao Norte, para a mais pessoas, não apenas em outras cidades dos EUA, mas
ao Sul: Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Rio também em Madri e Barcelona (Espanha), Roma (Itália),
de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS). Genebra (Suíça), Miami (EUA), Paris (França), Sarajevo
(Bósnia Herzegóvina), Zurique (Suíça), Cidade do Mé-
A primeira parte desta edição do “Tempo em Curso” é xico (México), Lima (Peru), Santiago (Chile), Hong Kong
dedicada ao “Movimento dos Indignados”. Este movimen- (Chile), Tóquio (Japão), Sydney (Austrália) e, mais recen-
to vem se espalhando pelo mundo afora, em resposta à temente, no Rio de Janeiro e São Paulo (Brasil). Estas
crise econômica dos dias atuais nos países desenvolvi- mobilizações passaram a se identificar como “Movi-
dos, ainda produto da Crise das Hipotecas, ocorrida em mento dos Indignados”.
2008. Neste momento, será dada ênfase especial aos
desdobramentos especialmente negativos da crise sobre Desde o início deste movimento nos EUA, vieram sur-
a população afrodescendente norte-americana. gindo tentativas de comparações entre o “Ocupe Wall
Street” e o conservador movimento da extrema direita
Sucessivamente, é apresentada a análiseda evolução americana “Tea Party”. Assim, num determinado tipo
dos rendimentos médios habitualmente recebidos pelo de leitura, apesar dos diferentes enfoques, ambos os
trabalho principal e da taxa de desemprego nas seis setores estariam expressando descontentamento em
maiores RMs brasileiras, no intervalo de tempo com- relação ao sistema econômico e político vigente na-
preendido entre julho de 2010 e julho de 2011. Neste quele país.
plano, objetiva-se compreender a evolução das assi-
metrias de cor ou raça e gênero no mercado metropo- Decerto, o “Tea Party” também expressa níveis ele-
litano brasileiro no período considerado. vados de insatisfação com a atual situação dos EUA.
Contudo, ao contrário de “Ocupe Wall Street”, a ban-
Na última parte deste número, é realizada uma refle- deira do “Tea Party” se realiza através do Partido Re-
xão sobre a evolução do rendimento horário habitual publicano, denotando ter escassa contradição com o
médio do trabalho principal desagregado pela posição sistema econômico e político vigente. Igualmente, há
3. TEMPO EM CURSO 2. O movimento Ocupe “Wall Street” e os efeitos 3
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011 da crise econômica sobre os afrodescendentes dos EUA
de destacar que este movimento é defensor de um Es- sem a população mais vulnerável socioeconomicamente
tado mínimo em termos dos gastos sociais, é contrário das sequelas mais severas da crise.
à elevação dos impostos para os mais ricos e carrega
valores tradicionalistas no plano dos direitos civis e in- De acordo com uma lista de 15 países recentemente
dividuais, incluindo a oposição às ações afirmativas. Na divulgada pelo IBGE, tanto nos EUA,como na União
verdade, o “Tea Party” responsabiliza principalmente o Europeia, o Produto Interno Bruto (PIB) expandiu-se em
governo democrata de Barack Obama pela crise atual, apenas 0,2% no segundo trimestre de 2011, em relação
e não aos bancos, como fazem os manifestantes do ao trimestre imediatamente anterior. O Japão chegou
“Movimento dos Indignados”. a ter variação negativa no PIB em 0,3%. Vale ressal-
tar que, comparativamente, o Brasil apresentou uma
Alternativamente, de acordo com os próprios manifes- maior elevação do PIB, com variação positiva de 0,8%
tantes vinculados ao “Ocupe Wall Street”, o movimento para o mesmo período.
“é um símbolo da luta internacional crescente contra
o movimento de práticas econômicas neoliberais, dos O cenário socioeconômico dos países desenvolvidos
crimes de Wall Street e da desigualdade de renda, de- vem sendo deteriorado pelo efeito da crise econômica.
semprego e opressão”1. Assim, os últimos anos têm sido marcados pelo cres-
cimento do desemprego e da pobreza. Tais sequelas,
Portanto, o foco das reivindicações de “Ocupe Wall Stre- por sua vez, possuem diferentes impactos sobre os
et” vai além das altas taxas de desemprego e da vulne- diferentes contingentes étnico-raciais da população.
rabilidade social a qual se viu exposta a sociedade norte- Devido à existência de indicadores demográficos desa-
americana a partir da crise de 2009. O movimento é volta- gregados para estes grupos, os EUA podem ser vistos
do contra o capital financeiro, representado na figura dos como um caso exemplar neste sentido.
grandes bancos, que são apontados pelos manifestantes
como um dos principais responsáveis pela crise. A taxa de desemprego norte-americana se manteve,
em setembro de 2011, em 9,1%. Aquele país, de acordo
2.b. Uma visão geral sobre a crise econômica com seu o Departamento de Trabalho, segue com cerca
atual e seus efeitos sobre a população de 14 milhões de desempregados. Cabe apontar que
afrodescendente (Black or African American) dos este indicador é 0,6 ponto percentual inferior à taxa de
EUA (gráficos 1, 2 e 3) desemprego média entre 2010 e 2011 (9,7%). Porém, na
comparação com o indicador vigente em setembro de
A desregulamentação do sistema financeiro, que na ver- 2007 (4,7%) – ou seja, pouco mais de um ano antes do
dade veio ocorrendo desde
o começo dos anos 1980,
Gráfico 1. Variação Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil e países
teve um papel fundamental
selecionaos, 2º trimestre de 2011 (em % em relação ao trimestre anterior)
para a deflagração da Crise
das Hipotecas, irrompida em
2008. Apesar das tentativas
dos governos dos países
desenvolvidos em mitigar os
efeitos desta crise, os meca-
nismos adotados demons-
tram ser infrutíferos. Em
grande medida, este insuces-
so decorreu da priorização
de se salvar financeiramente
os bancos, em detrimento à
geração de mecanismos que
preservassem o nível de ati-
Fonte: Institutos de Estatística / Banco Central / Banco Mundial. Disponível em www.ibge.gov.br.
vidade econômica e poupas-
1 Retirado de http://occupywallst.org/.
4. TEMPO EM CURSO 2. O movimento Ocupe “Wall Street” e os efeitos 4
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011 da crise econômica sobre os afrodescendentes dos EUA
início da Crise das Hipotecas Gráfico 2. Taxa de Desemprego da PEA (16 anos ou mais) segundo grupos
– a taxa de desemprego nos étnico-raciais selecionados, EUA , série do mês de setembro (em %)
EUA quase duplicou em ter-
mos proporcionais. 18,0 White
Black or African American
16,0 Hispanics or Latinos 15,9
No mês de setembro de 2011, Total
14,0
a taxa de desemprego dos
brancos (White) norte-ameri- 12,0
10,8
canos chegou a 7,6%, corres- 10,0
8,6
pondendo a um recuo de 0,7 8,0 9,1
ponto percentual ao ocorrido 6,0 6,3
7,6
em setembro do ano anterior, 5,0
4,0
todavia, sendo 3,5 pontos per- 4,1
centuais superior ao ocorrido 2,0
em setembro de 2007. 0,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
No caso dos afrodescenden- Nota: na população total estão incluídos todos os grupos étnico-raciais da população dos EUA
tes (Black or African Ameri- Fonte: U.S. Bureau of Labor Statistics, Departamento de Trabalho Americano. Disponível em http://www.bls.gov/.
can) dos EUA, a taxa de de-
semprego, em setembro de
2011, alcançou 15,9%. Este indicador seguiu sendo o tou elevada taxa de desemprego em setembro de 2011:
mesmo de setembro de 2010. Porém, em comparação 10,8%. Este indicador foi 1,1 pontos percentuais inferior
com o mês de setembro de 2007, a taxa de desempre- ao ocorrido em setembro do ano anterior e 5,2 pontos
go dos afrodescendentes (Black or African American) percentuais superior ao ocorrido em setembro de 2007.
dos EUA, se elevou em 8,0 pontos percentuais.
Portanto, apesar do cenário atual do mercado de traba-
Também a população hispânica ou latina (pessoas nas- lho estadunidense ser de elevadas taxas de desempre-
cidas em países da América de língua castelhana resi- go para o conjunto dos grupos étnico-raciais, o fato é
dente nos EUA e seus descendentes, neste último caso que este indicador impactou de maneira mais forte jus-
independentemente de local de nascimento) apresen- tamente os afrodescendentes (Black or African Ameri-
can). Assim, em setembro de
2011, a taxa de desemprego
deste último contingente
Gráfico 3. População em situação de Pobreza, EUA, 2002-2010 (em %)
era 5,1 pontos percentuais
superior à dos hispânicos ou
35,0 latinos; 8,3 pontos percen-
30,0 29,8 tuais superior à dos brancos
25,0 27,2 27,3 (White); e 6,8 pontos percen-
26,3
24,0
20,0 21,8
tuais superior à média do
país como um todo.
15,0 15,1
10,0 12,1
Em termos proporcionais,
8,0 9,9
5,0 entre setembro de 2007 e
0,0 setembro de 2011, a taxa
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 de desemprego da PEA de
16 anos ou mais nos EUA se
White no hispanic White hispanic
Black or African American no hispanic Black or African American hispanic elevou em 93,6%. Ente os
Total brancos (White), este indi-
Nota: exclui crianças abaixo de 15 anos não inseridas em um núcleo familiar.
cador se elevou em 85,4%.
Fonte: U.S. Census Bureau - Current Population Survey, Annual Social and Economic Supplement. No caso dos hispânicos ou
Dados disponíveis em http://www.census.gov/hhes/www/poverty/.
latinos, a taxa de desempre-
5. TEMPO EM CURSO 2. O movimento Ocupe “Wall Street” e os efeitos da crise econômica sobre os 5
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011 afrodescendentes dos EUA 3. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho principal
go se elevou em 92,9%. Já entre os afrodescendentes pontos percentuais entre os afrodescendentes (Black
(Black ou African American), a taxa de desemprego or African American) não hispânicos ou latinos. No caso
cresceu em 101,3%. Igualmente digno de nota é o fato dos hispânicos ou latinos afrodescendentes (Black orA-
que a taxa de desemprego deste último contingente frican American), a taxa de pobreza caiu ligeiramente
(7,9%), há pouco mais de um ano antes do começo em 0,3 ponto percentual, mais uma vez, não correspon-
da crise era ligeiramente maior do que a dos brancos dendo a um fundamental movimento de melhoria do
(White), durante o período atual. padrão de vida deste grupo durante aquele período.
Outro indicador que expressa com razoável poder A partir destas informações, ao menos parcialmente,
descritivo os efeitos desiguais da crise econômica pode-se ver os efeitos da crise econômica dos EUA
sobre os diferentes grupos étnico-raciais dos EUA é o sobre sua população, com seus especiais efeitos sobre
da população abaixo da linha de pobreza. Cabe salien- grupos minoritários, como afrodescendentes e hispâni-
tar que este indicador foi obtido junto ao comitê de cos ou latinos. Assim, diante de uma crônica realidade
estatísticas daquele país (U.S Census Bureau, Current de desvantagens para estes contingentes, um cenário
Population Survey), que o produziu através de metodo- de crise acaba tão somente aprofundando os abismos
logia própria. Portanto, os dados de pobreza contidos que separam os diferentes grupos étnico-raciais.
no gráfico 3 são incomparáveis ao mesmo indicador de
outros países, incluindo o Brasil. Infelizmente, a falta de desagregação de informações
para estes grupos em outros países desenvolvidos
Não obstante, em setembro de 2010, a taxa de pobre- impede uma análise mais objetiva dos efeitos da crise
za da população dos EUA atingia 15,1%. Na compara- sobre os diferentes contingentes. Todavia, os recentes
ção com o quadro verificado em 2007, aquele indicador acontecimentos que se deram na Inglaterra, no qual
havia se elevado em 2,6 pontospercentuais. afrodescendentes se engajaram, em diversas cidades,
num explosivo protesto contra a morte de um jovem
Naquele mesmo ano de 2010, a taxa de pobreza dos deste grupo por parte de policiais, sugerem que o ce-
brancos (White) não hispânicos ou latinos nos EUA era nário não seja muito distante do agora visto nos EUA.
de 9,9%. Já os indicadores dos afrodescendentes (Black
or African American) não hispânicos ou latinos chega- É bem verdade que a atual falta de regulamentação do
vam a 27,3%; dos hispânicos ou latinos brancos (White), sistema financeiro, o corte dos gastos sociais e a recusa
a 26,3%; e dos hispânicos afrodescendentes (Black or dos mais ricos em contribuir financeiramente para supe-
African American), a 29,8%. ração da crise formam um justificável pano de fundo para
a emergência do “Ocupe Wall Street” e do “Movimento
Na comparação com o ano de 2009, em 2010, a taxa dos Indignados”. Contudo, é importante lembrar que a
de pobreza havia crescido 0,5 ponto percentual entre persistente presença do racismo em diferentes países
os brancos (White) não hispânicos ou latinos; e 1,1 pon- do mundo, e suas constantes sequelas sobre os grupos
to percentual, entre os hispânicos ou latinos brancos historicamente discriminados, poderia ter igual local de
(White). Já entre os afrodescendentes (Black or African destaque na agenda dos manifestantes dos dias atuais.
American) não hispânicos ou latinos o indicador havia
crescido 1,8 ponto percentual. Mesmo considerando 3. Evolução do rendimento habitual
que entre os hispânicos ou latinos afrodescendentes médio do trabalho principal (tabela 1)
(Black or African American) a taxa de pobreza no mes-
mo período havia declinado 1,3 ponto percentual, o No mês de julho de 2011, o rendimento médio habitu-
fato deste indicador corresponder a quase 30% dos almente recebido do trabalho principal da População-
membros deste grupo, defintivamente, impede um Economicamente Ativa (PEA) das seis maiores RMs
olhar mais otimista. brasileiras foi de R$ 1.612,88. Na comparação com o
mês de junho de 2011, este valor foi 2,2% superior.
Finalmente, contrastando os anos de 2010 e 2007 (ano Relativamente ao mês de julho de 2010, ocorreu uma
imediatamente anterior à Crise das Hipotecas), a taxa de elevação em 4,0% no rendimento da PEA total.
pobreza cresceu 1,7 ponto percentual entre os brancos
(White) não hispânicos ou latinos; 4,9 pontos percentu- O rendimento médio habitualmente recebido pelos tra-
ais entre os hispânicos ou latinos brancos (White); e 3,0 balhadores de cor ou raça branca de ambos os sexos,
6. TEMPO EM CURSO 3. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho principal 6
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011
Tabela 1. Rendimento médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores
RMs, Brasil, jul / 10 – jul / 11 (em R$ - jul 11, INPC)
2010 2011
Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Homens
Brancos
2.262,35 2.336,34 2.352,65 2.339,23 2.268,82 2.298,78 2.328,44 2.329,11 2.364,39 2.282,95 2.304,95 2.293,96 2.352,36
Mulheres
Brancas
1.604,16 1.585,91 1.631,38 1.663,34 1.671,03 1.609,41 1.622,83 1.622,33 1.637,05 1.629,15 1.641,02 1.635,35 1.661,04
Brancos 1.959,36 1.990,73 2.018,39 2.028,40 1.995,95 1.981,07 2.000,77 2.006,49 2.030,29 1.982,11 2.000,61 1.990,16 2.034,10
Homens
Pretos & 1.176,02 1.197,08 1.214,26 1.222,19 1.235,99 1.229,62 1.226,39 1.224,09 1.203,10 1.180,82 1.194,51 1.205,99 1.236,85
Pardos
Mulheres
Pretas & 875,25 886,52 884,45 892,53 885,24 897,10 899,34 884,62 875,84 872,65 870,43 871,04 893,67
Pardas
Pretos &
Pardos
1.043,21 1.060,17 1.068,11 1.075,85 1.080,46 1.081,85 1.081,91 1.074,79 1.057,65 1.043,74 1.051,49 1.059,24 1.085,51
PEA Total 1.550,31 1.571,86 1.591,82 1.595,96 1.582,98 1.571,31 1.579,16 1.571,84 1.580,06 1.551,47 1.569,46 1.577,89 1.612,88
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
em julho de 2011, foi de R$ 2.034,10. Já o rendimento no caso dos trabalhadores brancos, e 5,2%, entre os
médio auferido pela PEA preta & parda de ambos os trabalhadores pretos & pardos. No contingente do sexo
sexos foi de R$ 1.085,51. feminino, no mesmo período, ocorreram elevações no
rendimento médio do trabalho em 3,5%, no caso das
Comparativamente ao mês de junho de 2011, o ren- trabalhadoras brancas; e de 2,1%, no caso das traba-
dimentomédio da PEA branca se elevou em 2,2%. Já lhadoras pretas & pardas.
no caso da PEA preta& parda, ocorreu elevação no
rendimento médio em 2,5%. Na comparação entre os No que tange à diferença na remuneração dos brancos
meses de julho de 2010 e julho de 2011, a elevação foi em relação aos pretos & pardos, em julho de 2011, nas
de 3,8%, no caso da PEA branca; e de 4,1%, no caso da seis maiores RMs brasileiras, o hiato foi de 87,4%. Esta
PEA preta & parda. diferença correspondeu a uma redução em 0,5 ponto-
percentual relativamente ao mês de junho de 2011. Em
comparação com o mês de julho de 2010, ocorreu uma
No mês de julho de 2011, o rendimento habitual médio redução em 0,4 ponto percentual.
da PEA branca do sexo masculino foi de R$ 2.352,36. Já
o da PEA preta & parda do sexo masculino, foi igual a Quando o indicador é decomposto também pelos gru-
R$ 1.236,85. No interior da PEA feminina, o rendimento pos de sexo, verifica-se que, em julho de 2011, as assi-
médio do trabalho principal foi de R$ 1.661,04, no caso metrias nos rendimentos entre os homens brancose os
das trabalhadoras brancas; e R$ 893,67, no caso das pretos & pardos foram de 90,2%, favoráveis aos primei-
trabalhadoras pretas & pardas. ros. Já na PEA feminina, as assimetrias de cor ou raça
foram de 85,9%, favoráveis às mulheres brancas.
Desta forma, na comparação entre os meses de junho
e julho de 2011, todos os grupos de cor ou raça e sexo Entre junho e julho de 2011, as assimetrias de cor ou
experimentaram uma elevação no rendimento habitual raça se mantiveram estacionárias no contingente mas-
médio do trabalho principal. Medindo-se a evolução culino, enquanto,entre as mulheres, ocorreu uma redu-
em termosde pontos percentuais: homens brancos, ção em 1,9 pontospercentuais. Na comparação com o
2,5%; homens pretos & pardos, 2,6%; mulheres bran- quadro vigente no mesmo mês do ano anterior, entre
cas, 1,6%; mulheres pretas & pardas, 2,6%. os homens, ocorreu uma queda nas assimetrias de cor
ou raça, em 2,2 pontos percentuais. No caso da PEA
Relativamente ao mês de julho de 2010, a elevação no feminina, ao contrário, as desigualdades de cor ou raça
rendimento médio do trabalho principal foi de 4,0%, se elevaram em 2,6 pontos percentuais.
7. TEMPO EM CURSO 4. Evolução da taxa de desemprego 5. Rendimento horário médio habitualmente 7
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011 recebido do trabalho principal de acordo com a posição na ocupação
4. Evolução da taxa de desemprego o mês anterior, ocorreu uma redução de 0,1 ponto
(tabela 2) percentual no indicador. Já na comparação com julho
de 2010, a taxa de desemprego deste grupo de cor ou
Em julho de 2011, nas seis maiores RMs, a taxa de de- raça e sexo caiu em 0,8 ponto percentual.
semprego foi de 6,0%. Comparativamente ao mês de
junho de 2011, o indicador apresentou uma redução A taxa de desemprego da PEA feminina preta & parda,
de 0,2 ponto percentual. Na comparação com o mês em julho de 2011, foi de 9,1%. Na comparação com o
de julho do ano anterior, a redução foi de 0,9 ponto mês imediatamente anterior, houve uma queda no
percentual. indicador em 0,1 ponto percentual. Quando comparado
ao mês de julho de 2010, a redução foi de 1,8 ponto
Desagregando a taxa de desemprego pelos grupos percentual. Desta forma, entre julho de 2010 e julho
de cor ou raça, verifica-se que, em julho de 2011, este de 2011, a PEA feminina preta& parda foi o grupo que
indicador da PEA branca foi igual a 5,1%, ao passo que, experimentou a maior redução da taxa de desemprego
a PEA preta & parda ficou em 7,1%. dentre todos os contingentes de cor ou raça e sexo.
Na comparação com julho de 2010, a taxa de desem- Não obstante, em julho de 2011, a taxa de desempre-
prego dos brancos caiu em 0,5 ponto percentual, e, a go das mulheres pretas& pardas continuava sendo a
dos pretos & pardos, em 1,4 ponto percentual. Relativa- mais alta em relação aos demais grupos. Em termos
mente ao mês de junho de 2011, houve uma redução de proporcionais,a taxa de desemprego deste grupo
0,2 e 0,1 ponto percentual, respectivamente, na taxa de apresentou-se 110,3% superior à mesma taxa dos ho-
desemprego da PEA branca e da preta & parda. mensbrancos; 43,8% superior à das mulheres brancas;
e 62,9% superior à dos homens pretos & pardos.
A taxa de desemprego aberta dos homens brancos, em
julho de 2011, foi de 4,1%. O mesmo indicador para os 5. Rendimento horário médio
homens pretos & pardos correspondeu a 5,5%. Compa- habitualmente recebido do trabalho
rativamente ao mês de junho de 2011, a taxa de desem- principal de acordo com a posição na
prego da PEA masculina branca se reduziu em 0,3 ponto ocupação (tabelas 3 e 4)
percentual e a da PEA masculina preta & parda caiu 0,1
ponto percentual. Em relação ao mês de julho de 2010, O rendimento horário do trabalho principal é um in-
a redução da taxa de desemprego dos homens brancos dicador que é gerado pela razão entre o rendimento
foi de 0,2 ponto percentual. Já entre os homens pretos & médio do trabalho dividido pela quantidade de horas
pardos, a redução foi de 1,1 ponto percentual. trabalhadas. Com isso, consegue-se captar a remune-
ração horária do trabalho, minimizando-se os efeitos
Em julho de 2011, a taxa de desemprego para as mu- que reduzem o poder explicativo do indicador de rendi-
lheres brancas foi igual a 6,3%. Na comparação com mento médio. Entre estes efeitos podem-se listar, por
Tabela 2. Taxa de desemprego da PEA residente nas seis maiores RMs, Brasil,
jul / 10 – jul / 11 (em % da PEA)
2010 2011
Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Homens Brancos 4,3 4,4 4,0 4,1 3,8 3,5 4,4 4,6 4,4 4,3 4,2 4,4 4,1
Mulheres Brancas 7,1 6,8 6,5 6,4 5,8 5,5 5,9 6,4 6,8 6,9 6,8 6,4 6,3
Brancos 5,6 5,6 5,2 5,2 4,7 4,4 5,1 5,4 5,5 5,5 5,4 5,3 5,1
Homens Pretos & Pardos 6,6 6,0 5,6 5,3 4,9 4,7 5,2 5,7 5,7 5,8 5,8 5,6 5,5
Mulheres Pretas & Pardas 10,9 10,7 9,7 9,4 9,3 8,2 9,4 9,5 9,8 9,4 9,5 9,2 9,1
Pretos & Pardos 8,5 8,1 7,5 7,1 6,9 6,3 7,1 7,4 7,6 7,5 7,5 7,2 7,1
PEA Total 6,9 6,7 6,2 6,1 5,7 5,3 6,1 6,4 6,5 6,4 6,4 6,2 6,0
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
8. TEMPO EM CURSO 5. Rendimento horário médio habitualmente 8
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011 recebido do trabalho principal de acordo com a posição na ocupação
exemplo, a realização de horas extras, que eleva o ren- Em julho de 2011, o rendimento horário médio da PEA
dimento do trabalho; ou do trabalho em tempo parcial, branca era de R$ 47,64/hora. Já o mesmo indicador para
que reduz o rendimento do trabalho. a PEA preta & parda correspondia a 53,9% da remunera-
ção do outro contingente, totalizando R$ 25,66/hora.
Em julho de 2011, o rendimento horário habitual médio da
PEA residente nas seis maiores RMs era de R$ 37,93/hora. As três posições que auferiam os rendimentos mais
elevados no caso da PEA branca foram: empregador,
Em julho de 2011, no conjunto das seis maiores RMs bra- R$ 100,58/hora; militar ou funcionário público, R$78,89/
sileiras, os ocupados na condição de empregador foram hora; empregado no setor público com carteira, R$
os que recebiam o rendimento médio mais elevado, equi- 64,01/hora. Já no caso da PEA preta & parda, o rendi-
valente a R$ 89,42/hora. Em seguida, vinham os militares mento médio das três posições na ocupação mais bem
ou funcionários públicos estatutários, com um rendimen- remuneradas foram: empregador, R$ 56,84/hora; mili-
to de R$ 69,53/hora e os empregados no setor público tar ou funcionário público, R$53,86/hora; empregado
com carteira, com um rendimento de R$ 53,44/hora. no setor público com carteira, R$ 38,40/hora.
Sucessivamente, em ordem decrescente, as remu- Comparando-se o quadro em julho de 2011 com julho
nerações médias das outras posições na ocupação de 2010, observa-se que houve elevação no rendimen-
foram: R$ 39,79/hora, no caso dos empregados no to médio horário para a PEA das seis maiores RMs em
setor público sem carteira; R$ 33,95/hora, no caso dos 10,1%. No mesmo período, para o conjunto da PEA,
empregados no setor privado com carteira; R$ 31,94/ as três posições na ocupação que experimentaram as
hora, no caso dos trabalhadores por conta-própria; R$ maiores elevações nos rendimentos foram: emprega-
30,89/hora no caso dos empregados no setor privado do sem carteira no setor privado (19,5%), empregado
sem carteira; R$ 17,82/hora, no caso dos empregados doméstico com carteira (17,3%), empregado no setor
domésticos com carteira; e R$ 15,61/hora, no caso dos público sem carteira (12,7%).
empregados domésticos sem carteira.
O cenário acima se repetiu para os grupos de cor ou
Desagregando o indicador acima pelos grupos de cor raça. Assim, na PEA branca, a valorização foi de 9,4%.
ou raça, se mantinha a classificação das posições na Na PEA preta & parda, ocorreu um crescimento no ren-
ocupação de acordo com o rendimento médio horário dimento médio em 10,6%. Quando se realiza a decom-
do trabalho principal, com a única exceção, na PEA de posição deste dado para as distintas posições na ocu-
cor ou raça branca, da inversão de posição entre os pação, com uma única exceção (trabalhadores brancos
empregados sem carteira do setor privado e os traba- empregados no setor público com carteira), igualmente
lhadores por conta-própria. ocorreram aumentos médios no rendimento horário.
Tabela 3. Rendimento médio horário habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis
maiores RMs de acordo com a posição na ocupação, Brasil, jul / 10 (em R$, jul / 11 - INPC)
Homens Mulheres
Homens Mulheres Pretos &
Brancos Brancas
Brancos Total Pretos & Pretas &
Pardos Total
Total
Pardos Pardas
Emp. Domestico Com Carteira 17,07 16,37 16,42 15,04 14,41 14,45 15,20
Emp. Domestico Sem Carteira 14,40 15,92 15,87 13,08 13,86 13,82 14,60
Emp. Com Carteira Setor Privado 40,86 34,75 38,34 23,42 20,50 22,38 31,26
Emp. Sem Carteira Setor Privado 36,97 27,59 33,07 18,21 15,96 17,45 25,85
Emp. Setor Público ComCarteira 75,47 54,58 64,60 40,69 29,49 34,88 52,32
Emp. Setor Público SemCarteira 49,29 36,65 41,37 27,98 25,69 26,58 35,30
Militar Ou Func Publico 83,99 65,28 73,69 51,80 44,76 48,19 63,61
Conta-Propria 40,17 34,13 37,99 21,47 16,51 19,80 29,45
Empregador 97,36 76,06 90,66 54,82 48,18 53,06 81,45
Total 48,35 37,42 43,55 25,02 20,65 23,20 34,46
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
9. TEMPO EM CURSO 5. Rendimento horário médio habitualmente 9
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011 recebido do trabalho principal de acordo com a posição na ocupação
Tabela 4. Rendimento médio horário habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis
maiores RMs de acordo com a posição na ocupação, Brasil, jul / 11 (em R$, jul / 11 - INPC)
Homens Mulheres
Homens Mulheres Pretos &
Brancos Brancas
Brancos Total Pretos & Pretas &
Pardos Total
Total
Pardos Pardas
Emp. Domestico Com Carteira 50,47 17,87 19,92 18,83 16,28 16,48 17,82
Emp. Domestico Sem Carteira 23,53 16,17 16,45 16,84 15,02 15,11 15,61
Emp. Com Carteira Setor Privado 44,65 37,24 41,57 26,01 22,07 24,58 33,95
Emp. Sem Carteira Setor Privado 44,54 34,50 40,59 19,35 17,56 18,71 30,89
Emp. Setor Público ComCarteira 76,34 55,00 64,01 48,09 28,93 38,40 53,44
Emp. Setor Público SemCarteira 59,86 41,54 48,87 30,98 26,77 28,37 39,79
Militar Ou Func Publico 87,46 72,01 78,89 59,28 48,09 53,86 69,53
Conta-Propria 42,63 36,17 40,26 23,87 18,69 22,08 31,94
Empregador 106,65 85,40 100,58 58,93 50,61 56,84 89,42
Total 52,91 40,88 47,64 28,00 22,37 25,66 37,93
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
Entre os trabalhadores brancos de ambos os sexos, se que o hiato entre os rendimentos da PEA branca e
as elevações mais consistentes no rendimento foram da preta & parda se reduziu em 2,1 pontos percentuais.
registradas entre os empregados sem carteira no setor
privado (22,7%), os empregados domésticos com car- Dentro daquele intervalo entre julho de 2010 e 2011, as
teira (21,3%), e os empregados no setor público sem maiores elevações nas desigualdades do rendimento
carteira (18,1%). Entre os trabalhadores pretos & pardos horário médio se deram no emprego no setor privado
de ambos os sexos, o emprego doméstico com carteira sem carteira (27,4 pontos percentuais); no emprego no
apresentou o aumento mais elevado no rendimento mé- setor público sem carteira (16,6 pontos percentuais); no
dio horário (14,1%), seguido pelos funcionários públicos emprego doméstico com carteira (7,2 pontos percentu-
(11,8%) e os trabalhadores por conta-própria (11,5%). ais) e entre os empregadores (6,1 pontos percentuais).
No mês de julho de 2011, havia uma diferença de 85,7% Alternativamente, a redução mais expressiva nas
no rendimento médio horário da PEA branca, compa- assimetrias entre os rendimentos dos trabalhadores
rativamente à PEA preta & parda, residente nas seis brancos e pretos & pardos foi registrada entre os em-
maiores RMs brasileiras. No mesmo mês, as posições pregados no setor público com carteira (18,5 pontos
na ocupação onde eram encontradas as maiores desi- percentuais). Em seguida, vinham os trabalhadores por
gualdades de rendimento entre brancos, de um lado, conta-própria (9,6 pontos percentuais); os militares ou
e pretos & pardos, de outro, eram: o emprego no setor funcionários públicos estatutários (6,4 pontos percen-
privado sem carteira,116,9%; o trabalhador por conta- tuais); os empregados domésticos sem carteira (6,0
própria, 82,3%; e o empregador, 77,0%. No emprego pontos percentuais) e os empregados com carteira no
público sem carteira, a diferença era de 72,%; e no em- setor privado (2,2 pontos percentuais).
prego com carteira, as assimetrias chegaram a 66,7%.
Entre os militares ou funcionários públicos estatutários a Em julho de 2011, entre os trabalhadores brancos do
desigualdade naquele mesmo indicador era de 46,5%. sexo masculino, a remuneração horária média era de
R$ 52,91/hora. No interior deste contingente, os empre-
Já as menores assimetrias de cor ou raça nos rendi- gadores auferiam os rendimentos mais elevados, sen-
mentos médios horários eram registradas nas posi- do eles, em média, igual a R$ 106,65/hora. Em segundo
ções na ocupação com os menores níveis de rendi- lugar, vinham os militares ou funcionários públicos es-
mento: o emprego doméstico sem carteira, 8,8%, e tatutários (R$ 87,46/hora), seguidos pelos empregados
com carteira, 20,9%. do setor público com carteira (R$ 76,34/hora).
Comparando-se as desigualdades de cor ou raça nos Vale ainda salientar que os rendimentos horários dos em-
rendimentos em julho de 2010 e julho de 2011, verifica- pregados domésticos brancos de sexo masculino, com
10. TEMPO EM CURSO 5. Rendimento horário médio habitualmente 10
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011 recebido do trabalho principal de acordo com a posição na ocupação
ou sem carteira, foram de,respectivamente, R$ 50,47/ Entre julho de 2010 e julho de 2011, os homens brancos
hora e R$ 23,53/hora. Estes valores foram muito superio- apresentaram elevação na remuneração horária média
res aos auferidos pelos outros grupos de cor ou raça e em 9,4%. Este movimento se repetiu em todas as po-
sexo, assim como representaram uma elevação expres- sições na ocupação. Pelas razões comentadas acima,
siva em comparação com os rendimentos auferidos por deixando-se de considerar os ocupados no emprego
este mesmo grupo em julho de 2010. Esta discrepância doméstico, as elevações mais expressivas se deram
pode ser explicada a partir do fato de que, na PME de no emprego no setor público sem carteira (21,4%), no
julho de 2011, os trabalhadores brancos ocupados como emprego no setor privado sem carteira (20,5%), e entre
empregados domésticos com ou sem carteira foram, os empregadores (9,5%).
respectivamente, pouco mais de 13,5 mil e 11,2 mil pes-
soas, representando um pequeno percentual do total de Naquele mesmo intervalo, os trabalhadores pretos
ocupados deste grupo (em julho de 2011, 0,21% e 0,17%, & pardos do sexo masculino também lograram obter
respectivamente). Desta forma, o tamanho reduzido des- aumentos reais de remuneraçãode 11,9%. Mais uma
te contingente pode ter afetado os valores encontrados, vez, este movimento se espelhou em todas as formas
reduzindo a precisão da estimativa estatística. de posição na ocupação. Os maiores aumentos fo-
ram registrados no emprego doméstico sem carteira
Em julho de 2011, a remuneração horária média da PEA (28,8%), no emprego doméstico com carteira (25,2%) e
preta & parda do sexo masculino era de R$ 28,00/hora. no emprego no setor público com carteira (18,2%).
Dentro deste grupo, a condição de militar ou funcionário
público estatutário era a mais compensadora financei- Entre julho de 2010 e julho de 2011, as mulheres bran-
ramente, R$ 59,28/hora. Os empregadores deste grupo cas obtiveram aumentos reais de rendimentos na or-
recebiam, em média, R$ 58,93/hora e os empregados do dem de 9,3%. Mais uma vez, este movimento se repe-
setor público com carteira, R$ 48,09/hora. Os emprega- tiu em todas as modalidades de posição naocupação.
dos domésticos com e sem carteira, recebiam, em mé- As elevações mais expressivas ocorreram no emprego
dia, por hora, respectivamente,R$ 18,83/horae R$ 16,84/ no setor privado sem carteira (25%), no emprego no
hora, correspondendo às piores remunerações. setor público sem carteira (13,3%) e entre as emprega-
doras (12,3%).
Na PEA branca do sexo feminino, a remuneração horária
média, em julho de 2011, era de R$ 22,37/hora. A remune- As mulheres pretas & pardas, por sua vez, obtiveram
ração média horária das empregadoras era de R$ 85,40, aumentos nos rendimentos horários médios de 8,3%,
sendo a de valor mais elevado.Sucessivamente, vinham correspondendo ao avanço real menos expressivo,
as ocupadas como militares oufuncionárias públicas esta- comparativamente aos demais grupos de cor ou raça
tutárias, R$ 72,01/hora; e as empregadas do setor público e sexo. Neste último grupo, ocorreram aumentos reais
com carteira, R$ 55,00/hora. As empregadas domésticas nas remunerações na maioria das modalidades ocu-
brancas com carteira recebiam,em média, R$ 17,87 por pacionais, com exceção do emprego no setor público
hora. Já as sem carteira auferiam R$ 16,17/hora. com carteira, onde os rendimentos declinaram 1,9%.
Dentro deste grupo de cor ou raça e sexo, os aumen-
As trabalhadoras pretas & pardas, em julho de 2011, tos mais expressivos na remuneração horária média se
recebiam, em média, R$ 22,37/hora. A posição na deram no trabalho por conta-própria (13,2%), no em-
ocupação mais bem remunerada, mais uma vez, era prego doméstico com carteira (13,0%) e no emprego
de empregadora: R$ 50,61/hora. A posição de milita- no setor privado sem carteira (10,0%).
res ou funcionárias públicas estatutárias apresentava
remuneração média de R$ 48,09/hora. Já a terceira Em julho de 2011, na PEA masculina, a diferença na
melhor remuneração para este grupo de cor ou raça remuneração entre os trabalhadores brancos e pretos
e sexo foi encontrada no emprego do setor público & pardos foi de 88,9%. Este percentual foi 4,3 pontos
com carteira,R$ 28,93/hora. As piores remunerações percentuais inferior ao verificado em julho de 2010.
ficavam por conta do emprego doméstico com e sem
carteira, respectivamente, R$ 16,28/hora, e R$ 15,02/ Excluindo o emprego doméstico da análise, em julho
hora. Em ambos os casos, as remunerações das em- de 2011, as assimetrias de cor ou raça foram mais ex-
pregadasdomésticas pretas & pardas eram menores pressivas entre os empregados sem carteira no setor
que às dos demais grupos analisados acima. privado (130,2%), entre os empregados sem carteira no
11. TEMPO EM CURSO 5. Rendimento horário médio habitualmente 11
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011 recebido do trabalho principal de acordo com a posição na ocupação
setor público (93,2%) e entre os empregadores (81,0%). des na remuneração das mulheres pretas & pardas em
Já as menores desigualdades eram encontradas entre comparação aos demais grupos de cor ou raça e sexo.
os militares e funcionários públicos estatutários (47,5%),
do emprego público com carteira (58,7%) e no empre- As maiores desigualdades nos rendimentos auferidos
go com carteira no setor privado (71,7%). entre brancas e pretas & pardas foram encontradas no
emprego sem carteira no setor privado (96,5%), no tra-
Entre as trabalhadoras do sexo feminino, em julho balho por conta-própria (93,6%) e no emprego no setor
de 2011, foi identificada uma diferença de 82,8% na público com carteira (90,1%). As menores diferenças
remuneração das mulheres brancas, vis-à-vis, à remu- eram encontradas no emprego doméstico sem carteira
neração das trabalhadores pretas & pardas. Compara- (7,6%) e no emprego doméstico com carteira (9,7%),
tivamente ao cenário de julho de 2010, as diferenças se formando uma desconcertante ironia das diferenças
ampliaram em 1,5 pontos percentuais. Neste sentido, serem menores justamente em um tipo de modalidade
pode-se dizer que o cenário vigente entre julho de ocupacional escassamente prestigiada e que permite o
2010 e julho de 2011 foi de ampliação das desigualda- acesso às menores remunerações.
12. TEMPO EM CURSO 12
Ano III; Vol. 3; nº 9, Setembro, 2011
Tempo em Curso
Elaboração escrita Equipe LAESER / IE / UFRJ
Profº Marcelo Paixão, Irene Rossetto e Elisa Monçores
Coordenação Geral
Pesquisadora Assistente Profº Marcelo Paixão
Irene Rossetto Giaccherino
Pesquisadores Assistentes
Bolsista de Graduação Azoilda Loretto
Elisa Monçores Cléber Julião
Irene Rossetto Giaccherino
Revisão de texto e copy-desk José Jairo Vieira
Alana Barroco Vellasco Austin Luciano Cerqueira
Sandra Regina Ribeiro
Editoração
Maraca Design Bolsistas de Graduação
Danielle Oliveira (PIBIC – CNPq)
Apoio Elaine Carvalho – Curso de Extensão (UFRJ)
Fundação Ford Elisa Monçores (Fundação Ford)
Guilherme Câmara (PIBIC – CNPq)
João Víctor Guimarães Costa (Fundação Ford)