1. O documento discute a evolução dos rendimentos médios e taxas de desemprego entre trabalhadores brancos e negros nas 6 maiores regiões metropolitanas do Brasil entre outubro de 2010 e outubro de 2011.
2. Em outubro de 2011, o rendimento médio da população economicamente ativa branca foi de R$2.015,44, enquanto o da população negra foi de R$1.120,67.
3. As desigualdades salariais entre brancos e negros diminuíram entre setembro e outub
TEC 2011 03 - Balanço dos oito anos do Governo Lula sobre as assimetrias de c...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de março de 2011
TEC 2012 01 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emp...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a evolução do rendimento médio e taxa de desemprego entre novembro de 2010 e novembro de 2011 nas 6 maiores regiões metropolitanas brasileiras.
2. Em novembro de 2011, o rendimento médio foi de R$1.623,43 e a taxa de desemprego foi de 5,2%.
3. O texto aprofunda a análise comparando os indicadores entre brancos e pretos/pardos, mostrando que as desigualdades de rendimento entre esses grupos diminuíram nesse período.
TEC 2012 02 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emp...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta indicadores sobre o rendimento médio e taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011.
2. Os dados mostram que o rendimento médio dos brancos é maior do que o dos pretos e pardos, porém a desigualdade vem diminuindo ao longo do tempo.
3. A taxa de desemprego vem caindo nos últimos meses, porém continua maior entre as mulheres pretas e pardas.
TEC 2011 05 - Mudanças na composiçao de cor ou raça no Brasil de acordo com o...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de maio de 2011
TEC 2011 11 - Violência contra a mulher de acordo com os dados do SINAN, Mini...LAESER IE/UFRJ
1. O documento analisa a evolução do rendimento médio e taxa de desemprego no Brasil entre setembro de 2010 e setembro de 2011.
2. Apresenta dados sobre violência contra mulheres no Brasil segundo grupos de cor ou raça em 2009-2010 a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
3. Discute desigualdades raciais e de gênero no mercado de trabalho brasileiro.
TEC 2011 08 - Influência da cor ou raça na vida das pessoas de acordo com a P...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de agosto de 2011
TEC 2011 06 - Comentários sobre a conjuntura econômica recente e seus possíve...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta dados sobre a economia brasileira no primeiro trimestre de 2011, incluindo o crescimento do PIB, setores econômicos e itens de demanda.
2. A taxa de crescimento do PIB desacelerou para 1,3% em relação ao trimestre anterior, indicando menor vigor da economia em 2011.
3. A inflação medida pelo IPCA subiu para 6,55% nos últimos 12 meses, acima do limite superior da meta do Banco Central.
TEC 2011 10 - Mapa da população preta & parda no Brasil, 2010LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de outubro de 2011
TEC 2011 03 - Balanço dos oito anos do Governo Lula sobre as assimetrias de c...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de março de 2011
TEC 2012 01 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emp...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a evolução do rendimento médio e taxa de desemprego entre novembro de 2010 e novembro de 2011 nas 6 maiores regiões metropolitanas brasileiras.
2. Em novembro de 2011, o rendimento médio foi de R$1.623,43 e a taxa de desemprego foi de 5,2%.
3. O texto aprofunda a análise comparando os indicadores entre brancos e pretos/pardos, mostrando que as desigualdades de rendimento entre esses grupos diminuíram nesse período.
TEC 2012 02 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emp...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta indicadores sobre o rendimento médio e taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011.
2. Os dados mostram que o rendimento médio dos brancos é maior do que o dos pretos e pardos, porém a desigualdade vem diminuindo ao longo do tempo.
3. A taxa de desemprego vem caindo nos últimos meses, porém continua maior entre as mulheres pretas e pardas.
TEC 2011 05 - Mudanças na composiçao de cor ou raça no Brasil de acordo com o...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de maio de 2011
TEC 2011 11 - Violência contra a mulher de acordo com os dados do SINAN, Mini...LAESER IE/UFRJ
1. O documento analisa a evolução do rendimento médio e taxa de desemprego no Brasil entre setembro de 2010 e setembro de 2011.
2. Apresenta dados sobre violência contra mulheres no Brasil segundo grupos de cor ou raça em 2009-2010 a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
3. Discute desigualdades raciais e de gênero no mercado de trabalho brasileiro.
TEC 2011 08 - Influência da cor ou raça na vida das pessoas de acordo com a P...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de agosto de 2011
TEC 2011 06 - Comentários sobre a conjuntura econômica recente e seus possíve...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta dados sobre a economia brasileira no primeiro trimestre de 2011, incluindo o crescimento do PIB, setores econômicos e itens de demanda.
2. A taxa de crescimento do PIB desacelerou para 1,3% em relação ao trimestre anterior, indicando menor vigor da economia em 2011.
3. A inflação medida pelo IPCA subiu para 6,55% nos últimos 12 meses, acima do limite superior da meta do Banco Central.
TEC 2011 10 - Mapa da população preta & parda no Brasil, 2010LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de outubro de 2011
TEC 2010 08 - Indicadores de desemprego e de subocupaçãoLAESER IE/UFRJ
1. O documento discute indicadores de desemprego e subocupação no mercado de trabalho metropolitano brasileiro em junho de 2010.
2. A taxa de desemprego foi de 7%, menor desde junho de 2009, com taxas maiores para pretos e pardos do que para brancos.
3. Embora os rendimentos médios tenham aumentado em relação a 2009 para todos os grupos, permaneceram assimetrias significativas entre brancos e não-brancos.
TEC 2011 04 - O emprego doméstico não está em extinçãoLAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de abril de 2011
TEC 2012 06 - Conjuntura econômica brasileira do primeiro trimestre de 2012LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta os resultados do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2012, que cresceu apenas 0.2% em relação ao trimestre anterior.
2. A taxa anual de crescimento do PIB vem caindo e estava em apenas 1.9% no primeiro trimestre, indicando que o crescimento da economia brasileira está desacelerando.
3. Embora o consumo das famílias e do governo tenham se mantido positivos, os investimentos registraram resultados negativos, o que é preocupante para o futuro crescimento do país.
TEC 2010 09 - Eleições 2010 e as propostas dos candidatos à Presidência da Re...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de setembro de 2010
TEC 2012 08 - Ações Afirmativas no Ensino Superior Brasileiro: parte IILAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a assistência estudantil e ações afirmativas nas Instituições de Ensino Superior brasileiras.
2. Apresenta dados sobre o tipo de apoio social recebido por estudantes cotistas e não cotistas ingressantes em cursos de graduação em 2010, como bolsas de alimentação, moradia, transporte e outros.
3. Devido à paralisação dos servidores do IBGE, o documento não pôde apresentar as séries históricas habituais sobre rendimento médio e taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas
TEC 2012 09 - Conjuntura econômica brasileira do primeiro semestre de 2012LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica do Brasil no primeiro semestre de 2012, com base nos resultados das Contas Nacionais divulgadas pelo IBGE.
2. A economia brasileira cresceu apenas 0,6% no primeiro semestre, com taxa de crescimento esperada para 2012 de apenas 1,5%.
3. O consumo das famílias tem sustentado o crescimento, enquanto os investimentos recuaram, refletindo a fraca disposição para expansão das atividades empresariais.
1. O documento discute a informalidade e subocupação no mercado de trabalho das seis maiores regiões metropolitanas brasileiras segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego de agosto de 2012.
2. Em agosto de 2012, 50,2% dos trabalhadores informais eram pretos e pardos, enquanto a taxa de informalidade para pretos e pardos foi de 39,5%, 6,2 pontos percentuais acima da taxa para brancos.
3. A taxa de subocupação por falta de remuneração para pretos e pardos foi de 19,
TEC 2010 12 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de dezembro de 2010
TEC 2012 03 - Conjuntura econômica e as desigualdades de cor ou raça no prime...LAESER IE/UFRJ
1. O documento analisa a economia brasileira no primeiro ano do governo Dilma, com foco no crescimento do PIB em 2011.
2. O PIB cresceu 2,7% em 2011, abaixo da média mundial de 3,8% e da média dos últimos anos no Brasil.
3. A desaceleração da economia se deve à conjuntura externa desfavorável e ao fraco desempenho da indústria de transformação.
1. O documento analisa a conjuntura econômica brasileira no primeiro trimestre de 2013, com crescimento do PIB de apenas 0,6%.
2. A agropecuária cresceu, mas outros setores como indústria e construção civil tiveram pequenas quedas. O consumo das famílias permaneceu estagnado.
3. As exportações caíram e as importações aumentaram, piorando o déficit da balança comercial. A recuperação econômica em 2013 encontra-se adiada.
TEC 2011 02 - Balanço dos oito anos do Governo Lula sobre as assimetrias de c...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta um balanço dos oito anos do governo Lula sobre as desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro.
2. Serão analisados indicadores como rendimento médio, taxa de desemprego e posição na ocupação entre 2002-2010.
3. O objetivo é avaliar como os indicadores econômicos durante o governo Lula podem ter influenciado as assimetrias raciais no mercado de trabalho.
TEC 2010 06 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica recente no Brasil e indicadores do mercado de trabalho nas 6 maiores regiões metropolitanas.
2. No primeiro trimestre de 2010, a taxa de crescimento do PIB foi de 2,4% e houve aumento no rendimento do trabalho e queda no desemprego.
3. Contudo, o alto crescimento também traz riscos como inflação e dependência de investimentos especulativos, o que pode afetar negativamente a população.
TEC 2010 02 - Indicadores de desemprego e de subocupação LAESER IE/UFRJ
Este documento discute a conjuntura econômica no começo de 2010 e seus possíveis reflexos para a população afrodescendente no Brasil. Apresenta dados sobre o rendimento médio e taxa de desemprego em dezembro de 2009 nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras, mostrando desigualdades raciais significativas. A diferença salarial entre brancos e negros foi de 90,8%, menor do que em meses anteriores, possivelmente devido aos efeitos positivos sobre a ocupação da recuperação econômica
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de setembro de 2011
Calendário Econômico Pine: Conjuntura completa em 5 diasBanco Pine
(i) O COPOM manteve a Selic em 7,25% e sinalizou que o ciclo de cortes chegou ao fim dado o cenário equilibrado para a atividade e o balanço de riscos positivo para a inflação.
(ii) A inflação deve continuar convergindo para a meta de forma não linear, com deflação no IPA e desaceleração nos IPCs.
(iii) O crédito continua em expansão robusta, mas em desaceleração, puxado principalmente pelas operações com pessoas jurídicas
O objetivo do presente trabalho é apresentar os traços essenciais das principais mudanças nos padrões de investimento e transformação estrutural na economia da Rússia entre 1950 a 2008. Como a antiga União Soviética era inteiramente centrada na Rússia, optamos por discutir os padrões de investimento e transformação estrutural na economia centralmente planificada da União Soviética como um todo no período de 1950 até a sua dissolução em fins de 1991 e da economia (crescentemente) capitalista da Federação Russa no período posterior (1992-2008).
Nosso argumento central é que a economia da Rússia atual, a despeito de quase uma década de crescimento a taxas elevadas a partir de 1999, da reconstrução parcial e do fortalecimento do Estado e do retorno de uma postura geopolítica mais assertiva a partir do primeiro governo Putin, se caracteriza por uma forte heterogeneidade estrutural que tem como implicação uma grande vulnerabilidade no que diz respeito a sua inserção externa, que se manifestou mais uma vez na crise mundial de 2008-2009.
A heterogeneidade estrutural russa vem de três elementos fundamentais, a saber: 1) a acentuada dependência de tecnologia estrangeira na indústria para fins civis; 2) a baixa produtividade agrícola e a correspondentes dificuldades em termos de segurança alimentar; 3) a alta disponibilidade e o baixo custo relativo de produção de petróleo e gás (e algumas outras matérias-primas).
Apesar das transformações drásticas ocorridas na sociedade e na economia russa, com as grandes e radicais mudanças nas instituições políticas e econômicas, na distribuição de poder e de renda e no desempenho da economia, esses elementos de heterogeneidade estrutural já estavam claramente presentes na União Soviética em meados dos anos 1970, e a fragilidade externa decorrente dessa heterogeneidade foi um elemento importante para a crise da economia soviética nos anos 1980, que se transformou em colapso a partir das reformas econômicas (e políticas) de Gorbachev.
A esses elementos estruturais se acrescentou, a partir de 1992, um quarto elemento muito importante que contribuiu para a vulnerabilidade externa da economia russa: a excessiva abertura financeira ex- terna. Esses quatro elementos são fundamentais para o entendimento da atual fragilidade externa da economia de um país continental, que é uma potência militar nuclear relativamente grande, diversifi- cada e industrializada, mas, ao mesmo tempo, muito dependente das exportações de petróleo e gás e fortemente afetada pelos movimentos dos fluxos de capitais internacionais de curto prazo.
Começaremos apresentando uma periodização dos diversos padrões de investimento e mudança estru- tural ao longo do período de 1950 a 2008, que tiveram resultados bastante diversos em termos de taxa de crescimento do produto.
1) O documento apresenta informações sobre os principais programas e resultados da gestão do governo federal entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012, com ênfase nas ações prioritárias.
2) Destaca-se a melhoria no mercado de trabalho com aumento do emprego formal, redução do desemprego e das desigualdades de renda. As metas fiscais de 2011 foram cumpridas sem comprometer o crescimento.
3) Detalha os programas de erradicação da pobreza, investimentos em infraestrutura,
Produtividade industrial no Espírito Santo: uma análise para a primeira décad...Matheus Albergaria
(i) O documento analisa medidas de produtividade industrial no Espírito Santo entre 2001-2009, comparando com outros estados do Sudeste e Brasil;
(ii) Mostra que a produtividade capixaba superou a média brasileira no período, apesar de ter caído após 2008, e pode se recuperar mais rápido;
(iii) A produtividade do trabalho no ES parece afetada principalmente pelo nível de produção industrial.
1. O documento discute as desigualdades raciais no mercado de trabalho brasileiro, apresentando indicadores como rendimento médio e taxa de desemprego por cor.
2. Ele também analisa as propostas dos candidatos à presidência sobre políticas de igualdade racial, compiladas a partir de seus programas de governo.
3. O resumo tem o objetivo de informar os leitores sobre as propostas dos candidatos antes das eleições presidenciais de outubro de 2010.
TEC 2012 04 - Indicadores selecionados sobre desigualdades de cor ou raça no ...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta indicadores selecionados sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro segundo dados do Censo Demográfico de 2010.
2. É analisado o rendimento médio do trabalho principal entre 2000-2010, mostrando aumentos maiores para pretos & pardos, porém persistindo grande assimetria.
3. A distribuição da população economicamente ativa por faixa salarial em 2010 indica que pretos & pardos estão sobre-representados em menores faixas e sub-representados nas maiores.
TEC 2012 05 - Indicadores selecionados sobre desigualdades de cor ou raça no ...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta indicadores sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro segundo dados do Censo Demográfico de 2010.
2. Em 2010, 43,5% da população economicamente ativa total tinha emprego com carteira assinada, um aumento de 8,3 pontos percentuais desde 2000.
3. As tabelas 1 e 2 apresentam a distribuição e composição da população economicamente ativa ocupada por posição na ocupação para diferentes grupos de cor ou raça e sexo.
TEC 2010 08 - Indicadores de desemprego e de subocupaçãoLAESER IE/UFRJ
1. O documento discute indicadores de desemprego e subocupação no mercado de trabalho metropolitano brasileiro em junho de 2010.
2. A taxa de desemprego foi de 7%, menor desde junho de 2009, com taxas maiores para pretos e pardos do que para brancos.
3. Embora os rendimentos médios tenham aumentado em relação a 2009 para todos os grupos, permaneceram assimetrias significativas entre brancos e não-brancos.
TEC 2011 04 - O emprego doméstico não está em extinçãoLAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de abril de 2011
TEC 2012 06 - Conjuntura econômica brasileira do primeiro trimestre de 2012LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta os resultados do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2012, que cresceu apenas 0.2% em relação ao trimestre anterior.
2. A taxa anual de crescimento do PIB vem caindo e estava em apenas 1.9% no primeiro trimestre, indicando que o crescimento da economia brasileira está desacelerando.
3. Embora o consumo das famílias e do governo tenham se mantido positivos, os investimentos registraram resultados negativos, o que é preocupante para o futuro crescimento do país.
TEC 2010 09 - Eleições 2010 e as propostas dos candidatos à Presidência da Re...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de setembro de 2010
TEC 2012 08 - Ações Afirmativas no Ensino Superior Brasileiro: parte IILAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a assistência estudantil e ações afirmativas nas Instituições de Ensino Superior brasileiras.
2. Apresenta dados sobre o tipo de apoio social recebido por estudantes cotistas e não cotistas ingressantes em cursos de graduação em 2010, como bolsas de alimentação, moradia, transporte e outros.
3. Devido à paralisação dos servidores do IBGE, o documento não pôde apresentar as séries históricas habituais sobre rendimento médio e taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas
TEC 2012 09 - Conjuntura econômica brasileira do primeiro semestre de 2012LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica do Brasil no primeiro semestre de 2012, com base nos resultados das Contas Nacionais divulgadas pelo IBGE.
2. A economia brasileira cresceu apenas 0,6% no primeiro semestre, com taxa de crescimento esperada para 2012 de apenas 1,5%.
3. O consumo das famílias tem sustentado o crescimento, enquanto os investimentos recuaram, refletindo a fraca disposição para expansão das atividades empresariais.
1. O documento discute a informalidade e subocupação no mercado de trabalho das seis maiores regiões metropolitanas brasileiras segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego de agosto de 2012.
2. Em agosto de 2012, 50,2% dos trabalhadores informais eram pretos e pardos, enquanto a taxa de informalidade para pretos e pardos foi de 39,5%, 6,2 pontos percentuais acima da taxa para brancos.
3. A taxa de subocupação por falta de remuneração para pretos e pardos foi de 19,
TEC 2010 12 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de dezembro de 2010
TEC 2012 03 - Conjuntura econômica e as desigualdades de cor ou raça no prime...LAESER IE/UFRJ
1. O documento analisa a economia brasileira no primeiro ano do governo Dilma, com foco no crescimento do PIB em 2011.
2. O PIB cresceu 2,7% em 2011, abaixo da média mundial de 3,8% e da média dos últimos anos no Brasil.
3. A desaceleração da economia se deve à conjuntura externa desfavorável e ao fraco desempenho da indústria de transformação.
1. O documento analisa a conjuntura econômica brasileira no primeiro trimestre de 2013, com crescimento do PIB de apenas 0,6%.
2. A agropecuária cresceu, mas outros setores como indústria e construção civil tiveram pequenas quedas. O consumo das famílias permaneceu estagnado.
3. As exportações caíram e as importações aumentaram, piorando o déficit da balança comercial. A recuperação econômica em 2013 encontra-se adiada.
TEC 2011 02 - Balanço dos oito anos do Governo Lula sobre as assimetrias de c...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta um balanço dos oito anos do governo Lula sobre as desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro.
2. Serão analisados indicadores como rendimento médio, taxa de desemprego e posição na ocupação entre 2002-2010.
3. O objetivo é avaliar como os indicadores econômicos durante o governo Lula podem ter influenciado as assimetrias raciais no mercado de trabalho.
TEC 2010 06 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica recente no Brasil e indicadores do mercado de trabalho nas 6 maiores regiões metropolitanas.
2. No primeiro trimestre de 2010, a taxa de crescimento do PIB foi de 2,4% e houve aumento no rendimento do trabalho e queda no desemprego.
3. Contudo, o alto crescimento também traz riscos como inflação e dependência de investimentos especulativos, o que pode afetar negativamente a população.
TEC 2010 02 - Indicadores de desemprego e de subocupação LAESER IE/UFRJ
Este documento discute a conjuntura econômica no começo de 2010 e seus possíveis reflexos para a população afrodescendente no Brasil. Apresenta dados sobre o rendimento médio e taxa de desemprego em dezembro de 2009 nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras, mostrando desigualdades raciais significativas. A diferença salarial entre brancos e negros foi de 90,8%, menor do que em meses anteriores, possivelmente devido aos efeitos positivos sobre a ocupação da recuperação econômica
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de setembro de 2011
Calendário Econômico Pine: Conjuntura completa em 5 diasBanco Pine
(i) O COPOM manteve a Selic em 7,25% e sinalizou que o ciclo de cortes chegou ao fim dado o cenário equilibrado para a atividade e o balanço de riscos positivo para a inflação.
(ii) A inflação deve continuar convergindo para a meta de forma não linear, com deflação no IPA e desaceleração nos IPCs.
(iii) O crédito continua em expansão robusta, mas em desaceleração, puxado principalmente pelas operações com pessoas jurídicas
O objetivo do presente trabalho é apresentar os traços essenciais das principais mudanças nos padrões de investimento e transformação estrutural na economia da Rússia entre 1950 a 2008. Como a antiga União Soviética era inteiramente centrada na Rússia, optamos por discutir os padrões de investimento e transformação estrutural na economia centralmente planificada da União Soviética como um todo no período de 1950 até a sua dissolução em fins de 1991 e da economia (crescentemente) capitalista da Federação Russa no período posterior (1992-2008).
Nosso argumento central é que a economia da Rússia atual, a despeito de quase uma década de crescimento a taxas elevadas a partir de 1999, da reconstrução parcial e do fortalecimento do Estado e do retorno de uma postura geopolítica mais assertiva a partir do primeiro governo Putin, se caracteriza por uma forte heterogeneidade estrutural que tem como implicação uma grande vulnerabilidade no que diz respeito a sua inserção externa, que se manifestou mais uma vez na crise mundial de 2008-2009.
A heterogeneidade estrutural russa vem de três elementos fundamentais, a saber: 1) a acentuada dependência de tecnologia estrangeira na indústria para fins civis; 2) a baixa produtividade agrícola e a correspondentes dificuldades em termos de segurança alimentar; 3) a alta disponibilidade e o baixo custo relativo de produção de petróleo e gás (e algumas outras matérias-primas).
Apesar das transformações drásticas ocorridas na sociedade e na economia russa, com as grandes e radicais mudanças nas instituições políticas e econômicas, na distribuição de poder e de renda e no desempenho da economia, esses elementos de heterogeneidade estrutural já estavam claramente presentes na União Soviética em meados dos anos 1970, e a fragilidade externa decorrente dessa heterogeneidade foi um elemento importante para a crise da economia soviética nos anos 1980, que se transformou em colapso a partir das reformas econômicas (e políticas) de Gorbachev.
A esses elementos estruturais se acrescentou, a partir de 1992, um quarto elemento muito importante que contribuiu para a vulnerabilidade externa da economia russa: a excessiva abertura financeira ex- terna. Esses quatro elementos são fundamentais para o entendimento da atual fragilidade externa da economia de um país continental, que é uma potência militar nuclear relativamente grande, diversifi- cada e industrializada, mas, ao mesmo tempo, muito dependente das exportações de petróleo e gás e fortemente afetada pelos movimentos dos fluxos de capitais internacionais de curto prazo.
Começaremos apresentando uma periodização dos diversos padrões de investimento e mudança estru- tural ao longo do período de 1950 a 2008, que tiveram resultados bastante diversos em termos de taxa de crescimento do produto.
1) O documento apresenta informações sobre os principais programas e resultados da gestão do governo federal entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012, com ênfase nas ações prioritárias.
2) Destaca-se a melhoria no mercado de trabalho com aumento do emprego formal, redução do desemprego e das desigualdades de renda. As metas fiscais de 2011 foram cumpridas sem comprometer o crescimento.
3) Detalha os programas de erradicação da pobreza, investimentos em infraestrutura,
Produtividade industrial no Espírito Santo: uma análise para a primeira décad...Matheus Albergaria
(i) O documento analisa medidas de produtividade industrial no Espírito Santo entre 2001-2009, comparando com outros estados do Sudeste e Brasil;
(ii) Mostra que a produtividade capixaba superou a média brasileira no período, apesar de ter caído após 2008, e pode se recuperar mais rápido;
(iii) A produtividade do trabalho no ES parece afetada principalmente pelo nível de produção industrial.
1. O documento discute as desigualdades raciais no mercado de trabalho brasileiro, apresentando indicadores como rendimento médio e taxa de desemprego por cor.
2. Ele também analisa as propostas dos candidatos à presidência sobre políticas de igualdade racial, compiladas a partir de seus programas de governo.
3. O resumo tem o objetivo de informar os leitores sobre as propostas dos candidatos antes das eleições presidenciais de outubro de 2010.
TEC 2012 04 - Indicadores selecionados sobre desigualdades de cor ou raça no ...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta indicadores selecionados sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro segundo dados do Censo Demográfico de 2010.
2. É analisado o rendimento médio do trabalho principal entre 2000-2010, mostrando aumentos maiores para pretos & pardos, porém persistindo grande assimetria.
3. A distribuição da população economicamente ativa por faixa salarial em 2010 indica que pretos & pardos estão sobre-representados em menores faixas e sub-representados nas maiores.
TEC 2012 05 - Indicadores selecionados sobre desigualdades de cor ou raça no ...LAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta indicadores sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro segundo dados do Censo Demográfico de 2010.
2. Em 2010, 43,5% da população economicamente ativa total tinha emprego com carteira assinada, um aumento de 8,3 pontos percentuais desde 2000.
3. As tabelas 1 e 2 apresentam a distribuição e composição da população economicamente ativa ocupada por posição na ocupação para diferentes grupos de cor ou raça e sexo.
TEC 2010 07 - Rendimento no trabalho principal e desemprego dos grupos de cor...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de julho de 2010
FEE,Dieese/RS e FGTAS divulgaram o desempenho do mercado de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre,relativo ao mês de Janeiro. Houve aumento do nível ocupacional e uma redução da taxa de desemprego.
Este documento fornece um resumo de vários indicadores do desempenho do varejo no Brasil em março e abril de 2011. O documento discute o crescimento das vendas no varejo em março, a alta de preços de itens da cesta básica em abril, o crescimento das vendas online da Classe C, novos shoppings centers inaugurados, o desempenho positivo de produtos farmacêuticos, a inflação do setor de materiais de construção, a alta do IPCA em abril, a variação
O relatório apresenta os resultados da produção industrial brasileira em dezembro de 2011, comparando-os com novembro de 2011 e dezembro de 2010. A produção industrial geral cresceu 0,9% em dezembro na comparação com novembro, puxada por altas nos bens de capital e bens de consumo não duráveis.
A atividade econômica no Nordeste cresceu moderadamente no terceiro trimestre de 2014, com o crescimento da região superando a média nacional no ano. As vendas do comércio varejista e ampliado aumentaram no trimestre, assim como a receita do setor de serviços. O crédito bancário e o emprego formal também tiveram expansão, enquanto a inadimplência e o desemprego recuaram.
1. O documento apresenta análise do mercado de trabalho formal do Pará no mês de março de 2013.
2. O emprego formal no Pará cresceu 0,09% em março com a abertura de 686 novos postos de trabalho.
3. A construção civil foi o setor que mais gerou empregos em março, com saldo positivo de 2.082 vagas.
1) O documento descreve um estudo exploratório sobre os fatores que explicam bons resultados no Ideb em municípios brasileiros.
2) A amostra inclui 40 municípios de SP, CE e MS, divididos entre os melhores Idebs e maiores crescimentos.
3) A metodologia inclui análises quantitativas de bancos de dados e qualitativas com entrevistas, focando em políticas educacionais.
O documento resume os principais programas e resultados do governo federal entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012, com ênfase nas ações prioritárias para melhorar as condições do mercado de trabalho, garantir o cumprimento das metas fiscais em 2011, e fortalecer o modelo de crescimento com inclusão social. Destaca-se o crescimento do emprego formal, a queda da taxa de desemprego e da desigualdade de renda no mercado de trabalho, assim como os investimentos em saúde, educação, Copa de 2014
1) O documento apresenta informações sobre os principais programas e resultados da gestão do governo federal entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012, com ênfase nas ações prioritárias.
2) Destaca-se a melhoria no mercado de trabalho com aumento do emprego formal, redução do desemprego e das desigualdades salariais. As metas fiscais de 2011 foram cumpridas sem comprometer o crescimento.
3) Detalha os programas de erradicação da pobreza, investimentos em infraestrutura,
1. O documento apresenta um boletim sobre o mercado de trabalho formal do estado do Pará em fevereiro de 2013.
2. Neste mês, o Pará gerou 2.210 novos empregos formais, aumento de 0,30% no estoque de empregos.
3. Os setores que mais geraram empregos foram Serviços, Construção Civil e Comércio.
O documento descreve a situação econômica do Brasil e do mundo. O Brasil está se recuperando da crise de 2008, com crescimento do PIB, emprego e vendas no varejo. Porém, há sinais de desaceleração da economia chinesa, que pode afetar o crescimento global.
1) A taxa de desemprego caiu ligeiramente de 10,6% para 10,3% nas sete regiões metropolitanas pesquisadas, com redução do número de desempregados em 42 mil.
2) O nível de ocupação aumentou 0,7% com a criação de 132 mil novos postos de trabalho.
3) Os setores que mais criaram emprego foram a indústria de transformação, o comércio e a construção.
1. O documento apresenta um boletim sobre o mercado de trabalho formal do estado do Pará no mês de abril de 2013.
2. Em abril, o Pará obteve um saldo positivo de 150 empregos, com destaque para os setores de comércio, construção civil e indústria de transformação.
3. No acumulado do ano até abril, o estado gerou 2.361 novos empregos, enquanto nos últimos 12 meses o saldo foi de 25.712 postos.
O boletim discute o desempenho recente da economia brasileira e as expectativas do mercado para os próximos anos. A produção industrial brasileira desacelerou em agosto, enquanto a inflação subiu para 7,31% no acumulado de 12 meses. O Banco Central reduziu a taxa Selic para 11,5% a.a. para compensar a desaceleração esperada. As expectativas do mercado para o PIB em 2011 foi ajustada para baixo em 3,3%.
Semelhante a TEC 2011 12 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego, Parte I, comentários sobre os metadados. (17)
TEC 2012 07 - Ações afirmativas no ensino superior brasileiroLAESER IE/UFRJ
1. O documento apresenta dados sobre ações afirmativas nas instituições de ensino superior brasileiras em 2010.
2. Em 2010, 10,9% dos estudantes ingressaram nas universidades por meio de cotas, sendo a maioria (74%) por cotas para alunos de escola pública.
3. As universidades públicas foram as que mais adotaram cotas, com 41.346 estudantes ingressando por meio de ações afirmativas, o que correspondeu a 12,1% do total de ingressantes nas universidades públicas naquele ano.
Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2007-2008LAESER IE/UFRJ
O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil é um estudo que tem por eixo fundamental o tema das desigualdades raciais e sua mensuração através de indicadores econômicos, sociais e demográficos. Visa sistematizar os avanços e recuos existentes no Brasil em termos da equidade racial em seus diversos aspectos.
O Relatório tem por missão:
Sistematizar e refletir sobre os avanços e recuos da eqüidade racial e de gênero no país, em seus diversos aspectos;
Constituir uma referência para estudiosos e militantes do tema;
Contribuir para a formulação, aplicação e avaliação de políticas públicas, sejam as sociais em geral, sejam as de promoção da equidade dos grupos de cor ou raça;
Servir como meio de divulgação das condições de vida da população brasileira, desagregada pelas desigualdades de cor ou raça e;
Formular denúncias e alertas, visando reverter situações de sofrimento e privação enfrentadas pelos afrodescendentes brasileiros.
A primeira edição do Relatório é dividida em oito capítulos.
O Relatório, além dos seus oito capítulos temáticos, igualmente contém 83 gráficos, 90 tabelas, 37 boxes, 10 quadros e 13 mapas temáticos, se constituindo em um dos maiores esforços realizados até o momento em nosso país de sistematização e estudo da evolução de indicadores sociais, de diversas fontes, dentro do tema das relações e desigualdades sócio-raciais.
Referencial obrigatório para estudiosos no tema, ativistas do movimento negro e dos movimentos sociais de múltiplas frentes, formuladores de políticas públicas e todos e todas preocupados com assuntos que digam respeito à realidade social da população brasileira e de seus grupos constitutivos.
Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010LAESER IE/UFRJ
O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil é uma publicação que analisa a evolução das desigualdades de cor ou raça no país através de indicadores demográficos e socioeconômicos.
O Relatório tem por missão:
Sistematizar e refletir sobre os avanços e recuos da eqüidade racial e de gênero no país, em seus diversos aspectos;
Constituir uma referência para estudiosos, pesquisadores e militantes do tema;
Contribuir para a formulação, aplicação e avaliação de políticas públicas, sejam as sociais em geral, sejam as de promoção da eqüidade dos grupos de cor ou raça;
Servir como meio de divulgação das condições de vida da população brasileira, desagregada pelas desigualdades de cor ou raça; e
Formular denúncias e alertas sobre determinadas situações especialmente graves assumidas pelas assimetrias de cor ou raça no Brasil.
O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010 corresponde à segunda edição deste estudo. O seu eixo temático vem a ser a contribuição dada pela Constituição brasileira de 1988 para a redução das assimetrias de cor ou raça no país, especialmente levando em consideração os seus dispositivos sobre a Seguridade Social.
Portanto, em meio aos avanços e limites presentes na Constituição brasileira de 1988, a questão que se coloca nesta edição do Relatório diz respeito à efetiva capacidade do novo marco legal brasileiro em contribuir para a redução das assimetrias de cor ou raça no Brasil durante as últimas duas décadas.
Neste esforço há uma singular preocupação com determinados dispositivos constitucionais que tratam dos direitos sociais coletivos da população brasileira, especialmente o Título VIII que trata da Ordem Social, em seu Capítulo II (da Seguridade Social): Seções I (Disposições Gerais), II (da Saúde), III (da Previdência Social); IV (da Assistência Social), além do Capítulo III (da Educação, da Cultura e do Desporto), Seção I (da Educação). Ainda que de modo mais difuso, também fazem parte do campo de preocupações do presente Relatório os Títulos I (dos Princípios Fundamentais) e II (dos Direitos e Garantias Fundamentais) da Constituição brasileira.
O documento lista os 213 municípios brasileiros com a maior porcentagem de população preta e parda em 2010, liderados por Serrano do Maranhão com 94,76% e incluindo outros municípios da Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins com mais de 90% da população preta e parda.
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de outubro de 2011 anexo 2
TEC 2011 07 - Ano Internacional dos Afrodescendentes e a questão racial dentr...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de julho de 2011
TEC 2011 01 - Criação dos conselhos municipais de igualdade racialLAESER IE/UFRJ
1. Apenas 2,7% dos municípios brasileiros tinham conselhos municipais de igualdade racial em 2009, concentrados principalmente no Sudeste.
2. O rendimento médio dos trabalhadores pretos e pardos foi 84,7% do rendimento dos brancos em novembro de 2010, a menor assimetria desde julho.
3. O artigo analisa a criação dos conselhos municipais de igualdade racial no Brasil e indicadores do mercado de trabalho entre 2009-2010.
TEC 2010 11 - Adoção da Lei 10.639 e 11.645 no interior das redes municipais ...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de novembro de 2010
TEC 2010 10 - Avanço dos partidos xenófobos, intolerantes e racistas nas elei...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute o crescimento de partidos de extrema direita nos parlamentos europeus.
2. Analisa os resultados eleitorais de 20 países onde partidos nacionalistas, xenófobos ou de extrema direita foram eleitos.
3. Detalha exemplos como a Áustria, onde dois desses partidos conquistaram 28% dos votos, e a Noruega, onde o segundo maior partido obteve 22,9%.
TEC 2010 10 - Avanço dos partidos xenófobos, intolerantes e racistas nas elei...
TEC 2011 12 - A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego, Parte I, comentários sobre os metadados.
1. TEMPO EM
CURSO
Publicação eletrônica mensal sobre as desigualdades
de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho
metropolitano brasileiro
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011
(A variável cor nas estatísticas do Ministério do Trabalho
e Emprego, Parte I, comentários sobre os metadados)
ISSN 2177–3955
2. TEMPO EM CURSO 1. Apresentação 2
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011 2. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho principal
Sumário pesquisa, além de um trabalho, desenvolvido e apre-
sentado por um estudante de graduação em Ciências
1. Apresentação Econômicas do IE, na XXXIII Jornada Giulio Massarani
2. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho de Iniciação Científica, Artística e Cultural da UFRJ, rea-
principal lizada em outubro de 2011.
3. Evolução da taxa de desemprego
4. A variável cor nas estatísticas do Ministério do Neste número do “Tempo em Curso”, portanto, serão
Trabalho e Emprego (MTE), comentários sobre os vistos os principais passos daquele esforço de análise
metadados desenvolvido, já se projetando a futura inclusão das
estatísticas do MTE nas suas próximas edições.
1. Apresentação
Na presente edição, será feita uma comparação entre
Com o presente número, está se dando a 26ª edição as estatísticas do MTE e as bases de dados produzidas
do boletim eletrônico “Tempo em Curso”. Os indica- pelo IBGE, em termos da geração de indicadores sobre
dores que formam esta publicação se baseiam nos o mercado de trabalho. Desta forma, serão estudadas
microdados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), as metodologias de coleta de dados, o público coberto
divulgados, mensalmente, pelo Instituto Brasileiro de por cada fonte e o modo pelo qual a variável cor ou raça
Geografia e Estatística (IBGE) em seu portal (www.ibge. é captada em ambos os sistemas de coletas de dados.
gov.br), e tabulados pelo LAESER no banco de dados
“Tempo em Curso”. Nos dois próximos números do “Tempo em Curso”,
dando seguimento a presente reflexão, respectivamen-
O “Tempo em Curso” se dedica à análise da evolução te, serão feitos comentários comparativos entre a RAIS
do rendimento médio habitualmente recebido no e a PNAD, e, entre a CAGED e a PME.
trabalho principal e da taxa de desemprego nas seis
maiores Regiões Metropolitanas brasileiras cobertas 2. Evolução do rendimento habitual
pela PME. Da mais ao Norte, para a mais ao Sul, estas médio do trabalho principal (tabela 1)
RMs são as seguintes: Recife (PE), Salvador (BA), Belo
Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Em outubro de 2011, o rendimento médio do trabalho
Porto Alegre (RS). principal habitualmente recebido pela População Eco-
nomicamente Ativa (PEA) das seis maiores RMs brasi-
A presente edição dialoga com a evolução dos indica- leiras foi igual a R$ 1.612,72. Comparativamente a se-
dores de rendimento e desemprego dentro do inter- tembro de 2011, o indicador ficou estável. Em relação a
valo de tempo compreendido entre outubro de 2010 outubro de 2010, este se reduziu em 0,3%.
e outubro de 2011. Estes dados foram divulgados pelo
IBGE em dezembro, que, comumente, o faz justamente O rendimento auferido pela PEA branca de ambos os
com dois meses de defasagem. sexos em outubro de 2011 foi de R$ 2.015,44. No mes-
mo mês, o rendimento da PEA preta & parda de ambos
O tema especial desta e das próximas edições do os sexos foi de R$ 1.120,67.
“Tempo em Curso” será uma análise de duas bases de
dados estatísticas geradas pelo Ministério do Traba- Na comparação com o mês anterior, o rendimento da
lho e Emprego (MTE): Relação Anual de Informações PEA branca de ambos os sexos se elevou em 0,1%. Já o
Sociais (RAIS) e o Cadastro Geral de Empregados e De- rendimento da PEA preta & parda de ambos os sexos,
sempregados (CAGED). no mesmo período, se elevou em 1,3%.
Em 1999, o MTE incorporou a variável cor ou raça às Em relação a outubro de 2010, o rendimento da PEA
estatísticas da RAIS e do CAGED, porém, somente as branca de ambos os sexos se reduziu em 1,9%; en-
liberando para o público, mediante pedido especial, a quanto o rendimento da PEA preta & parda de ambos
partir do ano de 2008. Desde 2009, o LAESER passou os sexo se elevou em 2,8%.
a ter acesso àquelas informações, passando a tratá-
las sistematicamente a partir do ano de 2010. A partir Em outubro de 2011, o rendimento médio do trabalho prin-
deste momento, foram gerados pequenos relatórios de cipal habitualmente recebido pela PEA branca masculina
3. TEMPO EM CURSO 2. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho principal 3
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011 3. Evolução da taxa de desemprego
Tabela 1. Rendimento médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores
RMs, Brasil, out / 10 – out / 11 (em R$, out / 11 - INPC)
2010 2011
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out
Homens Brancos 2.369,90 2.298,59 2.328,92 2.358,99 2.359,66 2.395,47 2.312,95 2.335,24 2.324,10 2.383,26 2.383,61 2.331,69 2.325,73
Mulheres Brancas 1.685,14 1.692,95 1.630,51 1.644,12 1.643,61 1.658,57 1.650,57 1.662,58 1.656,83 1.682,86 1.675,18 1.644,05 1.660,89
Brancos 2.054,99 2.022,13 2.007,05 2.027,01 2.032,82 2.056,98 2.008,17 2.026,91 2.016,31 2.060,83 2.056,96 2.013,39 2.015,44
Homens Pretos &
Pardos
1.238,21 1.252,20 1.245,74 1.242,47 1.240,15 1.218,91 1.196,34 1.210,20 1.221,84 1.253,09 1.276,87 1.259,88 1.265,81
Mulheres Pretas
& Pardas
904,23 896,85 908,86 911,14 896,23 887,36 884,12 881,87 882,49 905,41 927,71 909,73 936,04
Pretos & Pardos 1.089,96 1.094,63 1.096,04 1.096,11 1.088,89 1.071,56 1.057,46 1.065,31 1.073,16 1.099,77 1.124,68 1.106,27 1.120,67
PEA Total 1.616,88 1.603,75 1.591,91 1.599,88 1.592,47 1.600,83 1.571,86 1.590,09 1.598,62 1.634,07 1.642,75 1.612,96 1.612,72
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
foi igual a R$ 2.325,73. Em relação a setembro, observou- Em outubro de 2011, os homens brancos obtiveram
se queda no indicador em 0,3%. Na comparação com ou- rendimentos habituais médios 83,7% superiores aos
tubro do ano anterior, verificou-se outra redução, de 1,9%. dos homens pretos & pardos. Entre setembro e outu-
bro de 2011, ocorreu uma diminuição das desigualda-
O rendimento médio do trabalho principal habitualmen- des de cor ou raça na ordem de 1,3 pontos percen-
te recebido pela PEA preta & parda do sexo masculino, tuais. Em comparação com outubro do ano anterior,
em outubro de 2011, foi de R$ 1.265,81. Este valor re- houve uma queda de 7,7 pontos percentuais.
presentou uma elevação de 0,5% em comparação com
setembro de 2011. Já comparativamente a outubro de Dentre as mulheres, em outubro de 2011, as assime-
2010, houve aumento de 2,2% naquele rendimento. trias de rendimento entre as trabalhadoras brancas e
as trabalhadoras pretas & pardas ficaram em 77,4%.
Em outubro de 2011, a PEA branca do sexo feminino Em relação a setembro de 2011, as desigualdades de
recebia um rendimento médio habitual de R$ 1.660,89. cor ou raça se reduziram em 3,3 pontos percentuais.
Comparativamente a setembro de 2011, o indicador se Na comparação entre outubro de 2010 e de 2011, decli-
elevou em 1,0%. Contudo, na comparação com outu- naram 8,9 pontos percentuais.
bro de 2010, o indicador se reduziu em 1,4%.
O rendimento médio dos trabalhadores brancos do
O rendimento médio do trabalho principal habitual- sexo masculino foi 148,5% maior do que o das tra-
mente recebido pela PEA preta & parda feminina, em balhadoras pretas & pardas em outubro de 2011, en-
outubro de 2011, foi igual a R$ 936,04. Referencial- quanto o rendimento médio das trabalhadoras brancas
mente a setembro de 2011, houve aumento de 2,9%. apresentou-se 31,2% superior do que o rendimento
Em relação a outubro do ano anterior, o indicador se dos trabalhadores pretos e pardos do sexo masculino.
elevou em 3,5%.
3. Evolução da taxa de desemprego
No mês de outubro de 2011, o rendimento médio do (tabela 2)
trabalho principal da PEA branca de ambos os sexos foi
79,8% superior ao da PEA preta & parda de ambos os A taxa de desemprego de outubro de 2011 para os
sexos. Na comparação com setembro de 2011, ocorreu residentes no conjunto das seis maiores RMs brasi-
uma queda das assimetrias de 2,2 pontos percentuais. leiras foi de 5,8%. Em relação ao mês de setembro
Em relação a outubro de 2010, ocorreu uma queda de 8,7 do mesmo ano, este indicador se reduziu em 0,2
pontos percentuais nas desigualdades de cor ou raça. ponto percentual. Na comparação com outubro de
4. TEMPO EM CURSO 3. Evolução da taxa de desemprego 4
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011 4. A variável cor ou raça nas estatísticas do MTE, comentários sobre os metadados
Tabela 2. Taxa de desemprego da PEA residente nas seis maiores RMs, Brasil,
out / 10 – out / 11 (em % da PEA)
2010 2011
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out
Homens Brancos 4,1 3,8 3,5 4,4 4,6 4,4 4,3 4,2 4,4 4,1 4,1 3,9 3,8
Mulheres Brancas 6,4 5,8 5,5 5,9 6,4 6,8 6,9 6,8 6,4 6,3 6,3 6,2 6,0
Brancos 5,2 4,7 4,4 5,1 5,4 5,5 5,5 5,4 5,3 5,1 5,1 5,0 4,8
Homens Pretos & Pardos 5,3 4,9 4,7 5,2 5,7 5,7 5,8 5,8 5,6 5,5 5,3 5,6 5,3
Mulheres Pretas & Pardas 9,4 9,3 8,2 9,4 9,5 9,8 9,4 9,5 9,2 9,1 9,3 9,3 8,8
Pretos & Pardos 7,1 6,9 6,3 7,1 7,4 7,6 7,5 7,5 7,2 7,1 7,1 7,3 6,9
PEA Total 6,1 5,7 5,3 6,1 6,4 6,5 6,4 6,4 6,2 6,0 6,0 6,0 5,8
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
2010, a queda na taxa de desemprego foi de 0,3 todos os grupos de cor ou raça e sexo analisados:
ponto percentual. 8,8%. Tal valor relativo, porém, representou uma queda
de 0,5 ponto percentual na comparação com setembro
Para a PEA de cor ou raça branca, a taxa de desempre- anterior, e de 0,6 ponto percentual, comparativamente
go, em outubro de 2011, foi igual a 4,8%. Tal indicador ao verificado em outubro de 2010.
foi 0,2 ponto inferior ao verificado em setembro do
mesmo ano, e 0,4 ponto percentual menor que a taxa 4. A variável cor ou raça nas estatísticas
de desemprego de outubro do ano anterior. do MTE, comentários sobre os metadados
Na PEA de cor ou raça preta & parda, a taxa de desem- 4.a. O que diferencia fontes de dados estatísti-
prego, em outubro de 2011, foi de 6,9%. Na compara- cos do MTE e do IBGE?
ção com o mês anterior, este indicador observou uma
queda de 0,4 ponto percentual. Comparativamente a As estatísticas do MTE são baseadas em registros ad-
outubro de 2010, houve outra queda no indicador da- ministrativos obrigatoriamente prestados a este órgão
quele grupo: em 0,2 ponto percentual. pelas empresas cadastradas junto ao Cadastro Nacio-
nal de Pessoas Jurídicas (CNPJ). O CAGED foi criado em
Em outubro de 2011, a taxa de desemprego dos ho- 1965, pela Lei nº 4923, e a RAIS, dez anos depois, em
mens brancos foi de 3,8%. Em comparação a setembro 1975, pela Lei nº 76.900.
do mesmo ano, notou-se queda no indicador em 0,1
ponto percentual. Na comparação com outubro de Em ambos os registros, o objetivo é o fornecer ao
2010, verificou-se uma redução de 0,3 ponto percentual. Governo Federal informações sobre o movimento do
mercado de trabalho formal, tendo em vista a gestão de
Em outubro de 2011, a PEA preta & parda do sexo mas- receitas e despesas de determinados fundos, tal como
culino apresentou taxa de desemprego de 5,3%. Refe- o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o Pro-
rencialmente a setembro do mesmo ano, houve redu- grama de Integração Social e o Programa de Formação
ção de 0,3 ponto percentual. Em relação a outubro do do Patrimônio do Servidor Público (PIS-PASEP) e o Fundo
ano anterior, a taxa de desemprego dos homens pretos de Amparo ao Trabalhador (FAT), neste último caso, por
& pardos também declinou 0,3 ponto percentual. conta de programas como o Seguro Desemprego e o
Abono Salarial. Naturalmente, estas informações tam-
A taxa de desemprego das mulheres brancas, em outubro bém são importantes, tanto para as autoridades, como
de 2011, foi de 8,8%. Este indicador apresentou-se 0,5 pon- para os pesquisadores, que, assim, contam com uma
to percentual menor que a taxa do mês anterior, e 0,6 pon- preciosa fonte de informações sobre o movimento e
to percentual inferior ao verificado em outubro de 2010. dinâmica do mercado de trabalho formal do país.
As trabalhadoras pretas & pardas experimentaram em As peculiaridades das estatísticas do MTE, comparativa-
outubro de 2011 a maior taxa de desemprego dentre mente às estatísticas de mercado de trabalho do IBGE,
5. TEMPO EM CURSO 4. A variável cor ou raça nas estatísticas do MTE, comentários sobre os metadados 5
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011
dizem respeito ao menos aos seguintes aspectos1: soas com idade inferior a 14 anos de idade, que
opera por definição às margens dos marcos legais.
i) A fonte das informações são as empresas que Por este motivo, as estatísticas do IBGE conseguem
com periodicidade anual (RAIS) e mensal (CAGED), captar de forma mais apropriada informações de
enviam para este Ministério, dados sobre o estoque determinados setores de atividade especialmente
de empregados, movimento de contratações e de- sujeitos a menores níveis de formalização como,
missões e correspondentes informações socioeco- por exemplo: o emprego doméstico; os trabalha-
nômicas (salário, escolaridade, ocupação etc). Veja dores agrícolas; a indústria da construção civil; e o
que, no caso da PNAD, a fonte dos indicadores é o trabalho infanto-juvenil;
entrevistado de uma dada unidade domiciliar, que iv) Embora as estatísticas do MTE coletem algumas
declara suas informações e de seus familiares; informações econômicas provenientes das empre-
ii) As estatísticas sobre o mercado de trabalho do sas (classe de tamanho segundo número de empre-
IBGE são amostrais, ao passo que as do MTE são gados, setor de atividade econômica, valor da folha
formadas por cadastros administrativos. Como, de pagamento), aquelas informações não cobrem
teoricamente, esta última fonte deveria ser alimen- os indicadores socioeconômicos dos empregadores
tada pelo universo das empresas com CNPJ, tanto e donos do próprio negócio (mesmo quando fazem
a RAIS como a CAGED cobrem, ou deveriam cobrir, declaração de RAIS negativa). Já as estatísticas do
a totalidade dos empregados e trabalhadores for- IBGE, ao menos teoricamente, coletam informações
malmente registrados, constituindo, assim, uma socioeconômicas dos empregadores de qualquer
espécie de censo do mercado de trabalho formal tipo de classe de tamanho de estabelecimento e
do país. No caso das pesquisas domiciliares de na- dos trabalhadores por conta-própria, incluindo os
tureza probabilística, os indicadores estão sujeitos a que trabalham com sócios;
problemas estatísticos derivado de alguma eventual v) De forma semelhante ao item acima, segundo o
baixa densidade amostral (proporcionalmente baixo Manual de orientação da RAIS, as estatísticas do
número de entrevistados impedindo que o registro MTE não registram informações sobre as seguintes
possa ser considerado cientificamente válido). No categorias ocupacionais: i) diretores sem vínculo
caso dos cadastros administrativos, o problema empregatício para os quais não é recolhido FGTS;
para a qualidade da informação pode vir a ser o da ii) trabalhadores eventuais; iii) ocupantes de cargos
subnotificação dos registros; eletivos (governadores, deputados, prefeitos, vere-
iii) As estatísticas do MTE cobrem apenas os adores, etc), a partir da data da posse, desde que
trabalhadores registrados formalmente junto às não tenham feito opção pelos vencimentos do ór-
empresas nas quais são empregados ou ocupa- gão de origem; iv) estagiários regidos pela Portaria
dos (caso dos trabalhadores autônomos, ou seja, MTPS nº 1.002, de 29 de setembro de 1967, e pela
donos da própria empresa, e que, na ausência de Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008; v) empre-
empregados, emitem a RAIS negativa). No caso gados domésticos regidos pela Lei nº 11.324/2006;
das fontes do IBGE, as informações coletadas, por e vi) cooperados ou cooperativados. Por sua vez,
serem domiciliares, além dos vinculados às empre- as estatísticas domiciliares do IBGE podem cobrir
sas registradas legalmente, também englobam os todas estas situações;
trabalhadores de empreendimentos econômicos vi) Nas estatísticas do MTE e do IBGE existem dife-
que, ou não têm registro legal (trabalhadores por rentes modos de se captar a categoria de rendimen-
conta-própria e empregadores nesta condição), to do trabalho. No caso do MTE, grosso modo, pode-
ou que não contratam seus funcionários através se sublinhar que o indicador captado vem a ser o
de relações contratuais formais, tal como é o caso salário (ou ordenado, vencimento, soldo, etc) rece-
do emprego sem carteira de trabalho (Carteira de bido pelo empregado, além de outros 26 diferentes
Trabalho e Previdência Social – CTPS), os ocupados tipos de remunerações salariais que são computa-
não remunerados, isso além do trabalho de pes- das enquanto rendimento mensal (auxílios, ajuda de
1. As principais referências para esta parte do texto foram: Manual de orientação da RAIS (ano base 2010). In http://www.mte.gov.br/rais/Manual_RAIS_2010.
pdf. Manual de orientação da CAGED (2010) In http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A2E7311D1012F97F628ED4E2C/Manual_CAGED_2010_versaoACI10.pdf.
NEGRI, João; CASTRO, Paulo; SOUZA, Natalia & ARBACHE, Jorge (2001) – Mercado formal de trabalho: comparação entre os microdados da RAIS e da PNAD. Brasí-
lia: IPEA (texto para discussão nº 840).
6. TEMPO EM CURSO 4. A variável cor ou raça nas estatísticas do MTE, comentários sobre os metadados 6
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011
custo, verba de representação, etc). Contudo, nestas base na Classificação de Ocupações do Programa de
fontes, quando o mesmo empregado tiver mais de Censos da América (COTA). A partir da segunda me-
um emprego, é praticamente impossível mensurar o tade dos anos 1990, houve um esforço por parte das
somatório dos seus rendimentos, que serão compu- distintas instituições governamentais de uniformização
tados como se fossem de trabalhadores diferentes. de ambos os sistemas.
Esse problema, além de corresponder a uma dupla
ou tripla contagem no número de empregados, igual- No ano 2000, com a realização do Censo, foi definida
mente torna infactível que se capte os rendimentos uma CBO unificada, contudo ainda provisória. Em 2002,
do trabalho das posições ocupacionais dos trabalha- finalmente, foi instituída a Comissão Nacional de Classifi-
dores empregados sem CTPS assinada, dos conta- cação (CONCLA) que concluiu o trabalho de harmoniza-
própria e dos empregadores. ção da CBO, com aproximadamente 10 Grandes Grupos,
vii) No caso do IBGE, como seria de esperar, é 47 Subgrupos principais, 192 Subgrupos e 596 Grupos de
também possível captar o salário dos empregados base ou famílias ocupacionais. A CBO-2002, desde então
do setor formal, incluindo outras modalidades de vem sendo utilizada pelo MTE e o conjunto da adminis-
remuneração pagas pelo empregador. Mas devido tração pública2. Todavia, devido às diferentes formas de
ao modo pelo qual a informação é captada, aquelas coleta das informações estatísticas – tal como verificado
modalidades são mais resumidas, fundamental- acima – o IBGE, na coleta de informações demográficas
mente seis: remuneração em benefícios, alimen- (tal como é o caso da PNAD e da PME), passou a aplicar
tação, moradia, transporte, auxílio à educação, uma CBO adaptada (CBO-Domiciliar), que abriga algumas
auxílio à saúde ou reabilitação. Por outro lado, ao nuances em relação à CBO-20023.
partir das fontes do IBGE, ao contrário das do MTE,
consegue-se captar o somatório dos rendimentos Situação semelhante ocorreu com a Classificação Nacio-
de diferentes ocupações de um mesmo trabalha- nal de Atividades Econômicas (CNAE). Na verdade, ape-
dor, além de ser possível computar o rendimento sar de esforços anteriores, somente na década de 1990
derivado do emprego sem CTPS e das retiradas de o Brasil conseguiu concluir a codificação dos diferentes
empreendimentos nos quais o trabalhador seja pro- setores de atividades econômicas, que, porém, igualmen-
prietário, na condição de autônomo ou na condição te era usado apenas pela administração pública e com
de empregador. De qualquer forma, vale salientar finalidade primordialmente fiscal. Já os sistemas estatísti-
que também no interior das fontes do IBGE igual- cos seguiam tendo uma codificação própria.
mente existem diferenças (entre a PME e a PNAD,
por exemplo) no modo de coleta das informações Do mesmo modo que a CBO, a partir de meados dos
sobre rendimento do trabalho. anos 1990, houve um esforço de compatibilização dos
códigos de atividades econômicas entre a administração
No que tange à comparação entre as estatísticas do pública e os órgãos produtores de dados estatísticos. No
IBGE e do MTE, há de se mencionar ainda as diferentes ano de 1994 se chegou a uma primeira versão da CNAE.
formas de classificação ocupacionais e de atividades Em 2000, se chegou numa CNAE domiciliar aplicada no
econômicas. A primeira forma, a Classificação Brasi- Censo demográfico daquele ano. Em 2002, se definiu a
leira de Ocupações (CBO), e a segunda, a Classificação CNAE 1.0. No ano de 2006, finalmente, o CONCLA alcan-
Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). çou à conclusão da CNAE 2.0, tal como vem sendo pau-
latinamente utilizada pela administração pública e o MTE,
Apesar da primeira, CBO, datar de 1977, até o ano até sua adoção definitiva, no ano de 2012.
2000, tal metodologia era utilizada somente pela ad-
ministração pública. O IBGE, até então, adotava uma Em seus cinco níveis, a CNAE 2.0 é formada por 21
classificação própria de ocupações, elaborada com Seções; 87 Divisões; 285 Grupos; 673 Classes; e 1.301
2. A nova versão da CBO tomou como referência a última versão da International Statistical Classification of Occupations – ISCO-88 (Clasificación Internacional
Uniforme de Ocupaciones – CIUO-88). Para aprofundamento destas informações, ver seguintes portais:
i) http://www.ibge.gov.br/concla/cronologia/ante_cbo.php;
ii) http://www.ibge.gov.br/concla/classocupacoes/classocupacoes.php
iii) http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/saibaMais.jsf
3. Um detalhamento das diferenças entre a CBO-2002 e a CBO-Domiciliar pode ser vista no link http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/sipd/oita-
vo_forum/COD.pdf
7. TEMPO EM CURSO 4. A variável cor ou raça nas estatísticas do MTE, comentários sobre os metadados 7
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011
Subclasses. Porém, do mesmo modo e pelos mesmos cioeconômicas do estoque de trabalhadores ocu-
motivos que a CBO, atualmente o IBGE, nas pesquisas pados ao final do ano-base (a declaração é feita no
demográficas, segue aplicando uma CNAE-Domiciliar4. começo do outro ano-base); ao passo que a CAGED
A estrutura adaptada para as pesquisas domiciliares é uma base de fluxo que capta informações sobre o
mantém os níveis de seção e divisão (inclusive os códi- movimento de contratações, demissões e transfe-
gos) da CNAE 2.0, exceto pela agregação das divisões 51 rência de trabalhadores dentro de um determinado
e 52. No nível seguinte, a CNAE-Domiciliar reagrupa os mês (declaração até o sétimo dia subsequente ao
Grupos onde o detalhamento da atividade mostrou-se mês de referência);
impróprio para aplicação nas pesquisas domiciliares5. iii) A RAIS é um cadastro cujas informações sobre o
corpo de funcionários são prestadas pelas empre-
Desta forma, pode-se perceber que as fontes de dados sas formalizadas (ou seja, empresas que têm CNPJ),
estatísticos do MTE e do IBGE não utilizam as mesmas incluindo os funcionários públicos estatutários, os
formas de coleta das informações, não cobrem o mes- contratados de modo avulso por sindicatos, os traba-
mo tipo de população, podem coletar o mesmo tipo de lhadores temporários e os trabalhadores autônomos
dados de maneira distinta e apresentam ligeiras nuan- naquela condição. Já a CAGED é um cadastro que
ces na CBO e na CNEA. incorpora apenas informações das empresas que
apresentaram movimentação de empregados (contra-
Evidentemente, não seria apropriado se questionar qual tação, demissão, transferências). Portanto, por defini-
seria a melhor fonte para os estudos sobre o perfil e ção, isso exclui as empresas individuais, e as que não
dinâmica do mercado de trabalho. Na verdade esta res- são regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho
posta depende do tipo de pergunta, ou pesquisa, que se (CLT), tal como é o caso do funcionário público esta-
esteja realizando e seus objetivos e hipóteses. Dito em tutário. Neste caso, vale salientar que a CAGED não
outras palavras, no estudo das características do mer- exclui todos os funcionários do Estado, pelo contrário,
cado de trabalho brasileiro, ambas as fontes, do MTE e captando os que são contratados através de CTPS;
do IBGE, devem ser entendidas como complementares. iv) A RAIS deve ser declarada por todas as empresas,
que são obrigadas a informar ao MTE os dados de
4.b. Diferenças e complementariedades entre a seus empregados, além dos movimentos tidos de
RAIS e a CAGED6 contratação, demissão e transferência. Já a CAGED
somente deve ser declarada por empresas com mo-
Apesar da RAIS e a CAGED não serem os únicos regis- vimentação de trabalhadores, sendo dispensadas de
tros abrigados nas bases do MTE, certamente são as declaração às que não contrataram, demitiram ou
mais utilizadas pelos pesquisadores do meio acadêmico. transferiram trabalhadores dentro do mês-base.
As quatro principais diferenças entre uma base e ou- Por outro lado, apesar destas diferenças, ambas as
tra são: fontes possuem aspectos complementares. Primei-
ramente, tanto a RAIS como a CAGED são cadastros
i) A periodicidade de uma e outra base é diferente. administrativos que contêm informações sobre os em-
A RAIS coleta informações anuais, ao passo que a pregados contratados formalmente por empresas que
CAGED abriga informações mensais. Com isso, a possuam CNPJ.
RAIS é mais apropriada para análises sobre a es-
trutura ocupacional, ao passo que, a CAGED é mais Do mesmo modo, complementa ambas as fontes o fato
aplicável em estudos sobre a conjuntura do merca- de uma base ser de estoque e, a outra, ser de fluxo.
do de trabalho; Por exemplo, se ao se desejar analisar o total de traba-
ii) A RAIS é uma base que coleta informações so- lhadores celetistas ocupados no setor formal em um
4. A este respeito ver http://subcomissaocnae.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2; Também vale salientar que a CNAE 2.0 é deriva-
da da versão 4 da International Standard Industrial Classification of All Economic Activities – ISIC 4 (Clasificación Internacional Uniforme de todas las Actividades
Económicas – CIIU 4). O gestor da ISIC/CIIU é a Divisão de Estatísticas das Nações Unidas. Para saber mais desta discussão ver
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/prodlist_industria/2010/prodlist2010.pdf
5. Este último parágrafo foi reproduzido literalmente de
http://www.ibge.gov.br/concla/cnaedom/cnaedom.php?sl=1
6. A fonte desta seção é: http://www.mte.gov.br/pdet/o_pdet/reg_admin/comparativo.asp
8. TEMPO EM CURSO 4. A variável cor ou raça nas estatísticas do MTE, comentários sobre os metadados 8
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011
dado período de tempo, deve-se computar o total de • 2. Branca – para a pessoa que se enquadrar como
trabalhadores com CTPS no ano-base (RAIS) e somar (ou branca;
subtrair) pelo saldo de contratados ao longo de um de- • 4. Preta – para a pessoa que se enquadrar como
terminado período de tempo até o mês-base do estudo preta;
(CAGED). Assim, por exemplo, nos estudos sobre a taxa • 6. Amarela – para a pessoa que se enquadrar
de rotatividade no emprego (percentual de trabalhado- como de raça amarela (de origem japonesa, chine-
res substituídos no conjunto das empresas a cada perío- sa, coreana, etc.);
do de tempo; considerando o número total de emprega- • 8. Parda – para a pessoa que se enquadrar como
dos), é necessária a combinação de ambas as fontes. parda ou se declarar como mulata, cabocla, cafuza,
mameluca ou mestiça de preto com pessoa de ou-
Nos estudos sobre mercado de trabalho através do uso tra cor ou raça.
das estatísticas do MTE é preciso ainda mencionar ainda • 9. Não informado.
a RAISMIGRA. Esta fonte tem por base a própria RAIS,
porém permitindo o acompanhamento da trajetória Comparando esta metodologia de obtenção da vari-
ocupacional do trabalhador ao longo do tempo. Deste ável Raça/Cor, por parte do MTE, com a do IBGE; de
modo, a RAISMIGRA é uma das poucas fontes de dados primeiro pode-se perceber uma nuance na forma pela
existentes atualmente em todo o país que permite es- qual a variável é coletada. Isso porque quando este
tudos de perfis socioeconômicos mediante os estudos último órgão realiza suas pesquisas a pergunta é sobre
longitudinais. Ou seja, através de seu uso pode-se saber a “Cor ou raça” do entrevistado.
a movimentação do empregado ao longo do tempo em
termos geográficos, ocupacionais, educacionais, inser- As opções de resposta sobre a cor ou raça presente
ção e reinserção no mercado de trabalho formal, etc. nos formulários de resposta do MTE acompanham fun-
damentalmente as categorias utilizadas historicamente
4.c. A variável cor ou raça nas estatísticas do MTE7 pelo IBGE, porém, contendo duas diferenças.
No ano de 1999, o MTE incorporou às suas estatísticas A primeira dissemelhança diz respeito à ordem pela
a variável étnico-racial. Segundo este órgão de gover- qual as variáveis aparecem em um e em outro sistema
no, por conta de problema referente à qualidade das de coleta de informações. Assim, no caso do IBGE, a
informações, somente na segunda metade da década ordem das categorias de respostas sobre a cor ou raça
passada estes dados passaram a ser disponibilizados é: branca, preta, amarela, parda e indígena. Por outro
ao público: a RAIS, ano base 2006; e, a CAGED, 2007. lado, aparentemente, o MTE não aplicou uma lógica
Contudo, para que os usuários passam acessá-la é bem definida na disposição das distintas categorias
necessário o envio de pedido especial para aquele classificatórias, tendo em vista que sequer foi por or-
Ministério (cget.sppe@mte.gov.br), o qual libera o dado dem alfabética.
mediante habilitação especial8.
A segunda diferença da forma de classificação da va-
Segundo o Manual de Declaração da RAIS (opcit), os riável Raça/Cor, do MTE, em relação ao “Cor ou raça”,
empregadores encontram as seguintes variáveis para do IBGE, disse respeito a aparição, no primeiro caso,
declarar a Raça/Cor de seus empregados (clicando no de uma opção de resposta “Não informado”. Ainda
ícone correspondente da página eletrônica da declara- que no caso do IBGE exista a opção do entrevistado
ção e selecionando o código compatível com a cor ou não declarar esta variável ao entrevistador, o fato é
raça do trabalhador). que tal opção não aparece expressamente como uma
alternativa de resposta. Como será possível observar
• 1. Indígena – para a pessoa que se enquadrar ainda nesta e nas duas próximas edições do “Tem-
como indígena ou índia; po em Curso”, a aparição daquela alternativa pode
7. http://www.mte.gov.br/pdet/ajuda/notas_comunic/nt07508.asp
8. Vale salientar que o procedimento de disseminação das estatísticas do MTE que veio sendo adotado até o final de 2011, foi alterado a partir de novembro deste
mesmo ano. Assim, até aquele momento aquele Ministério enviava aos cadastrados, pelo correio, o CD correspondente às CAGEDs e à RAIS. Na nova dinâmica,
os cadastrados ingressarão diretamente no portal do MTE para acessar as informações. Do mesmo modo, o software X-OLAP que era utilizado pelos usuários
para acesso aos dados será alterado por outro, ainda em fase de definição. A vantagem do novo sistema é que, a partir de 2012, o acesso às informações estatís-
ticas do MTE se dará também a partir do formato dos microdados. A este respeito ver o Comunicado MTE 189/2011 (08/11/2011).
9. TEMPO EM CURSO 4. A variável cor ou raça nas estatísticas do MTE, comentários sobre os metadados 9
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011 5. Comentários finais
acabar tendo algum efeito para a perda de registros Enfim, em nome da boa qualidade das informações e a
acerca desta variável, que costumeiramente vem coerência interna entre os diferentes bancos de dados,
se fazendo presente com alguma razoável presença não haveria porque supor como capricho a busca da
em termos absolutos e relativos. Ou seja, a expressa uniformização da forma pela qual a variável “Cor ou
aparição do campo “Não informado”, hipoteticamente raça” é indagada ao agente que irá informar aos ór-
poderia estar contribuindo para a redução da quali- gãos públicos a informação, bem como as correspon-
dade das estatísticas no que tange a esta informação dentes categorias de respostas.
sobre a Raça/Cor dos empregados.
5. Comentários finais
Ainda a respeito das diferenças existentes entre a me-
todologia de coleta da informação da variável étnico- Ao longo do presente número do “Tempo em Curso”
racial nas estatísticas do MTE e do IBGE, deve-se res- foi possível analisar as diferenças e complementarieda-
saltar a origem da informação9. des das estatísticas sobre o mercado de trabalho pro-
venientes do MTE e do IBGE. A este respeito, parece
Assim, quando o IBGE realiza seus levantamentos ter ficado evidente que ambas as fontes de dados ge-
demográficos, existe a instrução de que a variável cor ram informações diferentes, porém, complementares,
ou raça seja declarada pelos próprios entrevistados, e igualmente úteis para o entendimento da dinâmica
dentro do critério da autoclassificação. Naturalmente, do mercado de trabalho do país.
quando um estudioso do tema lida com este tipo de
dado, já se sabe que este critério é obedecido par- Por outro lado, no estudo da variável cor ou raça, o
cialmente, posto tanto pela comum existência nos levantamento ora feito revelou que existem outras dife-
domicílios de pessoas sem capacidade para respon- renças entre ambas as fontes, algumas sutis (forma de
der ao quesito (crianças e pré-adolescentes, pessoas apresentação do campo da variável ao entrevistado,
sem pleno gozo das faculdades mentais), como pela ordem das respostas), e outras, nem tanto, aqui ex-
ausência de todos os residentes no lar no momento pressamente apontando-se as diferenças que ocorrem
da entrevista. nos sistemas de respostas fundamentados na auto e
na hetero-classificação étnico-racial e a presença de
Não obstante, no caso do MTE, a fonte da informação uma opção de resposta no questionário da RAIS / CA-
vem a ser o próprio dono do empreendimento ou algum GED classificada de “Não informado”, evidenciando, ser
preposto, geralmente, ou o contador da empresa, ou o esta uma alternativa para o preenchimento da variável
pessoal vinculado ao departamento de Recursos Huma- por parte dos responsáveis por fazê-lo.
nos. Logo, neste caso, o sistema de coleta da informa-
ção é fundamentado no sistema hetero-classificatório. Na combinação das duas questões acima, pode-se de-
preender alguns desafios para o estudo das desigual-
Apesar destas diferenças parecerem sutis, não deixa dades de cor ou raça a partir das estatísticas do MTE e
de expressar uma lacuna em termos da forma pelas que serão, justamente, alvo das duas próximas edições
quais diferentes instituições do mesmo Estado, o bra- do “Tempo em Curso”.
sileiro, lidam com a categoria étnico-racial no país.
Assim, se de um lado, a introdução desta variável nas Primeiramente, dados os diferentes sistemas de clas-
diversas fontes de dados demográficos representa um sificação étnico-racial adotados em uma e outra fonte,
avanço em termos da tratativa do Estado brasileiro sempre um grande desafio produzir análises compa-
perante o tema das desigualdades étnico-raciais, por rativas entre as bases do MTE e do IBGE. Decerto, tal
outro lado, parece que este esforço ainda padece de comparação deverá ser feita com prudência, sabendo
melhor articulação, inclusive em termos de uma meto- do tanto que as correspondentes formas de captação
dologia comum para a obtenção desta sorte de infor- desta categoria precisarão ser aprimoradas no sentido
mação produzidas nos diferentes órgãos de governo10. de uma maior harmonização.
9. A respeito desta questão ver OSÓRIO, Rafael (2003) - O sistema classificatório de “cor ou raça” do IBGE. Brasília: IPEA (texto para discussão nº 996), 53 p.
10. Para um aprofundamento desta discussão ver PAIXÃO, Marcelo & ROSSETTO, Irene (2011) - Levantamento das fontes de dados estatísticos sobre a variável
cor ou raça no Brasil contemporâneo: terminologias classificatórias, qualidade das bases de dados e implicações para as políticas públicas. Anais do 35º Encontro
Anual da ANPOCS. 37 p.
10. TEMPO EM CURSO 4. Violência contra a mulher no Brasil, uma análise a partir do Sistema de Informação de 10
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011 Agravos de Notificação (SINAN, Ministério da Saúde)
Mais além, contudo, colocada a dinâmica de inserção final da década de 1990, quando decidiu introduzir esta
no mercado de trabalho dos distintos grupos de cor ou questão nos cadastros da RAIS / CAGED, potencializan-
raça presentes no Brasil, fica igualmente sugerido que do plenamente a decisão então tomada.
as estatísticas do MTE podem ter especial dificuldade
para captação dos indicadores dos pretos & pardos e in- De qualquer maneira, já se conhecendo os desafios a
dígenas. Tal hipótese, por um lado, se fundamenta numa serem enfrentados, as próximas edições do “Tempo
constatação, já costumeiramente debatida no “Tempo em Curso”, paulatinamente, passarão a incorporar em
em Curso”, da maior dificuldade de acesso ao mercado suas páginas as estatísticas provenientes do MTE. A
de trabalho formal por parte dos contingentes historica- este respeito, o estímulo neste sentido é dado pelo
mente discriminados. Portanto, é de esperar que as ba- próprio órgão, que em sua página da Internet, abordan-
ses do MTE tenham um perfil relativamente mais branco do o problema da qualidade das informações contendo
e amarelo do que as bases provenientes do IBGE. a variável Raça/Cor na RAIS e na CAGED apontou:
Contudo, para além deste fator, de natureza estrutural, “Considerando o caráter subjetivo desta variável, o
posto o sistema hetero-classificatório sobre a Raça/ MTE pretende com a liberação atingir uma maior con-
Cor das estatísticas do MTE, existe também um proble- sistência da mesma, a partir da utilização e retorno
ma de natureza sócio-cultural e político que certamen- através de crítica por parte dos usuários, e, por con-
te se acresce às dificuldades de uma plena captação seguinte, uma melhoria na declaração por parte dos
das informações estatísticas de pretos & pardos e indí- estabelecimentos. Ressalta-se, no entanto, que a variá-
genas naquelas bases. vel raça/cor deve ser utilizada com certa cautela, pois,
além de ser relativamente nova e existir omissões,
A questão se origina do padrão brasileiro de relações verifica-se inconsistência de algumas declarações, o
raciais e suas regras de etiqueta, que tolhe uma ex- que, contudo, não inviabiliza em termos gerais sua
pressa identificação, por parte de uma determinada utilização” (In http://www.mte.gov.br/pdet/ajuda/no-
pessoa, dos demais indivíduos de tez escura dentro tas_comunic/nt07508.asp).
das categorias utilizadas pelos sistemas estatísticos
oficiais; especialmente, os pretos, os pardos e os indí- Assim, sem a perda da criticidade em relação àquelas
genas. Portanto, hipoteticamente, o maior problema fontes, há uma sinalização dada pelo próprio MTE de
do padrão hetero-classificatório, tal como adotado que o indicador da Raça/Cor dos empregados, prove-
pela RAIS / CAGED, é que aparentemente este é mais niente de seus cadastros, é minimamente viável para
sujeito às influências dos padrões de relacionamentos uso em pesquisas científicas. Indo mais além, aquele
étnico-raciais ainda hegemônicos no país. órgão de Governo recomenda que sejam feitos ime-
diatos estudos sobre as assimetrias de cor ou raça no
Caso a hipótese acima seja verdadeira, as bases de mercado de trabalho brasileiro tendo por parâmetro
dados do MTE estariam especialmente sujeitas ao viés justamente a RAIS e a CAGED. Ou seja, somente me-
decorrente de seu branqueamento. Ou seja, aquela diante o seu efetivo uso, seja por parte dos formula-
forma hetero-classificatória de obtenção da variável dores de políticas públicas, seja por parte dos pes-
Raça/Cor pode estar tendo implicações negativas em quisadores do meio acadêmico,que estas estatísticas
termos da perda da qualidade da informação. poderão ser aprimoradas no futuro.
Decerto, seria primordial que ocorresse uma expressa Portanto, no que tange ao estudo das desigualdades
campanha de conscientização aos que preenchem o de Raça/Cor no mercado de trabalho brasileiro através
questionário da RAIS / CAGED, acerca da importância das estatísticas do MTE, reconhecer-se-á os limites
e necessidade de coleta da informação da Raça/Cor daquelas fontes, que deverão ser utilizadas com pru-
dos empregados das empresas. Naturalmente, esta dência. Mas, considerando que as mesmas já possuem
campanha deveria ser liderada pelo Governo, espe- uma qualidade mínima em termos da sua consistência-
cialmente o MTE, mas, esta também poderia contar estatística e posta a necessidade de seu permanente
com o engajamento dos órgãos de representação de aperfeiçoamento, a RAIS e a CAGED, daqui pra frente,
empregadores e empregados. Com isso, o poder pú- passarão a fazer parte do acervo de estudos e pesqui-
blico estaria sendo coerente com a decisão tomada no sas do LAESER.
11. TEMPO EM CURSO 11
Ano III; Vol. 3; nº 12, Dezembro, 2011
Tempo em Curso
Elaboração escrita Equipe LAESER / IE / UFRJ
Profº Marcelo Paixão, Irene Rossetto, Elisa Monçores
Coordenação Geral
Pesquisadora Assistente Profº Marcelo Paixão
Irene Rossetto Giaccherino
Pesquisadores Assistentes
Bolsista de Graduação Prof° Cleber Lázaro Julião Costa
Elisa Monçores Irene Rossetto Giaccherino
Guilherme Câmara ProfºJosé Jairo Vieira
Sandra Regina Ribeiro
Revisão de texto e copy-desk
Alana Barroco Vellasco Austin Colaboradores
Azoilda Loretto
Editoração
Maraca Design Bolsistas de Graduação
Danielle Oliveira (PIBIC – CNPq)
Apoio Elaine Carvalho (Fundação Ford)
Fundação Ford Elisa Monçores (Fundação Ford)
Guilherme Câmara (PIBIC – CNPq)