Apresentação feita ao Grupo de Planejamento sobre as raízes da sociabilidade no Brasil, ou porque este povo possui uma grande facilidade para se relacionar.
Este artigo pretende refletir sobre as construções sociais da infância e da juventude enquanto categorias históricas, sociais e culturais. Dessa forma, essas fases da vida não podem ser pensadas como universais, à medida que se apresentam, ao mesmo tempo, como plurais e diversas. A partir da inserção das autoras em pesquisas nominadamente com crianças e jovens, tem sido possível observar o quanto a realidade social define formas de ser e estar no mundo para esses sujeitos. Da mesma forma, a sociedade e suas instituições hegemônicas, na tentativa de legitimar as diferenças entre crianças e jovens de culturas diversas, realidades socais distintas, condições socioeconômicas mais ou menos (des) favoráveis, entre outros aspectos, têm evidenciado diferenças, não no sentido da produção de singularidades e de cuidado efetivo, mas (de) marcando lugares sociais, entre os “de dentro” e os “de fora”.
Este artigo pretende refletir sobre as construções sociais da infância e da juventude enquanto categorias históricas, sociais e culturais. Dessa forma, essas fases da vida não podem ser pensadas como universais, à medida que se apresentam, ao mesmo tempo, como plurais e diversas. A partir da inserção das autoras em pesquisas nominadamente com crianças e jovens, tem sido possível observar o quanto a realidade social define formas de ser e estar no mundo para esses sujeitos. Da mesma forma, a sociedade e suas instituições hegemônicas, na tentativa de legitimar as diferenças entre crianças e jovens de culturas diversas, realidades socais distintas, condições socioeconômicas mais ou menos (des) favoráveis, entre outros aspectos, têm evidenciado diferenças, não no sentido da produção de singularidades e de cuidado efetivo, mas (de) marcando lugares sociais, entre os “de dentro” e os “de fora”.
Matéria extraída da apostila Séculos indígenas do Brasil. disponível na Web. texto O Brasil contemporâneo e a diversidade das sociedades indígenas de
André R. F. Ramos
A pluralidade cultural quer dizer a afirmação da diversidade. Ela traz a consciência da realidade que vivemos e oferece elementos para compreensão de que respeitar e valorizar as diferenças étnicas e culturais não significa aderir valores do outro, e sim respeitá-lo. A singularidade entre culturas é fruto do processo de cada grupo social. Desigualdade social e discriminação são fatores que contribuem para a exclusão social.
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHAProf. Noe Assunção
Atividade elaborada para o 1º ano do ensino médio, do módulo Sociologia, abarcando o conceito de cultura e suas dimensões como: etnocentrismo, diversidade cultura, cultura material, cultura imaterial, cultura erudita e popular, entre outros.
Aplicada no Colégio Estadual Roselândia - Barra Mansa - RJ.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
2. Metodologia da Pesquisa
Para
o
presente
estudo
foram
u/lizados
dados
encontrados
na
Internet,
de
Ins/tutos
idôneos
na
área
de
pesquisa,
bem
como
papers,
ar/gos
e
trechos
de
livros
de
autores
renomados
das
áreas
de
Sociologia,
Comunicação
e
História,
além
de
entrevistas
realizadas
por
conhecidos
veículos
de
comunicação
do
país.
3. Presença do Brasileiro na Internet
O
Brasil
é
o
país
mais
presente
em
redes
sociais.
De
acordo
com
a
Nielsen,
que
realizou
estudo
durante
o
mês
de
abril,
86%
dos
internautas
brasileiros
estão
presentes
em
sites
do
segmento.
No
total,
mais
de
cinco
horas
foram
gastas
com
sites
como
Orkut,
YouTube
e
TwiNer
no
mês,
somente
no
Brasil.
Fonte:
ADNews
16/06/2010
5. Historicamente
e
sociologicamente
existem
3
possíveis
explicações
para
a
alta
sociabilidade
do
brasileiro:
1 Festas
3 Informalidade e Oralidade
2 Personalismo
7. O estudo das Festas no Brasil
As
FESTAS
consitutem
um
tema
privilegiado
pelos
estudiosos
brasileiros
no
âmbito
da
sociabilização.
Mas
são
poucos
os
textos
que
buscam
uma
apreensão
ideológica
do
tema.
As
festas,
no
período
colonial,
serviam
como
elemento
de
compressão
de
tensões
sociais.
Eram
patrocinadas
pelo
Estado
e
a
Igreja.
Por
muitos
anos,
a
insa/sfação
da
população
que
habitava
a
colônia
foi
abafada
por
inicia/vas
que
visavam
distrair
a
grande
massa.
Romarias,
saraus,
entrudos
(carnavais)
e
até
enterros
públicos
eram
mo/vos
para
celebrar.
Congado
em
São
João
Del
Rei.
8. Adaptação das Festas
Através
da
incorporação
de
negros,
mulatos
e
índios,
tais
eventos
tenderam
a
adquirir
uma
cor
local.*
*Termo
extraído
do
texto
de
Caio
Boschi
Espaços
de
sociabilidade
na
América
Portuguesa
e
historiografia
brasileira
contemporânea.
Acréscimos
culturais:
celebrações
como
a
Lavagem
do
Bonfim
e
os
Congados
estão
repletas
de
sincre/smo
religioso
e
mistura
de
culturas
forçada
pelo
contexto
histórico-‐
geográfico.
A
lavagem
das
escadarias
da
Igreja
do
Senhor
do
Bonfim
em
Salvador
é
feita
por
baianas
adeptas
do
Candomblé,
que
associam
Oxalá
ao
Senhor
do
Bonfim.
9. Festas e resistência cultural
Segundo
Silvia
H.
Lara,
em
Campos
da
violência:
escravos
e
senhores
na
capitania
do
Rio
de
Janeiro,
estas
manifestações
populares
representavam
também
uma
forma
de
resistência
cultural,
que
acabava
por
preservar
a
iden/dade
cultural
daquele
grupo.
Acomodação
e
Neogciação
vistas
como
estratégias
de
resistência
na
preservação
de
sua
iden/dade.
10. Portanto…
O
brasileiro
possui
uma
tradição
histórica
de
promover
festas
e
integração.
As
festas
podem
aqui
ser
entendidas
como
fator
de
preservação
da
idenNdade
dos
mais
desfavorecidos.
A
submissão
do
índio
e
do
negro
ao
europeu
gerou
um
sincreNsmo
cultural
e
religioso,
o
qual
favoreceu
a
preservação
das
idenNdades
originais
ou
pelo
menos
parte
delas.
11. Aplicando às Redes Sociais
A
iden/dade
con/nua
a
ser
construída
em
espaços
públicos,
mas
agora
digitais,
e
o
testemunho/interação
com
o
“outro”
mantém-‐se
essencial.
As
festas
ainda
são
locais
de
integração
e
interação,
mas
a
rede
possibilitou
extender
as
relações
para
os
momentos
que
precedem
(Data,
local
e
hora
da
festa
podem
ser
discu/dos
com
todos
os
convidados,
independente
do
número)
e
sucedem
o
evento
(registros
da
festa:
comentários
verbais
e
fotos).
13. O Sistema de Dádivas
Marcel
Mauss
aprofunda
a
idéia
de
Durkheim
acerca
da
existência
de
uma
obrigação
social
coleFva
que
se
impõe
sobre
as
diferenças
individuais,
para
assegurar
a
reprodução
social,
mas
supera
o
«
pai
fundador
»
ao
reconhecer
que
tais
diferenças
individuais
contêm
em
si
o
germe
da
totalidade
e,
por
isso,
essas
partes
(os
indivíduos
ou
grupos
de
indivíduos)
contêm,
igualmente,
as
sementes
da
autonomia
e
da
liberdade.
Trecho
extraído
da
pág.
6
do
texto
de
Leonardo
MoNa:
Dádiva
e
Sociabilidade
no
Brasil,
publicado
na
Revista
ANTHROPOLÓGICAS,
ano
6,
volume
13.
“
15. O Sistema de Dádivas
A
dádiva
é
comum
em
países
de
3°
Mundo,
em
que
sendo
o
Estado
ineficiente
e
a
racionalidade
econômica
caó/ca,
os
grupos
tendem
a
organizar-‐se
de
forma
a
suprir
suas
necessidades
básicas
usando
sistemas
de
reciprocidade,
como
os
mu/rões.
Mu/rão
de
voluntários
do
Projeto
um
Teto
para
o
Meu
País
contrói
casas
em
periferia
no
Brasil.
16. O Sistema de Dádivas no Brasil
No
país,
o
estudo
foi
incialmente
associado
ao
clientelismo
políNco.
Noção
de
permanente
endividamento
do
doador
face
ao
donatário.
O
mais
importante
é
não
ferir
o
código
moral
vigente:
a
lealdade
do
eleitor
e
o
bem
material
visto
sob
o
prisma
emocional.
17. Uma troca…
Amizade,
carinho
e
reconhecimento
Favores
pessoais,
profissionais
e
polí/cos
Lealdade
do
eleitor
Doação
Material
Visão
do
donatário
Visão
do
doador
ANtude
do
donatário
ANtude
do
doador
18. O Sistema de Dádivas no Brasil
Muito
u/lizado
no
Coronelismo
Nordes/no,
em
que
havia
frequentemente
uma
relação
de
“apadrinhamento.”
Segundo
Sérgio
Buarque
de
Holanda,
a
sociedade
brasileira
tende
ao
personalismo,
o
uso
de
contatos
pessoais
para
assuntos
profissionais
e
vice-‐versa.
Tal
caracterís/ca
teria
sido
uma
herança
lusitana.
19. Geração do Dito Popular
Vale
mais
um
amigo
na
praça
do
que
dinheiro
no
bolso.
Trecho
extraído
da
pág.
8
o
texto
de
Leonardo
MoNa
Dádiva
e
Sociabilidade
no
Brasil,
publicado
na
Revista
ANTHROPOLÓGICAS,
ano
6,
volume
13.
“
”
20. O Jeitinho Brasileiro
O
jeiFnho
brasileiro
surge
como
vetor
através
do
qual
a
sociedade
brasileira
estabelece
uma
igualdade
e
uma
jusFça
social
que
se
consubstanciam,
não
através
de
um
acesso
justo
de
todos
aos
bens
materiais
e
nem
mesmo
pelo
tratamento
igualitário
dispensado
a
todos
por
parte
das
diferentes
insFtuições
sociais
e
do
Estado
brasileiro.
Ele
se
expressa
através
de
uma
hierarquia
de
necessidades
que
desconhece
desigualdades
sociais
e
igualdades
legais
e
se
volta,
exclusivamente,
para
as
desigualdades
situacionais
num
claro
indício
de
que
o
indivíduo,
tomado
como
referência,
não
é
o
cidadão
brasileiro
definido
pelo
nosso
sistema
legal,
mas
o
cidadão
brasileiro
definido
por
um
sistema
moral,
e
parte
de
uma
totalidade
mais
ampla
que
a
sociedade:
a
humanidade.
Trecho
extraído
de
Barbosa
1992:134
apud
MoNa
2002:115
“
21. O Jeitinho Brasileiro
Foi
a
deixa
para
a
criação
de
expressões
autoritárias
do
/po:
“Você
sabe
com
quem
está
falando?”
Intenção
de
subs/tuir
o
indivíuo
por
pessoa,
deixando
de
lado
as
formalidades
em
favor
da
construção
de
um
laço
social
direto.
Segundo
Barbosa
(1992),
o
jeito
é
diferente
do
favor,
uma
vez
que,
enquanto
se
pode
dar
um
“jei/nho”
com
qualquer
pessoa,
ao
se
pedir
um
favor
deve-‐se
saber
com
quem
se
está
tratando.
Conhecido
como
o
modo
que
os
brasileiros
têm
de
driblar
trâmites
burocráNcos.
22. O Jeitinho na visão do estrangeiro
Exagero
na
in/midade,
burocracia,
falta
de
planejamento
e
impontualidade.
Mas
também
um
ambiente
de
trabalho
mais
informal
e
descontraído:
maior
facilidade
na
convivência.
Um
bom
trabalho
em
equipe,
melhor
do
que
em
outras
nações.
Os
brasileiros
possuem
jogo
de
cintura
para
enfrentar
problemas
que
aparecem
sem
aviso
prévio.
Desde
a
invenção
de
Zé
Carioca
pelos
Estúdios
Disney,
o
JeiNnho
Brasileiro
tornou-‐se
estereóNpo
de
todo
brasileiro:
malandro
e
mau
trabalhador.
Mas
quem
vem
para
o
país
a
trabalho
passa
a
ter
uma
outra
visão.
O
JeiNnho
provocaria:
23. O Jeitinho na visão do estrangeiro
Excesso
de
improviso
pode
deixar
a
impressão
de
desleixo.
Mistura
de
assuntos
públicos
e
par/culares,
sendo
estes
muito
u/lizados
como
gancho
no
início
de
negociações.
Es/lo
mais
personalizado
de
liderar
muitas
vezes
faz
com
que
a
hierarquia
seja
temida.
Embalagem
de
batata
frita
usada
como
subs/tuta
de
cano
em
sistema
automo/vo.
24. Portanto…
O
Sistema
de
Dádivas
ou
Jei;nho
Brasileiro
possui
uma
origem
histórica,
que
remonta
o
desenvolvimento
da
nossa
sociedade
e
a
forma
hierárquica
de
organização
polí/ca
e
social.
O
Jei;nho
Brasileiro
pode
ser
traduzido
como
uma
maior
informalidade
e
personalismo,
mesmo
em
ambiente
de
trabalho,
principalmente
se
feita
uma
comparação
com
outros
países.
25. Aplicando às Redes Sociais
Aumento
no
uso
das
Redes
Sociais
para
manter
contatos
de
trabalho,
sendo
o
LinkedIn
um
exemplo
autên/co,
por
se
declarar
Rede
de
Contatos
Profissionais.
Contribui
para
enfa/zar
o
personalismo
no
ambiente
de
trabalho.
Em
sites
como
o
Orkut,
comunidades
de
“categoria”,
como
dos
“Publicitários”,
“Médicos”
e
“Advogados”
também
formam
grupos
que
discutem
o
mercado
de
trabalho
e
até
oportunidades
efe/vas
de
emprego.
No
TwiNer
encontra-‐se
em
ascensão
perfis
que
divulgam
vagas
de
estágio
e
trabalho.
Como
exemplo,
tem-‐se
o
@trampos,
com
mais
de
28.000
seguidores.
28. Informalidade e Oralidade
A
própria
cons/tuição
histórica
do
país
mostra
um
desenvolvimento
de
improviso,
centrado
sempre
nos
produtos
de
exportação,
esquecendo-‐se
a
metrópole
colonizadora
de
construir
uma
estrutura
decente
ao
bom
funcionamento
do
país.
O
Brasil
era
apenas
uma
grande
mina
de
extração
de
riquezas.
Com
sua
grande
extensão,
as
leis
nem
sempre
se
faziam
cumprir
e
a
linguagem
informal
era
apenas
reflexo
da
desordem
e
do
personalismo
reinantes.
E
se
a
colônia
era
vista
exclusivamente
como
fonte
de
riquezas,
os
portugueses
pouco
interesse
/nham
em
ensinar
a
gente
daqui
a
escrever.
Na
verdade,
/nham
interesse
no
analfabeNsmo
como
forma
de
controle
social,
da
mesma
forma
como
u/lizavam
as
fes/vidades.
29. Uma cultura oral
De
Portugal,
foram
trazidos
apenas
religiosos
e
parte
da
elite
como
representates
dos
letrados.
Assim,
apenas
documentos
religiosos
e
de
Estado
eram
escritos.
O
Catolicismo
imposto
aos
na/vos
lhes
era
repassado
através
da
própria
cultura
oral.
Alguns
jesuítas
aprendiam
canções
em
tupi
e
subs/tuíam
as
letras
por
ensinamentos
cristãos
no
próprio
tupi,
a
fim
de
gerar
conversões
mais
eficientes.
Fonte:
Jancsó,
István
eKanton,
Iris,
Cultura
e
Sociabilidade
na
América
Portuguesa
Ao
povoar
o
Brasil,
os
portugueses
tomaram
uma
série
de
medidas
que
reforçaram
a
oralidade
do
país.
30. Uma cultura oral
Apesar
da
diminuição
do
analfabe/smo,
é
grande
o
número
de
pessoas
que
não
compreendem
integralmente
aquilo
que
lêem.
Segundo
pesquisa
do
IBOPE,
o
analfabe/smo
funcional
a/ngia
64%
da
população,
em
2005.
Fonte:
Censo
de
2000
-‐
IBGE
Diminuição
do
Analfabe/smo
de
56%
para
13%
em
60
anos.
31. Uma cultura oral
Sociedades
baseadas
na
cultura
escrita
tendem
a
conseguir
informações
sem
a
necessidade
de
conversar/interagir
com
o
outro.
A
absorção
de
cultura
è
independente
dos
relacionamentos.
Contudo,
no
Brasil
há
um
costume
de
as
pessoas
pedirem
informações.
Até
mesmo
no
caso
de
se
precisar
ler
um
manual,
boa
parte
dos
indivíduos
tenderá
a
pedir
ajuda
a
alguém.
32. Para
Maffesoli
(2004),
a
comunicação
é
o
que
liga
um
indivíduo
ao
outro,
é
o
cimento
social
e
a
cola
do
mundo
pós-‐moderno.
E
quanto
maior
é
a
troca
entre
indivíduos,
mais
se
intensifica
a
relação.
A
cultura
oral
no
Brasil
reforça
tais
pontos
e
traz
à
luz
uma
forte
caracterísNca
do
brasileiro:
a
sociabilidade.
33. Traços da Informalidade linguística
Como
já
citado,
o
informalismo
linguís/co
reforça
o
personalismo
nas
relações
que
seriam
supostamente
formais.
A
diminuição
do
Analfabe/smo
no
Brasil
se
deu
de
fato
apenas
no
século
XX,
com
o
país
passando
por
uma
forte
industrialização.
Foi
o
tempo
da
modernização,
com
intensificação
das
migrações
campo-‐cidade
e
a
eleição
de
um
governo
democrá/co
populista,
mais
assistencialista.
Até
então,
o
oral
era
esmagadoramente
a
linguagem
predominante.
34. Traços da Informalidade linguística
A
oralidade
reforçou
o
uso
das
formas
coloquiais,
com
criação
de
expressões
e
ditos
populares.
O
uso
frequente
de
alguns
termos
no
coloquial
também
provocou
mudanças
na
gramá/ca,
que
passou
a
absorver
algumas
formas
de
uso
corrente.
35. Portanto…
O
desenvolvimento
tardio
do
Brasil
como
país
e
a
tendência
ao
personalismo
fizeram
da
linguagem
oral
e
da
informalidade
as
formas
predominantes
de
comunicação,
até
mesmo
na
obtenção
de
cultura
e
informação.
Mesmo
com
a
diminuição
das
taxas
de
analfabeNsmo,
muitos
brasileiros
ainda
não
conseguem
compreender
o
sen/do
real
dos
textos,
mostrando
que
no
país
ainda
predomina
a
cultura
oral.
A
comunicação
é
o
cimento
social
que
une
o
brasileiro
e
o
torna
um
povo
altamente
sociável.
36. Aplicando às Redes Sociais
Há
uma
frequente
reprodução
da
fala
oral
no
meio
digital,
com
estruturas
que
fogem
à
gramá/ca,
como
abreviações
inexistentes,
vírgulas
fora
de
lugar
e
períodos
escritos
pela
metade.
Uso
das
redes
sociais
como
forma
de
manter
contatos
e
cul/var
relacionamentos,
que
antes
demandavam
presença
para
con/nuar.
Troca
de
mensagens
leves,
entendidas
como
fofocas,
que
segundo
Wilson
(2007)
se
cons/tuem
em
“Uma
conversa
entre
duas
pessoas
cujo
tema
é
uma
3ª
pessoa
que
não
está
presente”.
O
quê
remete
diretamente
à
reprodução
da
informalidade
em
âmbito
digital.
Tal
/po
de
troca
têm
dominado
as
conversas
brasileiras,
refle/ndo
a
dificuldade
e
pouco
interesse
da
população
em
questões
de
cunho
técnico-‐cien~fico
ou
até
mesmo
problemá/cas
sociais.
38. Informalidade: Fofocas no Orkut
Grande
adesão
a
temas
de
fofoca
(em
amarelo)
em
contraste
com
temas
mais
sérios
(em
vermelho),
como
a
problemá/ca
dos
trotes.
39. Revisão Bibliográfica
-‐ Aguiar,
Narla.
Retratos
da
Leitura
do
Brasil.
Ar/go
do
site
do
Ministério
da
Cultura
(28/05/2008).
-‐ BOSCHI,
Caio.
Espaços
de
Sociabilidade
na
América
Portuguesa
e
Historiografia
Brasileira
Contemporânea.
-‐ Corrêa,
Cynthia
H.
W.
Uma
Abordagem
Teórica
sobre
a
Formação
de
Tribos
Virtuais:
do
Banal
ao
Intelectual.
-‐ Mar/ns,
Paulo
H.
As
Redes
Sociais,
o
Sistema
da
Dádiva
e
o
Paradoxo
Sociológico.
-‐ Mota,
Leonardo
de
A.
Dádiva
e
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no
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Revista
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ano
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O
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na
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Ar/go
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(04/01/2010).
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Liv.
Um
olhar
de
Estrangeiro.
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do
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Canal
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-‐ Wilson,
Tracy.
Como
funciona
a
fofoca.
Ar/go
do
Site
Como
Tudo
Funciona.
(Possui
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