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STUB - SERVIÇO DE TRANSPORTES URBANOS DE BRAGANÇA




                                                        SERVIÇO DE
                                                        TRANSPORTES
                                                        URBANOS DE
                                                        BRAGANÇA


                                                    1



                                                    1985 - 2010
2
3
Ficha Técnica:
Título: STUB - Serviço de Transportes Urbanos de Bragança
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Coordenação: Rui Caseiro
Produção e Composição Gráfica: Conteúdo Chave, Lda.
Fotografia: Manuel Teles e Conteúdo Chave, Lda
Impressão: Casa de Trabalho Dr. Oliveira Salazar
Tiragem: 1000
Depósito Legal:


                               4
STUB
 Serviço de
Transportes
  Urbanos
     de
 Bragança




     5
MENSAGEM DO PRESIDENTE




                     Lembro a importante decisão política tomada
                     pela Câmara municipal de Bragança, presidida
                     pelo Eng.º José Luís Gomes Pinheiro e que a
                     21 de Dezembro de 1984 permitiu, brindar a
                     cidade com um Serviço de Transportes Urba-
                     nos de passageiros, e que iniciou com quatro
                     linhas urbanas para transportar trabalhadores
                     e estudantes dos muitos e distantes bairros da
cidade. O inicio do serviço foi festejado com desfile da frota pelas
ruas da cidade, em dia de feira, sendo compreensível a alegria que
esta medida proporcionou aos cidadãos. Hoje a cidade está muito
mais compacta em termos de edificação, de infra-estruturas, de
equipamento e de espaços verdes.
Nos primeiros anos, o serviço evoluiu para uma vertente de


                                 6
transporte mais rural, servindo progressivamente aldeias mais
próximas da cidade e uma ou outra mais isolada, como Rio de Onor.
Lembro que há 25 anos atrás, num concelho tão grande em área e
número de aldeias, poucas pessoas na área rural tinham transporte
próprio, também na cidade a situação era muito diferente da actual,
os táxis eram em número mais reduzido, as linhas de transporte
público privado serviam um número restrito de percursos, por isso
a população não dispunha das facilidades actuais de transporte.
 Nas duas últimas décadas, um conjunto de factores de que sali-
ento, a extinção do transporte ferroviário, o abandono das activi-
dades agrícolas, a forte diminuição e envelhecimento da população
residente nas aldeias, o abandono por parte das empresas privadas
de algumas linhas de transporte público, por falta de rentabilidade,
o encerramento generalizado de escolas por falta de alunos, colo-
caram no município uma elevada responsabilidade financeira ao
pretender assegurar as necessárias condições de mobilidade aos
cidadãos de todas as idades.
A Administração Central ignorou esta evolução negativa e deixou
que as coisas se resolvessem por si, o mesmo é dizer pelos municí-
pios que o pudessem fazer, sem que viesse a colaborar financeira-
mente na promoção do serviço público, tal como ocorre nas Áreas
Metropolitanas de Lisboa e Porto, ou mesmo sem que tenha tido a
iniciativa política de regulamentar as condições de serviço público
em áreas de baixa densidade, arrastando-se este problema em


                                 7
debates de seminários e declarações de boas intenções políticas,
deixando parte do interior do país entregue a si próprio e alguma
população mais isolada, contribuindo também com essa omissão
para o aumento das desigualdades e a perda de coesão territorial.
No ano de 1989, a frota STUB era constituída por sete autocarros,
e em 1998 tinha igual número, ano a partir do qual ocorreu uma
importante evolução em termos de serviço, estando no activo 18
autocarros de transporte urbano e dois de turismo e de apoio ao
transporte escolar. Actualmente 78% da população do município é
servida pelos STUB que percorrem anualmente cerca de 500 mil
Km. Os utentes do serviço consideram-no imprescindível, tanto os
da área rural, quer dispõem de serviço diário ou irregular, como
os da cidade, em particular as mais idosas que vivem no Centro
Histórico e também os cidadãos de mais baixos recursos económi-
cos, que beneficiam com o uso do cartão de munícipe.
Na cidade o serviço evoluiu, com linhas autónomas, no sentido de
os horários se adequarem a exigências de vida mais intensa, a uma
nova realidade associada à presença de milhares de estudantes
que tendiam a concentrar a sua residência nas proximidades do
Instituto Politécnico, provocando distorções urbanas em termos
comerciais e residências, a exigências de mais e melhor mobili-
dade no Centro Histórico e na cidade em geral, incentivando modos
de transporte ambientalmente mais sustentáveis. A introdução de
autocarros eléctricos num programa experimental desenvolvido


                                8
no país, foi uma medida de adesão a um novo conceito de mobi-
lidade, a uma política de cidade mais amiga do ambiente, mais
próxima dos conceitos de cidades inteligentes e sustentáveis que
no futuro tornarão as cidades mais competitivas para fixar activi-
dades económicas e população e garantindo melhores condições de
vida e de bem-estar aos cidadãos.
O serviço de transporte público no município de Bragança, tem
resultados económicos de exploração muito deficitários, no entan-
to, considerado o beneficio social, associado ao serviço de trans-
porte escolar, á mobilidade proporcionada aos cidadãos em particu-
lar aos que vivem mais isolados, nas aldeias ou mesmo na cidade,
o por a conversa em dia, a sociabilidade que proporciona, os ben-
efícios económicos em resultado da partilha de transporte com-
parando com o transporte individual, se contabilizada a redução
das emissões de dióxido de carbono, um dos principais respon-
sáveis pelo efeito de estufa e por essa via das alterações climáti-
cas que tantos danos provocam ao planeta e aos seus habitantes,
tudo isto ponderado é inevitável continuar a apostar no transporte
público, que será cada dia mais confortável, mais seguro e menos
poluente.
O município e os seus trabalhadores devem encarar os STUB,
nos próximos vinte e cinco anos, com elevado sentido de serviço
público e de serviço aos cidadãos, assegurar conforto, segurança
e ajuda aos utentes, o bom aproveitamento dos escassos recur-


                                 9
sos disponíveis, a eliminação permanente de qualquer desperdício,
tendo presente a procura de equilíbrio nas contas da receita e da
despesa, mantendo-se plenamente abertos a uma visão de sus-
tentabilidade ambiental e de parceria com as outras cidades com
as quais temos partilhado um percurso de resistência, cientes de
que esse percurso não sendo fácil de percorrer, tem mesmo assim
que ser feito.
Aos fundadores dos STUB deixo a homenagem pela boa decisão
tomada, aos trabalhadores o reconhecimento pelo empenho, aos
que comigo têm partilhado decisões políticas de desenvolvimento
dos transportes urbanos, a satisfação do dever cumprido e aos
utentes, o incentivo no sentido de continuarem de modo inteligente
a utilizar o transporte público, que dá mais garantias às próximas
gerações.


António Jorge Nunes
Presidente da Câmara Municipal




                                10
INTRODUÇÃO




No ano em que o Serviço de Transportes Urbanos de Bragança
(STUB) assinala 25 anos de existência (1985-2010), editamos este
livro que pretende demonstrar como um serviço, actualmente con-
siderado imprescindível, nasceu e se foi adaptando às necessidades
dos utentes, evoluindo ao longo dos tempos. O serviço arrancou
com apenas quatro autocarros, outros tantos percursos, assegura-
dos pelo mesmo número de motoristas. Actualmente existem qua-
tro linhas urbanas e 12 rurais, percursos feitos por 18 viaturas e 24
motoristas, que garantem, em conjunto com operadores privados,
uma cobertura muito satisfatória de todo o concelho.
Em 1985 a criação do STUB surge como uma necessidade e, essen-
cialmente, um estímulo para o desenvolvimento social e económico
do município: aumentou a dinâmica e a competitividade da cidade,
facilitou a mobilidade urbana e representou um enorme salto para


                                 11
a tão ansiada sustentabilidade ambiental.
É inegável o contributo para a melhoria da qualidade de vida dos
cidadãos mas é também inquestionável a sua importância em
matéria ambiental. Os transportes públicos são apontados como
um dos meios de combate à pressão do trânsito, de combate às
excessivas emissões de CO2 para a atmosfera, como um dos prin-
cipais caminhos para lutar pela sustentabilidade ambiental. Os
automóveis são, em boa parte, responsáveis por essas emissões
poluentes, os transportes públicos, em alguns percursos feitos com
veículos amigos do ambiente (eléctricos), são a resposta para um
problema que é de todos.
O STUB nasceu com a missão de responder às necessidades dos
utentes, mantém-se essa função, alias crescente face ao gradual e
continuado abandono de carreiras por parte dos operadores priva-
dos. Usar os transportes públicos é economicamente mais vanta-
joso e ecologicamente a solução mais acertada.
Não sendo um serviço economicamente rentável para o município,
a relação custo/benefício social justifica plenamente a sua continui-
dade e constante melhoria.




                                 12
13
CONTEXTO TERRITORIAL




Localizado no extremo nordeste do País, o concelho de Bragança,
tem uma área de 1174 Km2, distribuídos por 49 freguesias, e uma
população de cerca de 35 000 habitantes.
A população do concelho concentra-se fundamentalmente na cidade
de Bragança e no seu entorno, com a freguesia da Sé a apresentar
uma densidade populacional na ordem dos 1 500 habitantes por
km2 e as freguesias de Santa Maria e Samil a registarem densidades
superiores a 100 hab/km2. As restantes freguesias do concelho
apresentam densidades inferiores a 50 hab/km2, destacando-se
com densidades entre os 20 e os 50 hab/km2 as freguesias de
Donai, Castro de Avelãs, Gostei, Nogueira, Rebordãos e Gimonde,
que confinam com as freguesias da cidade, e as freguesias de
Santa Comba de Rossas e Izeda, ambas localizadas na zona sul do
concelho, a primeira sobre o IP4/EN15 e a segunda no cruzamento


                                14
da EN317 com a EN217. As zonas norte e nordeste do concelho
apresentam densidades muito reduzidas (abaixo dos 10 hab/km2).
Do ponto de vista da evolução populacional, o município, que tem a
capital de distrito, mantém uma tendência de crescimento eviden-
ciando-se um processo de concentração da população do concelho
na cidade e o despovoamento das freguesias rurais.
O contraste entre a população rural e urbana é também notório
na análise de outros indicadores demográficos, como é o caso dos
índices de envelhecimento que se revelam menores nas freguesias
urbanas da Sé, Santa Maria e Samil do que no resto do concelho.
A existência de potenciais populacionais diminutos (fig. 1) fora da
zona central dificulta substancialmente a viabilidade económica dos
transportes colectivos.




                                15
(fig.1) Distribuição populacional na área do Concelho de
                                               Bragança
                             Fonte: INE, Censos de 2001




                                16
17
EVOLUÇÃO DOS PERCURSOS




No dia 21 de Dezembro de 1984 o executivo camarário de Bra-
gança, então liderado pelo presidente José Luís Pinheiro, apresen-
tou à cidade a primeira frota, constituída por quatro autocarros,
que iria marcar o arranque do Serviço de Transportes Urbanos de
Bragança. “A cidade teve prenda de Natal”, reportava a imprensa
local da altura, explicando que o STUB iria servir, principalmente,
trabalhadores e estudantes “dos muitos e distantes bairros”. No dia
da apresentação do Serviço era Feira em Bragança: “Entraram na
cidade mais de 10 mil pessoas, vindas dos meios rurais e da emi-
gração”, referia o presidente da edilidade, no dia em que “passeou”,
com o respectivo executivo, de autocarro pelas ruas da cidade,
transportando também, gratuitamente, todas as pessoas encon-
tradas ao longo dos percursos e que se quiseram juntar à “festa”.
Os primeiros percursos foram desenhados por Fernando Saldanha,


                                 18
actualmente aposentado, que era o responsável pelo Serviço de
Transportes. De forma perfeitamente empírica Fernando Saldanha
identificou as zonas de maior densidade populacional, analisou os
melhores pontos de partida e de chegada e ficou estipulado que
todas as linhas tinham início e fim na zona da Câmara Municipal.
O serviço arrancou com quatro autocarros e outros tantos motoris-
tas, que tinham também a incumbência de anotar o tempo de cada
percurso, número de passageiros que entravam em cada paragem
e assim, pouco a pouco, se foram adaptando os serviços às neces-
sidades dos utentes.
Os quatro autocarros Toyota, com 34 lugares cada, asseguraram
quatro carreiras, de Segunda a Sábado:


Linha 1: Câmara Municipal – Alto das Cantarias
Linha 2: Câmara Municipal – Cruzamento de Castro de Avelãs
Linha 3: Câmara Municipal – Cruzamento de São Sebastião
Linha 4: Câmara Municipal – Cruzamento de Donai




                                  19
20
Apresentação pública dos primeiros quatro autocarros
21 de Dezembro de 1984




                             21
Ainda no ano de 1985 a própria experiência dos serviços mostrou a neces-
sidade de alargamento e adaptação dos percursos, que começaram a entrar
no meio rural:


Linha 1: Câmara Municipal – Cruzamento da Mosca
Linha 2: Câmara Municipal – Formil
Linha 3: Câmara Municipal – Quinta da Seara
Linha 4: Câmara Municipal – Grandais


Em 1986 a Linha 3 passou a servir também a população de Alfaião e, um ano
mais tarde (1987), a Linha 4 chegou a Lagomar.
As quatro linhas existentes passaram a servir, essencialmente, as aldeias
limítrofes da cidade de Bragança, com um cariz fortemente rural. Daí a
necessidade de criar um quinto percurso, a Linha 5, designada por linha
interna.
Os serviços foram crescendo gradualmente, as adaptações ocorreram de
forma natural, sempre com o objectivo de servir cada vez mais populações.
Em 1988 as linhas ficaram definidas da seguinte forma:


Linha 1 – Rebordãos
Linha 2 – Formil
Linha 3 – Alfaião
Linha 4 – Grandais – Oleiros (duas vezes por semana)
Linha 5 - Rio de Onor



                                       22
Cada uma destas linhas ficou devidamente dividida por zonas.
Em 1989 foi criada a Linha 7 até Meixedo.
Já em 1996 houve prolongamento de algumas linhas dos transportes públi-
cos, a Linha 4 passou a ir a Gondesende, a Linha 5 passou a ir a Avelêda e a
linha 6 chegou a Terroso.
Em 1999, duas vezes por semana, a Linha 7 passou a ir ao Portelo, apenas no
período de Verão (período de férias escolares), devido à recusa do operador
privado que garantia o serviço, em operar nesses meses sem estudantes, por
questões de rentabilidade económica.
Em 2003 houve novamente alterações, foram criadas duas linhas urbanas e
mais uma linha rural até Serapicos.
Em 2004 a empresa privada que operava na linha de Rabal, França e Portelo
abandonou definitivamente a carreira passando a mesma a ser assegurada
em permanência pelo STUB.


                                    23
No mesmo ano o serviço chegou às localidades de Sanceriz e Sendas.
Em 2005 surge mais uma linha na cidade, a Linha Azul, servida por auto-
carros eléctricos, que param à ordem dos passageiros. A apresentação das
novas viaturas (três miniautocarros Gulliver) significou a concretização de um
primeiro passo na implementação da estratégia, da criação de eco-cidade,
delineada pela autarquia.
A criação da Linha Azul obrigou a uma reestruturação completa de todas as
linhas urbanas, evitando assim sobreposição de percursos e chegando a zonas
que até então não eram servidas pelo STUB. A rede de transportes interna
ficou mais completa e mais adaptada às necessidades da cidade actual.
Em 2008 as aldeias de Pombares e Refoios recebem, pela primeira vez, o
serviço de transportes. Foi neste ano que aconteceu a última grande reestru-
turação ficando a funcionar quatro linhas urbanas e 12 linhas rurais.
O crescimento e as alterações introduzidas nas carreiras nos últimos anos
resultaram também, em muitos casos, do abandono das operadoras de
transportes privadas que, alegando falta de rentabilidade financeira, foram
abandonando as carreiras e deixando sem serviços as populações de muitas
aldeias. Na medida do possível, a autarquia tem assumido essas falhas che-
gando a todas as localidades onde não existem outras alternativas de trans-
porte, por entender que deve dar igual oportunidade a todos os munícipes.
Os resultados do serviço revelam claramente que em termos económicos
o STUB representa um peso considerável para o município, no entanto, se
atendermos aos benefícios sociais do serviço facilmente percebemos a sua
imprescindibilidade e a mais-valia que representa para o concelho.


                                     24
25
Mini-autocarro electrico, Gulliver




         26
27
OFERTA ACTUAL




O Serviço, que em 1985 arrancou com apenas quatro linhas
urbanas, conta actualmente com uma estrutura de meios e recursos
humanos capaz de dar resposta regular e contínua a praticamente
todo o concelho. Os serviços foram sendo alargados, gradualmente,
garantindo a cobertura de um cada vez maior número de núcleos
populacionais, incluindo os mais pequenos. De um serviço delineado
em bases empíricas caminhou-se para um serviço profissionalizado,
estudado e programado de forma a ganhar eficiência.
Foram implementadas quatro linhas urbanas (fig.2) e doze linhas
rurais (fig.3).
As Linhas Urbanas (a Urb_01 Verde, Urb_02 Amarela e Urb_03
Vermelha), operadas com autocarros convencionais que apresentam
frequências de 30 minutos entre circulações e por uma linha (Urb_04
Azul) que utiliza autocarros eléctricos e que tem uma frequência


                                28
de 15 minutos entre passagens. A linha Azul também se distingue
das demais linhas urbanas por não apresentar paragens pré-
estabelecidas, podendo os passageiros entrar ou sair do autocarro
em qualquer ponto do seu percurso. Todas as linhas urbanas
apresentam circuitos circulares que servem distintas zonas da
cidade: a linha Verde serve a zona Sul da cidade; a Amarela a zona
Poente; a Vermelha a zona Norte e Nascente; e a linha Azul o centro
da cidade e a zona Nascente. Todas as linhas entrecruzam-se na
Estação Rodoviária de Bragança, sendo neste terminal rodoviário,
a paragem onde as linhas acertam os horários e possibilitam a
realização de transbordos com maior facilidade.




   Percursos Urbanos:


            Linha   Azul: 5,7 Kms
            Linha   Amarela: 12,2 Kms
            Linha   Verde: 12,1 Kms
            Linha   Vermelha: 10,2 Kms


            Num total de 40,2 Kms




                                29
(fig.2) Mapa de cobertura do STUB na cidade de Bragança




Existe alguma especialização funcional ao nível das diferentes lin-
has urbanas, com:


◊	 a linha Verde a servir de equipamentos e serviços, nomeadamente as unidades de
   ensino superior localizadas no Instituto Politécnico de Bragança e a Zona Industrial;
◊	 a linha Vermelha a cobrir essencialmente áreas residenciais que se localizam na
   zona Norte da cidade;
◊	 a linha Amarela a servir as áreas residenciais localizadas a Poente e os equipamen-
   tos desportivos e o Hospital, localizados na zona central da cidade; e
◊	 a linha Azul a realizar um percurso mais curto que liga fundamentalmente a zona
   histórica e de comércio tradicional à zona administrativa da Câmara Municipal, pas-
   sando pelo Hospital e Centro de Saúde, Segurança Social, PSP e GNR.




                                          30
31
Esta especialização funcional não levanta qualquer problema, dado
que é fácil e cómodo o transbordo, quer do ponto de vista físico,
quer de articulação de horários, quer ainda ao nível tarifário.
A rede rural é constituída por 12 linhas que irradiam da cidade para
os aglomerados rurais do concelho, sendo que oito destas linhas
operam todos os dias úteis e as restantes quatro (as linhas Rur_9
a 12) funcionam normalmente num determinado dia da semana.




   Linhas Rurais:
           Linha 1 – Rebordãos
           Linha 2 – Castrelos
           Linha 3 – Alfaião
           Linha 4 – Gondesende
           Linha 5 – Rio de Onor
           Linha 6 – Terroso
           Linha 7 - Portelo
           Linha 8 – Quintas da Seara
           Linha 9 – Serapicos
           Linha 10 – Sanceriz
           Linha 11 – Sendas
           Linha 12 – Laviados


                                 32
O término na cidade das linhas rurais é a Câmara Municipal, com
excepção das linhas que só funcionam uma vez por semana as
quais iniciam e terminam na Estação Rodoviária, sendo que estas
linhas fazem também serviço urbano no atravessamento da cidade.
As linhas rurais cobrem, essencialmente, o território concelhio situ-
ado a Norte e Poente de cidade de Bragança, sendo que a Sul a
oferta é assegurada por carreiras de frequência semanal e a Nas-
cente a oferta de Transportes Colectivos (TC) é assegurada por
operadores privados.
A análise em termos de localidades situadas num raio de 1 km das
linhas exploradas pelos STUB revela que 50 das 111 localidades
do concelho são integralmente abrangidas, o que aponta para uma
cobertura de 78% da população e 77% das famílias residentes na
área do município. Se excluirmos a cidade de Bragança o total de
população residente em localidades a 1 Km das linhas operadas
pelo STUB é de cerca 5 800 habitantes o que corresponde a cerca
de 45% da população rural do concelho e 18% da sua população
total.
A extensão média das linhas rurais é de cerca de 26 Km, desta-
cando-se as linhas 9 a 11 que servem o extremo Sul do concelho e
a linha 5 que serve o extremo Norte do concelho, com os maiores
percursos, e as linhas 8 e 1 que servem aglomerados na periferia
da cidade de Bragança, com os menores percursos.
O tempo máximo de percurso das linhas rurais é, em média, na


                                 33
34
35
 
    36
(fig.3) Mapa de cobertura do STUB do concelho de Bragança




ordem dos 42 minutos e o tempo médio de cerca de 36 minutos,
sendo genericamente as carreiras mais extensas aquelas que apre-
sentam tempos maiores.
Nas linhas urbanas o tempo de percurso calculado com base nos
horários em vigor é, em média, de 27 minutos.
A distância média entre paragens nas linhas rurais ronda os 2,6 km
sendo que este elevado valor deve-se ao comportamento das linhas
que servem os aglomerados do extremo sul do concelho, as quais
unem esses aglomerados à cidade de Bragança, praticamente, sem
paragens intermédias. Nas restantes linhas rurais, a distância entre
paragens é muito inferior (na ordem dos 650 metros) sendo que o
facto de estas carreiras efectuarem serviço urbano na cidade reduz
muito essa distância média.
Nas linhas urbanas a distância entre paragens é de cerca 300 metros,


                                   37
38
valor abaixo do que habitualmente se considera como a distância
cómoda de percurso a pé que é de cerca de 400 metros. Apesar da
distância média entre paragens poder ser aumentada com vista a
elevar as velocidades praticadas, antes de o fazer, é necessário ter
em conta as características da população que recorre ao TC e que é
maioritariamente constituída por reformados/idosos e estudantes.
Num dia útil médio o STUB proporciona 65 circulações rurais e cerca
de 117 circulações urbanas, sendo a média de circulações diárias nas
linhas rurais de cinco, salientando-se a linha 1 com 11 circulações
diárias (seis no sentido de Bragança e cinco no sentido oposto) e as
linhas 9 a 12 com duas circulações dia, sendo que estas carreiras só
funcionam num dia específico da semana e, em alguns casos, tam-
bém em dias de feira. As restantes linhas, tal com as linhas urbanas,
funcionam nos dias úteis;
Nas linhas rurais regista-se uma diminuição da oferta no período
de férias escolares. As linhas urbanas operadas com veículos
convencionais, linhas 1 a 3, apresentam de horário uma frequência
de passagem de 30 em 30 minutos.
A linha Azul que é operada com três veículos eléctricos, apresenta
uma frequência de 15 em 15 minutos entre as 8:00 e as 19:00
horas, o que perfaz 45 circulações dia.
A evolução dos percursos resultou, obviamente, no aumento do
número de quilómetros percorridos, em 1985 os STUB realizaram 162
mil quilómetros, em 2009, foram feitos mais de 465 mil quilómetros.


                                 39
CUSTOS/BENEFÍCIOS




Quando foi criado o Serviço de Transportes Urbanos de Bragança foi fixado
o tarifário, em reunião de Câmara, que estipulava que os utilizadores com
idade igual ou inferior a dez anos estavam isentos de tarifa, igualmente
isentos ficaram os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, ten-
do, no entanto, de adquirir um cartão de identificação nos serviços da
autarquia, que custava 500$00 (2,50€).
Um bilhete normal custava 40$00 (0,20€), enquanto uma caderneta de
dez senhas baixava o custo unitário do bilhete para 25$00 (0,125€).
O passe geral tinha o custo mensal de 1000$00 (5,00€), o passe estudan-
til custava 500$00 (2,50€).
Estes preços iniciais tiveram, rapidamente, de ser revistos, até porque os
percursos foram alargados e agrupados por zonas. As crianças, dos seis
aos dez anos, inicialmente isentas, passaram a pagar um bilhete “juvenil”.
A actualização dos tarifários aconteceu naturalmente, tendo sempre por


                                   40
base o aumento da inflação. (fig. 5,6,7).
Boa parte da população (estudantes e idosos) beneficiou sempre de
reduções devidamente regulamentadas. A lógica foi sempre servir bem a
baixo custo, atendendo à importância social do serviço em detrimento dos
encargos financeiros que este representa para o município.
Em 2005, com a criação do Cartão do Munícipe, também as famílias mais
carenciadas passaram a usufruir desses descontos, alargados a outros
serviços, mas, particularmente, utilizados no STUB. Dos mais de 1200
passes activos existentes em Dezembro de 2009, somente uma centena
não beneficiavam de reduções (fig.4)



                             Cartão do Munícipe – Reduções na Utilização do STUB



                                                  Igual ou inferior à Pensão 
                                 Tipo             Rendimentos per capita        Descontos (%) 
        (fig.4)
                                                  Mínima do Regime Geral             100 
                                                  da Segurança Social 
     Tabela de
                                                  Igual ou Inferior ao 
   benefícios e
                                                  Ordenado Mínimo                    50 
                                 Geral 


                                                  Nacional 
     descontos
                                                  Igual ou inferior à Pensão 
     do cartão
                                                  Mínima do Regime Geral             100 
                                                  da Segurança Social 
   de Munícipe
                                                  Igual ou Inferior ao 
                                                  Ordenado Mínimo                    75 
                                                  Nacional 
                            Maiores de 65 


                                                  Superior ao Ordenado 
                                                                                     50 
                                                  Mínimo Nacional 
                                                  Igual ou inferior à Pensão 
                                                  Mínima do Regime Geral             100 
                                                  da Segurança Social 
                                                  Estudantes que 
                                                  frequentem o Ensino                100 
                                                  Obrigatório 
                                                  Estudantes Não 
                          Jovens e Estudantes 


                                                  Carenciados que não 
                                                                                     50 
                                                  frequentem o Ensino 
                                                  Obrigatório 
                       



                                             41
(fig.5) Evolução das tabelas de preços praticados até 2000




De acordo com a legislação em vigor é da competência dos municí-
pios a organização, financiamento e controlo de funcionamento
dos transportes escolares, sendo que a utilização dos transportes
escolares é gratuita para os estudantes que frequentem até ao 3º
Ciclo do Ensino Básico, uma vez que estão sujeitos à escolaridade
obrigatória, e comparticipada para os alunos do Secundário.
Nestes termos é elaborado para cada ano lectivo um Plano de Trans-
portes Escolares, com base nas estimativas de alunos a transportar
para as unidades de ensino do concelho, segundo o seu local de
residência, utilizando-se para suprir as necessidades de transporte
3 tipos de circuitos que diferem consoante são assegurados por:
carreiras públicas exploradas por operadores privados, veículos de
aluguer (táxi) ou pelos STUB.
Actualmente existem no concelho de Bragança três escolas secundári-


                                     42
Tarifários 1990‐2000
          12000,00



          10000,00



           8000,00
Escudos




           6000,00                                             1990
                                                               1991
                                                               1992
           4000,00
                                                               1994
                                                               1996
           2000,00                                             1998



              0,00




                                      Zonas




as (a Abade Baçal que também possui o 3º ciclo de Ensino Básico,
a Miguel Torga e a Emídio Garcia), todas elas situadas na sede de
concelho, e três escolas EB2,3, duas na sede de concelho (a Paulo
Quintela e a Augusto Moreno) e outra na vila de Izeda (a EB2,3 de
Izeda) que abrange o Sul do concelho.
Tal como tem vindo a acontecer no resto do País, as escolas do 1º
Ciclo do Ensino Básico (antigas escolas primárias) têm vindo a ser
desactivadas e, consequentemente, aumenta o número de alunos
transportados para os novos Centros Escolares.
As comparticipações da Câmara Municipal para o transporte esco-
lar resultam da subtracção das comparticipações dos alunos do
secundário que pagam passe estudante aos custos totais do serviço.
Ora, sendo os estudantes e os idosos, os principais utilizadores
do STUB facilmente se compreende que a receita real resultante


                                   43
(fig.6) Evolução das tabelas de preços praticados até 2004



                                     Tarifários 2001‐2004
 30,00 €
 25,00 €
 20,00 €
 15,00 €
 10,00 €
   5,00 €
   0,00 €
                  Urbano     Rural         Estudante               Urbano + Rural      Estudante  Emissão de Passe
                                                                                     Urbano + Rural
                                                                                     Urbano + Rural

                                                2001          2004




          (fig.7) Evolução das tabelas de preços praticados até 2009


                                         Tarifários 2005‐2009
35,00 €



30,00 €



25,00 €



20,00 €



15,00 €



10,00 €



 5,00 €



 0,00 €
               Linha Azul      Urbano                    Rural                  Urbano + Rural      Emissão de Passe

                                         2005   2006   2007      2008   2009




                                                       44
dos serviços prestados é muito diferente da receita virtual (se os
serviços fossem pagos na totalidade sem qualquer tipo de redução),
um cálculo que apenas começou a ser feito em 2001 e que revela
que se todos os utilizadores pagassem o custo real do serviço os
STUB não andariam longe da auto-sustentabilidade. Em termos
globais os STUB revelam resultados económicos negativos desde a
sua génese. No primeiro ano de serviço (1985), as quatro linhas
operacionais transportaram 59462 passageiros. Nos primeiros três
anos de actividade (1985/86/87) o STUB somou um prejuízo superior
a 50 mil euros. O serviço representou para as contas do município
um custo de € 29154,68, tendo sido conseguida uma receita apenas
€ 15708,89. O resultado final foi de – € 13445,54, suportados pelos
cofres do município. Curiosamente, nos anos de 1988/89/90 o
serviço foi rentável, consequência directa do significativo aumento
do número de passageiros que começou ainda em 1987 e se manteve
até 1990.
Eram passageiros oriundos do meio rural e foi nesta altura que o
município sentiu necessidade de reforçar a frota adquirindo três
novos autocarros com capacidade de 100 lugares cada. O número
de passageiros desceu significativamente na década seguinte e só
a partir de 2005, com a reestruturação e alargamento das linhas foi
possível conseguir mais utilizadores dos transportes públicos, ainda
assim em número insuficiente para garantir a auto-sustentabilidade
do serviço (fig.8).


                                 45
No entanto, tendo como missão a prestação de um serviço público,
para garantir a mobilidade dos munícipes, e atendendo aos benefí-
cios sociais que o mesmo representa, o município aposta na sua con-
tinuidade e reforço, consoante as necessidades da população, tendo
como objectivo a sua permanente melhoria e crescente satisfação
dos utilizadores.




                  (fig.8) Receitas, Despesas e Receita Virtual*
     *se cada utilizador pagasse o valor real da viagem/estimativas
                                         realizadas a partir de 2001
                  Fonte: CMB/Divisão de Transportes Urbanos




                                         46
Custos e Receitas do Serviço
                                                               Custos e Receitas do Serviço
900.000,00 €



800.000,00 €



700.000,00 €



600.000,00 €



500.000,00 €
                                                                                                                                              Receitas
                                                                                                                                              Receita Virtual
400.000,00 €
                                                                                                                                              Despesas


300.000,00 €



200.000,00 €



100.000,00 €



      0,00 €
               1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009




                                                                             47
48
EVOLUÇÃO DOS PASSAGEIROS




Em 1985, apenas com quatro linhas urbanas que garantiam o trans-
porte na cidade, 59462 passageiros utilizaram os STUB. Um ano
depois, com o simples alargamento das mesmas quatro linhas, que
começaram a entrar em algumas aldeias mais próximas da cidade
o número de transportados quase duplicou: 114127 pessoas utili-
zaram os STUB. A contagem era feita pelos motoristas, de acordo
com os bilhetes vendidos no final de cada dia. A evolução manteve-
se, aumentando o número de passageiros à medida que os serviços
alargavam os percursos e criavam mais Linhas (fig.9). Os cálculos
foram sempre feitos de uma forma algo empírica, contavam-se os
bilhetes vendidos mas não havia como apurar com rigor o número
de vezes que os portadores de passe utilizavam o serviço. Até 2006
os passageiros apresentavam o bilhete ao motorista ou revisor, que
o rasgava numa das extremidades, e os portadores de passe apenas


                                49
(fig.9) Evolução do número de quilómetros percorridos e de
                          passageiros transportados por ano




o exibiam visualmente. A partir de 2007 a autarquia introduziu um
novo sistema de bilhética que passou a permitir um controlo exac-
to dos utilizadores, quer os bilhetes quer os passes são controlados
automaticamente e o registo é exacto. Em 2007 o STUB transportou
347729 passageiros. Números que se têm mantido, com uma ligeira
tendência para descer, fruto do decréscimo continuado do número de
habitantes no meio rural.




                                    50
Quilómetros e Passageiros
1.200.000




1.000.000
1 000 000




 800.000




 600.000                                                                                                                                   Quilómetros Percorridos
                                                                                                                                           Passageiros



 400.000




 200.000




       0
            1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009




                                                                              51
52
O TESTEMUNHO DA POPULAÇÃO




No meio rural ou urbano a opinião da população sobre o Serviço
de Transportes Urbanos de Bragança (STUB), é unânime: É um
serviço imprescindível para garantir a mobilidade local.
Desde a sua criação o STUB fidelizou passageiros que ainda hoje
utilizam o serviço com regularidade. É o caso de Josefa Rodrigues
Preto, de Rio de Onor, que utiliza o serviço desta linha há 25
anos. Com 76 anos ainda se lembra do dia em que o primeiro
autocarro chegou àquela pequena aldeia transfronteiriça: “Foi uma
festa muito grande no povo porque era novidade e porque era um
serviço que nos fazia muita falta”, conta. “Naquele tempo havia
muita gente mas poucos habitantes tinham carro e os transportes
eram feitos com animais, o que era uma canseira”, lembra. Com
a chegada dos autocarros tudo mudou. A mesma recordação tem
Maria Rosa Rodrigues, também de Rio de Onor, que aos 19 anos


                               53
emigrou para o Brasil à procura de uma vida melhor. As recordações,
essas, ficaram para sempre na memória. “Antes de ir para o Brasil
lembro-me que para ganhar algum dinheiro tinha que ir a cavalo
de uma burra para Bragança vender carvão, era um dia de viagem
ao frio e ao calor, era muito extenuante”, lembra. “Também não
tínhamos sapatos, usávamos umas socas de madeira pesadas e
como na altura também não havia alcatrão andávamos sempre
sujos da lama, era uma tristeza”, conta, apesar de tudo, saudosa.
“Agora”, diz, “está tudo muito diferente e para melhor”, afirma
convicta que é graças ao STUB que muitas pessoas continuam a
viver nas aldeias. “Se não fosse o autocarro para Bragança como
é que as pessoas idosas faziam para se deslocar à Farmácia, ao
médico e às compras?”, questiona. A resposta surge de imediato
da boca de Bernardino Preto: “Tínhamos que nos sujeitar às boleias
ou pagar o táxi”. O septuagenário só tem elogios para o STUB que
utiliza, pelo menos, duas vezes por semana. “Cada vez que vou ao
médico, às compras ou a resolver outros problemas apanho sempre
o autocarro e é depressa que me ponho na cidade”, comenta. Os
lugares de paragem já os conhece de cor: “Costumo esperar pelo
STUB ao lado do Tribunal ou na Avenida do Sabor, passam sempre
à hora certinha”. Menos assíduo é António Moreira de 84 anos,
de Sacoias, mas que aos dias de feira não falha. “Vou a todas as
feiras a Bragança e vou sempre de STUB, vou logo de manhãzinha
e regresso às duas, é um descanso porque dá para fazer tudo com


                                54
55
calma e além disso a viagem também não é muito cara, também
tenho passe que dá para andar um mês sem me preocupar”,
lembra. Além da comodidade e dos preços acessíveis, para Ana
Maria, habitante de Aveleda, outra das vantagens do “autocarro”
é poder falar com pessoas amigas de outras aldeias que só vê
durante as viagens de STUB. A passageira de 67 anos também tem
nos STUB o único meio de transporte para Bragança e nem quer
imaginar um dia que falhem os autocarros amarelos na aldeia. “Já
somos todos velhos e se nos faltam não sei o que será de nós”,
comenta. Ana Maria conhece os habitantes das aldeias próximas e
com o passar dos anos também já criou amizade com os motoristas
que trata pelo nome. “São todos muito simpáticos, conhecemo-nos
todos e é um ambiente familiar”, descreve. A linha de Rio de Onor
inclui as paragens de Baçal, Sacóias, Aveleda, Varge e Rio de Onor.
Rio de Onor é uma das cinco linhas rurais do concelho de Bragança
que mantêm actividade desde 1988.




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ANTÓNIO MOREIRA




“
Vou a todas as feiras, dá muito jeito, já há muitos anos que utilizo
este transporte para ir para Bragança e faz muita falta. Tinha um
passe que pagava todos os meses agora pago bilhete. Também não
é ele tão caro. Apanho o autocarro às 7h45 e regresso às 14h00.
Ainda me lembro dos primeiros autocarros mas estes agora são
mais modernos e confortáveis.




                                 61
LEANDRO SANTOS




“
Estudo na Escola Paulo Quintela e sou de Rebordãos. Como a minha
aldeia é perto de Bragança não me custa nada andar de autocarro.
É bastante confortável, principalmente no Inverno em que tem
sempre o aquecimento ligado e não passamos frio. No Verão ligam
o ar condicionado e isso é bom. Os motoristas são simpáticos, já
nos conhecem e por isso sinto-me seguro.




                               62
63
64
Vânia Sofia Gonçalves




“
Sou estudante na Escola Emídio Garcia, tenho 16 anos, e desde
que estudo em Bragança que o meu transporte escolar é o STUB,
tanto de manhã como à noite. Gosto deste transporte porque é
confortável e muito prático, não preciso fazer transbordos e deixa-
me em frente à escola. No Verão e sempre que está bom tempo
eu e as minha amigas vamos para a paragem na João da Cruz que
é para não estar à espera na escola. Lá há sempre mais gente e
colegas de outras paragens com que aproveitamos para conversar.




                                65
Diana Pereira




“
Estou no 7º ano e é o STUB que me traz para a escola e que me
leva para casa todos os dias da semana. A viagem é relativamente
rápida e faz-se muito bem, mesmo no Inverno, quando faz muito
frio. Os autocarros são quentinhos e confortáveis. Já conheço os
motoristas, já que são sempre os mesmos que fazem aquela linha
da serra. Têm muita paciência com os estudantes e sinto-me à
vontade nas viagens. Nunca ouvi falar de nenhum acidente com os
STUBS por isso sinto-me segura e os meus pais também confiam.




                               66
67
68
ANA MARIA AVELEDA




“
Durante a viagem também aproveitamos para pôr a conversa em
dia e saber novidades destas aldeias próximas. Já conhecemos os
motoristas e eles também já nos conhecem a nós. Os autocarros
são um descanso para quem não tem transporte próprio.




                              69
70
GULLIVER, O ELÉCTRICO




Há cinco anos que um novo conceito de transporte ecológico che-
gou à cidade de Bragança. Desde essa altura a mobilidade das pes-
soas ganhou um novo ânimo e o Gulliver, o autocarro eléctrico, já
faz parte da rotina das pessoas que habitam no centro histórico.
Acostumados a ter este transporte sempre à porta, os passageiros
já não dispensam do seu serviço para realizar tarefas do quotidiano
como ir às compras ou aceder aos vários serviços públicos, locali-
zados no centro da cidade de Bragança. De 15 em 15 minutos o
Gulliver faz o mesmo trajecto, diariamente, por várias ruas do cen-
tro histórico. São Morais, habitante no Bairro São Sebastião, utiliza
este transporte desde o primeiro dia e garante que está satisfeita
com o serviço prestado. “Tenho carro mas não utilizo porque o
meu marido está doente e então socorro-me do eléctrico porque
é bastante prático e barato”, explica a moradora. “Pára onde for


                                 71
preciso e é bastante prático porque é baixinho e não é preciso
subir escadas”, acrescenta. Maria Ermelinda de 73 anos comunga
da mesma opinião. “Dá muito jeito para ir ao centro da cidade fazer
as nossas coisinhas porque ir e voltar a pé era impossível”, sublinha
enquanto ajeita os sacos das compras junto aos pés. Já Isaura
da Conceição, também do Bairro São Sebastião, já não dispensa,
igualmente, o serviço deste transporte. “Utilizo muitas vezes e con-
stato que praticamente todo o bairro também utiliza especialmente
os estudantes e os idosos”, comenta. Na sua opinião, o Gulliver
foi a melhor medida que o executivo tomou nos últimos anos a
favor das pessoas idosas daquele bairro e explica porquê: “Há mui-
ta gente que vive sozinha e com dificuldade de locomoção, antes
tinham que ir a pé para ir ao médico ou à farmácia, agora num
instante fazem isso sem grandes problemas porque o autocarro
pára onde for preciso”, garante Isaura da Conceição. Com 56 anos,
a passageira explica que apesar de viver na cidade, de sua casa
ao centro “ainda são uns minutos largos a pé”. Por isso opta por
utilizar o eléctrico por ser “prático e muito cómodo”. Do outro lado
da cidade, Ana Ferreira também não passa nenhuma semana sem
utilizar o Gulliver. “Tenho carro mas só para evitar a trabalheira de
encontrar estacionamento ou pagar parquímetro prefiro o eléctrico
porque é muito mais prático”, assegura.




                                 72
73
ANA FERREIRA




“
Moro na zona do Bairro do Pinhal e às vezes meia hora chega per-
feitamente para fazer as compras. Antes tinha que vir a pé mas era
uma canseira porque as compras pesam e assim é um descanso.
Além disso não ando preocupada em andar a correr para ir para
a paragem porque pára onde for preciso. Tenho carro mas para ir
ao centro prefiro utilizar o eléctrico porque é mais rápido e mais
cómodo, não preciso de procurar estacionamento.




                                74
75
76
SÃO MORAIS




“
Vivo no bairro São Sebastião e utilizo este transporte (Gulliver)
para ir ao centro da cidade para ir às compras ou para ir ao Centro
de Saúde e Segurança Social. Tenho carro mas não utilizo porque
o meu marido está doente e então socorro-me do eléctrico porque
é bastante prático e barato. É um meio de transporte que utilizo
desde o início e que agora já faz parte da minha rotina diária. Se
não fosse assim, tinha que ir a pé para a cidade e voltar carregada
de compras. Dá muito jeito. Além disso tem uma grande vanta-
gem, pára nos sítios onde o mandamos parar.




                                77
SANDRA LOPES




“
Trabalho na zona das Cantarias mas moro no Bairro São Sebastião
e não tenho carro, por isso, utilizo diariamente o eléctrico. Como
sou utilizadora habitual tenho o passe mensal e devido à regulari-
dade das viagens já conheço muitas pessoas que também viajam
neste transporte. É muito prático e os horários também são muito
regulares o que nos permite saber que de trinta em trinta minutos
há sempre um eléctrico a passar. Outra das vantagens é que nos
dias que me atraso com as compras sei que posso ficar descansada
porque posso fazer sinal de paragem em qualquer sítio que me
encontre. Não ando a correr sempre para as paragens. Recomendo
a todos.




                                78
79
80
ISAURA DA CONCEIÇÃO




“
Utilizo quase todos os dias para ir para o centro da cidade. Quem
utiliza mais são as pessoas idosas. Vivem sozinhas e com dificul-
dade de locomoção por isso o eléctrico é o transporte que utilizam.
Posso dizer que praticamente todo o bairro utiliza o eléctrico desde
os mais novos aos mais idosos. Dá muito jeito.




                                 81
Carla Centeno




“
Moro em Caravela e estudo na Escola Secundária Miguel Torga em
Bragança. Há dois anos que utilizo o eléctrico porque foi uma amiga
que me incentivou. Antes ia a pé para o centro da cidade mas agora
sempre que posso utilizo o Gulliver. Gosto de tudo neste meio de
transporte especialmente porque não é caro e por ser “pequenino”
é muito acolhedor e as pessoas são simpáticas. Vejo que há sempre
muita gente idosa no eléctrico e acredito que veio mudar a mobi-
lidade das pessoas que moram no centro da cidade. É muito útil.




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83
84
85
UMA HISTÓRIA DE VIDA




Carlos Pinto, 68 anos, é actualmente revisor dos STUB mas já foi
motorista, alias um dos primeiros. A idade retirou-lhe o volante
mas guarda na memória saudades dos tempos em que autocarros
“andavam cheios”, porque ainda havia muita gente nas aldeias.




                               86
87
Quando foi integrado no serviço chegou numa fase de estru-
turação ou de consolidação da rede STUB?
Estavam a evoluir mas só ainda existiam cinco linhas e eu comecei
a trabalhar na linha 1, a que fazia a ligação de Bragança/ Rebor-
dãos.
Nessa altura o STUB já era muito procurado pelas pessoas?
Sim, já muita gente utilizava os transportes porque realmente
havia poucos carros particulares. Estudantes, jovens, idosos, todos
utilizavam os nossos transportes porque na altura poucas pessoas
tinham outro meio de transporte.
Os autocarros andavam cheios?
Sim, houve realmente uma fase em que os autocarros andavam
cheios e chegou muitas vezes a haver pessoas de pé no corredor
porque também as aldeias tinham muitos habitantes. A linha 1, 2
e 3 andavam sempre cheias porque eram as linhas rurais. Tanto é
que nessa altura a autarquia teve que adquirir três novos autocar-
ros de 100 lugares para satisfazer a procura. Os primeiros carros a
funcionar em Bragança eram Toyota de 33 lugares. Tenho saudades
desses autocarros.
Porquê?
Eram muito fáceis de conduzir e nas aldeias entravam em qualquer
rua e até nos locais mais difíceis. Eram muito práticos e tinham
uma suspensão à frente muito boa. Apesar dos autocarros actuais
serem mais modernos, continuo a sentir algumas saudades dos


                                88
primeiros.
Nessa altura ainda tinham que fazer a contagem dos
passageiros em cada paragem?
Não, apenas fazíamos a contagem de passageiros no final de cada
viagem através dos bilhetes que vendia-mos.
Tinha preferência por alguma linha do STUB?
Não, sinceramente não tinha preferência nenhuma, gostava de
todas. Claro que havia alguma diferença de horários mas, normal-
mente, cada trajecto demorava cerca de hora a meia a concluir.
Nessa altura os passageiros davam muitos palpites e sugestões
sobre os transportes? As pessoas eram interventivas?
As pessoas não têm por norma uma cultura de reclamação e aco-
modam-se ao que existe e como neste caso, o STUB era o único
transporte que tinham, não reclamavam muito do serviço. O que
notava na altura é que as pessoas da cidade eram realmente mais
interventivas mas apenas na questão dos horários.
Mas havia diálogo entre motoristas e passageiros? As
pessoas sentiam esse à vontade?
Sim, ao longo destes anos de trabalho fui conhecendo o concelho
como a palma das minhas mãos e posso dizer que tenho pessoas
amigas em toda a parte e em qualquer aldeia de Bragança. Devido
ao contacto diário fiz muitas amizades e se precisar tenho sempre
uma porta aberta em qualquer ponto do concelho. Tenho muito
orgulho nisso.


                               89
Essa empatia entre motoristas e passageiros mantém-se
actualmente?
Sim, de uma certa maneira sim, mas hoje há inclusive autocarros,
nomeadamente os eléctricos, em que têm um aviso para não
dialogar com o motorista para evitar distracções. Um profissional
tem que estar atento ao que faz. A nossa profissão lida com a vida
de outros.
Mas entende que actualmente a profissão de motorista do
STUB está mais facilitada do que na altura em que o senhor
entrou para o serviço?




                                90
Sim, sem dúvida. Além das escalas estarem melhor organizadas, o
serviço evoluiu muito, houve necessidade de mais motoristas para
poder alargar a rede e além disso, a grande diferença é que ago-
ra temos autocarros de substituições para casos de avaria. Antes,
quando um carro avariava tinha que lá ir o mecânico, agora, vai de
imediato outro autocarro buscar os passageiros. Outra diferença
substancial é que estes autocarros são melhores e climatizados.
Em caso de avaria como reagiam os passageiros?
Nunca houve grande confusão. A nossa função enquanto motoris-
tas é atender sempre o passageiro, ele é que está sempre em pri-
meiro lugar.
Teve alguma situação caricata ao longo destes anos de tra-
balho?
Orgulho-me de nunca ter tido nenhum acidente ao longo destes
anos de trabalho. Mas situações caricatas tive muito poucas. Houve
alturas em que tive que intervir quando os passageiros estavam
mais exaltados entre eles ou quando havia rixas pessoais que
entravam em choque nas viagens. As zaragatas aconteciam mais
com os estudantes, rapazes que andavam armados em “galarós”,
mas nada de especial.
E o rigor dos invernos nunca lhes trouxe dissabores?
Cheguei a ficar preso na neve várias vezes em Alimonde e Rio de
Onor. Mas nós já sabíamos que quando nevava era preciso ter mui-
to cuidado nestas duas linhas. As subidas na Aveleda, Varge e Rio


                                91
de Onor eram muito complicadas, era preciso ter muito cuidado. As
pessoas nessa altura também percebiam que a culpa era da neve
e não do condutor.
Quase no final da carreira sente algum saudosismo? Gos-
tava do que fazia?
Eu agora exerço a função de revisor mas confesso que gostava
muito do que fazia. Gostava do contacto com as pessoas. Sentia
que cumpria a minha missão sempre que fazia os percursos sem
percalços e que entregava no destino os passageiros. O bem-estar
dos utilizadores foi sempre a minha preocupação. Sempre os tratei
com educação, humildade e muito respeito
Ficaram muitas histórias e experiências para trás?
Fiz muitos quilómetros por este concelho fora mas, com a idade,
tive que deixar a condução com alguma pena minha mas pronto.
Os novos motoristas pedem-lhe conselhos sobre esta
profissão?
Sim, já aconteceu várias vezes. Nessas ocasiões dou o meu ponto
de vista e aconselho-os acima de tudo a serem humildes e que
todos os problemas têm solução através do diálogo.
Entende que o STUB teve uma evolução positiva desde que
integrou o serviço?
Sim, acho que evoluíu muito bem. Ao longo dos anos as coisas
foram melhorando e nestes últimos dez anos o salto qualitativo foi
muito grande. Este executivo tem feito um esforço considerável


                                92
para dotar a frota de bons autocarros. Desde que o Eng. Nunes
entrou para o executivo houve uma melhoria significativa no serviço.
A mais significativa é a nível de alargamento de linhas, todas as
localidades são servidas por um autocarro. Embora não haja tantos
passageiros como há uns anos atrás, o objectivo de transportar
melhor e mais rápido as pessoas está a ser cumprido.
O STUB tem cada vez menos passageiros?
Claro que o número de passageiros que utilizavam as nossas linhas
há uns anos atrás com o número actual é muito diferente mas
temos ao longo do tempo conseguimos fidelizar pessoas que já não
prescindem do nosso serviço.




                                 93
Isso é especialmente visível no mundo rural?
Sim, apesar do despovoamento contínuo, o nosso trabalho é espe-
cialmente visível nas aldeias onde somos o principal meio de trans-
porte das pessoas idosas e dos estudantes.
Entende que algumas linhas rurais correm o risco de fechar
em época escolar?
Nos meses de Verão é visível uma diminuição de passageiros porque
chegam muitos emigrantes que trazem os idosos mas não acredito
que alguma linha possa terminar ou ser suspensa.
Actualmente asseguram todo o transporte no concelho mas as
empresas privadas já há muito que deixaram Bragança.
Sim, reflexo desse despovoamento. Mas nós nunca quisemos fazer
concorrência com essas empresas, pelo contrário, tivemos que
assegurar o serviço que deixaram de fazer junto das populações.
Como vê a evolução do STUB nos próximos 10 anos?
Ao contrário do que pensa muita gente eu acredito que o mundo
rural não vai morrer e, pelo contrário, vai haver agora uma fase
de fuga da cidade para as aldeias. Consequentemente se há mais
pessoas haverá maior movimento. Creio que dentro de dez anos os
transportes públicos em Bragança estarão tão bem ou até melhor
que actualmente.




                                94
95
UMA APOSTA DE FUTURO




Olhar para o futuro acreditando no incremento da economia e na
sustentabilidade ambiental implica pensar nos transportes públicos
como parte da solução de um problema que é de todos. Os trans-
portes públicos devem ser encarados como uma ferramenta ao
serviço da economia, estimuladora da produtividade; como instru-
mento social, ao serviço dos mais carenciados; como potencia-
dor de ganhos ambientais e como agente ao serviço da poupança
energética.
Nesse sentido deve ser estimulada e promovida uma política de
uso dos transportes públicos, em detrimento dos transportes indi-
viduais.
É preciso despertar a consciência ecológica de cada um. O trânsito é
um dos maiores responsáveis pela emissão de gases na atmosfera,
especialmente o carbono, resultantes do consumo de combustiveis


                                 96
de origem fossil (gasóleo, gasolina, etc.). Da queima desses com-
bustíveis resulta a emissão de gases para atmosfera responsáveis
pelo efeito estufa e, consequentemente, pelo tão falado aqueci-
mento global do planeta. Daí a necessidade de criar em cada um
um sentimento de responsabilidade oferecendo soluções colectivas
de transportes que dimuam a pressão da referida poluição.
Do ponto de vista económico é fácil fazer contas e confirmar que
o uso dos transportes públicos tem menores custos financeiros do
que o uso do transporte individual.
A autarquia projecta as Linhas e os horários de acordo com as
necessidades dos utentes, o conforto dos autocarros é cada vez
maior, os percursos são feitos com rapidez e é muito cómodo che-
gar ao centro da cidade de Bragança sem ter preocupações com o
estacionamento.




 Olhe por si, olhe por todos nós,
 faça a escolha acertada,
 utilize os transportes públicos.




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Serviço de transportes urbanos de Bragança - 25 anos a servir a mobilidade

  • 1. STUB - SERVIÇO DE TRANSPORTES URBANOS DE BRAGANÇA SERVIÇO DE TRANSPORTES URBANOS DE BRAGANÇA 1 1985 - 2010
  • 2. 2
  • 3. 3
  • 4. Ficha Técnica: Título: STUB - Serviço de Transportes Urbanos de Bragança Edição: Câmara Municipal de Bragança Coordenação: Rui Caseiro Produção e Composição Gráfica: Conteúdo Chave, Lda. Fotografia: Manuel Teles e Conteúdo Chave, Lda Impressão: Casa de Trabalho Dr. Oliveira Salazar Tiragem: 1000 Depósito Legal: 4
  • 5. STUB Serviço de Transportes Urbanos de Bragança 5
  • 6. MENSAGEM DO PRESIDENTE Lembro a importante decisão política tomada pela Câmara municipal de Bragança, presidida pelo Eng.º José Luís Gomes Pinheiro e que a 21 de Dezembro de 1984 permitiu, brindar a cidade com um Serviço de Transportes Urba- nos de passageiros, e que iniciou com quatro linhas urbanas para transportar trabalhadores e estudantes dos muitos e distantes bairros da cidade. O inicio do serviço foi festejado com desfile da frota pelas ruas da cidade, em dia de feira, sendo compreensível a alegria que esta medida proporcionou aos cidadãos. Hoje a cidade está muito mais compacta em termos de edificação, de infra-estruturas, de equipamento e de espaços verdes. Nos primeiros anos, o serviço evoluiu para uma vertente de 6
  • 7. transporte mais rural, servindo progressivamente aldeias mais próximas da cidade e uma ou outra mais isolada, como Rio de Onor. Lembro que há 25 anos atrás, num concelho tão grande em área e número de aldeias, poucas pessoas na área rural tinham transporte próprio, também na cidade a situação era muito diferente da actual, os táxis eram em número mais reduzido, as linhas de transporte público privado serviam um número restrito de percursos, por isso a população não dispunha das facilidades actuais de transporte. Nas duas últimas décadas, um conjunto de factores de que sali- ento, a extinção do transporte ferroviário, o abandono das activi- dades agrícolas, a forte diminuição e envelhecimento da população residente nas aldeias, o abandono por parte das empresas privadas de algumas linhas de transporte público, por falta de rentabilidade, o encerramento generalizado de escolas por falta de alunos, colo- caram no município uma elevada responsabilidade financeira ao pretender assegurar as necessárias condições de mobilidade aos cidadãos de todas as idades. A Administração Central ignorou esta evolução negativa e deixou que as coisas se resolvessem por si, o mesmo é dizer pelos municí- pios que o pudessem fazer, sem que viesse a colaborar financeira- mente na promoção do serviço público, tal como ocorre nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, ou mesmo sem que tenha tido a iniciativa política de regulamentar as condições de serviço público em áreas de baixa densidade, arrastando-se este problema em 7
  • 8. debates de seminários e declarações de boas intenções políticas, deixando parte do interior do país entregue a si próprio e alguma população mais isolada, contribuindo também com essa omissão para o aumento das desigualdades e a perda de coesão territorial. No ano de 1989, a frota STUB era constituída por sete autocarros, e em 1998 tinha igual número, ano a partir do qual ocorreu uma importante evolução em termos de serviço, estando no activo 18 autocarros de transporte urbano e dois de turismo e de apoio ao transporte escolar. Actualmente 78% da população do município é servida pelos STUB que percorrem anualmente cerca de 500 mil Km. Os utentes do serviço consideram-no imprescindível, tanto os da área rural, quer dispõem de serviço diário ou irregular, como os da cidade, em particular as mais idosas que vivem no Centro Histórico e também os cidadãos de mais baixos recursos económi- cos, que beneficiam com o uso do cartão de munícipe. Na cidade o serviço evoluiu, com linhas autónomas, no sentido de os horários se adequarem a exigências de vida mais intensa, a uma nova realidade associada à presença de milhares de estudantes que tendiam a concentrar a sua residência nas proximidades do Instituto Politécnico, provocando distorções urbanas em termos comerciais e residências, a exigências de mais e melhor mobili- dade no Centro Histórico e na cidade em geral, incentivando modos de transporte ambientalmente mais sustentáveis. A introdução de autocarros eléctricos num programa experimental desenvolvido 8
  • 9. no país, foi uma medida de adesão a um novo conceito de mobi- lidade, a uma política de cidade mais amiga do ambiente, mais próxima dos conceitos de cidades inteligentes e sustentáveis que no futuro tornarão as cidades mais competitivas para fixar activi- dades económicas e população e garantindo melhores condições de vida e de bem-estar aos cidadãos. O serviço de transporte público no município de Bragança, tem resultados económicos de exploração muito deficitários, no entan- to, considerado o beneficio social, associado ao serviço de trans- porte escolar, á mobilidade proporcionada aos cidadãos em particu- lar aos que vivem mais isolados, nas aldeias ou mesmo na cidade, o por a conversa em dia, a sociabilidade que proporciona, os ben- efícios económicos em resultado da partilha de transporte com- parando com o transporte individual, se contabilizada a redução das emissões de dióxido de carbono, um dos principais respon- sáveis pelo efeito de estufa e por essa via das alterações climáti- cas que tantos danos provocam ao planeta e aos seus habitantes, tudo isto ponderado é inevitável continuar a apostar no transporte público, que será cada dia mais confortável, mais seguro e menos poluente. O município e os seus trabalhadores devem encarar os STUB, nos próximos vinte e cinco anos, com elevado sentido de serviço público e de serviço aos cidadãos, assegurar conforto, segurança e ajuda aos utentes, o bom aproveitamento dos escassos recur- 9
  • 10. sos disponíveis, a eliminação permanente de qualquer desperdício, tendo presente a procura de equilíbrio nas contas da receita e da despesa, mantendo-se plenamente abertos a uma visão de sus- tentabilidade ambiental e de parceria com as outras cidades com as quais temos partilhado um percurso de resistência, cientes de que esse percurso não sendo fácil de percorrer, tem mesmo assim que ser feito. Aos fundadores dos STUB deixo a homenagem pela boa decisão tomada, aos trabalhadores o reconhecimento pelo empenho, aos que comigo têm partilhado decisões políticas de desenvolvimento dos transportes urbanos, a satisfação do dever cumprido e aos utentes, o incentivo no sentido de continuarem de modo inteligente a utilizar o transporte público, que dá mais garantias às próximas gerações. António Jorge Nunes Presidente da Câmara Municipal 10
  • 11. INTRODUÇÃO No ano em que o Serviço de Transportes Urbanos de Bragança (STUB) assinala 25 anos de existência (1985-2010), editamos este livro que pretende demonstrar como um serviço, actualmente con- siderado imprescindível, nasceu e se foi adaptando às necessidades dos utentes, evoluindo ao longo dos tempos. O serviço arrancou com apenas quatro autocarros, outros tantos percursos, assegura- dos pelo mesmo número de motoristas. Actualmente existem qua- tro linhas urbanas e 12 rurais, percursos feitos por 18 viaturas e 24 motoristas, que garantem, em conjunto com operadores privados, uma cobertura muito satisfatória de todo o concelho. Em 1985 a criação do STUB surge como uma necessidade e, essen- cialmente, um estímulo para o desenvolvimento social e económico do município: aumentou a dinâmica e a competitividade da cidade, facilitou a mobilidade urbana e representou um enorme salto para 11
  • 12. a tão ansiada sustentabilidade ambiental. É inegável o contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos mas é também inquestionável a sua importância em matéria ambiental. Os transportes públicos são apontados como um dos meios de combate à pressão do trânsito, de combate às excessivas emissões de CO2 para a atmosfera, como um dos prin- cipais caminhos para lutar pela sustentabilidade ambiental. Os automóveis são, em boa parte, responsáveis por essas emissões poluentes, os transportes públicos, em alguns percursos feitos com veículos amigos do ambiente (eléctricos), são a resposta para um problema que é de todos. O STUB nasceu com a missão de responder às necessidades dos utentes, mantém-se essa função, alias crescente face ao gradual e continuado abandono de carreiras por parte dos operadores priva- dos. Usar os transportes públicos é economicamente mais vanta- joso e ecologicamente a solução mais acertada. Não sendo um serviço economicamente rentável para o município, a relação custo/benefício social justifica plenamente a sua continui- dade e constante melhoria. 12
  • 13. 13
  • 14. CONTEXTO TERRITORIAL Localizado no extremo nordeste do País, o concelho de Bragança, tem uma área de 1174 Km2, distribuídos por 49 freguesias, e uma população de cerca de 35 000 habitantes. A população do concelho concentra-se fundamentalmente na cidade de Bragança e no seu entorno, com a freguesia da Sé a apresentar uma densidade populacional na ordem dos 1 500 habitantes por km2 e as freguesias de Santa Maria e Samil a registarem densidades superiores a 100 hab/km2. As restantes freguesias do concelho apresentam densidades inferiores a 50 hab/km2, destacando-se com densidades entre os 20 e os 50 hab/km2 as freguesias de Donai, Castro de Avelãs, Gostei, Nogueira, Rebordãos e Gimonde, que confinam com as freguesias da cidade, e as freguesias de Santa Comba de Rossas e Izeda, ambas localizadas na zona sul do concelho, a primeira sobre o IP4/EN15 e a segunda no cruzamento 14
  • 15. da EN317 com a EN217. As zonas norte e nordeste do concelho apresentam densidades muito reduzidas (abaixo dos 10 hab/km2). Do ponto de vista da evolução populacional, o município, que tem a capital de distrito, mantém uma tendência de crescimento eviden- ciando-se um processo de concentração da população do concelho na cidade e o despovoamento das freguesias rurais. O contraste entre a população rural e urbana é também notório na análise de outros indicadores demográficos, como é o caso dos índices de envelhecimento que se revelam menores nas freguesias urbanas da Sé, Santa Maria e Samil do que no resto do concelho. A existência de potenciais populacionais diminutos (fig. 1) fora da zona central dificulta substancialmente a viabilidade económica dos transportes colectivos. 15
  • 16. (fig.1) Distribuição populacional na área do Concelho de Bragança Fonte: INE, Censos de 2001 16
  • 17. 17
  • 18. EVOLUÇÃO DOS PERCURSOS No dia 21 de Dezembro de 1984 o executivo camarário de Bra- gança, então liderado pelo presidente José Luís Pinheiro, apresen- tou à cidade a primeira frota, constituída por quatro autocarros, que iria marcar o arranque do Serviço de Transportes Urbanos de Bragança. “A cidade teve prenda de Natal”, reportava a imprensa local da altura, explicando que o STUB iria servir, principalmente, trabalhadores e estudantes “dos muitos e distantes bairros”. No dia da apresentação do Serviço era Feira em Bragança: “Entraram na cidade mais de 10 mil pessoas, vindas dos meios rurais e da emi- gração”, referia o presidente da edilidade, no dia em que “passeou”, com o respectivo executivo, de autocarro pelas ruas da cidade, transportando também, gratuitamente, todas as pessoas encon- tradas ao longo dos percursos e que se quiseram juntar à “festa”. Os primeiros percursos foram desenhados por Fernando Saldanha, 18
  • 19. actualmente aposentado, que era o responsável pelo Serviço de Transportes. De forma perfeitamente empírica Fernando Saldanha identificou as zonas de maior densidade populacional, analisou os melhores pontos de partida e de chegada e ficou estipulado que todas as linhas tinham início e fim na zona da Câmara Municipal. O serviço arrancou com quatro autocarros e outros tantos motoris- tas, que tinham também a incumbência de anotar o tempo de cada percurso, número de passageiros que entravam em cada paragem e assim, pouco a pouco, se foram adaptando os serviços às neces- sidades dos utentes. Os quatro autocarros Toyota, com 34 lugares cada, asseguraram quatro carreiras, de Segunda a Sábado: Linha 1: Câmara Municipal – Alto das Cantarias Linha 2: Câmara Municipal – Cruzamento de Castro de Avelãs Linha 3: Câmara Municipal – Cruzamento de São Sebastião Linha 4: Câmara Municipal – Cruzamento de Donai 19
  • 20. 20
  • 21. Apresentação pública dos primeiros quatro autocarros 21 de Dezembro de 1984 21
  • 22. Ainda no ano de 1985 a própria experiência dos serviços mostrou a neces- sidade de alargamento e adaptação dos percursos, que começaram a entrar no meio rural: Linha 1: Câmara Municipal – Cruzamento da Mosca Linha 2: Câmara Municipal – Formil Linha 3: Câmara Municipal – Quinta da Seara Linha 4: Câmara Municipal – Grandais Em 1986 a Linha 3 passou a servir também a população de Alfaião e, um ano mais tarde (1987), a Linha 4 chegou a Lagomar. As quatro linhas existentes passaram a servir, essencialmente, as aldeias limítrofes da cidade de Bragança, com um cariz fortemente rural. Daí a necessidade de criar um quinto percurso, a Linha 5, designada por linha interna. Os serviços foram crescendo gradualmente, as adaptações ocorreram de forma natural, sempre com o objectivo de servir cada vez mais populações. Em 1988 as linhas ficaram definidas da seguinte forma: Linha 1 – Rebordãos Linha 2 – Formil Linha 3 – Alfaião Linha 4 – Grandais – Oleiros (duas vezes por semana) Linha 5 - Rio de Onor 22
  • 23. Cada uma destas linhas ficou devidamente dividida por zonas. Em 1989 foi criada a Linha 7 até Meixedo. Já em 1996 houve prolongamento de algumas linhas dos transportes públi- cos, a Linha 4 passou a ir a Gondesende, a Linha 5 passou a ir a Avelêda e a linha 6 chegou a Terroso. Em 1999, duas vezes por semana, a Linha 7 passou a ir ao Portelo, apenas no período de Verão (período de férias escolares), devido à recusa do operador privado que garantia o serviço, em operar nesses meses sem estudantes, por questões de rentabilidade económica. Em 2003 houve novamente alterações, foram criadas duas linhas urbanas e mais uma linha rural até Serapicos. Em 2004 a empresa privada que operava na linha de Rabal, França e Portelo abandonou definitivamente a carreira passando a mesma a ser assegurada em permanência pelo STUB. 23
  • 24. No mesmo ano o serviço chegou às localidades de Sanceriz e Sendas. Em 2005 surge mais uma linha na cidade, a Linha Azul, servida por auto- carros eléctricos, que param à ordem dos passageiros. A apresentação das novas viaturas (três miniautocarros Gulliver) significou a concretização de um primeiro passo na implementação da estratégia, da criação de eco-cidade, delineada pela autarquia. A criação da Linha Azul obrigou a uma reestruturação completa de todas as linhas urbanas, evitando assim sobreposição de percursos e chegando a zonas que até então não eram servidas pelo STUB. A rede de transportes interna ficou mais completa e mais adaptada às necessidades da cidade actual. Em 2008 as aldeias de Pombares e Refoios recebem, pela primeira vez, o serviço de transportes. Foi neste ano que aconteceu a última grande reestru- turação ficando a funcionar quatro linhas urbanas e 12 linhas rurais. O crescimento e as alterações introduzidas nas carreiras nos últimos anos resultaram também, em muitos casos, do abandono das operadoras de transportes privadas que, alegando falta de rentabilidade financeira, foram abandonando as carreiras e deixando sem serviços as populações de muitas aldeias. Na medida do possível, a autarquia tem assumido essas falhas che- gando a todas as localidades onde não existem outras alternativas de trans- porte, por entender que deve dar igual oportunidade a todos os munícipes. Os resultados do serviço revelam claramente que em termos económicos o STUB representa um peso considerável para o município, no entanto, se atendermos aos benefícios sociais do serviço facilmente percebemos a sua imprescindibilidade e a mais-valia que representa para o concelho. 24
  • 25. 25
  • 27. 27
  • 28. OFERTA ACTUAL O Serviço, que em 1985 arrancou com apenas quatro linhas urbanas, conta actualmente com uma estrutura de meios e recursos humanos capaz de dar resposta regular e contínua a praticamente todo o concelho. Os serviços foram sendo alargados, gradualmente, garantindo a cobertura de um cada vez maior número de núcleos populacionais, incluindo os mais pequenos. De um serviço delineado em bases empíricas caminhou-se para um serviço profissionalizado, estudado e programado de forma a ganhar eficiência. Foram implementadas quatro linhas urbanas (fig.2) e doze linhas rurais (fig.3). As Linhas Urbanas (a Urb_01 Verde, Urb_02 Amarela e Urb_03 Vermelha), operadas com autocarros convencionais que apresentam frequências de 30 minutos entre circulações e por uma linha (Urb_04 Azul) que utiliza autocarros eléctricos e que tem uma frequência 28
  • 29. de 15 minutos entre passagens. A linha Azul também se distingue das demais linhas urbanas por não apresentar paragens pré- estabelecidas, podendo os passageiros entrar ou sair do autocarro em qualquer ponto do seu percurso. Todas as linhas urbanas apresentam circuitos circulares que servem distintas zonas da cidade: a linha Verde serve a zona Sul da cidade; a Amarela a zona Poente; a Vermelha a zona Norte e Nascente; e a linha Azul o centro da cidade e a zona Nascente. Todas as linhas entrecruzam-se na Estação Rodoviária de Bragança, sendo neste terminal rodoviário, a paragem onde as linhas acertam os horários e possibilitam a realização de transbordos com maior facilidade. Percursos Urbanos: Linha Azul: 5,7 Kms Linha Amarela: 12,2 Kms Linha Verde: 12,1 Kms Linha Vermelha: 10,2 Kms Num total de 40,2 Kms 29
  • 30. (fig.2) Mapa de cobertura do STUB na cidade de Bragança Existe alguma especialização funcional ao nível das diferentes lin- has urbanas, com: ◊ a linha Verde a servir de equipamentos e serviços, nomeadamente as unidades de ensino superior localizadas no Instituto Politécnico de Bragança e a Zona Industrial; ◊ a linha Vermelha a cobrir essencialmente áreas residenciais que se localizam na zona Norte da cidade; ◊ a linha Amarela a servir as áreas residenciais localizadas a Poente e os equipamen- tos desportivos e o Hospital, localizados na zona central da cidade; e ◊ a linha Azul a realizar um percurso mais curto que liga fundamentalmente a zona histórica e de comércio tradicional à zona administrativa da Câmara Municipal, pas- sando pelo Hospital e Centro de Saúde, Segurança Social, PSP e GNR. 30
  • 31. 31
  • 32. Esta especialização funcional não levanta qualquer problema, dado que é fácil e cómodo o transbordo, quer do ponto de vista físico, quer de articulação de horários, quer ainda ao nível tarifário. A rede rural é constituída por 12 linhas que irradiam da cidade para os aglomerados rurais do concelho, sendo que oito destas linhas operam todos os dias úteis e as restantes quatro (as linhas Rur_9 a 12) funcionam normalmente num determinado dia da semana. Linhas Rurais: Linha 1 – Rebordãos Linha 2 – Castrelos Linha 3 – Alfaião Linha 4 – Gondesende Linha 5 – Rio de Onor Linha 6 – Terroso Linha 7 - Portelo Linha 8 – Quintas da Seara Linha 9 – Serapicos Linha 10 – Sanceriz Linha 11 – Sendas Linha 12 – Laviados 32
  • 33. O término na cidade das linhas rurais é a Câmara Municipal, com excepção das linhas que só funcionam uma vez por semana as quais iniciam e terminam na Estação Rodoviária, sendo que estas linhas fazem também serviço urbano no atravessamento da cidade. As linhas rurais cobrem, essencialmente, o território concelhio situ- ado a Norte e Poente de cidade de Bragança, sendo que a Sul a oferta é assegurada por carreiras de frequência semanal e a Nas- cente a oferta de Transportes Colectivos (TC) é assegurada por operadores privados. A análise em termos de localidades situadas num raio de 1 km das linhas exploradas pelos STUB revela que 50 das 111 localidades do concelho são integralmente abrangidas, o que aponta para uma cobertura de 78% da população e 77% das famílias residentes na área do município. Se excluirmos a cidade de Bragança o total de população residente em localidades a 1 Km das linhas operadas pelo STUB é de cerca 5 800 habitantes o que corresponde a cerca de 45% da população rural do concelho e 18% da sua população total. A extensão média das linhas rurais é de cerca de 26 Km, desta- cando-se as linhas 9 a 11 que servem o extremo Sul do concelho e a linha 5 que serve o extremo Norte do concelho, com os maiores percursos, e as linhas 8 e 1 que servem aglomerados na periferia da cidade de Bragança, com os menores percursos. O tempo máximo de percurso das linhas rurais é, em média, na 33
  • 34. 34
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  • 36.     36
  • 37. (fig.3) Mapa de cobertura do STUB do concelho de Bragança ordem dos 42 minutos e o tempo médio de cerca de 36 minutos, sendo genericamente as carreiras mais extensas aquelas que apre- sentam tempos maiores. Nas linhas urbanas o tempo de percurso calculado com base nos horários em vigor é, em média, de 27 minutos. A distância média entre paragens nas linhas rurais ronda os 2,6 km sendo que este elevado valor deve-se ao comportamento das linhas que servem os aglomerados do extremo sul do concelho, as quais unem esses aglomerados à cidade de Bragança, praticamente, sem paragens intermédias. Nas restantes linhas rurais, a distância entre paragens é muito inferior (na ordem dos 650 metros) sendo que o facto de estas carreiras efectuarem serviço urbano na cidade reduz muito essa distância média. Nas linhas urbanas a distância entre paragens é de cerca 300 metros, 37
  • 38. 38
  • 39. valor abaixo do que habitualmente se considera como a distância cómoda de percurso a pé que é de cerca de 400 metros. Apesar da distância média entre paragens poder ser aumentada com vista a elevar as velocidades praticadas, antes de o fazer, é necessário ter em conta as características da população que recorre ao TC e que é maioritariamente constituída por reformados/idosos e estudantes. Num dia útil médio o STUB proporciona 65 circulações rurais e cerca de 117 circulações urbanas, sendo a média de circulações diárias nas linhas rurais de cinco, salientando-se a linha 1 com 11 circulações diárias (seis no sentido de Bragança e cinco no sentido oposto) e as linhas 9 a 12 com duas circulações dia, sendo que estas carreiras só funcionam num dia específico da semana e, em alguns casos, tam- bém em dias de feira. As restantes linhas, tal com as linhas urbanas, funcionam nos dias úteis; Nas linhas rurais regista-se uma diminuição da oferta no período de férias escolares. As linhas urbanas operadas com veículos convencionais, linhas 1 a 3, apresentam de horário uma frequência de passagem de 30 em 30 minutos. A linha Azul que é operada com três veículos eléctricos, apresenta uma frequência de 15 em 15 minutos entre as 8:00 e as 19:00 horas, o que perfaz 45 circulações dia. A evolução dos percursos resultou, obviamente, no aumento do número de quilómetros percorridos, em 1985 os STUB realizaram 162 mil quilómetros, em 2009, foram feitos mais de 465 mil quilómetros. 39
  • 40. CUSTOS/BENEFÍCIOS Quando foi criado o Serviço de Transportes Urbanos de Bragança foi fixado o tarifário, em reunião de Câmara, que estipulava que os utilizadores com idade igual ou inferior a dez anos estavam isentos de tarifa, igualmente isentos ficaram os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, ten- do, no entanto, de adquirir um cartão de identificação nos serviços da autarquia, que custava 500$00 (2,50€). Um bilhete normal custava 40$00 (0,20€), enquanto uma caderneta de dez senhas baixava o custo unitário do bilhete para 25$00 (0,125€). O passe geral tinha o custo mensal de 1000$00 (5,00€), o passe estudan- til custava 500$00 (2,50€). Estes preços iniciais tiveram, rapidamente, de ser revistos, até porque os percursos foram alargados e agrupados por zonas. As crianças, dos seis aos dez anos, inicialmente isentas, passaram a pagar um bilhete “juvenil”. A actualização dos tarifários aconteceu naturalmente, tendo sempre por 40
  • 41. base o aumento da inflação. (fig. 5,6,7). Boa parte da população (estudantes e idosos) beneficiou sempre de reduções devidamente regulamentadas. A lógica foi sempre servir bem a baixo custo, atendendo à importância social do serviço em detrimento dos encargos financeiros que este representa para o município. Em 2005, com a criação do Cartão do Munícipe, também as famílias mais carenciadas passaram a usufruir desses descontos, alargados a outros serviços, mas, particularmente, utilizados no STUB. Dos mais de 1200 passes activos existentes em Dezembro de 2009, somente uma centena não beneficiavam de reduções (fig.4) Cartão do Munícipe – Reduções na Utilização do STUB Igual ou inferior à Pensão  Tipo  Rendimentos per capita  Descontos (%)  (fig.4) Mínima do Regime Geral  100  da Segurança Social  Tabela de Igual ou Inferior ao  benefícios e Ordenado Mínimo  50  Geral  Nacional  descontos Igual ou inferior à Pensão  do cartão Mínima do Regime Geral  100  da Segurança Social  de Munícipe Igual ou Inferior ao  Ordenado Mínimo  75  Nacional  Maiores de 65  Superior ao Ordenado  50  Mínimo Nacional  Igual ou inferior à Pensão  Mínima do Regime Geral  100  da Segurança Social  Estudantes que  frequentem o Ensino  100  Obrigatório  Estudantes Não  Jovens e Estudantes  Carenciados que não  50  frequentem o Ensino  Obrigatório    41
  • 42. (fig.5) Evolução das tabelas de preços praticados até 2000 De acordo com a legislação em vigor é da competência dos municí- pios a organização, financiamento e controlo de funcionamento dos transportes escolares, sendo que a utilização dos transportes escolares é gratuita para os estudantes que frequentem até ao 3º Ciclo do Ensino Básico, uma vez que estão sujeitos à escolaridade obrigatória, e comparticipada para os alunos do Secundário. Nestes termos é elaborado para cada ano lectivo um Plano de Trans- portes Escolares, com base nas estimativas de alunos a transportar para as unidades de ensino do concelho, segundo o seu local de residência, utilizando-se para suprir as necessidades de transporte 3 tipos de circuitos que diferem consoante são assegurados por: carreiras públicas exploradas por operadores privados, veículos de aluguer (táxi) ou pelos STUB. Actualmente existem no concelho de Bragança três escolas secundári- 42
  • 43. Tarifários 1990‐2000 12000,00 10000,00 8000,00 Escudos 6000,00 1990 1991 1992 4000,00 1994 1996 2000,00 1998 0,00 Zonas as (a Abade Baçal que também possui o 3º ciclo de Ensino Básico, a Miguel Torga e a Emídio Garcia), todas elas situadas na sede de concelho, e três escolas EB2,3, duas na sede de concelho (a Paulo Quintela e a Augusto Moreno) e outra na vila de Izeda (a EB2,3 de Izeda) que abrange o Sul do concelho. Tal como tem vindo a acontecer no resto do País, as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico (antigas escolas primárias) têm vindo a ser desactivadas e, consequentemente, aumenta o número de alunos transportados para os novos Centros Escolares. As comparticipações da Câmara Municipal para o transporte esco- lar resultam da subtracção das comparticipações dos alunos do secundário que pagam passe estudante aos custos totais do serviço. Ora, sendo os estudantes e os idosos, os principais utilizadores do STUB facilmente se compreende que a receita real resultante 43
  • 44. (fig.6) Evolução das tabelas de preços praticados até 2004 Tarifários 2001‐2004 30,00 € 25,00 € 20,00 € 15,00 € 10,00 € 5,00 € 0,00 € Urbano Rural Estudante Urbano + Rural Estudante  Emissão de Passe Urbano + Rural Urbano + Rural 2001 2004 (fig.7) Evolução das tabelas de preços praticados até 2009 Tarifários 2005‐2009 35,00 € 30,00 € 25,00 € 20,00 € 15,00 € 10,00 € 5,00 € 0,00 € Linha Azul Urbano Rural Urbano + Rural Emissão de Passe 2005 2006 2007 2008 2009 44
  • 45. dos serviços prestados é muito diferente da receita virtual (se os serviços fossem pagos na totalidade sem qualquer tipo de redução), um cálculo que apenas começou a ser feito em 2001 e que revela que se todos os utilizadores pagassem o custo real do serviço os STUB não andariam longe da auto-sustentabilidade. Em termos globais os STUB revelam resultados económicos negativos desde a sua génese. No primeiro ano de serviço (1985), as quatro linhas operacionais transportaram 59462 passageiros. Nos primeiros três anos de actividade (1985/86/87) o STUB somou um prejuízo superior a 50 mil euros. O serviço representou para as contas do município um custo de € 29154,68, tendo sido conseguida uma receita apenas € 15708,89. O resultado final foi de – € 13445,54, suportados pelos cofres do município. Curiosamente, nos anos de 1988/89/90 o serviço foi rentável, consequência directa do significativo aumento do número de passageiros que começou ainda em 1987 e se manteve até 1990. Eram passageiros oriundos do meio rural e foi nesta altura que o município sentiu necessidade de reforçar a frota adquirindo três novos autocarros com capacidade de 100 lugares cada. O número de passageiros desceu significativamente na década seguinte e só a partir de 2005, com a reestruturação e alargamento das linhas foi possível conseguir mais utilizadores dos transportes públicos, ainda assim em número insuficiente para garantir a auto-sustentabilidade do serviço (fig.8). 45
  • 46. No entanto, tendo como missão a prestação de um serviço público, para garantir a mobilidade dos munícipes, e atendendo aos benefí- cios sociais que o mesmo representa, o município aposta na sua con- tinuidade e reforço, consoante as necessidades da população, tendo como objectivo a sua permanente melhoria e crescente satisfação dos utilizadores. (fig.8) Receitas, Despesas e Receita Virtual* *se cada utilizador pagasse o valor real da viagem/estimativas realizadas a partir de 2001 Fonte: CMB/Divisão de Transportes Urbanos 46
  • 47. Custos e Receitas do Serviço Custos e Receitas do Serviço 900.000,00 € 800.000,00 € 700.000,00 € 600.000,00 € 500.000,00 € Receitas Receita Virtual 400.000,00 € Despesas 300.000,00 € 200.000,00 € 100.000,00 € 0,00 € 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 47
  • 48. 48
  • 49. EVOLUÇÃO DOS PASSAGEIROS Em 1985, apenas com quatro linhas urbanas que garantiam o trans- porte na cidade, 59462 passageiros utilizaram os STUB. Um ano depois, com o simples alargamento das mesmas quatro linhas, que começaram a entrar em algumas aldeias mais próximas da cidade o número de transportados quase duplicou: 114127 pessoas utili- zaram os STUB. A contagem era feita pelos motoristas, de acordo com os bilhetes vendidos no final de cada dia. A evolução manteve- se, aumentando o número de passageiros à medida que os serviços alargavam os percursos e criavam mais Linhas (fig.9). Os cálculos foram sempre feitos de uma forma algo empírica, contavam-se os bilhetes vendidos mas não havia como apurar com rigor o número de vezes que os portadores de passe utilizavam o serviço. Até 2006 os passageiros apresentavam o bilhete ao motorista ou revisor, que o rasgava numa das extremidades, e os portadores de passe apenas 49
  • 50. (fig.9) Evolução do número de quilómetros percorridos e de passageiros transportados por ano o exibiam visualmente. A partir de 2007 a autarquia introduziu um novo sistema de bilhética que passou a permitir um controlo exac- to dos utilizadores, quer os bilhetes quer os passes são controlados automaticamente e o registo é exacto. Em 2007 o STUB transportou 347729 passageiros. Números que se têm mantido, com uma ligeira tendência para descer, fruto do decréscimo continuado do número de habitantes no meio rural. 50
  • 51. Quilómetros e Passageiros 1.200.000 1.000.000 1 000 000 800.000 600.000 Quilómetros Percorridos Passageiros 400.000 200.000 0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 51
  • 52. 52
  • 53. O TESTEMUNHO DA POPULAÇÃO No meio rural ou urbano a opinião da população sobre o Serviço de Transportes Urbanos de Bragança (STUB), é unânime: É um serviço imprescindível para garantir a mobilidade local. Desde a sua criação o STUB fidelizou passageiros que ainda hoje utilizam o serviço com regularidade. É o caso de Josefa Rodrigues Preto, de Rio de Onor, que utiliza o serviço desta linha há 25 anos. Com 76 anos ainda se lembra do dia em que o primeiro autocarro chegou àquela pequena aldeia transfronteiriça: “Foi uma festa muito grande no povo porque era novidade e porque era um serviço que nos fazia muita falta”, conta. “Naquele tempo havia muita gente mas poucos habitantes tinham carro e os transportes eram feitos com animais, o que era uma canseira”, lembra. Com a chegada dos autocarros tudo mudou. A mesma recordação tem Maria Rosa Rodrigues, também de Rio de Onor, que aos 19 anos 53
  • 54. emigrou para o Brasil à procura de uma vida melhor. As recordações, essas, ficaram para sempre na memória. “Antes de ir para o Brasil lembro-me que para ganhar algum dinheiro tinha que ir a cavalo de uma burra para Bragança vender carvão, era um dia de viagem ao frio e ao calor, era muito extenuante”, lembra. “Também não tínhamos sapatos, usávamos umas socas de madeira pesadas e como na altura também não havia alcatrão andávamos sempre sujos da lama, era uma tristeza”, conta, apesar de tudo, saudosa. “Agora”, diz, “está tudo muito diferente e para melhor”, afirma convicta que é graças ao STUB que muitas pessoas continuam a viver nas aldeias. “Se não fosse o autocarro para Bragança como é que as pessoas idosas faziam para se deslocar à Farmácia, ao médico e às compras?”, questiona. A resposta surge de imediato da boca de Bernardino Preto: “Tínhamos que nos sujeitar às boleias ou pagar o táxi”. O septuagenário só tem elogios para o STUB que utiliza, pelo menos, duas vezes por semana. “Cada vez que vou ao médico, às compras ou a resolver outros problemas apanho sempre o autocarro e é depressa que me ponho na cidade”, comenta. Os lugares de paragem já os conhece de cor: “Costumo esperar pelo STUB ao lado do Tribunal ou na Avenida do Sabor, passam sempre à hora certinha”. Menos assíduo é António Moreira de 84 anos, de Sacoias, mas que aos dias de feira não falha. “Vou a todas as feiras a Bragança e vou sempre de STUB, vou logo de manhãzinha e regresso às duas, é um descanso porque dá para fazer tudo com 54
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  • 56. calma e além disso a viagem também não é muito cara, também tenho passe que dá para andar um mês sem me preocupar”, lembra. Além da comodidade e dos preços acessíveis, para Ana Maria, habitante de Aveleda, outra das vantagens do “autocarro” é poder falar com pessoas amigas de outras aldeias que só vê durante as viagens de STUB. A passageira de 67 anos também tem nos STUB o único meio de transporte para Bragança e nem quer imaginar um dia que falhem os autocarros amarelos na aldeia. “Já somos todos velhos e se nos faltam não sei o que será de nós”, comenta. Ana Maria conhece os habitantes das aldeias próximas e com o passar dos anos também já criou amizade com os motoristas que trata pelo nome. “São todos muito simpáticos, conhecemo-nos todos e é um ambiente familiar”, descreve. A linha de Rio de Onor inclui as paragens de Baçal, Sacóias, Aveleda, Varge e Rio de Onor. Rio de Onor é uma das cinco linhas rurais do concelho de Bragança que mantêm actividade desde 1988. 56
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  • 61. ANTÓNIO MOREIRA “ Vou a todas as feiras, dá muito jeito, já há muitos anos que utilizo este transporte para ir para Bragança e faz muita falta. Tinha um passe que pagava todos os meses agora pago bilhete. Também não é ele tão caro. Apanho o autocarro às 7h45 e regresso às 14h00. Ainda me lembro dos primeiros autocarros mas estes agora são mais modernos e confortáveis. 61
  • 62. LEANDRO SANTOS “ Estudo na Escola Paulo Quintela e sou de Rebordãos. Como a minha aldeia é perto de Bragança não me custa nada andar de autocarro. É bastante confortável, principalmente no Inverno em que tem sempre o aquecimento ligado e não passamos frio. No Verão ligam o ar condicionado e isso é bom. Os motoristas são simpáticos, já nos conhecem e por isso sinto-me seguro. 62
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  • 65. Vânia Sofia Gonçalves “ Sou estudante na Escola Emídio Garcia, tenho 16 anos, e desde que estudo em Bragança que o meu transporte escolar é o STUB, tanto de manhã como à noite. Gosto deste transporte porque é confortável e muito prático, não preciso fazer transbordos e deixa- me em frente à escola. No Verão e sempre que está bom tempo eu e as minha amigas vamos para a paragem na João da Cruz que é para não estar à espera na escola. Lá há sempre mais gente e colegas de outras paragens com que aproveitamos para conversar. 65
  • 66. Diana Pereira “ Estou no 7º ano e é o STUB que me traz para a escola e que me leva para casa todos os dias da semana. A viagem é relativamente rápida e faz-se muito bem, mesmo no Inverno, quando faz muito frio. Os autocarros são quentinhos e confortáveis. Já conheço os motoristas, já que são sempre os mesmos que fazem aquela linha da serra. Têm muita paciência com os estudantes e sinto-me à vontade nas viagens. Nunca ouvi falar de nenhum acidente com os STUBS por isso sinto-me segura e os meus pais também confiam. 66
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  • 69. ANA MARIA AVELEDA “ Durante a viagem também aproveitamos para pôr a conversa em dia e saber novidades destas aldeias próximas. Já conhecemos os motoristas e eles também já nos conhecem a nós. Os autocarros são um descanso para quem não tem transporte próprio. 69
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  • 71. GULLIVER, O ELÉCTRICO Há cinco anos que um novo conceito de transporte ecológico che- gou à cidade de Bragança. Desde essa altura a mobilidade das pes- soas ganhou um novo ânimo e o Gulliver, o autocarro eléctrico, já faz parte da rotina das pessoas que habitam no centro histórico. Acostumados a ter este transporte sempre à porta, os passageiros já não dispensam do seu serviço para realizar tarefas do quotidiano como ir às compras ou aceder aos vários serviços públicos, locali- zados no centro da cidade de Bragança. De 15 em 15 minutos o Gulliver faz o mesmo trajecto, diariamente, por várias ruas do cen- tro histórico. São Morais, habitante no Bairro São Sebastião, utiliza este transporte desde o primeiro dia e garante que está satisfeita com o serviço prestado. “Tenho carro mas não utilizo porque o meu marido está doente e então socorro-me do eléctrico porque é bastante prático e barato”, explica a moradora. “Pára onde for 71
  • 72. preciso e é bastante prático porque é baixinho e não é preciso subir escadas”, acrescenta. Maria Ermelinda de 73 anos comunga da mesma opinião. “Dá muito jeito para ir ao centro da cidade fazer as nossas coisinhas porque ir e voltar a pé era impossível”, sublinha enquanto ajeita os sacos das compras junto aos pés. Já Isaura da Conceição, também do Bairro São Sebastião, já não dispensa, igualmente, o serviço deste transporte. “Utilizo muitas vezes e con- stato que praticamente todo o bairro também utiliza especialmente os estudantes e os idosos”, comenta. Na sua opinião, o Gulliver foi a melhor medida que o executivo tomou nos últimos anos a favor das pessoas idosas daquele bairro e explica porquê: “Há mui- ta gente que vive sozinha e com dificuldade de locomoção, antes tinham que ir a pé para ir ao médico ou à farmácia, agora num instante fazem isso sem grandes problemas porque o autocarro pára onde for preciso”, garante Isaura da Conceição. Com 56 anos, a passageira explica que apesar de viver na cidade, de sua casa ao centro “ainda são uns minutos largos a pé”. Por isso opta por utilizar o eléctrico por ser “prático e muito cómodo”. Do outro lado da cidade, Ana Ferreira também não passa nenhuma semana sem utilizar o Gulliver. “Tenho carro mas só para evitar a trabalheira de encontrar estacionamento ou pagar parquímetro prefiro o eléctrico porque é muito mais prático”, assegura. 72
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  • 74. ANA FERREIRA “ Moro na zona do Bairro do Pinhal e às vezes meia hora chega per- feitamente para fazer as compras. Antes tinha que vir a pé mas era uma canseira porque as compras pesam e assim é um descanso. Além disso não ando preocupada em andar a correr para ir para a paragem porque pára onde for preciso. Tenho carro mas para ir ao centro prefiro utilizar o eléctrico porque é mais rápido e mais cómodo, não preciso de procurar estacionamento. 74
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  • 77. SÃO MORAIS “ Vivo no bairro São Sebastião e utilizo este transporte (Gulliver) para ir ao centro da cidade para ir às compras ou para ir ao Centro de Saúde e Segurança Social. Tenho carro mas não utilizo porque o meu marido está doente e então socorro-me do eléctrico porque é bastante prático e barato. É um meio de transporte que utilizo desde o início e que agora já faz parte da minha rotina diária. Se não fosse assim, tinha que ir a pé para a cidade e voltar carregada de compras. Dá muito jeito. Além disso tem uma grande vanta- gem, pára nos sítios onde o mandamos parar. 77
  • 78. SANDRA LOPES “ Trabalho na zona das Cantarias mas moro no Bairro São Sebastião e não tenho carro, por isso, utilizo diariamente o eléctrico. Como sou utilizadora habitual tenho o passe mensal e devido à regulari- dade das viagens já conheço muitas pessoas que também viajam neste transporte. É muito prático e os horários também são muito regulares o que nos permite saber que de trinta em trinta minutos há sempre um eléctrico a passar. Outra das vantagens é que nos dias que me atraso com as compras sei que posso ficar descansada porque posso fazer sinal de paragem em qualquer sítio que me encontre. Não ando a correr sempre para as paragens. Recomendo a todos. 78
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  • 81. ISAURA DA CONCEIÇÃO “ Utilizo quase todos os dias para ir para o centro da cidade. Quem utiliza mais são as pessoas idosas. Vivem sozinhas e com dificul- dade de locomoção por isso o eléctrico é o transporte que utilizam. Posso dizer que praticamente todo o bairro utiliza o eléctrico desde os mais novos aos mais idosos. Dá muito jeito. 81
  • 82. Carla Centeno “ Moro em Caravela e estudo na Escola Secundária Miguel Torga em Bragança. Há dois anos que utilizo o eléctrico porque foi uma amiga que me incentivou. Antes ia a pé para o centro da cidade mas agora sempre que posso utilizo o Gulliver. Gosto de tudo neste meio de transporte especialmente porque não é caro e por ser “pequenino” é muito acolhedor e as pessoas são simpáticas. Vejo que há sempre muita gente idosa no eléctrico e acredito que veio mudar a mobi- lidade das pessoas que moram no centro da cidade. É muito útil. 82
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  • 86. UMA HISTÓRIA DE VIDA Carlos Pinto, 68 anos, é actualmente revisor dos STUB mas já foi motorista, alias um dos primeiros. A idade retirou-lhe o volante mas guarda na memória saudades dos tempos em que autocarros “andavam cheios”, porque ainda havia muita gente nas aldeias. 86
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  • 88. Quando foi integrado no serviço chegou numa fase de estru- turação ou de consolidação da rede STUB? Estavam a evoluir mas só ainda existiam cinco linhas e eu comecei a trabalhar na linha 1, a que fazia a ligação de Bragança/ Rebor- dãos. Nessa altura o STUB já era muito procurado pelas pessoas? Sim, já muita gente utilizava os transportes porque realmente havia poucos carros particulares. Estudantes, jovens, idosos, todos utilizavam os nossos transportes porque na altura poucas pessoas tinham outro meio de transporte. Os autocarros andavam cheios? Sim, houve realmente uma fase em que os autocarros andavam cheios e chegou muitas vezes a haver pessoas de pé no corredor porque também as aldeias tinham muitos habitantes. A linha 1, 2 e 3 andavam sempre cheias porque eram as linhas rurais. Tanto é que nessa altura a autarquia teve que adquirir três novos autocar- ros de 100 lugares para satisfazer a procura. Os primeiros carros a funcionar em Bragança eram Toyota de 33 lugares. Tenho saudades desses autocarros. Porquê? Eram muito fáceis de conduzir e nas aldeias entravam em qualquer rua e até nos locais mais difíceis. Eram muito práticos e tinham uma suspensão à frente muito boa. Apesar dos autocarros actuais serem mais modernos, continuo a sentir algumas saudades dos 88
  • 89. primeiros. Nessa altura ainda tinham que fazer a contagem dos passageiros em cada paragem? Não, apenas fazíamos a contagem de passageiros no final de cada viagem através dos bilhetes que vendia-mos. Tinha preferência por alguma linha do STUB? Não, sinceramente não tinha preferência nenhuma, gostava de todas. Claro que havia alguma diferença de horários mas, normal- mente, cada trajecto demorava cerca de hora a meia a concluir. Nessa altura os passageiros davam muitos palpites e sugestões sobre os transportes? As pessoas eram interventivas? As pessoas não têm por norma uma cultura de reclamação e aco- modam-se ao que existe e como neste caso, o STUB era o único transporte que tinham, não reclamavam muito do serviço. O que notava na altura é que as pessoas da cidade eram realmente mais interventivas mas apenas na questão dos horários. Mas havia diálogo entre motoristas e passageiros? As pessoas sentiam esse à vontade? Sim, ao longo destes anos de trabalho fui conhecendo o concelho como a palma das minhas mãos e posso dizer que tenho pessoas amigas em toda a parte e em qualquer aldeia de Bragança. Devido ao contacto diário fiz muitas amizades e se precisar tenho sempre uma porta aberta em qualquer ponto do concelho. Tenho muito orgulho nisso. 89
  • 90. Essa empatia entre motoristas e passageiros mantém-se actualmente? Sim, de uma certa maneira sim, mas hoje há inclusive autocarros, nomeadamente os eléctricos, em que têm um aviso para não dialogar com o motorista para evitar distracções. Um profissional tem que estar atento ao que faz. A nossa profissão lida com a vida de outros. Mas entende que actualmente a profissão de motorista do STUB está mais facilitada do que na altura em que o senhor entrou para o serviço? 90
  • 91. Sim, sem dúvida. Além das escalas estarem melhor organizadas, o serviço evoluiu muito, houve necessidade de mais motoristas para poder alargar a rede e além disso, a grande diferença é que ago- ra temos autocarros de substituições para casos de avaria. Antes, quando um carro avariava tinha que lá ir o mecânico, agora, vai de imediato outro autocarro buscar os passageiros. Outra diferença substancial é que estes autocarros são melhores e climatizados. Em caso de avaria como reagiam os passageiros? Nunca houve grande confusão. A nossa função enquanto motoris- tas é atender sempre o passageiro, ele é que está sempre em pri- meiro lugar. Teve alguma situação caricata ao longo destes anos de tra- balho? Orgulho-me de nunca ter tido nenhum acidente ao longo destes anos de trabalho. Mas situações caricatas tive muito poucas. Houve alturas em que tive que intervir quando os passageiros estavam mais exaltados entre eles ou quando havia rixas pessoais que entravam em choque nas viagens. As zaragatas aconteciam mais com os estudantes, rapazes que andavam armados em “galarós”, mas nada de especial. E o rigor dos invernos nunca lhes trouxe dissabores? Cheguei a ficar preso na neve várias vezes em Alimonde e Rio de Onor. Mas nós já sabíamos que quando nevava era preciso ter mui- to cuidado nestas duas linhas. As subidas na Aveleda, Varge e Rio 91
  • 92. de Onor eram muito complicadas, era preciso ter muito cuidado. As pessoas nessa altura também percebiam que a culpa era da neve e não do condutor. Quase no final da carreira sente algum saudosismo? Gos- tava do que fazia? Eu agora exerço a função de revisor mas confesso que gostava muito do que fazia. Gostava do contacto com as pessoas. Sentia que cumpria a minha missão sempre que fazia os percursos sem percalços e que entregava no destino os passageiros. O bem-estar dos utilizadores foi sempre a minha preocupação. Sempre os tratei com educação, humildade e muito respeito Ficaram muitas histórias e experiências para trás? Fiz muitos quilómetros por este concelho fora mas, com a idade, tive que deixar a condução com alguma pena minha mas pronto. Os novos motoristas pedem-lhe conselhos sobre esta profissão? Sim, já aconteceu várias vezes. Nessas ocasiões dou o meu ponto de vista e aconselho-os acima de tudo a serem humildes e que todos os problemas têm solução através do diálogo. Entende que o STUB teve uma evolução positiva desde que integrou o serviço? Sim, acho que evoluíu muito bem. Ao longo dos anos as coisas foram melhorando e nestes últimos dez anos o salto qualitativo foi muito grande. Este executivo tem feito um esforço considerável 92
  • 93. para dotar a frota de bons autocarros. Desde que o Eng. Nunes entrou para o executivo houve uma melhoria significativa no serviço. A mais significativa é a nível de alargamento de linhas, todas as localidades são servidas por um autocarro. Embora não haja tantos passageiros como há uns anos atrás, o objectivo de transportar melhor e mais rápido as pessoas está a ser cumprido. O STUB tem cada vez menos passageiros? Claro que o número de passageiros que utilizavam as nossas linhas há uns anos atrás com o número actual é muito diferente mas temos ao longo do tempo conseguimos fidelizar pessoas que já não prescindem do nosso serviço. 93
  • 94. Isso é especialmente visível no mundo rural? Sim, apesar do despovoamento contínuo, o nosso trabalho é espe- cialmente visível nas aldeias onde somos o principal meio de trans- porte das pessoas idosas e dos estudantes. Entende que algumas linhas rurais correm o risco de fechar em época escolar? Nos meses de Verão é visível uma diminuição de passageiros porque chegam muitos emigrantes que trazem os idosos mas não acredito que alguma linha possa terminar ou ser suspensa. Actualmente asseguram todo o transporte no concelho mas as empresas privadas já há muito que deixaram Bragança. Sim, reflexo desse despovoamento. Mas nós nunca quisemos fazer concorrência com essas empresas, pelo contrário, tivemos que assegurar o serviço que deixaram de fazer junto das populações. Como vê a evolução do STUB nos próximos 10 anos? Ao contrário do que pensa muita gente eu acredito que o mundo rural não vai morrer e, pelo contrário, vai haver agora uma fase de fuga da cidade para as aldeias. Consequentemente se há mais pessoas haverá maior movimento. Creio que dentro de dez anos os transportes públicos em Bragança estarão tão bem ou até melhor que actualmente. 94
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  • 96. UMA APOSTA DE FUTURO Olhar para o futuro acreditando no incremento da economia e na sustentabilidade ambiental implica pensar nos transportes públicos como parte da solução de um problema que é de todos. Os trans- portes públicos devem ser encarados como uma ferramenta ao serviço da economia, estimuladora da produtividade; como instru- mento social, ao serviço dos mais carenciados; como potencia- dor de ganhos ambientais e como agente ao serviço da poupança energética. Nesse sentido deve ser estimulada e promovida uma política de uso dos transportes públicos, em detrimento dos transportes indi- viduais. É preciso despertar a consciência ecológica de cada um. O trânsito é um dos maiores responsáveis pela emissão de gases na atmosfera, especialmente o carbono, resultantes do consumo de combustiveis 96
  • 97. de origem fossil (gasóleo, gasolina, etc.). Da queima desses com- bustíveis resulta a emissão de gases para atmosfera responsáveis pelo efeito estufa e, consequentemente, pelo tão falado aqueci- mento global do planeta. Daí a necessidade de criar em cada um um sentimento de responsabilidade oferecendo soluções colectivas de transportes que dimuam a pressão da referida poluição. Do ponto de vista económico é fácil fazer contas e confirmar que o uso dos transportes públicos tem menores custos financeiros do que o uso do transporte individual. A autarquia projecta as Linhas e os horários de acordo com as necessidades dos utentes, o conforto dos autocarros é cada vez maior, os percursos são feitos com rapidez e é muito cómodo che- gar ao centro da cidade de Bragança sem ter preocupações com o estacionamento. Olhe por si, olhe por todos nós, faça a escolha acertada, utilize os transportes públicos. 97
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