A dívida pública, com a geringonça, entrou no esquecimento, apesar de nunca ter parado de aumentar, desde o início do século; e, a carga de juros desde 2012 anda em torno dos 800€ por habitante. Os números estão aí, neste texto onde também constam comparações com os outros países da UE
O sistema financeiro, o primeiro ditador global 2GRAZIA TANTA
Sumário
4 - Crédito total dirigido às famílias e empresas não lucrativas que servem as famílias (% do PIB)
5 - Crédito total dirigido às empresas não financeiras (% do PIB)
6 - Estruturas e dinâmicas na distribuição do crédito/endividamento
Demografia na Europa – um mundo de desigualdadesGRAZIA TANTA
1. O documento discute as desigualdades demográficas na Europa entre 2015-2020, mostrando que as discrepâncias continuam grandes apesar das promessas da UE de coesão territorial e social.
2. A demografia reflete as derivas capitalistas, com algumas regiões tendo expansão populacional e outras regressão, dependendo de fatores econômicos.
3. Mapas mostram as variações demográficas por região entre 2010-2015 e 2015-2020, com algumas áreas tendo aumento populacional e outras diminuição.
Dívida & deficit – estratégia de empobrecimentoGRAZIA TANTA
1. A dívida pública portuguesa e os juros continuam a aumentar apesar da redução do défice, levantando questões sobre os limites dos cortes nos serviços públicos e aumentos de impostos.
2. Na UE, a situação é semelhante, embora atenuada na região central da Europa, revelando-se problemas políticos como a falta de democracia e aproximação dos limites do capitalismo.
3. A redução do défice em Portugal não tem nada de virtuosa, baseando-se na perda de direitos e cort
Salários e impostos – sua evolução no século XXIGRAZIA TANTA
O documento analisa a evolução dos salários médios e das taxas de impostos sobre o rendimento em sete países europeus entre 2000-2019. De modo geral, os salários médios aumentaram moderadamente em todos os países, com exceção da Grécia onde diminuíram. As taxas de impostos também aumentaram na maioria dos países, com Portugal apresentando um grande aumento em 2013 sob pressão da Troika.
Passos oferece a guia de marcha para a construção de um país imergente
Enquadramento global
A dívida reduziu-se?
A nebulosa das incertezas
Juros da dívida, a continuidade
O saldo primário, o grande indicador do empobrecimento
O tesouro do Passos
Entre roteiros e manifestos, uma classe política pestilentaGRAZIA TANTA
Setenta políticos e acadêmicos portugueses propuseram uma reestruturação parcial da dívida pública portuguesa, reduzindo as taxas de juro e estendendo os prazos de pagamento. O autor critica fortemente esta proposta, argumentando que uma parcela significativa da dívida portuguesa é ilegítima e que uma reestruturação efetiva exigiria cortes substanciais nos valores devidos ("haircut"), não apenas alongamento dos prazos. Ele também acusa os setenta de defenderem os interesses do capital financeiro em
O sistema financeiro, o primeiro ditador global 2GRAZIA TANTA
Sumário
4 - Crédito total dirigido às famílias e empresas não lucrativas que servem as famílias (% do PIB)
5 - Crédito total dirigido às empresas não financeiras (% do PIB)
6 - Estruturas e dinâmicas na distribuição do crédito/endividamento
Demografia na Europa – um mundo de desigualdadesGRAZIA TANTA
1. O documento discute as desigualdades demográficas na Europa entre 2015-2020, mostrando que as discrepâncias continuam grandes apesar das promessas da UE de coesão territorial e social.
2. A demografia reflete as derivas capitalistas, com algumas regiões tendo expansão populacional e outras regressão, dependendo de fatores econômicos.
3. Mapas mostram as variações demográficas por região entre 2010-2015 e 2015-2020, com algumas áreas tendo aumento populacional e outras diminuição.
Dívida & deficit – estratégia de empobrecimentoGRAZIA TANTA
1. A dívida pública portuguesa e os juros continuam a aumentar apesar da redução do défice, levantando questões sobre os limites dos cortes nos serviços públicos e aumentos de impostos.
2. Na UE, a situação é semelhante, embora atenuada na região central da Europa, revelando-se problemas políticos como a falta de democracia e aproximação dos limites do capitalismo.
3. A redução do défice em Portugal não tem nada de virtuosa, baseando-se na perda de direitos e cort
Salários e impostos – sua evolução no século XXIGRAZIA TANTA
O documento analisa a evolução dos salários médios e das taxas de impostos sobre o rendimento em sete países europeus entre 2000-2019. De modo geral, os salários médios aumentaram moderadamente em todos os países, com exceção da Grécia onde diminuíram. As taxas de impostos também aumentaram na maioria dos países, com Portugal apresentando um grande aumento em 2013 sob pressão da Troika.
Passos oferece a guia de marcha para a construção de um país imergente
Enquadramento global
A dívida reduziu-se?
A nebulosa das incertezas
Juros da dívida, a continuidade
O saldo primário, o grande indicador do empobrecimento
O tesouro do Passos
Entre roteiros e manifestos, uma classe política pestilentaGRAZIA TANTA
Setenta políticos e acadêmicos portugueses propuseram uma reestruturação parcial da dívida pública portuguesa, reduzindo as taxas de juro e estendendo os prazos de pagamento. O autor critica fortemente esta proposta, argumentando que uma parcela significativa da dívida portuguesa é ilegítima e que uma reestruturação efetiva exigiria cortes substanciais nos valores devidos ("haircut"), não apenas alongamento dos prazos. Ele também acusa os setenta de defenderem os interesses do capital financeiro em
A precariedade no trabalho distingue os mais precários dos menos precários, colocando todos num patamar de insegurança face ao futuro. Os mais jovens, a despeito das suas mais elevadas habilitações procuram novas geografias; e os mais velhos encaram um horizonte carregado onde a hibridação dos seus descontos para a reforma com a volúpia do sistema financeiro, não augura nada de bom.
Sumário
1 - As três esferas do salariado
2 - Assalariados e independentes
1) O relatório do FMI prevê cortes drásticos nas pensões, salários e funcionários públicos em Portugal para cortar 4 mil milhões de euros anuais na despesa.
2) O autor argumenta que estes cortes radicais propostos pelo FMI são social e politicamente impossíveis numa democracia, podendo levar o país à ingovernabilidade.
3) A oposição e figuras do PSD e CDS criticam o relatório do FMI, enquanto apoiantes do antigo regime ditatorial de Salazar elogiam a sua austeridade financeira,
A longa marcha das desigualdades – 3 Portugal, desastre periférico e pasto...GRAZIA TANTA
1 - O documento descreve a situação econômica e política de Portugal no período entre 1995-2017, marcado por crises sucessivas, aumento da dívida pública e privatizações falhadas.
2 - O país ficou mais pobre e dependente de capitais externos, com o sistema político dominado por políticos corruptos.
3 - A população enfrentou maior carga tributária e redução nos serviços públicos em meio à intervenção da "Troika" para estabilizar as finanças.
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
O documento discute o crescimento descontrolado do sistema financeiro e seu poder sobre as pessoas. Ele analisa a evolução dos passivos financeiros em países da UE entre 1995-2020, mostrando um aumento constante e irregularidade crescente, tornando o sistema mais frágil e instável. Alguns países como Luxemburgo, Chipre e Malta têm passivos desproporcionais ao PIB, indicando especulação.
A dívida à segurança social o longo conluio entre empresários manhosos e o ...GRAZIA TANTA
Por cada minuto que passa, a Segurança Social e o conjunto dos trabalhadores e aposentados são lesados em € 1903, a favor dos capitalistas mais inúteis.
O acréscimo da dívida entre 2010 e 2011 daria para aumentar em € 10.9 por cada cem euros, as pensões de velhice.
Sumário
0 – Resumo das conclusões
1 - Uma questão elementar e urgente de política e ética
2 - A história da gestão ruinosa do PS/PSD e do apêndice CDS
a. O final do cavaquismo (1988/95)
b. Os tempos da “tralha guterrista” (1996/2001)
c. O dealbar do século XXI e a operação titularização (2002/2005)
d. O saque a céu aberto (2006/…)
3 - Cálculos emblemáticos do roubo sistémico através da dívida
Nota:
Referência a outros textos sobre a dívida, elaborados por Grazia Tanta
Notas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira SantosA. Rui Teixeira Santos
1) O documento discute a crise de Portugal no contexto europeu, com foco nas dívidas soberanas e na consolidação orçamental.
2) Há preocupações com a economia francesa devido ao desemprego e dívida excessiva.
3) A Comissão Europeia reviu em baixa as previsões de crescimento da zona euro para 2013, esperando estagnação.
Première année de François Hollande au gouvernement.
Primeiro ano do governo do François Hollande na frança.
Balance del primer año de gobierno del presidente francés François Hollande.
Este documento discute como os governos têm gerido mal as finanças públicas em Portugal, priorizando os interesses dos capitalistas em detrimento do povo. A dívida pública portuguesa está aumentando rapidamente, colocando um fardo pesado nos cidadãos. Além disso, os serviços em Portugal são mais caros do que em outros países da UE, tornando a situação financeira do país ainda mais difícil.
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
O documento descreve a intervenção externa e as ameaças à Grécia após as eleições de 2015, nas quais o partido Syriza, contrário às políticas de austeridade, foi eleito. Altos funcionários da UE alertaram que as políticas de alívio quantitativo do BCE dependiam de condições, e que as eleições não mudariam os problemas econômicos da Grécia. A vitória do Syriza foi vista negativamente, com alguns preferindo "governos de tecnocratas" não eleitos pelo povo.
Grécia, vítima da gula dos bancos e das desigualdades dentro da ueGRAZIA TANTA
1. O documento discute os problemas da dívida global e como ela é usada pelos bancos para dominar os países.
2. Duas falsas alternativas são oferecidas pelo neoliberalismo: austeridade interna ou desvalorização da moeda. Ambas prejudicam os trabalhadores.
3. Uma verdadeira alternativa deve ir além das dicotomias políticas e desafiar o domínio do capital financeiro, em busca de maior justiça econômica e social.
1. A crise financeira de 2008 teve origem no mercado imobiliário dos EUA e se espalhou rapidamente pelo mundo.
2. A crise econômica de 2008-2011 na Europa foi causada pelos altos déficits fiscais de alguns países da zona do Euro, como a Grécia.
3. Tanto os EUA quanto a Europa ainda enfrentam problemas de alto endividamento público decorrentes da crise financeira de 2008.
1) Portugal atingirá equilíbrio externo em 2012 pela primeira vez devido à redução do consumo interno e importações, aumento das exportações e interrupção do crédito externo.
2) A rápida correção externa pode criar a "exceção portuguesa" mesmo com austeridade, já que houve queda do consumo público e privado reduzindo importações.
3) No entanto, os equilíbrios internos podem não ser suficientes para Portugal voltar aos mercados em 2013, dependendo da ideia de co
A vitória do partido Syriza na Grécia representa uma primeira tentativa política de rejeição das políticas neoliberais vitoriosas na grande maioria dos países do mundo. Um fato que é preciso considerar é o de que não haverá o fim para a crise que afeta a União Europeia e o mundo em geral enquanto os bancos e os investidores financeiros estiverem no comando, com os governos sendo obrigados a adotar políticas totalmente dirigidas pelos interesses dos rentistas e para dar sobrevida ao sistema capitalista guiado pela dívida como vem acontecendo atualmente, inclusive no Brasil. Para retomar o crescimento econômico, é preciso que haja o restabelecimento do poder de compra das classes baixas e médias, a recriação e expansão da capacidade dos governos de fazerem os investimentos econômicos, sociais e ambientais necessários e o estabelecimento de um sistema monetário internacional estável, não subordinado ao capital financeiro.
Dívida pública – os principais tipos de gasto público 2ª parte GRAZIA TANTA
O documento discute os principais tipos de gastos públicos em Portugal, incluindo: 1) A segmentação dos gastos públicos entre a administração central, fundos autónomos, administração local e segurança social; 2) A evolução dos gastos públicos totais em Portugal e outros países europeus entre 1995-2010; 3) Como a parcela dos gastos públicos no PIB aumentou devido à estagnação econômica, não por um aumento nos gastos em si.
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
Como o sistema financeiro captura a humanidade através da dívida 3GRAZIA TANTA
1. O documento discute a insustentabilidade da dívida pública portuguesa, argumentando que seu crescimento contínuo supera o crescimento da economia e que não há perspectivas credíveis de pagamento a longo prazo.
2. A dívida pública portuguesa atualmente representa mais de 120% do PIB e os encargos com juros consomem cerca de 4-4,5% do PIB anualmente.
3. O documento argumenta que a reestruturação da dívida portuguesa depend
Dívida pública – cancro não se trata com paracetamolGRAZIA TANTA
1) A dívida pública portuguesa tem aumentado continuamente, duplicando desde 2008, devido ao esgotamento das poupanças internas e disponibilidade do financiamento externo.
2) Grande parte da dívida pública foi utilizada para resgatar bancos em dificuldades, como o BPN e BES, ao invés de ser investida em áreas como saúde, educação ou investimento público.
3) Apesar do crescimento da dívida, os serviços públicos têm vindo a ser cortados através de
Da reuniao esquerdas ee af_publico_08.06.2013Elisio Estanque
O documento discute as razões para a falta de convergência entre as esquerdas em Portugal, bem como como e por que uma convergência poderia ocorrer. Discutem-se motivos históricos como o PREC e a Guerra Fria, diferenças nas orientações políticas entre partidos como o PS e a esquerda radical, e como os sindicatos podem desempenhar um papel na convergência. Uma aliança das esquerdas poderia reabilitar a democracia e defender os serviços públicos contra as políticas de austeridade.
Reestruturar a dívida pública nada resolve na nossa vidaGRAZIA TANTA
O documento discute como a reestruturação da dívida pública em Portugal não resolveria os problemas fundamentais e como a dívida é uma armadilha imposta pelo sistema financeiro global para gerar rendimentos permanentes a seu favor, capturando parte crescente dos rendimentos dos povos. A dívida pública portuguesa é de €240 bilhões e qualquer alívio temporário de encargos seria insignificante, enquanto a dívida continua a crescer a cada ano. A única solução é política, não econômica, e requer
A precariedade no trabalho distingue os mais precários dos menos precários, colocando todos num patamar de insegurança face ao futuro. Os mais jovens, a despeito das suas mais elevadas habilitações procuram novas geografias; e os mais velhos encaram um horizonte carregado onde a hibridação dos seus descontos para a reforma com a volúpia do sistema financeiro, não augura nada de bom.
Sumário
1 - As três esferas do salariado
2 - Assalariados e independentes
1) O relatório do FMI prevê cortes drásticos nas pensões, salários e funcionários públicos em Portugal para cortar 4 mil milhões de euros anuais na despesa.
2) O autor argumenta que estes cortes radicais propostos pelo FMI são social e politicamente impossíveis numa democracia, podendo levar o país à ingovernabilidade.
3) A oposição e figuras do PSD e CDS criticam o relatório do FMI, enquanto apoiantes do antigo regime ditatorial de Salazar elogiam a sua austeridade financeira,
A longa marcha das desigualdades – 3 Portugal, desastre periférico e pasto...GRAZIA TANTA
1 - O documento descreve a situação econômica e política de Portugal no período entre 1995-2017, marcado por crises sucessivas, aumento da dívida pública e privatizações falhadas.
2 - O país ficou mais pobre e dependente de capitais externos, com o sistema político dominado por políticos corruptos.
3 - A população enfrentou maior carga tributária e redução nos serviços públicos em meio à intervenção da "Troika" para estabilizar as finanças.
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
O documento discute o crescimento descontrolado do sistema financeiro e seu poder sobre as pessoas. Ele analisa a evolução dos passivos financeiros em países da UE entre 1995-2020, mostrando um aumento constante e irregularidade crescente, tornando o sistema mais frágil e instável. Alguns países como Luxemburgo, Chipre e Malta têm passivos desproporcionais ao PIB, indicando especulação.
A dívida à segurança social o longo conluio entre empresários manhosos e o ...GRAZIA TANTA
Por cada minuto que passa, a Segurança Social e o conjunto dos trabalhadores e aposentados são lesados em € 1903, a favor dos capitalistas mais inúteis.
O acréscimo da dívida entre 2010 e 2011 daria para aumentar em € 10.9 por cada cem euros, as pensões de velhice.
Sumário
0 – Resumo das conclusões
1 - Uma questão elementar e urgente de política e ética
2 - A história da gestão ruinosa do PS/PSD e do apêndice CDS
a. O final do cavaquismo (1988/95)
b. Os tempos da “tralha guterrista” (1996/2001)
c. O dealbar do século XXI e a operação titularização (2002/2005)
d. O saque a céu aberto (2006/…)
3 - Cálculos emblemáticos do roubo sistémico através da dívida
Nota:
Referência a outros textos sobre a dívida, elaborados por Grazia Tanta
Notas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira SantosA. Rui Teixeira Santos
1) O documento discute a crise de Portugal no contexto europeu, com foco nas dívidas soberanas e na consolidação orçamental.
2) Há preocupações com a economia francesa devido ao desemprego e dívida excessiva.
3) A Comissão Europeia reviu em baixa as previsões de crescimento da zona euro para 2013, esperando estagnação.
Première année de François Hollande au gouvernement.
Primeiro ano do governo do François Hollande na frança.
Balance del primer año de gobierno del presidente francés François Hollande.
Este documento discute como os governos têm gerido mal as finanças públicas em Portugal, priorizando os interesses dos capitalistas em detrimento do povo. A dívida pública portuguesa está aumentando rapidamente, colocando um fardo pesado nos cidadãos. Além disso, os serviços em Portugal são mais caros do que em outros países da UE, tornando a situação financeira do país ainda mais difícil.
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
O documento descreve a intervenção externa e as ameaças à Grécia após as eleições de 2015, nas quais o partido Syriza, contrário às políticas de austeridade, foi eleito. Altos funcionários da UE alertaram que as políticas de alívio quantitativo do BCE dependiam de condições, e que as eleições não mudariam os problemas econômicos da Grécia. A vitória do Syriza foi vista negativamente, com alguns preferindo "governos de tecnocratas" não eleitos pelo povo.
Grécia, vítima da gula dos bancos e das desigualdades dentro da ueGRAZIA TANTA
1. O documento discute os problemas da dívida global e como ela é usada pelos bancos para dominar os países.
2. Duas falsas alternativas são oferecidas pelo neoliberalismo: austeridade interna ou desvalorização da moeda. Ambas prejudicam os trabalhadores.
3. Uma verdadeira alternativa deve ir além das dicotomias políticas e desafiar o domínio do capital financeiro, em busca de maior justiça econômica e social.
1. A crise financeira de 2008 teve origem no mercado imobiliário dos EUA e se espalhou rapidamente pelo mundo.
2. A crise econômica de 2008-2011 na Europa foi causada pelos altos déficits fiscais de alguns países da zona do Euro, como a Grécia.
3. Tanto os EUA quanto a Europa ainda enfrentam problemas de alto endividamento público decorrentes da crise financeira de 2008.
1) Portugal atingirá equilíbrio externo em 2012 pela primeira vez devido à redução do consumo interno e importações, aumento das exportações e interrupção do crédito externo.
2) A rápida correção externa pode criar a "exceção portuguesa" mesmo com austeridade, já que houve queda do consumo público e privado reduzindo importações.
3) No entanto, os equilíbrios internos podem não ser suficientes para Portugal voltar aos mercados em 2013, dependendo da ideia de co
A vitória do partido Syriza na Grécia representa uma primeira tentativa política de rejeição das políticas neoliberais vitoriosas na grande maioria dos países do mundo. Um fato que é preciso considerar é o de que não haverá o fim para a crise que afeta a União Europeia e o mundo em geral enquanto os bancos e os investidores financeiros estiverem no comando, com os governos sendo obrigados a adotar políticas totalmente dirigidas pelos interesses dos rentistas e para dar sobrevida ao sistema capitalista guiado pela dívida como vem acontecendo atualmente, inclusive no Brasil. Para retomar o crescimento econômico, é preciso que haja o restabelecimento do poder de compra das classes baixas e médias, a recriação e expansão da capacidade dos governos de fazerem os investimentos econômicos, sociais e ambientais necessários e o estabelecimento de um sistema monetário internacional estável, não subordinado ao capital financeiro.
Dívida pública – os principais tipos de gasto público 2ª parte GRAZIA TANTA
O documento discute os principais tipos de gastos públicos em Portugal, incluindo: 1) A segmentação dos gastos públicos entre a administração central, fundos autónomos, administração local e segurança social; 2) A evolução dos gastos públicos totais em Portugal e outros países europeus entre 1995-2010; 3) Como a parcela dos gastos públicos no PIB aumentou devido à estagnação econômica, não por um aumento nos gastos em si.
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
Como o sistema financeiro captura a humanidade através da dívida 3GRAZIA TANTA
1. O documento discute a insustentabilidade da dívida pública portuguesa, argumentando que seu crescimento contínuo supera o crescimento da economia e que não há perspectivas credíveis de pagamento a longo prazo.
2. A dívida pública portuguesa atualmente representa mais de 120% do PIB e os encargos com juros consomem cerca de 4-4,5% do PIB anualmente.
3. O documento argumenta que a reestruturação da dívida portuguesa depend
Dívida pública – cancro não se trata com paracetamolGRAZIA TANTA
1) A dívida pública portuguesa tem aumentado continuamente, duplicando desde 2008, devido ao esgotamento das poupanças internas e disponibilidade do financiamento externo.
2) Grande parte da dívida pública foi utilizada para resgatar bancos em dificuldades, como o BPN e BES, ao invés de ser investida em áreas como saúde, educação ou investimento público.
3) Apesar do crescimento da dívida, os serviços públicos têm vindo a ser cortados através de
Da reuniao esquerdas ee af_publico_08.06.2013Elisio Estanque
O documento discute as razões para a falta de convergência entre as esquerdas em Portugal, bem como como e por que uma convergência poderia ocorrer. Discutem-se motivos históricos como o PREC e a Guerra Fria, diferenças nas orientações políticas entre partidos como o PS e a esquerda radical, e como os sindicatos podem desempenhar um papel na convergência. Uma aliança das esquerdas poderia reabilitar a democracia e defender os serviços públicos contra as políticas de austeridade.
Reestruturar a dívida pública nada resolve na nossa vidaGRAZIA TANTA
O documento discute como a reestruturação da dívida pública em Portugal não resolveria os problemas fundamentais e como a dívida é uma armadilha imposta pelo sistema financeiro global para gerar rendimentos permanentes a seu favor, capturando parte crescente dos rendimentos dos povos. A dívida pública portuguesa é de €240 bilhões e qualquer alívio temporário de encargos seria insignificante, enquanto a dívida continua a crescer a cada ano. A única solução é política, não econômica, e requer
1) O documento discute a crise de Portugal no contexto europeu, incluindo as principais ameaças como a sustentabilidade da dívida pública japonesa e o "Fiscal Cliff" americano.
2) A consolidação orçamental na Europa levou a quedas significativas do PIB em países como a Grécia e Portugal.
3) Há preocupações com a economia francesa devido ao alto desemprego e dívida pública.
1) A situação econômica e social de Portugal já era difícil antes do euro, com altas taxas de inflação e intervenções do FMI.
2) A adoção do euro trouxe algumas vantagens inicialmente, como taxas de juro mais baixas, mas também escondeu desvantagens.
3) Atualmente, centrar os problemas apenas na moeda é um fetichismo, já que as raízes estão na desigualdade estrutural e na dominação do capital financeiro.
O volátil domínio da riqueza financeiraGRAZIA TANTA
0 - Introdução
1 – Como se constrói a riqueza financeira
2 - A (ir)relevância da riqueza financeira por adulto
3 - Onde se acumula a riqueza financeira?
4 - As desigualdades na distribuição da riqueza financeira
Em 2015, teremos no Brasil o arrocho tributário representado por 90 impostos, contribuições e taxas que oneram as famílias e as empresas em todo o Brasil. O Estado brasileiro, burocrático e opressivo, de baixa eficiência e eficácia na gestão administrativa, deverá custar em 2015 cerca de 40% do PIB nacional, absorvendo e comprometendo significativa parcela da poupança privada que deveria financiar os investimentos mais essenciais e reduzindo o consumo de bens e serviços da população.
Crise econômica internacional: começou o segundo capítulo?Alessandro de Moura
1) A crise da dívida pública na zona do euro, especialmente na Grécia, Portugal e Espanha, ameaça desestabilizar a moeda comum europeia, o euro.
2) A transformação da dívida privada em dívida pública nos Estados Unidos e na Europa gerou grandes déficits fiscais e dívidas, tornando os governos vulneráveis.
3) A especulação contra a dívida pública dos países mais fracos da zona do euro, como a Grécia, pode se espalhar para outros países e a
O documento discute a crise econômica em Portugal e as medidas de austeridade impostas pela Troika. Critica o governo por sua abordagem fatalista e submissão à Troika, além de não distribuir os sacrifícios de forma justa. Também aponta que as medidas de proteção social são insuficientes e que a crise ameaça os direitos básicos dos cidadãos.
Portugal, os “mercados” e o empobrecimento generalizadoGRAZIA TANTA
1. O documento discute como o governo de Portugal, sob a coligação PS/PSD, tem implementado medidas de austeridade para agradar "os mercados" e a UE, levando ao empobrecimento geral da população.
2. A soberania de Portugal foi efetivamente transferida para Bruxelas e Frankfurt, e o governo age apenas como uma comissão que implementa as ordens recebidas por estas instituições e "os mercados".
3. O governo recebe metas de déficit anuais da UE e é responsável por encontrar medidas internas para at
Economia – a economia intertemporal parte 3Felipe Leo
1) O documento discute a visão tradicional de que reduzir impostos aumenta o consumo e déficit, mas um economista "ricardiano" discorda dessa visão.
2) Os economistas do governo acreditam que reduzir impostos estimula o consumo a curto prazo, mas reduz poupança e investimentos a longo prazo.
3) O economista ricardiano afirma que reduzir impostos não necessariamente estimula o consumo como a visão tradicional defende.
1) A ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite realizou uma polêmica venda de créditos fiscais e da Segurança Social ao Citigroup em 2003 para melhorar artificialmente o défice orçamental.
2) Esta operação acabou por custar muito mais caro ao Estado do que o valor inicial recebido, com o Estado tendo que pagar quase 2,1 mil milhões de euros no total.
3) Muitos criticam que esta operação comprometeu indevidamente receitas fiscais futuras e não foi transparente sobre seus verdade
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
O documento descreve a precariedade crescente no capitalismo do século XXI, com mais pessoas vivendo em condições precárias e sem proteções sociais adequadas. Grandes massas da população enfrentam baixos salários, desemprego, dívidas e privação de direitos políticos. Os governos priorizam os interesses das grandes empresas em detrimento das necessidades da população.
Os dez anos de crise – ganhadores e perdedoresGRAZIA TANTA
Dez anos depois, as medidas neoliberais, a única coisa que apresentam é um sistema financeiro frágil e uma nova bolha especulativa em crescimento; e o aumento do consagrado PIB mantém-se anémico baseado em salários baixos e no desempenho chinês. Os keynesianos também não brilham como alternativa....
1 - Quem mantém o sistema financeiro à tona?
2 - Um sistema bloqueado e politicamente sem oposição
3 - A lógica neoliberal dominante
4 - O que diz a escolástica economicista?
Porque não é pagável a dívida pública portuguesaGRAZIA TANTA
1. A dívida é um instrumento de domínio que incute culpa no devedor e submissão através da humilhação;
2. O Estado atua como departamento do sistema financeiro, cobrando impostos e mantendo a ordem para beneficiar os capitalistas;
3. O sistema financeiro precisa constantemente colocar e reproduzir capital através do endividamento das pessoas e empresas, mesmo que isto destrua a economia real e gere instabilidade.
Reflexões sobre a intervenção do estado na actual crise do capitalismoGRAZIA TANTA
1. O documento reflete sobre o papel do Estado na crise capitalista atual, notando que há convergência entre direita e esquerda no apoio à intervenção estatal para apoiar os capitais privados, embora possa não beneficiar os trabalhadores.
2. A capacidade de previsão das instituições do capitalismo tem sido hilariamente ineficaz, forçando medidas "socialistas" de nacionalização e apoios sociais para evitar agitação social.
3. Projeções demográficas para Portugal em 2060 mostram uma população resident
Segurança social dispensa pechisbeque intelectualGRAZIA TANTA
Observando as notícias de um livro sobre a Segurança Social (SS) coordenado pelo conselheiro de estado Francisco Louçã; recordando um debate promovido em Lisboa, em 2015; e tendo em memória publicações da (também) comentadora da TV Raquel Varela, anos atrás, demonstra-se que a silly season é altura para vulgaridades e superficialidades. O que é pena, pois a grei teria beneficiado mais se a equipa tivesse aproveitado o seu tempo na praia.
1) O orçamento mantém o objetivo de défice de 0,2% do PIB para 2019, apesar de depender da conjuntura económica. As previsões do governo são mais otimistas do que as do FMI.
2) O governo continua a não fazer consolidação orçamental durante a expansão económica, aumento de receitas e quebra de desemprego.
3) A estratégia orçamental procura equilíbrio entre Bruxelas e partidos de esquerda, reduzindo o défice mas focando-se em medidas eleitoralist
A resposta capitalista que estão a preparar para a criseGRAZIA TANTA
O documento discute a resposta capitalista à crise econômica global. Aponta que as instituições regulatórias globais como o FMI e a OMC estão ineficazes, e os estados adotam medidas desconexas para ajudar os bancos locais. Também analisa as divergências entre abordagens keynesianas e neoliberais para lidar com a crise, e as evoluções e involuções do capitalismo desde a Grande Depressão.
Semelhante a Porque não se fala na enorme e crescente dívida pública? (20)
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfGRAZIA TANTA
1 - O que é historicamente a Ucrânia?
2 - O discreto papel dos EUA na manipulação da classe política ucraniana
3 - A demografia da Ucrânia; um país de …sucesso
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docGRAZIA TANTA
Os países com grandes saldos positivos no comércio externo são a Alemanha, a China e a Rússia; os que acumulam grandes deficits são os EUA e o seu acólito Grã-Bretanha
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfGRAZIA TANTA
1 – MRS em seu esplendor no último 10 de junho
2 – A deificação de Portugal é uma elevação sem conteúdo
3 – O habitual verbo oco de MRS
4 - MRS e a arraia-miúda
5 – Periferia geográfica e de conhecimento
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdfGRAZIA TANTA
O documento fornece estatísticas sobre as exportações de energia da Rússia após a invasão da Ucrânia, mostrando que a Rússia continuou a vender grandes quantidades de petróleo, gás natural, derivados de petróleo e carvão para países da Europa e Ásia, incluindo membros da OTAN. O autor critica os líderes da UE e da OTAN por sua incapacidade de impedir as vendas de energia russa e dependência contínua dos recursos energéticos da Rússia.
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfGRAZIA TANTA
0 – Preâmbulo
1 - Agricultura, floresta e pesca
2 - Indústrias extrativas, transformadoras, produção e distribuição eletricidade, gás…
3 – Construção
4 - Comércio por grosso, retalho, transportes, alojamento
5 – Informação e comunicação
6 – Actividades financeiras e de seguros
7 – Actividades imobiliárias
8 – Actividades de consultoria, científicas e técnicas, administrativas e serviços de apoio
9 - Administração Pública, Defesa, Educação, Atividades de saúde humana e apoio social
10 - Actividades artísticas, de espectáculos, recreativas e outras de serviços, dos agregados domésticos e de organizações e entidades extraterritoriais
As desigualdades provenientes da demografia na EuropaGRAZIA TANTA
Este documento analisa as desigualdades demográficas na União Europeia entre 1995-2021. Aponta que alguns países como Espanha, França e Alemanha tiveram crescimento populacional, enquanto outros como Romênia e Bulgária perderam quase 3 milhões de habitantes. Também destaca que a crise financeira acentuou as desigualdades regionais e levou a mais migração para a UE.
1) O documento discute o conceito de "BideNato", referindo-se à aliança entre os EUA e a Europa liderada pela Casa Branca e Pentágono.
2) A Europa está em declínio e tende a ser vista como uma península asiática sob influência dos EUA, que usam a NATO para evitar o isolamento geopolítico em relação a outras potências como China e Rússia.
3) A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é apontada como símbolo da decadência europeia
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
1. The document discusses NATO expansionism and militarism as dangers to humanity. It argues that the US uses NATO to dominate Europe, install military bases near Russia, and promote the arms industry.
2. It claims the war in Ukraine will prolong US/NATO dominance over Europe and allow more weapons sales. However, this escalates tensions and endangers European lives and economies to serve US interests.
3. Militarism poses great risks and the document advocates demilitarization and reducing US/NATO aggression towards Russia to promote peace in Europe.
0 – Introduction
1 – Without an economy, there is no thriving military power
2 - US military proliferation on the planet
2.1 - East and Oceania
2.2 – Europe
2.3 - Middle East
2.4 – Africa
2.5 – America
3 – USA, a fated evildoer
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfGRAZIA TANTA
O documento discute a proliferação militar dos EUA no mundo e como isso revela os limites do seu poder. Apresenta uma lista incompleta de instalações militares dos EUA por região, com a maior concentração no Oriente e Oceania (40% do total) e na Europa (60% na Alemanha e Itália).
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
A actual fascização dos poderes, brota, sob formas descuidadas e enganosas, de uma “informação” que se propaga, com superficialidades ou mentiras e, aceites por gente acéfala, com vidas precárias, desatentos manipulados pela grande maioria dos media que, na sua grande maioria, são infectas lixeiras. Ninguém se deverá admirar se a escalada militar conduzir a uma guerra devastadora na Europa, tomada como arena de treino do Pentágono.
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UEGRAZIA TANTA
Este documento discute a história e situação atual da NATO e da Ucrânia. A NATO foi criada originalmente para proteger a Europa Ocidental dos EUA contra a URSS, mas continua sob forte influência dos EUA. A Ucrânia nunca teve unidade política e está dividida entre o oeste católico e o leste pró-Rússia. Recentemente, a Rússia anexou a Crimeia e apoiou separatistas no leste da Ucrânia em resposta à crescente influência ocidental.
Speculative electricity prices in the EUGRAZIA TANTA
Summary
1 - Electricity prices in the EU - 2016 (2nd semester) and 2021 (1st semester)
2 – The tax puncture widens the inequalities inserted in the prices
3 - Remuneration and electricity prices
Os especulativos preços da energia elétrica na ueGRAZIA TANTA
1 - Preços da energia elétrica na UE – 2016 (2º semestre) e 2021 (1º semestre)
2 – A punção fiscal amplia as desigualdades inseridas nos preços
3 - Remunerações e preços da eletricidade
Human beings, servants of the financial systemGRAZIA TANTA
1 - The uncontrolled expansion of the financial system
2 - The power and size of the financial sector
3 - Financial sector liabilities and their evolution
4 - Financial liabilities and minimum wages
Este documento contém 10 textos de circunstância sobre vários assuntos como: 1) A concorrência entre conferências democráticas; 2) Ataques judiciais ao futebol e alegada corrupção nos clubes; 3) Vários casos de corrupção nas Forças Armadas portuguesas.
2110 - As últimas eleições autárquicas. Detalhe de um campeonato (2)GRAZIA TANTA
O documento analisa os resultados das últimas eleições autárquicas em Portugal. Mostra que o PS e o PSD dominam os concelhos mais ricos de cada distrito, enquanto o PS é dominante nos concelhos mais pobres. Também distribui os deputados eleitos por partido em cada distrito, com o PS mantendo-se como o maior detentor de câmaras municipais.
2110 - As últimas eleições autárquicas. Detalhe de um campeonato (2)
Porque não se fala na enorme e crescente dívida pública?
1. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 1
Porque não se fala na enorme e crescente dívida
pública?
A dívida pública, com a geringonça, entrou no
esquecimento, apesar de nunca ter parado de
aumentar, desde o início do século; e, a carga de juros
desde 2012 anda em torno dos 800€ por habitante. Os
números estão aí, neste texto onde também constam
comparações com os outros países da UE
Sumário
1 - A esquecida questão da dívida
2 - A dívida pública é uma renda a favor do capital
3 - O cenário europeu da dívida pública
4 - Os encargos com a dívida pública na Europa através do tempo (2000/18)
++++++++++ !!!!!!!!!! ++++++++++
1 - A esquecida questão da dívida
Em 2011 a dívida pública ascendia a € 196231 M, mais cerca de € 76000 M do que
em 2007 e o governo Sócrates estava sob pressão interna e externa. Os partidos da
chamada esquerda, bem como a amálgama PSD/CDS recusaram então o PEC-4 que
permitiria a continuidade do governo PS, com Sócrates à cabeça. Esse governo caiu,
vieram novas eleições e a dita “esquerda” foi amplamente derrotada, com o PS a
preparar-se para viver um interregno enquanto a coligação PSD/CDS cumpria fiel e
assertivamente o plano da troika, procurando mesmo ir além da troika, numa atitude
francamente antissocial, digna de um psicopata como Passos.
Enquanto a troika manipulava o governo, a dita “esquerda” procurava capitalizar
apoios para o momento de uma nova romaria eleitoral; que, obviamente, não iria
acontecer durante o consulado da troika. E beneficiava do low profile assumido pelo
PS de Seguro (com evidente papel de regente do gang) que esperava pacientemente
que a troika cruzasse a fronteira no sentido da saída, mesmo prosseguindo a gestão
da austeridade e do governo Passos, por email.
2. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 2
Assim, a dita “esquerda” BE/PCP pretendia controlar a rua e o descontentamento,
inventando um grupo fechado, que reunia em local secreto, de preponderância trotsko-
estalinista, com cuidada atenção para a não presença de ativistas sem subserviência
perante aquela frouxa “esquerda” que assim, mostraria serviço e abafava qualquer
outra contestação; referimo-nos ao grupo provocatório designado “Que se lixe a
troika”. Este grupo, nunca fez mais do que promover manifestações multitudinárias,
apoiado na logística dos referidos partidos, para ler prospetos lamechas antes de
enviar as pessoas para casa. Fingia assim uma contestação que mais não era que um
entretenimento enquanto a troika mandasse e as eleições de 2015 não acontecessem.
E as coisas até correram bem para a “esquerda” pois aumentaram a representação na
AR, em 2015 e tornaram-se essenciais para o PS chegar ao governo; embora esse
sucesso esteja envenenado uma vez que já não poderão descolar do apoio a um
governo PS, tornando-se, efetivamente muletas daquele partido.
Nesse período era obrigatório, nos meios menos à direita da classe política, falar da
dívida pública que crescia rapidamente; era preciso criar contestação mesmo que de
uma forma reacionária, solicitando humildemente a reestruturação da dívida, uma
auditoria cidadã, sem nunca colocar a questão da ilegitimidade da dívida. Nunca
quiseram perceber que uma dívida pública cujo capital não é utilizado em favor da
população, é ilegítima; como nunca entenderam que a dívida que se avolumava,
porque impagável, seria uma renda a favor do capital global1
.
Claro que nunca procederam a qualquer auditoria, clamando brandamente por uma
reestruturação ineficaz tecnicamente e sem respaldo politico para ser realizada. Em
desespero, promoveram uma saída hilariante; solicitar ao governo Passos que fizesse
uma auditoria! Dito de outro modo, pedia-se ao bandido que avaliasse o valor do
…roubo!
Esta “esquerda” portuguesa pertence ao lote dos placebos, como o Syriza que se
rendeu à troika na Grécia em 2015; ou do que surgiu em Espanha (Podemos)
protagonizado por Pablo Iglésias, um caudilho populista seguidor de Ernesto Laclau
que dividiu a contestação dos Indignados, conduzindo uma sua parcela para as
ilusórias vantagens de integração no sistema parlamentar espanhol; e com resultados
muito negativos nas últimas eleições espanholas, a anunciar a decadência.
No período agudo da intervenção da troika e do governo Passos falava-se muito na
dívida. Depois… a dívida foi assumida como uma trivialidade, a desmerecer
mediatismo. Costuma dizer-se que o Homem é um animal de hábitos e, pagar por ano
cerca de € 800 de encargos com a dívida pública/habitante tornou-se um hábito
mesmo que nada se beneficie com esse pagamento… nem se veja o seu fim.
Para uns tratava-se, no início da crise da dívida, de colocar na generalidade da
população o anátema de ter vivido acima das suas posses, embora na realidade, a
grande maioria das famílias dimensione o endividamento perante o seu rendimento e
1
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2016/12/como-o-sistema-financeiro-captura.html
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2017/01/como-o-sistema-financeiro-captura.html
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2017/01/como-o-sistema-financeiro-captura_14.html
3. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 3
ter sido surpreendida pelos congelamentos de rendimentos, aumentos de impostos e
desemprego; sendo estas, outras tantas sequelas da desastrosa conduta dos bancos
e da classe política, como gestora do Estado.
O endividamento estatal resulta da incúria dos governos, da sua relação promíscua
com os chamados empresários, com os bancos, da presença de elementos corruptos
e incapazes no seu seio ou, com influências mafiosas nos partidos do poder, também
beneficiários dessas condutas. E beneficiam do low profile a que são limitadas
instituições como o Tribunal de Contas ou a Inspeção-Geral de Finanças; ou, de
instituições, menos idóneas, com responsabilidade na cobrança de impostos
(Autoridade Tributária2
) ou contribuições (Segurança Social).
As burlas bancárias conduziram a um redimensionamento e mudança nos titulares do
sistema financeiro e vieram a ser pagas pela população - € 19000 M, 9.5% do PIB…
até ver…) - cujo reflexo recaiu em grande medida no agravamento da dívida pública,
diretamente no caso da nacionalização do BPN ou, menos diretamente nos casos do
BES ou do Banif, sob a rota manta do “fundo de resolução” tecida no BCE. No
processo de intervenção da troika foram descobertas verbas ocultas numa
contabilidade pública tolerante com “sacos azuis” (por exemplo, os swaps que
imortalizaram Maria Luís Albuquerque). Muitos anos depois, ainda estão por
desvendar cabalmente as dívidas fraudulentas escondidas nas contas dos bancos,
bem como a sua dimensão, os seus beneficiários e quem, dolosamente concedeu
esses créditos.
Nada tem de novo referir que entre o sistema financeiro, as empresas, os empresários
do regime e a classe política de turno na governação, há uma relação promíscua de
constituição de vantagens mútuas; mesmo que exista um bando de palhaços de
serviço na governação do Banco de Portugal, entretanto transformado em mera
sucursal do BCE, na CMVM e outras peneiras que mais parecem caneiros.
2 - A dívida pública é uma renda a favor do capital
Com alguma capacidade de previsão, colecionámos durante alguns anos os planos de
amortização da dívida pública divulgados pelo IGCP e considerámos dois períodos
para a amortização da dívida; um contempla os primeiros cinco anos e o segundo o
restante do período de amortização, em cada uma das datas referidas. Como é
sabido, a dívida tenderá a ser eterna, porque é esse o interesse do capital; e depois,
porque havendo um Estado e uma classe política, ela estará sempre em renovação.
Nesse contexto, havendo um estado-nação chamado Portugal, com um território, a
dívida perdurará enquanto houver uma população a aceitar ser objeto de extorsão. Na
realidade, os dados apresentados pelos governos desmentem quem disser que a
dívida está a diminuir.
2
Recorde-se a sua atuação às ordens de um tal Núncio, secretário de estado de Passos. Ver aqui
4. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 4
€ 1000 M
31-05-2013 20-01-2014 30-09-2015 20-04-2016 2-05-2019
5 primeiros anos 68,7 69,3 48,9 65,8 75.1
Anos restantes 97,2 97,8 131,9 130,0 137.4
Total 165,9 167,1 180,8 195,8 212.5
A evolução das taxas de juro tem sido decrescente e, a despeito das políticas
monetaristas emanadas do BCE – há cinco anos com taxas de juro negativas (!) de
refinanciamento do sistema bancário (o denominado NIRP) e penalização dos
depósitos com taxas inferiores à inflação, para além das comissões – a verdade é que
a economia europeia não se mostra virtuosa… mantendo um crescimento anémico;
longínquos vão os tempos em que se dizia que o crescimento deveria ultrapassar os
3% para manter baixos os níveis de desemprego.
Por outro lado, tomando como referência as taxas de juro emitidas pela Alemanha, a
mais baixa taxa conseguida recentemente em leilões de dívida a 10 anos foi de 1.57%,
contra 1.36% aplicados à divida pública espanhola e bastante mais do que é pago pela
Irlanda. Refira-se ainda que a substituição da dívida ao FMI por outra, em 2019, com
taxas de juro mais suaves, obtidas nos leilões, terá certamente um impacto na redução
dos encargos com a dívida; mas que não será tão marcante porque se dilui na
imensidão da dívida total.
Fonte primária: Eurostat
Finalmente, sendo o crescimento da dívida muito inferior ao observado em anos
recentes; e, tendo em conta uma relativa estagnação dos encargos com a dívida, num
contexto em que o valor nominal do PIB vem crescendo, é natural que o peso
daqueles no produto encolha ligeiramente nos últimos anos. De modo sintético,
algumas relações interessantes, para o período entre 2000 e 2018:
Variação da capitação do PIB ---> + 58.1%
Variação da capitação da dívida ----> + 283.5 %
Variação do encargo com a dívida ----> + 119.7 % (2018/2001)
5. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 5
Fonte primária: Eurostat
Não se pode dizer que a situação seja brilhante… com Passos ou Costa e apesar do
conforto parlamentar no âmbito da geringonça.
3 - O cenário europeu da dívida pública
Procede-se em seguida a uma avaliação das situações dos países da UE quanto à
evolução da dívida pública no período 2002/2018 sabendo-se que para o conjunto da
UE-28 esse aumento foi de 107.5%, passando de 6128 para 12715 mil milhões de
euros. Por seu turno, crescendo o PIB no mesmo período 52.2% a desproporção
mostra-se enorme e reveladora de que o acréscimo de endividamento não apresenta
qualquer impacto positivo na formação de rendimento; porque, de facto, os Estados
endividaram-se, não para investir em capacidade produtiva, obras públicas ou sociais
mas, para salvar o sistema financeiro, cujo colapso poderia arrastar todo o edifício
capitalista mundial.
No gráfico que se segue, observa-se que o enorme crescimento da dívida pública em
2008/10 é a resposta dos governos à quebra na evolução do PIB em 2007/09, no
primeiro impacto da crise dos subprimes. Posteriormente a evolução do PIB situa-se
aquém da observada para o endividamento público, uma situação que só se inverte
depois de 2015.
Apesar de uma estabilização, no quadro da UE, da situação económica e financeira,
aquela acontece com a consolidação de níveis elevados de desemprego, da
degradação dos níveis de vida de grande parte da população, de aumentos do tempo
de trabalho, do alongamento da idade da reforma, da maior precariedade no trabalho,
do recurso a trabalho temporário. Tudo, práticas que visam o aumento da
competitividade internacional, da acumulação de capital nas empresas, mormente
grandes e, sedimentar a lógica do capitalismo, versão neoliberal mas, com maior
envolvimento de apoios públicos a negócios privados, aumentos de impostos para
manter contas públicas equilibradas e com uma atitude hipócrita face a refugiados e
imigrantes, mesmo quando a existência destes resulta da aceitação da Europa como
6. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 6
um quartel avançado dos EUA, de ativo colaborador na desestruturação económica e
social no Médio Oriente e em África.
As classes políticas mostraram até que ponto estão capturadas pelo sistema financeiro
ao seguirem Obama quando este aceitou a intervenção do FED para salvar da
bancarrota os grandes bancos da Wall Street3
. Na Europa, os governos e os bancos
centrais procederam, de modo idêntico, ao refinanciamento dos bancos; e. em
Portugal, o mesmo sucedeu com o estatal CGD, e com a assunção de prejuizos com
as falências de bancos privados (BPN, Banif, BES).
Fonte primária: Eurostat
Os contributos nacionais para esta evolução são muito distintos, como se pode ver
pela apresentação das taxas de crescimento do dívida pública, sabendo-se que para o
conjunto da UE aquela divida cresceu 107.5% no período 2002/2018. Apresentamos
em seguida as 10 maiores taxas de crescimento da capitação de dívida e as dez
menores, para o lapso de dezoito anos decorridos até ao ano transato:
(variação percentual)
10 maiores 10 menores
Letónia 1202.0 Malta 74,0
Roménia 964.5 Itália 69.0
Estónia 623.2 Alemanha 62.6
Lituânia 563.2 Holanda 61,4
Rep. Checa 492,3 Itália 73,8
Eslovénia 481,0 Holanda 68,0
Luxemburgo 497.0 Bélgica 47.2
Rep. Checa 463.8 Bulgária 39,7
Eslovénia 462.8 Suécia 15.0
Irlanda 315.5 Dinamarca 0.2
3
Nos EUA, um típico senador ou congressista precisa de angariar $ 10000/semana desde o início do mandato para
ser reeleito. 80% desse dinheiro provém dos 0.5% mais ricos e 60% dos 0.01% daqueles. A hierarquia dos
financiadores é a seguinte: sistema financeiro, escritórios de advogados, laboratórios farmacêuticos, meios de
comunicação social, sector energético… (Federal Election Commission, Center of Responsive Politics, Public
Campaigns, “The Color of Money” Project)
7. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 7
(Portugal situa-se com 281.8%)
Não será uma surpresa que os grandes incrementos de dívida pública se polarizem
em países mais pobres e periféricos e com baixos níveis de endividamento, para além
do Luxemburgo e da Irlanda, verdadeiras sedes de grandes bancos e multinacionais.
Como também não será estranho que entre os menores aumentos da dívida pública
preponderem os países mais ricos, para além da Grécia, de Malta e da Bulgária. Um
tornado quando sucede afeta sobretudo as construções mais frágeis…
Observemos, em seguida, para os anos de 2000 e 2018, as capitações de dívida
pública em comparação com o rendimento médio por habitante para todos os países
da UE4
.
(euros)
Fonte primária: Eurostat
4
Abreviaturas utilizadas para designar os países da UE:
DE – Alemanha, AT – Áustria, BE – Bélgica, BG – Bulgária, CY – Chipre, HR – Croácia, DK – Dinamarca, SK – Eslováquia, SI –
Eslovénia, ES – Espanha, EE – Estónia, FI – Finlândia, FR – França, GR – Grécia, HU – Hungria, IE – Irlanda, IT – Itália, LV – Letónia,
LT – Lituânia, LU – Luxemburgo, MT – Malta, NL – Holanda, PL – Polónia, PT- Portugal, UK – Grã-Bretanha/Reino Unido, CZ – Rep.
Checa, RO – Roménia, SE – Suécia
8. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 8
Fonte primária: Eurostat
A observação dos dois últimos gráficos permite que destaquemos várias evidências:
Em 2000 havia dois países em que as capitações da dívida superavam as do PIB –
Bélgica e Itália – e que integraram a moeda única mesmo que os seus indicadores
de dívida não tivessem cumprido as exigências para a adopção do euro. Em 2018,
aos dois países referidos juntaram-se a Grécia, Chipre e Portugal para além das
diferenças (ainda que positivas) entre os dois indicadores sejam muito estreitas nos
casos da Croácia, Espanha, França, Hungria e Grã-Bretanha;
Nenhum país reduziu a sua capitação de dívida pública durante o período, embora
no caso da Dinamarca o aumento seja insignificante. Quanto mais dívida os
Estados emitirem mais meios tem o sistema financeiro para oferecer como
colaterais ao respetivo banco central para a obtenção de financiamento a dirigir a
indivíduos, empresas e, sobretudo para a especulação no seio das cadeias de
produtos estruturados, de derivados. E, quanto mais fácil seja a aceitação
internacional de uma moeda mais fácil se torna a emissão de dívida no país onde
essa moeda circule:
Para o conjunto da UE o PIB por habitante, no período considerado, cresce € 24174
para se situar em € 28200 em 2018 o que se traduz no “enorme” crescimento
económico médio de 0.9% ; por seu turno, a capitação da dívida pública passa de €
12526 em 2000 para € 24737, no ano findo, o que representa um aumento médio
anual do endividamento, da ordem dos 5.4%. Assim, a capitação da dívida pública
9. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 9
global da UE passa a representar 88% do PIB por habitante em 2018, contra 52%
no início do século;
Para a maioria dos países a capitação do PIB aumenta mais do que a da dívida,
com relevo para Bulgária, Dinamarca, Eslováquia, Estónia, Holanda, Letónia,
Lituânia, Luxemburgo, Malta, República Checa Roménia e Suécia. Com uma
situação inversa observam-se seis países – Chipre e Espanha (diferenças
marginais), França, Grécia, Itália e Portugal - os três últimos geradores das
situações mais gravosas;
Os acréscimos mais vultuosos do PIB per capita observam-se no Luxemburgo –
que funciona como um paraíso fiscal – e na Irlanda que também atrai empresas
importantes interessadas na sua doce legislação fiscal; e, apesar de o país ter sido
intervencionado na sequência da falência de um grande banco;
Tendo em conta as capitações, a ordenação dos países mais ricos, em 2000 era a
seguinte – Luxemburgo, Dinamarca, Suécia, Grã-Bretanha, Holanda e Irlanda; em
2017 a mesma ordenação traduz algumas alterações – Luxemburgo (cuja capitação
aumenta perto de € 40000 o que certamente não corresponde à situação da
esmagadora maioria da população), à frente da Irlanda, da Dinamarca, da Suécia,
da Holanda e da Bélgica. A Grã-Bretanha que detinha a quarta posição entre os
mais ricos em 2000 saiu dessas posições cimeiras em 2017 sendo ainda
ultrapassada pela França e a Áustria; … o que deixará de se verificar com a
concretização do Brexit, de acordo com a estreiteza intelectual que vigora nos
nacionalistas ingleses;
Em 2000 eram sete os países com rendimentos inferiores a € 5000, todos do Leste
europeu, do Báltico ou dos Balcãs. Em 2017, só dois – Roménia e Bulgária – se
situavam abaixo dos € 10000. Todos esses países aumentaram a distância entre o
rendimento médio e a capitação da dívida pública, em regra, igualmente baixa;
Quanto às capitações de dívida pública, a Bélgica e a Itália mantêm as suas
posições cimeiras já observáveis em 2000 mas, em 2017 surgem ultrapassadas
pela Irlanda e seguidas pela Grécia e pela Áustria. Quanto aos indicadores mais
baixos, a Estónia surge em 2000 com o valor mais reduzido (€ 317/habitante),
seguida da Roménia, da Letónia e da Lituânia, todos com valores de dívida aquém
dos € 1000/habitante. Em 2017, a Estónia mantém a mesma posição relativa ainda
que o seu endividamento público per capita tenha quintuplicado (€1569/habitante),
desta feita seguida pela Bulgária, os dois únicos casos em que o indicador é inferior
a €2000/habitante;
No caso de Portugal, o seu rendimento per capita em 2000 ombreava com os
calculados para a Grécia, um pouco acima dos calculados para Malta ou Eslovénia.
Em 2018 o país tinha, ao seu nível, os rendimentos médios da República Checa ou
a Grécia e um pouco acima da Estónia e da Eslováquia, uma vez que os dois
10. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 10
citados para o ano de 2000 já se haviam distanciado, claramente. Consideramos
justo apresentar os nossos agradecimentos junto das oligarquias nacionais e
comunitária que tão bem vêm tratando os filantropos do sistema financeiro!
4 - Os encargos com a dívida pública na Europa através do tempo (2000/18)
Na grande maioria dos países da UE baixou a relevância relativa dos encargos com a
dívida, no período 2000/18 a despeito do generalizado aumento da dívida pública ter
sido ser superior ao registado para o PIB, entre 2008 e 2014. Isso prende-se, com a
superação da fase mais aguda da crise da dívida, nos últimos anos, bem como dos
apoios ao sistema financeiro (que em Portugal se vêm arrastando) e da baixa das
taxas de juro.
Fonte primária: Eurostat
Itália, Portugal e Grécia são os países que muito claramente se distanciam dos
restantes e, em 2018, como os únicos onde o peso dos encargos com a dívida se
mostrou superior a 3% do PIB.
Em 2000, o peso dos encargos com a dívida em Portugal, embora não muito
distanciado do registado no ano passado, era superado claramente por vários países,
com realce para a Bulgária, Malta, a Bélgica, a Grécia e a Itália. Todos esses países
reduziram substancialmente a relevância dos encargos, mesmo depois de terem
passado pelo auge da crise financeira; as excepções – casos de aumento do peso dos
encargos – foram Portugal, a Croácia e a Grã-Bretanha, ainda que os dois últimos
países tenham uma menor sobrecarga no contexto do PIB.
É curioso que, no caso português, esta situação não seja relevada, preferindo-se o
discurso da vanglória, do bom aluno, confundindo-se o estar menos mal com o estar
bem.
- - - -
11. grazia.tanta@gmail.com 2/05/2019 11
PS - Brevemente analisaremos a dívida das famílias e a das empresas
Este e outros textos em:
http://grazia-tanta.blogspot.com/
http://www.slideshare.net/durgarrai/documents
https://pt.scribd.com/uploads