Dez anos depois, as medidas neoliberais, a única coisa que apresentam é um sistema financeiro frágil e uma nova bolha especulativa em crescimento; e o aumento do consagrado PIB mantém-se anémico baseado em salários baixos e no desempenho chinês. Os keynesianos também não brilham como alternativa....
1 - Quem mantém o sistema financeiro à tona?
2 - Um sistema bloqueado e politicamente sem oposição
3 - A lógica neoliberal dominante
4 - O que diz a escolástica economicista?
Este documento discute como os governos têm gerido mal as finanças públicas em Portugal, priorizando os interesses dos capitalistas em detrimento do povo. A dívida pública portuguesa está aumentando rapidamente, colocando um fardo pesado nos cidadãos. Além disso, os serviços em Portugal são mais caros do que em outros países da UE, tornando a situação financeira do país ainda mais difícil.
Grécia, vítima da gula dos bancos e das desigualdades dentro da ueGRAZIA TANTA
1. O documento discute os problemas da dívida global e como ela é usada pelos bancos para dominar os países.
2. Duas falsas alternativas são oferecidas pelo neoliberalismo: austeridade interna ou desvalorização da moeda. Ambas prejudicam os trabalhadores.
3. Uma verdadeira alternativa deve ir além das dicotomias políticas e desafiar o domínio do capital financeiro, em busca de maior justiça econômica e social.
A resposta capitalista que estão a preparar para a criseGRAZIA TANTA
O documento discute a resposta capitalista à crise econômica global. Aponta que as instituições regulatórias globais como o FMI e a OMC estão ineficazes, e os estados adotam medidas desconexas para ajudar os bancos locais. Também analisa as divergências entre abordagens keynesianas e neoliberais para lidar com a crise, e as evoluções e involuções do capitalismo desde a Grande Depressão.
A precariedade no trabalho distingue os mais precários dos menos precários, colocando todos num patamar de insegurança face ao futuro. Os mais jovens, a despeito das suas mais elevadas habilitações procuram novas geografias; e os mais velhos encaram um horizonte carregado onde a hibridação dos seus descontos para a reforma com a volúpia do sistema financeiro, não augura nada de bom.
Sumário
1 - As três esferas do salariado
2 - Assalariados e independentes
A dívida à segurança social o longo conluio entre empresários manhosos e o ...GRAZIA TANTA
Por cada minuto que passa, a Segurança Social e o conjunto dos trabalhadores e aposentados são lesados em € 1903, a favor dos capitalistas mais inúteis.
O acréscimo da dívida entre 2010 e 2011 daria para aumentar em € 10.9 por cada cem euros, as pensões de velhice.
Sumário
0 – Resumo das conclusões
1 - Uma questão elementar e urgente de política e ética
2 - A história da gestão ruinosa do PS/PSD e do apêndice CDS
a. O final do cavaquismo (1988/95)
b. Os tempos da “tralha guterrista” (1996/2001)
c. O dealbar do século XXI e a operação titularização (2002/2005)
d. O saque a céu aberto (2006/…)
3 - Cálculos emblemáticos do roubo sistémico através da dívida
Nota:
Referência a outros textos sobre a dívida, elaborados por Grazia Tanta
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
O documento discute o crescimento descontrolado do sistema financeiro e seu poder sobre as pessoas. Ele analisa a evolução dos passivos financeiros em países da UE entre 1995-2020, mostrando um aumento constante e irregularidade crescente, tornando o sistema mais frágil e instável. Alguns países como Luxemburgo, Chipre e Malta têm passivos desproporcionais ao PIB, indicando especulação.
O volátil domínio da riqueza financeiraGRAZIA TANTA
0 - Introdução
1 – Como se constrói a riqueza financeira
2 - A (ir)relevância da riqueza financeira por adulto
3 - Onde se acumula a riqueza financeira?
4 - As desigualdades na distribuição da riqueza financeira
Notas sobre a deriva fascizante em cursoGRAZIA TANTA
1. O documento discute os riscos crescentes de deriva fascista em vários países, com governos aumentando o controle sobre cidadãos e reprimindo protestos. 2. Há uma relação promíscua entre classes políticas e capitalistas que ameaça os núcleos familiares através da tributação excessiva e da precarização dos trabalhadores. 3. O nacionalismo é usado para dividir as pessoas e justificar mais controle e sacrifícios, enquanto a apatia pública permite a continuação destes abusos.
Este documento discute como os governos têm gerido mal as finanças públicas em Portugal, priorizando os interesses dos capitalistas em detrimento do povo. A dívida pública portuguesa está aumentando rapidamente, colocando um fardo pesado nos cidadãos. Além disso, os serviços em Portugal são mais caros do que em outros países da UE, tornando a situação financeira do país ainda mais difícil.
Grécia, vítima da gula dos bancos e das desigualdades dentro da ueGRAZIA TANTA
1. O documento discute os problemas da dívida global e como ela é usada pelos bancos para dominar os países.
2. Duas falsas alternativas são oferecidas pelo neoliberalismo: austeridade interna ou desvalorização da moeda. Ambas prejudicam os trabalhadores.
3. Uma verdadeira alternativa deve ir além das dicotomias políticas e desafiar o domínio do capital financeiro, em busca de maior justiça econômica e social.
A resposta capitalista que estão a preparar para a criseGRAZIA TANTA
O documento discute a resposta capitalista à crise econômica global. Aponta que as instituições regulatórias globais como o FMI e a OMC estão ineficazes, e os estados adotam medidas desconexas para ajudar os bancos locais. Também analisa as divergências entre abordagens keynesianas e neoliberais para lidar com a crise, e as evoluções e involuções do capitalismo desde a Grande Depressão.
A precariedade no trabalho distingue os mais precários dos menos precários, colocando todos num patamar de insegurança face ao futuro. Os mais jovens, a despeito das suas mais elevadas habilitações procuram novas geografias; e os mais velhos encaram um horizonte carregado onde a hibridação dos seus descontos para a reforma com a volúpia do sistema financeiro, não augura nada de bom.
Sumário
1 - As três esferas do salariado
2 - Assalariados e independentes
A dívida à segurança social o longo conluio entre empresários manhosos e o ...GRAZIA TANTA
Por cada minuto que passa, a Segurança Social e o conjunto dos trabalhadores e aposentados são lesados em € 1903, a favor dos capitalistas mais inúteis.
O acréscimo da dívida entre 2010 e 2011 daria para aumentar em € 10.9 por cada cem euros, as pensões de velhice.
Sumário
0 – Resumo das conclusões
1 - Uma questão elementar e urgente de política e ética
2 - A história da gestão ruinosa do PS/PSD e do apêndice CDS
a. O final do cavaquismo (1988/95)
b. Os tempos da “tralha guterrista” (1996/2001)
c. O dealbar do século XXI e a operação titularização (2002/2005)
d. O saque a céu aberto (2006/…)
3 - Cálculos emblemáticos do roubo sistémico através da dívida
Nota:
Referência a outros textos sobre a dívida, elaborados por Grazia Tanta
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
O documento discute o crescimento descontrolado do sistema financeiro e seu poder sobre as pessoas. Ele analisa a evolução dos passivos financeiros em países da UE entre 1995-2020, mostrando um aumento constante e irregularidade crescente, tornando o sistema mais frágil e instável. Alguns países como Luxemburgo, Chipre e Malta têm passivos desproporcionais ao PIB, indicando especulação.
O volátil domínio da riqueza financeiraGRAZIA TANTA
0 - Introdução
1 – Como se constrói a riqueza financeira
2 - A (ir)relevância da riqueza financeira por adulto
3 - Onde se acumula a riqueza financeira?
4 - As desigualdades na distribuição da riqueza financeira
Notas sobre a deriva fascizante em cursoGRAZIA TANTA
1. O documento discute os riscos crescentes de deriva fascista em vários países, com governos aumentando o controle sobre cidadãos e reprimindo protestos. 2. Há uma relação promíscua entre classes políticas e capitalistas que ameaça os núcleos familiares através da tributação excessiva e da precarização dos trabalhadores. 3. O nacionalismo é usado para dividir as pessoas e justificar mais controle e sacrifícios, enquanto a apatia pública permite a continuação destes abusos.
A evolução da riqueza na Europa (2000/19)GRAZIA TANTA
O documento analisa a evolução da riqueza na Europa e no mundo entre 2000 e 2019. Apresenta dados mostrando que os maiores níveis de crescimento da riqueza ocorreram entre 2000-2008, antes da crise financeira. Após 2008, observou-se uma forte redução dos níveis de crescimento em todo o mundo, especialmente na Europa. Alguns países como China e Índia tiveram taxas de crescimento mais altas que a média global no período 2008-2019.
O documento discute a dívida pública do Equador desde os governos neoliberais até a Aliança País. Apresenta como o país acumulou dívidas externas ao longo do século XX devido a crises em produtos primários de exportação. Sob governos neoliberais na década de 1980, o país adotou políticas que agravaram a dívida através de empréstimos do FMI e privatizações. Em 2007, a Aliança País criou uma comissão para auditar a dívida e questionar sua legitim
A dívida de pessoas e empresas – a dependência eternaGRAZIA TANTA
1. O documento discute o modelo de dependência causado pela dívida de pessoas, empresas e Estados, controlados pelo sistema financeiro global.
2. A dívida cresceu drasticamente em Portugal desde 1995, ultrapassando 2,5 vezes o PIB atualmente, enquanto o PIB, investimento e rendimentos aumentaram muito menos.
3. A dívida é usada para transferir renda continuamente para o sistema financeiro e criar uma nova forma de servidão, controlando devedores através de bases de dados.
Este documento discute os problemas causados pelo atual modelo econômico adotado no Brasil, incluindo a alta concentração de renda, as privatizações prejudiciais, e o regime de metas de inflação equivocado que transfere renda para o setor financeiro. O documento argumenta que essas políticas aprofundam as desigualdades sociais e violam os direitos humanos, em vez de promover desenvolvimento econômico sustentável e justiça social para todos os brasileiros.
2106 - Europa – um continente que se transforma em penínsulaGRAZIA TANTA
Habituámo-nos a considerar a Europa como um continente. E se a realidade política e económica a transformarem de dependência norte-americana em península asiática?
O documento discute as razões por trás da reforma da previdência no Brasil e em outros países. Afirma que:
1) A reforma favorece o setor financeiro e organismos internacionais como o FMI pressionam por isso, mas não resolve o problema da falta de crescimento econômico.
2) Há cortes de até R$1 trilhão em benefícios sociais que afetam os mais pobres e reduzem a arrecadação de impostos.
3) A proposta introduz um sistema de capitalização individual que só beneficia banc
O documento discute as limitações do PIB e do "mercado" em capturar o que é realmente importante para a vida humana. Afirma que o "mercado" trata as pessoas como instrumentos para acumular capital ao invés de beneficiá-las, e que o PIB só considera transações comerciais ao invés de atividades essenciais como cozinhar. Também critica o sistema financeiro por criar dívidas sem lastro em poupanças reais.
De salvador-à-grécia-o-sistema-da-dívida-pública-salvador-24.11.2015Daniel Pousa
Especial: É tudo um assunto só!
http://goo.gl/cpC8H3
Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...
http://goo.gl/Ha5st0
No dia 24 de novembro de 2015, no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA, aconteceu a audiência pública “De Salvador à Grécia. O Sistema da Dívida Pública” promovida pela Auditoria Cidadã da Dívida, Câmara Municipal de Salvador, através do mandato do vereador Hilton Coelho (PSOL). Veja e divulgue o vídeo com a intervenção de Maria Lúcia Fattorelli.
Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, é auditora aposentada da Receita Federal e fundadora do movimento, criado em 2000. Considerada uma das principais especialistas do tema no mundo, participou do processo de autoria da dívida do Equador, em 2008, e mais recentemente na Grécia. Nos dois processos constatou um sistema de corrupção sistêmica, construído a partir de mecanismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), parlamentos e bancos de todo o mundo.
Especial: É tudo um assunto só!
http://goo.gl/cpC8H3
Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...
http://goo.gl/Ha5st0
Reflexões sobre a intervenção do estado na actual crise do capitalismoGRAZIA TANTA
1. O documento reflete sobre o papel do Estado na crise capitalista atual, notando que há convergência entre direita e esquerda no apoio à intervenção estatal para apoiar os capitais privados, embora possa não beneficiar os trabalhadores.
2. A capacidade de previsão das instituições do capitalismo tem sido hilariamente ineficaz, forçando medidas "socialistas" de nacionalização e apoios sociais para evitar agitação social.
3. Projeções demográficas para Portugal em 2060 mostram uma população resident
1) A crise capitalista atual tem origem na sobreprodução e no subconsumo das massas, não em fatores individuais como ganância.
2) Os governos resgataram os bancos com dinheiro público, aumentando a dívida pública, e agora impõem austeridade cortando gastos sociais.
3) Há uma luta ideológica para defender o sistema capitalista através da linguagem e do ensino econômico dominado pelas ideias neoliberais.
A crise financeira mundial teve início com a bolha imobiliária nos EUA em 2007, quando os preços irreais dos imóveis estouraram. Isso levou a inadimplência em empréstimos, falência de bancos e recessão na economia americana, afetando países dependentes das importações dos EUA. Diversos países tentaram soluções como redução de juros e injeção de dinheiro para estimular o crédito, mas consequências como alta do desemprego e da dívida pública foram sentidas globalmente.
Boletim 43 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O documento descreve o impacto da crise financeira global na economia brasileira e as políticas implementadas pelo governo e Banco Central para lidar com a situação.
2. A política econômica tem se mostrado insuficiente para estimular o crédito, conter a desvalorização cambial e impedir sinais de desaceleração da atividade produtiva.
3. O cenário externo de recessão nos países desenvolvidos e queda na demanda por commodities brasileiras ameaça o desempenho da economia em 2009.
Neoliberalismo e keynesianismo, dois pratos da mesma gororobaGRAZIA TANTA
Quem tenha o mau gosto ou a infinita paciência para esperar que a palavra capitalismo saia da boca de membros da classe política ou da escolástica universitária, é porque acredita que camaleões possam cantar Verdi.
Sumário
1 - A função financeira e as suas bolhas
2 - O neoliberalismo selvagem e genocida
3 - Haverá uma alternativa keynesiana anticapitalista?
3.1 – Uma moeda própria?
3.2 – O fomento do consumo privado?
3.3 - O gasto público, o choque keynesiano?
3.4 – A aceitação da dívida não será um acto de submissão?
4 - Como arquitetar uma solução anticapitalista
Dívida & deficit – estratégia de empobrecimentoGRAZIA TANTA
1. A dívida pública portuguesa e os juros continuam a aumentar apesar da redução do défice, levantando questões sobre os limites dos cortes nos serviços públicos e aumentos de impostos.
2. Na UE, a situação é semelhante, embora atenuada na região central da Europa, revelando-se problemas políticos como a falta de democracia e aproximação dos limites do capitalismo.
3. A redução do défice em Portugal não tem nada de virtuosa, baseando-se na perda de direitos e cort
6º Congresso Estadual | José Roberto Ferreira SavóiaAPEPREM
O documento discute a conjuntura política e econômica global e nacional após a crise de 2008. Resume os impactos da crise nos EUA e Europa, as respostas políticas, a recuperação gradual, e discute os desafios fiscais na Grécia e outros países europeus. No Brasil, analisa os principais indicadores econômicos, a política monetária, e perspectivas de investimentos e reformas necessárias.
O documento discute os impactos da dívida pública brasileira na classe trabalhadora. Apresenta dados mostrando o crescimento acelerado da dívida nos últimos anos, que consome quase metade do orçamento federal de 2015, em detrimento de áreas como saúde e educação. Também critica o "sistema da dívida" por privilegiar o setor financeiro em detrimento dos investimentos sociais.
1) A PEC 241 não soluciona o problema das contas públicas deficitárias e ameaça o desenvolvimento do Brasil ao congelar gastos públicos.
2) É necessário reduzir drasticamente os juros e renegociar a dívida pública para gerar recursos para investimentos e combater a estagnação.
3) Controle de capitais e tributação de investimentos estrangeiros especulativos são necessários para reduzir a vulnerabilidade externa do Brasil.
A crise mundial de 2008 e suas consequências econômicas, sociais e geopolíticasFernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo identificar as causas da crise econômica e financeira mundial de 2008, traçar os cenários econômicos e sociais e as mudanças geopolíticas globais resultantes da crise. A metodologia adotada consistiu na análise de publicações relacionadas com a crise econômica e financeira mundial e seus desdobramentos. O resultado dos estudos indicou que a crise econômica e financeira mundial de 2008 será prolongada e que dela poderá resultar o advento de uma nova ordem mundial , o declínio dos Estados Unidos e a ascensão da China como a maior potência econômica do planeta.
A falta de dinheiro em empresas e pessoas físicas, superinflação ou desastres naturais podem desencadear crises econômicas. A crise do petróleo de 1973 causou aumento nos preços do petróleo e racionamento no Brasil. Países como Grécia gastaram mais do que arrecadaram e se endividaram, desencadeando a crise da dívida soberana europeia em 2010. Os EUA aumentaram sua dívida pública para estimular a economia após 2008, mas agora precisam controlá-la.
O documento discute os efeitos da crise econômica de 2008 no Brasil e no mundo. A crise teve origem em empréstimos bancários excessivos e espalhou-se globalmente, afetando principalmente os setores automotivo, imobiliário e de investimentos. No Brasil, a crise reduziu o crescimento econômico e aumentou o desemprego. O G20, fórum de cooperação econômica global, desempenhou um papel importante nas discussões sobre a crise.
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
O sistema financeiro, o primeiro ditador global 2GRAZIA TANTA
Sumário
4 - Crédito total dirigido às famílias e empresas não lucrativas que servem as famílias (% do PIB)
5 - Crédito total dirigido às empresas não financeiras (% do PIB)
6 - Estruturas e dinâmicas na distribuição do crédito/endividamento
A evolução da riqueza na Europa (2000/19)GRAZIA TANTA
O documento analisa a evolução da riqueza na Europa e no mundo entre 2000 e 2019. Apresenta dados mostrando que os maiores níveis de crescimento da riqueza ocorreram entre 2000-2008, antes da crise financeira. Após 2008, observou-se uma forte redução dos níveis de crescimento em todo o mundo, especialmente na Europa. Alguns países como China e Índia tiveram taxas de crescimento mais altas que a média global no período 2008-2019.
O documento discute a dívida pública do Equador desde os governos neoliberais até a Aliança País. Apresenta como o país acumulou dívidas externas ao longo do século XX devido a crises em produtos primários de exportação. Sob governos neoliberais na década de 1980, o país adotou políticas que agravaram a dívida através de empréstimos do FMI e privatizações. Em 2007, a Aliança País criou uma comissão para auditar a dívida e questionar sua legitim
A dívida de pessoas e empresas – a dependência eternaGRAZIA TANTA
1. O documento discute o modelo de dependência causado pela dívida de pessoas, empresas e Estados, controlados pelo sistema financeiro global.
2. A dívida cresceu drasticamente em Portugal desde 1995, ultrapassando 2,5 vezes o PIB atualmente, enquanto o PIB, investimento e rendimentos aumentaram muito menos.
3. A dívida é usada para transferir renda continuamente para o sistema financeiro e criar uma nova forma de servidão, controlando devedores através de bases de dados.
Este documento discute os problemas causados pelo atual modelo econômico adotado no Brasil, incluindo a alta concentração de renda, as privatizações prejudiciais, e o regime de metas de inflação equivocado que transfere renda para o setor financeiro. O documento argumenta que essas políticas aprofundam as desigualdades sociais e violam os direitos humanos, em vez de promover desenvolvimento econômico sustentável e justiça social para todos os brasileiros.
2106 - Europa – um continente que se transforma em penínsulaGRAZIA TANTA
Habituámo-nos a considerar a Europa como um continente. E se a realidade política e económica a transformarem de dependência norte-americana em península asiática?
O documento discute as razões por trás da reforma da previdência no Brasil e em outros países. Afirma que:
1) A reforma favorece o setor financeiro e organismos internacionais como o FMI pressionam por isso, mas não resolve o problema da falta de crescimento econômico.
2) Há cortes de até R$1 trilhão em benefícios sociais que afetam os mais pobres e reduzem a arrecadação de impostos.
3) A proposta introduz um sistema de capitalização individual que só beneficia banc
O documento discute as limitações do PIB e do "mercado" em capturar o que é realmente importante para a vida humana. Afirma que o "mercado" trata as pessoas como instrumentos para acumular capital ao invés de beneficiá-las, e que o PIB só considera transações comerciais ao invés de atividades essenciais como cozinhar. Também critica o sistema financeiro por criar dívidas sem lastro em poupanças reais.
De salvador-à-grécia-o-sistema-da-dívida-pública-salvador-24.11.2015Daniel Pousa
Especial: É tudo um assunto só!
http://goo.gl/cpC8H3
Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...
http://goo.gl/Ha5st0
No dia 24 de novembro de 2015, no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA, aconteceu a audiência pública “De Salvador à Grécia. O Sistema da Dívida Pública” promovida pela Auditoria Cidadã da Dívida, Câmara Municipal de Salvador, através do mandato do vereador Hilton Coelho (PSOL). Veja e divulgue o vídeo com a intervenção de Maria Lúcia Fattorelli.
Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, é auditora aposentada da Receita Federal e fundadora do movimento, criado em 2000. Considerada uma das principais especialistas do tema no mundo, participou do processo de autoria da dívida do Equador, em 2008, e mais recentemente na Grécia. Nos dois processos constatou um sistema de corrupção sistêmica, construído a partir de mecanismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), parlamentos e bancos de todo o mundo.
Especial: É tudo um assunto só!
http://goo.gl/cpC8H3
Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...
http://goo.gl/Ha5st0
Reflexões sobre a intervenção do estado na actual crise do capitalismoGRAZIA TANTA
1. O documento reflete sobre o papel do Estado na crise capitalista atual, notando que há convergência entre direita e esquerda no apoio à intervenção estatal para apoiar os capitais privados, embora possa não beneficiar os trabalhadores.
2. A capacidade de previsão das instituições do capitalismo tem sido hilariamente ineficaz, forçando medidas "socialistas" de nacionalização e apoios sociais para evitar agitação social.
3. Projeções demográficas para Portugal em 2060 mostram uma população resident
1) A crise capitalista atual tem origem na sobreprodução e no subconsumo das massas, não em fatores individuais como ganância.
2) Os governos resgataram os bancos com dinheiro público, aumentando a dívida pública, e agora impõem austeridade cortando gastos sociais.
3) Há uma luta ideológica para defender o sistema capitalista através da linguagem e do ensino econômico dominado pelas ideias neoliberais.
A crise financeira mundial teve início com a bolha imobiliária nos EUA em 2007, quando os preços irreais dos imóveis estouraram. Isso levou a inadimplência em empréstimos, falência de bancos e recessão na economia americana, afetando países dependentes das importações dos EUA. Diversos países tentaram soluções como redução de juros e injeção de dinheiro para estimular o crédito, mas consequências como alta do desemprego e da dívida pública foram sentidas globalmente.
Boletim 43 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O documento descreve o impacto da crise financeira global na economia brasileira e as políticas implementadas pelo governo e Banco Central para lidar com a situação.
2. A política econômica tem se mostrado insuficiente para estimular o crédito, conter a desvalorização cambial e impedir sinais de desaceleração da atividade produtiva.
3. O cenário externo de recessão nos países desenvolvidos e queda na demanda por commodities brasileiras ameaça o desempenho da economia em 2009.
Neoliberalismo e keynesianismo, dois pratos da mesma gororobaGRAZIA TANTA
Quem tenha o mau gosto ou a infinita paciência para esperar que a palavra capitalismo saia da boca de membros da classe política ou da escolástica universitária, é porque acredita que camaleões possam cantar Verdi.
Sumário
1 - A função financeira e as suas bolhas
2 - O neoliberalismo selvagem e genocida
3 - Haverá uma alternativa keynesiana anticapitalista?
3.1 – Uma moeda própria?
3.2 – O fomento do consumo privado?
3.3 - O gasto público, o choque keynesiano?
3.4 – A aceitação da dívida não será um acto de submissão?
4 - Como arquitetar uma solução anticapitalista
Dívida & deficit – estratégia de empobrecimentoGRAZIA TANTA
1. A dívida pública portuguesa e os juros continuam a aumentar apesar da redução do défice, levantando questões sobre os limites dos cortes nos serviços públicos e aumentos de impostos.
2. Na UE, a situação é semelhante, embora atenuada na região central da Europa, revelando-se problemas políticos como a falta de democracia e aproximação dos limites do capitalismo.
3. A redução do défice em Portugal não tem nada de virtuosa, baseando-se na perda de direitos e cort
6º Congresso Estadual | José Roberto Ferreira SavóiaAPEPREM
O documento discute a conjuntura política e econômica global e nacional após a crise de 2008. Resume os impactos da crise nos EUA e Europa, as respostas políticas, a recuperação gradual, e discute os desafios fiscais na Grécia e outros países europeus. No Brasil, analisa os principais indicadores econômicos, a política monetária, e perspectivas de investimentos e reformas necessárias.
O documento discute os impactos da dívida pública brasileira na classe trabalhadora. Apresenta dados mostrando o crescimento acelerado da dívida nos últimos anos, que consome quase metade do orçamento federal de 2015, em detrimento de áreas como saúde e educação. Também critica o "sistema da dívida" por privilegiar o setor financeiro em detrimento dos investimentos sociais.
1) A PEC 241 não soluciona o problema das contas públicas deficitárias e ameaça o desenvolvimento do Brasil ao congelar gastos públicos.
2) É necessário reduzir drasticamente os juros e renegociar a dívida pública para gerar recursos para investimentos e combater a estagnação.
3) Controle de capitais e tributação de investimentos estrangeiros especulativos são necessários para reduzir a vulnerabilidade externa do Brasil.
A crise mundial de 2008 e suas consequências econômicas, sociais e geopolíticasFernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo identificar as causas da crise econômica e financeira mundial de 2008, traçar os cenários econômicos e sociais e as mudanças geopolíticas globais resultantes da crise. A metodologia adotada consistiu na análise de publicações relacionadas com a crise econômica e financeira mundial e seus desdobramentos. O resultado dos estudos indicou que a crise econômica e financeira mundial de 2008 será prolongada e que dela poderá resultar o advento de uma nova ordem mundial , o declínio dos Estados Unidos e a ascensão da China como a maior potência econômica do planeta.
A falta de dinheiro em empresas e pessoas físicas, superinflação ou desastres naturais podem desencadear crises econômicas. A crise do petróleo de 1973 causou aumento nos preços do petróleo e racionamento no Brasil. Países como Grécia gastaram mais do que arrecadaram e se endividaram, desencadeando a crise da dívida soberana europeia em 2010. Os EUA aumentaram sua dívida pública para estimular a economia após 2008, mas agora precisam controlá-la.
O documento discute os efeitos da crise econômica de 2008 no Brasil e no mundo. A crise teve origem em empréstimos bancários excessivos e espalhou-se globalmente, afetando principalmente os setores automotivo, imobiliário e de investimentos. No Brasil, a crise reduziu o crescimento econômico e aumentou o desemprego. O G20, fórum de cooperação econômica global, desempenhou um papel importante nas discussões sobre a crise.
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
O sistema financeiro, o primeiro ditador global 2GRAZIA TANTA
Sumário
4 - Crédito total dirigido às famílias e empresas não lucrativas que servem as famílias (% do PIB)
5 - Crédito total dirigido às empresas não financeiras (% do PIB)
6 - Estruturas e dinâmicas na distribuição do crédito/endividamento
As crises de 1929 e 2008 nos EUA tiveram origem em bolhas especulativas no mercado imobiliário e falta de regulação do Estado. A crise de 1929 levou à Grande Depressão global de 15 anos, enquanto os efeitos da crise de 2008 devem ser menos devastadores, graças às lições aprendidas e às novas políticas keynesianas. No Brasil, as crises exacerbaram problemas econômicos pré-existentes.
Porque não é pagável a dívida pública portuguesaGRAZIA TANTA
1. A dívida é um instrumento de domínio que incute culpa no devedor e submissão através da humilhação;
2. O Estado atua como departamento do sistema financeiro, cobrando impostos e mantendo a ordem para beneficiar os capitalistas;
3. O sistema financeiro precisa constantemente colocar e reproduzir capital através do endividamento das pessoas e empresas, mesmo que isto destrua a economia real e gere instabilidade.
A crise financeira (2) – a crise sistémicaGRAZIA TANTA
1. Uma crise financeira sistêmica atinge a Europa e os EUA, levando ao resgate e nacionalização de vários bancos, como o Fortis e o Bradford & Bingley.
2. Nos EUA, bancos como o Merrill Lynch, Lehman Brothers e seguradoras como AIG enfrentam dificuldades, levando o governo americano a mobilizar $700 bilhões para resgatar o sistema financeiro.
3. A intervenção maciça dos governos e bancos centrais para resgatar bancos expõe a incapacidade do
Dívida pública – cancro não se trata com paracetamolGRAZIA TANTA
1) A dívida pública portuguesa tem aumentado continuamente, duplicando desde 2008, devido ao esgotamento das poupanças internas e disponibilidade do financiamento externo.
2) Grande parte da dívida pública foi utilizada para resgatar bancos em dificuldades, como o BPN e BES, ao invés de ser investida em áreas como saúde, educação ou investimento público.
3) Apesar do crescimento da dívida, os serviços públicos têm vindo a ser cortados através de
1) O documento discute a crise no mercado imobiliário dos EUA e seus impactos globais. 2) Problemas no setor imobiliário americano, como empréstimos de alto risco e inadimplência, espalharam incerteza nos mercados financeiros globais. 3) Isso levou a uma queda generalizada das bolsas de valores em todo o mundo.
1) Uma crise no mercado imobiliário americano, com aumento da inadimplência, espalhou pânico entre investidores e fez as bolsas caírem em todo o mundo.
2) Os EUA concederam muitos empréstimos para compra de imóveis mesmo a pessoas de baixa renda, e agora a inadimplência ameaça causar uma recessão global.
3) As turbulências financeiras globais desta vez são piores do que antes pois os riscos foram mais dispersos com a globalização.
1) O documento discute a crise de Portugal no contexto europeu, incluindo as principais ameaças como a sustentabilidade da dívida pública japonesa e o "Fiscal Cliff" americano.
2) A consolidação orçamental na Europa levou a quedas significativas do PIB em países como a Grécia e Portugal.
3) Há preocupações com a economia francesa devido ao alto desemprego e dívida pública.
Notas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira SantosA. Rui Teixeira Santos
1) O documento discute a crise de Portugal no contexto europeu, com foco nas dívidas soberanas e na consolidação orçamental.
2) Há preocupações com a economia francesa devido ao desemprego e dívida excessiva.
3) A Comissão Europeia reviu em baixa as previsões de crescimento da zona euro para 2013, esperando estagnação.
Decrescimento, capitalismo e democracia de mercadoGRAZIA TANTA
O capitalismo é um sistema global e invasivo. E nenhuma contestação assente numa temática sectorial, localizada ou num grupo de ungidos, é suficiente para o extirpar
1 - O capitalismo é um sistema global e invasivo
2 – Como combater os grandes auxiliares da gestão capitalista
a) – Áreas para articulação na luta anticapitalista
b) - Elementos para enformar uma rede anticapitalista
O sistema financeiro como elemento dominante no capitalismo atualGRAZIA TANTA
1 - O documento discute o poder global do sistema financeiro e seu domínio sobre Estados-nação, empresas e indivíduos através da coleta e uso de dados e da concessão de crédito.
2 - Apresenta estatísticas sobre o crédito total concedido ao setor não financeiro (famílias, Estados e empresas) em alguns países europeus e zonas econômicas entre 1995 e 2020.
3 - Destaca os casos de Portugal, onde o crédito chegou a 3,6 vezes o PIB em 2012, e da Alemanha, com est
1) A economia brasileira está sendo menos afetada pela crise global do que os EUA e Europa devido a laços mais fracos com os sistemas bancários internacionais e comércio mais focado na América Latina e Ásia.
2) No Brasil, parte significativa da poupança é aplicada em títulos públicos, gerando lucros para especulação financeira em vez de investimento e empregos.
3) Uma queda gradual dos juros pode forçar esses recursos a migrarem para geração de emprego
1. O documento discute a situação política e econômica do Brasil e da América Latina diante da crise global do capitalismo.
2. Defende reformas estruturais e tributárias para financiar o desenvolvimento social com justiça, em oposição às propostas neoliberais.
3. Propõe medidas como taxar grandes fortunas, heranças, lucros e dividendos para gerar recursos e reduzir desigualdades.
1) O documento discute os problemas do sistema capitalista mundial e sua dependência do capital financeiro especulativo.
2) Com a crise financeira de 2008, governos adotaram políticas de austeridade para salvar bancos, prejudicando populações.
3) Para o autor, só haverá fim da crise com controle público do sistema financeiro e cancelamento de dívidas consideradas ilegítimas.
1) O documento descreve a crise do mercado imobiliário nos EUA conhecida como crise do subprime, que teve início com empréstimos de alto risco e levou à quebra de grandes bancos.
2) A crise se espalhou pelo mundo e causou uma grande recessão global, forçando governos a aprovarem pacotes de estímulo bilionários.
3) No Brasil, a crise teve menos impacto devido a medidas como o saneamento do setor bancário e a acumulação de reservas internacionais.
O documento discute a situação econômica do Brasil em 2015 e as alternativas disponíveis para construir as bases de um crescimento mais robusto e equilibrado. O autor argumenta que o Brasil enfrenta um dilema entre aumentar a intervenção do Estado ou apoiar mais a iniciativa privada, e que é necessário encontrar um equilíbrio entre essas opções.
Infomoney- O PT começa a articular a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 2018 já no 5° Congresso Nacional do PT, que ocorre de quinta-feira (11) a sábado (13) na capital baiana. A carta intitulada "Declaração de Salvador" foi divulgada nesta terça-feira (9) pelo partido e será apresentada no Congresso do partido
O documento discute a dívida pública brasileira e suas implicações para a economia. Em 3 frases:
1) A dívida pública é usada para extrair riqueza dos países periféricos em benefício dos centrais e atores financeiros por meio de juros elevados.
2) Ela sustenta-se no discurso da estabilidade monetária via inflação e superávit, mas na verdade alimenta a acumulação financeira em detrimento do desenvolvimento.
3) Há propostas para auditar a dívida e promover um debate que
Semelhante a Os dez anos de crise – ganhadores e perdedores (20)
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfGRAZIA TANTA
1 - O que é historicamente a Ucrânia?
2 - O discreto papel dos EUA na manipulação da classe política ucraniana
3 - A demografia da Ucrânia; um país de …sucesso
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docGRAZIA TANTA
Os países com grandes saldos positivos no comércio externo são a Alemanha, a China e a Rússia; os que acumulam grandes deficits são os EUA e o seu acólito Grã-Bretanha
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfGRAZIA TANTA
1 – MRS em seu esplendor no último 10 de junho
2 – A deificação de Portugal é uma elevação sem conteúdo
3 – O habitual verbo oco de MRS
4 - MRS e a arraia-miúda
5 – Periferia geográfica e de conhecimento
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdfGRAZIA TANTA
O documento fornece estatísticas sobre as exportações de energia da Rússia após a invasão da Ucrânia, mostrando que a Rússia continuou a vender grandes quantidades de petróleo, gás natural, derivados de petróleo e carvão para países da Europa e Ásia, incluindo membros da OTAN. O autor critica os líderes da UE e da OTAN por sua incapacidade de impedir as vendas de energia russa e dependência contínua dos recursos energéticos da Rússia.
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfGRAZIA TANTA
0 – Preâmbulo
1 - Agricultura, floresta e pesca
2 - Indústrias extrativas, transformadoras, produção e distribuição eletricidade, gás…
3 – Construção
4 - Comércio por grosso, retalho, transportes, alojamento
5 – Informação e comunicação
6 – Actividades financeiras e de seguros
7 – Actividades imobiliárias
8 – Actividades de consultoria, científicas e técnicas, administrativas e serviços de apoio
9 - Administração Pública, Defesa, Educação, Atividades de saúde humana e apoio social
10 - Actividades artísticas, de espectáculos, recreativas e outras de serviços, dos agregados domésticos e de organizações e entidades extraterritoriais
As desigualdades provenientes da demografia na EuropaGRAZIA TANTA
Este documento analisa as desigualdades demográficas na União Europeia entre 1995-2021. Aponta que alguns países como Espanha, França e Alemanha tiveram crescimento populacional, enquanto outros como Romênia e Bulgária perderam quase 3 milhões de habitantes. Também destaca que a crise financeira acentuou as desigualdades regionais e levou a mais migração para a UE.
1) O documento discute o conceito de "BideNato", referindo-se à aliança entre os EUA e a Europa liderada pela Casa Branca e Pentágono.
2) A Europa está em declínio e tende a ser vista como uma península asiática sob influência dos EUA, que usam a NATO para evitar o isolamento geopolítico em relação a outras potências como China e Rússia.
3) A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é apontada como símbolo da decadência europeia
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
1. The document discusses NATO expansionism and militarism as dangers to humanity. It argues that the US uses NATO to dominate Europe, install military bases near Russia, and promote the arms industry.
2. It claims the war in Ukraine will prolong US/NATO dominance over Europe and allow more weapons sales. However, this escalates tensions and endangers European lives and economies to serve US interests.
3. Militarism poses great risks and the document advocates demilitarization and reducing US/NATO aggression towards Russia to promote peace in Europe.
0 – Introduction
1 – Without an economy, there is no thriving military power
2 - US military proliferation on the planet
2.1 - East and Oceania
2.2 – Europe
2.3 - Middle East
2.4 – Africa
2.5 – America
3 – USA, a fated evildoer
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfGRAZIA TANTA
O documento discute a proliferação militar dos EUA no mundo e como isso revela os limites do seu poder. Apresenta uma lista incompleta de instalações militares dos EUA por região, com a maior concentração no Oriente e Oceania (40% do total) e na Europa (60% na Alemanha e Itália).
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
A actual fascização dos poderes, brota, sob formas descuidadas e enganosas, de uma “informação” que se propaga, com superficialidades ou mentiras e, aceites por gente acéfala, com vidas precárias, desatentos manipulados pela grande maioria dos media que, na sua grande maioria, são infectas lixeiras. Ninguém se deverá admirar se a escalada militar conduzir a uma guerra devastadora na Europa, tomada como arena de treino do Pentágono.
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UEGRAZIA TANTA
Este documento discute a história e situação atual da NATO e da Ucrânia. A NATO foi criada originalmente para proteger a Europa Ocidental dos EUA contra a URSS, mas continua sob forte influência dos EUA. A Ucrânia nunca teve unidade política e está dividida entre o oeste católico e o leste pró-Rússia. Recentemente, a Rússia anexou a Crimeia e apoiou separatistas no leste da Ucrânia em resposta à crescente influência ocidental.
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
O documento descreve a precariedade crescente no capitalismo do século XXI, com mais pessoas vivendo em condições precárias e sem proteções sociais adequadas. Grandes massas da população enfrentam baixos salários, desemprego, dívidas e privação de direitos políticos. Os governos priorizam os interesses das grandes empresas em detrimento das necessidades da população.
Speculative electricity prices in the EUGRAZIA TANTA
Summary
1 - Electricity prices in the EU - 2016 (2nd semester) and 2021 (1st semester)
2 – The tax puncture widens the inequalities inserted in the prices
3 - Remuneration and electricity prices
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
Os especulativos preços da energia elétrica na ueGRAZIA TANTA
1 - Preços da energia elétrica na UE – 2016 (2º semestre) e 2021 (1º semestre)
2 – A punção fiscal amplia as desigualdades inseridas nos preços
3 - Remunerações e preços da eletricidade
Human beings, servants of the financial systemGRAZIA TANTA
1 - The uncontrolled expansion of the financial system
2 - The power and size of the financial sector
3 - Financial sector liabilities and their evolution
4 - Financial liabilities and minimum wages
Este documento contém 10 textos de circunstância sobre vários assuntos como: 1) A concorrência entre conferências democráticas; 2) Ataques judiciais ao futebol e alegada corrupção nos clubes; 3) Vários casos de corrupção nas Forças Armadas portuguesas.
1. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 1
Os dez anos de crise – ganhadores e perdedores
Dez anos depois, as medidas neoliberais, a única coisa que
apresentam é um sistema financeiro frágil e uma nova bolha
especulativa em crescimento; e o aumento do consagrado PIB
mantém-se anémico baseado em salários baixos e no
desempenho chinês. Os keynesianos também não brilham como
alternativa.
As classes políticas cumprem as ordens de continuidade da
mansidão da plebe, alimentando nacionalismos, xenofobias e, em
breve assumidos fascismos; beneficiando da ausência de um
pensamento atualizado de esquerda.
Nos EUA, Trump propôs a passagem do orçamento de defesa de
$582000 M para $636000 M mas, o Senado achou pouco e
aumentou para $696000 M, com as únicas recusas a partirem de
Bernie Sanders e quatro democratas. Onde serão as próximas
guerras?
O planeta torna-se um local perigoso para se viver. Onde está a
alternativa?
Sumário
1 - Quem mantém o sistema financeiro à tona?
2 - Um sistema bloqueado e politicamente sem oposição
3 - A lógica neoliberal dominante
4 - O que diz a escolástica economicista?
%%%%%%%%%%%% ||||| %%%%%%%%%%
1 - Quem mantém o sistema financeiro à tona?
Em agosto de 2007 ficou claro que os créditos hipotecários subprime, com taxas de juro
inicialmente baixas - lançados como medida de suplantar a crise surgida do afundamento dos
dotcom em 2001 e dos atentados de 11 de setembro do mesmo ano - estavam a gerar uma
bolha imobiliária que se esfumou quando surgiu, na sua base, um grande número de famílias
2. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 2
insolventes. Como esses créditos haviam sido titularizados, isto é, incorporados em sucessivas
emissões de títulos, aos seus titulares restavam duas opções: vendê-los com prejuízo ou
mantê-los em carteira, sob o risco de um prejuízo superior.
Assim, a recessão não se ancorou numa quebra da procura. À data, o gasto público era
crescente na maior parte das economias e até os beneficiários dos subprimes viam os seus
salários crescerem e a suscitarem tentações de maior consumo. Porém, ainda em 2006, nos
EUA, houve uma queda dos lucros como resultado de uma acumulação excessiva de capital –
não havia pão para tanto chouriço, como se diz em Espanha; e, num contexto de baixa
rendabilidade, o investimento não tem atrativos, sobrando daí impactos negativos na chamada
“economia real”, na procura, no emprego e nos rendimentos. Isso afetou, de imediato, uma
larga camada de trabalhadores pobres, a quem havia sido incutida a ideia de que os seus
imóveis, em valorização, lhes permitiriam garantir um maior endividamento… carro novo,
obras na casa, viagens... A crise financeira que entretanto se havia desencadeado contraiu o
crédito, parou projetos de investimento, gerou desemprego e, só então, essa enorme massa
de gente, arruinada, reduziu drasticamente o seu consumo.
Como o sistema financeiro é uma amálgama única, sem fronteiras, o contágio aos bancos
europeus foi imediato, fazendo ruir também as bolhas imobiliárias europeias, com a paragem
de pagamentos aos bancos. Estes, com a acumulação de créditos concedidos sem reembolso,
ainda em agosto de 2007, recorreram ao prestimoso BCE, pensando que se tratasse de uma
simples crise de liquidez, tivesse inundado o chamado mercado, colocando à disposição dos
bancos € 203700 M; o que comparado com os atuais € 30000 M mensais do conta-gotas do
Draghi é uma enormidade. Entretanto, nos EUA, o FED absorveu $ 600000 M em títulos em
novembro de 2008, $ 750000 em março do ano seguinte, bem como procedeu a uma emissão
de $ 300000 M de títulos do Tesouro, para além de colocação de dinheiro no mercado a taxas
próximas de 0% em outubro de 2008, a que se seguiram outras ações. O Banco de Inglaterra,
por seu turno, iniciou intervenções idênticas em 2009, com £ 165000 M, no ano seguinte
adicionados com mais £ 175000 M, para além de outras ações posteriores.
Apesar de tão valioso esforço, o imobiliário em construção deixou de ter financiamento
bancário, os construtores faliram, aumentando o malparado nos bancos e despedindo em
massa. Entre os milhões de desempregados e de trabalhadores com salários reduzidos, houve
muitos casos de incapacidade de pagamento de prestações da habitação (e de créditos para
consumo), daí resultando despejos e grandes incrementos nos gastos públicos e das
seguranças sociais em subsídios de desemprego e outros apoios sociais; para além dos
destrutivos efeitos psicológicos e na auto-estima dos atingidos.
Na Europa, os sorumbáticos avatares de Bruxelas ou Frankfurt exigiram… apoios aos infelizes
banqueiros1
e compressão nos gastos sociais, bem como privatizações em massa para
1
Em Espanha, à população foi colocada pelo governo, primeiro o de Zapatero e depois o de Rajoy, face a uma
fatura de € 122000 M de ajudas aos bancos http://fleed.pt/dinheiro/reestruturacao-da-banca-espanhola-ja-custou-
122-milhoes-de-euros. Por seu turno, o estudo Oliver - Wyman – Beyond Restrutcturing: The New Agenda –
3. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 3
combater os… deficits públicos dali resultantes; por um lado, nada desse menu levanta dúvidas
a um neoliberal e, por outro, sendo o mesmo claramente anti-social, fica demonstrada à
saciedade a quem servem e para que servem as classes políticas.
Também para colmatar os desequilíbrios nas contas, os Estados aumentaram o recurso a
emissões de dívida pública, que o capital financeiro rapidamente subscreveu, uma vez que os
Estados não vão à falência e aqueles títulos servem de garantia para o recurso dos bancos ao
financiamento junto do BCE, no caso da zona euro. Por seu turno, as agências de rating, no seu
elevado saber, mostram-se avaros na recomendação dos títulos públicos, o que favorece a
exigência de taxas de juro elevadas, como convém ao sistema financeiro em dificuldades;
embora não interesse aos Estados… em dificuldades.
Toda esta utilização dos Estados para transferirem recursos da população para o sistema
financeiro e para o capital, em geral, faz parte de uma trama bem urdida que desenvolvemos
há pouco tempo
2
, em que estão comprometidos os partidos de direita, com vocação
governativa, bem como os da dita esquerda que pedem humildemente reestruturações de
dívida, como se se estivesse numa relação comercial típica; recusando, portanto, colocar em
causa toda a lógica do capital e a punção permanente, em geral exercida sobre os povos, para
a captura destes através dos aparelhos de estado.
Segundo os neoliberais o Estado é culpado de absorver os recursos que faltam aos investidores
para fomentarem o relançamento da procura, o que constitui apenas propaganda justificativa
das políticas de compressão de gastos sociais e concentração de capitais e rendimentos nos
mais ricos.
Os problemas de dívida não são exclusivos dos países ditos desenvolvidos. Em África, por
exemplo, segundo The Jubilee Debt Campaign em finais de 2017 havia 28 países em risco de
incumprimento contra 11 com baixo risco, contra 15 e 24, respetivamente em 2013; e há casos
em que a dívida é paga através de procedimentos subreptícios, com o aumento dos preços das
exportações, aproveitando a grande procura por parte da China quanto a matérias-primas.
2 - Um sistema bloqueado e politicamente sem oposição
European Banking 2017 - mostra um diagrama das fusões que conduziram a uma grande concentração do sistema
bancário no estado espanhol
2
http://www.slideshare.net/durgarrai/como-o-sistema-financeiro-captura-a-humanidade-atravs-da-dvida
http://www.slideshare.net/durgarrai/como-o-sistema-financeiro-captura-a-humanidade-atravs-da-dvida-2
http://www.slideshare.net/durgarrai/como-o-sistema-financeiro-captura-a-humanidade-atravs-da-dvida-3
I partiti politici si dividono in grandi e piccoli. I grandi mentono
e rubano. I piccoli desiderano soprattutto di crescere.
Os partidos políticos dividem-se em grandes e pequenos. Os grandes
mentem e roubam. Os pequenos desejam sobretudo, crescer
Emanuele de Straznik
4. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 4
As alegrias e as tristezas dos mercados financeiros podem mais formalmente ser apresentadas
como no gráfico seguinte, onde se observa o aumento do número e da riqueza dos
bilionários… uma vez que milionário passou a ser uma situação … demasiado comum e
irrelevante.
Fonte: Blog de Michael Roberts
Os chamados investidores dedicam-se essencialmente à reprodução e acumulação de capital
improdutivo e é em função disso e da conjuntura do momento que produzem bens ou
serviços, contratando assalariados e comprando equipamentos ou, que se dedicam ao jogo da
especulação, como é evidente no gráfico que se segue.
5. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 5
Fonte
primária: http://money.visualcapitalist.com/ Cálculo em Out/2017 (1 B = 1000 000 M)
Embora infame, não deixa de ser curioso que os bancos atuem num plano global quando daí
retiram benefícios e, quando a crise surge e os activos se esfumam em dívida incobrável e sem
valor, exijam a nacionalização dos estragos, transferindo-os para a população, em termos de
austeridade, desemprego, cortes em responsabilidades sociais, privatizações (energia,
aeroportos, correios, por exemplo, em Portugal), resgates (assunção de prejuízos da banca),
nacionalizações, formais ou encobertas (BPN, BES, por exemplo, também em Portugal)3
; com
essas transferências tendo o alto patrocínio das instituições plurinacionais, como o FMI, o BCE,
a Comissão Europeia e dos cosméticos parlamentos nacionais. Uma filosofia de roubo,
privatização de benefícios, socialização de perdas…
Na zona euro, o crédito malparado encontra-se a um nível mais de 2.5 vezes superior ao
observado em 2007; e os países com indicadores mais perigosos são, em fins de 2016, a Grécia
(45.9% do crédito total), Chipre (45%), Portugal (19.5%) e Itália (15.3%)
4
, valores
substancialmente superiores aos dos países da Europa Ocidental e do Norte. Numa zona
económica que se pretende integrada e de políticas homogéneas, a solidariedade manifesta-se
no rateio das perdas… pelos mais pobres.
O quadro que se segue mostra sinteticamente elementos sobre uma ilusória saída da crise
iniciada em 2008 que, por sua vez, ampliou a quebra de 2001, da bolha tecnológica que muitos
consideravam o início da bem-aventurança eterna, do fim da História, após a implosão do
“Império do Mal” soviético. Um site na internet era tido, à época, como suficiente para a
inclusão numa nova economia com elevados crescimentos nos índices Nasdaq5
; afinal, esse
delírio morreu na infância. Hoje não se fala mais de nova economia mas sim de catadupas de
start-ups que, na sua esmagadora maioria, se afogam em bares nas noites de Lisboa, em época
3
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2016/07/bail-in-ou-bail-out-o-mesmo-baile-outra.html
http://www.slideshare.net/durgarrai/o-sistema-bancrio-portugus-bancos-com-pernas-de-barro
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2014/07/hecatombe-bes.html
http://www.slideshare.net/durgarrai/nacionalizao-da-banca-piada-ou-mistificao
4
Oliver Wyman – Beyond Restrutcturing: The New Agenda – European Banking 2017
5
À época divulgámos a frase “Não se porte como um basbaque, aplique dinheiro no Nasdaq!”
6. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 6
de Websummit e de provinciana euforia governamental; com alguns a jantar no… Panteão,
sonhando transformar start-ups em unicórnios6
.
Evolução da capitação do PIB ( preços de 2008)
2008 2016
Var. media anual
(%)
Alemanha (€) 31719 34982 1,29
Espanha (€) 24275 22291 -1,02
França (€) 31028 31010 -0,01
Grã-Bretanha (£) 25435 25129 -0,15
Holanda (€) 38879 36742 -0,69
Itália 27551 25213 -1,06
Portugal (€) 16942 16550 -0,29
Suiça (Fr S) 78180 80341 0,35
EUA ($) 48330 51646 0,86
Japão (Yen) 4066662 4180205 0,35
Fonte primária : OCDE
A propósito do delírio tecnológico, na paróquia lusa exultou-se com a instalação no Porto, da
Amazon que é a maior empresa do mundo sendo o seu CEO, Bezos, o mais rico dos humanos.
Mas o que faz a Amazon? Recolhe encomendas pela internet – um pouco de tudo – e procura
os fornecedores, encaminhando depois o produto para quem o encomendou; com compra
paga antecipadamente, claro. Assim, a Amazon, é simultaneamente uma empresa financeira e
um retalhista a nível global, de bens que não produz e que entrega à porta do cliente – um
grande supermercado, sem lojas. Imaginem-se muitos milhares de pessoas a direcionar as
encomendas recebidas e muitas mais na árdua tarefa da logística, que engloba a recepção de
grandes quantidades e variedades de encomendas em portos e aeroportos, a sua passagem
para armazéns, práticas de grupagem e desgrupagem, o carregamento e a condução de
camiões até se chegar à rede de retalho que termina com a entrega direta ao comprador. Para
quem trabalha na logística, além da pressão da luta contra o tempo, para evitar penalizações,
trata-se de um trabalho penoso (14 h/dia), muito mal pago (€ 1200 brutos por mês, na
Alemanha, em 2013) e onde se não está mais do que poucos anos, dado o seu caráter
extenuante que pode atingir entregas em 130 locais por dia7
. Quando se fala de empresas
tecnológicas, os media e a classe política emitem sempre a imagem de trabalho criativo e bem
pago para quadros altamente qualificados; mas não dizem que esses são sempre uma pequena
minoria. Porque será que os governos falam tanto de magníficos investimentos que
corresponderão à criação de muitos “postos de trabalho”, ocultando a real qualificação e os
baixos salários que auferirá a grande maioria dos precariamente contratados?
Retomando o passo sobre a não saída da crise, observa-se que as medidas neoliberais não
conseguem elevar o nível real do fetiche PIB, nem reduzir as desigualdades, nem aumentar a
segurança e a tranquilidade em vastas áreas do planeta; e pelo contrário, ao criarem
obrigações laborais não pagas (horas extraordinárias, estágios, contrapartidas de trabalho para
a concessão de subsídios) se vai vulgarizando um regresso às corveias medievais. Face ao
6
Uma start-up que rapidamente atinge um valor de $ 1000 M
7
“Por detrás das encomendas, um exército de homens invisíveis” (Courier Internacional, Maio/2013)
7. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 7
modelo neoliberal é fraca concorrência da escola keynesiana agarrada ao finado tempo dos 30
gloriosos anos.
No seu conjunto, o neoliberalismo tenta aplicar medidas técnicas para que os “mercados”
funcionem e o PIB cresça, no sentido de a mole humana se manter passiva, embebida e
embebedada em consumo e dívida. Esse conveniente conservadorismo está bem patente na
consigna para Davos-2018, "Criando um futuro compartilhado num mundo fraturado". Os
zeladores dessa partilha (os ricos, naturalmente) gostam desse mundo fraturado, cujas
fraturas e desigualdades (eles, os capitalistas) reproduzem a cada minuto. Para edulcorar
(eternizando) as fraturas, propôs-se em Davos um qualitative easing sugerido como forma de
demarcação dos cinzentos banqueiros centrais que praticam o quantitative easing; uma
proposta para um mundo “mais verde, mais equitativo, mais respeitador da diversidade e
sobretudo da paridade de género”, um politicamente correto que deve encantar a nata das
classes políticas e do mundo dos negócios, presentes em Davos.
Por outro lado, o comércio global está longe de criar alegrias e já levanta medidas
protecionistas junto da administração Trump, sem formas mais expeditas de evitar a próxima
liderança mundial da China - revelada na sessão Davos-2017, onde Xi Jiping foi a estrela - ao
assumir-se como o motor da economia global e o grande defensor do clima.
Resta saber se a China evitará a sua própria bolha imobiliária e os altos níveis de dívida
detidos, apontados como um rinoceronte cinzento do qual ninguém se deve aproximar; e se o
FED e o BCE serão capazes de aguentar a próxima crise do sistema financeiro, uma vez que,
segundo Kenneth Rogoff, os bancos centrais “não têm sequer um plano A para lhe fazer face..
Fonte: Blog de Michael Roberts
A nível político, as democracias de mercado são rotinas que não entusiasmam sequer os
votantes, perante o ranger de dentes das classes políticas face aos elevados níveis de
abstenção; esse modelo de adulterada representação vai gerando pestíferos produtos como os
Trumps, Orbáns, Kaczinskys ou o asséptico Macron… O nacionalismo reaparece na sequência
do fracasso de políticas de integração, transforma-se em xenofobia perante a chegada de
8. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 8
milhões de migrantes fugidos à miséria e à guerra e, tenderá a assumir-se como fascismo, nos
tempos mais próximos. Pior e contrariamente a épocas de um passado recente, não há
esquerdas com uma compreensão atualizada da realidade, nem projeto ou capacidade
mobilizadora, cingindo-se ao encaminhamento das vítimas do neoliberalismo para o rotineiro
voto, para uma escolha falseada entre formações mais à direita ou menos à direita.
3 - A lógica neoliberal dominante
Os neoliberais consideram a crise que se vem arrastando como resultado do atraso dos bancos
centrais em baixarem a taxa de juro e aplicarem o quantitative easing (QE) que vem
celebrizando Draghi.
Não será bem assim, por duas razões. Uma, dada a continuidade do programa de
financiamento dos bancos que o BCE vem cumprindo, há mais de três anos deixando sempre
antever que isso não será eterno; e depois, porque o BCE, ainda em 2007, inundou os bancos
com uma injeção de dinheiro, como referimos no ponto 1 deste texto. Esse financiamento
monetário que vem promovendo taxas de juro baixíssimas e mesmo negativas
8
, deveria,
teoricamente favorecer o investimento – o que não tem acontecido. Mesmo havendo na UE,
em 2016, menos 25% de bancos e menos 14% em activos face a 2008, não se poderá dizer que
a concessão de crédito passe por grande euforia.
O BCE tem estado à espera que a inflação suba como prova de “aquecimento” da economia,
para então finalizar o quantitative easing; o que parece caricato perante o nº 1 do artº 127
(sobre a política monetária) do Tratado de Lisboa onde se afirma que “O objectivo primordial
do Sistema Europeu de Bancos Centrais, adiante designado "SEBC", é a manutenção da
estabilidade dos preços”; isto é… contrariar a inflação.
Por outro lado, a última fonte citada refere que os ativos dos fundos de investimento
cresceram 160% no período 2008/16, numa reafirmação de que o metier daqueles fundos é a
especulação imobiliária e bolsista; nenhum negócio envolvendo a produção de bens ou
serviços consegue, durante oito anos, taxas de valorização de 20% por ano. Quando soarem os
primeiros indícios de um próximo rebentamento da bolha serão lestos em venderem os seus
títulos com o mínimo de perdas, preparando-se, em seguida, para a compra de “galinha gorda
por pouco dinheiro”, activos vendidos ao desbarato. Em Portugal, a troika obrigou à venda de
empresas e participações estatais; no caso do nacionalizado BPN, o mesmo foi vendido por €
40 M, depois de o Estado ter concentrado as perdas e os dejetos num (seu) veículo ou bad
bank chamado Parvaloren. Neste caso, o que foi vendido não foi uma galinha, gorda ou magra
mas… as penas.
A função dos reguladores, mormente do BCE, não é evitar o rebentamento da próxima bolha
mas adiar ao máximo o momento do rebentamento. É com essa preocupação que o
“mercado” e os bancos centrais anseiam que a atividade económica se auto-sustente, que as
8
Para as taxas de nulas ou negativas, usam-se, em inglês, os acrónimos ZIRP – Zero interest rate policy e NIRP –
Negative interest rate policy, respetivamente.
9. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 9
empresas e as famílias se endividem, alimentando assim as cascatas de títulos, imbrincados
uns nos outros, através de mecanismos de titularização. No entanto, o crescimento… não
acontece, como se evidenciou atrás; se a China, o grande animador da economia mundial, com
o PIB a crescer 6.9% o ano passado, se constipar, onde se irá manifestar a pneumonia? O
Trump, à cautela optou pelo aumento das encomendas internas de armamento, como
referimos na epígrafe, o que nada tem de tranquilizador.
No capítulo da dívida, os neoliberais, dizem que os governos a devem reduzir para que o
crédito não falte para a atividade investidora; e, em complemento, pressionam para a redução
dos gastos públicos, nas áreas da saúde, nos salários, na educação, nas pensões (a palavra
austeridade, entretanto, saiu de cena). As multinacionais e o sistema financeiro preferem,
naturalmente, que o dinheiro dos impostos se destine ao investimento público em
infraestruturas nos apoios ao desenvolvimento regional para que o empreendedorismo se
possa evidenciar sob a forma de um capitalismo avaro em capitais próprios e sedento de
subsídios, incentivos, isenções, avales, perdões e prescrições de dívidas ao Estado e à
Segurança Social. E, mesmo na satisfação de necessidades públicas, são suficientemente
inventivos para fomentar as parcerias público-privadas, onde serviços públicos são adjudicados
a privados (autoestradas e serviços de saúde, educação, serviços ou de transportes), pagos aos
“investidores” com alta rendabilidade, assegurada através de transferências de dinheiro dos
impostos; malbaratado pela classe política, detentora coletiva da chave do pote. O que seria
dos grupos Lusoponte, Brisa, Cuf, Luz-Saúde e da Igreja Católica se terminasse o caudal de
fundos públicos de que são destinatários? Essas parcerias são negócios sem risco entre
empresas e governos, com gente da classe política dos dois lados da mesa e dinheiro sujo a
circular debaixo daquela.
Tudo isto acontece com o sábio aproveitamento da ausência de uma esquerda na Europa,
capaz de gerar contestação; e ainda, da cordata presença dos burocratas sindicais numa
concertação social com cheiro de corporativismo, um género de trindade, com um pai que
governa, uma mãe gestora da casa e um filho, refilão mas obediente.
Ocultam, claro está, que nesse aumento da dívida pública teve um peso determinante o
resgate de bancos ou a absorção do seu malparado. Como se sabe, em Portugal nos casos BPN,
BES, Banif e na estatal CGD, segundo o Banco de Portugal, o sistema bancário português
perdeu € 50000 M (cerca de 27% do PIB de 2016!); e muita dessa perda foi transferida para o
Estado, deduzido no rendimento da população que paga impostos. Também, como é sabido, a
Irlanda apresentou, ao ser intervencionada pela troika, um deficit de… 32%, resultado da
absorção dos prejuízos do Anglo Irish Bank; e o estado espanhol reestruturou o seu sistema
bancário (como referimos em 1.), com o comprometimento do rendimento e das vidas de
milhões de desempregados e centenas de milhares de despojados das suas casas.
4 - O que diz a escolástica economicista9
?
9
Sobre o economicismo:
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2015/05/o-economicismo-ou-o-discurso-do.html
10. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 10
Olivier Blanchard é um alto quadro do FMI que em maio de 2017 esteve em Portugal a
industriar a elite politica e financeira lusa, sobre a doxa neoliberal. Na sua douta opinião o
estoiro da bolha financeira em 2007/8, nada teve de inerente ao sistema capitalista mas “foi o
resultado da imprudência financeira de uns bancos não regulados” ou do “pânico financeiro”10
;
a atitude estouvada de ovelhas ranhosas, um azar, portanto. Eugene Fama, recente laureado
com o “nobel” da economia mostra-se mais modesto: “Não sabemos o que causa as
recessões”e “a teoria económica não é muito boa na hora de explicar as oscilações na
actividade económica”. Este tipo de afirmações exemplificam o pensamento petrificado de
gente de tal modo integrada no sistema capitalista que não é capaz de o submeter à crítica,
parecendo adoptar a posição a-histórica de que o capitalismo é imutável, que tem um caráter
cósmico, inscrito nas estrelas.
Um dos cardeais do keynesianismo, Krugman, em maio de 2016, em Portugal, depois de
aprovar outras medidas do governo, considerou que “o salário mínimo parece ser mais alto do
que o país pode comportar” e "penso que pode ser um travão à economia"... O conjunto
daqueles que vivem de uma massa salarial de 44% do PIB global podem, certamente,
comportar os modestos aumentos do salário mínimo. Se quem o não pode comportar é uma
franca minoria social - o patronato – é porque não é competitivo e deve mudar de vida, para
acompanharmos o raciocínio de Krugman, certamente defensor das regras do mercado.
Krugman deve pugnar por uma aproximação face aos trabalhadores do Bangla Desh ou do
Vietnam, uma vez que os salários pagos em Portugal e na Grécia já se encontram ao nível dos
chineses.
Como, ficámos a saber pelo “nobel” Krugman, ser competitivo exige o sacrifício de uma
população pobre e acossada por anos de austeridade e que as multinacionais lhe agradeceriam
se houvesse esse nivelamento, à custa dos de baixo. O mesmo Krugman, afinado com o colega
neoliberal Fama também aponta, no seu livro sobre a crise “End this Depression Now”, que
não há necessidade de explicar a recessão mas de adoptar políticas para sair dela. Muito
prático e pouco científico, Krugman, sem o saber, subscreve um dito bem português, “todos ao
molho e fé em Deus”; ou, se se preferir, a fé liberal da mão invisível…
Os tecnocratas keynesianos não aprofundam a análise das crises e das limitações da política
económica seguida pelas instituições estatais ou plurinacionais porque, como conservadores,
não se querem confrontar com o capitalismo na sua esgotada realidade. Refugiam-se em
modelos macroeconómicos com centenas de variáveis, na procura de um crescimento
harmonioso, com a hipócrita equidade refletida no recente forum de Davos, acima referido
(ver ponto 2.). Qualquer ideologia ou religião transporta nos seus genes a recusa de factos e
realidades que a ponham em causa… quando não o ostracismo ou a perseguição dos
descrentes. Recordamos aqui uma hilariante e desastrada atitude de keynesianos portugueses,
defensores de que o governo Passos - o diligente funcionário da troika e grande subscritor de
dívida pública - procedesse a uma… auditoria à dívida pública.
http://www.slideshare.net/durgarrai/economicismo-doena-mental-do-neoliberalismo
10
Esta e outras situações neste ponto constam em “La Larga Depresión” de Michael Roberts
11. grazia.tanta@gmail.com 1/02/2018 11
Os primeiros economistas, com Adam Smith, Ricardo e Marx à cabeça, tomaram a economia
política como uma disciplina de análise da natureza do capitalismo, enquanto sistema
económico, social e político. Posteriormente, com Jean-Baptiste Say, os marginalistas, Alfred
Marshall e os pesos-pesados do neoliberalismo, a economia abandonou o seu complemento
“política” para se transformar em mero cálculo, aplicado a uma realidade desintegrada do
tempo histórico; a atitude estúpida, de quem quer adaptar a realidade aos seus preconceitos
ideológicos.
Nesse contexto, o reacionarismo - keynesiano ou neoliberal - deixou de analisar o capitalismo,
as suas incidências sobre a vida social, tomando a economia como conjunto de técnicas de
gestão11
, como um conjunto de coeficientes técnicos integrados em cálculos econométricos. A
pobreza da análise económica actual face à crise que se arrasta desde 2008 revela-se integrada
na continuidade da abordagem neoliberal, não surgindo uma nova fórmulação da gestão do
capitalismo no sentido da substituição do preconceito neoliberal, como aconteceu na década
de 70 quando aquele se sobrepôs ao keynesianismo reinante; que, por sua vez se havia
imposto como resolução da crise de 1929/33, para a qual o liberalismo se mostrara impotente.
Este e outros textos em:
http://grazia-tanta.blogspot.com/
http://www.slideshare.net/durgarrai/documents
http://grazia-tanta.blogspot.com/
11
Abordámos o tema aqui a propósito das business schools atuais