O artigo discute a mestiçagem no Brasil, a classificação racial do IBGE e os conceitos de raça e etnia. Também aborda a identidade racial, as limitações das classificações raciais e a importância de políticas de ação afirmativa considerando sexo/gênero e raça/etnia.
O documento discute a constituição do campo da sociolinguística, desde os primeiros estudos sobre a relação entre língua e sociedade no início do século XX até o desenvolvimento da sociolinguística variacionista na década de 1960. A sociolinguística variacionista reconhece a variação linguística como característica inerente às línguas humanas e investiga a influência de fatores sociais sobre as variáveis linguísticas dentro de uma comunidade. Conceitos-chave incluem comunidade linguística, varia
O documento descreve as principais análises realizadas pelo software Iramuteq: 1) Estatísticas sobre frequência de palavras no texto, 2) Especificidades e Análise Fatorial de Correspondências para indicar correspondência entre palavras e o corpus, 3) Classificação Hierárquica Descendente para identificar classes de vocabulário no texto, 4) Análise de Similitude para mostrar relações entre palavras através de um grafo, 5) Nuvem de Palavras para destacar palavras mais relevantes de acordo com indicadores estatísticos
Este documento é um resumo de três capítulos do livro "Convite à Loucura" de Brennan Manning, que discute como os cristãos vivem suas vidas. O autor viveu com uma comunidade cristã chamada Irmãozinhos de Jesus na França e Espanha, trabalhando em fazendas e aldeias rurais. Ele reflete sobre como essa experiência o ajudou a entender melhor a sabedoria de Jesus e a necessidade de renovação pessoal acima de retórica.
Este documento é um formulário para o acompanhamento de pessoas com hanseníase em uma secretaria municipal de saúde, contendo seções para identificação, sexo, idade, visitas do agente comunitário de saúde, adesão ao tratamento e auto-cuidados.
O documento discute as concepções de eugenia e mestiçagem de acordo com Raimundo Nina Rodrigues e Octavio Domingues. Nina Rodrigues via a mestiçagem como prejudicial e defendia a pureza das raças, enquanto Domingues via a mestiçagem como benéfica por aumentar a variabilidade genética.
A biotecnologia envolve o uso de seres vivos e seus componentes para produzir moléculas de interesse. Ela se acelerou a partir da década de 1970 com a engenharia genética, incluindo o DNA recombinante e as tecnologias de reprodução. O DNA recombinante permite combinar material genético de diferentes espécies para aplicações como medicamentos, vacinas e alimentos transgênicos. As tecnologias da reprodução incluem a fertilização in vitro e a clonagem para produção de embriões sem fertilização in vivo.
O documento discute alimentos transgênicos, incluindo sua definição, tipos de características modificadas geneticamente, como resistência a pragas e herbicidas, e debates sobre segurança alimentar.
O Surdo Na Escola Inclusiva Aprendendo Uma LíNgua Estrangeira (InglêS) Um Des...asustecnologia
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre o ensino de inglês para alunos surdos em escolas inclusivas no Brasil. O trabalho analisa o processo de ensino e aprendizagem de língua estrangeira para alunos surdos no contexto da educação inclusiva, incluindo o papel da leitura e da língua de sinais nesse processo. A pesquisa foi realizada observando uma turma de ensino médio de uma escola pública inclusiva.
O documento discute a constituição do campo da sociolinguística, desde os primeiros estudos sobre a relação entre língua e sociedade no início do século XX até o desenvolvimento da sociolinguística variacionista na década de 1960. A sociolinguística variacionista reconhece a variação linguística como característica inerente às línguas humanas e investiga a influência de fatores sociais sobre as variáveis linguísticas dentro de uma comunidade. Conceitos-chave incluem comunidade linguística, varia
O documento descreve as principais análises realizadas pelo software Iramuteq: 1) Estatísticas sobre frequência de palavras no texto, 2) Especificidades e Análise Fatorial de Correspondências para indicar correspondência entre palavras e o corpus, 3) Classificação Hierárquica Descendente para identificar classes de vocabulário no texto, 4) Análise de Similitude para mostrar relações entre palavras através de um grafo, 5) Nuvem de Palavras para destacar palavras mais relevantes de acordo com indicadores estatísticos
Este documento é um resumo de três capítulos do livro "Convite à Loucura" de Brennan Manning, que discute como os cristãos vivem suas vidas. O autor viveu com uma comunidade cristã chamada Irmãozinhos de Jesus na França e Espanha, trabalhando em fazendas e aldeias rurais. Ele reflete sobre como essa experiência o ajudou a entender melhor a sabedoria de Jesus e a necessidade de renovação pessoal acima de retórica.
Este documento é um formulário para o acompanhamento de pessoas com hanseníase em uma secretaria municipal de saúde, contendo seções para identificação, sexo, idade, visitas do agente comunitário de saúde, adesão ao tratamento e auto-cuidados.
O documento discute as concepções de eugenia e mestiçagem de acordo com Raimundo Nina Rodrigues e Octavio Domingues. Nina Rodrigues via a mestiçagem como prejudicial e defendia a pureza das raças, enquanto Domingues via a mestiçagem como benéfica por aumentar a variabilidade genética.
A biotecnologia envolve o uso de seres vivos e seus componentes para produzir moléculas de interesse. Ela se acelerou a partir da década de 1970 com a engenharia genética, incluindo o DNA recombinante e as tecnologias de reprodução. O DNA recombinante permite combinar material genético de diferentes espécies para aplicações como medicamentos, vacinas e alimentos transgênicos. As tecnologias da reprodução incluem a fertilização in vitro e a clonagem para produção de embriões sem fertilização in vivo.
O documento discute alimentos transgênicos, incluindo sua definição, tipos de características modificadas geneticamente, como resistência a pragas e herbicidas, e debates sobre segurança alimentar.
O Surdo Na Escola Inclusiva Aprendendo Uma LíNgua Estrangeira (InglêS) Um Des...asustecnologia
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre o ensino de inglês para alunos surdos em escolas inclusivas no Brasil. O trabalho analisa o processo de ensino e aprendizagem de língua estrangeira para alunos surdos no contexto da educação inclusiva, incluindo o papel da leitura e da língua de sinais nesse processo. A pesquisa foi realizada observando uma turma de ensino médio de uma escola pública inclusiva.
Este documento é um cartão de acompanhamento da pressão arterial de um paciente, que inclui espaços para o nome do paciente, endereço, nome do médico e registros de datas, horas e leituras de pressão arterial esquerda e direita ao longo do tempo.
O documento classifica os verbos em LIBRAS em 5 categorias: 1) direcionais, 2) não-direcionais, 3) ancorados no corpo, 4) ancorados no objeto, 5) com negação. Exemplos são fornecidos para cada categoria e exercícios pedem para formar frases usando os diferentes tipos de verbos.
Aspectos sociocognitivos do processamento da leituraTerezinha Barroso
O documento discute a concepção de leitura e como desenvolver a competência leitora nos alunos. Aborda a leitura como um processo cognitivo e social de construção de sentidos, no qual o leitor interage com pistas textuais com base em seus conhecimentos prévios. Defende que é necessário ampliar o conceito de texto e leitura na escola, abordando seus aspectos multimodais e ensinando estratégias metacognitivas de leitura.
O documento discute o papel do intérprete de Libras na inclusão de alunos surdos, questionando se ele atua como tradutor ou professor. Também apresenta os requisitos legais para a formação de Tradutores e Intérpretes de Libras-Língua Portuguesa no Brasil.
Este documento fornece um resumo da Sociolinguística em três frases:
1) A Sociolinguística estuda a relação entre linguagem e sociedade, analisando como fatores sociais influenciam a variação linguística.
2) A variação linguística é inerente às línguas e está relacionada a fatores geográficos, sociais e de estilo/registro.
3) A Sociolinguística busca descrever e interpretar o comportamento linguístico no contexto social, levando em
O documento discute os desafios que profissionais de saúde enfrentam ao lidar com a morte de pacientes. A formação médica enfatiza cura e salvar vidas, tornando a morte um fracasso. Além disso, a cultura ocidental evita discutir a morte, dificultando o treinamento de médicos para cuidar de pacientes terminais. O documento defende que discutir a morte na educação médica pode ajudar profissionais a lidarem melhor com a finitude humana.
O documento discute a sociolinguística e o trabalho de Dino Preti, professor brasileiro pioneiro nos estudos sobre oralidade e análise da conversação. Aborda as variedades linguísticas de acordo com fatores geográficos, socioculturais e situacionais, além da norma linguística e dos dialetos sociais. Também discute a representação da língua oral na escrita e as relações entre a fala das personagens e a linguagem do autor na literatura.
Apresentação no contexto da I Oficina Avançada para Elaboração de Estratégias de Busca de Informação em Saúde.
Ministério da Saúde, CGDI - BIREME/OPAS/OMS - INCA
Rio de Janeiro, 6-8 de junho de 2017
Este capítulo apresenta os princípios gerais para o tratamento das relações entre a fala e a escrita. Ele introduz conceitos básicos e posições teóricas, servindo como uma visão geral para orientar as discussões nos capítulos seguintes.
O documento discute os principais conceitos do gerativismo, incluindo a faculdade da linguagem humana proposta por Chomsky e a hipótese da gramática universal. Apresenta os modelos iniciais de gramática transformacional e como evoluiu para a teoria dos princípios e parâmetros, além de mencionar a descoberta do gene FOXP2 e sua possível ligação com a capacidade linguística humana.
O documento discute a ecologia profunda, que propõe que todos os seres vivos estão interligados e não há hierarquia entre eles. Também aborda o especismo versus o antiespecismo, com o primeiro defendendo a superioridade humana sobre os animais e o segundo reconhecendo a complexidade de todas as espécies.
Negritude e identidade negra ou afrodescendenteFernando Souza
(1) O documento discute a identidade negra no Brasil, definindo-a como uma categoria sócio-histórica e não biológica, ligada à situação social do negro num contexto racista. (2) Também aborda o multiculturalismo brasileiro e diferentes tipos de nacionalismo. (3) Por fim, analisa como a identidade negra é política e reúne negros de todas as classes sociais que sofrem discriminação racial.
O documento discute tecnologias assistivas para surdos, incluindo campainhas luminosas, babás luminosas, relógios e despertadores vibratórios, telefones para surdos, celulares com acesso à Língua Brasileira de Sinais através de aplicativos, e legendas ocultas na televisão.
O documento descreve as quatro etapas principais de um processo de pesquisa em Ciências da Educação: 1) preparação e delimitação do problema, 2) construção do plano, 3) execução do plano, e 4) construção e apresentação do relatório de pesquisa. Cada etapa inclui vários passos como a conceptualização do problema, definição de variáveis, design do estudo, e comunicação dos resultados.
Este documento discute diferentes tipos de pesquisa científica, incluindo objetivos (exploratória, descritiva, explicativa, analítica), modos de fazer pesquisa (bibliográfica, de campo, laboratório) e tipos de abordagem (experimental, não experimental, ex post-facto, documental, histórica, pesquisação, participante, estudo de caso).
O documento descreve métodos de pesquisa em atividade física e saúde, distinguindo pesquisa analítica e descritiva. A pesquisa analítica envolve análise crítica e sistemática para explicar fenômenos complexos, enquanto a pesquisa descritiva descreve estados de coisas sem manipular variáveis intencionalmente. Diferentes abordagens como revisão, metanálise e estudos de caso são discutidas.
A teoria de Chomsky afirma que (1) a capacidade humana para linguagem é geneticamente determinada, (2) as crianças nascem com mecanismos mentais inatos ("Gramática Universal") que lhes permitem adquirir qualquer língua, e (3) o ambiente estimula estas capacidades inatas para o desenvolvimento da linguagem de forma natural.
O documento discute a comunicação verbal e suas implicações na modalidade oral e escrita da linguagem. Apresenta conceitos como texto, discurso, língua e comunicação. Aborda também a Teoria das Faces de Goffman e aspectos linguísticos relacionados à produção de textos acadêmicos e profissionais.
O documento discute como a música pode ser usada em aulas de Geografia no Ensino Médio para ajudar os alunos a compreenderem melhor o capitalismo globalizado. O trabalho descreve como músicas que abordam temas como trabalho, desigualdade e exploração foram usadas em aulas para promover discussões sobre esses tópicos e como a música pode engajar os alunos no processo de aprendizagem.
1. O documento discute como o racismo no Brasil se manifesta de forma sutil através do "racismo cordial", permitindo que desigualdades raciais sejam justificadas como problemas individuais dos negros.
2. É destacado que a vulnerabilidade social e de saúde da população negra está relacionada às condições de exclusão e negação do pertencimento, colocando-os em risco para doenças físicas e mentais.
3. Dados epidemiológicos sobre HIV/AIDS indicam maior impacto entre a
O documento discute a importância de considerar a raça/cor na saúde da população negra no Brasil. Aponta que negros enfrentam maiores dificuldades de acesso a serviços de saúde e que apresentam piores indicadores de saúde em comparação com brancos, como maior risco de mortalidade infantil e materna. Também relata que a coleta de dados desagregados por raça/cor é essencial para identificar as desigualdades raciais e desenvolver políticas públicas que promovam a equidade no sistema de
Este documento é um cartão de acompanhamento da pressão arterial de um paciente, que inclui espaços para o nome do paciente, endereço, nome do médico e registros de datas, horas e leituras de pressão arterial esquerda e direita ao longo do tempo.
O documento classifica os verbos em LIBRAS em 5 categorias: 1) direcionais, 2) não-direcionais, 3) ancorados no corpo, 4) ancorados no objeto, 5) com negação. Exemplos são fornecidos para cada categoria e exercícios pedem para formar frases usando os diferentes tipos de verbos.
Aspectos sociocognitivos do processamento da leituraTerezinha Barroso
O documento discute a concepção de leitura e como desenvolver a competência leitora nos alunos. Aborda a leitura como um processo cognitivo e social de construção de sentidos, no qual o leitor interage com pistas textuais com base em seus conhecimentos prévios. Defende que é necessário ampliar o conceito de texto e leitura na escola, abordando seus aspectos multimodais e ensinando estratégias metacognitivas de leitura.
O documento discute o papel do intérprete de Libras na inclusão de alunos surdos, questionando se ele atua como tradutor ou professor. Também apresenta os requisitos legais para a formação de Tradutores e Intérpretes de Libras-Língua Portuguesa no Brasil.
Este documento fornece um resumo da Sociolinguística em três frases:
1) A Sociolinguística estuda a relação entre linguagem e sociedade, analisando como fatores sociais influenciam a variação linguística.
2) A variação linguística é inerente às línguas e está relacionada a fatores geográficos, sociais e de estilo/registro.
3) A Sociolinguística busca descrever e interpretar o comportamento linguístico no contexto social, levando em
O documento discute os desafios que profissionais de saúde enfrentam ao lidar com a morte de pacientes. A formação médica enfatiza cura e salvar vidas, tornando a morte um fracasso. Além disso, a cultura ocidental evita discutir a morte, dificultando o treinamento de médicos para cuidar de pacientes terminais. O documento defende que discutir a morte na educação médica pode ajudar profissionais a lidarem melhor com a finitude humana.
O documento discute a sociolinguística e o trabalho de Dino Preti, professor brasileiro pioneiro nos estudos sobre oralidade e análise da conversação. Aborda as variedades linguísticas de acordo com fatores geográficos, socioculturais e situacionais, além da norma linguística e dos dialetos sociais. Também discute a representação da língua oral na escrita e as relações entre a fala das personagens e a linguagem do autor na literatura.
Apresentação no contexto da I Oficina Avançada para Elaboração de Estratégias de Busca de Informação em Saúde.
Ministério da Saúde, CGDI - BIREME/OPAS/OMS - INCA
Rio de Janeiro, 6-8 de junho de 2017
Este capítulo apresenta os princípios gerais para o tratamento das relações entre a fala e a escrita. Ele introduz conceitos básicos e posições teóricas, servindo como uma visão geral para orientar as discussões nos capítulos seguintes.
O documento discute os principais conceitos do gerativismo, incluindo a faculdade da linguagem humana proposta por Chomsky e a hipótese da gramática universal. Apresenta os modelos iniciais de gramática transformacional e como evoluiu para a teoria dos princípios e parâmetros, além de mencionar a descoberta do gene FOXP2 e sua possível ligação com a capacidade linguística humana.
O documento discute a ecologia profunda, que propõe que todos os seres vivos estão interligados e não há hierarquia entre eles. Também aborda o especismo versus o antiespecismo, com o primeiro defendendo a superioridade humana sobre os animais e o segundo reconhecendo a complexidade de todas as espécies.
Negritude e identidade negra ou afrodescendenteFernando Souza
(1) O documento discute a identidade negra no Brasil, definindo-a como uma categoria sócio-histórica e não biológica, ligada à situação social do negro num contexto racista. (2) Também aborda o multiculturalismo brasileiro e diferentes tipos de nacionalismo. (3) Por fim, analisa como a identidade negra é política e reúne negros de todas as classes sociais que sofrem discriminação racial.
O documento discute tecnologias assistivas para surdos, incluindo campainhas luminosas, babás luminosas, relógios e despertadores vibratórios, telefones para surdos, celulares com acesso à Língua Brasileira de Sinais através de aplicativos, e legendas ocultas na televisão.
O documento descreve as quatro etapas principais de um processo de pesquisa em Ciências da Educação: 1) preparação e delimitação do problema, 2) construção do plano, 3) execução do plano, e 4) construção e apresentação do relatório de pesquisa. Cada etapa inclui vários passos como a conceptualização do problema, definição de variáveis, design do estudo, e comunicação dos resultados.
Este documento discute diferentes tipos de pesquisa científica, incluindo objetivos (exploratória, descritiva, explicativa, analítica), modos de fazer pesquisa (bibliográfica, de campo, laboratório) e tipos de abordagem (experimental, não experimental, ex post-facto, documental, histórica, pesquisação, participante, estudo de caso).
O documento descreve métodos de pesquisa em atividade física e saúde, distinguindo pesquisa analítica e descritiva. A pesquisa analítica envolve análise crítica e sistemática para explicar fenômenos complexos, enquanto a pesquisa descritiva descreve estados de coisas sem manipular variáveis intencionalmente. Diferentes abordagens como revisão, metanálise e estudos de caso são discutidas.
A teoria de Chomsky afirma que (1) a capacidade humana para linguagem é geneticamente determinada, (2) as crianças nascem com mecanismos mentais inatos ("Gramática Universal") que lhes permitem adquirir qualquer língua, e (3) o ambiente estimula estas capacidades inatas para o desenvolvimento da linguagem de forma natural.
O documento discute a comunicação verbal e suas implicações na modalidade oral e escrita da linguagem. Apresenta conceitos como texto, discurso, língua e comunicação. Aborda também a Teoria das Faces de Goffman e aspectos linguísticos relacionados à produção de textos acadêmicos e profissionais.
O documento discute como a música pode ser usada em aulas de Geografia no Ensino Médio para ajudar os alunos a compreenderem melhor o capitalismo globalizado. O trabalho descreve como músicas que abordam temas como trabalho, desigualdade e exploração foram usadas em aulas para promover discussões sobre esses tópicos e como a música pode engajar os alunos no processo de aprendizagem.
1. O documento discute como o racismo no Brasil se manifesta de forma sutil através do "racismo cordial", permitindo que desigualdades raciais sejam justificadas como problemas individuais dos negros.
2. É destacado que a vulnerabilidade social e de saúde da população negra está relacionada às condições de exclusão e negação do pertencimento, colocando-os em risco para doenças físicas e mentais.
3. Dados epidemiológicos sobre HIV/AIDS indicam maior impacto entre a
O documento discute a importância de considerar a raça/cor na saúde da população negra no Brasil. Aponta que negros enfrentam maiores dificuldades de acesso a serviços de saúde e que apresentam piores indicadores de saúde em comparação com brancos, como maior risco de mortalidade infantil e materna. Também relata que a coleta de dados desagregados por raça/cor é essencial para identificar as desigualdades raciais e desenvolver políticas públicas que promovam a equidade no sistema de
O documento discute as desigualdades raciais no Brasil e seus impactos na saúde. Aponta que, embora tenham havido melhorias, negros ainda enfrentam maiores taxas de pobreza, piores condições de moradia e acesso desigual à educação. Essas disparidades socioeconômicas estão associadas a piores indicadores de saúde entre a população negra. É necessário que políticas públicas combatam essas iniqüidades raciais.
O documento discute o racismo no Brasil, abordando suas raízes históricas e como ele ainda está presente na sociedade brasileira de maneiras veladas. O texto propõe que o racismo esteve na base da escravidão e da colonização e ainda influencia a desigualdade, a violência policial e os estereótipos.
1) O estudo analisou as representações sociais de moradores de uma comunidade quilombola sobre sua própria comunidade na Bahia.
2) Os resultados indicam que a tradição oral estabelece um compromisso histórico com a resistência quilombola e que os mais velhos difundem e mantêm as representações mais antigas.
3) Os moradores enfrentam condições adversas assumindo uma dupla tarefa de garantir sua sobrevivência e fortalecer a comunidade contra o preconceito.
O documento discute as desigualdades raciais no Brasil, especialmente no sistema de saúde pública SUS. Aponta que negros e mulheres negras enfrentam maior vulnerabilidade social, programática e individual, com piores indicadores de saúde como mortalidade infantil e materna. Além disso, o racismo no Brasil é frequentemente invisível, mas os negros enfrentam maior pobreza e barreiras de acesso a serviços de saúde e oportunidades.
O documento discute a questão da raça e das cotas raciais no Brasil. Afirma que não há raças biológicas, mas sim discriminação social baseada na cor da pele. Pesquisas mostram apoio crescente da sociedade brasileira às cotas raciais, que beneficiam estudantes negros e indígenas historicamente excluídos. As cotas promovem a igualdade e o orgulho, não a estigmatização.
Apresentação feita por Suzana Varjão (baseada nos conteúdos preparados por Lucia Xavier) na oficina Midia, Infância e Desigualdade Racial organizada pela ANDI e UNICEF em Belem no dia 17 de maio de 2011
1) O documento discute as desigualdades raciais na saúde no Brasil, mostrando que negros e indígenas têm piores indicadores de mortalidade e acesso a cuidados de saúde.
2) Dados sobre mortalidade mostram que negros e indígenas têm taxas mais altas de mortalidade infantil e materna, bem como taxas mais altas de morte por causas evitáveis.
3) Entre jovens negros e pardos, as taxas de mortalidade por agressões são quase o dobro das taxas entre brancos,
O documento discute o Movimento Negro no Brasil, sua luta contra o preconceito racial e pela igualdade de direitos. Apresenta a história do movimento, leis contra o racismo, a teoria da "democracia racial" e desigualdades raciais no acesso a oportunidades e renda.
Políticas de saúde para a população Negra - RNPobenjamim
1) O documento discute a importância de se implementar políticas de saúde voltadas para a população negra no Brasil, levando em conta o racismo e preconceito enfrentados por este grupo.
2) No Brasil, negros sofrem discriminação racial escondida e têm piores condições socioeconômicas e de saúde, como menos escolaridade, empregos menos qualificados e salários mais baixos.
3) A saúde é determinada por fatores sociais, econômicos, políticos e culturais; deve-
O documento discute o racismo, definido como um sistema de opressão baseado na ideia de raças humanas distintas. Explora as origens do racismo, ligadas à colonização e escravidão, e como ele se manifesta de forma individual, institucional e estrutural. Também aborda como o racismo foi criminalizado no Brasil em 1986.
O documento discute o movimento negro no Brasil, sua luta contra o preconceito racial e pela igualdade de direitos. Apresenta a história do movimento, leis contra o racismo, e questiona a ideia de uma democracia racial no país.
O documento discute o movimento negro no Brasil, sua luta contra o preconceito racial e pela igualdade de direitos. Apresenta a história do movimento e leis sobre o racismo, além de questionar a ideia de democracia racial no país.
Os impactos psíquicos que o racismo e a intolerância religiosa causa na popul...Comunidadenegrafm
O documento discute os impactos psicológicos do racismo e intolerância religiosa na população negra no Brasil. Afirma que o racismo institucionalizado gera desigualdades e conflitos que afetam a saúde mental dos negros. Também descreve como os terreiros oferecem um espaço de acolhimento e cuidado para quem sofre com esses problemas, atuando como equipamentos de saúde mental na comunidade negra.
O documento discute a importância de coletar dados sobre a etnia/raça nos sistemas de saúde brasileiros para entender melhor as desigualdades raciais na saúde da população negra. Nos anos 1980, movimentos negros começaram a exigir a inclusão do "quesito cor" para mapear a morbidade e mortalidade dessa população. Embora encontre resistências, a proposta tem ganhado força para que se reconheça as especificidades de saúde da população negra e se combata o racismo no acesso aos
A população brasileira é miscigenada, formada principalmente por brancos, pardos e pretos devido à mistura entre indígenas, europeus e africanos ao longo da história. Atualmente, a população branca representa cerca de metade da população total e há desigualdades raciais persistentes, com brancos tendo maior renda e acesso à educação em comparação com pretos e pardos.
O documento discute a questão da raça e etnia no Brasil, abordando: 1) a desigualdade racial existente na sociedade brasileira; 2) a necessidade de educação sobre relações étnico-raciais para promover a igualdade; 3) o racismo científico e as ideias eugenistas que influenciaram políticas no Brasil no passado.
A exclusão e a inclusão como questões sociais- sociologia.pptxCarladeOliveira25
O documento discute os conceitos de exclusão social, discriminação, preconceito e racismo. A exclusão social envolve falta de recursos que impedem o pleno exercício da cidadania e é um fenômeno multidimensional que abrange fatores econômicos, sociais e culturais. A discriminação consiste em tratar pessoas de forma diferente baseado em fatores como raça ou gênero, enquanto o preconceito está na ordem do pensamento e a discriminação na ordem da ação.
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Biografias Femininas, racismo e subjetividade ativista: Um olhar sobre a saúd...População Negra e Saúde
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a militância de mulheres negras e seu reflexo na saúde psicossocial. A pesquisa utiliza a narrativa biográfica de 3 mulheres negras ativistas para compreender como o ativismo interfere em suas vidas. Primeiro, faz um breve resgate histórico do ativismo negro no Brasil desde o período da escravidão. Em seguida, apresenta a metodologia qualitativa utilizando a narrativa biográfica. Por fim, relata as histórias das 3 mulheres,
O documento discute os problemas de saúde que afetam a população negra no Brasil, identificando o racismo institucional como a principal barreira ao cuidado de saúde. O racismo institucional pode levar a resultados terapêuticos ruins e afetar negativamente a saúde mental dos profissionais de saúde. A implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra é apontada como uma estratégia para enfrentar o racismo institucional e melhorar o acesso e a qualidade do cuidado de
O documento discute a importância de realizar consultas clínicas que estejam alinhadas com a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, visando a eliminação do racismo institucional no sistema de saúde. Ele enfatiza que o encontro entre profissional de saúde e paciente deve ser centrado na pessoa, livre de viés étnico-racial e inclusivo das práticas de saúde afro-brasileiras. Além disso, destaca fatores como etnocentrismo e estereótipos que podem comp
Este documento discute a importância do reconhecimento da cultura negra brasileira no contexto do cuidado de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra tem como objetivo desconstruir o racismo institucional no SUS e incluir práticas de cura de origem africana. Para tanto, é necessário que profissionais de saúde examinem seus próprios preconceitos e entendam como a cultura, história e ancestralidade influenciam a identidade e necessidades de
Racismo e saúde estudo etnográfico com mulheres negras de baixa rendaPopulação Negra e Saúde
Este estudo investigou como mulheres negras de baixa renda percebem o racismo no sistema de saúde brasileiro. Os resultados indicam que as mulheres acreditam que precisam se cuidar bem e se vestir adequadamente para evitar o preconceito racial dos profissionais de saúde. Elas relatam autocuidados como depilação e banho antes de ir ao médico. O estudo sugere que o racismo ainda influencia negativamente o atendimento de saúde e que é necessário incluir o tema da raça na formação dos profissionais.
O documento descreve um estudo etnográfico sobre as crenças, valores e práticas de cuidado e cura de mulheres negras em uma comunidade de baixa renda em São Paulo. Vinte mulheres foram entrevistadas e três subtemas e um tema cultural foram identificados: 1) A fé em Deus ajuda a superar dificuldades; 2) A fé e remédios caseiros são usados para cuidar da saúde; 3) Algumas se sentem discriminadas por sua religião. O tema cultural é que a fé e remé
O documento apresenta a equipe responsável pela elaboração do Prêmio Mulheres Negras Contam Sua História, incluindo a presidenta Dilma Rousseff e as ministras Eleonora Menicucci e Luiza Bairros. Contém também informações sobre a organização, julgamento e premiação do prêmio, que teve como objetivo dar visibilidade às mulheres negras e suas histórias.
Mary Seacole e Maria Soldado: enfermeiras negras que fizeram históriaPopulação Negra e Saúde
1. O documento descreve as vidas e contribuições de duas enfermeiras negras históricas, Mary Seacole e Maria Soldado, que enfrentaram racismo, mas melhoraram os cuidados de saúde.
2. Ele também discute como o racismo afeta negativamente a assistência de enfermagem e como a história de enfermeiras negras foi negligenciada.
3. O objetivo é dar visibilidade às experiências de Seacole e Soldado e posicioná-las como pioneiras da enfermagem moderna.
Este documento discute a saúde da população negra no Brasil e as desigualdades raciais persistentes no sistema de saúde. Apresenta pesquisas sobre o acesso desigual a serviços de saúde por negros e brancos e a percepção de racismo no setor. Defende que a equidade racial é um princípio fundamental do SUS e que as demandas do movimento negro por políticas de ação afirmativa devem ser levadas em conta.
O documento discute as ações do Programa de Combate ao Racismo Institucional na área da saúde (PCRI-Saúde) no Brasil, incluindo a elaboração de um kit de combate ao racismo na saúde, o apoio à criação de uma rede de promoção da equidade racial na saúde e a inclusão de temas raciais no treinamento de agentes comunitários de saúde. Também aborda o componente municipal do PCRI e iniciativas para promover a equidade racial no sistema de saúde brasileiro.
O documento resume as atividades de um seminário sobre iniciativas de promoção da equidade racial em saúde no Brasil. Foram apresentados e discutidos seis projetos selecionados para receber prêmios, incluindo um projeto do Instituto Koinonia para capacitar mulheres negras líderes comunitárias sobre saúde e direitos reprodutivos. Os participantes trocaram experiências e discutiram desafios como envolver homens e trabalhar questões de sexualidade em diferentes faixas etárias.
1) A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro realizou oficinas para sensibilizar profissionais de saúde sobre a importância de coletar informações sobre raça/cor.
2) O PCRI-Saúde realizou um treinamento de mídia para capacitar gestores e ativistas sobre como se comunicar com a imprensa.
3) A Secretaria Municipal de Saúde de Recife concluiu um ciclo de capacitação sobre coleta de dados de raça/cor e planeja novas ações sobre o tema.
O documento relata sobre seminários e reuniões realizados em diferentes cidades brasileiras para discutir questões relacionadas à saúde da população negra e combate ao racismo institucional na área da saúde, como seminário sobre hipertensão arterial e população negra em Salvador, reunião em Recife para discutir coleta de dados sobre raça/cor, seminário em João Pessoa sobre saúde da população de terreiros e criação de comitê técnico sobre saúde da população negra em São Paulo.
O documento descreve um prêmio para iniciativas que promovam a equidade racial na saúde no Brasil. O prêmio no valor de R$35.000 será dado para 5 propostas de organizações da sociedade civil que visem melhorar a saúde da população negra e apoiar a implementação de metas do Plano Nacional de Saúde para essa população. O documento lista as 5 propostas selecionadas, incluindo seus títulos, proponentes e abrangência geográfica.
O documento resume as ações do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI) na área da saúde, incluindo vídeos lançados sobre saúde da população negra e publicações sobre o tema. Também discute as ações do PCRI em Salvador para promover políticas de saúde eqüitativas e o trabalho da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial para a saúde da população negra.
O Grupo Hospitalar Conceição realizou uma série de atividades em Porto Alegre para comemorar o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, incluindo um seminário sobre combate ao racismo institucional e o lançamento de um curso para gestores sobre raça e saúde da população negra, além de assinar um termo de cooperação com outro instituto de saúde. Representantes do hospital também se reuniram com autoridades estaduais de saúde e trabalho para discutir a promoção da igualdade racial.
Este documento discute a importância de incorporar perspectivas de gênero e raça nas políticas públicas brasileiras. Aponta que a maioria da população brasileira é composta por mulheres e negros, que enfrentam sistemáticas desvantagens em áreas como educação e emprego. Argumenta que a discriminação de gênero e raça se intersectam, potencializando a vulnerabilidade de grupos como as mulheres negras. Finalmente, propõe desafios para políticas públicas que incorporem adequadamente essas dimensões, como
Este documento discute os riscos do avanço da biotecnologia e da eugenia moderna. A autora argumenta que a ciência não é neutra e está sujeita a fatores ideológicos, econômicos e políticos. A biotecnologia vermelha pode ser usada para manipular características humanas de acordo com desejos de mercado ou para hierarquizar raças. A eugenia historicamente promoveu a esterilização forçada e o genocídio em nome da pureza racial.
1. SER NEGRO
NO
BRASIL: ALCANCES
E
LIMITES
Ser negro no Brasil:
alcances e limites
FÁTIMA OLIVEIRA
mestiço, biológica e culturalmente. A mestiçagem biológica é, inegavelmente, o resultado das trocas genéticas entre diferentes
grupos populacionais catalogados como raciais, que na vida social se revelam também nos hábitos e nos costumes (componentes culturais). No contexto
da mestiçagem, ser negro possui vários significados, que resulta da escolha da
identidade racial que tem a ancestralidade africana como origem (afro-descendente). Ou seja, ser negro, é, essencialmente, um posicionamento político, onde
se assume a identidade racial negra.
Identidade racial/étnica é o sentimento de pertencimento a um grupo
racial ou étnico, decorrente de construção social, cultural e política. Ou seja, tem
a ver com a história de vida (socialização/educação) e a consciência adquirida
diante das prescrições sociais raciais ou étnicas, racistas ou não, de uma dada
cultura. Assumir a identidade racial negra em um país como o Brasil é um processo
extremamente difícil e doloroso, considerando-se que os modelos “bons”,
“positivos” e de “sucesso” de identidades negras não são muitos e poucos
divulgados e o respeito à diferença em meio à diversidade de identidades raciais/
étnicas inexiste. Desconheço estudos brasileiros consistentes sobre identidade
racial/étnica.
O
BRASIL É UM PAÍS
As classificações raciais: alcances e limites
Em 1775, Johann Friedrich Blumenbach (1752-1840), alemão, fundador
da Antropologia, determinou a região geográfica originária de cada raça e a cor
da pele como elementos demarcatórios entre elas (branca ou caucasiana; negra
ou etiópica; amarela ou mongólica; parda ou malaia e vermelha ou americana).
No século XIX, foram agregados outros quesitos fenotípicos, como o tamanho
da cabeça e a fisionomia. Desde Blumenbach, no entanto, a cor da pele aparece
como um dado recorrente. Inferindo-se, daí, que, dos dados do fenótipo, isto é,
das características físicas, a “cor da pele” é o que tem sido mais usado e considerado
importante, pois aparece em quase todas as classificações raciais.
Para fins de estudos demográficos, no Brasil, a atual classificação racial do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é a que é tomada como
oficial desde 1991. Tal classificação tem como diretriz, essencialmente, o fato de
a coleta de dados se basear na autodeclaração. Ou seja, a pessoa escolhe, de um
rol de cinco itens (branco, preto, pardo, amarelo e indígena) em qual deles se
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2. FÁTIMA
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aloca. Como toda classificação racial é arbitrária e aceita não sem reservas, a do
IBGE não foge à regra, pois possui limitações desde 1940, quando coletou pela
primeira vez o “quesito cor” *. Sabendo-se que raça não é uma categoria biológica,
todas as classificações raciais, inevitavelmente, padecerão de limitações. Todavia,
os dados coletados pelo IBGE, ao reunir informações em âmbito nacional, são
extremamente úteis, pois apresentam grande unidade, o que permite o estabelecimento de um padrão confiável de comparação.
O IBGE trabalha então com o que se chama de “quesito cor”, ou seja, a “cor
da pele”, conforme as seguintes categorias: branco, preto, pardo, amarelo e indígena. Indígena, teoricamente, cabe em amarelos (populações de origem asiática,
historicamente catalogados como de cor amarela), todavia, no caso brasileiro,
dada a história de dizimação dos povos indígenas, é essencial saber a dinâmica
demográfica deles. Um outro dado que merece destaque é que a população
negra, para a demografia, é o somatório de preto + pardo. Cabe ressaltar, no
entanto, que preto é cor e negro é raça. Não há “cor negra”, como muito se
ouve. Há cor preta. Apesar disso, em geral, os pesquisadores insistem em dizer
que não entendem, mesmo com a obrigatoriedade ética de inclusão do “quesito
cor” como dado de identificação pessoal nas pesquisas brasileiras desde 1996,
segundo a Resolução 196/96. Normas de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres
Humanos (VI. Protocolo de pesquisa. VI.3 ‘– informações relativas ao sujeito da
pesquisa [...] cor [classificação do IBGE]).
A identidade racial/étnica
De acordo com a convenção do IBGE, portanto, negro é quem se autodeclara preto ou pardo. Embora a ancestralidade determine a condição biológica
com a qual nascemos, há toda uma produção social, cultural e política da identidade racial/étnica no Brasil.
Vale mencionar ainda as polêmicas sobre o conceito de raça e de etnia,
que, grosso modo, raça deveria ser um conceito biológico, enquanto etnia deveria
ser um conceito cultural. Não sendo raça uma categoria biológica, etnia também
se revela como um conceito que não é estritamente cultural, pois a delimitação
de grupos étnicos parte de uma suposta alocação deles no conjunto dos grupos
populacionais raciais sem abstrair a unidade do local de origem, e, para delimitar
etnia, considera-se a concomitância de características somáticas (aparência física),
lingüísticas e culturais. Enfim, o conceito de raça é uma convenção arbitrária e
pode ser enquadrada como uma categoria descritiva da antropologia, uma vez
que é baseada nas características aparentes das pessoas. Portanto, o uso dos termos
raça ou etnia está circunscrito à destinação política que se pretende dar a eles.
* Em 1940, o “quesito cor” era composto de: amarelo, branco e preto, mas havia o re-
curso para “cor indefinida” – que na tabulação dos dados foi denominada de “pardo”
– o qual englobava: mulato, caboclo, moreno e similares que expressassem “nãobrancos” e não enquadrados como amarelo ou preto.
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3. SER NEGRO
NO
BRASIL: ALCANCES
E
LIMITES
Estudos da genética molecular, sob o concurso da genômica, são categóricos:
a espécie humana é uma só e a diversidade de fenótipos, bem como o fato de que
cada genótipo é único, são normas da natureza. Tendo o DNA como material
hereditário e o gene como unidade de análise, não é possível definir quem é
geneticamente negro, branco ou amarelo. O genótipo sempre propõe diferentes
possibilidades de fenótipos. O que herdamos são genes e não caracteres!
Se para as ciências biológicas raça não existe e é consensual nas ciências
sociais que o conceito de raça está superado, por que a insistência, em particular
do movimento negro, em usá-lo como um paradigma da luta contra a opressão
de base racial/étnica, ou seja, do racismo? Por questões políticas, já que o racismo
existe e é uma prática política que tem por base não apenas a existência das raças,
mas que as “não-brancas” são inferiores.
Políticas de ação afirmativa
segundo sexo/gênero e raça/etnia
A alocação das pessoas segundo classe social, sexo/gênero e raça/etnia se
constitui em indicadores que podem ser traduzidos em políticas públicas
antidiscriminatórias na área da saúde, da educação, do saneamento, da habitação,
da segurança etc. Um exemplo paradigmático é dado pelo Dossiê “Assimetrias
raciais no brasil: alertas para a elaboração de políticas”, publicado pela Rede
Feminista de Saúde e elaborado pela pesquisadora Wânia Sant’Anna (2003). Este
Dossiê promove um diálogo entre dados com recorte racial/étnico nas mais
diferentes áreas da vida social, sistematizados pelo Ipea e obtidos das PNADs da
década de 1990 até 2001, além dos Megaobjetivos do “Plano Plurianual (PPA)
2004-2007 – Orientação estratégica de governo, um Brasil de todos: crescimento
sustentável, emprego e inclusão social”. O referido Dossiê visibiliza a crueza da
realidade vivenciada pela população negra, uma situação de desvantagens e
vulnerabilidades em todas as esferas da vida (disponível em <www.redesaude.
org.br/dossies/html/dossieassimetriasraciais.html).
A medicina baseada em evidências demonstra que algumas doenças são
mais comuns ou mais freqüentes, ou evoluem de forma diferenciada, em determinados agrupamentos humanos raciais ou étnicos, conforme determinadas interações ambientais e culturais com o patrimônio genético. Relembrando que humanos são seres biológicos regidos também por leis biológicas, urge considerar que
há uma produção social da enfermidade, ou da manutenção da sanidade, nas
condições das sociedades de classes, da opressão racial/étnica e da opressão de
gênero. Diante do exposto, o significado político de se dar visibilidade aos dados
da morbidade e da mortalidade segundo sexo/gênero e raça/etnia é incomensurável.
No caso da população negra, há vários estudos que corroboram que o
recorte racial/étnico na saúde é um componente essencial para a compreensão
do que chamamos predisposição biológica, a qual, como tenho afirmado em
vários escritos, significa a maior ou a menor capacidade de um ser vivo responder
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4. FÁTIMA
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às complexas interações solicitadas pelo meio ambiente físico, e, no caso de
humanos, também pelo meio ambiente cultural em que vive. A predisposição
biológica resulta e refere-se a um longo processo evolutivo da humanidade, é o
binômio indissociável: constituição hereditária + meio ambiente. O que quer
dizer que o caráter social e histórico das doenças é amplamente demonstrado
através da história de vida das pessoas, e esta está intimamente vinculada ao sexo
(ao privilégio ou desprivilégio de gênero); à raça/etnia (à vivência ou não do
racismo).
Apesar das limitações inerentes ao que se convenciou denominar de classificação racial, é de grande valia uma classificação racial como a brasileira, pois
através dela é possível delimitar de que adoece (morbidade) e de que morre a
população negra, indicadores fundamentais para políticas de combate ao racismo
institucional no aparelho formador, nas instituições e profissionais de saúde, sendo
o mesmo válido para outras áreas.
RESUMO – O ARTIGO aborda a mestiçagem, a condição de afro-descendência e a classificação
racial oficial do Brasil (IBGE), além de tecer breves considerações sobre os conceitos de
raça e de etnia; identidade racial/étnica; e políticas de ação afirmativa segundo sexo/
gênero e raça/etnia. Conforme convenção do IBGE, no Brasil, negro é quem se
autodeclara preto ou pardo, pois população negra é o somatório de pretos e pardos.
Para fins políticos, negra é a pessoa de ancestralidade africana, desde que assim se
identifique.
ABSTRACT – THIS ARTICLE deals with mixed ancestry, the condition of afro-descent and
the official classification of races in Brazil, and includes brief considerations on the
concepts of race and ethnicity, on racial/ethnic identification, and on sex/gender- and
race/ethnicity-specific affirmative action policies. According to convention adopted by
the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), a black person in Brazil is
anyone who claims to be black or brown, inasmuch as the black population is deemed
as the sum total of all blacks and mulattos. In political terms, a black person is anyone of
African descent who identifies him/herself as such.
Fátima Oliveira é médica, secretária executiva da Rede Feminista de Saúde (2002-2006)
e presidenta da Regional Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Bioética. Autora de:
Engenharia genética: o sétimo dia da criação (Moderna, 1995); Bioética: uma face da
cidadania (Moderna, 1997); Oficinas mulher negra e saúde (Mazza, 1998); Transgênicos:
o direito de saber e a liberdade de escolher (Mazza, 2000); O “estado da arte” da reprodução
humana assistida em 2002 e Clonagem e manipulação genética humana: mitos, realidade,
perspectivas e delírios (CNDM/MJ, 2002); e Saúde da população negra, Brasil 2001 (OMS/
Opas, 2002).
Texto recebido e aceito para publicação em 23 de fevereiro de 2004.
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