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O SARAU DA COOPERIFA Abraão Antunes Biblioteca Interativa Profª Regina Obata
  PERIFA ‘ peri phereia’ (gr.) Londres e Paris [séc. XIX]: industrialização / vida urbana – ‘ as cidades estranhas aos seus próprios habitantes ’ (FRUGOLI JR, 1995) Reflexos: a urbs como sistema orgânico funcional pautada pela  circulação  e pelo  consumo .
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‘ A melhora significativa na periferia é em grande parte o resultado da ação política de seus moradores, que, desde o final dos anos 70, organizaram uma série de  movimentos sociais  para exigir seus direitos a cidade. Esses movimentos sociais são um elemento fundamental tanto na  democratização da sociedade  brasileira quanto na  mudança da qualidade de vida  em muitas grandes cidades’. (CALDEIRA, 2000)   PERIFA
Desde o início desde o final dos anos 1990  multiplicaram-se  no espaço urbano brasileiro diferentes artistas, movimentos e grupos  articulados em torno da periferia ou da favela , protagonizadas por sujeitos  jovens  ou não, que relacionam  sua atuação e produtos artísticos a tais espaços e procuram explorar  diferentes linguagens artísticas  (música, teatro, cinema, artes plásticas e a literatura).  [NASCIMENTO, 2006 / 2009] Hermano Vianna ressalta a  emergência dos mercados paralelos  [tecnobrega paraense, forró amazonense, funk carioca , lambadão matogrossense etc] ‘ Ao se falar de inclusão tem-se como pressuposto que o centro possui  um tipo de cultura, tecnologia ou economia que falta à periferia e que esta, por sua vez,  necessita ou almeja atingir o padrão central ’.  (HERMANO VIANNA, apud NASCIMENTO, 2006)   PERIFA
Em  São Paulo  a conformação de uma cena cultural em bairros tidos como periféricos está diretamente ligada às  intervenções literárias e políticas de escritores identificados com a chamada literatura marginal , pois foi a partir delas que se potencializou a articulação de artistas que tomam a periferia como mote para elaborações estéticas ou para uma atuação político-cultural.  Caros Amigos / Literatura Marginal: a cultura da periferia  - Ferréz (2001-2004;  48 autores, 80 textos - entre crônicas, contos, poemas e letras de rap)  [NASCIMENTO, 2006 / 2009]   PERIFA
O SARAU DA COOPERIFA
O SARAU DA COOPERIFA Idealizada e organizada pelos poetas  Sérgio Vaz  e  Marco Pezão , a  Cooperifa  se originou de uma reunião de amigos artistas para apresentações de música, poesia e teatro numa  fábrica abandonada de Taboão da Serra , em  2001 . Um bar foi o local seguinte escolhido. “ Escolhemos o bar para fazer as apresentações de teatro, música e poesia porque o bar é o único lugar público na periferia”  (Sérgio Vaz, 2005) Desde 2003, a Cooperativa Cultural da Periferia tem como cenário as quartas noturnas do “ Zé Batidão ” (batidão pelas famosas batidas), bar localizado no Jardim Guarujá, na  Zona Sul  paulistana.  'No começo queriam colocar na segunda, mas falei que não daria certo, porque o povo ainda está de ressaca do final de semana e decidimos pela quarta-feira'. (Zé) A Cooperifa se transformou em uma  ONG  em outubro de 2005, quatro anos depois de sua fundação.
O SARAU DA COOPERIFA Os saraus atraem um público que varia de cem a duzentas pessoas por noite, segundo seus organizadores. A rotatividade de poetas é muito grande, mas cerca de 35 artistas se apresentam por noite e os saraus se estendem até às 23h30.  [Elevado e atiçado público] O sarau da Cooperifa serve ainda à  divulgação de eventos de cidadania e cultura da região , debates sobre temas de interesse geral (como a reforma da previdência, a luta por moradias, etc) e dos projetos nos quais os poetas estão envolvidos.  [‘Informação para cidadania’] Já foram lançados mais de 40 livros de poetas e escritores da periferia, além de dezenas de discos. Por um lado o artista da periferia recebe o  reconhecimento  do seu fazer artístico pela comunidade periférica; por outro, o estímulo à leitura e à produção de textos colabora para o aumento da  auto-estima  dos freqüentadores dos saraus.  [Inter-ação]
SÉRGIO VAZ – poeta da periferia Ainda na infância, Vaz adquiriu o hábito da leitura por influência do pai, que lhe comprava clássicos da literatura infantil, como João e Maria e livros de contos compilados pelos irmãos Grimm. Dono de uma pequena biblioteca particular, foi o pai quem lhe apresentou as obras de Garcia Márquez e Balzac, autores que se tornaram marcantes na formação literária do poeta. 'Eu era um triste que lia outros tristes... e de repente, quando descobri aquilo, pensei: que legal!'  (Palestra no II Encontro do SMBP-SP, 2010) 'Eu sou contemporâneo do Sarau da “Cooperifa”, desse movimento de literatura da periferia: do preto, do pobre, do branco; um produto do quilombo mesmo.  É o nosso quilombo cultural, o nosso rastilho da pólvora , é lá que a gente produz o que há de mais perigoso hoje para o sistema, que é o pensamento livre, crítico e soberano (Sérgio Vaz, 2005) http://colecionadordepedras1.blogspot.com
CINEMA NA LAJE Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade.Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovens da região, e levar cidadania através da sétima arte.
POESIA NO AR Cada verso recitado aqui foi escrito em um pedaço de papel e amarrado em um balão branco de gás. Todos foram para a porta do bar e de uma só vez soltaram os balões ao vento levando fragmentos do sarau para todos os cantos da comunidade (...) o mais bonito da noite foi descobrir que, voando pelos céus do Capão, um verso da Dona Maria pesa exatamente a mesma coisa que um verso de Vinícius de Moraes. (REVISTA TRIP)
MOSTRA CULTURAL DA COOPERIFA Mostra cultural com eventos de dança, cinema, teatro, artes-plásticas e música, além de participação internacional –  Cia. Bambalina, da Espanha.  Debates sobre literatura (Ferréz, Heloisa Buarque de Hollanda, Sérgio Vaz, entre vários), ativismo cultural e periferia, personalidades de São Paulo e outros estados, além de contar com uma feira de livros e um grande encontro dos saraus que estão sendo realizados nas quebradas - que dão voz a esta literatura periférica que não para de crescer.
SEMANA DE ARTE MODERNA DA PERIFERIA A Cooperifa e mais de quarenta grupos farão uma verdadeira ode à Periferia e a cultura produzida nas quebradas e cafundós da metrópole paulistana. No ano em que se comemora os 85º aniversário da Semana de Arte Moderna e os 40 anos da Tropicália, é da Periferia que emerge o movimento que melhor representa a tradição antropofágica celebrada entre 1922 e 1967.  Agenda Cultural da Periferia, 2007  [ONG Ação Educativa] É expressiva a escolha dos locais onde aconteceriam as atividades da Semana de 2007: um terminal de ônibus, centros comunitários e unidades escolares. Todos situados na periferia da Zona Sul e distantes do centro geográfico e cultural paulistano. NASCIMENTO, 2006
SITUAÇÃO ATUAL DA CULTURA NA PERIFERIA   [Ao lado, imagem do ‘Sarau do Rap’] De acordo com levantamento feito por NASCIMENTO (2009) realizado na ‘Agenda Cultural da Periferia’ [da ONG Ação Educativa], nos seus primeiros doze números, foram publicados nesta 868 eventos - as rodas de comunidade e eventos samba aconteceram em maior número (263),  seguida por eventos de literatura, como saraus e lançamento de livros (177) ; shows e debates promovidos pelo movimento hip hop (133); exibições de cinema e vídeo (81); apresentações musicais (57); teatro (52) e atividades ligadas ao grafite (21), entre outros.
SITUAÇÃO ATUAL DA CULTURA NA PERIFERIA   As iniciativas de ação cultural dos  artistas periféricos   resultaram não apenas em modos específicos de se produzir, fazer circular e consumir cultura, mas em  discursos, demandas e práticas coletivas  que se relacionam também com as esferas de  produção  (pois reivindicam e usufruem financiamentos públicos); de  circulação  (dado que demandam equipamentos em bairros tidos como periféricos ou ocupam espaços privados para transformá-los em “centros culturais”; e de  consumo  (no intuito de beneficiar a população dos bairros onde são atuantes). [NASCIMENTO, 2006] 'Pela primeira vez a palavra literária ganha espaço político real e efetivo nas lutas pelos direitos e pela igualdade socioeconômica'. (HOLANDA, 200?])
' (...) não é mais o centro que inclui a periferia. A periferia agora inclui o centro. E o centro, excluído da festa, se transforma na  periferia da periferia '  (HERMANO VIANNA)
Radiografia Cultural: Periferia e Underground em SP   Ciclo de saraus, mostra de vídeos produzidos por coletivos da periferia, shows de hip-hop e de poesia, oficinas de grafite para crianças, apresentação de peças teatrais, um ciclo de debates e até mesmo a simulação de uma rádio comunitária.  Centro Cultural Banco do Brasil Até 15 de dezembro –  http://www.bb.com.br/cultura   PARA ACOMPANHAR O ‘DEBATE’
Blog do Sérgio Vaz http://colecionadordepedras1.blogspot.com Blog dos Saraus em Sampa http://pontosdepoesia.blogspot.com   PARA ACOMPANHAR O ‘DEBATE’
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Ed. 34 / EDUSP, 2000. FRUGOLI JR, Heitor. São Paulo: espaços públicos e interação social. São Paulo: Marco Zero, 1995. MARICATO, Ermínia. Metrópole na periferia do capitalismo: ilegalidade, desigualdade e violência. São Paulo: HUCITEC, 1996. NASCIMENTO, Érica Peçanha do. “Literatura marginal”: os escritores da periferia entram em cena. [2006]. Dissertação de Mestrado em Antropologia Social - FFLCH/USP. Orientador: Prof. Dr. Júlio Assis Simões.  NASCIMENTO, Érica Peçanha do.  A periferia de São Paulo: revendo o conceito, atualizando o debate. 33º Encontro Nacional da ANPOCS - 26 a 30 de outubro de 2009, Caxambu – MG.  'Os novos antropófagos: artistas da periferia de São Paulo lançam sua própria Semana de Arte Moderna'. Revista Época, n. 487, 18/09/2007. Periferia. Revista Sexta-feira, n. 8, São Paulo: Ed. 34, 2006. VAZ, Sérgio. Cooperifa : antropofagia periférica. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2008. (Tramas urbanas; 8) Bibliografia

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O Sarau da Cooperifa

  • 1. O SARAU DA COOPERIFA Abraão Antunes Biblioteca Interativa Profª Regina Obata
  • 2. PERIFA ‘ peri phereia’ (gr.) Londres e Paris [séc. XIX]: industrialização / vida urbana – ‘ as cidades estranhas aos seus próprios habitantes ’ (FRUGOLI JR, 1995) Reflexos: a urbs como sistema orgânico funcional pautada pela circulação e pelo consumo .
  • 3.
  • 4.
  • 5. ‘ A melhora significativa na periferia é em grande parte o resultado da ação política de seus moradores, que, desde o final dos anos 70, organizaram uma série de movimentos sociais para exigir seus direitos a cidade. Esses movimentos sociais são um elemento fundamental tanto na democratização da sociedade brasileira quanto na mudança da qualidade de vida em muitas grandes cidades’. (CALDEIRA, 2000) PERIFA
  • 6. Desde o início desde o final dos anos 1990 multiplicaram-se no espaço urbano brasileiro diferentes artistas, movimentos e grupos articulados em torno da periferia ou da favela , protagonizadas por sujeitos jovens ou não, que relacionam sua atuação e produtos artísticos a tais espaços e procuram explorar diferentes linguagens artísticas (música, teatro, cinema, artes plásticas e a literatura). [NASCIMENTO, 2006 / 2009] Hermano Vianna ressalta a emergência dos mercados paralelos [tecnobrega paraense, forró amazonense, funk carioca , lambadão matogrossense etc] ‘ Ao se falar de inclusão tem-se como pressuposto que o centro possui um tipo de cultura, tecnologia ou economia que falta à periferia e que esta, por sua vez, necessita ou almeja atingir o padrão central ’. (HERMANO VIANNA, apud NASCIMENTO, 2006) PERIFA
  • 7. Em São Paulo a conformação de uma cena cultural em bairros tidos como periféricos está diretamente ligada às intervenções literárias e políticas de escritores identificados com a chamada literatura marginal , pois foi a partir delas que se potencializou a articulação de artistas que tomam a periferia como mote para elaborações estéticas ou para uma atuação político-cultural. Caros Amigos / Literatura Marginal: a cultura da periferia - Ferréz (2001-2004; 48 autores, 80 textos - entre crônicas, contos, poemas e letras de rap) [NASCIMENTO, 2006 / 2009] PERIFA
  • 8. O SARAU DA COOPERIFA
  • 9. O SARAU DA COOPERIFA Idealizada e organizada pelos poetas Sérgio Vaz e Marco Pezão , a Cooperifa se originou de uma reunião de amigos artistas para apresentações de música, poesia e teatro numa fábrica abandonada de Taboão da Serra , em 2001 . Um bar foi o local seguinte escolhido. “ Escolhemos o bar para fazer as apresentações de teatro, música e poesia porque o bar é o único lugar público na periferia” (Sérgio Vaz, 2005) Desde 2003, a Cooperativa Cultural da Periferia tem como cenário as quartas noturnas do “ Zé Batidão ” (batidão pelas famosas batidas), bar localizado no Jardim Guarujá, na Zona Sul paulistana. 'No começo queriam colocar na segunda, mas falei que não daria certo, porque o povo ainda está de ressaca do final de semana e decidimos pela quarta-feira'. (Zé) A Cooperifa se transformou em uma ONG em outubro de 2005, quatro anos depois de sua fundação.
  • 10. O SARAU DA COOPERIFA Os saraus atraem um público que varia de cem a duzentas pessoas por noite, segundo seus organizadores. A rotatividade de poetas é muito grande, mas cerca de 35 artistas se apresentam por noite e os saraus se estendem até às 23h30. [Elevado e atiçado público] O sarau da Cooperifa serve ainda à divulgação de eventos de cidadania e cultura da região , debates sobre temas de interesse geral (como a reforma da previdência, a luta por moradias, etc) e dos projetos nos quais os poetas estão envolvidos. [‘Informação para cidadania’] Já foram lançados mais de 40 livros de poetas e escritores da periferia, além de dezenas de discos. Por um lado o artista da periferia recebe o reconhecimento do seu fazer artístico pela comunidade periférica; por outro, o estímulo à leitura e à produção de textos colabora para o aumento da auto-estima dos freqüentadores dos saraus. [Inter-ação]
  • 11. SÉRGIO VAZ – poeta da periferia Ainda na infância, Vaz adquiriu o hábito da leitura por influência do pai, que lhe comprava clássicos da literatura infantil, como João e Maria e livros de contos compilados pelos irmãos Grimm. Dono de uma pequena biblioteca particular, foi o pai quem lhe apresentou as obras de Garcia Márquez e Balzac, autores que se tornaram marcantes na formação literária do poeta. 'Eu era um triste que lia outros tristes... e de repente, quando descobri aquilo, pensei: que legal!' (Palestra no II Encontro do SMBP-SP, 2010) 'Eu sou contemporâneo do Sarau da “Cooperifa”, desse movimento de literatura da periferia: do preto, do pobre, do branco; um produto do quilombo mesmo. É o nosso quilombo cultural, o nosso rastilho da pólvora , é lá que a gente produz o que há de mais perigoso hoje para o sistema, que é o pensamento livre, crítico e soberano (Sérgio Vaz, 2005) http://colecionadordepedras1.blogspot.com
  • 12. CINEMA NA LAJE Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade.Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovens da região, e levar cidadania através da sétima arte.
  • 13. POESIA NO AR Cada verso recitado aqui foi escrito em um pedaço de papel e amarrado em um balão branco de gás. Todos foram para a porta do bar e de uma só vez soltaram os balões ao vento levando fragmentos do sarau para todos os cantos da comunidade (...) o mais bonito da noite foi descobrir que, voando pelos céus do Capão, um verso da Dona Maria pesa exatamente a mesma coisa que um verso de Vinícius de Moraes. (REVISTA TRIP)
  • 14. MOSTRA CULTURAL DA COOPERIFA Mostra cultural com eventos de dança, cinema, teatro, artes-plásticas e música, além de participação internacional – Cia. Bambalina, da Espanha. Debates sobre literatura (Ferréz, Heloisa Buarque de Hollanda, Sérgio Vaz, entre vários), ativismo cultural e periferia, personalidades de São Paulo e outros estados, além de contar com uma feira de livros e um grande encontro dos saraus que estão sendo realizados nas quebradas - que dão voz a esta literatura periférica que não para de crescer.
  • 15. SEMANA DE ARTE MODERNA DA PERIFERIA A Cooperifa e mais de quarenta grupos farão uma verdadeira ode à Periferia e a cultura produzida nas quebradas e cafundós da metrópole paulistana. No ano em que se comemora os 85º aniversário da Semana de Arte Moderna e os 40 anos da Tropicália, é da Periferia que emerge o movimento que melhor representa a tradição antropofágica celebrada entre 1922 e 1967. Agenda Cultural da Periferia, 2007 [ONG Ação Educativa] É expressiva a escolha dos locais onde aconteceriam as atividades da Semana de 2007: um terminal de ônibus, centros comunitários e unidades escolares. Todos situados na periferia da Zona Sul e distantes do centro geográfico e cultural paulistano. NASCIMENTO, 2006
  • 16. SITUAÇÃO ATUAL DA CULTURA NA PERIFERIA [Ao lado, imagem do ‘Sarau do Rap’] De acordo com levantamento feito por NASCIMENTO (2009) realizado na ‘Agenda Cultural da Periferia’ [da ONG Ação Educativa], nos seus primeiros doze números, foram publicados nesta 868 eventos - as rodas de comunidade e eventos samba aconteceram em maior número (263), seguida por eventos de literatura, como saraus e lançamento de livros (177) ; shows e debates promovidos pelo movimento hip hop (133); exibições de cinema e vídeo (81); apresentações musicais (57); teatro (52) e atividades ligadas ao grafite (21), entre outros.
  • 17. SITUAÇÃO ATUAL DA CULTURA NA PERIFERIA As iniciativas de ação cultural dos artistas periféricos resultaram não apenas em modos específicos de se produzir, fazer circular e consumir cultura, mas em discursos, demandas e práticas coletivas que se relacionam também com as esferas de produção (pois reivindicam e usufruem financiamentos públicos); de circulação (dado que demandam equipamentos em bairros tidos como periféricos ou ocupam espaços privados para transformá-los em “centros culturais”; e de consumo (no intuito de beneficiar a população dos bairros onde são atuantes). [NASCIMENTO, 2006] 'Pela primeira vez a palavra literária ganha espaço político real e efetivo nas lutas pelos direitos e pela igualdade socioeconômica'. (HOLANDA, 200?])
  • 18. ' (...) não é mais o centro que inclui a periferia. A periferia agora inclui o centro. E o centro, excluído da festa, se transforma na periferia da periferia ' (HERMANO VIANNA)
  • 19. Radiografia Cultural: Periferia e Underground em SP Ciclo de saraus, mostra de vídeos produzidos por coletivos da periferia, shows de hip-hop e de poesia, oficinas de grafite para crianças, apresentação de peças teatrais, um ciclo de debates e até mesmo a simulação de uma rádio comunitária. Centro Cultural Banco do Brasil Até 15 de dezembro – http://www.bb.com.br/cultura PARA ACOMPANHAR O ‘DEBATE’
  • 20. Blog do Sérgio Vaz http://colecionadordepedras1.blogspot.com Blog dos Saraus em Sampa http://pontosdepoesia.blogspot.com PARA ACOMPANHAR O ‘DEBATE’
  • 21. CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Ed. 34 / EDUSP, 2000. FRUGOLI JR, Heitor. São Paulo: espaços públicos e interação social. São Paulo: Marco Zero, 1995. MARICATO, Ermínia. Metrópole na periferia do capitalismo: ilegalidade, desigualdade e violência. São Paulo: HUCITEC, 1996. NASCIMENTO, Érica Peçanha do. “Literatura marginal”: os escritores da periferia entram em cena. [2006]. Dissertação de Mestrado em Antropologia Social - FFLCH/USP. Orientador: Prof. Dr. Júlio Assis Simões. NASCIMENTO, Érica Peçanha do. A periferia de São Paulo: revendo o conceito, atualizando o debate. 33º Encontro Nacional da ANPOCS - 26 a 30 de outubro de 2009, Caxambu – MG. 'Os novos antropófagos: artistas da periferia de São Paulo lançam sua própria Semana de Arte Moderna'. Revista Época, n. 487, 18/09/2007. Periferia. Revista Sexta-feira, n. 8, São Paulo: Ed. 34, 2006. VAZ, Sérgio. Cooperifa : antropofagia periférica. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2008. (Tramas urbanas; 8) Bibliografia