Os assistentes sociais do INSS solicitam que Lucia Lopes permaneça na Divisão de Serviço Social, já que ela está sendo colocada à disposição do RH. Eles acreditam que sua saída é uma medida coercitiva e antiética que macularia a carreira de uma profissional respeitada. A categoria pede que a chefia da DSS apoie a permanência de Lucia Lopes ou renuncie para que uma assistente social mais alinhada à categoria assuma o cargo.

1. REQUERIMENTO COLETIVO DA CATEGORIA DE
ASSISTENTES SOCIAIS DO INSS PELA PERMANÊNCIA DE
LUCIA LOPES NA DSS.
Luta,
a palavra vibrante que levanta os fracos
e determina os fortes.”
(Cora Coralina)
À chefe da Divisão de Serviço Social do INSS, Andrea Colombari.
Em nome da categoria de Assistentes Sociais do INSS, registro que temos
notícias de que a servidora/assistente social Maria Lucia Lopes da Silva, será
posta à disposição do RH, a partir do dia 5/09/2011.
Considerando que a Divisão de Serviço Social-DSS, através de sua chefia, não
se manifestou formalmente e pelos canais competentes, vimos solicitar um
pronunciamento célere acerca desse fato e ciência de que medidas imediatas
estão sendo tomadas para reverter esse processo.
Entendemos que a postura de uma chefe de Divisão do Serviço Social deve ser
coerente com a trajetória histórica de resistência e luta que marcam a atuação
dos assistentes sociais na Instituição.
A categoria manifesta seu inconformismo com os novos, mesmos, rumos de
desestruturação do Serviço Social do INSS, com a priorização do atendimento a
demandas institucionais indevidas, como no caso da habilitação do Benefício
Assistencial voltado às pessoas com deficiência, que tendem a burocratizar e
reduzir a dimensão técnica, teórica e ética de nossa prática profissional.
O momento é crítico! Exige de todos e de cada um de nós, propostas coletivas e
firmes. Entendendo que, para a ampliação do nosso espaço socioocupacional, é
fundamental uma articulada e representativa direção estratégica que
potencialize nossas ações e projetos profissionais e afirme nosso compromisso
ético-político com as demandas legítimas da população usuária. Precisamos de
uma liderança crítica, combativa e propositiva.
Serviço Social da Previdência: 67 Anos afirmando direitos

2. A permanência de Maria Lucia Lopes da Silva na equipe da Divisão de Serviço
Social do INSS representa a concretização dessa reivindicação coletiva e da
possibilidade de um novo pensar e fazer na Instituição.
Temos clareza de que a transferência arbitrária de uma profissional da
envergadura profissional e ética de Lucia lopes é uma medida coercitiva, que
não pode ter o apoio expresso ou tácito da chefia da DSS, sob pena de
caracterizar o maior ato de abuso de poder e postura anti-ética cometida na
trajetória do Serviço Social. Nenhuma Assistente Social sairá ilesa desse
processo! Não se trata tão-somente de macular uma ficha profissional das mais
respeitadas do País, mas à memória das presentes e futuras gerações de
assistentes sociais que foram coniventes com esse processo deletério. Como
dizia Hebert de Souza, “democracia ou serve para todos ou não serve para
nada!”
Nesse momento, temos clareza das implicações éticas que permeiam esse Ato e
temos precedentes a invocar como na transferência de Ermelinda Anunciação de
Paula, posta à disposição pelos mesmos motivos.
Várias manifestações de repúdio à malfadada medida e Moções de Apoio à
permanência de Lucia Lopes na DSS foram emitidas e materializam uma
reivindicação uníssona: que a chefia da DSS honre o cargo que ocupa ou tenha a
dignidade de renunciar para que assuma uma assistente social com o perfil que a
categoria almeja e merece!
Reivindicação coletiva pela permanência de Lúcia Lopes na Divisão de
Serviço Social do INSS.
5 de Setembro de 2011.
ASSISTENTES SOCIAIS DO INSS.
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