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IQ-UFBA
Departamento de Química Orgânica
QUI-B37 – Química Orgânica Básica Experimental I-A
2017.2
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Título: Cromatografia
Data: 01/11/2017
Autores: Ana Dídia Oliveira Lopes de Sena e Flávia Rocha Santos
1. Introdução
A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está
fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre
devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase
estacionária. É uma técnica versátil e de grande aplicação, pois possui uma variedade
de combinações entre fases móveis e estacionárias.
Esta técnica foi praticamente ignorada até a década de 30, quando foi
redescoberta. A partir de então, diversos trabalhos na área possibilitaram seu
aperfeiçoamento e, em conjunto com os avanços tecnológicos, levaram-na a um
elevado grau de sofisticação, o qual resultou no seu grande potencial de aplicação em
muitas áreas.
A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos, por
comparação com padrões previamente existentes, para a purificação de compostos,
separando-se as substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de
uma mistura.
Princípio Cromatografia em Camada Delgada (CCD): partição de um soluto entre
duas fases, sendo uma estacionária (sílica ou alumina) e uma móvel (solvente); o
equilíbrio é constantemente deslocado pela fase móvel e os solutos são separados
pelas diferenças de mobilidade impregnada em placa de vidro ou alumínio. A escolha
da fase estacionária e móvel é fundamental para que a separação ocorra de maneira
adequada. A posição final de cada mancha, ou seja, a distância percorrida pelo
composto é dominado fator de retenção (Rf). É a distância medida por cada mancha a
partir da origem.
Objetivos
-Conhecer os fundamentos da técnica de cromatografia em coluna e
cromatografia em camada delgada;
-Utilizar a técnica de cromatografia em camada delgada para identificar os
compostos presentes numa mistura;
-Determinar índices de retenção para uma série de amostras e relacionar esses
valores com a polaridade das mesmas;
-Conhecer os métodos utilizados para visualização de diferentes amostras em
cromatografia em camada delgada.
2. Parte experimental
2.1.Resumo do experimento
Foram preparadas um total de seis placas de vidro com sílica-gel para ser
realizado a CCD. Quatro para a eluição de uma amostra de Fluoresceína(FLC) e
Acetanilida (ACT). E outras três placas para eluir uma amostra de Fluoresceína
(FLC) e 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR).
Nas três primeiras placas marcamos em cada uma, com uma grafite, dois
pontos onde aplicamos com um capilar no ponto da direita uma solução contendo a
amostra de Acetanilida ACT e, no da esquerda, a amostra de Fluoresceína (FLC).
Três câmaras cromatográficas foram preparadas para que pudéssemos
revelar as placas. A primeira continha uma pequena quantidade de hexano; a
segunda, clorofórmio e a terceira, etanol.
Foram utilizadas como câmaras cromatográficas, dois frascos borel com
tampa, um béquer e um vidro de relógio como tampa deste em cada ponta de uma
das bancadas
Colocamos com uma pinça as três placas contendo a amostra de
Acetanilida (ACT) e Fluoresceína (FLC). Cada uma delas foi colocada para eluir em
uma câmara cromatográfica onde estavam presentes os solventes citados acima.
Assim que os solventes ascenderam até o limite superior marcado da
camada de sílica-gel, as placas foram retiradas de suas respectivas câmaras
cromatográficas. O percurso final do solvente foi marcado e aguardamos as placas
secarem para serem reveladas dentro da câmara escura com luz ultravioleta (UV) e
calculamos seus respectivos Rfs.
Esse procedimento foi repetido com as outras três placas de sílica-gel que
continham as amostras de Fluoresceína(FLC) e 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona
(ACR), que substitui a Acetanilida (ACT) que não se observou deslocamento
nenhum, em dois dos solventes utilizados (Hexano e Etanol). Dessa vez, foram
usados como solventes o Hexano, a Acetona e o Acetato de etila.
Fluxograma:
 Fazer marcas com o lápis ou grafite
 Aplicar as amostras com o capilar
Preparar a câmara
cromatográfica
 Introduzir a placa na câmara
 Eluir a placa
 Retirar a placa após eluir
 Revelar a placa por UV
 Calcular Rf
2.2. Materiais
i)Reagentes e solventes (substâncias químicas)
Etanol;
Hexano;
Clorofórmio;
Fluoresceína(FLC);
Acetanilida (ACT);
4-Carboximetil-(9)10H-acridinona(ACR);
ii) Vidraria
Capilar de vidro;
Béquer;
Vidro de relógio;
Proveta;
Frasco Borel;
Frasco comum;
iii) Materiais diversos
Pinça;
Régua;
Placas cromatográficas de vidro e alumínio com sílica-gel ;
iv) Equipamentos
Câmara escura com luz ultravioleta.
2.3. Tabela de propriedades físicas
Substância MM
d
g/mL
Tf
oC
Te
oC n
T
D
Solubilidade (g/100 mL)
H2O EtOH CHCl3 Et2O
FLUORESCEÍNA (FLC)
332,3
1 - 320 - - solúvel
Pouco
solúvel - -
4-CARBOXIMETIL-(9)10H-
ACRIDINONA (ACR) - - - - - - - - -
ACETANILIDA (ACT)
135,1
6
1,22x
10³ 115 304 - solúvel - - -
CLOROFÓRMIO
119,3
8
1,47
4 -63 61 - solúvel - solúvel -
HEXANO 86,18
0,66
0 a
0,67
5 -96 68 - insolúvel solúvel solúvel solúvel
ACETONA 58,08
0,79
1 -94,6 56,1 - miscível solúvel solúvel solúvel
ACETATO DE ETILA 88,11
0,90
2 77 -82,4 - solúvel solúvel solúvel solúvel
ETANOL 46,07
0,66
0 a
0,67
5 -114 78 - miscível solúvel - solúvel
3. Resultados, discussão e conclusões
Após a realização do experimento, foram medidas com a régua as
distâncias percorridas pela amostra de cada uma das placas utilizadas, como
mostra a (tabela 1), assim com os resultados obtidos a partir dessas
medidas que foram utilizados para calcular o Rf de cada placa conforme
expresso na (formula 1).
Tabela 1: Distâncias em cm da base até as bandas.
Eluente/Amostra FLC ACT ACR
Hexano Não foi
observado
Não foi
observado _
Clorofórmio 5 3,8 _
Etanol 3,1 Não foi
observado
_
Hexano 60% + Acetato
40%
0,4 _ 3,5
Acetona 2 _ 4,3
Acetato de Etila 1,1 _ 3,6
Fórmula 1: fator de retenção (Rf)
Rf =Dc/Ds
Onde:
Rf
: fator de retenção
Dc: distância percorrida pela amostra
Ds: distância percorrida pelo eluente
Os valores de Rf encontrados podem ser vistos nas tabelas abaixo 2 e 3.
Tabela 2: Valores de Rf para os solventes da etapa 1
Amostra/Eluente Hexano Clorofórmio Etanol
FLC Não
obteve
0,94 0,56
ACT Não
obteve
0,71 Não obteve
Tabela 3: Valores de Rf para solventes da etapa 2
Amostra/eluente Hexano 60% +
Acetato 40%
Acetona Acetato de etila
FLC 0,07 0,36 0,20
ACR 0,66 0,78 0,67
Através das tabelas, vemos que alguns solventes não conseguiram
eluir nenhuma substância, tendo como causa as interações entre a fase
sólida e os componentes da mistura/eluente, ou pela pureza dos
componentes da mistura que estavam em concentrações tão baixas que não
foi possível a visualização da banda na placa de CCD.
Analisando primeiramente os valores da primeira etapa com as
amostras de FLC e ACT (tabela 2), temos que o Rf apresenta resultados
iguais para o hexano (tabela 2), não ocorrendo eluição com nenhuma das
amostras, havendo um crescimento dos valores de retenção no clorofórmio
que também é solvente apolar, porém, mais polar do que o hexano. O fato
das amostras não correrem bem no hexano pode ter sido também por causa
da sua concentração, isso será explicado melhor na discussão da segunda
etapa do experimento. Como as duas amostras foram bem carreadas em
clorofórmio, isso evidencia que as amostras carreadas são mais polares. No
etanol, o Rf da amostra de FLC se mostrou bem próximo do ideal (0,50)
resultando em 0,56, isso acontece porque a molécula do etanol possui
uma parte apolar e uma extremidade polar, o grupo OH. Na amostra de
ACT não foi observado nenhuma eluição, talvez por alterações na amostra ou
por não haver interações intermoleculares. Também podemos dizer que as
interações intermoleculares entre as amostras e a fase sólida é fracamente
polar, havendo ligações fracas como as de Van der Waals. Vemos logo após,
uma alta eluência (conforme a tabela 2) para o solvente clorofórmio, que é
apolar, mas possui uma polaridade mais alta quando comparada com o
hexano.
Após, temos a segunda etapa do experimento utilizando outros
solventes. Com a mistura dos solventes Acetato 40% e Hexano 60%, que
teve uma pequena eluição da amostra de FLC (0,07) estando bem abaixo
dos valores ideais de Rf (0,50). Já para ACR, utilizado em substituição do
ACT que apresentou problemas para eluir nos solventes anteriores, o Rf
apresentou-se bem próximo do ideal (0,50), obtendo um valor de 0,66. Com a
acetona, o ACR apresentou uma grande eluição demonstrando ser uma
amostra polar, já na amostra de FLC não eluiu tanto, obtendo um Rf de 0,36.
Com acetato de etila que possui uma polaridade menor que a acetona as
eluições apresentaram um valor ainda menor de 0,67 para o ACR e 0,20 para
o FLC.
Analisando as estruturas das moléculas das amostras podemos ver
que a Acetanilida possui um grupamento amida e uma carbonila, ambos
grupos bastante polares, e a fluoresceína, que mostram em suas estruturas
funções álcool e amina, além da carbonila que tem o seu caráter polar. A 4-
Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR), pelos mesmos motivos da Acetanilida
(ACT) é uma estrutura bastante polar.
Figura : Acetanilida (ACT) Figura : Fluoresceína (FLC)
Figura : 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR)
Esses grupamentos se ligam as moléculas de sílica da fase sólida e
formam ligações polares, de modo que o hexano não consegue eluir as
amostras em que o eluente conseguiu retirar toda a mistura retida na fase
estacionária da placa de CCD.
3.2.Observações
FIGURA 1: as revelações da cromatografia foram feitas em câmara escura com luz
ultravioleta (UV), onde foi possível visualizar as amostras que possuem grupos cromóforos
capazes de exibirem fluorescência.
FIGURA 2: primeira CCD realizada com as amostras FLC e ACT, nos solventes hexano,
clorofórmio e etanol, respectivamente.
FIGURA 3: segunda CCD realizada com as amostras FLC e ACR, nos solventes acetona,
hexano a 40% e acetato a 60% e acetato de etila, respectivamente.
4. Conclusão.
A partir do experimento pode-se observar que os compostos polares estavam presentes
em ambas as amostras testadas, havendo um deslocamento da amostra por diferença
de polaridade em relação aos solventes, evidenciado nas imagens acima. Pode-se
perceber que o hexano não é um solvente adequado para ser feita a técnica com essas
amostras, já que não houve deslocamento das amostras aplicadas.
A técnica de cromatografia em camada delgada foi então eficaz para se alcançar os
objetivos, e se mostrou bastante simples em sua execução.
5 Bibliografia.
ANDRIĆ, F., et al. Linear modeling of the soil-water partition coefficient normalized to organic
carbon content by reversed-phase thin-layer chromatography. Journal of Chromatography A, p 136-
144, jun 2016
DEGANI, A. L. G., CASS, Q. B., VIEIRA, P. C. Cromatografia um breve ensaio. Quimica Nova na
Escola, no. 7, p 21-25, 1998.
MERCK. Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ. 2015. Disponível em:
<www.merckgroup.com>. Acesso em: 07 nov 2017.
SIGMA-ALDRICH . FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA. 2011. Disponível em: <sigma-aldrich.com>.
Acesso em: 07 nov 2017.
CRUZ, Oswaldo. ÁLCOOL ETÍLICO. 2003. Disponível em:
<https://www.oswaldocruz.br/download/fichas/%C3%81lcool%20et%C3%ADlico2003.pdf>. Acesso em: 07
nov 2017.
QUIMIDROL. FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO. 2011. Disponível em:
< http://www.hcrp.fmrp.usp.br/sitehc/fispq/Hexano.pdf>. Acesso em: 07 nov 2017.
CETESP. Ficha de informação de produto químico. Disponível em:
<http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=ACETONA>. Acesso em: 07
nov 2017.
CETESP. Ficha de informação de produto químico. Disponível em: <
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=ACETATO%20DE%20ETILA>.
Acesso em: 07 nov 2017.
QUIMIDROL. FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO. 2011. Disponível em:
<http://www.quimidrol.com.br/media/blfa_files/Cloroformio_3.pdf>. Acesso em: 07 nov 2017.

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Relatório qui b37 mod (1)

  • 1. IQ-UFBA Departamento de Química Orgânica QUI-B37 – Química Orgânica Básica Experimental I-A 2017.2 RELATÓRIO DE ATIVIDADES Título: Cromatografia Data: 01/11/2017 Autores: Ana Dídia Oliveira Lopes de Sena e Flávia Rocha Santos 1. Introdução A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária. É uma técnica versátil e de grande aplicação, pois possui uma variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias. Esta técnica foi praticamente ignorada até a década de 30, quando foi redescoberta. A partir de então, diversos trabalhos na área possibilitaram seu aperfeiçoamento e, em conjunto com os avanços tecnológicos, levaram-na a um elevado grau de sofisticação, o qual resultou no seu grande potencial de aplicação em muitas áreas. A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos, por comparação com padrões previamente existentes, para a purificação de compostos, separando-se as substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de uma mistura. Princípio Cromatografia em Camada Delgada (CCD): partição de um soluto entre duas fases, sendo uma estacionária (sílica ou alumina) e uma móvel (solvente); o equilíbrio é constantemente deslocado pela fase móvel e os solutos são separados pelas diferenças de mobilidade impregnada em placa de vidro ou alumínio. A escolha da fase estacionária e móvel é fundamental para que a separação ocorra de maneira adequada. A posição final de cada mancha, ou seja, a distância percorrida pelo composto é dominado fator de retenção (Rf). É a distância medida por cada mancha a partir da origem. Objetivos -Conhecer os fundamentos da técnica de cromatografia em coluna e cromatografia em camada delgada;
  • 2. -Utilizar a técnica de cromatografia em camada delgada para identificar os compostos presentes numa mistura; -Determinar índices de retenção para uma série de amostras e relacionar esses valores com a polaridade das mesmas; -Conhecer os métodos utilizados para visualização de diferentes amostras em cromatografia em camada delgada. 2. Parte experimental 2.1.Resumo do experimento Foram preparadas um total de seis placas de vidro com sílica-gel para ser realizado a CCD. Quatro para a eluição de uma amostra de Fluoresceína(FLC) e Acetanilida (ACT). E outras três placas para eluir uma amostra de Fluoresceína (FLC) e 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR). Nas três primeiras placas marcamos em cada uma, com uma grafite, dois pontos onde aplicamos com um capilar no ponto da direita uma solução contendo a amostra de Acetanilida ACT e, no da esquerda, a amostra de Fluoresceína (FLC). Três câmaras cromatográficas foram preparadas para que pudéssemos revelar as placas. A primeira continha uma pequena quantidade de hexano; a segunda, clorofórmio e a terceira, etanol. Foram utilizadas como câmaras cromatográficas, dois frascos borel com tampa, um béquer e um vidro de relógio como tampa deste em cada ponta de uma das bancadas Colocamos com uma pinça as três placas contendo a amostra de Acetanilida (ACT) e Fluoresceína (FLC). Cada uma delas foi colocada para eluir em uma câmara cromatográfica onde estavam presentes os solventes citados acima. Assim que os solventes ascenderam até o limite superior marcado da camada de sílica-gel, as placas foram retiradas de suas respectivas câmaras cromatográficas. O percurso final do solvente foi marcado e aguardamos as placas secarem para serem reveladas dentro da câmara escura com luz ultravioleta (UV) e calculamos seus respectivos Rfs. Esse procedimento foi repetido com as outras três placas de sílica-gel que continham as amostras de Fluoresceína(FLC) e 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR), que substitui a Acetanilida (ACT) que não se observou deslocamento nenhum, em dois dos solventes utilizados (Hexano e Etanol). Dessa vez, foram usados como solventes o Hexano, a Acetona e o Acetato de etila.
  • 3. Fluxograma:  Fazer marcas com o lápis ou grafite  Aplicar as amostras com o capilar Preparar a câmara cromatográfica  Introduzir a placa na câmara  Eluir a placa  Retirar a placa após eluir  Revelar a placa por UV  Calcular Rf
  • 4. 2.2. Materiais i)Reagentes e solventes (substâncias químicas) Etanol; Hexano; Clorofórmio; Fluoresceína(FLC); Acetanilida (ACT); 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona(ACR); ii) Vidraria Capilar de vidro; Béquer; Vidro de relógio; Proveta; Frasco Borel; Frasco comum; iii) Materiais diversos Pinça; Régua; Placas cromatográficas de vidro e alumínio com sílica-gel ; iv) Equipamentos Câmara escura com luz ultravioleta. 2.3. Tabela de propriedades físicas Substância MM d g/mL Tf oC Te oC n T D Solubilidade (g/100 mL) H2O EtOH CHCl3 Et2O FLUORESCEÍNA (FLC) 332,3 1 - 320 - - solúvel Pouco solúvel - - 4-CARBOXIMETIL-(9)10H- ACRIDINONA (ACR) - - - - - - - - - ACETANILIDA (ACT) 135,1 6 1,22x 10³ 115 304 - solúvel - - - CLOROFÓRMIO 119,3 8 1,47 4 -63 61 - solúvel - solúvel - HEXANO 86,18 0,66 0 a 0,67 5 -96 68 - insolúvel solúvel solúvel solúvel ACETONA 58,08 0,79 1 -94,6 56,1 - miscível solúvel solúvel solúvel ACETATO DE ETILA 88,11 0,90 2 77 -82,4 - solúvel solúvel solúvel solúvel ETANOL 46,07 0,66 0 a 0,67 5 -114 78 - miscível solúvel - solúvel
  • 5. 3. Resultados, discussão e conclusões Após a realização do experimento, foram medidas com a régua as distâncias percorridas pela amostra de cada uma das placas utilizadas, como mostra a (tabela 1), assim com os resultados obtidos a partir dessas medidas que foram utilizados para calcular o Rf de cada placa conforme expresso na (formula 1). Tabela 1: Distâncias em cm da base até as bandas. Eluente/Amostra FLC ACT ACR Hexano Não foi observado Não foi observado _ Clorofórmio 5 3,8 _ Etanol 3,1 Não foi observado _ Hexano 60% + Acetato 40% 0,4 _ 3,5 Acetona 2 _ 4,3 Acetato de Etila 1,1 _ 3,6 Fórmula 1: fator de retenção (Rf) Rf =Dc/Ds Onde: Rf : fator de retenção Dc: distância percorrida pela amostra Ds: distância percorrida pelo eluente Os valores de Rf encontrados podem ser vistos nas tabelas abaixo 2 e 3.
  • 6. Tabela 2: Valores de Rf para os solventes da etapa 1 Amostra/Eluente Hexano Clorofórmio Etanol FLC Não obteve 0,94 0,56 ACT Não obteve 0,71 Não obteve Tabela 3: Valores de Rf para solventes da etapa 2 Amostra/eluente Hexano 60% + Acetato 40% Acetona Acetato de etila FLC 0,07 0,36 0,20 ACR 0,66 0,78 0,67 Através das tabelas, vemos que alguns solventes não conseguiram eluir nenhuma substância, tendo como causa as interações entre a fase sólida e os componentes da mistura/eluente, ou pela pureza dos componentes da mistura que estavam em concentrações tão baixas que não foi possível a visualização da banda na placa de CCD. Analisando primeiramente os valores da primeira etapa com as amostras de FLC e ACT (tabela 2), temos que o Rf apresenta resultados iguais para o hexano (tabela 2), não ocorrendo eluição com nenhuma das amostras, havendo um crescimento dos valores de retenção no clorofórmio que também é solvente apolar, porém, mais polar do que o hexano. O fato das amostras não correrem bem no hexano pode ter sido também por causa da sua concentração, isso será explicado melhor na discussão da segunda etapa do experimento. Como as duas amostras foram bem carreadas em clorofórmio, isso evidencia que as amostras carreadas são mais polares. No etanol, o Rf da amostra de FLC se mostrou bem próximo do ideal (0,50) resultando em 0,56, isso acontece porque a molécula do etanol possui uma parte apolar e uma extremidade polar, o grupo OH. Na amostra de ACT não foi observado nenhuma eluição, talvez por alterações na amostra ou por não haver interações intermoleculares. Também podemos dizer que as interações intermoleculares entre as amostras e a fase sólida é fracamente polar, havendo ligações fracas como as de Van der Waals. Vemos logo após, uma alta eluência (conforme a tabela 2) para o solvente clorofórmio, que é apolar, mas possui uma polaridade mais alta quando comparada com o hexano.
  • 7. Após, temos a segunda etapa do experimento utilizando outros solventes. Com a mistura dos solventes Acetato 40% e Hexano 60%, que teve uma pequena eluição da amostra de FLC (0,07) estando bem abaixo dos valores ideais de Rf (0,50). Já para ACR, utilizado em substituição do ACT que apresentou problemas para eluir nos solventes anteriores, o Rf apresentou-se bem próximo do ideal (0,50), obtendo um valor de 0,66. Com a acetona, o ACR apresentou uma grande eluição demonstrando ser uma amostra polar, já na amostra de FLC não eluiu tanto, obtendo um Rf de 0,36. Com acetato de etila que possui uma polaridade menor que a acetona as eluições apresentaram um valor ainda menor de 0,67 para o ACR e 0,20 para o FLC. Analisando as estruturas das moléculas das amostras podemos ver que a Acetanilida possui um grupamento amida e uma carbonila, ambos grupos bastante polares, e a fluoresceína, que mostram em suas estruturas funções álcool e amina, além da carbonila que tem o seu caráter polar. A 4- Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR), pelos mesmos motivos da Acetanilida (ACT) é uma estrutura bastante polar. Figura : Acetanilida (ACT) Figura : Fluoresceína (FLC) Figura : 4-Carboximetil-(9)10H-acridinona (ACR) Esses grupamentos se ligam as moléculas de sílica da fase sólida e formam ligações polares, de modo que o hexano não consegue eluir as amostras em que o eluente conseguiu retirar toda a mistura retida na fase estacionária da placa de CCD.
  • 8. 3.2.Observações FIGURA 1: as revelações da cromatografia foram feitas em câmara escura com luz ultravioleta (UV), onde foi possível visualizar as amostras que possuem grupos cromóforos capazes de exibirem fluorescência. FIGURA 2: primeira CCD realizada com as amostras FLC e ACT, nos solventes hexano, clorofórmio e etanol, respectivamente. FIGURA 3: segunda CCD realizada com as amostras FLC e ACR, nos solventes acetona, hexano a 40% e acetato a 60% e acetato de etila, respectivamente. 4. Conclusão. A partir do experimento pode-se observar que os compostos polares estavam presentes em ambas as amostras testadas, havendo um deslocamento da amostra por diferença de polaridade em relação aos solventes, evidenciado nas imagens acima. Pode-se perceber que o hexano não é um solvente adequado para ser feita a técnica com essas amostras, já que não houve deslocamento das amostras aplicadas. A técnica de cromatografia em camada delgada foi então eficaz para se alcançar os objetivos, e se mostrou bastante simples em sua execução.
  • 9. 5 Bibliografia. ANDRIĆ, F., et al. Linear modeling of the soil-water partition coefficient normalized to organic carbon content by reversed-phase thin-layer chromatography. Journal of Chromatography A, p 136- 144, jun 2016 DEGANI, A. L. G., CASS, Q. B., VIEIRA, P. C. Cromatografia um breve ensaio. Quimica Nova na Escola, no. 7, p 21-25, 1998. MERCK. Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ. 2015. Disponível em: <www.merckgroup.com>. Acesso em: 07 nov 2017. SIGMA-ALDRICH . FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA. 2011. Disponível em: <sigma-aldrich.com>. Acesso em: 07 nov 2017. CRUZ, Oswaldo. ÁLCOOL ETÍLICO. 2003. Disponível em: <https://www.oswaldocruz.br/download/fichas/%C3%81lcool%20et%C3%ADlico2003.pdf>. Acesso em: 07 nov 2017. QUIMIDROL. FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO. 2011. Disponível em: < http://www.hcrp.fmrp.usp.br/sitehc/fispq/Hexano.pdf>. Acesso em: 07 nov 2017. CETESP. Ficha de informação de produto químico. Disponível em: <http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=ACETONA>. Acesso em: 07 nov 2017. CETESP. Ficha de informação de produto químico. Disponível em: < http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=ACETATO%20DE%20ETILA>. Acesso em: 07 nov 2017. QUIMIDROL. FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO. 2011. Disponível em: <http://www.quimidrol.com.br/media/blfa_files/Cloroformio_3.pdf>. Acesso em: 07 nov 2017.