O documento descreve as características das paisagens rurais e urbanas e do modo de vida no campo e na cidade. Também aborda as relações de complementaridade entre o campo e a cidade, a evolução da população urbana e os principais problemas das cidades.

1. ÁREAS DE
FIXAÇÃO HUMANA
Prof. Carla Pereira

2. Paisagem Rural

3. Paisagens Urbanas

4. Viver no Campo ou na Cidade
Características
Paisagem Rural Paisagem Urbana
•Edifícios mais ou menos dispersos de
1 ou 2 andares, constituindo aldeias;
•Predomínio das actividades ligadas à
natureza, como a agricultura, a
pecuária e exploração florestal;
•Aproveitamento turístico de alguns
lugares;
•Localização de algumas indústrias.
•Edifícios de vários andares;
•Ruas que se cruzam em várias
direcções;
•Praças para onde convergem várias
ruas;
•Forte concentração e diversidade de
actividades ligadas à indústria,
comércio e serviços.

5. Modo de vida: é o conjunto de hábitos que caracteriza as diferentes áreas da vida de um indivíduo.
Modo de vida em…
Meio Rural Meio Urbano
As deslocações são curtas e rápidas. A mobilidade é maior mas os percursos são
longos e mais demorados.
Há pouca poluição. O ambiente é tranquilo e
agradável.
A poluição é intensa.
O ritmo de vida é calmo. O ritmo de vida é frenético.
As pessoas conhecem-se e ajudam-se
mutuamente, caso necessitem.
As pessoas pouco se conhecem e resolvem
os problemas por si. As relações entre elas
são pouco familiares.
Dá-se valor à tradição. A tradição perde importância.
Dá-se valor ao que é moderno.
Há uma grande diversidade de hábitos.
Prevalecem ocupações com horários de
trabalho flexíveis.
Predominam ocupações com horários de
trabalho rígidos.
É mínima a oferta de actividades para ocupar
os tempos livres.
É elevada e variada a oferta de atividades para
ocupar os tempos livres.

6. Relações de complementaridade: trocas entre as áreas que oferecem bens ou
serviços diferentes.
CIDADE
CAMPO
A cidade oferece ao campo:
Serviços de apoio à atividade
agrícola (bancos, seguros, …);
Serviços de apoio à
população rural (hospitais,
escolas, assistência técnica);
Comércio variado e
especializado;
Divulgação cultural (livros,
jornais, …).
O campo oferece à cidade:
Produtos alimentares;
Mão-de-obra;
Lazer e recreio.

7. Cidade
Esta é a cidade, é bela.
É formigueiro que se agita,
Se esgueira, treme, crepita, ziguezagueia e flutua.
Aperfeiçoa a focagem,
Olho imagem por imagem.
Numa comoção crescente.
Enchem-se-me os olhos de água.
Tanto sonho! Tanta gente!
São automóveis, lambretas,
Motos, vespas, bicicletas,
Carros, carrinhas, carretas,
Sempre mais gente
Num tumulto permanente
Que não cansa nem descansa,
Num rio que o mar se lança
Em caudalosa corrente.
Tanto sonho! Tanta esperança!
Tanta mágoa! Tanta gente!
António Gedeão – Poesias Completas

8. TAXA DE URBANIZAÇÃO
Taxa de Urbanização: corresponde à percentagem de
pessoas que reside em áreas urbanas em relação à
população total.
População Urbana
População Total
TU = X 100

9. EXERCÍCIOS:
TENDO EM CONTA OS DADOS DA TABELA, CALCULA A TAXA DE
URBANIZAÇÃO DE CADA PAÍS.
País A B C
Pop. Absoluta 11 456 794 456 100 000 1 232 456 000
Pop. Urbana 9 657 345 400 342 987 879 076 897
T. Urbanização

10. Cidades – são aglomerações populacionais de grande
dimensão, onde a população trabalha nos serviços e no
comércio.

11. AS CIDADES E O SEU PODER DE ATRAÇÃO
• A cidade tem grande capacidade de atração sobre a
população e as atividades pois aqui encontram
diversidade de serviços e bens, melhores e mais
oportunidades de emprego, maior qualidade de vida,
melhores acessos para outras regiões e outras
atividades e serviços de suporte à atividade
económica.

12. EVOLUÇÃODAPOPULAÇÃOURBANA

13. FATORES DE CRESCIMENTO NAS CIDADES –
PAÍSES DESENVOLVIDOS
O fenómeno de urbanização intensificou-se a partir de
meados do século XVIII devido à revolução industrial que
contribuiu para:
 a concentração da indústria, o desenvolvimento do
comércio e dos transportes, disponibilizando maior número
de ofertas de emprego na cidade;
 a mecanização da agricultura que libertou muita mão-de-
obra, dando origem ao desemprego e ao êxodo rural.

14. FATORES DE CRESCIMENTO LENTO NOS PD
A urbanização nos PD apresenta um menor ritmo de
crescimento devido:
 à deslocação da população para as periferias
urbanas ou áreas rurais (suburbanização) pois as
habitações nas cidades são caras e a rede de
transportes facilita os movimentos pendulares;
 ao baixo crescimento natural da população urbana.

15. FATORES DE CRESCIMENTO DAS CIDADES-
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
O processo de urbanização é mais recente devido ao:
• êxodo rural muito intenso, provocado pela pobreza e
pelas guerras;
• elevado crescimento natural da população urbana
em resultado das elevadas taxas de natalidade.

16. AS MAIORES AGLOMERAÇÕES URBANAS

18. O valor do solo diminui com o
aumento da distância ao centro
da cidade. A área mais central e,
portanto, a de maior
acessibilidade é geralmente a
mais cara.
Nos últimos anos temos presenciado o fenómeno de suburbanização (a invasão
progressiva e contínua do espaço rural em redor das cidades), devido:
Ao desenvolvimento dos transportes;
Ao elevado custo do solo no interior da cidade;
À existência de vastas áreas desocupadas na periferia.

19. MEGALÓPOLES
• Quando os subúrbios das várias cidades se aglutinam e
formam uma extensa área urbanizada contínua
denominam-se megalópolis. Atualmente identificam-se
sete megalópoles.
• Megalópoles – extensa área urbanizada constituída
por várias cidades e/ou áreas metropolitanas que
ocupam o espaço de forma contínua.

20. Megalópole Bos-Wash
Principais cidades: Boston,
Nova York-Nova Jersey,
Filadélfia, Baltimore e
Washington.
Megalópole
Chipitts
Principais cidades:
Chicago, Pittsburgh.
Megalópole San-San
Principais cidades:
São Francisco, São
Diego, Los Angeles.
Megalópole
São Paulo a
Rio de
Janeiro.
Megalópole
Tokaido
Principais Cidades:
Tóquio, Yokohama,
Osaka, Nagoya, Kobe
e Kioto.
Megalópole
chinesa
Principais cidades:
Seul, Xangai,
Pequim, Hong Kong,
Singapura
Megalópole Renana
Principais cidades: Amesterdão,
Dusseldorf, Colónia, Bona e
Estugarda e que se estende até ao
norte da Itália (Milão, Turim e
Génova)

21. • Área Metropolitana – área urbanizada resultante da junção de
vários aglomerados urbanos ou não urbanos. Ex: Áreas
Metropolitanas de Lisboa ou do Porto.

22. FASES DE CRESCIMENTO DAS CIDADES

24. As cidades da Península Ibérica

26. A população urbana (1950-2000)
e as maiores cidades do Mundo, em 2000 e previsão para 2015.
Fonte: Atlas National Geographic, Volume 11, “A Terra – O Universo”, RBA, 2005.

27. A ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DAS CIDADES
• O espaço urbano apresenta uma diversidade de
atividades económicas que podem ser classificadas e
ordenadas, determinando a principal função urbana
da cidade.
• Assim, as cidades podem destacar-se pela função
que lhes é mais importante ou em que se especializou
como a função cultural/patrimonial/histórica, a
industrial, a político-administrativa, a comercial, a
turística, a religiosa e a residencial.

28. Funções Urbanas:
• Político-administrativa – representada pelos ministérios, câmaras
municipais ou juntas de freguesia;
• Económica/Financeira – agrupa atividades como grandes
empresas financeiras, indústrias, bancos, seguros, transportadoras,
estabelecimentos comerciais;
• Cultural/Educativa – reúne centros de investigação científica e
tecnológica, teatros, universidades;
• Religiosa – engloba locais de culto como igrejas e mesquitas;
• Recreativa – está representada pelas áreas de lazer como
cinemas e centros desportivos;
• Residencial – as habitações ocupam uma fatia importante do
espaço urbano.

29. CULTURAL/EDUCATIVA
Coimbra

30. RELIGIOSA
Fátima

31. INDUSTRIAL
Barreiro

32. TURÍSTICA
Albufeira

33. POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Lisboa

34. Organização do Espaço Urbano / Estrutura das Áreas Urbanas
Áreas Funcionais – espaços em que predomina um determinado tipo de função urbana.
Áreas funcionais de uma cidade:
Centro, CBD ou Baixa:
•Forte acessibilidade;
•Forte concentração das atividades do setor terciário (comércio e serviços);
•Forte concentração de população flutuante;
•Fraca concentração de população residente;
•Edifícios majestosos e imponentes;
•Preço do solo muito elevado.
Áreas residenciais:
Espaços onde se encontram edifícios de habitação e que apresentam grandes contrastes
entre si.
Áreas industriais:
Espaços situados na periferia com infraestruturas destinadas à implantação de fábricas e
armazéns.
Áreas comerciais:

35. MORFOLOGIA URBANA
Planta Urbana: representação com grande pormenor das ruas de uma
cidade.
Diferentes Tipos de Plantas
1) Irregular:
-ruas estreitas e sinuosas, tipo labirinto;
-becos sem saída;
-ausência de planeamento;
- típica das cidades muçulmanas do Norte de África e do Médio Oriente.

37. 2) Radioconcêntrica:
-ruas circulares e radiais à volta de um centro, que pode ser um castelo,
rotunda, praça, igreja, mercado;
- típica de cidades medievais.

38. 3) Ortogonal:
- ruas traçadas geometricamente, perpendiculares umas às outras;
- é típica das cidades novas da América do Norte.

42. Grandes Cidades, Grandes Problemas

43. Problemas Urbanos:
• A falta de habitação e a existência de algumas áreas residenciais
degradadas;
• A falta e/ou a sobrelotação de muitos equipamentos (hospitais, escolas,
…);
• Os congestionamentos de tráfego e a falta de lugares de estacionamento
para as viaturas;
• A poluição atmosférica e a poluição sonora provocada pelos transportes e
pelas indústrias localizadas na periferia;
• A recolha e o tratamento das águas residuais domésticas e dos resíduos
sólidos;
• A falta de espaços verdes;
• Os problemas sociais: desemprego, toxicodependência, prostituição,
criminalidade, racismo, xenofobia…

44. Algumas possíveis soluções para os problemas urbanos:
• Planeamento urbano que estabeleça normas para a expansão urbana,
definindo a localização dos espaços verdes, áreas residenciais,
industriais, comerciais, de lazer, …
• Promover o combate à poluição através do tratamento dos lixos,
construção de ETAR’s , filtros nas chaminés das fábricas, …
• Realojamento das populações que vivem em bairros de lata;
• Melhoria na rede de transportes públicos;
• Ampliação de parques de estacionamento na entrada das cidades, o que
associado a uma boa rede de transportes coletivos diminui o número de
automóveis.