O documento discute a produção de petróleo no pré-sal brasileiro, os planos da Petrobras para aumentar a produção até 2017, e como o governo brasileiro tem ajudado a financiar esses esforços, incluindo aumentar sua participação acionária na Petrobras em troca de direitos de petróleo no pré-sal.
Produção de petróleo do pré-sal e distribuição de royalties
1. André Borba Mondo
Arthur de Carvalho
Maicon Francisco
Marconi Borba Mondo
2. Estimativa de produção
Para elevar o país a uma nova posição de destaque no ranking
dos grandes produtores, já estão promovendo adaptações da
tecnologia e da logística para a extração. A meta é alcançar, em
2017, produção diária superior a 1 milhão de barris de óleo nas
áreas do Pré-Sal, operadas.
3. E a conta da extração, quem paga?
Os acionistas da Petrobras , inclusive o governo brasileiro!
A Petrobras adquiriu uma dívida de 34% do seu patrimônio,
emprestando dinheiro para realizar seus investimentos. A
impossibilidade emprestar dinheiro, arruinou seus planos de
investir mais US$ 224 bilhões até 2014. Só sobrava uma
opção: criar novas ações e ver se investidores se
interessariam. Deu certo. No dia 30 de setembro,
a Petrobras subiu de 21ª para 4ª maior empresa do mundo.
4. Mas quando uma empresa emite ações, os papéis que os
acionistas possuíam passam a representar uma porcentagem
menor do novo total. E tudo o que o governo não queria é
perder seu espaço, então foi às compras. Sem dinheiro no
cofre, ele usou outra moeda: petróleo do pré-sal. Cedeu
à Petrobras 5 bilhões de barris ainda debaixo da terra, e, em
troca, aumentou sua participação de 40% para 48% das
ações. Por seu lado, a Petrobras pagou US$ 8,51 por barril.
Quando a empresa extraí-lo, vai valer mais - hoje, passa de
US$ 80. Mesmo assim, isso custou à estatal R$ 74,88 bilhões,
grana em parte emprestada do BNDES, por sua vez vinda da
emissão de títulos do Tesouro. Ou seja, o governo pagou
parte da conta.
5. E os tais royalties?
Para ter direito de explorar o petróleo, tem que pagar
royalties.
Distribuição dos royalties
30%: União;
26,25%: estados produtores;
26,25%: municípios produtores;
8,75%: municípios atingidos pelo transporte do petróleo;
8,75%: demais estados e municípios.
Mas alguns deputados de estados não produtores
propuseram distribuir os royalties para todos - o que tiraria
R$ 8 bilhões do Rio. Isso, claro, engatilhou uma guerra entre
estados. O Congresso já aprovou a mudança, mas até o
fechamento
6. Como partilham o petróleo do...
Pós-sal - Nos campos do pós-sal, a empresa que
achar petróleo decide o que fazer com ele, pode explorar
óleo a empresa que comprar uma concessão, devido ao risco
de investir horrores em prospecção e não achar nada
Pré-sal - Já no pré-sal o governo controla a venda do óleo e
favorece a Petrobras, pois o risco de não achar óleo no pré-
sal é baixo, o governo mudou a regra: ganha o direito quem
oferecer mais lucro à União. O contrato pode ser
exclusivamente com a Petrobras. Se houver a participação
de outras petroleiras, a estatal fica com a operação e uma
participação de pelo menos 30% do consórcio.
Mesmo depois de extraído, o petróleo ainda pertence à
União. Depois de vender o óleo, a estatal Pré-
Sal Petróleo divide a grana entre União e petroleiras.
7. O que fazer com o lucro?
Soa estranho, mas o melhor é tirar o dinheiro do Brasil. A
exportação de petróleo inundaria o país de dólares, o que
explodiria o valor do real. Ficaria então mais barato comprar
produtos importados que os daqui. Isso levaria a indústria
nacional à falência e aumentaria o desemprego. Então o
beneficio do pré-sal seria gasto curar os problemas sociais
que ele mesmo criou, é a chamada doença holandesa -
batizada assim em referencia a Holanda na década de 1970,
quando a exportação de gás minou sua economia. Como
solução o Brasil vai criar o "Fundo Social".