Este documento descreve como a sociedade portuguesa se tornou mais aberta e pluralista ao longo do tempo devido à emigração, imigração e descolonização. Durante o regime de Salazar, Portugal era uma sociedade fechada e controlada, mas nos anos 60 começou a abrir-se à influência externa através do turismo. Mais tarde, a emigração, guerras coloniais, e revolução de 1974 trouxeram contato com outras culturas. Atualmente, há centenas de milhares de imigrantes de todo o mundo
1. ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA
Portugal, um retrato social
“Nós e os outros”
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Por Albertina Maria Seroido Branco Lima – N.º 1 – TAV – 1º Ano - Disciplina CLC.7 (2)
Durante o período salazarista, os portugueses viviam
numa sociedade fechada, conhecia-se muito pouco do que
se passava nos outros países e raramente se viajava.
Praticava-se uma só religião – a católica – e os partidos
políticos eram proibidos pelo governo.
Os livros, filmes, teatro e música eram submetidos à
censura. A imprensa e a televisão eram controladas. A
polícia podia escutar os telefones e abrir a correspondência,
sendo o povo controlado ao ponto de se sentir sufocado.
Existiam preconceitos terríveis, nomeadamente a nível dos
afetos, não sendo permitidas quaisquer manifestações
públicas.
Vivia-se num clima de medo!
Nos anos 60, a sociedade portuguesa sofreu diversas mudanças, nomeadamente um
acentuado crescimento económico, começando os portugueses a desejar mais do que
conheciam até então.
Começou-se a conhecer mais dos outros países, através dos turistas estrangeiros que
começaram a vir para Portugal, trazendo novas ideias, novos costumes e comportamentos,
nomeadamente o uso de biquínis e a demonstração de afetos em público, sendo estes
procedimentos um modo de ver o mundo lá fora.
Os portugueses começaram também
a emigrar para o estrangeiro (mais de
um milhão e meio), sendo que
muitos deles emigravam
clandestinamente.
Os trabalhos que iam desempenhar,
na grande maioria, eram de baixo
prestígio social, pouco exigentes em
termos de qualificação profissional,
de grande esforço físico e mal
remunerados, embora superiores aos salários portugueses.
Da emigração resultou uma vida melhor para as famílias mais pobres e quando vinham de
férias já não eram as mesmas pessoas, pois tinham vivido outras vivências.
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A guerra no ultramar também originou uma grande mudança na sociedade portuguesa, onde
cerca de um milhão de homens passaram pelo serviço militar, abrindo-se perspetivas a
milhares de jovens que aprenderam ofícios e a conduzir, colocando-os ainda em contacto com
outras sociedades mais evoluídas, como Luanda e Lourenço Marques.
No período pós-revolução de
Abril, a imigração tornou a
sociedade portuguesa uma
sociedade plural, aberta às
ideias que chegaram do mundo
inteiro.
Com a descolonização em 1975,
cerca de 600 mil portugueses
(muitos já nascidos em Africa)
vêm para Portugal que, depois
de algumas dificuldades,
conseguem integrar-se na
sociedade sem conflitos.
Nos anos 80, brasileiros e africanos dos novos países de língua portuguesa, começam a vir para
Portugal, para trabalhar.
Nos anos 90, devido ao fim da União Soviética, começam a chegar pessoas dos países de leste
(russos ucranianos e romenos), também para trabalhar em Portugal, sendo mais qualificados
que os portugueses, sujeitando-se a fazer qualquer trabalho.
Também milhares de asiáticos chegam ao nosso país, sendo notável através do comércio
chinês, visível um pouco por toda a parte.
Outros europeus, principalmente espanhóis, ligados a empresas estrangeiras, também se
encontram hoje em Portugal, sendo hoje o nosso país composto por muitas pessoas oriundas
de outras partes do mundo.
Centenas de milhares de estrangeiros vivem e trabalham no meio dos portugueses, os quais
trouxeram ao nosso país novas culturas, religiões, maneiras de ser, pensar e de estar.
A chegada dos imigrantes a Portugal foi positiva para a economia portuguesa, tendo este
fenómeno aumentado a produção. Os imigrantes substituíram os portugueses nos trabalhos
mais duros, contudo devido à crise começa a surgir o preconceito.
Outro problema é a questão dos imigrantes que não se encontram legalizados, que apenas
conseguem trabalhos ilegais, trabalhos esses que não fazem crescer a economia.
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Estando ilegais, vivem normalmente em casas clandestinas, e se estas comunidades vivem
agrupadas, pode este facto constituir uma fonte de problemas e conflitos, uma vez que se
sentem marginalizadas, perdendo as novas gerações a sua identidade.
Na minha opinião, a imigração em Portugal poderá passar por duas vertentes: uma positiva,
outra menos positiva, pois não lhe quero chamar negativa…
A positiva é permitir a possibilidade de uma sociedade aberta, com diversas culturas e
costumes, através da convivência com povos estrangeiros, onde a aprendizagem é uma
constante!
A menos positiva, e porque o país se encontra a viver numa crise profunda, é a ocupação dos
postos de trabalho pelos imigrantes, que poderiam pertencer aos portugueses que se
encontram desempregados…
Contudo, na minha opinião, a imigração é uma mais-valia para a sociedade portuguesa!
Bibliografia/Webgrafia
http://www.youtube.com/watch?v=hF-ykNnJg2M