SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do
Documento
PROCEDIMENTO / ROTINA
POP.UTI.020- Página 1/5
Título do
Documento
Assistência de Enfermagem ao RN
submetido à cateterismo vesical
Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão:
29/07/2022
Versão: 2.0
1. OBJETIVOS
Padronizar o Cateterismo vesical entre os membros da equipe de enfermagem afim
de promover uma assistência mais qualificada ao paciente neonatal.
2. MATERIAL
 Luva estéril
 Luvas de procedimento
 Campo estéril
 Gaze estéril
 Xilocaína gel
 Solução anti-séptica para a limpeza periuretral
 Bolsa coletora
 Recipiente estéril para cultura
 Água destilada
 Agulha 40x12
 Seringa de 5 ou 10cc
 Fita adesiva
 Sonda vesical de silicone (Foley nº 6,8,10, 12 / Polivinila nº4 ou 6)
3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
O Cateterismo Vesical consiste na introdução de um cateter estéril via uretral até a
bexiga para esvaziamento e controle da diurese, com finalidade de promover a drenagem urinária,
realizar o controle rigoroso do débito urinário e preparar o paciente para procedimentos cirúrgicos.
A sondagem Vesical pode ser de dois tipos:
- Sondagem Vesical de Demora (SVD) – O cateter permanece no trato urinário e é conectado a uma
bolsa coletora, ficando por tempo indeterminado no paciente, condicionada a avaliação da
necessidade de permanência se faz a troca ou retirada. A SVD tem indicação bastante restrita, deve
ser evitada sempre que possível e deve ser removida assim que puder. Este procedimento precisa
de técnica asséptica permitindo a criação de ambientes estéril, com a finalidade de evitar o risco de
infecções.
- Sondagem Vesical de Alívio (SVA) – Consiste de uma cateterização vesical para esvaziar de forma
imediata a bexiga, injetar medicamento ou colher urina estéril para exame, após o procedimento, o
cateter é retirado e desprezado. Procedimento que deve ser realizado com técnica asséptica e em
situações especiais.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do
Documento
PROCEDIMENTO / ROTINA
POP.UTI.020- Página 2/5
Título do
Documento
Assistência de Enfermagem ao RN
submetido à cateterismo vesical
Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão:
29/07/2022
Versão: 2.0
3.1. Responsabilidade
1. Enfermeiros
3.2. Descrição das atividades
Conferir a prescrição médica;
Lavar as mãos;
Reunir o material e levar até a incubadora ou berço aquecido;
Posicionar o RN da maneira mais confortável para o RN e propício ao procedimento
Abrir a fralda deixando-a embaixo do recém-nato, se o RN for do sexo feminino posicionar uma
compressa estéril abaixo do RN para a elevação do quadril e melhor visualização do óstio uretral;
Calçar luvas de procedimento e realizar a higiene perineal com sabão específico;
Retirar luvas de procedimento e higienizar as mãos;
Abrir a bandeja de cateterismo e adicionar os materiais descartáveis (SVD: sonda de
Foley, seringas, agulhas, gaze estéril e sistema coletor fechado/ SVA: sonda uretral, gaze estéril,
bolsa coletora de baixa permanência) dentro da técnica asséptica;
Colocar a clorexidina aquosa na cúpula;
Calçar luvas estéreis;
Pedir para o técnico de enfermagem abrir a ampola de AD, aspirar e testar o balão da
sonda, infundindo o volume recomendado pelo fabricante (caso seja SVD);
Lubrificar a sonda com xilocaína gel ou água destilada e deixa-la posicionada no
campo estéril;
Umedecer gazes ou algodão em clorexidina aquosa com auxílio de pinça e fazer
antissepsia do períneo; utilizar uma gaze para cada movimento;
Realizar antissepsia do meato uretral:
MENINAS: com a mão não dominante, separar as pregas dos grandes lábios e manter
a posição ao longo do procedimento. Usando pinça na mão dominante esterilizada, pegar gazes
estéreis com solução antisséptica e limpar a área do períneo, limpando da frente para trás do clitóris
na direção do ânus. Com uma nova gaze para cada área, limpar ao longo da dobra dos grandes
lábios, perto da dobra dos grandes lábios e diretamente sobre o centro do meato uretral.
MENINOS: recolher o prepúcio com a mão não dominante, segurar o pênis abaixo da
glande. Manter a mão não dominante na posição ao longo do procedimento. Com a mão dominante,
pegar uma gaze com a pinça e limpar o pênis. Fazer movimento circular de dentro para fora.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do
Documento
PROCEDIMENTO / ROTINA
POP.UTI.020- Página 3/5
Título do
Documento
Assistência de Enfermagem ao RN
submetido à cateterismo vesical
Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão:
29/07/2022
Versão: 2.0
Segurar a ponta da sonda lubrificada e introduzir delicadamente no meato uretral
ligeiramente inclinada para baixo, devido à anatomia da uretra feminina ser em forma C, e a parte
inferior do C representar o meato. Manter a extremidade distal dentro da bolsa coletora até o
aparecimento de urina;
Introduzir 5 cm após aparecimento da urina;
Em SVD Insuflar o balão com água destilada, conforme volume do fabricante e
tracionar levemente até sentir resistência;
Adaptar a sonda de Foley ao coletor de urina sistema fechado, sem contaminar;
Observar se realmente está encaixado, para evitar desconexão acidental;
Fixar sonda na região supra púbica com fita adesiva ou fixador de sonda;
Deixar a criança confortável;
Lavar as mãos;
Encaminhar o material utilizado ao expurgo;
Retirar luvas e higienizar as mãos;
Checar o procedimento;
Realizar as anotações de enfermagem no prontuário;
OBS.: Na sondagem de alívio, o procedimento será semelhante, mas sonda é de
polivinil/silicone e não há balão para insuflar, pois será retirada logo que acabe a drenagem da urina.
3.3. Indicações:
 Cirurgias reparadoras de uretras e estruturas adjacentes
 Bexigoma
 Incontinência urinária
 Exames
 Mensuração da produção urinária
 Aliviar retenção urinária aguda ou crônica
 Drenar a urina dos períodos pré e pós-operatório.
 Determinar a quantidade de urina residual depois de urinar
 Irrigação de bexiga
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do
Documento
PROCEDIMENTO / ROTINA
POP.UTI.020- Página 4/5
Título do
Documento
Assistência de Enfermagem ao RN
submetido à cateterismo vesical
Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão:
29/07/2022
Versão: 2.0
3.4. Contraindicações:
 Avaliar as restrições relacionadas ao RN.
4. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2.
ed. atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 4 v. : il.
COREN DF. Parecer nº 004/2011. É atribuição de qual profissional de enfermagem a inserção de
sonda vesical de demora ou intermitente/alívio no ambiente hospitalar/extra-hospitalar? Brasília,
2011.
Procedimento Operacional Padrão. Prevenção de infecção hospitalar associada a cateter vesical.
UERJ/HUPE /CCIH, 2011.
Procedimento Operacional Padrão. Cateterismo vesical em recém-nascido. UERJ/HUPE/UTI
neonatal, 2011
Procedimento Operacional Padrão. Cateterismo vesical de alívio. HUGG/UTI neonatal, 2018
POTTER , Perry. Fundamentos de Enfermagem. 8ª. Ed. Elsevier LTDA: Rio de janeiro,2010.
5. HISTÓRICO DE REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO
1.0 13/03/2017
Elaboração do procedimento/rotina Assistência de
Enfermagem ao RN submetido a Intubação Traqueal na
Unidade de Cuidados Intensivos e Semi-intensivos.
2.0 29/07/2020
Trata-se da adequação ao novo modelo de elaboração e
controle de documentos institucionais da EBSERH.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do
Documento
PROCEDIMENTO / ROTINA
POP.UTI.020- Página 5/5
Título do
Documento
Assistência de Enfermagem ao RN
submetido à cateterismo vesical
Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão:
29/07/2022
Versão: 2.0

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticosAula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticosSMS - Petrópolis
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSAADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSAIthallo Alves
 
Carro de Emergência
Carro de EmergênciaCarro de Emergência
Carro de Emergênciaresenfe2013
 
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...angelitamelo
 
AULA COMPLETA 2 POSICIONAMENTO CIRURGICO.pptx
AULA COMPLETA 2 POSICIONAMENTO CIRURGICO.pptxAULA COMPLETA 2 POSICIONAMENTO CIRURGICO.pptx
AULA COMPLETA 2 POSICIONAMENTO CIRURGICO.pptxMarcioCruz62
 
Recomendações de Segurança na Administração de Injetáveis
Recomendações de Segurança na Administração de InjetáveisRecomendações de Segurança na Administração de Injetáveis
Recomendações de Segurança na Administração de InjetáveisFernando Barroso
 
Terminologia hospitalar
Terminologia hospitalarTerminologia hospitalar
Terminologia hospitalarMirelle Araujo
 
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da SaúdeEstratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da SaúdeRobson Peixoto
 
Carrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaCarrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaandrei caldas
 
AULA+SEÇÃO+2.2+Sondagem+gástrica+e+nasoenteral.pdf
AULA+SEÇÃO+2.2+Sondagem+gástrica+e+nasoenteral.pdfAULA+SEÇÃO+2.2+Sondagem+gástrica+e+nasoenteral.pdf
AULA+SEÇÃO+2.2+Sondagem+gástrica+e+nasoenteral.pdfIngredMariano1
 
Melhorar a segurança no uso de medicação - Tópico 11_Guia Curricular da OMS
Melhorar a segurança no uso de medicação - Tópico 11_Guia Curricular da OMSMelhorar a segurança no uso de medicação - Tópico 11_Guia Curricular da OMS
Melhorar a segurança no uso de medicação - Tópico 11_Guia Curricular da OMSProqualis
 

Mais procurados (20)

Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticosAula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
Aula de Artigos críticos, semi críticos e não críticos
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSAADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA
 
AULA 1 CURATIVOS.pdf
AULA 1 CURATIVOS.pdfAULA 1 CURATIVOS.pdf
AULA 1 CURATIVOS.pdf
 
Carro de Emergência
Carro de EmergênciaCarro de Emergência
Carro de Emergência
 
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
 
AULA COMPLETA 2 POSICIONAMENTO CIRURGICO.pptx
AULA COMPLETA 2 POSICIONAMENTO CIRURGICO.pptxAULA COMPLETA 2 POSICIONAMENTO CIRURGICO.pptx
AULA COMPLETA 2 POSICIONAMENTO CIRURGICO.pptx
 
Recomendações de Segurança na Administração de Injetáveis
Recomendações de Segurança na Administração de InjetáveisRecomendações de Segurança na Administração de Injetáveis
Recomendações de Segurança na Administração de Injetáveis
 
AULA UTI.pptx
AULA UTI.pptxAULA UTI.pptx
AULA UTI.pptx
 
Terminologia hospitalar
Terminologia hospitalarTerminologia hospitalar
Terminologia hospitalar
 
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da SaúdeEstratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
 
ESCALA DE BRADEN
ESCALA DE BRADENESCALA DE BRADEN
ESCALA DE BRADEN
 
Técnicas assépticas e Infecções
Técnicas assépticas e Infecções Técnicas assépticas e Infecções
Técnicas assépticas e Infecções
 
Carrinho de emergencia
Carrinho de emergenciaCarrinho de emergencia
Carrinho de emergencia
 
Treinamentos enfermagem_All Family_Home Care
Treinamentos enfermagem_All Family_Home CareTreinamentos enfermagem_All Family_Home Care
Treinamentos enfermagem_All Family_Home Care
 
Centro cirurgico
Centro cirurgicoCentro cirurgico
Centro cirurgico
 
Administração de medicamentos
Administração de medicamentosAdministração de medicamentos
Administração de medicamentos
 
Paciente internado
Paciente internadoPaciente internado
Paciente internado
 
AULA+SEÇÃO+2.2+Sondagem+gástrica+e+nasoenteral.pdf
AULA+SEÇÃO+2.2+Sondagem+gástrica+e+nasoenteral.pdfAULA+SEÇÃO+2.2+Sondagem+gástrica+e+nasoenteral.pdf
AULA+SEÇÃO+2.2+Sondagem+gástrica+e+nasoenteral.pdf
 
Melhorar a segurança no uso de medicação - Tópico 11_Guia Curricular da OMS
Melhorar a segurança no uso de medicação - Tópico 11_Guia Curricular da OMSMelhorar a segurança no uso de medicação - Tópico 11_Guia Curricular da OMS
Melhorar a segurança no uso de medicação - Tópico 11_Guia Curricular da OMS
 
Protocolo cirurgia-segura
Protocolo cirurgia-seguraProtocolo cirurgia-segura
Protocolo cirurgia-segura
 

Semelhante a Cateterismo vesical RN

Cateterismo vesical de_demora_masculino
Cateterismo vesical de_demora_masculinoCateterismo vesical de_demora_masculino
Cateterismo vesical de_demora_masculinoAgneldo Ferreira
 
Exames laboratoriais e sondagem vesical.pdf
Exames laboratoriais e sondagem vesical.pdfExames laboratoriais e sondagem vesical.pdf
Exames laboratoriais e sondagem vesical.pdfCASA
 
ADMINISTRAÇÃO DE DIETA PO.pptx
ADMINISTRAÇÃO DE DIETA PO.pptxADMINISTRAÇÃO DE DIETA PO.pptx
ADMINISTRAÇÃO DE DIETA PO.pptxssuser80ae40
 
Sondas_e_Drenos.pdf
Sondas_e_Drenos.pdfSondas_e_Drenos.pdf
Sondas_e_Drenos.pdfgizaraposo
 
Sondas_e_Drenos.pptx
Sondas_e_Drenos.pptxSondas_e_Drenos.pptx
Sondas_e_Drenos.pptxSemuso
 
Atuação do enfermeiro em unidade neonatal
Atuação do enfermeiro em unidade neonatalAtuação do enfermeiro em unidade neonatal
Atuação do enfermeiro em unidade neonatalDanielle Carneiro
 
sondagens-161017202010.pptxfffffffffffff
sondagens-161017202010.pptxfffffffffffffsondagens-161017202010.pptxfffffffffffff
sondagens-161017202010.pptxfffffffffffffBruceCosta5
 
Aulas 01 e 02 de Bases Fundamentais para Enfermagem - Prática.pdf
Aulas 01 e 02 de Bases Fundamentais para Enfermagem - Prática.pdfAulas 01 e 02 de Bases Fundamentais para Enfermagem - Prática.pdf
Aulas 01 e 02 de Bases Fundamentais para Enfermagem - Prática.pdfJohannesabreudeolive1
 
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptxNailBonfim
 
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem Campinas
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem   CampinasManual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem   Campinas
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem Campinasguest11ba4c
 
Administração de Sonda Vesical
Administração de Sonda VesicalAdministração de Sonda Vesical
Administração de Sonda Vesicalbrenda correa
 
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA HUMANA.pptx
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA HUMANA.pptxSEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA HUMANA.pptx
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA HUMANA.pptxGabriellyAndrade18
 

Semelhante a Cateterismo vesical RN (20)

Cateterismo vesical de_demora_masculino
Cateterismo vesical de_demora_masculinoCateterismo vesical de_demora_masculino
Cateterismo vesical de_demora_masculino
 
Exames laboratoriais e sondagem vesical.pdf
Exames laboratoriais e sondagem vesical.pdfExames laboratoriais e sondagem vesical.pdf
Exames laboratoriais e sondagem vesical.pdf
 
ADMINISTRAÇÃO DE DIETA PO.pptx
ADMINISTRAÇÃO DE DIETA PO.pptxADMINISTRAÇÃO DE DIETA PO.pptx
ADMINISTRAÇÃO DE DIETA PO.pptx
 
Sondas_e_Drenos.pdf
Sondas_e_Drenos.pdfSondas_e_Drenos.pdf
Sondas_e_Drenos.pdf
 
Sondas_e_Drenos.pptx
Sondas_e_Drenos.pptxSondas_e_Drenos.pptx
Sondas_e_Drenos.pptx
 
slide_modulo_6.pdf
slide_modulo_6.pdfslide_modulo_6.pdf
slide_modulo_6.pdf
 
Tipos de sondas
Tipos de sondasTipos de sondas
Tipos de sondas
 
Boas Práticas na Obtenção e Manutenção do Acesso Venoso Periférico em Pediatria
Boas Práticas na Obtenção e Manutenção do Acesso Venoso Periférico em PediatriaBoas Práticas na Obtenção e Manutenção do Acesso Venoso Periférico em Pediatria
Boas Práticas na Obtenção e Manutenção do Acesso Venoso Periférico em Pediatria
 
Atuação do enfermeiro em unidade neonatal
Atuação do enfermeiro em unidade neonatalAtuação do enfermeiro em unidade neonatal
Atuação do enfermeiro em unidade neonatal
 
sondagens-161017202010.pptxfffffffffffff
sondagens-161017202010.pptxfffffffffffffsondagens-161017202010.pptxfffffffffffff
sondagens-161017202010.pptxfffffffffffff
 
SONDAGENS E LAVAGENS
SONDAGENS E LAVAGENSSONDAGENS E LAVAGENS
SONDAGENS E LAVAGENS
 
Cateterismo vesical
Cateterismo vesicalCateterismo vesical
Cateterismo vesical
 
Cateterismo vesical
Cateterismo vesicalCateterismo vesical
Cateterismo vesical
 
Aulas 01 e 02 de Bases Fundamentais para Enfermagem - Prática.pdf
Aulas 01 e 02 de Bases Fundamentais para Enfermagem - Prática.pdfAulas 01 e 02 de Bases Fundamentais para Enfermagem - Prática.pdf
Aulas 01 e 02 de Bases Fundamentais para Enfermagem - Prática.pdf
 
1. sondagens
1. sondagens1. sondagens
1. sondagens
 
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
4º Aula Introdução de Enfermagem.pptx
 
Enf manual rotinas proc
Enf manual rotinas procEnf manual rotinas proc
Enf manual rotinas proc
 
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem Campinas
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem   CampinasManual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem   Campinas
Manual De Normas E Rotinas De Procedimentos Para A Enfermagem Campinas
 
Administração de Sonda Vesical
Administração de Sonda VesicalAdministração de Sonda Vesical
Administração de Sonda Vesical
 
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA HUMANA.pptx
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA HUMANA.pptxSEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA HUMANA.pptx
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA HUMANA.pptx
 

Último

preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaJoyceDamasio2
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 

Último (8)

preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 

Cateterismo vesical RN

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY Tipo do Documento PROCEDIMENTO / ROTINA POP.UTI.020- Página 1/5 Título do Documento Assistência de Enfermagem ao RN submetido à cateterismo vesical Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão: 29/07/2022 Versão: 2.0 1. OBJETIVOS Padronizar o Cateterismo vesical entre os membros da equipe de enfermagem afim de promover uma assistência mais qualificada ao paciente neonatal. 2. MATERIAL  Luva estéril  Luvas de procedimento  Campo estéril  Gaze estéril  Xilocaína gel  Solução anti-séptica para a limpeza periuretral  Bolsa coletora  Recipiente estéril para cultura  Água destilada  Agulha 40x12  Seringa de 5 ou 10cc  Fita adesiva  Sonda vesical de silicone (Foley nº 6,8,10, 12 / Polivinila nº4 ou 6) 3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS O Cateterismo Vesical consiste na introdução de um cateter estéril via uretral até a bexiga para esvaziamento e controle da diurese, com finalidade de promover a drenagem urinária, realizar o controle rigoroso do débito urinário e preparar o paciente para procedimentos cirúrgicos. A sondagem Vesical pode ser de dois tipos: - Sondagem Vesical de Demora (SVD) – O cateter permanece no trato urinário e é conectado a uma bolsa coletora, ficando por tempo indeterminado no paciente, condicionada a avaliação da necessidade de permanência se faz a troca ou retirada. A SVD tem indicação bastante restrita, deve ser evitada sempre que possível e deve ser removida assim que puder. Este procedimento precisa de técnica asséptica permitindo a criação de ambientes estéril, com a finalidade de evitar o risco de infecções. - Sondagem Vesical de Alívio (SVA) – Consiste de uma cateterização vesical para esvaziar de forma imediata a bexiga, injetar medicamento ou colher urina estéril para exame, após o procedimento, o cateter é retirado e desprezado. Procedimento que deve ser realizado com técnica asséptica e em situações especiais.
  • 2. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY Tipo do Documento PROCEDIMENTO / ROTINA POP.UTI.020- Página 2/5 Título do Documento Assistência de Enfermagem ao RN submetido à cateterismo vesical Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão: 29/07/2022 Versão: 2.0 3.1. Responsabilidade 1. Enfermeiros 3.2. Descrição das atividades Conferir a prescrição médica; Lavar as mãos; Reunir o material e levar até a incubadora ou berço aquecido; Posicionar o RN da maneira mais confortável para o RN e propício ao procedimento Abrir a fralda deixando-a embaixo do recém-nato, se o RN for do sexo feminino posicionar uma compressa estéril abaixo do RN para a elevação do quadril e melhor visualização do óstio uretral; Calçar luvas de procedimento e realizar a higiene perineal com sabão específico; Retirar luvas de procedimento e higienizar as mãos; Abrir a bandeja de cateterismo e adicionar os materiais descartáveis (SVD: sonda de Foley, seringas, agulhas, gaze estéril e sistema coletor fechado/ SVA: sonda uretral, gaze estéril, bolsa coletora de baixa permanência) dentro da técnica asséptica; Colocar a clorexidina aquosa na cúpula; Calçar luvas estéreis; Pedir para o técnico de enfermagem abrir a ampola de AD, aspirar e testar o balão da sonda, infundindo o volume recomendado pelo fabricante (caso seja SVD); Lubrificar a sonda com xilocaína gel ou água destilada e deixa-la posicionada no campo estéril; Umedecer gazes ou algodão em clorexidina aquosa com auxílio de pinça e fazer antissepsia do períneo; utilizar uma gaze para cada movimento; Realizar antissepsia do meato uretral: MENINAS: com a mão não dominante, separar as pregas dos grandes lábios e manter a posição ao longo do procedimento. Usando pinça na mão dominante esterilizada, pegar gazes estéreis com solução antisséptica e limpar a área do períneo, limpando da frente para trás do clitóris na direção do ânus. Com uma nova gaze para cada área, limpar ao longo da dobra dos grandes lábios, perto da dobra dos grandes lábios e diretamente sobre o centro do meato uretral. MENINOS: recolher o prepúcio com a mão não dominante, segurar o pênis abaixo da glande. Manter a mão não dominante na posição ao longo do procedimento. Com a mão dominante, pegar uma gaze com a pinça e limpar o pênis. Fazer movimento circular de dentro para fora.
  • 3. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY Tipo do Documento PROCEDIMENTO / ROTINA POP.UTI.020- Página 3/5 Título do Documento Assistência de Enfermagem ao RN submetido à cateterismo vesical Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão: 29/07/2022 Versão: 2.0 Segurar a ponta da sonda lubrificada e introduzir delicadamente no meato uretral ligeiramente inclinada para baixo, devido à anatomia da uretra feminina ser em forma C, e a parte inferior do C representar o meato. Manter a extremidade distal dentro da bolsa coletora até o aparecimento de urina; Introduzir 5 cm após aparecimento da urina; Em SVD Insuflar o balão com água destilada, conforme volume do fabricante e tracionar levemente até sentir resistência; Adaptar a sonda de Foley ao coletor de urina sistema fechado, sem contaminar; Observar se realmente está encaixado, para evitar desconexão acidental; Fixar sonda na região supra púbica com fita adesiva ou fixador de sonda; Deixar a criança confortável; Lavar as mãos; Encaminhar o material utilizado ao expurgo; Retirar luvas e higienizar as mãos; Checar o procedimento; Realizar as anotações de enfermagem no prontuário; OBS.: Na sondagem de alívio, o procedimento será semelhante, mas sonda é de polivinil/silicone e não há balão para insuflar, pois será retirada logo que acabe a drenagem da urina. 3.3. Indicações:  Cirurgias reparadoras de uretras e estruturas adjacentes  Bexigoma  Incontinência urinária  Exames  Mensuração da produção urinária  Aliviar retenção urinária aguda ou crônica  Drenar a urina dos períodos pré e pós-operatório.  Determinar a quantidade de urina residual depois de urinar  Irrigação de bexiga
  • 4. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY Tipo do Documento PROCEDIMENTO / ROTINA POP.UTI.020- Página 4/5 Título do Documento Assistência de Enfermagem ao RN submetido à cateterismo vesical Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão: 29/07/2022 Versão: 2.0 3.4. Contraindicações:  Avaliar as restrições relacionadas ao RN. 4. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed. atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 4 v. : il. COREN DF. Parecer nº 004/2011. É atribuição de qual profissional de enfermagem a inserção de sonda vesical de demora ou intermitente/alívio no ambiente hospitalar/extra-hospitalar? Brasília, 2011. Procedimento Operacional Padrão. Prevenção de infecção hospitalar associada a cateter vesical. UERJ/HUPE /CCIH, 2011. Procedimento Operacional Padrão. Cateterismo vesical em recém-nascido. UERJ/HUPE/UTI neonatal, 2011 Procedimento Operacional Padrão. Cateterismo vesical de alívio. HUGG/UTI neonatal, 2018 POTTER , Perry. Fundamentos de Enfermagem. 8ª. Ed. Elsevier LTDA: Rio de janeiro,2010. 5. HISTÓRICO DE REVISÃO VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO 1.0 13/03/2017 Elaboração do procedimento/rotina Assistência de Enfermagem ao RN submetido a Intubação Traqueal na Unidade de Cuidados Intensivos e Semi-intensivos. 2.0 29/07/2020 Trata-se da adequação ao novo modelo de elaboração e controle de documentos institucionais da EBSERH.
  • 5. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY Tipo do Documento PROCEDIMENTO / ROTINA POP.UTI.020- Página 5/5 Título do Documento Assistência de Enfermagem ao RN submetido à cateterismo vesical Emissão: 29/07/2020 Próxima revisão: 29/07/2022 Versão: 2.0