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INCLUSÃO DIGITAL – Parceria de empresas, instituições e governo
Lucas Teixeira da Silva1
Orientador: Professor: Higor Carvalho Fontoura2
RESUMO
Existe uma prática que vem acontecendo nos últimos anos onde empresas e os governos investem em
inclusão digital e consequentemente em inclusão social, a proposta deste trabalho é entender como esses
projetos nascem e porque as empresas têm interesse em participar de iniciativas como essas. Para isso,
teremos uma visão sobre um estudo de caso acompanhado na empresa Cosampa juntamente a instituição
Anspaz. Neste projeto específico pode ser visto a aplicabilidade de algumas das boas práticas usadas no
gerenciamento de projetos. Procura-se saber o que tem sido proposto à população e se esse e outros
projetos espalhados pelo nosso país são suficientes para as necessidades digitais dos brasileiros. Teremos
por base o estudo de alguns trabalhos de autores que já escreveram sobre o assunto e pesquisas em
diferentes sites sobre projetos de inclusão digital espalhados pelo Brasil.
Palavras chave: Parceria entre empresas e governo, inclusão digital, exclusão digital, boas práticas em
projetos.
ABSTRACT
There is a practice that has been happening in recent years where companies and the government invest in
digital inclusion and consequently on social inclusion, the aim of this work is to understand how these
projects are born and because companies have an interest in participating in initiatives like these. For this,
we have a vision about a real case study which was accompanied in the company along Cosampa Anspaz
institution, located in the district Macedo Dias in Fortaleza. In this specific project can be seen the
applicability of some of the best practices used in project management. Wanted to know what has been
proposed to the population and if this and other projects scattered throughout our country are sufficient for
the needs of the Brazilian digital. We based the study of some works of authors who have written on the
subject and research on different sites about digital inclusion projects throughout Brazil.
Keywords: Partner between business and government, digital inclusion, digital divide, best practices in
projects.
INTRODUÇÃO
Para Demo (2005) a evolução da internet, juntamente as redes sociais tem criado uma tendência
enorme de adesão ao uso de computadores, como meio de comunicação, usada para pesquisas,
compras, entre outras atividades de diversos segmentos. Percebe-se que o mundo virtual às vezes
cria a sensação de que as pessoas podem mais quando, por exemplo, você utiliza um determinado
serviço que pode navegar pelas ruas de diferentes capitais mundiais e conhecer lugares antes nunca
vistos. As tecnologias têm chegado a todos os continentes, porém ainda existe uma fatia
considerável da população mundial sem acesso a esse tipo de tecnologia da informação, e a isso nós
chamamos de exclusão digital. Neste projeto é possível visualizar a evolução do Brasil com relação
aos projetos de inclusão digital e como tem aumentado o uso da internet e das redes sociais pelos
brasileiros, sabendo é claro que ainda falta muito para conquistar para que a maioria da população
do nosso país tenha acesso às informações da rede mundial de computadores chamada internet.
1
Graduando do curso de Sistemas de Informação da Faculdade Nordeste – lucasteixeira.ti@gmail.com
2
Professor da Faculdade Nordeste – higorfontoura@gmail.com
2
Conforme propõe Takahashi (2000) o conhecimento não é mais o mesmo, este é um dos principais
elementos de superação de desigualdades, criação de emprego qualificado e de crescimento do bem-
estar. A nova situação que a tecnologia da informação trouxe,tem reflexos no sistema econômico e
político. Existe hoje uma dependência muito forte de todos os países no que diz respeito ao
conhecimento e a manipulação das informações, onde aqueles que se destacam são aqueles que
sabem mais, aprenderam mais e vivenciaram mais.
Partilham de ideias semelhantes Demo (2005) e Cazeloto (2008) onde acreditam que a inclusão
social tornou-se palavra fácil, cujas práticas tendem a ser o contrário. Por exemplo, em educação,
inclusão social tornou-se progressão automática. Foram incluídas socialmente? Outro exemplo:
famílias contempladas no programa Bolsa Família, de alguma forma, melhoram suas condições
materiais de vida, mas dificilmente conseguem sair desta situação assistida. É isto inclusão social?
Facilmente concordamos com uma inclusão na margem. Os pobres estão dentro, mas dentro lá na
margem.
O governo e empresas trabalham em favor de aumentar o uso da internet pela população, pois
sabemos que usada para pesquisas e conhecimento é um dos melhores meios de comunicação da
atualidade. Os negócios mudaram com o uso da internet, as organizações se expandiram com a
rapidez que ela trás as informações. As distâncias encurtaram, o jeito de trabalhar mudou tudo
devido a este fenômeno chamado WEB (World Wide Web) a figura abaixo mostra alguns
indicadores sobre o crescimento da internet no Brasil nos últimos anos.
Fonte: <http://www.secundados.com.br>
Figura 1: Dados de internet Brasil.
3
Segundo Cazeloto, (2008) ainda falta muita gente para ser incluída nesta caminhada de inclusão
digital. Este projeto retrata um pouco sobre como as instituições, governo e empresas vêm
investindo nessa ação, vamos ver um pouco sobre quais os benefícios que ambos ganham e como
tudo isso contribui para o crescimento do país e da cultura do povo brasileiro.
Serão envolvidas neste projeto interdisciplinar duas disciplinas: Carreira e Liderança e Gestão de
projetos. Esta interdisciplinaridade dá-se ao fato de todo projeto ter inicio, meio e fim, envolver
pessoas e sempre ter uma finalidade, um objetivo a ser alcançado. Será percebida a importância de
ter um bom líder, e esse líder conseguir fazer com que os demais abracem a idéia de fazer um bom
trabalho, não só junto à instituição, mas principalmente a comunidade. O estudo de caso abordado
neste projeto mostra como foram implementadas algumas das metodologias que o PMI prega em
seu guia e como essas boas práticas ajudam a conquista do sucesso em um projeto, independente do
seu segmento. (PMI, 2012, p.47)
Com a figura 2 é possível perceber como o Brasil é um país promissor no quesito evolução
tecnológica, cabe a nós dividirmos e multiplicarmos os conhecimentos para que as diferenças
sociais, econômicas e intelectuais não se tornem ainda maiores, onde os mais ricos têm acesso as
melhores tecnologias e sempre são os primeiros e os mais pobres tem acesso ao que sobra. Este é
um cenário que devemos abolir se quisermos um Brasil mais igualitário onde as oportunidades não
sejam abertas somente para uma minoria.
Posição dos países por numero de host (computadores na rede).
O intuito deste trabalho é entender como se da à integração entre empresas, instituições e governo,
trabalhando em prol da expansão da inclusão digital no país.Para alcançar esse entendimento vamos
utilizar de um estudo de caso juntamente com a leitura de alguns artigos e trabalhos já relacionados
a este tema.
MÉTODOS
A metodologia utilizada será a visão sobre um estudo de caso para se chegar numa melhor
compreensão do assunto e da realidade juntamente para com a população e a leitura e reflexão sobre
alguns pontos de vistas dos autores referenciados. No projeto em questão será acompanhado desde
o nascimento do projeto dentro de uma empresa, até sua aplicabilidade e seus resultados nos
Figura 2: Posição dos países por número de host.
Fonte: <http://www.cetic.br/hosts/2011/>
4
envolvidos. A partir das informações obtidas poderemos dimensionar os resultados alcançados pelo
projeto, quais seus pontos fortes e fracos e as oportunidades de melhoria.
Neste sentido será abordado o projeto de Inclusão Digital concebido pela empresa Cosampa
Projetos e Construções LTDA, em parceria com a instituição Anspaz que tem por fundador o padre
Giuseppe Sometti, eles ajudam crianças abandonadas, adolescentes, jovens e adultos. Se dedica
principalmente às crianças, prevenindo-as das drogas e de outros desvios de personalidade, muitas
vezes causados pelos próprios pais. Tentam encaminhá-las a uma cidadania responsável, ter mais
confiança e serem pessoas melhores.
ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA DO RAMO DE CONSTRUÇÃO
O projeto teve inicio com a visualização da gerente da empresa na possibilidade de ajudar uma
instituição próxima ao prédio da matriz, onde um de seus colaboradores cresceu. Com a informação
da equipe de T.I que havia computadores que estavam sem uso, nasceu o interesse de doar os
computadores à instituição Anspaz, e ofertar um mini curso de noções básicas de informática, onde
os próprios colaboradores da empresa iriam lecionar as aulas.
A partir daí foi elaborado todo um cronograma seguindo as boas práticas que são pregadas no
Pmbok 4º edição. Foi solicitada a equipe de T.I que aprontassem as máquinas para uso dos jovens
na instituição, assim como deviam elaborar um cronograma de aulas e um material didático. Seriam
abordados os conhecimentos em Windows XP, Word, Excel e Power Point, definindo também quem
seriam os voluntários para o projeto.
Os computadores foram levados para a instituição, feita a montagem e os primeiros testes de
funcionamento. Após uma reunião com os pais das crianças e os administradores da instituição é
definida uma data de inicio e os horários de cada turma, assim como declarado os nomes dos
voluntários e seus respectivos horários. O conteúdo programático tem como cronograma inicial 25
encontros com duração de 30minutos durante 6 meses como podemos ver no anexo 2 no final do
artigo.
Pretende-se recolher feedback de todos os envolvidos, a fim de identificar a importância para cada
um e enxergar as possíveis melhorias para dar continuidade ao projeto, com mais doações e novas
parcerias, incentivando os concludentes do curso a tornarem-se monitores para disseminar o
conhecimentos adquirido.
Deve ser elaborado um termo de adesão ao projeto entre a empresa Cosampa e a instituição Anspaz,
identificando a doação da empresa e o curso que será ministrado, bem como seus conteúdos e a
duração do projeto, foi também definida neste momento a responsável pelo projeto que é a gerente
administrativa da empresa. Será feito registro das partes interessadas, alunos, voluntários,
instituição e empresa formalizando o projeto.
O laboratório é composto por três máquinas, cada aula tem a duração de 30 minutos, a fim de
dividir o tempo para todas as crianças. Serão atendidas em torno de 27 crianças por dia perfazendo
um total de 81 crianças por semana como é mostrado no anexo 3. Este projeto tem a duração total
de 6 meses corridos podendo ser renovado.
Cada professor ministrará uma turma em um dia e turno diferente, para que não haja perda no
aprendizado com mudanças de metodologias de ensino.Todos seguem o mesmo material didático,
mas cada um tem sua maneira de ensinar. Existe um acordo entre todos os voluntários que quando
5
algum colaborador não puder estar presente na aula, deverá avisar com antecedência e informar
onde está com o conteúdo, afim de não haver ruptura no aprendizado que já é tão rápido.
O cronograma inicia-se no dia 21 de janeiro do ano de 2013 e terminará no dia 19 de julho de 2013
com duração total de seis meses. Serão ministradas aulas semanais nos dias de segundas, quartas e
sextas-feiras, pela manha o horário será das 09:00 as 11:00 e a tarde será das 14:00 as 17:00.
Participando ao todo seis colaboradores, três pela manhã e três no período da tarde.
Presume-se que será investido neste projeto cerca de 280 horas somando os horários de todos os
voluntários, como pode ser visto no anexo 2. Mediante a média salarial dos envolvidos à hora-aula
sai a R$ 50,00 reais, multiplicado pela quantidade de horas totais temos um investimento
aproximado de R$ 15, 000 mil reais durante os seis meses, mais o investimento inicial dos três
computadores antigos doados valiam por volta de R$ 1.000,00 reais, mais o transporte dos
colaboradores estimados em R$ 300,00 reais totalizando cerca de R$ 16.300,00 investidos durante
seis meses de projeto.
A qualidade das aulas será medida mediante as provas aplicadas nas turmas e aos feedbacks da
direção da instituição para gerencia da empresa no decorrer do projeto, bem como a opinião de
todos os envolvidos diretamente ou indiretamente.
A comunicação será principalmente com os envolvidos, nas situações em que por algum motivo o
colaborador não puder estar presente no seu horário, deverá avisar por e-mail para todos os
envolvidos no mínimo um dia antes e reforçar o aviso no dia via telefone. As dúvidas, ideias e
sugestões deverão ser comunicadas via e-mail para o setor de Recursos Humanos, gerência e
administração da instituição.
A comunicação com as crianças e os jovens não deve se limitar somente ao olho no olho, devem ser
explorados os meios de comunicação que o próprio computador nos oferece, utilizando de imagens,
vídeos, músicas, tabelas, gráficos, apresentações entre outras formas de incitar o raciocínio e a
reflexão nos alunos.
Em caso de falta de energia os computadores deverão ser desligados das tomadas e a aula do dia
será reagendada em uma data futura, ministrando o conteúdo da aula no próximo encontro. Nos dias
de chuvas os colaboradores deverão ir somente de taxi para o local, caso tenha veículo próprio
deverá abastecer o veiculo e guardar a nota fiscal para o reembolso. Se caso algum evento acontecer
não permitindo que as crianças tenham aula, a mesma será suspensa e o conteúdo será abordado na
semana seguinte.
Na possibilidade de algum dos voluntários não puder dar continuidade nas aulas do projeto em
algum período futuro, serão designados 2 colaboradores que estarão como substitutos caso alguém
precise se ausentar devendo avisar antecipadamente a todos.
INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL
É forte o investimento do governo para projetos que estimulem as classes excluídas a utilizarem a
tecnologia em beneficio do conhecimento e preparação profissional, são exemplos disso os projetos:
criação do Comitê de Democratização da Informática (CDI) (http://www.cdi.org.br/). A partir da
instalação, em 1995, de um curso de informática na favela Dona Marta em Botafogo, Rio de
Janeiro, o Programa alcançou em 2006, 716 escolas no Brasil e 175 escolas no exterior.
6
Existem também outros tele centros, como os disponibilizados pelas Prefeituras de São Paulo, que
se multiplicam nas capitais e, de acordo com a agenda dos governos e das condições para o
estabelecimento de parcerias, se ampliam para o interior.
Aqui no Ceará temos o projeto KHouse Profissionalizante que constitui-se num curso técnico de
inclusão digital para a formação de jovens em manutenção e gestão de laboratório de informática
desde 2003. Este projeto faz parte das ações integradas do Grupo de Pesquisa KBr/Kidlink no
Brasil, que no Ceará conta com a parceria do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) e
do Centro de Referência do Professor (CRP), da prefeitura municipal de Fortaleza.
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) é responsável por produzir,
integrar, documentar e socializar o conhecimento científico-tecnológico do Brasil. Foi pioneiro na
América Latina quando criou cursos de documentação científica na década de 1950 e o mestrado
em Ciência da Informação em 1970.O instituto é hoje referência na democratização do
conhecimento, uma vez que repassam de forma gratuita tecnologias que ampliam a oferta de
informação científica na internet. Graças a esse esforço, o Brasil é um dos principais países em
número de registros digitais do mundo como mostrado na figura 2.
Um exemplo de projeto que o ibict apóia é a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações
(BDTD), que dissemina os trabalhos defendidos por estudantes no País e por brasileiros no exterior.
Já o Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) é um aplicativo online para que os
pesquisadores criem e publiquem revistas científicas eletrônicas. O País conta com mais de 1.300
revistas desse tipo, em todas as áreas do conhecimento. O Ibict tornou-se referência também nas
inclusões sociais e digitais no Brasil, com a criação do Portal da Inclusão Social, a revista Inclusão
Social, o Centro Nacional de Referência em Inclusão Digital (Cenrid), entre outras iniciativas do
gênero.
Mesmo com muitos projetos, hoje os mesmos são insuficientes para a quantidade de lugares sem
acesso a internet. É visto por todos, em diferentes lugares do Brasil, uma grande desigualdade que
funciona como um efeito cascata, onde os indivíduos que estão na margem da sociedade, sofrem
inúmeras restrições ao conhecimento, a cultura, as oportunidades no mercado de trabalho, ao acesso
a informação, entre outras situações que afetam a suas vidas. (VASCONCELOS, [et al] 2004;
MARCHIORIA, 2008).
PARCERIAS ENTRE INSTITUIÇÕES, EMPRESAS E GOVERNO
Existem diversos projetos de ação social e inclusão digital no Brasil, são citados alguns como
exemplos. No Rio de Janeiro temos um projeto apoiado pela Secretaria de Estado de Ciência e
Tecnologia - SECT voltado para a criação de parques tecnológicos em Resende, Petrópolis e
Seropédica. O objetivo é disponibilizar acesso gratuito a internet para comunidades, além de cursos
e oficinas de informática, para outras cidades fluminenses.
No Ceará o “cinturão digital” projeto que foi inaugurado quase um ano depois do prazo, em 30 de
setembro de 2010, atualmente dos 184 municípios cearenses, apenas 53 são atendidos, de forma
restrita, para instituições públicas estaduais (escolas, hospitais, escritórios da Ematerce, delegacias
de Polícia). Isto representa apenas cerca de 30% de cobertura. O projeto do CDC prevê três etapas:
o atendimento aos órgãos públicos estaduais; às Prefeituras e à população. Até agora, de acordo
com a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), responsável pelo programa, somente
22 Prefeituras tiveram seus projetos aprovados, mas falta o serviço de acesso ser instalado. O
7
governo já investiu R$ 68 milhões no projeto, que é pioneiro, mas há muito que fazer para se chegar
à totalidade da proposta apresentada no inicio.
O Programa SERPRO de Inclusão Digital (PSID) busca promover a inclusão digital e social das
comunidades excluídas do universo das Tecnologias da Comunicação e Informação - TIC. Iniciado
em 2003, o PSID é uma das ações amparadas pela política de Responsabilidade Social e Cidadania
da Empresa, em parceria com o Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal.
No Rio Grande do Sul o Projeto de Inclusão Digital - PID, no Departamento de Tecnologia –
DeTEC da UNIJUI combate a exclusão sócio digital. Integrando professores e alunos da
Universidade o PID atende desde 2004 um público de jovens, adultos e comunidades de baixa renda
de Ijuí. O Tele centro de Inclusão Digital, é composto por 30 computadores em rede para a
realização das atividades.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Percebe-se uma importância enorme em projetos de inclusão digital, pois muitos fazem com que a
vida do individuo que recebe o benefício assim como os voluntários mudem suas perspectivas sobre
a vida, por um lado a criança ou jovem com problemas familiares ou psicológicos e sem muitas
oportunidades tem a chance de receber treinamentos, apoio espiritual e psíquico entre outras
atividades, já o voluntário tem o prazer de sentir-se útil e ver que mesmo com uma ação tão simples
pode fazer a diferença na vida de alguém, são sensações como essas que dizem não ter preço.
Como mencionado no inicio deste trabalho, o projeto de inclusão digital na empresa Cosampa
nasceu através de um colaborador que cresceu em uma intuição próxima, estimulando a gerência a
iniciar o projeto. Devido a ter a necessidade de criar ações sociais a fim de destacar-se entre tantas
empresas, a Cosampa como uma empresa parceira da Coelce que é a distribuidora de energia do
Ceará, viu a oportunidade de criar mais um projeto que seria analisado pela empresa parceira onde
existem programas que incitam as empresas a investirem nesses projetos e as que mais se destacam
são premiadas, consequentemente passam a ter preferência nas licitações entre outras
oportunidades.
É comum grandes empresas fazerem parte de ações solidárias, pois é o nome da empresa que estará
recebendo destaque, a organização sai do âmbito que esta vinculada, que é investir para obter lucro
e mostra para a sociedade que esta ali por um motivo muito maior, que tem a intenção de ajudar a
população, essa imagem é aquela que toda empresa quer ter.
Percebe-se que muito esta sendo feito, e é visto os frutos sendo colhidos em todos os cantos do
Brasil, porém existem muitos projetos com descaso que muitas vezes faltam políticas mais
enérgicas e que seus responsáveis levem mais a sério o investimento e aquilo que é prometido, pois
senão muitos milhões investidos podem não levar o beneficio que se tinha planejado por falta de
controle e respeito ao dinheiro público, um caso desses é o cinturão digital que até hoje dois anos
depois de ser inaugurado ainda não alcançou 50% do seu funcionamento proposto.
Cabe a todos exercer responsabilidade sobre essas injustiças e pedirmos explicações aos poderes
públicos, pois é direito de todos estarmos incluídos socialmente e nos dias atuais mais do que nunca
incluídos digitalmente.
8
CONCLUSÃO
Conclui-se através deste projeto de pesquisa que grandes empresas procuram estar relacionadas
diretamente com projetos de inclusão digital, devido a vários fatores, são eles: ter uma boa imagem
perante a sociedade, mostrar a população e demais empresas que se preocupa com a cidadania e
com a desigualdade social, forma de diferencial competitivo, busca por oportunidades onde muitas
empresas priorizam parcerias com empresas que investem em projetos sociais e sem duvida
nenhuma a satisfação e o privilégio de ter a honra de ajudar pessoas a terem uma vida melhor, onde
as mesmas estarão gratas pela ação que recebeu.
Os investimentos não são suficientes, pois ainda existem milhões de pessoas na margem da
sociedade, mas não podemos culpar somente as empresas e o governo, parte da culpa é da própria
população que muitas vezes não se ajuda e não busca entrar nos programas de inclusão, pois não
vêem como um grande avanço, não percebem muitas vezes como é importante o acesso as
informações e ao conhecimento, isso se dá a um aspecto cultural e enfatiza ainda mais a distância
intelectual que muitas pessoas têm com relação aqueles que crescem com muitas oportunidades,
com qualidade de ensino e com uma estrutura familiar mais sólida.
Todos estes aspectos citados no parágrafo anterior influenciam no comportamento do ser humano,
então percebemos que não é somente através de um bom curso técnico que um individuo irá
melhorar sua conduta, ou mesmo com uma oportunidade de estar num programa de treinamento em
uma grande empresa, lógico que essas ações ajudam, mas juntamente com elas devem haver outros
mecanismos de apoio e ajuda a toda a família que esta inserida nesta realidade de injustiças sociais,
pois assim as chances aumentam em não só ajudar um único membro da família mas ajudar a todos.
O país precisa de capacitação para todas as idades, educação de qualidade em todos os cantos do
país, projetos que sejam concluídos, empresas com vontade de ajudar em todos os lugares e de
todos os tamanhos, as pessoas precisam querer melhorar. O Brasil necessita de projetos audaciosos
e de primeiro mundo se quisermos sair da posição de países subdesenvolvidos.
REFERÊNCIAS
CAZELOTO, Edilson. Inclusão Digital uma visão crítica. Editora SENAC 2008.
DEMO, Pedro. Inclusão digital: cada vez mais no centro da inclusão social. Disponível em:
<http://repositorio.unb.br/handle/10482/9652> Publicado em 2005(Dissertação)
Project Management Institute, Livro PMBOK 4º Edição - Um Guia do Conhecimento em
Gerenciamento de Projetos. Editora Saraiva 2012.
TAKAHASHI, Tadao. Sociedade da informação no Brasil 2000.
VASCONCELOS Francisco H Lima, FREITAS Maria D B Rebolças, LUCENA Marisa, LERNER
Mirim, CHIBANTE Lúcia, MOREIRA Vânia. Inclusão Digital e Social: Um Exemplo da
Formação Profissionalizante para Jovens com o uso de Tecnologias Computacionais.
Disponível em: <http://ceie-sbc.educacao.ws/pub/index.php/wie/article/view/844> Publicado em
2004.
ANSPAZ - Associação Nossa Senhora Rainha da Paz<http://www.anspaz.net> Desde 1989.
9
PID - Projeto de Inclusão Digital Departamento de Tecnologia da Universidade Regional do
Noroeste do Rio Grande do Sul UNIJUI <http://www2.unijui.edu.br/~incdigital/index.php> Criado
em 2004.
PSID - Projeto Serpro de Inclusão Digital<http://www4.serpro.gov.br/inclusao> Implantado em
2003 - Empresa SERPRO.
ANEXOS
ANEXO 1: Entrevista com Andrea Moreira, gerente Administrativa da empresa Cosampa Projetos
e Construções LTDA, onde foi acompanhado de perto o projeto.
Quais as vantagens que a Cosampa tem em participar do projeto de inclusão digital com a
doação dos computadores, bem como as aulas de informática que estão sendo lecionadas?
Andrea: Vai além de cumprir com o seu papel de responsabilidade social e melhorar a imagem da
empresa, é gratificante saber que estamos ajudando. A empresa já faz diversas ações de alcance
social, desta vez, pensamos que algo mais abrangente e duradouro. A psicóloga da empresa também
tem ido à instituição para oferecer apoio psicológico as crianças daquela instituição.
Não é fácil administrar esse projeto, as dificuldades em manter a agenda e o compromisso dos
voluntários são enormes, mas estamos conseguindo. É preciso fazer as pessoas vestirem a camisa e
se envolver no projeto, sabendo que o que vão ganhar é a gratidão daquelas crianças e de seus pais.
Pretendemos ao final desse semestre, reunir os voluntários, conversar com a instituição e se possível
até com essas crianças e seus pais dessas para avaliarmos os resultados do projeto e se daremos
continuidade, o que precisa ser melhorado.
As vantagens: sensação de dever cumprido, de fazer algo mais e de saber que estamos contribuindo
para oferecer uma melhor qualidade de vida a essas crianças. É um projeto simples, mas são simples
atitudes e demonstrações de cuidado que pode mudar os rumos da vida de alguém, pois na maioria
das vezes elas só precisam algo que as impulsione, e estarmos lá ajudando, mostra que acreditamos
nelas e estamos dispostos a ajudá-las.
Essa ação tem relacionamento direto ou indireto com o planejamento estratégico da empresa,
missão, visão ou valores, como se dá esse relacionamento?
Andrea: Sim. Nossa atual Missão é: "PRESTAR SERVIÇOS DE ENGENHARIA COM
SUSTENTABILIDADE” E o que significa sustentabilidade? É o desenvolvimento presente
garantindo o futuro das próximas gerações. A maioria das pessoas atrela sustentabilidade ao meio
ambiente, mas o conceito abrange todas as variáveis relacionadas ao meio ambiente, entre elas as
pessoas e a nossa responsabilidade sobre elas. Por isso, ser socialmente responsável faz parte de
nossa missão.
O reforço é dado nos nossos valores, quando citamos que um dos nossos valores é o RESPEITO:
VALORIZAÇÃO DA INTEGRIDADE FÍSICA E MENTAL DAS PESSOAS PARA OBTER
UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA. Quando falamos em "PESSOAS", falamos em todas as
pessoas com as quais interagimos inclusive a sociedade.
O que levou a Cosampa a escolher a Anspaz para este projeto?
Andrea: Conforme já dito anteriormente, a COSAMPA já faz diversas ações pontuais de
responsabilidade social e a ANSPAZ é uma instituição que já era beneficiada por essas ações.
Conhecemos a ANSPAZ através de um colaborador (CÍCERO ROBERTO DE FREITAS) que foi
10
criado por essa instituição, entrou para trabalhar na empresa como Office boy e hoje trabalha
fiscalizando obras do Programa Minha Casa Minha Vida e está cursando EDIFICAÇÕES. Podemos
ver nesse colaborador a diferença que essa instituição fez na vida dele. Outro fator relevante é por
tratar-se de uma instituição que cuida de crianças, e é estimulante saber que podemos fazer algo que
possa mudar completamente o futuro dessas crianças e consequentemente ajudar a mudar futuro de
nosso país. Sei que o que estamos fazendo é pouco, mas queremos mostrar o exemplo e impulsionar
outras empresas a fazerem o mesmo, pois cada empresa e cada indivíduo fizerem a sua parte, com
certeza teremos um futuro melhor para todos nós.
Houve algum exemplo de outra empresa que a Cosampa se espelhou para elaborar este
projeto?
Andrea: Nesse caso não. Queria criar um projeto de alcance social que não fosse apenas uma ação
em si, tínhamos os computadores que, naquele momento não teriam utilidade para a empresa e
minha mente começou a trabalhar. Fui conversando com o Lucas (TI) e com o RH e o projeto foi
desenhado, e apesar das dificuldades, está funcionando, acredito que mais adiante poderemos colher
os frutos.
ANEXO 2: Quantidade de horas aula por mês.
ANEXO 3: Dias fixos de cada voluntário e quantidades de crianças atendidas.
PLANEJAMENTO SEMESTRAL DAS AULAS DE INFORMATICA ANSPAZ
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho TOTAL
Encontros 5 6 8 8 9 10 10
Horas 25 30 40 40 45 50 50 280
Tabela de dias dos Voluntários
SEGUNDA QUARTA SEXTA
QTD
CRIANÇAS
MANHÃ MOISES RAFAEL REGIS 12
TARDE LUCIANE LUCAS LUCIANA 15
TOTAL POR SEMANA DE CRIANÇAS ATENDIDAS 81

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  • 1. 1 INCLUSÃO DIGITAL – Parceria de empresas, instituições e governo Lucas Teixeira da Silva1 Orientador: Professor: Higor Carvalho Fontoura2 RESUMO Existe uma prática que vem acontecendo nos últimos anos onde empresas e os governos investem em inclusão digital e consequentemente em inclusão social, a proposta deste trabalho é entender como esses projetos nascem e porque as empresas têm interesse em participar de iniciativas como essas. Para isso, teremos uma visão sobre um estudo de caso acompanhado na empresa Cosampa juntamente a instituição Anspaz. Neste projeto específico pode ser visto a aplicabilidade de algumas das boas práticas usadas no gerenciamento de projetos. Procura-se saber o que tem sido proposto à população e se esse e outros projetos espalhados pelo nosso país são suficientes para as necessidades digitais dos brasileiros. Teremos por base o estudo de alguns trabalhos de autores que já escreveram sobre o assunto e pesquisas em diferentes sites sobre projetos de inclusão digital espalhados pelo Brasil. Palavras chave: Parceria entre empresas e governo, inclusão digital, exclusão digital, boas práticas em projetos. ABSTRACT There is a practice that has been happening in recent years where companies and the government invest in digital inclusion and consequently on social inclusion, the aim of this work is to understand how these projects are born and because companies have an interest in participating in initiatives like these. For this, we have a vision about a real case study which was accompanied in the company along Cosampa Anspaz institution, located in the district Macedo Dias in Fortaleza. In this specific project can be seen the applicability of some of the best practices used in project management. Wanted to know what has been proposed to the population and if this and other projects scattered throughout our country are sufficient for the needs of the Brazilian digital. We based the study of some works of authors who have written on the subject and research on different sites about digital inclusion projects throughout Brazil. Keywords: Partner between business and government, digital inclusion, digital divide, best practices in projects. INTRODUÇÃO Para Demo (2005) a evolução da internet, juntamente as redes sociais tem criado uma tendência enorme de adesão ao uso de computadores, como meio de comunicação, usada para pesquisas, compras, entre outras atividades de diversos segmentos. Percebe-se que o mundo virtual às vezes cria a sensação de que as pessoas podem mais quando, por exemplo, você utiliza um determinado serviço que pode navegar pelas ruas de diferentes capitais mundiais e conhecer lugares antes nunca vistos. As tecnologias têm chegado a todos os continentes, porém ainda existe uma fatia considerável da população mundial sem acesso a esse tipo de tecnologia da informação, e a isso nós chamamos de exclusão digital. Neste projeto é possível visualizar a evolução do Brasil com relação aos projetos de inclusão digital e como tem aumentado o uso da internet e das redes sociais pelos brasileiros, sabendo é claro que ainda falta muito para conquistar para que a maioria da população do nosso país tenha acesso às informações da rede mundial de computadores chamada internet. 1 Graduando do curso de Sistemas de Informação da Faculdade Nordeste – lucasteixeira.ti@gmail.com 2 Professor da Faculdade Nordeste – higorfontoura@gmail.com
  • 2. 2 Conforme propõe Takahashi (2000) o conhecimento não é mais o mesmo, este é um dos principais elementos de superação de desigualdades, criação de emprego qualificado e de crescimento do bem- estar. A nova situação que a tecnologia da informação trouxe,tem reflexos no sistema econômico e político. Existe hoje uma dependência muito forte de todos os países no que diz respeito ao conhecimento e a manipulação das informações, onde aqueles que se destacam são aqueles que sabem mais, aprenderam mais e vivenciaram mais. Partilham de ideias semelhantes Demo (2005) e Cazeloto (2008) onde acreditam que a inclusão social tornou-se palavra fácil, cujas práticas tendem a ser o contrário. Por exemplo, em educação, inclusão social tornou-se progressão automática. Foram incluídas socialmente? Outro exemplo: famílias contempladas no programa Bolsa Família, de alguma forma, melhoram suas condições materiais de vida, mas dificilmente conseguem sair desta situação assistida. É isto inclusão social? Facilmente concordamos com uma inclusão na margem. Os pobres estão dentro, mas dentro lá na margem. O governo e empresas trabalham em favor de aumentar o uso da internet pela população, pois sabemos que usada para pesquisas e conhecimento é um dos melhores meios de comunicação da atualidade. Os negócios mudaram com o uso da internet, as organizações se expandiram com a rapidez que ela trás as informações. As distâncias encurtaram, o jeito de trabalhar mudou tudo devido a este fenômeno chamado WEB (World Wide Web) a figura abaixo mostra alguns indicadores sobre o crescimento da internet no Brasil nos últimos anos. Fonte: <http://www.secundados.com.br> Figura 1: Dados de internet Brasil.
  • 3. 3 Segundo Cazeloto, (2008) ainda falta muita gente para ser incluída nesta caminhada de inclusão digital. Este projeto retrata um pouco sobre como as instituições, governo e empresas vêm investindo nessa ação, vamos ver um pouco sobre quais os benefícios que ambos ganham e como tudo isso contribui para o crescimento do país e da cultura do povo brasileiro. Serão envolvidas neste projeto interdisciplinar duas disciplinas: Carreira e Liderança e Gestão de projetos. Esta interdisciplinaridade dá-se ao fato de todo projeto ter inicio, meio e fim, envolver pessoas e sempre ter uma finalidade, um objetivo a ser alcançado. Será percebida a importância de ter um bom líder, e esse líder conseguir fazer com que os demais abracem a idéia de fazer um bom trabalho, não só junto à instituição, mas principalmente a comunidade. O estudo de caso abordado neste projeto mostra como foram implementadas algumas das metodologias que o PMI prega em seu guia e como essas boas práticas ajudam a conquista do sucesso em um projeto, independente do seu segmento. (PMI, 2012, p.47) Com a figura 2 é possível perceber como o Brasil é um país promissor no quesito evolução tecnológica, cabe a nós dividirmos e multiplicarmos os conhecimentos para que as diferenças sociais, econômicas e intelectuais não se tornem ainda maiores, onde os mais ricos têm acesso as melhores tecnologias e sempre são os primeiros e os mais pobres tem acesso ao que sobra. Este é um cenário que devemos abolir se quisermos um Brasil mais igualitário onde as oportunidades não sejam abertas somente para uma minoria. Posição dos países por numero de host (computadores na rede). O intuito deste trabalho é entender como se da à integração entre empresas, instituições e governo, trabalhando em prol da expansão da inclusão digital no país.Para alcançar esse entendimento vamos utilizar de um estudo de caso juntamente com a leitura de alguns artigos e trabalhos já relacionados a este tema. MÉTODOS A metodologia utilizada será a visão sobre um estudo de caso para se chegar numa melhor compreensão do assunto e da realidade juntamente para com a população e a leitura e reflexão sobre alguns pontos de vistas dos autores referenciados. No projeto em questão será acompanhado desde o nascimento do projeto dentro de uma empresa, até sua aplicabilidade e seus resultados nos Figura 2: Posição dos países por número de host. Fonte: <http://www.cetic.br/hosts/2011/>
  • 4. 4 envolvidos. A partir das informações obtidas poderemos dimensionar os resultados alcançados pelo projeto, quais seus pontos fortes e fracos e as oportunidades de melhoria. Neste sentido será abordado o projeto de Inclusão Digital concebido pela empresa Cosampa Projetos e Construções LTDA, em parceria com a instituição Anspaz que tem por fundador o padre Giuseppe Sometti, eles ajudam crianças abandonadas, adolescentes, jovens e adultos. Se dedica principalmente às crianças, prevenindo-as das drogas e de outros desvios de personalidade, muitas vezes causados pelos próprios pais. Tentam encaminhá-las a uma cidadania responsável, ter mais confiança e serem pessoas melhores. ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA DO RAMO DE CONSTRUÇÃO O projeto teve inicio com a visualização da gerente da empresa na possibilidade de ajudar uma instituição próxima ao prédio da matriz, onde um de seus colaboradores cresceu. Com a informação da equipe de T.I que havia computadores que estavam sem uso, nasceu o interesse de doar os computadores à instituição Anspaz, e ofertar um mini curso de noções básicas de informática, onde os próprios colaboradores da empresa iriam lecionar as aulas. A partir daí foi elaborado todo um cronograma seguindo as boas práticas que são pregadas no Pmbok 4º edição. Foi solicitada a equipe de T.I que aprontassem as máquinas para uso dos jovens na instituição, assim como deviam elaborar um cronograma de aulas e um material didático. Seriam abordados os conhecimentos em Windows XP, Word, Excel e Power Point, definindo também quem seriam os voluntários para o projeto. Os computadores foram levados para a instituição, feita a montagem e os primeiros testes de funcionamento. Após uma reunião com os pais das crianças e os administradores da instituição é definida uma data de inicio e os horários de cada turma, assim como declarado os nomes dos voluntários e seus respectivos horários. O conteúdo programático tem como cronograma inicial 25 encontros com duração de 30minutos durante 6 meses como podemos ver no anexo 2 no final do artigo. Pretende-se recolher feedback de todos os envolvidos, a fim de identificar a importância para cada um e enxergar as possíveis melhorias para dar continuidade ao projeto, com mais doações e novas parcerias, incentivando os concludentes do curso a tornarem-se monitores para disseminar o conhecimentos adquirido. Deve ser elaborado um termo de adesão ao projeto entre a empresa Cosampa e a instituição Anspaz, identificando a doação da empresa e o curso que será ministrado, bem como seus conteúdos e a duração do projeto, foi também definida neste momento a responsável pelo projeto que é a gerente administrativa da empresa. Será feito registro das partes interessadas, alunos, voluntários, instituição e empresa formalizando o projeto. O laboratório é composto por três máquinas, cada aula tem a duração de 30 minutos, a fim de dividir o tempo para todas as crianças. Serão atendidas em torno de 27 crianças por dia perfazendo um total de 81 crianças por semana como é mostrado no anexo 3. Este projeto tem a duração total de 6 meses corridos podendo ser renovado. Cada professor ministrará uma turma em um dia e turno diferente, para que não haja perda no aprendizado com mudanças de metodologias de ensino.Todos seguem o mesmo material didático, mas cada um tem sua maneira de ensinar. Existe um acordo entre todos os voluntários que quando
  • 5. 5 algum colaborador não puder estar presente na aula, deverá avisar com antecedência e informar onde está com o conteúdo, afim de não haver ruptura no aprendizado que já é tão rápido. O cronograma inicia-se no dia 21 de janeiro do ano de 2013 e terminará no dia 19 de julho de 2013 com duração total de seis meses. Serão ministradas aulas semanais nos dias de segundas, quartas e sextas-feiras, pela manha o horário será das 09:00 as 11:00 e a tarde será das 14:00 as 17:00. Participando ao todo seis colaboradores, três pela manhã e três no período da tarde. Presume-se que será investido neste projeto cerca de 280 horas somando os horários de todos os voluntários, como pode ser visto no anexo 2. Mediante a média salarial dos envolvidos à hora-aula sai a R$ 50,00 reais, multiplicado pela quantidade de horas totais temos um investimento aproximado de R$ 15, 000 mil reais durante os seis meses, mais o investimento inicial dos três computadores antigos doados valiam por volta de R$ 1.000,00 reais, mais o transporte dos colaboradores estimados em R$ 300,00 reais totalizando cerca de R$ 16.300,00 investidos durante seis meses de projeto. A qualidade das aulas será medida mediante as provas aplicadas nas turmas e aos feedbacks da direção da instituição para gerencia da empresa no decorrer do projeto, bem como a opinião de todos os envolvidos diretamente ou indiretamente. A comunicação será principalmente com os envolvidos, nas situações em que por algum motivo o colaborador não puder estar presente no seu horário, deverá avisar por e-mail para todos os envolvidos no mínimo um dia antes e reforçar o aviso no dia via telefone. As dúvidas, ideias e sugestões deverão ser comunicadas via e-mail para o setor de Recursos Humanos, gerência e administração da instituição. A comunicação com as crianças e os jovens não deve se limitar somente ao olho no olho, devem ser explorados os meios de comunicação que o próprio computador nos oferece, utilizando de imagens, vídeos, músicas, tabelas, gráficos, apresentações entre outras formas de incitar o raciocínio e a reflexão nos alunos. Em caso de falta de energia os computadores deverão ser desligados das tomadas e a aula do dia será reagendada em uma data futura, ministrando o conteúdo da aula no próximo encontro. Nos dias de chuvas os colaboradores deverão ir somente de taxi para o local, caso tenha veículo próprio deverá abastecer o veiculo e guardar a nota fiscal para o reembolso. Se caso algum evento acontecer não permitindo que as crianças tenham aula, a mesma será suspensa e o conteúdo será abordado na semana seguinte. Na possibilidade de algum dos voluntários não puder dar continuidade nas aulas do projeto em algum período futuro, serão designados 2 colaboradores que estarão como substitutos caso alguém precise se ausentar devendo avisar antecipadamente a todos. INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL É forte o investimento do governo para projetos que estimulem as classes excluídas a utilizarem a tecnologia em beneficio do conhecimento e preparação profissional, são exemplos disso os projetos: criação do Comitê de Democratização da Informática (CDI) (http://www.cdi.org.br/). A partir da instalação, em 1995, de um curso de informática na favela Dona Marta em Botafogo, Rio de Janeiro, o Programa alcançou em 2006, 716 escolas no Brasil e 175 escolas no exterior.
  • 6. 6 Existem também outros tele centros, como os disponibilizados pelas Prefeituras de São Paulo, que se multiplicam nas capitais e, de acordo com a agenda dos governos e das condições para o estabelecimento de parcerias, se ampliam para o interior. Aqui no Ceará temos o projeto KHouse Profissionalizante que constitui-se num curso técnico de inclusão digital para a formação de jovens em manutenção e gestão de laboratório de informática desde 2003. Este projeto faz parte das ações integradas do Grupo de Pesquisa KBr/Kidlink no Brasil, que no Ceará conta com a parceria do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) e do Centro de Referência do Professor (CRP), da prefeitura municipal de Fortaleza. O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) é responsável por produzir, integrar, documentar e socializar o conhecimento científico-tecnológico do Brasil. Foi pioneiro na América Latina quando criou cursos de documentação científica na década de 1950 e o mestrado em Ciência da Informação em 1970.O instituto é hoje referência na democratização do conhecimento, uma vez que repassam de forma gratuita tecnologias que ampliam a oferta de informação científica na internet. Graças a esse esforço, o Brasil é um dos principais países em número de registros digitais do mundo como mostrado na figura 2. Um exemplo de projeto que o ibict apóia é a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), que dissemina os trabalhos defendidos por estudantes no País e por brasileiros no exterior. Já o Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) é um aplicativo online para que os pesquisadores criem e publiquem revistas científicas eletrônicas. O País conta com mais de 1.300 revistas desse tipo, em todas as áreas do conhecimento. O Ibict tornou-se referência também nas inclusões sociais e digitais no Brasil, com a criação do Portal da Inclusão Social, a revista Inclusão Social, o Centro Nacional de Referência em Inclusão Digital (Cenrid), entre outras iniciativas do gênero. Mesmo com muitos projetos, hoje os mesmos são insuficientes para a quantidade de lugares sem acesso a internet. É visto por todos, em diferentes lugares do Brasil, uma grande desigualdade que funciona como um efeito cascata, onde os indivíduos que estão na margem da sociedade, sofrem inúmeras restrições ao conhecimento, a cultura, as oportunidades no mercado de trabalho, ao acesso a informação, entre outras situações que afetam a suas vidas. (VASCONCELOS, [et al] 2004; MARCHIORIA, 2008). PARCERIAS ENTRE INSTITUIÇÕES, EMPRESAS E GOVERNO Existem diversos projetos de ação social e inclusão digital no Brasil, são citados alguns como exemplos. No Rio de Janeiro temos um projeto apoiado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECT voltado para a criação de parques tecnológicos em Resende, Petrópolis e Seropédica. O objetivo é disponibilizar acesso gratuito a internet para comunidades, além de cursos e oficinas de informática, para outras cidades fluminenses. No Ceará o “cinturão digital” projeto que foi inaugurado quase um ano depois do prazo, em 30 de setembro de 2010, atualmente dos 184 municípios cearenses, apenas 53 são atendidos, de forma restrita, para instituições públicas estaduais (escolas, hospitais, escritórios da Ematerce, delegacias de Polícia). Isto representa apenas cerca de 30% de cobertura. O projeto do CDC prevê três etapas: o atendimento aos órgãos públicos estaduais; às Prefeituras e à população. Até agora, de acordo com a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), responsável pelo programa, somente 22 Prefeituras tiveram seus projetos aprovados, mas falta o serviço de acesso ser instalado. O
  • 7. 7 governo já investiu R$ 68 milhões no projeto, que é pioneiro, mas há muito que fazer para se chegar à totalidade da proposta apresentada no inicio. O Programa SERPRO de Inclusão Digital (PSID) busca promover a inclusão digital e social das comunidades excluídas do universo das Tecnologias da Comunicação e Informação - TIC. Iniciado em 2003, o PSID é uma das ações amparadas pela política de Responsabilidade Social e Cidadania da Empresa, em parceria com o Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal. No Rio Grande do Sul o Projeto de Inclusão Digital - PID, no Departamento de Tecnologia – DeTEC da UNIJUI combate a exclusão sócio digital. Integrando professores e alunos da Universidade o PID atende desde 2004 um público de jovens, adultos e comunidades de baixa renda de Ijuí. O Tele centro de Inclusão Digital, é composto por 30 computadores em rede para a realização das atividades. RESULTADOS E DISCUSSÃO Percebe-se uma importância enorme em projetos de inclusão digital, pois muitos fazem com que a vida do individuo que recebe o benefício assim como os voluntários mudem suas perspectivas sobre a vida, por um lado a criança ou jovem com problemas familiares ou psicológicos e sem muitas oportunidades tem a chance de receber treinamentos, apoio espiritual e psíquico entre outras atividades, já o voluntário tem o prazer de sentir-se útil e ver que mesmo com uma ação tão simples pode fazer a diferença na vida de alguém, são sensações como essas que dizem não ter preço. Como mencionado no inicio deste trabalho, o projeto de inclusão digital na empresa Cosampa nasceu através de um colaborador que cresceu em uma intuição próxima, estimulando a gerência a iniciar o projeto. Devido a ter a necessidade de criar ações sociais a fim de destacar-se entre tantas empresas, a Cosampa como uma empresa parceira da Coelce que é a distribuidora de energia do Ceará, viu a oportunidade de criar mais um projeto que seria analisado pela empresa parceira onde existem programas que incitam as empresas a investirem nesses projetos e as que mais se destacam são premiadas, consequentemente passam a ter preferência nas licitações entre outras oportunidades. É comum grandes empresas fazerem parte de ações solidárias, pois é o nome da empresa que estará recebendo destaque, a organização sai do âmbito que esta vinculada, que é investir para obter lucro e mostra para a sociedade que esta ali por um motivo muito maior, que tem a intenção de ajudar a população, essa imagem é aquela que toda empresa quer ter. Percebe-se que muito esta sendo feito, e é visto os frutos sendo colhidos em todos os cantos do Brasil, porém existem muitos projetos com descaso que muitas vezes faltam políticas mais enérgicas e que seus responsáveis levem mais a sério o investimento e aquilo que é prometido, pois senão muitos milhões investidos podem não levar o beneficio que se tinha planejado por falta de controle e respeito ao dinheiro público, um caso desses é o cinturão digital que até hoje dois anos depois de ser inaugurado ainda não alcançou 50% do seu funcionamento proposto. Cabe a todos exercer responsabilidade sobre essas injustiças e pedirmos explicações aos poderes públicos, pois é direito de todos estarmos incluídos socialmente e nos dias atuais mais do que nunca incluídos digitalmente.
  • 8. 8 CONCLUSÃO Conclui-se através deste projeto de pesquisa que grandes empresas procuram estar relacionadas diretamente com projetos de inclusão digital, devido a vários fatores, são eles: ter uma boa imagem perante a sociedade, mostrar a população e demais empresas que se preocupa com a cidadania e com a desigualdade social, forma de diferencial competitivo, busca por oportunidades onde muitas empresas priorizam parcerias com empresas que investem em projetos sociais e sem duvida nenhuma a satisfação e o privilégio de ter a honra de ajudar pessoas a terem uma vida melhor, onde as mesmas estarão gratas pela ação que recebeu. Os investimentos não são suficientes, pois ainda existem milhões de pessoas na margem da sociedade, mas não podemos culpar somente as empresas e o governo, parte da culpa é da própria população que muitas vezes não se ajuda e não busca entrar nos programas de inclusão, pois não vêem como um grande avanço, não percebem muitas vezes como é importante o acesso as informações e ao conhecimento, isso se dá a um aspecto cultural e enfatiza ainda mais a distância intelectual que muitas pessoas têm com relação aqueles que crescem com muitas oportunidades, com qualidade de ensino e com uma estrutura familiar mais sólida. Todos estes aspectos citados no parágrafo anterior influenciam no comportamento do ser humano, então percebemos que não é somente através de um bom curso técnico que um individuo irá melhorar sua conduta, ou mesmo com uma oportunidade de estar num programa de treinamento em uma grande empresa, lógico que essas ações ajudam, mas juntamente com elas devem haver outros mecanismos de apoio e ajuda a toda a família que esta inserida nesta realidade de injustiças sociais, pois assim as chances aumentam em não só ajudar um único membro da família mas ajudar a todos. O país precisa de capacitação para todas as idades, educação de qualidade em todos os cantos do país, projetos que sejam concluídos, empresas com vontade de ajudar em todos os lugares e de todos os tamanhos, as pessoas precisam querer melhorar. O Brasil necessita de projetos audaciosos e de primeiro mundo se quisermos sair da posição de países subdesenvolvidos. REFERÊNCIAS CAZELOTO, Edilson. Inclusão Digital uma visão crítica. Editora SENAC 2008. DEMO, Pedro. Inclusão digital: cada vez mais no centro da inclusão social. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/handle/10482/9652> Publicado em 2005(Dissertação) Project Management Institute, Livro PMBOK 4º Edição - Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos. Editora Saraiva 2012. TAKAHASHI, Tadao. Sociedade da informação no Brasil 2000. VASCONCELOS Francisco H Lima, FREITAS Maria D B Rebolças, LUCENA Marisa, LERNER Mirim, CHIBANTE Lúcia, MOREIRA Vânia. Inclusão Digital e Social: Um Exemplo da Formação Profissionalizante para Jovens com o uso de Tecnologias Computacionais. Disponível em: <http://ceie-sbc.educacao.ws/pub/index.php/wie/article/view/844> Publicado em 2004. ANSPAZ - Associação Nossa Senhora Rainha da Paz<http://www.anspaz.net> Desde 1989.
  • 9. 9 PID - Projeto de Inclusão Digital Departamento de Tecnologia da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul UNIJUI <http://www2.unijui.edu.br/~incdigital/index.php> Criado em 2004. PSID - Projeto Serpro de Inclusão Digital<http://www4.serpro.gov.br/inclusao> Implantado em 2003 - Empresa SERPRO. ANEXOS ANEXO 1: Entrevista com Andrea Moreira, gerente Administrativa da empresa Cosampa Projetos e Construções LTDA, onde foi acompanhado de perto o projeto. Quais as vantagens que a Cosampa tem em participar do projeto de inclusão digital com a doação dos computadores, bem como as aulas de informática que estão sendo lecionadas? Andrea: Vai além de cumprir com o seu papel de responsabilidade social e melhorar a imagem da empresa, é gratificante saber que estamos ajudando. A empresa já faz diversas ações de alcance social, desta vez, pensamos que algo mais abrangente e duradouro. A psicóloga da empresa também tem ido à instituição para oferecer apoio psicológico as crianças daquela instituição. Não é fácil administrar esse projeto, as dificuldades em manter a agenda e o compromisso dos voluntários são enormes, mas estamos conseguindo. É preciso fazer as pessoas vestirem a camisa e se envolver no projeto, sabendo que o que vão ganhar é a gratidão daquelas crianças e de seus pais. Pretendemos ao final desse semestre, reunir os voluntários, conversar com a instituição e se possível até com essas crianças e seus pais dessas para avaliarmos os resultados do projeto e se daremos continuidade, o que precisa ser melhorado. As vantagens: sensação de dever cumprido, de fazer algo mais e de saber que estamos contribuindo para oferecer uma melhor qualidade de vida a essas crianças. É um projeto simples, mas são simples atitudes e demonstrações de cuidado que pode mudar os rumos da vida de alguém, pois na maioria das vezes elas só precisam algo que as impulsione, e estarmos lá ajudando, mostra que acreditamos nelas e estamos dispostos a ajudá-las. Essa ação tem relacionamento direto ou indireto com o planejamento estratégico da empresa, missão, visão ou valores, como se dá esse relacionamento? Andrea: Sim. Nossa atual Missão é: "PRESTAR SERVIÇOS DE ENGENHARIA COM SUSTENTABILIDADE” E o que significa sustentabilidade? É o desenvolvimento presente garantindo o futuro das próximas gerações. A maioria das pessoas atrela sustentabilidade ao meio ambiente, mas o conceito abrange todas as variáveis relacionadas ao meio ambiente, entre elas as pessoas e a nossa responsabilidade sobre elas. Por isso, ser socialmente responsável faz parte de nossa missão. O reforço é dado nos nossos valores, quando citamos que um dos nossos valores é o RESPEITO: VALORIZAÇÃO DA INTEGRIDADE FÍSICA E MENTAL DAS PESSOAS PARA OBTER UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA. Quando falamos em "PESSOAS", falamos em todas as pessoas com as quais interagimos inclusive a sociedade. O que levou a Cosampa a escolher a Anspaz para este projeto? Andrea: Conforme já dito anteriormente, a COSAMPA já faz diversas ações pontuais de responsabilidade social e a ANSPAZ é uma instituição que já era beneficiada por essas ações. Conhecemos a ANSPAZ através de um colaborador (CÍCERO ROBERTO DE FREITAS) que foi
  • 10. 10 criado por essa instituição, entrou para trabalhar na empresa como Office boy e hoje trabalha fiscalizando obras do Programa Minha Casa Minha Vida e está cursando EDIFICAÇÕES. Podemos ver nesse colaborador a diferença que essa instituição fez na vida dele. Outro fator relevante é por tratar-se de uma instituição que cuida de crianças, e é estimulante saber que podemos fazer algo que possa mudar completamente o futuro dessas crianças e consequentemente ajudar a mudar futuro de nosso país. Sei que o que estamos fazendo é pouco, mas queremos mostrar o exemplo e impulsionar outras empresas a fazerem o mesmo, pois cada empresa e cada indivíduo fizerem a sua parte, com certeza teremos um futuro melhor para todos nós. Houve algum exemplo de outra empresa que a Cosampa se espelhou para elaborar este projeto? Andrea: Nesse caso não. Queria criar um projeto de alcance social que não fosse apenas uma ação em si, tínhamos os computadores que, naquele momento não teriam utilidade para a empresa e minha mente começou a trabalhar. Fui conversando com o Lucas (TI) e com o RH e o projeto foi desenhado, e apesar das dificuldades, está funcionando, acredito que mais adiante poderemos colher os frutos. ANEXO 2: Quantidade de horas aula por mês. ANEXO 3: Dias fixos de cada voluntário e quantidades de crianças atendidas. PLANEJAMENTO SEMESTRAL DAS AULAS DE INFORMATICA ANSPAZ Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho TOTAL Encontros 5 6 8 8 9 10 10 Horas 25 30 40 40 45 50 50 280 Tabela de dias dos Voluntários SEGUNDA QUARTA SEXTA QTD CRIANÇAS MANHÃ MOISES RAFAEL REGIS 12 TARDE LUCIANE LUCAS LUCIANA 15 TOTAL POR SEMANA DE CRIANÇAS ATENDIDAS 81