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Oficina de escrita
criativa!
Professor Fábio O. Santos
A literatura como remédio da
alma!
Sempre vale a lógica de que se escreve, primeiro, para
se satisfazer a si mesmo, afinal, não existe em lugar
algum nada que obrigue quem quer que seja a ler o que
um outro alguém escreve e publica.
Escrevendo Minicontos:
 Miniconto é um tipo de conto muito pequeno, digamos que com no máximo
uma página, ou um parágrafo. Alguns dizem que ele é o primo mais novo do
poema em prosa, outros apontam as fábulas chinesas como origem, de certo é
que desde meados do século XX o conto tem experimentado – com sucesso –
formas extremamente breves a partir de textos de autores como Cortázar,
Borges, Kafka, Arreola, Monterroso e Trevisan.
 A literatura latino-americana, responsável pela difusão inicial do gênero, tem
não apenas apresentado antologias como também estudos acadêmicos acerca
do que eles chamam de microrrelato.
Um pouco de história...
 No Brasil, a partir dos anos 90 houve uma grande quantidade de autores
publicando livros com ou exclusivamente de minicontos. O pioneiro, de Dalton
Trevisan;
 Contos Contidos, de Maria Lúcia Simões (1996);
 Pérolas no decote, de Pólita Gonçalves (1998);
 Passaporte, de Fernando Bonassi (2001).
Como provocar um efeito em um número
limitado de páginas ou linhas?
 1. Cada um de nós tem um ponto de vista, uma perspectiva, seja escritor ou
não.
 2. O escritor: olha para uma cena e vai descrevê-la pela sua perspectiva.
 3. A originalidade do trabalho do escritor é conseguir passar para o papel, é
conseguir escrever esse seu ponto de vista com precisão.
 OBS.: O bom escritor é aquele que, além de ter uma uma visão diferente, e
isso é inerente da condição humana, qualquer um vai ter uma visão diferente,
vai conseguir externar essa visão, usando elementos, ferramentas da técnica
ficcional.
Técnica: Figuras de construção.

Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
Exemplo: "Na sala, apenas quatro ou cinco convidados." (omissão de havia)

Zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes. Exemplo: "Ele
prefere cinema; eu, teatro." (omissão de prefiro).

Anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou
frases. Exemplo: "Amor é um fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não
se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer".
Este poema de Luís de Camões tem quase 500 anos e até hoje é considerado um
dos melhores poemas de amor da história da literatura de língua portuguesa.
Confira uma releitura feita por Renato Russo na famosa música Monte Castelo.
Figuras de som:
 Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
Exemplo: "Esperando, parada, pregada na pedra do porto."
Assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
Exemplo:
“Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral."
Paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de
significados distintos. Exemplo: "Eu que passo, penso e peço."
Figuras de palavra:
 Metáfora: empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação
de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma
comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido. Exemplo: "Meu pensamento
é um rio subterrâneo."
Metonímia: como a metáfora, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser
usada com outro significado. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os
termos. Exemplo: Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)
Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito,
toma-se outro por empréstimo. Exemplo: O pé da mesa estava quebrado.
Antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o
identifique: Exemplo: ...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
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opõem pelo sentido. Exemplo: "Os jardins têm vida e morte."
Ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-
se, com isso, efeito crítico ou humorístico. Exemplo: "A excelente Dona Inácia era
mestra na arte de judiar de crianças."
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síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável. Exemplo: Ele
enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)
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Exemplo: Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede). A música
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Oficna de escrita criativa

  • 2. A literatura como remédio da alma!
  • 3. Sempre vale a lógica de que se escreve, primeiro, para se satisfazer a si mesmo, afinal, não existe em lugar algum nada que obrigue quem quer que seja a ler o que um outro alguém escreve e publica.
  • 4. Escrevendo Minicontos:  Miniconto é um tipo de conto muito pequeno, digamos que com no máximo uma página, ou um parágrafo. Alguns dizem que ele é o primo mais novo do poema em prosa, outros apontam as fábulas chinesas como origem, de certo é que desde meados do século XX o conto tem experimentado – com sucesso – formas extremamente breves a partir de textos de autores como Cortázar, Borges, Kafka, Arreola, Monterroso e Trevisan.  A literatura latino-americana, responsável pela difusão inicial do gênero, tem não apenas apresentado antologias como também estudos acadêmicos acerca do que eles chamam de microrrelato.
  • 5.
  • 6. Um pouco de história...  No Brasil, a partir dos anos 90 houve uma grande quantidade de autores publicando livros com ou exclusivamente de minicontos. O pioneiro, de Dalton Trevisan;  Contos Contidos, de Maria Lúcia Simões (1996);  Pérolas no decote, de Pólita Gonçalves (1998);  Passaporte, de Fernando Bonassi (2001).
  • 7. Como provocar um efeito em um número limitado de páginas ou linhas?  1. Cada um de nós tem um ponto de vista, uma perspectiva, seja escritor ou não.  2. O escritor: olha para uma cena e vai descrevê-la pela sua perspectiva.  3. A originalidade do trabalho do escritor é conseguir passar para o papel, é conseguir escrever esse seu ponto de vista com precisão.  OBS.: O bom escritor é aquele que, além de ter uma uma visão diferente, e isso é inerente da condição humana, qualquer um vai ter uma visão diferente, vai conseguir externar essa visão, usando elementos, ferramentas da técnica ficcional.
  • 8. Técnica: Figuras de construção.  Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto. Exemplo: "Na sala, apenas quatro ou cinco convidados." (omissão de havia)  Zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes. Exemplo: "Ele prefere cinema; eu, teatro." (omissão de prefiro).  Anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases. Exemplo: "Amor é um fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer". Este poema de Luís de Camões tem quase 500 anos e até hoje é considerado um dos melhores poemas de amor da história da literatura de língua portuguesa. Confira uma releitura feita por Renato Russo na famosa música Monte Castelo.
  • 9. Figuras de som:  Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais. Exemplo: "Esperando, parada, pregada na pedra do porto." Assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos. Exemplo: “Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral." Paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos. Exemplo: "Eu que passo, penso e peço."
  • 10. Figuras de palavra:  Metáfora: empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido. Exemplo: "Meu pensamento é um rio subterrâneo." Metonímia: como a metáfora, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Exemplo: Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa) Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo. Exemplo: O pé da mesa estava quebrado. Antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique: Exemplo: ...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles) Sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo: A luz crua da madrugada invadia meu quarto.
  • 11. Figuras de pensamento:  Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido. Exemplo: "Os jardins têm vida e morte." Ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo- se, com isso, efeito crítico ou humorístico. Exemplo: "A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças." Eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável. Exemplo: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou) Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática. Exemplo: Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede). A música "Exagerado", do Cazuza, é quase um hino da hipérbole.