1. O PAPEL DO ENSAIO
NO JORNALISMO
CONTEMPORÂNEO
Rodrigo Volponi
2. O Precursor
Visões e Tipos
Ensaio Jornalístico
12 Características
O Fluxo
Papel do Ensaio
3. Michel de Montaine
O Precursor do Ensaio Pessoal
Escritor e ensaísta francês do século XVI.
Autor da obra composta por 3 volumes
batizada de Essays.
Seus textos apresentavam análises de
instituições, costumes e dogmas da época.
Seu principal objeto de estudo era
a generalidade da humanidade.
Reflexões sobre o comportamento das pessoas,
acontecimentos históricos e sua própria
história.
4. Michel de Montaine
Estilo e público
Escrita de forma acessível;
Cumplicidade com o humano;
Não tinha um público definido,
Construía seus ensaios
metódicamente sem método;
Variedade de assuntos;
5. “Devemos evitar nos ater às opiniões correntes
e julgá-las pela razão, não pela voz do povo.”
(Montaigne)
6. Prova, experiência. Uma tentativa.
Apresentação de um assunto, seja ele filosófico, científico,
histórico ou de teoria literária.
Caracterizado pela síntese e pelo tratamento crítico.
Etimologia
8. “Eu considero um gênero. Eu considero o perfil,
o jornalismo literário de viagem, o texto de memórias
gêneros. Eu chamo de gêneros, pois eles têm
especificidades muito claras, mas mantém uma matriz de
conexão com o básico do Jornalismo Literário.
E o que é o básico do JL? É a busca da compreensão,
mesmo intuitivamente, de uma leitura complexa do real.”
Um Gênero do Jornalismo Literário
Edvaldo Lima
O ensaio pessoal
9. “No ensaio como forma, o que se anuncia de modo inconsciente e
distante da teoria é a necessidade de anular, mesmo no procedimento
concreto do espírito, as pretensões de completude...
Ao se rebelar esteticamente contra o método mesquinho, cuja única
preocupação é não deixar escapar nada,
o ensaio obedece a um motivo da crítica epistemológica.”
Uma Forma de Pensamento
Theodor Adorno
O ensaio como forma
A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do
conhecimento, e também é conhecida como teoria do conhecimento.
10. “...o ensaio com sua combinação elaborada de
autobiografia, auto-reflexão e estilo sedutor e,
finalmente, com sua aliança entre a arte e ciência,
mostra-se, hoje, o modo mais adequado para recuperar
uma exuberância ornamental, agora plenamente criativa,
para a imaginação complexa.”
Um Modo de Exposição
José Català
A estética do ensaio
11. Um Método & Gênero
“O ensaio é um gênero e ao mesmo tempo é um método.
É um gênero porque é uma ampla forma orgânica de
modelo de construção de um tecido de pensamentos em
texto de reflexão sobre as realidades humanas.
É um método porque é um caminho para a construção
de conhecimentos nas ciências humanas e sociais.”
Raul Vargas
Reportagensaio
12. Formas de Pensamento
SIMPLISTA
Superficial, segmentado e direto
Tentativa de apropriação da verdade
Parte de uma ideia pré-concebida
Tenta controlar a informação
Busca pela completude:
exatas, simétricas e conclusivas
Pensamento mutilador
Edgar Morin
A reforma do pensamento
13. Formas de Pensamento
SIMPLISTA COMPLEXO
Superficial, segmentado e direto
Tentativa de apropriação da verdade
Parte de uma ideia pré-concebida
Tenta controlar a informação
Busca pela completude:
exatas, simétricas e conclusivas
Pensamento mutilador
Profundo e interligado;
Aproximação da realidade humana;
Busca pela clareza, aberto ao novo;
Articulação transdisciplinar
Busca por novas possibilidades,
permite abertura e aceita assimetria;
Pensamento agregador
Edgar Morin
A reforma do pensamento
14. Forma de pensamento.
Tudo isso
Tudo, menos simplista.
Método de construção de conhecimento
Gênero textual do Jornalismo Literário
Modo de exposição das camadas da realidade complexa
17. ENSAIO
LITERÁRIO
Escritora americana. Possui dirversos trabalhamos como jornalista, ensaísta e romancista.
Colaborada do New Yorker Review of Books e na revista The New Yorker. Prêmio National Book Award.
18. Pai Polícia -Talita Virgínia, no seu TCC, contou a história de um policial, seu pai. Nessa trajetória acabou
revelando sua própria vida, captando de forma muito rica o universo ao seu redor, uma história contada com a
sensibilidade que apenas uma mulher, estudante, fotógrafa e filha, conseguiria produzir
ENSAIO FOTOGRÁFICO
Talita Virgínia
19. ENSAIO VISUAL
Pablo Ruiz Picasso | Pintor, escultor e poeta
Em janeiro de 1937, o governo espanhol pediu a Picasso que criasse algo para o pavilhão da Espanha na Exposição
Internacional de Paris. No dia 26 de março, a cidade basca de Guernica havia sido arrasada por aviões nazi-fascistas
que testavam seus novos equipamentos. Profundamente comovido pelas fotografias que estampavam o horror nos
jornais, decidiu traduzir seu sentimento de repulsa à guerra. Trancafiado no seu ateliê por cerca de um mês,
materializou e expôs aquilo que se tornaria sua obra-prima: o painel de Guernica
20. FILME
Agnès Varda
Fotógrafa e Cineasta Belga
Roteirista e Cineasta Belga. Com entrevistas, fotografias, reportagens e trechos de suas obras,
como uma espécie de álbum de família, Varda monta um ensaio sobre sua vida e obra. Uma tentativa exploratória
de compreender retrospectivamente as formas em que sua vida e seu cinema evoluíram juntos.
Prêmios: César de Melhor Documentário. National Society of Film Critics de Melhor Documentário
21. JORNALÍSTICO
Eliane Brum
Escritora, repórter e jornalista.
El País
A obra é um conjunto de ensaios-reportagens, reunidas em livro, sobre o olhar da autora, a repórter Eliane Brum,
em busca dos acontecimentos que não viram notícia e das pessoas que não são celebridades. Prêmio Jabuti 2007.
22. Jornalismo “fora” da agenda;
De profundidade;
Novas formas de interpretar o Mundo;
Argumentos X Fatos;
A prática do ato de Compreender;
As vozes das Pessoas X “Especialistas”.
O JORNALISMO DE TIPO
ENSAÍSTICO
26. 1º ATO | COMPREENDER
Buscar temas que causam sensações.
Colocar-se no lugar do outro.
Relacionar as perspectivas com os fatos.
Viver a experiência.
28. 2º ATO | INTERPRETAR
Comunicação verbal entre os fatos,
perspectivas e experiência pessoal com o tema.
Papel de mediador dando ao leitor condições
de interpretar as informações apresentadas.
30. 3º ATO | REPORTAR
Objetividade do tema.
Fazer com que seja compreendido.
Estilo de escrita com marca pessoal. Vigor!
Proximidade entre o tema e o público.
32. Mudar a forma do pensar.
Construir conhecimento.
Expressar assuntos de forma compreensiva.
Libertar e integrar disciplinas, redes e pessoas.
Levar à sociedade reflexões mais profundas.
O Papel do Ensaio no Jornalismo
33. À beira de um precipício só há uma maneira
de andar para frente: é dar um passo atrás.
(Michel de Montaigne)