SlideShare uma empresa Scribd logo
PRÉMIOS E                                                                                                                                                                             D E S TA Q U E   5
                                                                                                                                                                                PÚBLICO•SÁBADO, 3 JUL 2004



HOMENAGENS
Sophia escreveu e publicou
quase até ao final da vida, so-              Uma criança                                                                                                   A força das
bretudo poesia e livros para
crianças, mas também contos,                                                                                                                               palavras na
um ou dois ensaios e uma peça
de teatro, “O Colar”, editada
em 2001. Devem-se-lhe ainda
algumas traduções: “A Anun-
ciação a Maria”, de Claudel,
                                            não é um pateta                                                                                                 defesa da
“Um Amigo” e “Ser Feliz”,
de Leif Kristiansson, “A Vi-
da Quotidiana no Tempo de
                                  Gostando de contar histó-
                                  rias, Sophia não suportava
                                                                                                                 uma fantasia — é o símbo-
                                                                                                                 lo de uma realidade” (“As
                                                                                                                                                           Revolução
Homero”, de Émile Mireaux,        “a sentimentalidade da                                                         Crianças Entrevistam 16             Deputada à Assembleia Constituinte
e o “Hamlet”, de Shakespeare.     mensagem” das narrati-                                                         Escritores”, edição da Es-
Traduziu também o “Purga-         vas que ia lendo aos filhos:                                                  cola Preparatória de Fran-          e militante socialista, Sophia de Mello
tório” para uma versão da         “Uma criança é uma crian-                                                     cisco Arruda). Também na           Breyner criticou os excessos da revolução
“Divina Comédia” de Dante         ça, não é um pateta. Atirei                                                  obra “O Cavaleiro da Dina-          e defendeu a cultura como “necessidade
co-realizada com Fernanda         os livros fora e resolvi in-                                                 marca” (1964) a religião e
Botelho e Armindo Rodri-          ventar.” Estava-se no final                                                  o Natal estão presentes.
                                                                                                                                                      fundamental de todos os homens”
gues. Para francês, traduziu      dos anos 50 e a literatura                                                   Há um cavaleiro que parte
poemas de Camões, Cesário,        para crianças em Portu-                                                      para a Terra Santa e no ca-                           EUNICE LOURENÇO
Sá-Carneiro e Pessoa.             gal tinha um excessivo                                                      minho é posto à prova, algo
   Além do já referido prémio     pendor didáctico e uma                                                      semelhante a um percurso            Para comemorar os 30 anos do 25 de Abril, o Presidente
da Sociedade Portuguesa de        asfixia      moralizante.                                                   iniciático para a regenera-         da República escolheu um poema de Sophia de Mello
Escritores, atribuído a “Livro    Sophia rompeu com essa                                                     ção espiritual. Regressa a           Breyner. No Quartel do Carmo, na presença de alguns
Sexto”, em 1964 (ver texto ao     prática e com o infantilismo                                                     casa na noite em que           dos filhos da poetisa, Jorge Sampaio descerrou uma
lado), recebeu o Prémio Tei-      dos contos. Nada de diminutivos                                                     Jesus Cristo nasceu.        placa com os quatro versos que ela dedicou à Revo-
xeira de Pascoaes, em 1977, pe-   nem concessões às pressupostas                                                      A fé de Sophia.             lução: “Esta é a madrugada que eu esperava/ O dia
la obra “O Nome das Coisas”,      limitações das crianças. Antes                                                        “O Rapaz de Bronze”       inicial inteiro e limpo/ Onde emergimos da noite e do
o Prémio do Centro Português      o maravilhoso, a fantasia, a ale-                                                  é o livro que se segue       silêncio/ E livres habitamos a substância do tempo.”
da Associação de Críticos Li-     goria do real, para uma leitura                                                    na cronologia, datando          O seu empenho político vinha muito de trás. Depois
terários, em 1983, atribuído a    de encantamento.                                                                   de 1966. À noite, uma        do casamento com o advogado e jornalista Francisco
“Navegações”, o Prémio D.            Ao fascínio pelo mundo e ao                                                     estátua salta do seu         Sousa Tavares, fixou-se em Lisboa, onde passou a divi-
Dinis, da Fundação Casa de        louvor à vida junta o respeito                                                    pedestal, atravessa o         dir a sua actividade entre a poesia e a actividade cívica,
Mateus, em 1990, por “Ilhas”,     pelas palavras. E pelos outros.                                                   lago e conversa com as        tendo sido notória activista contra o regime de Salazar,
O Grande Prémio de Poesia         A justiça, a ordem, a integrida-                                                  flores. Também a filha        sobretudo através da Comissão Nacional de Socorro
do Pen Club português, em         de são os valores que reclama.                                                    do jardineiro o pode          aos Presos Políticos, de que foi sócia-fundadora.
1990, o Prémio Gulbenkian de      Com eles e através deles, So-                                                    ouvir, a Florinda, esco-          Depois da Revolução, foi eleita deputada à Assem-
Literatura para Crianças, em      phia seduz e conquista. Ontem                                                    lhida para alegrar mais        bleia Constituinte, pelo PS, participando assim num
1992, e o Prémio Vida Literá-     e sempre.                                                                        ainda a festa das flores.      Parlamento em que a diversidade de origens, classes,
ria da Associação Portuguesa         Quantos dos que hoje va-                                                     A descoberta dos misté-         formações e profissões era muito mais diverso do que
de Escritores, em 1994.           gueiam por estas páginas                                                 rios da noite e do crescimento.        actualmente. “Era um estado de emergência. Muitas
   O seu último livro de          (desse lado e deste) foram                                               “As coisas extraordinárias e as        pessoas entenderam que aquilo era um dever cívico
poemas, “O Búzio de Cós”,         seduzidos pelas suas histórias                                           coisas fantásticas também são          de emergência a que não podiam faltar”, dizia Pedro
publicado em 1997, venceu a       e personagens? Como aquela                                              verdadeiras. Porque há um país          Roseta ao PÚBLICO, há quatro anos, explicando aquela
primeira edição do prémio         criança em cuja mente ficou                                             que é a noite e um país que é o                                  Assembleia onde se juntavam
de poesia da Fundação Luís        a ecoar a frase: “Parece um                                             dia”, explica o rapaz-estátua.                                   operários e poetas, doutores e
Miguel Nava, cuja revista,        amigo. É exactamente igual a                                            “Como o mundo é maravilho-                                       engenheiros.
“Relâmpago”, lhe consa-           um amigo.” Sem se recordar                                             so”, responde a menina. O des-        A FRASE                        Nessa Assembleia, Sophia
grou, em 2001, um número          onde a teria lido, acabaria                                            lumbramento de Sophia.                                            interveio sobretudo em de-
especial. Em 1999, Sophia         por reencontrá-la já adulta                                               Em 1968, é publicado “A Flo-       “A cultura é uma            bates em que a cultura estava
recebeu finalmente o mais         em “Uma Noite de Natal”.                                              resta”. Um anão pede ajuda a           das formas de               presente. E, aliando a força das
importante prémio literário       E é inominável a alegria no                                           Isabel na tarefa de distribuir o seu   libertação do               palavras a um vigor físico que
de língua portuguesa, o Pré-      momento de a recuperar e                                              tesouro. Fica então a conhecer os      homem. Por                  impressionava, foi uma voz lú-
mio Camões.                       situar.                                                              benefícios e malefícios do dinhei-                                  cida e clara contra os excessos
   Fora de Portugal, a impor-        Eis a magia da autora, dar                                        ro e a dor da separação. O anão
                                                                                                                                               isso, perante a             do processo revolucionário.
tância da sua obra foi reco-      algo de essencial que resiste ao                                     terá de partir para as florestas do     política, a cultura             “A Revolução que então
nhecida através de galardões      tempo. Daí a emoção que acom-                                          Norte. Um professor aconselha-a:      deve sempre ter a           vimos pareceu-nos a revolu-
como a Placa de Honra do          panha cada regresso aos seus                                          “Escreve esta história. As coisas      possibilidade de            ção exemplar. Mas desgra-
Prémio Francesco Petrarca,        livros, para crianças ou para os                                      que passam ficam vivas para            funcionar como              çadamente, dia após dia, a
ou o Prémio Max Jacob – de        outros.                                                               sempre numa história escrita.”                                     Revolução tem estado a ser
que se tornou, em 2001, a pri-                                                                         A sabedoria de Sophia.
                                                                                                                                               antipoder. E se             desvirtuada pelo abuso e pela
meira detentora não francesa.     O imaginário de Sophia                                                   Dezassete anos mais tarde,          é evidente que o            avidez de poder das falsas
Em 2003, recebeu o prestigia-     “A Menina do Mar” e “A Fada                                          surge “A Árvore”, dois contos           Estado deve à               vanguardas ideológicas. (…)
díssimo Prémio Reina Sofia        Oriana” nasceram em 1958. No                                        tradicionais japoneses (o que dá         cultura o apoio que A Revolução tem estado cons-
de Poesia Iberoamericana,         primeiro título, conta-se a apro-                                   nome ao livro e “O Espelho ou o          deve à identidade tantemente a ser liderada pelo
atribuído pelo Património         ximação entre uma menina que                                        Retrato Vivo”) que homenageiam                                       maximalismo literário dos fal-
Nacional de Espanha e pela        vive no mar e um menino que                                         a transformação que os homens
                                                                                                                                               de um povo, esse            sos intelectuais de Lisboa, pelo
Universidade de Salamanca.        vive na terra. Nenhum pode                                                    imprimem aos objectos e o      apoio deve ser              facciosismo dos inconscientes
   Em Loulé, a nova Bibliote-     sobreviver no elemento do                                                     conhecimento das sucessi-      equacionado de              e dos loucos, pelas estratégias
ca Municipal adoptou o seu        outro, mas vão desvendando                                                   vas gerações. Uma árvore        forma a defender            dos oportunistas do marxismo
nome. E o Centro Nacional         mutuamente os mundos que                                                     antiga torna-se uma gui-        a autonomia e               pronto-a-vestir”, alertava, em
de Cultura homenageou,            habitam. E aceitam-se nas                                                    tarra japonesa, isto depois                                 Agosto de 1975, num debate em
em 2002, Sophia e Francisco       diferenças. A tal ponto que o                                                de ter sido mastro de uma
                                                                                                                                               a liberdade da              que rejeitou a eventual criação
Sousa Tavares pelo contribu-      rapaz passa a ser “sábio como                                               barca. A universalidade de       cultura para que            de uma Secretaria de Estado
to que deram para a preserva-     um caranguejo” e “feliz como                                                Sophia.                          nunca a acção               da Cultura no Ministério da
ção da liberdade de expressão     um peixe”. O mar é o reino de                                                  Em 1991, a autora seleccio-   do Estado se                Comunicação Social.
naquele espaço, baptizando        Sophia: “Quando tinha cinco                                                na poemas para a infância e       transforme em                  Dois meses depois, na
uma das salas do edifício com     ou seis anos (…) a felicidade                                              adolescência de autores de                                    discussão do artigo da Cons-
os nomes de ambos.                máxima era tomar banho                                                     países lusófonos. Uma espé-       dirigismo”                  tituição sobre a liberdade de
   Homenagem não menos            entre os rochedos” (“Anto-                                                 cie de iniciação à poesia. E      ASSEMBLEIA                  criação, alertava para o enten-
relevante à sua obra, e so-       logia Diferente”).                                                         deixa um pedido: “Espero          CONSTITUINTE,               dimento da cultura não como
bretudo mais útil para os            No segundo livro, há uma fada que perde o          que estes poemas sejam lidos em voz alta, pois         Agosto de 1975              “um luxo de privilegiados, mas
seus leitores, é o projecto de    dom de voar. Envaidecida com os elogios de um         a poesia é oralidade.” Em 1992, oferece ao padre                                   uma necessidade fundamental
uma edição crítica da poesia      peixe (o mar, sempre), Oriana esquece-se dos          Nuno Higino uma história, “O Anjo de Timor”.                                       de todos os homens”. Em De-
de Sophia, que deverá sair        outros e apaga do seu íntimo a generosidade.          Graça Morais ilustra-a e é publicada no final de                                   zembro do mesmo ano, seria
com a chancela da editorial       Outro dom perdido. Para voltar à harmonia             2003. De novo o talento e a sensibilidade de quem         a voz do PS a pedir a revisão do Pacto MFA/ partidos:
Caminho, que entretanto tem       em que antes vivia, a fada terá de recuperar a        procura furiosamente a verdade e uma ordem                “Queremos ser regidos por leis e não queremos ser
vindo a publicar, em volumes      justiça no tratamento com todos os seres. O bem       cósmica — Sophia.                                         regidos por regimentos. Queremos um exército que
autónomos, reedições revistas     e o mal segundo Sophia.                                  O mundo que conhecemos está agora menos                garanta a construção da democracia e não um exército
de todos os livros de poemas         Em 1959, o sagrado e o divino chegam-nos           luminoso. Num outro, a bela Sophia dança com              que se autodestrói ou destrói a democracia.”
da autora. Até ao momento,        através do conto “A Noite de Natal”. Joana se-        um rapaz de bronze, rodeada de flores num                    Cumprido o “dever cívico” de dar uma Constituição
saíram já onze títulos. Ambos     gue a estrela com os Reis Magos, vai à procura        imenso jardim perto da floresta. Ao fundo, o              democrática a Portugal, Sophia não voltaria a sentar-
os projectos vêm sendo coor-      do seu amigo, um garoto “todo vestido de re-          mar. E é Verão. Se por lá alguém houver que               se em São Bento. Mas continuaria a ter intervenção
denados por Maria Andresen,       mendos”. É assim que celebra o nascimento de          a não conheça, pensará: “Parece uma amiga.                política relevante como militante socialista, tendo
filha de Sophia, e Luís Manuel    Cristo. “No mundo, todos nós somos pessoas que        É exactamente igual a uma amiga.” ■ RITA                  tido um papel destacado na campanha presidencial
Gaspar. ■ L.M.Q.                  vão atrás da estrela (…) E por isso a estrela não é   PIMENTA                                                   de Mário Soares, em 1986. ■

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mademoiselle Zhivago-Comentários
Mademoiselle Zhivago-ComentáriosMademoiselle Zhivago-Comentários
Mademoiselle Zhivago-Comentários
Jonathan Soares
 
A doida
A doidaA doida
Revista ler agustina a_indomavel
Revista ler agustina a_indomavelRevista ler agustina a_indomavel
Revista ler agustina a_indomavel
Anaigreja
 
Milagrário pessoal
Milagrário pessoalMilagrário pessoal
Milagrário pessoal
Thepatriciamartins12
 
Análise Literária do Livro "A Moreninha" de Joaquim Manuel Macedo
Análise Literária do Livro "A Moreninha" de Joaquim Manuel MacedoAnálise Literária do Livro "A Moreninha" de Joaquim Manuel Macedo
Análise Literária do Livro "A Moreninha" de Joaquim Manuel Macedo
Marcely Duany Correa de Brito
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
12anogolega
 
Doc1
Doc1Doc1
Miolo extracto_Contos Fantásticos
Miolo extracto_Contos FantásticosMiolo extracto_Contos Fantásticos
Miolo extracto_Contos Fantásticos
Dulce Abalada
 
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo PaesPoetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
Paula Back
 
Capitães da areia - Jorge amado
Capitães da areia - Jorge amadoCapitães da areia - Jorge amado
Capitães da areia - Jorge amado
Sabrina Dará
 
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães RosaAnálise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
jasonrplima
 
Last PP - Julha
Last PP - JulhaLast PP - Julha
Last PP - Julha
12anogolega
 
Revista literatas edição 7
Revista literatas   edição 7Revista literatas   edição 7
Revista literatas edição 7
canaldoreporter
 
Obras do Plano Nacional de Leitura
Obras do Plano Nacional de LeituraObras do Plano Nacional de Leitura
Obras do Plano Nacional de Leitura
Paula Morgado
 
Lista livros-metas - 3º ciclo
Lista livros-metas - 3º cicloLista livros-metas - 3º ciclo
Lista livros-metas - 3º ciclo
bibliotecamarrazes
 
Lista obras textos educação Literária Secundário
Lista obras textos educação Literária  SecundárioLista obras textos educação Literária  Secundário
Lista obras textos educação Literária Secundário
BE123AEN
 
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
Cláudia Heloísa
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
BiiancaAlvees
 
Maria De Lourdes Reis - Dentre Outras Coisas
Maria De Lourdes Reis   - Dentre Outras CoisasMaria De Lourdes Reis   - Dentre Outras Coisas
Maria De Lourdes Reis - Dentre Outras Coisas
Johnny Batista Guimaraes
 

Mais procurados (19)

Mademoiselle Zhivago-Comentários
Mademoiselle Zhivago-ComentáriosMademoiselle Zhivago-Comentários
Mademoiselle Zhivago-Comentários
 
A doida
A doidaA doida
A doida
 
Revista ler agustina a_indomavel
Revista ler agustina a_indomavelRevista ler agustina a_indomavel
Revista ler agustina a_indomavel
 
Milagrário pessoal
Milagrário pessoalMilagrário pessoal
Milagrário pessoal
 
Análise Literária do Livro "A Moreninha" de Joaquim Manuel Macedo
Análise Literária do Livro "A Moreninha" de Joaquim Manuel MacedoAnálise Literária do Livro "A Moreninha" de Joaquim Manuel Macedo
Análise Literária do Livro "A Moreninha" de Joaquim Manuel Macedo
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Doc1
Doc1Doc1
Doc1
 
Miolo extracto_Contos Fantásticos
Miolo extracto_Contos FantásticosMiolo extracto_Contos Fantásticos
Miolo extracto_Contos Fantásticos
 
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo PaesPoetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
 
Capitães da areia - Jorge amado
Capitães da areia - Jorge amadoCapitães da areia - Jorge amado
Capitães da areia - Jorge amado
 
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães RosaAnálise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
 
Last PP - Julha
Last PP - JulhaLast PP - Julha
Last PP - Julha
 
Revista literatas edição 7
Revista literatas   edição 7Revista literatas   edição 7
Revista literatas edição 7
 
Obras do Plano Nacional de Leitura
Obras do Plano Nacional de LeituraObras do Plano Nacional de Leitura
Obras do Plano Nacional de Leitura
 
Lista livros-metas - 3º ciclo
Lista livros-metas - 3º cicloLista livros-metas - 3º ciclo
Lista livros-metas - 3º ciclo
 
Lista obras textos educação Literária Secundário
Lista obras textos educação Literária  SecundárioLista obras textos educação Literária  Secundário
Lista obras textos educação Literária Secundário
 
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Maria De Lourdes Reis - Dentre Outras Coisas
Maria De Lourdes Reis   - Dentre Outras CoisasMaria De Lourdes Reis   - Dentre Outras Coisas
Maria De Lourdes Reis - Dentre Outras Coisas
 

Semelhante a Na Morte de Sophia Andresen

Biografia sophia de melo breyner andresen
Biografia sophia de melo breyner andresenBiografia sophia de melo breyner andresen
Biografia sophia de melo breyner andresen
Sara Gonçalves
 
Estação Ciência no Reinado do Sol
Estação Ciência no Reinado do Sol Estação Ciência no Reinado do Sol
Estação Ciência no Reinado do Sol
Christian Melo
 
Luisa ducla soares
Luisa ducla soaresLuisa ducla soares
Luisa ducla soares
elsamariana
 
Contacto - abril de 2023.pdf
Contacto - abril de 2023.pdfContacto - abril de 2023.pdf
Contacto - abril de 2023.pdf
BibliotecasEscolares3
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELESSEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
Marcelo Fernandes
 
A luísa ducla soares biobibliografia
A luísa ducla soares biobibliografiaA luísa ducla soares biobibliografia
A luísa ducla soares biobibliografia
Ana Arminda Moreira
 
2°Tarefa-Lìngua Portuguesa
2°Tarefa-Lìngua Portuguesa2°Tarefa-Lìngua Portuguesa
2°Tarefa-Lìngua Portuguesa
Natalia Salgado
 
Sophia De Mello Breyner Andresen Biografia
Sophia De Mello Breyner Andresen BiografiaSophia De Mello Breyner Andresen Biografia
Sophia De Mello Breyner Andresen Biografia
GyuLshen Topalova
 
Páginas2 abril2011
Páginas2 abril2011Páginas2 abril2011
Páginas2 abril2011
mrvpimenta
 
Wole soyinka e o ciclo da existência
Wole soyinka e o ciclo da existênciaWole soyinka e o ciclo da existência
Wole soyinka e o ciclo da existência
tyromello
 
Contacto 1.º período
Contacto   1.º períodoContacto   1.º período
Contacto 1.º período
Bibliotecas Infante D. Henrique
 
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdfprosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
CarolinaDeCastroCerv1
 
T essituras 2012
T essituras 2012T essituras 2012
T essituras 2012
Ana Paula Cecato
 
Bibiografia de sophia de melo anderson
Bibiografia de sophia de melo andersonBibiografia de sophia de melo anderson
Bibiografia de sophia de melo anderson
mariadorosariosilva
 
Natalia Correia
Natalia CorreiaNatalia Correia
Natalia Correia
Maria Pereira
 
Rachel de queiroz
Rachel de queirozRachel de queiroz
Rachel de queiroz
Laíza Krul Kuryluk
 
Bibiografia de sophia de melo anderson
Bibiografia de sophia de melo andersonBibiografia de sophia de melo anderson
Bibiografia de sophia de melo anderson
mariadorosariosilva
 
Biografia sophia melo breyner andresen
Biografia sophia melo breyner andresenBiografia sophia melo breyner andresen
Biografia sophia melo breyner andresen
Sara Gonçalves
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
Samiures
 
Literatura Contemporânea
Literatura  ContemporâneaLiteratura  Contemporânea
Literatura Contemporânea
clemildapetrolina
 

Semelhante a Na Morte de Sophia Andresen (20)

Biografia sophia de melo breyner andresen
Biografia sophia de melo breyner andresenBiografia sophia de melo breyner andresen
Biografia sophia de melo breyner andresen
 
Estação Ciência no Reinado do Sol
Estação Ciência no Reinado do Sol Estação Ciência no Reinado do Sol
Estação Ciência no Reinado do Sol
 
Luisa ducla soares
Luisa ducla soaresLuisa ducla soares
Luisa ducla soares
 
Contacto - abril de 2023.pdf
Contacto - abril de 2023.pdfContacto - abril de 2023.pdf
Contacto - abril de 2023.pdf
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELESSEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
 
A luísa ducla soares biobibliografia
A luísa ducla soares biobibliografiaA luísa ducla soares biobibliografia
A luísa ducla soares biobibliografia
 
2°Tarefa-Lìngua Portuguesa
2°Tarefa-Lìngua Portuguesa2°Tarefa-Lìngua Portuguesa
2°Tarefa-Lìngua Portuguesa
 
Sophia De Mello Breyner Andresen Biografia
Sophia De Mello Breyner Andresen BiografiaSophia De Mello Breyner Andresen Biografia
Sophia De Mello Breyner Andresen Biografia
 
Páginas2 abril2011
Páginas2 abril2011Páginas2 abril2011
Páginas2 abril2011
 
Wole soyinka e o ciclo da existência
Wole soyinka e o ciclo da existênciaWole soyinka e o ciclo da existência
Wole soyinka e o ciclo da existência
 
Contacto 1.º período
Contacto   1.º períodoContacto   1.º período
Contacto 1.º período
 
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdfprosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
 
T essituras 2012
T essituras 2012T essituras 2012
T essituras 2012
 
Bibiografia de sophia de melo anderson
Bibiografia de sophia de melo andersonBibiografia de sophia de melo anderson
Bibiografia de sophia de melo anderson
 
Natalia Correia
Natalia CorreiaNatalia Correia
Natalia Correia
 
Rachel de queiroz
Rachel de queirozRachel de queiroz
Rachel de queiroz
 
Bibiografia de sophia de melo anderson
Bibiografia de sophia de melo andersonBibiografia de sophia de melo anderson
Bibiografia de sophia de melo anderson
 
Biografia sophia melo breyner andresen
Biografia sophia melo breyner andresenBiografia sophia melo breyner andresen
Biografia sophia melo breyner andresen
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Literatura Contemporânea
Literatura  ContemporâneaLiteratura  Contemporânea
Literatura Contemporânea
 

Mais de mrvpimenta

Alice pdf
Alice pdfAlice pdf
Alice pdf
mrvpimenta
 
Crianças 19 maio pjl47
Crianças   19 maio  pjl47Crianças   19 maio  pjl47
Crianças 19 maio pjl47
mrvpimenta
 
Cultura 3435 03 23-12 p1 s lc01-bolonha
Cultura 3435 03 23-12 p1 s lc01-bolonhaCultura 3435 03 23-12 p1 s lc01-bolonha
Cultura 3435 03 23-12 p1 s lc01-bolonha
mrvpimenta
 
Pág. crianças 4 fev.
Pág. crianças 4 fev.Pág. crianças 4 fev.
Pág. crianças 4 fev.
mrvpimenta
 
Pág. miúdos gatafunho 220112
Pág. miúdos gatafunho 220112Pág. miúdos gatafunho 220112
Pág. miúdos gatafunho 220112
mrvpimenta
 
Pág.crianças28 01-12
Pág.crianças28 01-12Pág.crianças28 01-12
Pág.crianças28 01-12
mrvpimenta
 
Pág.crianças21 janeiro
Pág.crianças21 janeiroPág.crianças21 janeiro
Pág.crianças21 janeiro
mrvpimenta
 
Pág,crianças14 janeiro2012
Pág,crianças14 janeiro2012Pág,crianças14 janeiro2012
Pág,crianças14 janeiro2012
mrvpimenta
 
Cultura folio ilustrarte120112
Cultura folio ilustrarte120112Cultura folio ilustrarte120112
Cultura folio ilustrarte120112
mrvpimenta
 
Miúdos ilustrarte 080112
Miúdos ilustrarte 080112Miúdos ilustrarte 080112
Miúdos ilustrarte 080112
mrvpimenta
 
Pág.crianças17 dezembro de 2011
Pág.crianças17 dezembro de 2011Pág.crianças17 dezembro de 2011
Pág.crianças17 dezembro de 2011
mrvpimenta
 
Pág. crianças 10 dezembro
Pág. crianças 10 dezembroPág. crianças 10 dezembro
Pág. crianças 10 dezembro
mrvpimenta
 
Pág. crianças 3 dezembro2011
Pág. crianças 3 dezembro2011Pág. crianças 3 dezembro2011
Pág. crianças 3 dezembro2011
mrvpimenta
 
Pág.crianças 19 nov
Pág.crianças 19 novPág.crianças 19 nov
Pág.crianças 19 nov
mrvpimenta
 
Miudos - adolescentes e livros 061111
Miudos - adolescentes e livros 061111Miudos - adolescentes e livros 061111
Miudos - adolescentes e livros 061111
mrvpimenta
 
Pág.crianças12 novembro
Pág.crianças12 novembroPág.crianças12 novembro
Pág.crianças12 novembro
mrvpimenta
 
Pág.crianças 5 novembro2011
Pág.crianças 5 novembro2011Pág.crianças 5 novembro2011
Pág.crianças 5 novembro2011
mrvpimenta
 
Pág. crianças 29 outubro
Pág. crianças 29 outubroPág. crianças 29 outubro
Pág. crianças 29 outubro
mrvpimenta
 
Pág.crianças 22 10-11
Pág.crianças 22 10-11Pág.crianças 22 10-11
Pág.crianças 22 10-11
mrvpimenta
 
Pública zoom Conservas portuguesas 161011
Pública zoom Conservas portuguesas 161011Pública zoom Conservas portuguesas 161011
Pública zoom Conservas portuguesas 161011
mrvpimenta
 

Mais de mrvpimenta (20)

Alice pdf
Alice pdfAlice pdf
Alice pdf
 
Crianças 19 maio pjl47
Crianças   19 maio  pjl47Crianças   19 maio  pjl47
Crianças 19 maio pjl47
 
Cultura 3435 03 23-12 p1 s lc01-bolonha
Cultura 3435 03 23-12 p1 s lc01-bolonhaCultura 3435 03 23-12 p1 s lc01-bolonha
Cultura 3435 03 23-12 p1 s lc01-bolonha
 
Pág. crianças 4 fev.
Pág. crianças 4 fev.Pág. crianças 4 fev.
Pág. crianças 4 fev.
 
Pág. miúdos gatafunho 220112
Pág. miúdos gatafunho 220112Pág. miúdos gatafunho 220112
Pág. miúdos gatafunho 220112
 
Pág.crianças28 01-12
Pág.crianças28 01-12Pág.crianças28 01-12
Pág.crianças28 01-12
 
Pág.crianças21 janeiro
Pág.crianças21 janeiroPág.crianças21 janeiro
Pág.crianças21 janeiro
 
Pág,crianças14 janeiro2012
Pág,crianças14 janeiro2012Pág,crianças14 janeiro2012
Pág,crianças14 janeiro2012
 
Cultura folio ilustrarte120112
Cultura folio ilustrarte120112Cultura folio ilustrarte120112
Cultura folio ilustrarte120112
 
Miúdos ilustrarte 080112
Miúdos ilustrarte 080112Miúdos ilustrarte 080112
Miúdos ilustrarte 080112
 
Pág.crianças17 dezembro de 2011
Pág.crianças17 dezembro de 2011Pág.crianças17 dezembro de 2011
Pág.crianças17 dezembro de 2011
 
Pág. crianças 10 dezembro
Pág. crianças 10 dezembroPág. crianças 10 dezembro
Pág. crianças 10 dezembro
 
Pág. crianças 3 dezembro2011
Pág. crianças 3 dezembro2011Pág. crianças 3 dezembro2011
Pág. crianças 3 dezembro2011
 
Pág.crianças 19 nov
Pág.crianças 19 novPág.crianças 19 nov
Pág.crianças 19 nov
 
Miudos - adolescentes e livros 061111
Miudos - adolescentes e livros 061111Miudos - adolescentes e livros 061111
Miudos - adolescentes e livros 061111
 
Pág.crianças12 novembro
Pág.crianças12 novembroPág.crianças12 novembro
Pág.crianças12 novembro
 
Pág.crianças 5 novembro2011
Pág.crianças 5 novembro2011Pág.crianças 5 novembro2011
Pág.crianças 5 novembro2011
 
Pág. crianças 29 outubro
Pág. crianças 29 outubroPág. crianças 29 outubro
Pág. crianças 29 outubro
 
Pág.crianças 22 10-11
Pág.crianças 22 10-11Pág.crianças 22 10-11
Pág.crianças 22 10-11
 
Pública zoom Conservas portuguesas 161011
Pública zoom Conservas portuguesas 161011Pública zoom Conservas portuguesas 161011
Pública zoom Conservas portuguesas 161011
 

Último

Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptxAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AntonioVieira539017
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
livrosjovert
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
lveiga112
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
JoeteCarvalho
 
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua PortuguesaD20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
eaiprofpolly
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
DECIOMAURINARAMOS
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
AmiltonAparecido1
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
TomasSousa7
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
soaresdesouzaamanda8
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
Manuais Formação
 

Último (20)

Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptxAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
 
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua PortuguesaD20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
 

Na Morte de Sophia Andresen

  • 1. PRÉMIOS E D E S TA Q U E 5 PÚBLICO•SÁBADO, 3 JUL 2004 HOMENAGENS Sophia escreveu e publicou quase até ao final da vida, so- Uma criança A força das bretudo poesia e livros para crianças, mas também contos, palavras na um ou dois ensaios e uma peça de teatro, “O Colar”, editada em 2001. Devem-se-lhe ainda algumas traduções: “A Anun- ciação a Maria”, de Claudel, não é um pateta defesa da “Um Amigo” e “Ser Feliz”, de Leif Kristiansson, “A Vi- da Quotidiana no Tempo de Gostando de contar histó- rias, Sophia não suportava uma fantasia — é o símbo- lo de uma realidade” (“As Revolução Homero”, de Émile Mireaux, “a sentimentalidade da Crianças Entrevistam 16 Deputada à Assembleia Constituinte e o “Hamlet”, de Shakespeare. mensagem” das narrati- Escritores”, edição da Es- Traduziu também o “Purga- vas que ia lendo aos filhos: cola Preparatória de Fran- e militante socialista, Sophia de Mello tório” para uma versão da “Uma criança é uma crian- cisco Arruda). Também na Breyner criticou os excessos da revolução “Divina Comédia” de Dante ça, não é um pateta. Atirei obra “O Cavaleiro da Dina- e defendeu a cultura como “necessidade co-realizada com Fernanda os livros fora e resolvi in- marca” (1964) a religião e Botelho e Armindo Rodri- ventar.” Estava-se no final o Natal estão presentes. fundamental de todos os homens” gues. Para francês, traduziu dos anos 50 e a literatura Há um cavaleiro que parte poemas de Camões, Cesário, para crianças em Portu- para a Terra Santa e no ca- EUNICE LOURENÇO Sá-Carneiro e Pessoa. gal tinha um excessivo minho é posto à prova, algo Além do já referido prémio pendor didáctico e uma semelhante a um percurso Para comemorar os 30 anos do 25 de Abril, o Presidente da Sociedade Portuguesa de asfixia moralizante. iniciático para a regenera- da República escolheu um poema de Sophia de Mello Escritores, atribuído a “Livro Sophia rompeu com essa ção espiritual. Regressa a Breyner. No Quartel do Carmo, na presença de alguns Sexto”, em 1964 (ver texto ao prática e com o infantilismo casa na noite em que dos filhos da poetisa, Jorge Sampaio descerrou uma lado), recebeu o Prémio Tei- dos contos. Nada de diminutivos Jesus Cristo nasceu. placa com os quatro versos que ela dedicou à Revo- xeira de Pascoaes, em 1977, pe- nem concessões às pressupostas A fé de Sophia. lução: “Esta é a madrugada que eu esperava/ O dia la obra “O Nome das Coisas”, limitações das crianças. Antes “O Rapaz de Bronze” inicial inteiro e limpo/ Onde emergimos da noite e do o Prémio do Centro Português o maravilhoso, a fantasia, a ale- é o livro que se segue silêncio/ E livres habitamos a substância do tempo.” da Associação de Críticos Li- goria do real, para uma leitura na cronologia, datando O seu empenho político vinha muito de trás. Depois terários, em 1983, atribuído a de encantamento. de 1966. À noite, uma do casamento com o advogado e jornalista Francisco “Navegações”, o Prémio D. Ao fascínio pelo mundo e ao estátua salta do seu Sousa Tavares, fixou-se em Lisboa, onde passou a divi- Dinis, da Fundação Casa de louvor à vida junta o respeito pedestal, atravessa o dir a sua actividade entre a poesia e a actividade cívica, Mateus, em 1990, por “Ilhas”, pelas palavras. E pelos outros. lago e conversa com as tendo sido notória activista contra o regime de Salazar, O Grande Prémio de Poesia A justiça, a ordem, a integrida- flores. Também a filha sobretudo através da Comissão Nacional de Socorro do Pen Club português, em de são os valores que reclama. do jardineiro o pode aos Presos Políticos, de que foi sócia-fundadora. 1990, o Prémio Gulbenkian de Com eles e através deles, So- ouvir, a Florinda, esco- Depois da Revolução, foi eleita deputada à Assem- Literatura para Crianças, em phia seduz e conquista. Ontem lhida para alegrar mais bleia Constituinte, pelo PS, participando assim num 1992, e o Prémio Vida Literá- e sempre. ainda a festa das flores. Parlamento em que a diversidade de origens, classes, ria da Associação Portuguesa Quantos dos que hoje va- A descoberta dos misté- formações e profissões era muito mais diverso do que de Escritores, em 1994. gueiam por estas páginas rios da noite e do crescimento. actualmente. “Era um estado de emergência. Muitas O seu último livro de (desse lado e deste) foram “As coisas extraordinárias e as pessoas entenderam que aquilo era um dever cívico poemas, “O Búzio de Cós”, seduzidos pelas suas histórias coisas fantásticas também são de emergência a que não podiam faltar”, dizia Pedro publicado em 1997, venceu a e personagens? Como aquela verdadeiras. Porque há um país Roseta ao PÚBLICO, há quatro anos, explicando aquela primeira edição do prémio criança em cuja mente ficou que é a noite e um país que é o Assembleia onde se juntavam de poesia da Fundação Luís a ecoar a frase: “Parece um dia”, explica o rapaz-estátua. operários e poetas, doutores e Miguel Nava, cuja revista, amigo. É exactamente igual a “Como o mundo é maravilho- engenheiros. “Relâmpago”, lhe consa- um amigo.” Sem se recordar so”, responde a menina. O des- A FRASE Nessa Assembleia, Sophia grou, em 2001, um número onde a teria lido, acabaria lumbramento de Sophia. interveio sobretudo em de- especial. Em 1999, Sophia por reencontrá-la já adulta Em 1968, é publicado “A Flo- “A cultura é uma bates em que a cultura estava recebeu finalmente o mais em “Uma Noite de Natal”. resta”. Um anão pede ajuda a das formas de presente. E, aliando a força das importante prémio literário E é inominável a alegria no Isabel na tarefa de distribuir o seu libertação do palavras a um vigor físico que de língua portuguesa, o Pré- momento de a recuperar e tesouro. Fica então a conhecer os homem. Por impressionava, foi uma voz lú- mio Camões. situar. benefícios e malefícios do dinhei- cida e clara contra os excessos Fora de Portugal, a impor- Eis a magia da autora, dar ro e a dor da separação. O anão isso, perante a do processo revolucionário. tância da sua obra foi reco- algo de essencial que resiste ao terá de partir para as florestas do política, a cultura “A Revolução que então nhecida através de galardões tempo. Daí a emoção que acom- Norte. Um professor aconselha-a: deve sempre ter a vimos pareceu-nos a revolu- como a Placa de Honra do panha cada regresso aos seus “Escreve esta história. As coisas possibilidade de ção exemplar. Mas desgra- Prémio Francesco Petrarca, livros, para crianças ou para os que passam ficam vivas para funcionar como çadamente, dia após dia, a ou o Prémio Max Jacob – de outros. sempre numa história escrita.” Revolução tem estado a ser que se tornou, em 2001, a pri- A sabedoria de Sophia. antipoder. E se desvirtuada pelo abuso e pela meira detentora não francesa. O imaginário de Sophia Dezassete anos mais tarde, é evidente que o avidez de poder das falsas Em 2003, recebeu o prestigia- “A Menina do Mar” e “A Fada surge “A Árvore”, dois contos Estado deve à vanguardas ideológicas. (…) díssimo Prémio Reina Sofia Oriana” nasceram em 1958. No tradicionais japoneses (o que dá cultura o apoio que A Revolução tem estado cons- de Poesia Iberoamericana, primeiro título, conta-se a apro- nome ao livro e “O Espelho ou o deve à identidade tantemente a ser liderada pelo atribuído pelo Património ximação entre uma menina que Retrato Vivo”) que homenageiam maximalismo literário dos fal- Nacional de Espanha e pela vive no mar e um menino que a transformação que os homens de um povo, esse sos intelectuais de Lisboa, pelo Universidade de Salamanca. vive na terra. Nenhum pode imprimem aos objectos e o apoio deve ser facciosismo dos inconscientes Em Loulé, a nova Bibliote- sobreviver no elemento do conhecimento das sucessi- equacionado de e dos loucos, pelas estratégias ca Municipal adoptou o seu outro, mas vão desvendando vas gerações. Uma árvore forma a defender dos oportunistas do marxismo nome. E o Centro Nacional mutuamente os mundos que antiga torna-se uma gui- a autonomia e pronto-a-vestir”, alertava, em de Cultura homenageou, habitam. E aceitam-se nas tarra japonesa, isto depois Agosto de 1975, num debate em em 2002, Sophia e Francisco diferenças. A tal ponto que o de ter sido mastro de uma a liberdade da que rejeitou a eventual criação Sousa Tavares pelo contribu- rapaz passa a ser “sábio como barca. A universalidade de cultura para que de uma Secretaria de Estado to que deram para a preserva- um caranguejo” e “feliz como Sophia. nunca a acção da Cultura no Ministério da ção da liberdade de expressão um peixe”. O mar é o reino de Em 1991, a autora seleccio- do Estado se Comunicação Social. naquele espaço, baptizando Sophia: “Quando tinha cinco na poemas para a infância e transforme em Dois meses depois, na uma das salas do edifício com ou seis anos (…) a felicidade adolescência de autores de discussão do artigo da Cons- os nomes de ambos. máxima era tomar banho países lusófonos. Uma espé- dirigismo” tituição sobre a liberdade de Homenagem não menos entre os rochedos” (“Anto- cie de iniciação à poesia. E ASSEMBLEIA criação, alertava para o enten- relevante à sua obra, e so- logia Diferente”). deixa um pedido: “Espero CONSTITUINTE, dimento da cultura não como bretudo mais útil para os No segundo livro, há uma fada que perde o que estes poemas sejam lidos em voz alta, pois Agosto de 1975 “um luxo de privilegiados, mas seus leitores, é o projecto de dom de voar. Envaidecida com os elogios de um a poesia é oralidade.” Em 1992, oferece ao padre uma necessidade fundamental uma edição crítica da poesia peixe (o mar, sempre), Oriana esquece-se dos Nuno Higino uma história, “O Anjo de Timor”. de todos os homens”. Em De- de Sophia, que deverá sair outros e apaga do seu íntimo a generosidade. Graça Morais ilustra-a e é publicada no final de zembro do mesmo ano, seria com a chancela da editorial Outro dom perdido. Para voltar à harmonia 2003. De novo o talento e a sensibilidade de quem a voz do PS a pedir a revisão do Pacto MFA/ partidos: Caminho, que entretanto tem em que antes vivia, a fada terá de recuperar a procura furiosamente a verdade e uma ordem “Queremos ser regidos por leis e não queremos ser vindo a publicar, em volumes justiça no tratamento com todos os seres. O bem cósmica — Sophia. regidos por regimentos. Queremos um exército que autónomos, reedições revistas e o mal segundo Sophia. O mundo que conhecemos está agora menos garanta a construção da democracia e não um exército de todos os livros de poemas Em 1959, o sagrado e o divino chegam-nos luminoso. Num outro, a bela Sophia dança com que se autodestrói ou destrói a democracia.” da autora. Até ao momento, através do conto “A Noite de Natal”. Joana se- um rapaz de bronze, rodeada de flores num Cumprido o “dever cívico” de dar uma Constituição saíram já onze títulos. Ambos gue a estrela com os Reis Magos, vai à procura imenso jardim perto da floresta. Ao fundo, o democrática a Portugal, Sophia não voltaria a sentar- os projectos vêm sendo coor- do seu amigo, um garoto “todo vestido de re- mar. E é Verão. Se por lá alguém houver que se em São Bento. Mas continuaria a ter intervenção denados por Maria Andresen, mendos”. É assim que celebra o nascimento de a não conheça, pensará: “Parece uma amiga. política relevante como militante socialista, tendo filha de Sophia, e Luís Manuel Cristo. “No mundo, todos nós somos pessoas que É exactamente igual a uma amiga.” ■ RITA tido um papel destacado na campanha presidencial Gaspar. ■ L.M.Q. vão atrás da estrela (…) E por isso a estrela não é PIMENTA de Mário Soares, em 1986. ■