2. Fasciolose
A fasciolose, também chamada
de fasciolíase, é uma doença
causada pelo parasita Fasciola
hepatica e, certas
vezes, pela Fasciola gigantica.
São parasitas dos canais biliares
de
bovinos, ovinos, caprinos, suínos,
equinos e, raramente, do
homem, sendo mais comum
nos ruminantes.
3. Fasciola hepatica
Os parasitas presentes nos canais biliares irão lançar os
ovos pelabile que irão ser eliminados juntos com as
fezes. Quando em ambiente aquático irão dar origem
aos miracídios dentro de 9 a 25 dias, estes nadam
livremente na água até encontrar um caramujo de água
doce, pertencente ao gênero Lymnaea, penetrando
nestes, alojando-se nos seus tecidos passando para a
forma de esporocistos, onde em seu interior, formam-se
as rédias que se multiplicando de forma assexuada
neste hospedeiro intermediário.
4.
5. Dentro das rédias são formadas as cercarias que irão deixar
o hospedeiro intermediário, ficando aderidas à superfície
das plantas aquáticas, passando a receber o nome
de metacercária, que serão ingeridas pelos herbívoros
quando este alimentar-se das plantas. Quando se trata
do homem, o vegetal ingerido é o agrião. No trato
digestivo as metacercárias irão perfurar a mucosa
intestinal, alcançando o fígado, permanecendo em
seu parênquima por cerca de dois meses. Após esse
tempo, irão alojar-se nos canais biliares, local onde irão
atingir a maturidade sexual, reproduzindo-
seassexuadamente, iniciando novamente o ciclo.
6. O curso da doença nos ruminantes pode ser agudo ou
crônico, sendo que a fasciolose crônica é mais comum. A
aguda consiste, basicamente, em
uma hepatite traumática gerada pela migração
simultânea de um grande número de parasitas. A partir
de seis semanas após a infecção as manifestações
clínicas se tornam mais evidentes, com anorexia e dor
abdominal ao toque. Em casos crônicos, são poucos os
sinais clínicos, quando há.
7. 0 Existem características que aparentemente são
constantes, como perda de apetite e palidez das mucosas;
edemas submandibulares e do úbere podem ser
observados ocasionalmente. Icterícia praticamente não é
observada no animal vivo. Pode ocorrer queda na
produção de lã em ovinos, sem aparentes sintomas da
faciolose. Ocorrem também alterações nas proteínas
séricas, nas células sanguíneas, com o aparecimento de
uma anemia normocítica normocrômica.
0 Já nos humanos, como são hospedeiros acidentais, a
carga parasitária é bem menor e, consequentemente, as
lesões também.
8. No homem, o diagnóstico desta doença só pode ser
feito três meses depois de ocorrida a infecção, pois é
quando os ovos começarão a ser eliminados nas
fezes, sendo visualizados através de técnicas de
microscopia. Como este diagnóstico não é
conclusivo, recomenda-se o teste de
ELISA, imunofluorescência e reação de fixação de
complemento. Pode também ser feita a técnica de
intradermorreação através da inoculação de antígenos.
Podem ser realizados exames de tomografia
computadorizada e ressonância magnética. Nos animais
também é feito exame de fezes e ELISA.
9. O tratamento é feito com a administração do
triclabendazol. Para o homem, a profilaxia é feita
evitando-se o consumo de agrião cru, principalmente
quando são irrigados por água de rio, ou adubados com
estrumes. Quanto ao controle e profilaxia nos
animais, os que estiverem infectados devem ser
tratados, evitando, na medida do possível, que
defequem perto da água. Também deve ser feito um
controle da população de
caramujos Lymnaea, utilizando-se mulusquicidas, além
da drenagem das pastagens alagadas.
10. Ascaridíase
A ascaridíase é o resultado
da infestação do helminto Ascaris
lumbricoides no organismo, sendo
mais frequentemente encontrado
no intestino. Aproximadamente
25% da população mundial possui
estes parasitas, sendo tais
ocorrências típicas de regiões nas
quais o saneamento básico é
precário.
11. Este patógeno, conhecido popularmente
como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode
chegar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são
maiores e mais robustas que os machos; e estes
apresentam a cauda enrolada. Surpreendentemente, um
único hospedeiro pode apresentar até 600 destes
indivíduos.
12. A contaminação por ele se dá pela ingestão de seus
ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e
mãos que tiveram um contato anterior com fezes
humanas contaminadas.
13. No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as
paredes deste órgão e se direcionam aos vasos
sanguíneos e linfáticos; se espalhando pelo organismo.
Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas
juntamente com a tosse ou muco; ou, ainda, serem
deglutidas, alcançando novamente o intestino.
Lá, reproduzem-se sexuadamente, permitindo a
liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil ovos
diários, pelas fezes, propiciando a contaminação de
outras pessoas.
14. Devido ao espalhamento das
larvas, febre, dor de
barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pne
umonia, convulsões e esgotamento físico
e mental são alguns sintomas que
podem se apresentar; dependendo do
órgão que foi afetado. Entretanto, em
muitos casos a verminose se apresenta
assintomática.
15. Para diagnóstico, é necessário que se faça exames de
fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste
animal. Existe tratamento, que é feito com uso de
fármacos e adotando medidas de higiene básica.
Quanto à prevenção, ingerir somente água
tratada, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-
los, lavar sempre as mãos, não defecar em locais
inapropriados, dente outras, fazem parte desta lista.
16. larva migrans cutânea
0 A larva migrans cutânea, conhecida popularmente
como bicho-geográfico, é causada pela penetração de
larvas de parasitas intestinais de cães e gatos na pele
humana, principalmente o Ancylostoma brasiliensis.
17. De incidência maior em países de clima subtropical e
tropical, principalmente em regiões litorâneas, tais
larvas costumam ser encontradas em areias de
praias, tanques e parquinhos: locais onde os animais
domésticos costumam defecar. Estando parasitados por
estes helmintos, os ovos liberados juntamente com as
fezes, em condições favoráveis de umidade e calor, se
transformam em larvas em aproximadamente 24
horas, tornando-se infectantes alguns dias depois.
18. Penetrando na pele humana, migram para o tecido
subcutâneo. Lá, ao se locomoverem, deixam rastros
semelhantes ao desenho de um mapa, estes localizados
predominantemente nos pés, nádegas, costas e mãos –
regiões do corpo que mais entram em contato com o
solo. Provocam também inchaço, reações inflamatórias e
bastante coceira, principalmente à noite. Tais manifestações
podem atrapalhar o sono do indivíduo, propiciando um
quadro de grande irritabilidade; e também causar infecções
secundárias, devido ao ato de coçar. Além disso, como tais
larvas eliminam substâncias tóxicas, podem causar
alergias, tosse e falta de ar.
19. O tratamento é feito com o uso de pomadas específicas
e/ou vermífugos; por aproximadamente duas
semanas. Para alívio da coceira, pode ser interessante
se fazer compressas de gelo nos locais afetados.
20. Quanto à prevenção, evitar andar descalço em locais
onde cães e gatos transitam, recolher as fezes de seu
cão, deixá-lo em casa quando for à praia e levá-lo ao
veterinário periodicamente impedem que você e outras
pessoas se contaminem. Além disso, é necessário evitar
contato direto com a areia da praia, principalmente
quando esta estiver em local sombreado e úmido: local
onde as larvas se desenvolvem.