A filosofia surgiu na Grécia antiga no século VI a.C. e busca a sabedoria por meio da discussão de noções como ação e pensamento. Os principais métodos filosóficos incluem a dialética, analítica e hermenêutica. Figuras importantes como Sócrates, Platão e Aristóteles contribuíram para o desenvolvimento inicial da filosofia.
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimentoDiego Ventura
Material de apoio para disciplina de Filosofia junto aos cursos de formação superior. Possuindo como tema: FILOSOFIA E O SURGIMENTO DA EPISTEMOLOGIA OU TEORIA DO CONHECIMENTO.
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimentoDiego Ventura
Material de apoio para disciplina de Filosofia junto aos cursos de formação superior. Possuindo como tema: FILOSOFIA E O SURGIMENTO DA EPISTEMOLOGIA OU TEORIA DO CONHECIMENTO.
Raciocínio Indutivo e Dedutivo: Explorando as Fundamentais Formas de Pensamento Lógico
Introdução
O raciocínio indutivo e dedutivo são duas formas fundamentais de pensamento lógico que nos permitem tirar conclusões e fazer inferências com base em evidências e premissas. Ambas as abordagens têm uma longa história e são amplamente utilizadas em várias disciplinas, como filosofia, ciência, matemática e até mesmo no nosso pensamento cotidiano. Neste texto, exploraremos essas duas formas de raciocínio em detalhes, discutindo suas características, diferenças e exemplos de aplicação.
Raciocínio Dedutivo
Começaremos nossa exploração pelo raciocínio dedutivo, que se baseia na aplicação de regras lógicas para inferir conclusões a partir de premissas previamente estabelecidas. O raciocínio dedutivo é considerado uma forma de pensamento mais formal e estruturado, uma vez que parte de premissas gerais e chega a conclusões específicas. A forma clássica de raciocínio dedutivo é conhecida como silogismo, desenvolvida por Aristóteles.
Um silogismo consiste em duas premissas e uma conclusão, que é derivada logicamente das premissas. Por exemplo:
Premissa 1: Todos os seres humanos são mortais.
Premissa 2: Sócrates é um ser humano.
Conclusão: Portanto, Sócrates é mortal.
Nesse exemplo, a conclusão é uma inferência necessária e inevitável com base nas premissas fornecidas. O raciocínio dedutivo é caracterizado por sua validade lógica: se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será necessariamente verdadeira.
Além dos silogismos, o raciocínio dedutivo também pode ser expresso em outras formas, como a dedução matemática. Nesse contexto, os axiomas e teoremas são usados como premissas para chegar a conclusões específicas. A matemática é um campo em que o raciocínio dedutivo é amplamente aplicado, pois oferece uma estrutura lógica precisa.
Raciocínio Indutivo
Em contraste com o raciocínio dedutivo, o raciocínio indutivo é baseado na generalização a partir de evidências particulares para chegar a conclusões gerais. É uma forma de pensamento mais flexível, mas também mais sujeita a erros, pois as conclusões obtidas por meio do raciocínio indutivo não são necessariamente verdadeiras.
No raciocínio indutivo, partimos de observações específicas e tiramos conclusões mais amplas com base nessas observações. Por exemplo:
Observação 1: Cada corvo que eu já vi é preto.
Observação 2: Cada corvo na minha cidade é preto.
Conclusão: Todos os corvos são pretos.
Nesse exemplo, embora todas as observações apontem para a conclusão de que todos os corvos são pretos, isso não significa que a conclusão seja universalmente verdadeira. Pode haver corvos de outras cores em outros lugares que não foram observados. Portanto, o raciocínio indutivo está sujeito a incertezas e é um processo probabilístico.
O raciocínio indutivo é amplamente utilizado nas ciências empíricas, como a biologia e a psicologia, onde os cientistas observam padrões em dados específicos para formular.
Sócrates é considerado o marco divisório da história da filosofia grega. Ele abandonou a preocupação dos filósofos pré-socráticos em entender a natureza e concentrou-se na problemática do ser humano, dos valores e do conhecimento.
Platão foi filósofo e matemático, fundador da “Academia de Atenas”, primeira instituição de ensino superior do ocidente, tendo como objetivo as investigações filosóficas e preparar as pessoas para uma atuação na política baseada na verdade e na justiça.
Aristóteles foi aluno de Platão e tutor de Alexandre, o Grande. Ele defendeu a ideia de que é possível fazer ciência sobre o real e concreto, por meio de definições e conceitos que permanecem inalterados.
Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor.
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2020
1. Material de Filosofia I (1)
Filosofia Geral
A filosofia ocidental surgiu na Grécia antiga no século VI AC.
A filosofia trabalha as noções de ação e pensamento e por meio dessa dicotomia alcança
uma discussão dos meandros filosóficos.
Atribui-se a Pitágoras a criação do termo philosophia: aquele que ainda não alcançou a
sabedoria, mas é amigo da sabedoria e está em busca da sabedoria.
Pitágoras usa a alegoria do estádio. Aquele que se encontra na posição de observador
não age, mas possui a visão privilegiada do que está acontecendo no estádio.
Filosofia significa literalmente amor à sabedoria. É a busca da sabedoria. Pitágoras
dizia: Eu sou um buscador da sabedoria.
É o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à
verdade, aos valores morais e éticos, à mente e à linguagem. Distingue-se da mitologia e
da religião por sua ênfase em argumentos racionais e diferencia-se das pesquisas
científicas porque geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas
investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceptual, e
a interpretação dos conceitos.
Métodos da Filosofia
-Dialética: Método originariamente ligado à palavra diálogo, que procura demonstrar
uma tese através da argumentação.
-Analítica: É a análise do significado e se reduz a uma pesquisa sobre linguagem.
-Hermenêutica: Método desenvolvido na teologia que trabalha com a interpretação e a
compreensão
"A admiração é a verdadeira característica do filósofo. Não tem outra origem a
filosofia." (Platão, Teeteto).
Na mesma linha, afirmava Aristóteles (Estagira, 384 aC – Atenas, 322 aC)
"Os homens começam e sempre começaram a filosofar movidos pela admiração."
(Aristóteles, Metafísica).
A filosofia Grega divide-se em quatro períodos:
Pré-socrático, Socrático. Sistemático, Helenístico
A importância da virtude:
"Por natureza o ser humano aspira o bem e a felicidade, que só é alcançada pela
conduta virtuosa." ideal grego do período sistemático
2. Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade
realizando aparições públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam
taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se
no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas
alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a
"virtude" seria passível de ser ensinada.
Protágoras (481 a.C – 420 a.C), Górgias (483 a.C0 – 376 a.C), e Isócrates (436 a.C –
338 a.C) estão entre os primeiros sofistas conhecidos.
Protagoras foi o primeiro sofista a aceitar dinheiro (pagamento) dos seus ensinamentos
Diversos sofistas questionaram a então sabedoria recebida pelos deuses e a supremacia
da cultura grega (uma idéia absoluta à época). Argumentavam, por exemplo, que as
práticas culturais existiam em função de convenções ou "nomos", e que a moralidade ou
imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele
ocorreu. Tal posição questionadora levou-os a serem perseguidos, inclusive, por aqueles
que se diziam amar a sabedoria: os filósofos gregos.
A conhecida frase "o homem é a medida de todas as coisas" surgiu dos ensinamentos
sofistas. Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles
ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser refutado por outro argumento, e
que a efetividade de um dado argumento residiria na verossimilhança (aparência de
verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia.
Os Sofistas foram considerados os primeiros advogados do mundo, ao cobrar de seus
clientes para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de argumentação. São
também considerados por muitos os guardiões da democracia na antiguidade, na medida
em aceitavam a relatividade da verdade. Hoje, a aceitação do "ponto de vista alheio" é a
pedra fundamental da democracia moderna.
Principais Filósofos
Protágoras (490-421a.C.)
Sofista de maior renome, é autor da frase que caracteriza o pensamento da escola e do
período: O homem é o princípio de todas as coisa. Protágoras destacou-se sobretudo,
pppooor seusss dons de oratória, com os quais movia multidões para ensinar mediante
pagamento, as estratégias sofistas
Sócrates (469-399 a.C.)
“Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância”.
“Só sei que nada sei”.
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”.
Platão (428-347 a.C.)
Seu mentor foi Sócrates e seu pupilo foi Sócrates
Escreveu na forma de diálogos.
Obra: A República
3. Todo o conhecimento é uma recordação
O corpo é um obstáculo ao conhecimento
Aristóteles (384-322 a.C.)
Obras: Ética a Nicômaco, Política
“O homem é um ser social”
“A virtude está no justo meio”
Epícuro (341-271 a.C.)
Deu início à corrente filosófica conhecida como o epicurismo. Prega que o
conhecimento se origina da sensação e que a felicidade decorre do prazer, (não do
prazer sensual), que pode conduzir ao bem-estar máximo e harmônico da alma.
Tomas de Aquino (1225-1274)
Sua doutrina concilia dogmas cristãos com ideias aristotélicas.
Conceito de Justiça: É possível dizer que a justiça é uma virtude, ou seja, um meio
(médium) entre extremos opostos, ao qual os gregos chamavam de mesotés, ou seja, a
justa medida entre algo por excesso e outro algo por carência. Pode-se dizer então, que a
razão (ratio) e a experiência (habitus) caminham de braços dados, tudo no sentido de
dizer que a justiça, em particular, consiste em dar a cada um o que é seu, nem a mais do
que é devido ao outro, e nem a menos.
John Locke (1632-1704)
Sua obra normalmente é contrastada à de Thomas Hobbes, no que tange as ideias sobre
o estado da Natureza.
Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
Sua obra O contrato social discute a origem da sociedade, descreve o estado de natureza
e polemiza o estado cívico.
Immanuel Kant (1724-1804)
A mente deve criticar a si mesma
A diferença entre juízos analíticos e sintéticos
Existe um a priori em toda a sensação
A existência de Deus nunca será provada
Georg Wilhelm Friederich Hegel (1770-1831)
Em seu sistema de ideias, a razão domina tudo, pois o saber é a verdadeira sede
ontológica das coisas, sendo a dialética a forma pela qual as coisas entram em
movimento.
Karl Marx (1818-1883)
Juntamente com Engels acompanha os movimentos dos trabalhadores no século XIX.
Torna-se um crítico do sistema capitalista. Cria os conceitos de luta de classes e mais
valia. A propriedade privada não é um mal em si, mas o uso que dela se faz é suficiente
para a desigualdade que diferencia os homens entre si, que causa distorções entre as
classes sociais, que assegura a manutenção dos interesses do poder de alienação do
proletariado pela servilização do trabalho, em suma trata-se de uma forma de
exploração.
4. Filosofia Jurídica
Conceito de pensamento dogmático e método zetético
O pensamento dogmático é uma forma de enfoque teórico no qual as premissas de sua
argumentação são inquestionáveis, como ocorre, por exemplo, com a religião, por ser a
fé inquestionável; o método zetético é analítico e para resolver algum problema ou
investigar a razão das coisas questiona as premissas de argumentação, procede
pesquisas, investiga, é céptico.
Conceituação e natureza da Filosofia do Direito
A Filosofia do Direito é o campo de investigação filosófica que tem por objeto o
Direito. Ela pode ser definida como o conjunto de respostas à pergunta “o que é o
direito?”, ou ainda como o entendimento da natureza e do contexto do empreendimento
jurídico. Assim, ela não só diz respeito a perguntas sobre a natureza do fenômeno
jurídico, mas ainda sobre quais elementos estão em jogo quando ele é discutido. Tem
sido abordada tanto de um prisma filosófico, por filósofos de formação, quanto de um
prisma jurídico, por juristas de formação.
Um uso mais estrito do termo "Filosofia do Direito" poderia delimitar seu conteúdo de
maneira bem menos abrangente, principalmente quando contraposto com o conteúdo de
chamada Teoria do Direito. Nesse sentido, caberia à "Filosofia do Direito" apenas
questões relacionadas à essência do fenômeno jurídico, enquanto que a análise da
substância do direito, isto é, as questões relativas à definição, as funções, fontes,
critérios de validade do direito e etc., caberia à teoria do direito.
"a teoria do direito dedica-se ao estudo do direito positivo, enquanto a
filosofia do direito utiliza os ordenamentos jurídicos tão-somente como
parâmetro de comparação e como fonte de ilustração para tratar de temas,
tais como poder, coação, verdade e justiça e para refletir sobre o sentido
ontológico e social do ato interpretativo"
(DIMOULIS, Dimitri. Positivismo jurídico. Sao Paulo: Método, 2006)
As dimensões totais do Direito não se encerram apenas na lei, expressão limitada, pobre
e fugaz de uma realidade rica, permanente e fecunda. As normas estão cheias, saturadas,
empapadas de realidade humana, pois são destinadas à regulação da atividade do
homem.
O fenômeno jurídico suporta três tipos básicos de tratamento: o técnico, o científico e o
filosófico.
5. A Filosofia do Direito é a disciplina que busca a formulação da ideia universal do
Direito, determina seu valor ou natureza e estuda sua origem e evolução através da
História.
O Problema axiológico e o seu condicionamento ontológico
Axiologia é o estudo do valor
O Direito é uma realidade embebida de valores, imantada pela Justiça, portadora de uma
carga axiológica que lhe pressiona o ser e, por isso, lhe condiciona inevitavelmente o
conceito. Enquanto o conteúdo das normas éticas e o bem moral, o conteúdo das normas
de etiqueta é a conveniência social, o conteúdo do Direito é o justo. O problema
axiológico é um problema do valor do Direito.
Gnosiologia: é a disciplina filosófica que tem por objeto conhecer o próprio
conhecimento humano, investigando essencialmente cinco problemas: sua
possibilidade, origem, valor, formas e critérios.
Lógica: se preocupa com o aspecto da conformidade formal entre ideias e os princípios
universais do conhecimento, com a ocorrência do pensar e sua fidelidade à verdade.
Psicologia: estuda os aspectos do sujeito
Ontologia: também se ocupa da relação do conhecimento, mas apenas enquanto o
conhecimento é uma atividade do ser