SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 28
Manutenção do
potencial doador
órgãos e tecidos
Referências
• Diretrizes brasileiras para o manejo de potenciais
doadores de órgãos em morte encefálica (2020)
– Força-tarefa
• Associação de Medicina Intensiva Brasileira
• Associação Brasileira de Transplantes de
Órgãos
• Brazilian Research in Critical Care Network
• Coordenação Geral do sistema Nacional de
Transplantes
Potencial doação
Biológica
Psicossocial
Legal
Principais problemas / Complicações
Potencial doador de órgãos
Hipotermia
Objetivos da manutenção
QUALIDADE DE VIDA DOS RECEPTORES
Minimizar riscos
Minimizar complicações
Medidas de suporte
(Manutenção)
Medidas de suporte
• Cardiovascular
• Ventilatório
• Metabólico: renal, endócrino e nutricional
• Outros
– Temperatura
– Hematológico
– Sepse
Níveis de evidência Fraco Moderado Fraco
GRAU DE RECOMENDAÇÃO
VARIÁVEL
MB-B-M-A
Suporte hemodinâmico
• PVC: 6 a 10 mmHg (8 mmHg)
– 10 mmHg - prioriza rim
– 6 mmHg - prioriza pulmão
• Solução: tipo e taxa de infusão
– SF ou RL
– Início: 30 ml/kg
– Velocidade de infusão
• DVA
– Vasopressina
• Uso precoce
• Com diabetes insipidus
– Noradrenalina
• Dopamina (Bradicardia)
● Cuidado: arritmogênico
– Dobutamina
Vasoplegia
Depressão miocárdica
Hipotensão arterial
Baixo débito cardíaco
Morte do centro
vasomotor bulbar
Hipotensão → Medidas → PAM > 65 mmHg
PAM: 65 mmHg
80 - 100 mmHg
MANTER
Avaliação de volemia
VARIÁVEIS ESTÁTICAS
– PVC
– PAM
VARIÁVEIS DINÂMICAS
– Variação da pressão sistólica (DPS) ≥ 5 mmHg
• Diferença entre o valor sistólico máximo e mínimo durante um ciclo respiratório controlado
mecanicamente
– Variação da pressão de pulso (DPP) ≥13 mmHg
– Colabamento de VCI ≥ 50% (ECOTT em VM)
• Índice de colabamento ≥ 12-18% (ECOTT em VM)
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/download/7531/5913
https://www.scielo.br/j/rbti/a/MSCy4yKGMQk4XwtkzgpXQVB/?format=pdf&lang=pt
Suporte ventilatório
• Sat Hb ≅ 95% (> 90-92%)
• PaCO2: 30-40 mmHg
• PaO2: ≅ 100 mmHg
CUIDADO
Fatores de risco
• TBG
• Infecções pulmonares
Morte do centro respiratório
Edema pulmonar neurogênico >> Hipoxemia
O2
Ventilação protetora
• EVITAR HIPERDISTENSÃO ALVEOLAR
– VC < 10 ml/Kg (SARA 4-6 ml/kg de PP)
– PEEP ≥ 5
– Pressão de platô menor do 30 cmH2O
– PPI < 35 mmhg
– Hipercapnia permissiva
• Tolerar alvos de CO2 mais elevados,
– Com controle do pH (até 7,2)
Força-tarefa Brasileira 2020
● VM
○ VC= 6 a 8mL/kg
○ PEEP 8 a 10 cmH2O
● Saturação de Hb > 90%
Teste de apneia com CPAP
Metabólicos - Eletrólitos
DEVE SER REALIZADA
CORREÇÃO DE ELETRÓLITOS
• Na (alvo < 155 mEq/L)
• K (alvo 3,5 - 5,5 mEq/L)
• Mg (alvo > 1,6 mEq/L)
• Ca e P
CORREÇÃO DE ACIDOSE
Metabólico - Diurese
• Diurese
– 0,5 – 2ml/kg/h (0,4 – 4 ml/kg/h)
– Retorno à creatininemia basal
• Diabetes insipidus (Não produz HAD)
– Poliúria (> 4 ml/kg/h) + hipernatremia + osmolalidade urinária < 200
• Tratamento
▪ Vasopressina (1 U bolus >>> 0,5 - 2,4U/h)
▪ DDAVP >>> diurese < 4 ml/kg/g
▪ 1-2μg EV a cada 4 hs (PRIMEIRA ESCOLHA) ou
▪ 0,5-1ml VN a cada 4 hs
Morte dos
neurônios do
hipotálamo e NH
↓ ADH
Hipotensão
Poliúria
< 4 ml/kg/h
DDAVP
Metabólico - Endócrino - Adrenal - Tiroide
• USAR
• HIPERGLICEMIA
– Manter glicemia 140-180 mg/dl
• Insulina conforme dextro
• CORTICOIDE
• Insuficiência adrenal em 75%
• (Redução de fatores hipotalâmicos)
– Justificativas
• Melhora performance do fígado
• Reduz necessidade de vasopressores
– Problemas
• Hiperglicemia
– O que usar
• Hidrocortisona em baixas doses
– 100 mg IV 8/8 h
• Metilprednisolona:
– 15 mg/kg 24/24 hs
– melhor para o enxerto hepático???
• NÃO USAR
• LEVOTIROXINA
• ↓ fatores hipotalâmicos
▪ 1-2μg/kg SNE 24/24h
▪ Absorção errática
▪ Sç: Levotiroxina IV
– 20 mcg >> 10 mcg/h
Metabólico - Glicemia
• Meta: glicemia entre 140 a 180 mg/dL
• Insulina SC ou IV
Suporte nutricional
• Está recebendo suporte nutricional pleno
– Reduzir 15 a 30%
• Não recebendo suporte nutricional
– Considerar administrar 500 Kcal
Estoque hepático de glicogênio
Trofismo mucosa intestinal
Controle de temperatura
T
Morte do centro termorregulador
Temperatura central
● DVA
○ T > 35ºC
● Sem DVA
○ T de 34 a 35ºC
Suporte hematológico
• Manter Hb > ou igual a 7g/dL
– Hb < 7 >> transfundir sempre
– Hb 7-10 >> considerar PA
• Hipotensão >> transfunde
• Normotensão >> observar
• Plasma?
• Plaquetas?
S
Sepse
• Risco de transmissão do doador para o receptor
– Baixo (não é ZERO)
• Redução do risco
– ATB > 24 h no doador
– ATB de 7 a 14 dias no receptor
• Culturas
• ATB guiados (de preferência)
Manter pálpebras fechadas
• Utilização de solução fisiológica
• Fechamento passivo da pálpebra
PCR no potencial doador
E AGORA?
RCP?
Quando ocorreu a PCR?
Como saiu o potencial doador?
● Does Donor Cardiopulmonary Resuscitation Time Affect Heart Transplantation
Outcomes and Survival?
○ Ann Thorac Surg. Set 2016; 102 (3): 751-758. doi: 10.1016 /
j.athoracsur.2016.02.034. Epub 2016, 10 de maio.
● Impact of cardiopulmonary resuscitation on organ donation in Switzerland
○ Swiss Med Wkly. 2021;151:w20413
● Impact of donor cardiopulmonary resuscitation on the outcome of simultaneous
pancreas–kidney transplantation—a retrospective study
○ https://hss-opus.ub.ruhr-uni-
bochum.de/opus4/frontdoor/deliver/index/docId/8044/file/SchenkerPeter1.pdf
É factível a doação de órgãos de um paciente submetido a RCP previamente
Alguns dilemas
• Nutrição enteral
– Ausência de benefício (ESP)
• Translocação bacteriana, broncoaspiração
– Deve ser continuada (Austrália)
– Suspender com altas doses de vasopressores (Canadá)
• Exames
– Quais
• GSA
• Bioquímica (Cr, Ur, Na, K, Ca, K, P, TGO/P)
• Hemograma
– Periodicidade
• 6 horas
• 1x/dia: TP, TTPA
• 1x: HMC, UC, cultura de escarro (tempo!!!!)
• Antimicrobianos
USO CONTROVERSO
Aumento no Nº de órgãos doados
Não interfere na sobrevida
Protocolo guiado por metas
(Checklist)
• O que fazer e periodicidade
• Melhor desfecho = Mais metas alcançadas
– Mais transplantes
– Órgãos e tecidos melhores
Protocolo
Morte encefálica
Manutenção
Manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos

Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque sépticoArtigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque sépticoErick Bragato
 
Hemotransfusão Em Pediatria
Hemotransfusão Em PediatriaHemotransfusão Em Pediatria
Hemotransfusão Em PediatriaRenato Bach
 
Gasometria arterial
Gasometria arterialGasometria arterial
Gasometria arterialresenfe2013
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosRodrigo Biondi
 
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Yuri Assis
 
Triagem clínica
Triagem clínicaTriagem clínica
Triagem clínicaUnicruz
 
link p/ versão nova 2018 - https://pt.slideshare.net/heitorgomescirurgiao/pro...
link p/ versão nova 2018 - https://pt.slideshare.net/heitorgomescirurgiao/pro...link p/ versão nova 2018 - https://pt.slideshare.net/heitorgomescirurgiao/pro...
link p/ versão nova 2018 - https://pt.slideshare.net/heitorgomescirurgiao/pro...Heitor Gomes
 
Cristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaCristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaArquivo-FClinico
 
CHOQUE HEMORRAGICO-1.pptx
CHOQUE HEMORRAGICO-1.pptxCHOQUE HEMORRAGICO-1.pptx
CHOQUE HEMORRAGICO-1.pptxBasilio4
 
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSERESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSEYuri Assis
 

Semelhante a Manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos (20)

Medicina transfusional _-_cti[1]
Medicina transfusional _-_cti[1]Medicina transfusional _-_cti[1]
Medicina transfusional _-_cti[1]
 
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque sépticoArtigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
 
Hemotransfusão Em Pediatria
Hemotransfusão Em PediatriaHemotransfusão Em Pediatria
Hemotransfusão Em Pediatria
 
Cad e ehh
Cad e ehhCad e ehh
Cad e ehh
 
Valores de referencia
Valores de referenciaValores de referencia
Valores de referencia
 
1ª aula amostras biológicas
1ª aula   amostras biológicas1ª aula   amostras biológicas
1ª aula amostras biológicas
 
Gasometria arterial
Gasometria arterialGasometria arterial
Gasometria arterial
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
 
DHE AULA .pptx
DHE AULA .pptxDHE AULA .pptx
DHE AULA .pptx
 
Choques
ChoquesChoques
Choques
 
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
 
Triagem clínica
Triagem clínicaTriagem clínica
Triagem clínica
 
link p/ versão nova 2018 - https://pt.slideshare.net/heitorgomescirurgiao/pro...
link p/ versão nova 2018 - https://pt.slideshare.net/heitorgomescirurgiao/pro...link p/ versão nova 2018 - https://pt.slideshare.net/heitorgomescirurgiao/pro...
link p/ versão nova 2018 - https://pt.slideshare.net/heitorgomescirurgiao/pro...
 
Choque
ChoqueChoque
Choque
 
Cristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaCristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínica
 
CHOQUE HEMORRAGICO-1.pptx
CHOQUE HEMORRAGICO-1.pptxCHOQUE HEMORRAGICO-1.pptx
CHOQUE HEMORRAGICO-1.pptx
 
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSERESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
 
Sd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinicoSd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinico
 
Septic patient
Septic patientSeptic patient
Septic patient
 
fluidoterapia-2015.pdf
fluidoterapia-2015.pdffluidoterapia-2015.pdf
fluidoterapia-2015.pdf
 

Último

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 

Último (6)

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 

Manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos

  • 2. Referências • Diretrizes brasileiras para o manejo de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica (2020) – Força-tarefa • Associação de Medicina Intensiva Brasileira • Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos • Brazilian Research in Critical Care Network • Coordenação Geral do sistema Nacional de Transplantes
  • 4. Principais problemas / Complicações Potencial doador de órgãos Hipotermia
  • 5. Objetivos da manutenção QUALIDADE DE VIDA DOS RECEPTORES
  • 7. Minimizar complicações Medidas de suporte (Manutenção)
  • 8. Medidas de suporte • Cardiovascular • Ventilatório • Metabólico: renal, endócrino e nutricional • Outros – Temperatura – Hematológico – Sepse Níveis de evidência Fraco Moderado Fraco GRAU DE RECOMENDAÇÃO VARIÁVEL MB-B-M-A
  • 9. Suporte hemodinâmico • PVC: 6 a 10 mmHg (8 mmHg) – 10 mmHg - prioriza rim – 6 mmHg - prioriza pulmão • Solução: tipo e taxa de infusão – SF ou RL – Início: 30 ml/kg – Velocidade de infusão • DVA – Vasopressina • Uso precoce • Com diabetes insipidus – Noradrenalina • Dopamina (Bradicardia) ● Cuidado: arritmogênico – Dobutamina Vasoplegia Depressão miocárdica Hipotensão arterial Baixo débito cardíaco Morte do centro vasomotor bulbar Hipotensão → Medidas → PAM > 65 mmHg PAM: 65 mmHg 80 - 100 mmHg MANTER
  • 10. Avaliação de volemia VARIÁVEIS ESTÁTICAS – PVC – PAM VARIÁVEIS DINÂMICAS – Variação da pressão sistólica (DPS) ≥ 5 mmHg • Diferença entre o valor sistólico máximo e mínimo durante um ciclo respiratório controlado mecanicamente – Variação da pressão de pulso (DPP) ≥13 mmHg – Colabamento de VCI ≥ 50% (ECOTT em VM) • Índice de colabamento ≥ 12-18% (ECOTT em VM) https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/download/7531/5913 https://www.scielo.br/j/rbti/a/MSCy4yKGMQk4XwtkzgpXQVB/?format=pdf&lang=pt
  • 11. Suporte ventilatório • Sat Hb ≅ 95% (> 90-92%) • PaCO2: 30-40 mmHg • PaO2: ≅ 100 mmHg CUIDADO Fatores de risco • TBG • Infecções pulmonares Morte do centro respiratório Edema pulmonar neurogênico >> Hipoxemia O2
  • 12. Ventilação protetora • EVITAR HIPERDISTENSÃO ALVEOLAR – VC < 10 ml/Kg (SARA 4-6 ml/kg de PP) – PEEP ≥ 5 – Pressão de platô menor do 30 cmH2O – PPI < 35 mmhg – Hipercapnia permissiva • Tolerar alvos de CO2 mais elevados, – Com controle do pH (até 7,2) Força-tarefa Brasileira 2020 ● VM ○ VC= 6 a 8mL/kg ○ PEEP 8 a 10 cmH2O ● Saturação de Hb > 90% Teste de apneia com CPAP
  • 13. Metabólicos - Eletrólitos DEVE SER REALIZADA CORREÇÃO DE ELETRÓLITOS • Na (alvo < 155 mEq/L) • K (alvo 3,5 - 5,5 mEq/L) • Mg (alvo > 1,6 mEq/L) • Ca e P CORREÇÃO DE ACIDOSE
  • 14. Metabólico - Diurese • Diurese – 0,5 – 2ml/kg/h (0,4 – 4 ml/kg/h) – Retorno à creatininemia basal • Diabetes insipidus (Não produz HAD) – Poliúria (> 4 ml/kg/h) + hipernatremia + osmolalidade urinária < 200 • Tratamento ▪ Vasopressina (1 U bolus >>> 0,5 - 2,4U/h) ▪ DDAVP >>> diurese < 4 ml/kg/g ▪ 1-2μg EV a cada 4 hs (PRIMEIRA ESCOLHA) ou ▪ 0,5-1ml VN a cada 4 hs Morte dos neurônios do hipotálamo e NH ↓ ADH Hipotensão Poliúria < 4 ml/kg/h
  • 15. DDAVP
  • 16. Metabólico - Endócrino - Adrenal - Tiroide • USAR • HIPERGLICEMIA – Manter glicemia 140-180 mg/dl • Insulina conforme dextro • CORTICOIDE • Insuficiência adrenal em 75% • (Redução de fatores hipotalâmicos) – Justificativas • Melhora performance do fígado • Reduz necessidade de vasopressores – Problemas • Hiperglicemia – O que usar • Hidrocortisona em baixas doses – 100 mg IV 8/8 h • Metilprednisolona: – 15 mg/kg 24/24 hs – melhor para o enxerto hepático??? • NÃO USAR • LEVOTIROXINA • ↓ fatores hipotalâmicos ▪ 1-2μg/kg SNE 24/24h ▪ Absorção errática ▪ Sç: Levotiroxina IV – 20 mcg >> 10 mcg/h
  • 17. Metabólico - Glicemia • Meta: glicemia entre 140 a 180 mg/dL • Insulina SC ou IV
  • 18. Suporte nutricional • Está recebendo suporte nutricional pleno – Reduzir 15 a 30% • Não recebendo suporte nutricional – Considerar administrar 500 Kcal Estoque hepático de glicogênio Trofismo mucosa intestinal
  • 19. Controle de temperatura T Morte do centro termorregulador Temperatura central ● DVA ○ T > 35ºC ● Sem DVA ○ T de 34 a 35ºC
  • 20. Suporte hematológico • Manter Hb > ou igual a 7g/dL – Hb < 7 >> transfundir sempre – Hb 7-10 >> considerar PA • Hipotensão >> transfunde • Normotensão >> observar • Plasma? • Plaquetas? S
  • 21. Sepse • Risco de transmissão do doador para o receptor – Baixo (não é ZERO) • Redução do risco – ATB > 24 h no doador – ATB de 7 a 14 dias no receptor • Culturas • ATB guiados (de preferência)
  • 22. Manter pálpebras fechadas • Utilização de solução fisiológica • Fechamento passivo da pálpebra
  • 23. PCR no potencial doador E AGORA? RCP? Quando ocorreu a PCR? Como saiu o potencial doador?
  • 24. ● Does Donor Cardiopulmonary Resuscitation Time Affect Heart Transplantation Outcomes and Survival? ○ Ann Thorac Surg. Set 2016; 102 (3): 751-758. doi: 10.1016 / j.athoracsur.2016.02.034. Epub 2016, 10 de maio. ● Impact of cardiopulmonary resuscitation on organ donation in Switzerland ○ Swiss Med Wkly. 2021;151:w20413 ● Impact of donor cardiopulmonary resuscitation on the outcome of simultaneous pancreas–kidney transplantation—a retrospective study ○ https://hss-opus.ub.ruhr-uni- bochum.de/opus4/frontdoor/deliver/index/docId/8044/file/SchenkerPeter1.pdf É factível a doação de órgãos de um paciente submetido a RCP previamente
  • 25. Alguns dilemas • Nutrição enteral – Ausência de benefício (ESP) • Translocação bacteriana, broncoaspiração – Deve ser continuada (Austrália) – Suspender com altas doses de vasopressores (Canadá) • Exames – Quais • GSA • Bioquímica (Cr, Ur, Na, K, Ca, K, P, TGO/P) • Hemograma – Periodicidade • 6 horas • 1x/dia: TP, TTPA • 1x: HMC, UC, cultura de escarro (tempo!!!!) • Antimicrobianos USO CONTROVERSO Aumento no Nº de órgãos doados Não interfere na sobrevida
  • 26. Protocolo guiado por metas (Checklist) • O que fazer e periodicidade • Melhor desfecho = Mais metas alcançadas – Mais transplantes – Órgãos e tecidos melhores