SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 55
ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS
Por: Noé Bambissa, MSc
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria
ISCAM
13/03/2024 1
Enquadramento e conceitos
1. Investimento (na óptica empresarial)
 Um investimento é uma aplicação de
fundos escassos que geram rendimento,
durante um certo tempo, de forma a
maximizar a riqueza da empresa.
 Afectação de recursos materiais, financeiros,
humanos com o intuito de criar mais riqueza
para os empresários
13/03/2024 2
Investimento (na óptica empresarial)
(cont.)
 O lucro (a curto prazo) constitui o aspecto que mais
interessa directamente ao empresário, pois, ao assumir o
risco do investimento é para ele fundamental recuperar
com acréscimo os valores despendidos no processo de
investimento e de exploração, para poder continuar a
fazer novos investimentos, pagar os capitais alheios
utilizados e pagar atempadamente as remunerações dos
factores produtivos primários que utiliza no processo de
produção.
 O empresário pretende dar a si uma recompensa
dos seus esforços, iniciativa e riscos do
empreendimento, traduzida numa expectativa de
lucro líquido.
13/03/2024 3
1.2. Investimento (na óptica financeira)
 Aplicação de capitais ou de activos
monetários próprios ou alheios.
 Nesta perspectiva, para se realizar um
investimento é necessário que exista
uma expectativa de recuperação dos
valores investidos e de uma
remuneração adicional.
13/03/2024 4
1.3. Investimento na perspectiva económica
 Abrange toda a afectação de recursos com o
objectivo de produzir resultados num
determinado prazo.
 Estes recursos podem ser consubstanciados em
equipamentos e infra-estruturas, edifícios, estudos,
projectos, investigações, formação e treinamento
do pessoal e meios circulantes necessários ao
funcionamento do projecto de investimento.
 A realizacão do investimento nesta perspectiva,
implica também a expectativa de recuperacão
futura do investimento e de proução de excedentes.
13/03/2024 5
1.4. Investimento na perspectiva dos
agentes económicos aforradores
 O investimento nesta perspectiva
equivale, pois, a uma abstencão de
consumos no presente (poupança) com
vista à obtencão de consumos futuros
acrescidos, proporcionados por capital
recuperado mais os juros e/ou lucros.
13/03/2024 6
2. Conceito de projecto de investimento
 É uma intencão ou proposta de aplicacao
de recursos produtivos escassos com o
fim de melhorar, aumentar ou iniciar a
producao de determinado bem ou servico
em quantidade ou qualidade ou diminuir
seus custos de producao;
 É qualquer plano ou parte de um plano para
investir os recursos que possam ser
racionalmente utilizados para obtencao de
determinados beneficios durante determinado
período de tempo;
13/03/2024 7
Conceito de projecto de investimento
(cont.)
 É a compilacão de dados que permitira avaliar em
termos economicos as vantagens e desvantagens de
utilizar recursos escassos de um país na producão
de bens e servicos;
 É uma proposta para investimento de capital
visando fomentar a possibilidade de fornecer
bens e servicos;
 Accão que permite avaliar das vantagens e
desvantagens de transformar meios financeiros em
bens concretos face a possibilidades alternativas de
investimento.
13/03/2024 8
3. Classificação e diferenciação de
projectos de investimento
 Existem vários critérios de classificação
de projectos de investimentos:
 Quanto ao objectivo
 Quanto a sua dimensão, e
 Quanto ao comportamento de fluxos de
caixa.
13/03/2024 9
Classificação e diferenciação de
projectos de investimento (cont.)
13/03/2024 10
 Quanto aos objectivos podemos encontrar:
1. Projectos de substituição;
2. Projectos de expansão de produtos no
mercado;
3. Projectos de inovação para introdução de
novos produtos e novos mercados;
4. Projectos de segurança ou protecção do
ambiente
5. Outros projectos.
3.1.1. Projectos de substituição
(manutenção da exploração/ou redução de custos)
Consistem na renovação do capital (AF) existente. Em
princípio, não aumentam a capacidade produtiva da empresa
e, são os que apresentam menor grau de incerteza (ou risco).
 Causas que podem levar a substituição
 Usura física que é geralmente a principal causa da
depreciação.
 Susceptibilidade de avarias frequentes e mais ou menos
complexas.
 Aqueles cuja depreciação é sobretudo devida ao progresso
técnico (obsolescência rápida).
13/03/2024 11
3.1.2. Projectos de expansão
de produtos existentes e mercados
 Aumentam a capacidade da oferta e portanto,
implicam estudos de rentabilidade, comparando
proveitos acrescidos com custos acrescidos (i e,
marginais).
 Aconselham também o estudo previsional do
mercado: descobrindo novos consumidores.
13/03/2024 12
3.1.3. Projectos de inovação
para introdução de novos produtos ou mercados
 Tem por objectivo a redução de custos de
funcionamento, a produção de novos
produtos ou atingir novos mercados, ou
aperfeiçoar os existentes.
 Implica modificação nas linhas de fabricação e,
consequentemente, estudos de mercado e de
rentabilidade.
13/03/2024 13
3.1.4. Projectos de segurança
ou de protecção do ambiente
Destinam-se a cumprir ordens governamentais,
acordos gerais de trabalho, garantindo a segurança dos
trabalhadores e da restante população circundante.
 São exemplos:
 Projectos para investimentos destinados a
destruição de produtos tóxicos, poluição do meio
ambiente, etc.
 A decisão de investir depende do seu tamanho e
não de garantia de retornos positivos directos.
13/03/2024 14
3.1.5. Outros projectos
São projectos não enquadrados nos
anteriores, bem como os projectos
secundários, como por exemplo, parques
de estacionamento, equipamentos sociais,
etc.
13/03/2024 15
4. Relação entre diversos projectos em
análise
Os projectos podem ser:
a)Independentes
Quando a aceitação ou rejeição de um projecto não é
influenciável pela aceitação ou rejeição de outro ou outros
projectos.
b)Mutuamente exclusivos
Quando a aceitação de um implica a rejeição de outro ou
outros projectos que formam o conjunto em análise.
c) Dependentes
Quando a aceitação de um projecto depende da aceitação de
outro ou outros projectos (há complementaridade).
13/03/2024 16
5. Fases metodológicas da análise
dos investimentos
13/03/2024 17
1. A detecção das oportunidades de investimento
2. A pré-selecção dos investimentos
3. A elaboração dos estudos dos investimentos
4. A avaliação da decisão económica de investimento
5. A avaliação da decisão de financiamento dos investimentos
6. A avaliação da decisão global de investimento
7. A gestão e controlo dos investimentos.
Fases metodológicas da análise dos
investimentos (cont.)
5.1. A detecção das oportunidades de investimento
 A realização de novos investimentos em AF deve
resultar dos objectivos e estratégias da empresa e da
existência de um processo de gestão participativa e,
consequentemente, aberta e motivadora.
 Assim, o normativo dos investimentos da empresa deve
claramente prever a possibilidade e os gestores,
posicionados nos graus hierárquicos inferiores,
efectuarem propostas para a realização de novos
investimentos, dado que o comum é os gestores que se
situam nos níveis hierárquicos superiores são quem faz
propostas de investimentos.
13/03/2024 18
Fases metodológicas da análise dos
investimentos (cont.)
5.2. A pré-selecção dos investimentos
 Decorre da política global da empresa e efectua-se
com base em estudos preliminares e com recurso
aos chamados métodos empíricos de avaliação dos
investimentos.
5.3. A elaboração dos estudos dos investimentos
 Uma vez pré-seleccionados os investimentos em AF,
devem ser objecto de um estudo a incidir sobre as
variáveis ou parâmetros económicos essenciais;
permitindo a produção de documentos relevantes à
elaboração do mapa dos fluxos financeiros.
13/03/2024 19
Fases metodológicas da análise dos
investimentos (cont.)
5.4. A avaliação da decisão económica de investimento
 Ao se fazer esta avaliação não se considera o seu aspecto financeiro
de financiamento, assume-se que os fundos de financiamento são
capitais próprios.
 Sendo assim, a preocupação é de ver se o projecto é rentável ou
não tendo em conta a actualização dos fluxos de caixa (método
científico dos cash-flows descontados – DCF – que atende a questão
do valor temporal do dinheiro).
5.5. A avaliação da decisão de financiamento dos investimentos
 Poderá (ou não) conduzir à alterações do pressuposto de que o
financiamento é pelos capitais próprios, permitindo-nos escolher a
melhor forma de financiamento através do estudo das alternativas
realistas.
13/03/2024 20
Fases metodológicas da análise dos
investimentos (cont.)
5.6. A avaliação da decisão global de investimento
Consiste na observação e escolha entre várias alternativas de
investimento tendo em conta, por um lado, o seu risco
económico e financeiro e, por outro, o seu impacto económico e
financeiros desses novos investimentos e, outros factores
ponderáveis.
5.7. A gestão e controlo dos investimentos
É uma fase tão importante quanto as anteriores, pois da gestão
correcta depende o sucesso de todo o esforço empreendido nas
fases anteriores. Uma má gestão pode levar a grandes
desastres tanto económicos como financeiros.
13/03/2024 21
6. Parâmetros económicos essenciais à
decisão económica de investimento
 Do tipo de investimento a fazer e do
montante total das despesas em activos
fixos e do fundo de maneio necessário
depende a extensão e a profundidade
dos estudos a realizar sobre os novos
investimentos.
 Porém os parâmetros essenciais à
elaboração dos estudos dos investimentos
são, regra geral, os seguintes:
13/03/2024 22
Parâmetros económicos essenciais à
decisão económica de investimento (cont.)
13/03/2024 23
1. Os mercados (área para a qual
convergem a oferta e a procura,
com o fim de determinar o preço de
equilíbrio);
2. A tecnologia;
3. A dimensão do projecto;
4. A localização;
6.1. Os mercados
 Os estudos do mercado abrangem as análises de
procura global e oferta global dos produtos acabados
e, contempla a oferta e a procura de outros factores
de produção (matéria-prima, mão-de-obra, matéria
subsidiária, materiais auxiliares, etc).
 De entre as ofertas todas, a mais importante é a de
produtos acabados e deve abordar essencialmente os
seguintes aspectos:
 O número e a localização geográfica dos concorrentes.
 A capacidade de produção (normal e real) dos
concorrentes e as taxas de crescimentos registadas no
passado e previstas para o futuro.
13/03/2024 24
Os mercados (cont.)
 A organização global e o dinamismo comercial das
despesas correntes.
 O preço, os descontos (comerciais e financeiros), a
forma de recebimento, a qualidade e as
características das embalagens dos produtos
acabados da concorrência.
 As margens de lucros das empresas existentes.
 Os circuitos de distribuição utilizados pela
concorrência.
 Os investimentos em capital fixo em curso da
realização ou previstos pela concorrência.
13/03/2024 25
Os mercados (cont.)
Em Suma:
 Análise da oferta
 Análise da procura
 Capacidade do projecto
 Preço do produto
13/03/2024 26
6.2. A tecnologia
 Consiste na ponderação de toda a tecnologia
alternativa existente, de modo a escolher a adequada;
tendo em conta a dimensão e a localização do
investimento. A tecnologia a utilizar determina o
montante total, da despesa de investimento e,
consequentemente, a rendibilidade do projecto.
 O estudo da tecnologia deve abranger com todo o pormenor
os processos técnico-produtivos, o layout dos edifícios, dos
equipamentos e instalações, a circulação interna dos
materiais e dos PVF e acabados, e as especificações dos
equipamentos e instalações principais, o cronograma da
realização dos investimentos, as despesas de montagem,
ensaio e arranque, os rendimentos e os consumos físicos
horárias, as despesas de manutenção e conservação futuras,
as principais normas de segurança, as principais exigências
do controlo global da qualidade, etc.
13/03/2024 27
6.3. A dimensão do projecto
 É a sua capacidade física inicial de produção.
Existem vários conceitos de dimensão:
1. Dimensão teórica do projecto
 É a sua capacidade física anual de produção normal, durante um
certo período de tempo e a um determinado ritmo diário, que
geralmente é para as actividades industriais de laboração não
contínua, é quantificada em 225 d/ano ao ritmo de 8 h/dia.
 Os seus indicadores são:
 A sua capacidade física anual
 Número de trabalhadores
 Despesa total de investimento
 Volume de vendas/ano
13/03/2024 28
A dimensão do projecto (cont.)
2. Dimensão real do projecto
 É a capacidade física anual de produção, as
condições acima, deduzidas das quebras de
produção ou da produtividade originadas pelos
tempos de paragem e outras razões.
3. Dimensão económica ou dimensão óptima
 É aquela que possibilita a maximização dos
resultados anuais de exploração (óptica
empresarial) ou diferencial Benefício-Custo
(óptica social).
13/03/2024 29
A dimensão do projecto (cont.)
6.3.1. Factores que condicionam a
escolha da dimensão óptima:
 O mercado dos produtos acabados
 A tecnologia
 A localização
 As fracas disponibilidades de inputs e do
pessoal técnico especializado ou as reduzidas
possibilidades de obtenção de uma adequada
assistência técnica
 A escassez das fontes de financiamento
13/03/2024 30
4. A localização
 É óptima a localização de um projecto que permite
minimizar os custos de exploração (numa óptica
empresarial) ou de maximizar o diferencial
Benefícios-Custos (numa óptica social).
Factores que determinam a localização de um
projecto:
 As disponibilidades, características e custos dos factores
produtivos necessários.
 As características dos produtos acabados
 Os custos de transporte e as facilidades de comunicação
 As economias externas de escala (caso dependa de
subcontratação) e as condições socio-políticas e
climatéricas de cada região ou país.
 Os estímulos e os benefícios de natureza fiscal
13/03/2024 31
Como determinar as despesas totais de
investimento (em A. Fixo)
 O que são as despesas de investimento?
São a totalidade de gastos com: Estudos, decisão,
preparação da implementação, período de gestão,
arranque, ritmo de cruzeiro e termo da vida útil; inclui
também a aquisição de activos fixos e do fundo de maneio
de exploração ou activo circulante.
Onde:
i. A preparação da implementação dos investimentos
 Consiste essencialmente em definir as equipas e os
responsáveis, e em estabelecer adequados mecanismos
de controlo: a este ponto, na prática, é igual à gestão
do projecto.
13/03/2024 32
Como determinar as despesas totais de
investimento (em A. Fixo) – cont.
II. O ritmo de cruzeiro
 É atingido quando o projecto industrial atinge a sua
capacidade normal de produção ou quando o projecto
comercial alcança os efeitos normais esperados.
III. Vida útil de um projecto
 É a duração económica (não física) dos principais
componentes que integram a despesa total de
investimentos. Também pode ser quantificado pelo
período de obsolescência dos produtos acabados.
 Em regra, a vida útil, situa-se entre 5 a 10 anos.
13/03/2024 33
Bases para estimar as despesas de investimentos
1. Preços correntes
 Os custos e os proveitos previsionais dos projectos de
investimento são determinados durante toda a sua vida
pela actuação de factores de natureza técnico-produtiva
ou económica e, ainda, pela influência da inflação ou
desvalorização da moeda; desta forma há que conceber
cenários para o comportamento futuro dos preços dos
diversos inputs e outputs, como resultado da influência da
inflação ou da desvalorização da moeda.
 Assim a decisão global de investimento depende de dois
factores:
 A rendibilidade futura
 O custo médio ponderado das fontes de financiamento.
13/03/2024 34
Bases para estimar as despesas de investimentos (cont.)
 Vantagens de preços correntes
 Pré-definir o comportamento futuro exigível aos
preços de venda, cuja adesão a realidade constitui
uma condição primordial para o sucesso do projecto.
 Porém, é inútil quando se utiliza uma taxa única
anual de inflação para todos os preços: de custos de
exploração e os de venda o que significaria esperar
que os preços de venda terão um comportamento
autónomo em relação aos custos de produção e que
as margens de vendas (bruta e líquida) serão
implicitamente definidas e, não considerar os
desfasamentos dos custos dada a desvalorização e a
repercussão.
13/03/2024 35
Bases para estimar as despesas de investimentos (cont.)
2. Preços constantes
 A inflação é obrigatoriamente contemplada,
pelo menos até ao arranque do projecto.
 Os custos e os proveitos dos novos
investimentos em AF não são influenciados
durante toda a sua vida útil pela eventual
actução da inflação ou da desvalorização da
moeda.
13/03/2024 36
Critérios (ou regras) de decisão e
escolha de projectos
1. Pay-Back (ou Período de Recuperação do
Investimento - PRI)
 Consiste na determinação do número de anos
necessários para se recuperar o investimento líquido
inicial com os seus fluxos de caixa.
2. Valor Actual Líquido (VAL)
 Consiste em calcular o valor actual dos fluxos de
caixa líquidos esperados de um investimento,
descontados (actualizados) ao custo de capital e
subtraindo dele o custo inicial de desembolsos do
projecto.
13/03/2024 37
Critérios (ou regras) de decisão e
escolha de projectos (cont.)
3. Taxa Interna de Retorno (TIR)
 É a taxa de desconto que leva o valor actual das
entradas de caixa a igualar-se aos
investimentos líquidos do projecto.
4. Índice de rendibilidade do projecto (IRP)
 É a relação existente entre os fluxos de
tesouraria esperados e o custo de investimento
inicial.
13/03/2024 38
Pay-Back ou PRI
(Período de Recuperação do Investimento)
 O PRI ou Pay-Back será dado pelo valor de k que torna a
mesma expressão igual a zero, isto é, o tempo em anos,
necessário para que os fluxos financeiros previsionais
acumulados igualem ao valor do investimento inicial.
 Diversos autores, como Brealey e Myers (1998, p.88),
Abreu (1973, p. 33-34) e Contador (1998, p.43), admitem
o cálculo do PRI, utilizando os fluxos financeiros não
actualizados.
Actualizando os fluxos de caixa, temos:
13/03/2024 39
n
CK
(1 + r)K
K=1
∑
0= - C0
Pay-Back ou PRI (cont.)
 Critério progressivo
 Aplica-se quer para fluxos de caixa não
actualizados, quer nos actualizados
 Procedimentos de cálculo
 Calcular os valores acumulados dos cash-flow do
projecto mediante a soma ao longo dos anos
 Identificar o ano em que ocorre a mudança do sinal,
de negativo para positivo.
 Adicionar o quociente entre o último valor negativo
e o valor do ano imediatamente a seguir, ao
número de períodos em que a soma dos fluxos de
caixa permaneceu negativo devido ao sinal negativo
do investimento inicial (e subsequentes se
existirem).
13/03/2024 40
Interpretação do Pay-Back ou PRI
O PB é um indicador de liquidez e de risco
 Liquidez: é um indicador de liquidez na medida em
que se atingirmos o PB, num dado momento da vida
útil do projecto, continuando este a gerar fluxos de
caixa positivos, estes fluxos são excedente de
dinheiro (financeiro) e permitem à empresa um maior
grau de liquidez.
 Risco: Quanto menor for o PB, menor é o risco do
projecto, pois a incerteza de ocorrência futura de
fenómenos económicos danosos torna-se reduzida e,
por conseguinte, reduz a preocupação de não
recuperar pelo menos o valor investido no projecto.
13/03/2024 41
Regra de decisão pelo Pay-Back
Toma-se o projecto com menor Pay-Back.
13/03/2024 42
Método do Valor Actual Líquido (VAL)
O VAL de um projecto de investimento
(discounted cash flow) determina-se pela
seguinte expressão:
Regra de decisão pelo VAL: Toma-se o
projecto com o maior VAL
13/03/2024 43
n
CK
(1 + r)K
K=1
∑
VAL= - C0
Interpretação do Valor Actual Líquido (VAL)
 Se VAL = o (nulo) – Indeterminado; os cash-flows do projecto
são exactamente suficientes para amortizar o capital investido e
garantir a taxa de retorno do capital requerido.
 Se VAL> 0 - Os cash-flows geram um excedente financeiro
líquido a favor dos accionistas, posto que o retorno dos credores
é fixo.
 Por esta via (VAL> 0) o valor da empresa aumenta e consigo a
dimensão e o preço das acções – cumpre-se com o objectivo
primordial da organização: A maximização do seu valor; Ao passo
que se escolhemos projectos com VAL = 0, cresce somente a
dimensão (tamanho) da empresa, mas o preço das acções
permanece inalterável.
 Se VAL <0 – O projecto é inviável.
13/03/2024 44
Taxa Interna de Retorno (Rendibilidade)
(TIR ou IRR)
A TIR ou IRR é o valor da taxa de actualização
que torna o VAL igual a zero, ou seja:
Regra de decisão pela TIR: Toma-se o projecto
com a maior TIR, ou se TIR > r (taxa de
actualização)
13/03/2024 45
n
CK
(1 + TIR)K
K=1
∑
0= - C0
Interpretação da TIR
 Se a TIR = r – Indeterminado;
nenhum valor adicional resultará do
projecto; isto é, VAL = 0
 Se a TIR> r, o projecto produz
excedentes financeiros
 Se a TIR <r, projecto inviável
13/03/2024 46
Índice de rendibilidade do projecto
(IRP)
O IRP é dada pela relação entre o somatório dos cash
flows a partir do ano 1 do investimento sobre o capital
inicial, isto é:
Regra de decisão pelo IRP: Toma-se o
projecto com a maior IRP
13/03/2024 47
n
CK
(1 + r)K
K=1
C0
IRP =
∑
Interpretação do IRP
 Se o IRP> 1, o projecto é viável
 Se o IRP = 1, Indeterminado
 Se o IRP <1, projecto inviável
13/03/2024 48
Alguns problemas na análise de investimentos
 Vimos quatro critérios de decisão (ou selecção) de
investimentos. Porém, nem sempre todos eles nos
conduzirão a mesma decisão.
A questão é: Qual será o melhor método?
 Os projectos aceitáveis segundo o método do VAL
são, também, aceitáveis segundo o critério da TIR,
porque o VAL será positivo se, e apenas se, a TIR
for maior que o custo de capital.
 Pode haver conflito entre o VAL e a TIR, como
critérios de decisão de investimentos entre projectos
alternativos (mutuamente exclusivos).
13/03/2024 49
Alguns problemas na análise de investimentos
(cont.)
 Eventuais conflitos devem ser resolvidos, usando
como critério de resolução o VAL
13/03/2024 50
VAL
Proj A
Proj B
K
Ki KA KB TIR B
TIR A
Zona de conflito
Alguns problemas na análise de investimentos
(cont.)
 É possível encontrar num projecto múltiplas taxas
internas de rendibilidade (TIR)
 Em certas condições, um projecto pode possuir mais
do que uma taxa interna de rendibilidade.
 Quando confrontado com múltiplas TIRs, a
solução será determinar o custo de capital e
adoptar como critério de análise e decisão o VAL.
13/03/2024 51
A avaliação empresarial
(em suma)
 A avaliação empresarial é calculada pelo método dos
fluxos de caixa actualizados, pela combinação dos
seguintes indicadores: valor actual líquido (VAL),
taxa interna de retorno (TIR), período de
recuperação do investimento (PRI), também
conhecido por pay-back period, e índice de
rendibilidade do projecto (IRP).
 Para que um projecto seja considerado viável, deve
reunir simultaneamente os seguintes requisitos:
1. Pay-Back < Vida útil do projecto
2. VAL> 0
3. TIR> r
4. IRP> 1
13/03/2024 52
Taxa de actualização
A taxa de actualização é dada pela fórmula:
Ta(r)= [(1+T1).(1+T2).(1+T3))-1)]
Sendo
 T1= taxa de juro de mercado;
 T2 = risco económico e financeiro inerente ao
projecto;
 T3 = taxa de inflação esperada para o futuro
13/03/2024 53
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE VIABILIDADE
(PASSO POR PASSO)
13/03/2024 54
Obrigado
13/03/2024 55

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Manual de Análise e Gestão de Projetos .ppt

Analise de viabilidade econômica portal de conhecimentos
Analise de viabilidade econômica portal de conhecimentosAnalise de viabilidade econômica portal de conhecimentos
Analise de viabilidade econômica portal de conhecimentosjustojoseroberts
 
Apostila vi avaliacao de projetos
Apostila vi   avaliacao de projetosApostila vi   avaliacao de projetos
Apostila vi avaliacao de projetoszeramento contabil
 
4a Web Aula - Fundamentos de Finanças.pdf
4a Web Aula - Fundamentos de Finanças.pdf4a Web Aula - Fundamentos de Finanças.pdf
4a Web Aula - Fundamentos de Finanças.pdfDimas Francisco
 
Administração Financeira Empresarial - Valor e Orçamento de Capital
Administração Financeira Empresarial - Valor e Orçamento de Capital  Administração Financeira Empresarial - Valor e Orçamento de Capital
Administração Financeira Empresarial - Valor e Orçamento de Capital Thomaz Lessa
 
Dfc fluxo de caixa conciliações
Dfc fluxo de caixa conciliaçõesDfc fluxo de caixa conciliações
Dfc fluxo de caixa conciliaçõesalunocontabil
 
Aspectos_financeiros_investimentos_(fixo_e_giro)
Aspectos_financeiros_investimentos_(fixo_e_giro)Aspectos_financeiros_investimentos_(fixo_e_giro)
Aspectos_financeiros_investimentos_(fixo_e_giro)Jordanio Silva Santos
 
Contextualização de uma Análise de Projetos
Contextualização de uma Análise de ProjetosContextualização de uma Análise de Projetos
Contextualização de uma Análise de ProjetosJuliane Borchers
 
Opções Reais - A Flexibilidade Do Processo Decisório
Opções Reais - A Flexibilidade Do Processo DecisórioOpções Reais - A Flexibilidade Do Processo Decisório
Opções Reais - A Flexibilidade Do Processo Decisóriokleber.torres
 
Capitulo 1 Introducao.pdf
Capitulo 1 Introducao.pdfCapitulo 1 Introducao.pdf
Capitulo 1 Introducao.pdfRaulPinheiro20
 
Administração de projetos - Iniciação - Seleção de Projetos - Aula 5
Administração de projetos - Iniciação - Seleção de Projetos - Aula 5Administração de projetos - Iniciação - Seleção de Projetos - Aula 5
Administração de projetos - Iniciação - Seleção de Projetos - Aula 5Ueliton da Costa Leonidio
 
Plano De Negócios - SOLUTION – GESTÃO E ENGENHARIA LTDA
Plano De Negócios - SOLUTION – GESTÃO E ENGENHARIA LTDAPlano De Negócios - SOLUTION – GESTÃO E ENGENHARIA LTDA
Plano De Negócios - SOLUTION – GESTÃO E ENGENHARIA LTDAVictor Mendes
 
AAVANZ factores de sucesso financiamento IDI
AAVANZ factores de sucesso financiamento IDIAAVANZ factores de sucesso financiamento IDI
AAVANZ factores de sucesso financiamento IDINuno Cunha
 
Analise de investimentos. (1)
Analise de investimentos. (1)Analise de investimentos. (1)
Analise de investimentos. (1)Josy Freitas
 
Atps analise de investimento
Atps analise de investimentoAtps analise de investimento
Atps analise de investimentoMai Reginato
 
Atps analise de credito em risco de investimento
Atps analise de credito em risco de investimentoAtps analise de credito em risco de investimento
Atps analise de credito em risco de investimentoRosangela Santos
 
TCC_EderBatistaMacedo_v6
TCC_EderBatistaMacedo_v6TCC_EderBatistaMacedo_v6
TCC_EderBatistaMacedo_v6Eder Macedo
 

Semelhante a Manual de Análise e Gestão de Projetos .ppt (20)

Analise de viabilidade econômica portal de conhecimentos
Analise de viabilidade econômica portal de conhecimentosAnalise de viabilidade econômica portal de conhecimentos
Analise de viabilidade econômica portal de conhecimentos
 
Apostila vi avaliacao de projetos
Apostila vi   avaliacao de projetosApostila vi   avaliacao de projetos
Apostila vi avaliacao de projetos
 
4a Web Aula - Fundamentos de Finanças.pdf
4a Web Aula - Fundamentos de Finanças.pdf4a Web Aula - Fundamentos de Finanças.pdf
4a Web Aula - Fundamentos de Finanças.pdf
 
Administração Financeira Empresarial - Valor e Orçamento de Capital
Administração Financeira Empresarial - Valor e Orçamento de Capital  Administração Financeira Empresarial - Valor e Orçamento de Capital
Administração Financeira Empresarial - Valor e Orçamento de Capital
 
Fabrica de biscoito
Fabrica de biscoitoFabrica de biscoito
Fabrica de biscoito
 
Dfc fluxo de caixa conciliações
Dfc fluxo de caixa conciliaçõesDfc fluxo de caixa conciliações
Dfc fluxo de caixa conciliações
 
Aspectos_financeiros_investimentos_(fixo_e_giro)
Aspectos_financeiros_investimentos_(fixo_e_giro)Aspectos_financeiros_investimentos_(fixo_e_giro)
Aspectos_financeiros_investimentos_(fixo_e_giro)
 
Contextualização de uma Análise de Projetos
Contextualização de uma Análise de ProjetosContextualização de uma Análise de Projetos
Contextualização de uma Análise de Projetos
 
Opções Reais - A Flexibilidade Do Processo Decisório
Opções Reais - A Flexibilidade Do Processo DecisórioOpções Reais - A Flexibilidade Do Processo Decisório
Opções Reais - A Flexibilidade Do Processo Decisório
 
Capitulo 1 Introducao.pdf
Capitulo 1 Introducao.pdfCapitulo 1 Introducao.pdf
Capitulo 1 Introducao.pdf
 
Administração de projetos - Iniciação - Seleção de Projetos - Aula 5
Administração de projetos - Iniciação - Seleção de Projetos - Aula 5Administração de projetos - Iniciação - Seleção de Projetos - Aula 5
Administração de projetos - Iniciação - Seleção de Projetos - Aula 5
 
Fábrica de biscoitos
Fábrica de biscoitosFábrica de biscoitos
Fábrica de biscoitos
 
Plano De Negócios - SOLUTION – GESTÃO E ENGENHARIA LTDA
Plano De Negócios - SOLUTION – GESTÃO E ENGENHARIA LTDAPlano De Negócios - SOLUTION – GESTÃO E ENGENHARIA LTDA
Plano De Negócios - SOLUTION – GESTÃO E ENGENHARIA LTDA
 
AAVANZ factores de sucesso financiamento IDI
AAVANZ factores de sucesso financiamento IDIAAVANZ factores de sucesso financiamento IDI
AAVANZ factores de sucesso financiamento IDI
 
Analise de investimentos. (1)
Analise de investimentos. (1)Analise de investimentos. (1)
Analise de investimentos. (1)
 
Atps analise de investimento
Atps analise de investimentoAtps analise de investimento
Atps analise de investimento
 
Apostila afoe cont
Apostila afoe contApostila afoe cont
Apostila afoe cont
 
Atps analise de credito em risco de investimento
Atps analise de credito em risco de investimentoAtps analise de credito em risco de investimento
Atps analise de credito em risco de investimento
 
TCC_EderBatistaMacedo_v6
TCC_EderBatistaMacedo_v6TCC_EderBatistaMacedo_v6
TCC_EderBatistaMacedo_v6
 
Apostila mqaa
Apostila mqaaApostila mqaa
Apostila mqaa
 

Último

Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?E-Commerce Brasil
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxCarladeOliveira25
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceE-Commerce Brasil
 
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdfRanking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdfRevista Sociedade Militar
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...E-Commerce Brasil
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Welldonelily Skype
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...E-Commerce Brasil
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensLuizPauloFerreira11
 

Último (8)

Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptx
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
 
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdfRanking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
 

Manual de Análise e Gestão de Projetos .ppt

  • 1. ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS Por: Noé Bambissa, MSc Licenciatura em Contabilidade e Auditoria ISCAM 13/03/2024 1
  • 2. Enquadramento e conceitos 1. Investimento (na óptica empresarial)  Um investimento é uma aplicação de fundos escassos que geram rendimento, durante um certo tempo, de forma a maximizar a riqueza da empresa.  Afectação de recursos materiais, financeiros, humanos com o intuito de criar mais riqueza para os empresários 13/03/2024 2
  • 3. Investimento (na óptica empresarial) (cont.)  O lucro (a curto prazo) constitui o aspecto que mais interessa directamente ao empresário, pois, ao assumir o risco do investimento é para ele fundamental recuperar com acréscimo os valores despendidos no processo de investimento e de exploração, para poder continuar a fazer novos investimentos, pagar os capitais alheios utilizados e pagar atempadamente as remunerações dos factores produtivos primários que utiliza no processo de produção.  O empresário pretende dar a si uma recompensa dos seus esforços, iniciativa e riscos do empreendimento, traduzida numa expectativa de lucro líquido. 13/03/2024 3
  • 4. 1.2. Investimento (na óptica financeira)  Aplicação de capitais ou de activos monetários próprios ou alheios.  Nesta perspectiva, para se realizar um investimento é necessário que exista uma expectativa de recuperação dos valores investidos e de uma remuneração adicional. 13/03/2024 4
  • 5. 1.3. Investimento na perspectiva económica  Abrange toda a afectação de recursos com o objectivo de produzir resultados num determinado prazo.  Estes recursos podem ser consubstanciados em equipamentos e infra-estruturas, edifícios, estudos, projectos, investigações, formação e treinamento do pessoal e meios circulantes necessários ao funcionamento do projecto de investimento.  A realizacão do investimento nesta perspectiva, implica também a expectativa de recuperacão futura do investimento e de proução de excedentes. 13/03/2024 5
  • 6. 1.4. Investimento na perspectiva dos agentes económicos aforradores  O investimento nesta perspectiva equivale, pois, a uma abstencão de consumos no presente (poupança) com vista à obtencão de consumos futuros acrescidos, proporcionados por capital recuperado mais os juros e/ou lucros. 13/03/2024 6
  • 7. 2. Conceito de projecto de investimento  É uma intencão ou proposta de aplicacao de recursos produtivos escassos com o fim de melhorar, aumentar ou iniciar a producao de determinado bem ou servico em quantidade ou qualidade ou diminuir seus custos de producao;  É qualquer plano ou parte de um plano para investir os recursos que possam ser racionalmente utilizados para obtencao de determinados beneficios durante determinado período de tempo; 13/03/2024 7
  • 8. Conceito de projecto de investimento (cont.)  É a compilacão de dados que permitira avaliar em termos economicos as vantagens e desvantagens de utilizar recursos escassos de um país na producão de bens e servicos;  É uma proposta para investimento de capital visando fomentar a possibilidade de fornecer bens e servicos;  Accão que permite avaliar das vantagens e desvantagens de transformar meios financeiros em bens concretos face a possibilidades alternativas de investimento. 13/03/2024 8
  • 9. 3. Classificação e diferenciação de projectos de investimento  Existem vários critérios de classificação de projectos de investimentos:  Quanto ao objectivo  Quanto a sua dimensão, e  Quanto ao comportamento de fluxos de caixa. 13/03/2024 9
  • 10. Classificação e diferenciação de projectos de investimento (cont.) 13/03/2024 10  Quanto aos objectivos podemos encontrar: 1. Projectos de substituição; 2. Projectos de expansão de produtos no mercado; 3. Projectos de inovação para introdução de novos produtos e novos mercados; 4. Projectos de segurança ou protecção do ambiente 5. Outros projectos.
  • 11. 3.1.1. Projectos de substituição (manutenção da exploração/ou redução de custos) Consistem na renovação do capital (AF) existente. Em princípio, não aumentam a capacidade produtiva da empresa e, são os que apresentam menor grau de incerteza (ou risco).  Causas que podem levar a substituição  Usura física que é geralmente a principal causa da depreciação.  Susceptibilidade de avarias frequentes e mais ou menos complexas.  Aqueles cuja depreciação é sobretudo devida ao progresso técnico (obsolescência rápida). 13/03/2024 11
  • 12. 3.1.2. Projectos de expansão de produtos existentes e mercados  Aumentam a capacidade da oferta e portanto, implicam estudos de rentabilidade, comparando proveitos acrescidos com custos acrescidos (i e, marginais).  Aconselham também o estudo previsional do mercado: descobrindo novos consumidores. 13/03/2024 12
  • 13. 3.1.3. Projectos de inovação para introdução de novos produtos ou mercados  Tem por objectivo a redução de custos de funcionamento, a produção de novos produtos ou atingir novos mercados, ou aperfeiçoar os existentes.  Implica modificação nas linhas de fabricação e, consequentemente, estudos de mercado e de rentabilidade. 13/03/2024 13
  • 14. 3.1.4. Projectos de segurança ou de protecção do ambiente Destinam-se a cumprir ordens governamentais, acordos gerais de trabalho, garantindo a segurança dos trabalhadores e da restante população circundante.  São exemplos:  Projectos para investimentos destinados a destruição de produtos tóxicos, poluição do meio ambiente, etc.  A decisão de investir depende do seu tamanho e não de garantia de retornos positivos directos. 13/03/2024 14
  • 15. 3.1.5. Outros projectos São projectos não enquadrados nos anteriores, bem como os projectos secundários, como por exemplo, parques de estacionamento, equipamentos sociais, etc. 13/03/2024 15
  • 16. 4. Relação entre diversos projectos em análise Os projectos podem ser: a)Independentes Quando a aceitação ou rejeição de um projecto não é influenciável pela aceitação ou rejeição de outro ou outros projectos. b)Mutuamente exclusivos Quando a aceitação de um implica a rejeição de outro ou outros projectos que formam o conjunto em análise. c) Dependentes Quando a aceitação de um projecto depende da aceitação de outro ou outros projectos (há complementaridade). 13/03/2024 16
  • 17. 5. Fases metodológicas da análise dos investimentos 13/03/2024 17 1. A detecção das oportunidades de investimento 2. A pré-selecção dos investimentos 3. A elaboração dos estudos dos investimentos 4. A avaliação da decisão económica de investimento 5. A avaliação da decisão de financiamento dos investimentos 6. A avaliação da decisão global de investimento 7. A gestão e controlo dos investimentos.
  • 18. Fases metodológicas da análise dos investimentos (cont.) 5.1. A detecção das oportunidades de investimento  A realização de novos investimentos em AF deve resultar dos objectivos e estratégias da empresa e da existência de um processo de gestão participativa e, consequentemente, aberta e motivadora.  Assim, o normativo dos investimentos da empresa deve claramente prever a possibilidade e os gestores, posicionados nos graus hierárquicos inferiores, efectuarem propostas para a realização de novos investimentos, dado que o comum é os gestores que se situam nos níveis hierárquicos superiores são quem faz propostas de investimentos. 13/03/2024 18
  • 19. Fases metodológicas da análise dos investimentos (cont.) 5.2. A pré-selecção dos investimentos  Decorre da política global da empresa e efectua-se com base em estudos preliminares e com recurso aos chamados métodos empíricos de avaliação dos investimentos. 5.3. A elaboração dos estudos dos investimentos  Uma vez pré-seleccionados os investimentos em AF, devem ser objecto de um estudo a incidir sobre as variáveis ou parâmetros económicos essenciais; permitindo a produção de documentos relevantes à elaboração do mapa dos fluxos financeiros. 13/03/2024 19
  • 20. Fases metodológicas da análise dos investimentos (cont.) 5.4. A avaliação da decisão económica de investimento  Ao se fazer esta avaliação não se considera o seu aspecto financeiro de financiamento, assume-se que os fundos de financiamento são capitais próprios.  Sendo assim, a preocupação é de ver se o projecto é rentável ou não tendo em conta a actualização dos fluxos de caixa (método científico dos cash-flows descontados – DCF – que atende a questão do valor temporal do dinheiro). 5.5. A avaliação da decisão de financiamento dos investimentos  Poderá (ou não) conduzir à alterações do pressuposto de que o financiamento é pelos capitais próprios, permitindo-nos escolher a melhor forma de financiamento através do estudo das alternativas realistas. 13/03/2024 20
  • 21. Fases metodológicas da análise dos investimentos (cont.) 5.6. A avaliação da decisão global de investimento Consiste na observação e escolha entre várias alternativas de investimento tendo em conta, por um lado, o seu risco económico e financeiro e, por outro, o seu impacto económico e financeiros desses novos investimentos e, outros factores ponderáveis. 5.7. A gestão e controlo dos investimentos É uma fase tão importante quanto as anteriores, pois da gestão correcta depende o sucesso de todo o esforço empreendido nas fases anteriores. Uma má gestão pode levar a grandes desastres tanto económicos como financeiros. 13/03/2024 21
  • 22. 6. Parâmetros económicos essenciais à decisão económica de investimento  Do tipo de investimento a fazer e do montante total das despesas em activos fixos e do fundo de maneio necessário depende a extensão e a profundidade dos estudos a realizar sobre os novos investimentos.  Porém os parâmetros essenciais à elaboração dos estudos dos investimentos são, regra geral, os seguintes: 13/03/2024 22
  • 23. Parâmetros económicos essenciais à decisão económica de investimento (cont.) 13/03/2024 23 1. Os mercados (área para a qual convergem a oferta e a procura, com o fim de determinar o preço de equilíbrio); 2. A tecnologia; 3. A dimensão do projecto; 4. A localização;
  • 24. 6.1. Os mercados  Os estudos do mercado abrangem as análises de procura global e oferta global dos produtos acabados e, contempla a oferta e a procura de outros factores de produção (matéria-prima, mão-de-obra, matéria subsidiária, materiais auxiliares, etc).  De entre as ofertas todas, a mais importante é a de produtos acabados e deve abordar essencialmente os seguintes aspectos:  O número e a localização geográfica dos concorrentes.  A capacidade de produção (normal e real) dos concorrentes e as taxas de crescimentos registadas no passado e previstas para o futuro. 13/03/2024 24
  • 25. Os mercados (cont.)  A organização global e o dinamismo comercial das despesas correntes.  O preço, os descontos (comerciais e financeiros), a forma de recebimento, a qualidade e as características das embalagens dos produtos acabados da concorrência.  As margens de lucros das empresas existentes.  Os circuitos de distribuição utilizados pela concorrência.  Os investimentos em capital fixo em curso da realização ou previstos pela concorrência. 13/03/2024 25
  • 26. Os mercados (cont.) Em Suma:  Análise da oferta  Análise da procura  Capacidade do projecto  Preço do produto 13/03/2024 26
  • 27. 6.2. A tecnologia  Consiste na ponderação de toda a tecnologia alternativa existente, de modo a escolher a adequada; tendo em conta a dimensão e a localização do investimento. A tecnologia a utilizar determina o montante total, da despesa de investimento e, consequentemente, a rendibilidade do projecto.  O estudo da tecnologia deve abranger com todo o pormenor os processos técnico-produtivos, o layout dos edifícios, dos equipamentos e instalações, a circulação interna dos materiais e dos PVF e acabados, e as especificações dos equipamentos e instalações principais, o cronograma da realização dos investimentos, as despesas de montagem, ensaio e arranque, os rendimentos e os consumos físicos horárias, as despesas de manutenção e conservação futuras, as principais normas de segurança, as principais exigências do controlo global da qualidade, etc. 13/03/2024 27
  • 28. 6.3. A dimensão do projecto  É a sua capacidade física inicial de produção. Existem vários conceitos de dimensão: 1. Dimensão teórica do projecto  É a sua capacidade física anual de produção normal, durante um certo período de tempo e a um determinado ritmo diário, que geralmente é para as actividades industriais de laboração não contínua, é quantificada em 225 d/ano ao ritmo de 8 h/dia.  Os seus indicadores são:  A sua capacidade física anual  Número de trabalhadores  Despesa total de investimento  Volume de vendas/ano 13/03/2024 28
  • 29. A dimensão do projecto (cont.) 2. Dimensão real do projecto  É a capacidade física anual de produção, as condições acima, deduzidas das quebras de produção ou da produtividade originadas pelos tempos de paragem e outras razões. 3. Dimensão económica ou dimensão óptima  É aquela que possibilita a maximização dos resultados anuais de exploração (óptica empresarial) ou diferencial Benefício-Custo (óptica social). 13/03/2024 29
  • 30. A dimensão do projecto (cont.) 6.3.1. Factores que condicionam a escolha da dimensão óptima:  O mercado dos produtos acabados  A tecnologia  A localização  As fracas disponibilidades de inputs e do pessoal técnico especializado ou as reduzidas possibilidades de obtenção de uma adequada assistência técnica  A escassez das fontes de financiamento 13/03/2024 30
  • 31. 4. A localização  É óptima a localização de um projecto que permite minimizar os custos de exploração (numa óptica empresarial) ou de maximizar o diferencial Benefícios-Custos (numa óptica social). Factores que determinam a localização de um projecto:  As disponibilidades, características e custos dos factores produtivos necessários.  As características dos produtos acabados  Os custos de transporte e as facilidades de comunicação  As economias externas de escala (caso dependa de subcontratação) e as condições socio-políticas e climatéricas de cada região ou país.  Os estímulos e os benefícios de natureza fiscal 13/03/2024 31
  • 32. Como determinar as despesas totais de investimento (em A. Fixo)  O que são as despesas de investimento? São a totalidade de gastos com: Estudos, decisão, preparação da implementação, período de gestão, arranque, ritmo de cruzeiro e termo da vida útil; inclui também a aquisição de activos fixos e do fundo de maneio de exploração ou activo circulante. Onde: i. A preparação da implementação dos investimentos  Consiste essencialmente em definir as equipas e os responsáveis, e em estabelecer adequados mecanismos de controlo: a este ponto, na prática, é igual à gestão do projecto. 13/03/2024 32
  • 33. Como determinar as despesas totais de investimento (em A. Fixo) – cont. II. O ritmo de cruzeiro  É atingido quando o projecto industrial atinge a sua capacidade normal de produção ou quando o projecto comercial alcança os efeitos normais esperados. III. Vida útil de um projecto  É a duração económica (não física) dos principais componentes que integram a despesa total de investimentos. Também pode ser quantificado pelo período de obsolescência dos produtos acabados.  Em regra, a vida útil, situa-se entre 5 a 10 anos. 13/03/2024 33
  • 34. Bases para estimar as despesas de investimentos 1. Preços correntes  Os custos e os proveitos previsionais dos projectos de investimento são determinados durante toda a sua vida pela actuação de factores de natureza técnico-produtiva ou económica e, ainda, pela influência da inflação ou desvalorização da moeda; desta forma há que conceber cenários para o comportamento futuro dos preços dos diversos inputs e outputs, como resultado da influência da inflação ou da desvalorização da moeda.  Assim a decisão global de investimento depende de dois factores:  A rendibilidade futura  O custo médio ponderado das fontes de financiamento. 13/03/2024 34
  • 35. Bases para estimar as despesas de investimentos (cont.)  Vantagens de preços correntes  Pré-definir o comportamento futuro exigível aos preços de venda, cuja adesão a realidade constitui uma condição primordial para o sucesso do projecto.  Porém, é inútil quando se utiliza uma taxa única anual de inflação para todos os preços: de custos de exploração e os de venda o que significaria esperar que os preços de venda terão um comportamento autónomo em relação aos custos de produção e que as margens de vendas (bruta e líquida) serão implicitamente definidas e, não considerar os desfasamentos dos custos dada a desvalorização e a repercussão. 13/03/2024 35
  • 36. Bases para estimar as despesas de investimentos (cont.) 2. Preços constantes  A inflação é obrigatoriamente contemplada, pelo menos até ao arranque do projecto.  Os custos e os proveitos dos novos investimentos em AF não são influenciados durante toda a sua vida útil pela eventual actução da inflação ou da desvalorização da moeda. 13/03/2024 36
  • 37. Critérios (ou regras) de decisão e escolha de projectos 1. Pay-Back (ou Período de Recuperação do Investimento - PRI)  Consiste na determinação do número de anos necessários para se recuperar o investimento líquido inicial com os seus fluxos de caixa. 2. Valor Actual Líquido (VAL)  Consiste em calcular o valor actual dos fluxos de caixa líquidos esperados de um investimento, descontados (actualizados) ao custo de capital e subtraindo dele o custo inicial de desembolsos do projecto. 13/03/2024 37
  • 38. Critérios (ou regras) de decisão e escolha de projectos (cont.) 3. Taxa Interna de Retorno (TIR)  É a taxa de desconto que leva o valor actual das entradas de caixa a igualar-se aos investimentos líquidos do projecto. 4. Índice de rendibilidade do projecto (IRP)  É a relação existente entre os fluxos de tesouraria esperados e o custo de investimento inicial. 13/03/2024 38
  • 39. Pay-Back ou PRI (Período de Recuperação do Investimento)  O PRI ou Pay-Back será dado pelo valor de k que torna a mesma expressão igual a zero, isto é, o tempo em anos, necessário para que os fluxos financeiros previsionais acumulados igualem ao valor do investimento inicial.  Diversos autores, como Brealey e Myers (1998, p.88), Abreu (1973, p. 33-34) e Contador (1998, p.43), admitem o cálculo do PRI, utilizando os fluxos financeiros não actualizados. Actualizando os fluxos de caixa, temos: 13/03/2024 39 n CK (1 + r)K K=1 ∑ 0= - C0
  • 40. Pay-Back ou PRI (cont.)  Critério progressivo  Aplica-se quer para fluxos de caixa não actualizados, quer nos actualizados  Procedimentos de cálculo  Calcular os valores acumulados dos cash-flow do projecto mediante a soma ao longo dos anos  Identificar o ano em que ocorre a mudança do sinal, de negativo para positivo.  Adicionar o quociente entre o último valor negativo e o valor do ano imediatamente a seguir, ao número de períodos em que a soma dos fluxos de caixa permaneceu negativo devido ao sinal negativo do investimento inicial (e subsequentes se existirem). 13/03/2024 40
  • 41. Interpretação do Pay-Back ou PRI O PB é um indicador de liquidez e de risco  Liquidez: é um indicador de liquidez na medida em que se atingirmos o PB, num dado momento da vida útil do projecto, continuando este a gerar fluxos de caixa positivos, estes fluxos são excedente de dinheiro (financeiro) e permitem à empresa um maior grau de liquidez.  Risco: Quanto menor for o PB, menor é o risco do projecto, pois a incerteza de ocorrência futura de fenómenos económicos danosos torna-se reduzida e, por conseguinte, reduz a preocupação de não recuperar pelo menos o valor investido no projecto. 13/03/2024 41
  • 42. Regra de decisão pelo Pay-Back Toma-se o projecto com menor Pay-Back. 13/03/2024 42
  • 43. Método do Valor Actual Líquido (VAL) O VAL de um projecto de investimento (discounted cash flow) determina-se pela seguinte expressão: Regra de decisão pelo VAL: Toma-se o projecto com o maior VAL 13/03/2024 43 n CK (1 + r)K K=1 ∑ VAL= - C0
  • 44. Interpretação do Valor Actual Líquido (VAL)  Se VAL = o (nulo) – Indeterminado; os cash-flows do projecto são exactamente suficientes para amortizar o capital investido e garantir a taxa de retorno do capital requerido.  Se VAL> 0 - Os cash-flows geram um excedente financeiro líquido a favor dos accionistas, posto que o retorno dos credores é fixo.  Por esta via (VAL> 0) o valor da empresa aumenta e consigo a dimensão e o preço das acções – cumpre-se com o objectivo primordial da organização: A maximização do seu valor; Ao passo que se escolhemos projectos com VAL = 0, cresce somente a dimensão (tamanho) da empresa, mas o preço das acções permanece inalterável.  Se VAL <0 – O projecto é inviável. 13/03/2024 44
  • 45. Taxa Interna de Retorno (Rendibilidade) (TIR ou IRR) A TIR ou IRR é o valor da taxa de actualização que torna o VAL igual a zero, ou seja: Regra de decisão pela TIR: Toma-se o projecto com a maior TIR, ou se TIR > r (taxa de actualização) 13/03/2024 45 n CK (1 + TIR)K K=1 ∑ 0= - C0
  • 46. Interpretação da TIR  Se a TIR = r – Indeterminado; nenhum valor adicional resultará do projecto; isto é, VAL = 0  Se a TIR> r, o projecto produz excedentes financeiros  Se a TIR <r, projecto inviável 13/03/2024 46
  • 47. Índice de rendibilidade do projecto (IRP) O IRP é dada pela relação entre o somatório dos cash flows a partir do ano 1 do investimento sobre o capital inicial, isto é: Regra de decisão pelo IRP: Toma-se o projecto com a maior IRP 13/03/2024 47 n CK (1 + r)K K=1 C0 IRP = ∑
  • 48. Interpretação do IRP  Se o IRP> 1, o projecto é viável  Se o IRP = 1, Indeterminado  Se o IRP <1, projecto inviável 13/03/2024 48
  • 49. Alguns problemas na análise de investimentos  Vimos quatro critérios de decisão (ou selecção) de investimentos. Porém, nem sempre todos eles nos conduzirão a mesma decisão. A questão é: Qual será o melhor método?  Os projectos aceitáveis segundo o método do VAL são, também, aceitáveis segundo o critério da TIR, porque o VAL será positivo se, e apenas se, a TIR for maior que o custo de capital.  Pode haver conflito entre o VAL e a TIR, como critérios de decisão de investimentos entre projectos alternativos (mutuamente exclusivos). 13/03/2024 49
  • 50. Alguns problemas na análise de investimentos (cont.)  Eventuais conflitos devem ser resolvidos, usando como critério de resolução o VAL 13/03/2024 50 VAL Proj A Proj B K Ki KA KB TIR B TIR A Zona de conflito
  • 51. Alguns problemas na análise de investimentos (cont.)  É possível encontrar num projecto múltiplas taxas internas de rendibilidade (TIR)  Em certas condições, um projecto pode possuir mais do que uma taxa interna de rendibilidade.  Quando confrontado com múltiplas TIRs, a solução será determinar o custo de capital e adoptar como critério de análise e decisão o VAL. 13/03/2024 51
  • 52. A avaliação empresarial (em suma)  A avaliação empresarial é calculada pelo método dos fluxos de caixa actualizados, pela combinação dos seguintes indicadores: valor actual líquido (VAL), taxa interna de retorno (TIR), período de recuperação do investimento (PRI), também conhecido por pay-back period, e índice de rendibilidade do projecto (IRP).  Para que um projecto seja considerado viável, deve reunir simultaneamente os seguintes requisitos: 1. Pay-Back < Vida útil do projecto 2. VAL> 0 3. TIR> r 4. IRP> 1 13/03/2024 52
  • 53. Taxa de actualização A taxa de actualização é dada pela fórmula: Ta(r)= [(1+T1).(1+T2).(1+T3))-1)] Sendo  T1= taxa de juro de mercado;  T2 = risco económico e financeiro inerente ao projecto;  T3 = taxa de inflação esperada para o futuro 13/03/2024 53
  • 54. ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE VIABILIDADE (PASSO POR PASSO) 13/03/2024 54