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O projeto de viabilidade:

 é o estudo e a analise de informações na procura de verificar a viabilidade a nível interno da
própria empresa.
Deve-se disseminar a idéia de que a empresa de elaborar vários projetos de viabilidade desde a
idéia inicial até a decisão de investir
Pode-se verificar que os gastos com os estudos de viabilidade são os menores de todos os
custos de investimento.
As decisões estratégicas tomadas na fase do estudo de viabilidade irão influir sobre a vida útil da
empresa de modo que o grau de liberdade operacional tende a ser muito menor.
Muitas vezes a análise de viabilidade não é elaborada ou então é feito um projeto de
financiamento que é assumido como se fosse o projeto de viabilidade.
Uma análise de viabilidade é feita com base em projeções.

Quando um projeto é viável?

   a) Quando apresenta recursos financeiros suficientes, seja do empresário ou de capital de
      terceiros, a serem restituídos com receitas geradas pelo empreendimento em questão;
   b) Quando o prazo e a taxa de retorno são satisfatórios;
   c) Quando o negócio tem características mercadológicas positivas, apresentando
      possibilidades de sustentabilidade em longo prazo;
   b) Quando proporciona desenvolvimento regional, estimulando outras atividades produtivas
      que gerem emprego e renda; etc...

Determina-se a viabilidade de um projeto através da análise dos fatores de risco?

 a) Riscos Financeiros: taxa de juros e câmbio, disponibilidade de crédito, inadimplência;
 b) Aspectos ambientais, de patrimônio e responsabilidade civil;
 c) Fatores operacionais: acesso à matéria prima, alavancagem operacional,
 superdimensionamento de custos, definição da tecnologia adequada e localização;
 d) Riscos políticos (país) e de negócios (regulamentação);
 e) Aspectos mercadológicos: análise do potencial do mercado, oportunidades, concorrência,
 estudos setoriais, demanda e oferta a médio e longo prazo, etc;
 f) Aspectos legais: legislação vigente, possibilidade de ajustes nas diretrizes fiscais com futuros
 impactos na atividade econômica;
 g) Exigências Ambientais: mais do que nunca não há mais espaço para qualquer investimento
 sem a análise detalhada dos impactos ambientais, pois a tolerância tende a ser levada a níveis
 tão específicos que nunca seriam imaginados nos últimos anos;
 h) Dimensionamento dos investimentos: possibilidade de implantação total ou por módulos,
 seguindo a Própria evolução do negócio.
Determina-se a viabilidade de um projeto através do envolvimento das partes integrantes
do processo:
 a) Acionistas: cabe a eles a responsabilidade integral de qualquer iniciativa, como tomada de
    decisões estratégicas, comprometimento com o retorno sobre o capital investido,
    administração de expectativas, entre outros;

 b) Fornecedores: a capacitação técnica destes deve estar alinhada com os quesitos de
    qualidade do produto, cumprimento de prazos, racionalização dos custos de estoque
    passando pela análise do custo-benefício da matéria prima, etc;

 c) Órgãos governamentais: sejam eles Estados, Municípios ou União, não há como tomar uma
    decisão sem o completo conhecimento de todas as exigências, obrigações a serem
    cumpridas em decorrência dos investimentos a serem realizados, bem como dos possíveis
    benefícios e vantagens segundo a particularidade de cada um;

 d) Agentes Financeiros: qualificar e quantificar qual será a oferta de linhas de crédito do
 mercado segundo a conjuntura atual e qual a visão do mercado financeiro assim como seu
 apetite para novos empreendimentos, de acordo com a necessidade de capital para o
 investimento. Sobre esse aspecto, comentaremos adiante mais detalhadamente.

 e) Fundos de investimento: de forma geral, sejam eles fundos de pensão segundo suas
 limitações, fundos de investimento específicos para cada atividade econômica, com a origem do
 funding interna ou externa, possibilidade de participação de investidores estrangeiros e/ou
 órgãos de fomento internacionais, entre outros.

Determina-se a viabilidade de um projeto através da projeção e analise dos indicadores
econômico-financeiros:

Traçando diversos cenários que vão dos piores possíveis aos mais otimistas, é de fundamental
importância. Essa iniciativa proporcionará ao investidor se preparar para enfrentar situações
adversas com pelo menos uma idéia ou sinalização de qual atitude tomar durante esses
períodos.

Essas ações a serem tomadas também deverão ser previamente analisadas segundo as
variáveis utilizadas na formatação dos cenários iniciais.

Todos os componentes das equações previstas deverão ser constantemente atualizados e nunca
deixados de lado à espera de variações futuras. Não se trata de uma receita de bolo que se tira
da gaveta somente diante de uma necessidade. O seu monitoramento deve ser algo constante e
fazer parte das prioridades da empresa.
Determina-se a viabilidade de um projeto através da simulação de implantação:
Essa talvez seja uma das fases que exigem maior atenção, pois nesse ponto tudo pode se perder
por simples erros e omissões consideradas pouco relevantes num primeiro momento, mas que
trarão conseqüências em cadeia, difíceis de detectar e com altos custos na sua resolução.
Vamos a três simples tópicos:
  a) Habilidade de coordenação das equipes envolvidas: é de fundamental importância que todos
     se sintam comprometidos com um objetivo comum, que é o resultado esperado, via
     satisfação dos acionistas, clientes, fornecedores e sociedade em geral. Nenhuma unidade
     conseguirá sucesso isoladamente devido à real interdependência de todas elas;

b) Cronogramas físico e financeiro: para qualquer planejamento existe uma meta de prazos, seja
na definição do tempo de operação seja no retorno do capital investido. Adiar prazos sem
justificativas muito bem embasadas, reforçam a máxima de que “tempo é dinheiro”;

c) Capital Humano: um CGC não seria a união de vários CPFs? Então como esperar resultados
satisfatórios sem aliar capacitação técnica, experiência, liderança e novos talentos, todos com
liberdade para pensar e autonomia para decisões no sentido de desburocartizar processos e criar
novas soluções? Sem nos esquecer da necessidade de descentralizar decisões com
remuneração justa e também compatível com as competências individuais e/ou de equipe.

 È importante que o empreendedor entenda que a profissionalização nos processos de análise
 de crédito das instituições financeiras está extremamente evoluída. Não há como esperar crédito
 de um banco apresentando somente balanços dos exercícios anteriores, balancetes sem
 consistência técnica e a ainda prática comum de “acobertar” o fluxo de caixa das empresas.

 Essa análise tem hoje, o mesmo efeito de se dirigir um automóvel olhando somente para o
 retrovisor. O nível de transparência das informações está tomando proporções tão aguçadas
 que passam pela análise do comportamento ético dos acionistas, sendo muitas vezes fator de
 indeferimento de limites independente da saúde financeira da empresa.

 Estudos setoriais são cada vez mais importantes com pareceres globais da economia e não
 somente segundo seu porte no local em que atua. Principalmente para os investimentos mais
 vultuosos, os chamados covenents exigem o cumprimento de todas as premissas e projeções
 estipuladas no Estudo de Viabilidade inicial, sob pena de vencimento antecipado do contrato.

 Essas cláusulas envolvem os principais indicadores econômicos, financeiros, operacionais,
 ambientais.

 Se hoje as grandes empresas tem que ter seu foco nesses aspectos, não é difícil prever que
 dentro em breve toda a economia esteja inserida nesse contexto.

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Aula 3 ap

  • 1. O projeto de viabilidade: é o estudo e a analise de informações na procura de verificar a viabilidade a nível interno da própria empresa. Deve-se disseminar a idéia de que a empresa de elaborar vários projetos de viabilidade desde a idéia inicial até a decisão de investir Pode-se verificar que os gastos com os estudos de viabilidade são os menores de todos os custos de investimento. As decisões estratégicas tomadas na fase do estudo de viabilidade irão influir sobre a vida útil da empresa de modo que o grau de liberdade operacional tende a ser muito menor. Muitas vezes a análise de viabilidade não é elaborada ou então é feito um projeto de financiamento que é assumido como se fosse o projeto de viabilidade. Uma análise de viabilidade é feita com base em projeções. Quando um projeto é viável? a) Quando apresenta recursos financeiros suficientes, seja do empresário ou de capital de terceiros, a serem restituídos com receitas geradas pelo empreendimento em questão; b) Quando o prazo e a taxa de retorno são satisfatórios; c) Quando o negócio tem características mercadológicas positivas, apresentando possibilidades de sustentabilidade em longo prazo; b) Quando proporciona desenvolvimento regional, estimulando outras atividades produtivas que gerem emprego e renda; etc... Determina-se a viabilidade de um projeto através da análise dos fatores de risco? a) Riscos Financeiros: taxa de juros e câmbio, disponibilidade de crédito, inadimplência; b) Aspectos ambientais, de patrimônio e responsabilidade civil; c) Fatores operacionais: acesso à matéria prima, alavancagem operacional, superdimensionamento de custos, definição da tecnologia adequada e localização; d) Riscos políticos (país) e de negócios (regulamentação); e) Aspectos mercadológicos: análise do potencial do mercado, oportunidades, concorrência, estudos setoriais, demanda e oferta a médio e longo prazo, etc; f) Aspectos legais: legislação vigente, possibilidade de ajustes nas diretrizes fiscais com futuros impactos na atividade econômica; g) Exigências Ambientais: mais do que nunca não há mais espaço para qualquer investimento sem a análise detalhada dos impactos ambientais, pois a tolerância tende a ser levada a níveis tão específicos que nunca seriam imaginados nos últimos anos; h) Dimensionamento dos investimentos: possibilidade de implantação total ou por módulos, seguindo a Própria evolução do negócio.
  • 2. Determina-se a viabilidade de um projeto através do envolvimento das partes integrantes do processo: a) Acionistas: cabe a eles a responsabilidade integral de qualquer iniciativa, como tomada de decisões estratégicas, comprometimento com o retorno sobre o capital investido, administração de expectativas, entre outros; b) Fornecedores: a capacitação técnica destes deve estar alinhada com os quesitos de qualidade do produto, cumprimento de prazos, racionalização dos custos de estoque passando pela análise do custo-benefício da matéria prima, etc; c) Órgãos governamentais: sejam eles Estados, Municípios ou União, não há como tomar uma decisão sem o completo conhecimento de todas as exigências, obrigações a serem cumpridas em decorrência dos investimentos a serem realizados, bem como dos possíveis benefícios e vantagens segundo a particularidade de cada um; d) Agentes Financeiros: qualificar e quantificar qual será a oferta de linhas de crédito do mercado segundo a conjuntura atual e qual a visão do mercado financeiro assim como seu apetite para novos empreendimentos, de acordo com a necessidade de capital para o investimento. Sobre esse aspecto, comentaremos adiante mais detalhadamente. e) Fundos de investimento: de forma geral, sejam eles fundos de pensão segundo suas limitações, fundos de investimento específicos para cada atividade econômica, com a origem do funding interna ou externa, possibilidade de participação de investidores estrangeiros e/ou órgãos de fomento internacionais, entre outros. Determina-se a viabilidade de um projeto através da projeção e analise dos indicadores econômico-financeiros: Traçando diversos cenários que vão dos piores possíveis aos mais otimistas, é de fundamental importância. Essa iniciativa proporcionará ao investidor se preparar para enfrentar situações adversas com pelo menos uma idéia ou sinalização de qual atitude tomar durante esses períodos. Essas ações a serem tomadas também deverão ser previamente analisadas segundo as variáveis utilizadas na formatação dos cenários iniciais. Todos os componentes das equações previstas deverão ser constantemente atualizados e nunca deixados de lado à espera de variações futuras. Não se trata de uma receita de bolo que se tira da gaveta somente diante de uma necessidade. O seu monitoramento deve ser algo constante e fazer parte das prioridades da empresa.
  • 3. Determina-se a viabilidade de um projeto através da simulação de implantação: Essa talvez seja uma das fases que exigem maior atenção, pois nesse ponto tudo pode se perder por simples erros e omissões consideradas pouco relevantes num primeiro momento, mas que trarão conseqüências em cadeia, difíceis de detectar e com altos custos na sua resolução. Vamos a três simples tópicos: a) Habilidade de coordenação das equipes envolvidas: é de fundamental importância que todos se sintam comprometidos com um objetivo comum, que é o resultado esperado, via satisfação dos acionistas, clientes, fornecedores e sociedade em geral. Nenhuma unidade conseguirá sucesso isoladamente devido à real interdependência de todas elas; b) Cronogramas físico e financeiro: para qualquer planejamento existe uma meta de prazos, seja na definição do tempo de operação seja no retorno do capital investido. Adiar prazos sem justificativas muito bem embasadas, reforçam a máxima de que “tempo é dinheiro”; c) Capital Humano: um CGC não seria a união de vários CPFs? Então como esperar resultados satisfatórios sem aliar capacitação técnica, experiência, liderança e novos talentos, todos com liberdade para pensar e autonomia para decisões no sentido de desburocartizar processos e criar novas soluções? Sem nos esquecer da necessidade de descentralizar decisões com remuneração justa e também compatível com as competências individuais e/ou de equipe. È importante que o empreendedor entenda que a profissionalização nos processos de análise de crédito das instituições financeiras está extremamente evoluída. Não há como esperar crédito de um banco apresentando somente balanços dos exercícios anteriores, balancetes sem consistência técnica e a ainda prática comum de “acobertar” o fluxo de caixa das empresas. Essa análise tem hoje, o mesmo efeito de se dirigir um automóvel olhando somente para o retrovisor. O nível de transparência das informações está tomando proporções tão aguçadas que passam pela análise do comportamento ético dos acionistas, sendo muitas vezes fator de indeferimento de limites independente da saúde financeira da empresa. Estudos setoriais são cada vez mais importantes com pareceres globais da economia e não somente segundo seu porte no local em que atua. Principalmente para os investimentos mais vultuosos, os chamados covenents exigem o cumprimento de todas as premissas e projeções estipuladas no Estudo de Viabilidade inicial, sob pena de vencimento antecipado do contrato. Essas cláusulas envolvem os principais indicadores econômicos, financeiros, operacionais, ambientais. Se hoje as grandes empresas tem que ter seu foco nesses aspectos, não é difícil prever que dentro em breve toda a economia esteja inserida nesse contexto.