O documento discute o manejo da dor e anestésicos em pacientes asmáticos. Aborda os diferentes níveis de gravidade da asma, os riscos de agravamento dos sintomas com o uso de analgésicos como AINEs, paracetamol e opioides. Também discute opções mais seguras de analgésicos e anestésicos para esses pacientes como tramadol, metadona e sedação consciente.
1. Seminário da disciplina
Terapêutica Medicamentosa II
MANEJO DA DOR E ANESTÉSICOS
EM PACIENTES ASMÁTICOS
Profª: Gleicy Medeiros
Equipe: Alanna Katarina Alexandre Silva
Alice Cavalcanti Vilanova
Bruna Braga da Cruz
Izis Mariana Fulco Ferreira
Maria Clara Ribeiro Muniz
3. O que é asma?
Grau 1: sintomas leves e intermitentes até dois dias por
semana e até duas noites por mês, em geral com
predomínio dos sintomas no inverno, por exemplo
Grau 2: sintomas persistentes e leves mais do que duas
vezes por semana, mas não mais do que uma vez em um
único dia
Grau 3: sintomas persistentes moderados uma vez por dia e
mais de uma noite por semana.
Grau 4: sintomas graves persistentes ao longo do dia na
maioria dos dias e frequentemente durante a noite.
6. Analgésicos Anti-inflamatórios
não esteroides (AINES)
Pequena porcentagem de agravamento dos sintomas da asma.
Comprometimento funcional significativo
É recomendado que pacientes com asma evitem todos os
AINEs compartilham o mecanismo farmacológico de ação.
Inibição da
ciclo-
oxigenase
produção
reduzida de
prostaglandi-
nas
consequências
benéficas ou
prejudiciais.
7. Aproximadamente 10% dos adultos com asma têm uma
intolerância à aspirina, em doses baixas.
Broncoespasmo leve ou grave imediato.
Maior prevalência em adultos do sexo masculino
Principais AINES que exacerbam
as crises asmáticas
Inibição da
COX-1
Aumento da
produção de
leucotrienos
Hipersecreção
brônquica e
edema
Broncoespasmo
8. Evidências de que o paracetamol também pode
afetar a função respiratória em pacientes asmáticos.
Associação entre a gravidade da asma e a quantidade
utilizada de paracetamol.
São descritos casos de pacientes portadores de asma,
após ingerirem altas doses de paracetamol oral com
1000 ou 1500 mg, desencadearam o broncoespasmo.
1ª Escolha
1 comprimido 750 mg 3 a 5 vezes/dia
35-55 gotas de 3 a 5 vezes/dia (Adultos e crianças maiores de
12 anos)
1 gota por kg de peso, até o limite de 35 gotas por dose
(crianças menores de 12 anos)
9. Uso de dipirona pode causar quadro de broncoes-pasmos,
por um mecanismo ainda não conhecido, além de ser muito
alergênico.
Uso de inibidores de COX-2
Episódios de agravamento da asma em pacientes que
tomaram celecoxib e rofecoxib
10. Analgésicos Opiódes
Morfina ( Dor Severa)
Codeína ( Dor Moderada)
São potentes analgésicos e depressores
respiratórios e causam a liberação de histamina.
Opiódes Naturais
11. Opióides Histamina
Contrai o músculo liso
brônquico nos seres
humanos.
Pacientes Asmáticos podem
ser até 10 vezes mais
sensíveis à broncoconstrição
mediada pela histamina do
que indivíduos não-
asmáticos.
12. Opioides Sintéticos
Ligeiramente mais seguros, pois não liberam histamina.
1ª Escolha: Tramadol
Solução injetável (via endovenosa): conteúdo de 1 ampola por injeção lenta
ou em solução por gotejamento;
Via intramuscular: Conteúdo de 1 ampola.
Obs.: Quando necessário as doses acima poderão ser repetidas a cada 4 -
6 horas. Normalmente não se deve exceder doses de 400mg/dia
(correspondente a 8 ampolas de 50mg ou 4 ampolas de 100mg).
Entretanto, no tratamento de dor severa proveniente de tumor e na dor pós-
operatória severa, podem ser necessárias doses mais elevadas.
Comprimido: 1 cápsula de 50 mg.
Deve ser administrado fora das refeições.
OBS.: Quando necessário, a dose acima poderá ser repetida, a cada 4-6
horas. Normalmente não se deve exceder doses de 400 mg/dia
(correspondente a 8 cápsulas de 50 mg).
13. 2º Escolha: Metadona
COMPRIMIDO:
- Adultos: 1 comprimido de 5 ou 10mg , com
dosagem máxima de 10 mg a cada 3 ou 4 horas, se
necessário.
- Crianças: a dosagem deve ser individualizada pelo
médico, considerando a idade e o peso da criança
SOLUÇÃO INJETÁVEL:
Por via endovenosa em solução 10 mg/1 ml, com
dosagem máxima de 120 mg.
14. Ansiolíticos
Um dos grandes desafios para a Odontologia moderna é
o controle do medo e ansiedade, sentimentos geradores
de estresse e, consequentemente manifestações
adversas de comportamento e alterações sistêmicas
potencialmente perigosas. Porém, tratando-se de um
paciente asmático, a presença de fatores como
ansiedade e medo, exigem uma atenção maior, visto que
são capazes de desencadear crises asmáticas de
moderada a grave.
Benzadiazepínicos
Sedação Consciente
16. Vasoconstrictor – vilão ou não?
Bissulfito de sódio ou metabissulfito -> broncoespasmos
Sem vasoconstrictor ou com felipressina
Anestésicos
17. A asma não contra-indica a anestesia geral ou a intubação
orotraqueal, entretanto, o estágio de gravidade e o
controle da doença por ocasião do ato cirúrgico
constituem fator de suma importância em sua
determinação, levando-se também em consideração o
porte da cirurgia a ser efetuada.
Bupivacaína e lidocaína sob a forma
de aerossol - broncoespasmo em
certos pacientes com asma.