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Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 07 – MIQUEIAS – A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
INTRODUÇÃO
Miqueias foi um homem corajoso, dotado de fortes convicções e de rara fé pessoal. Champlin resumiu muito
bem o caráter e as atitudes dele ao escrever que as características de Miqueias eram moralidade estrita, inflexível
devoção à justiça tanto na Lei quanto nas ações práticas, e grande simpatia para com os pobres (2004, p. 3570). O que
mais perturbava o profeta Miqueias eram as injustiças sociais que ocorriam em seus dias (Mq 3.4). Tais injustiças,
segundo o profeta, só poderiam ser apagadas mediante um verdadeiro reavivamento (Mq 4.6; At 2:42-47).
I – INFORMAÇÕES SOBRE O PROFETA MIQUEIAS
1.1 Nome. O nome Miqueias, vem de uma palavra hebraica “Mikhah” que significa “Quem é como Yahweh?”. Um
nome semelhante a Micael: “Quem é como Elohim?”. O nome é adequado para o homem que perguntou: “Quem, ó
Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade, e te esqueces da transgressão do restante da tua herança?
(Mq 7:18). O Deus de Israel é incomparável, e essa ideia proporciona a base para o pensamento e a proclamação do
profeta em todo seu livro. Existem poucas informações sobre Miqueias. Além da pequena introdução do livro (Mq 1.1),
só é mencionado em (Jr 26.18), onde certos anciãos citaram (Mq 3.12), uma palavra de julgamento contra Jerusalém
nos dias do rei Ezequias.
1.2 Livro. O Livro do profeta Miqueias consiste numa mensagem de três partes: (1) Recrimina Israel (Samaria) e Judá
(Jerusalém) pelos seus pecados específicos que incluem a idolatria, o orgulho, a opressão aos pobres, os subornos
entre os líderes, a cobiça e a avareza, a imoralidade e a religião vazia (Miq 2.2,8,9,11; 3.1-3,5,11); (2) Adverte que o
castigo divino está para vir em decorrência de tais pecados (Mq 3.12; 5.1); (3) Promete que a verdadeira paz, retidão e
justiça, prevalecerão quando o Messias estiver reinando (Mq 4.1-7). O Livro ainda traz uma das mais grandiosas
expressões da Bíblia sobre a misericórdia de Deus e a sua Graça perdoadora (Mq 7.18-20); também expressa três
importantes profecias citadas noutras partes da Bíblia: uma que salvou a vida de Jeremias (Mq 3.12; Jr 26.18,19), outra
que diz a respeito ao local onde o Messias haveria de nascer (Mq 5.2; Mt 2.5,6); e ainda uma outra citada pelo próprio
Senhor Jesus (Mq 7.6; Mt 10.35,36).
1.3 Período que profetizou. O Ministério do profeta Miqueias foi exercido durante o os reinados de três reis de Judá:
Jotão (751-736 a.C), Acaz (736-716 a.C) e Ezequias (715-687 a.C). Algumas de suas profecias foram proferidas no
tempo de Ezequias (conforme Jr 26.18). Porém, a maioria delas reflete a condição de Judá durante os reinados de Jotão
e de Acaz, antes das reformas promovidas por Ezequias. Não há dúvida de que o seu ministério, juntamente com o de
Isaías, ajudou a promover o avivamento e as reformas dirigidas pelo justo rei Ezequias.
1.4 Contemporâneos. Os profetas Isaías e Amós viveram na mesma época do profeta Miqueias (Mq 1.1,14; Is 1.1).
Isaías era profeta da corte e Miqueias do campo. Ambos viveram no período áureo da profecia hebraica. Há quem afirme
que Miqueias foi discípulo de Isaías. O fato de serem contemporâneos não é base para se fundamentar essa relação
entre os profetas. Isaías era culto, conselheiro do rei, e vivia no palácio real, em Jerusalém, ao passo que Miqueias era
homem do povo e muito simples.
II – A SITUAÇÃO DE ISRAEL E JUDÁ NO PERÍODO DE MIQUEIAS
As profecias de Miqueias foram proferidas durante o reinado de Jotão, Acaz e Ezequias, que reinaram
consecutivamente de 740 a 697 a.C. Sua parte principal, entretanto, deve ter sido proferida durante os reinados de Acaz
e Ezequias, antes da queda de Samaria em 722 a.C. O objetivo do profeta era demonstrar o peso da ira divina sobre a
nação, em virtude dos seus pecados de violência e injustiça social, enquanto fingiam ser religiosos (Mq 1.1-5).
2.1 Situação política. O profeta Miqueias predisse, com exatidão, a queda de Israel - Reino do Norte; Samaria ou
Efraim (Mq 1.6,7); profetizou uma destruição semelhante para o povo de Judá e Jerusalém (Reino do Sul) em
consequência dos seus graves pecados (Mq 4.9-11); as profecias, preservam a grave mensagem do profeta
Miqueias às últimas gerações de Judá antes de os babilônios invadirem a nação (Mq 4.10).
2.2 Situação social. O povo de Judá e de Israel foram contemplados pela profecia de Miqueias, mostrando que o
Senhor é responsável por julgar a falta de temor do povo para com Ele. O profeta denuncia os falsos profetas (Mq
3.5,6,7), os lideres desonestos e os sacerdotes ímpios que enganavam o povo e os conduziam ao pecado, ao invés de
direcioná-los a uma vida mais próxima de Deus (Mq 3.9-12; 4.12).
2.3 Situação espiritual. As palavras do profeta Miqueias demonstram um Deus real que odeia o pecado, e que adota a
postura de um justo juiz, pronto para administrar o castigo a todos aqueles que desafiam a sua autoridade (Mq 1.5;
6.7,8).
III – RAZÃO E PROPÓSITO DO LIVRO DO PROFETA MIQUEIAS
Em sete capítulos, o profeta Miqueias apresenta seu verdadeiro retrato sobre Deus – O Senhor Deus é Supremo,
que odeia o pecado e ama o pecador. A maior parte do livro é dedicada a descrever o castigo de Deus sobre Israel (o
Reino do Norte), Judá (o Reino do Sul) e sobre todos os habitantes da Terra (Mq 1.5); e o profeta Miqueias faz uma lista
destas práticas abomináveis diante da face do Senhor Deus. Vejamos alguns pecados relacionados pelo profeta:
desonestidade (Mq 2.2); corrupção (Mq 2.10); cobiça (Mq 2.9); falsidade ( Mq 2.11); falso ensino (Mq 3.5), dentre outros.
IV – CRISTO NO LIVRO DE MIQUEIAS
Dois textos do Profeta Miqueias falam do Reino do Messias e de sua vinda. Nos “últimos dias”, Ele reinará no
monte Sião, onde prevalecerão a verdade, a justiça, a prosperidade e a paz. Ali os coxos e os aflitos estarão reunidos a
fim de formar o núcleo da sua poderosa nação (Mq 4.1-7). A profecia revela que esse reino não começará ostentando
grandeza, pois o próprio Messias nascerá na pequena vila de Belém, lugar de criação de carneiros (Mq 5.2). Ele, que é
Eterno, virá de Deus como Pastor de Israel. Mas antes que o Messias se torne grande até os confins da terra, a nação
será abandonada pelo Senhor por um tempo, no fim do qual Ele surgirá para pastorear o seu povo com grande
majestade (Mq 5.3-4).
V – PRINCÍPIOS DO EVANGELHO NO LIVRO DE MIQUEIAS
No Antigo Testamento, não se encontra um resumo da Lei mais descomplicado e mais profundo do que o do
livro do profeta Miqueias. Suas exigências são simples e sem rodeios: “...praticar a justiça, amar a bondade, e andar
humildemente com o Senhor (Mq 6.6-8). Do mesmo modo o Senhor Jesus resumiu a Lei como amar (Mt 22.35-40; Mc
12.28-31; Tg 2.8) para os insensíveis líderes do seu tempo.
5.1 Praticar a Justiça. Os termos bíblicos, no hebraico, “tsedeq” e “tsadaqah”, como também o vocábulo grego
dikaiosune, são traduzidos em português por “justiça ou retidão”. Essas palavras são usadas no tocante a Deus (Dt
32.4; Ed 9.15; Ne 9.33; Sl 7.11) e aos homens (Gn 6.9; 18.24; 20.4; Dt 25.1; Jó 1.1,8). A justiça é um dos atributos
comunicáveis de Deus, sendo investida no homem através de Cristo, por meio da conversão (Jo 3.3; 2 Co 5.17; Ef
4.23,24; Cl 3.10), da santificação e do continuo ministério do Espírito Santo (Rm 8.4,5,6,14; 1Co 3.16; 2 Co 1.22; 3.17; Ef
1.13; Fp 3.3); e assim, o homem vai absolvendo a forma de justiça e da santidade divina;
5.2 Amar a Bondade. O amor é a essência de todas as virtudes morais de Cristo originadas pelo Espírito Santo, e
implantadas no crente (1 Jo 4.7; Cl 3.14;Rm 5.5; 1 Co 13.13). Já a bondade, denota serviço ou ministério em favor do
próximo, um espírito de generosidade colocado em prática, concernente a servir e a doar. É o resultado natural da
benignidade – a manifestação da ternura, compaixão e brandura (Rm 15.14; Gl 5.22; Ef 5.9; 1 Ts 1.11);
5.3 Andar humildemente com o Senhor. A metáfora do ato de andar, expressa a natureza geral da vida espiritual (Gn
5.22; 6.9; 17.1; 24.40; Ef 5.2; Cl 2.6; 1 Jo 2.6). O exemplo do crente é o Senhor Jesus Cristo, o qual como homem,
enfrentou as mesmas tentações, mas triunfou sobre o pecado (Hb 5.8,9). A expressão “humildemente”, por sua vez;
significa: qualidade de ser humilde. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é considerada uma das principais
virtudes, que nos resguarda do orgulho humano (Pv 15.33; 22.4; At 20.19; Ef 4.1,2; Fp 2.3; Tg 4.6; 1 Pe 5.5).
VI – A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
A palavra Obediência vem do latim “Obedientia” e significa: sujeição, guardar, submeter à autoridade; agir de
acordo com as ordens recebidas. É o mais forte indício da fé em Deus. A obediência é imposta pelo Senhor a todos
aqueles que lhe servem (Det 13.4); é essencial à fé (Hb 11.6); é o resultado para quem dá credito à voz de Deus (Êx
19.5,6); manifesta-se através da submissão do servo ao seu senhor (Rm 13.1); O Senhor Jesus é o supremo exemplo
de obediência (Mt 3.15; Fil 2.5-8); deve ser uma das características dos santos (I Pe 1.14); deve proceder do próprio
coração e nunca por obrigação (Det 11.13; Rm 6.17). Vejamos alguns exemplos bíblicos de obediência: Noé (Gen 6.22);
Abraão (Gen 12.1-4); Elias ( I Reis 17.5); Jesus ( João 7.16; 12.4; 14.10,24); Paulo ( At 26.19).
CONCLUSÃO
O Profeta Miqueias tinha plena consciência das injustiças praticadas e só fez comentários a esse respeito
naquilo em que essas condições estavam vinculadas à situação moral e religiosa do povo. Sua mensagem pode ser
resumida com as suas próprias palavras “Mas, decerto, eu sou cheio da força do Espirito do Senhor e cheio de
juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (Mq 3.8). Há algumas
semelhanças entre o que acontece nos dias de hoje com alguns fatos na época do Profeta Miqueias; por isso, sejamos
verdadeiros arautos do reino celestial, denunciando o pecado e anunciando a volta do Filho do Homem (Mc 13.32-37).
REFERÊNCIAS
* CHAMPLIN, R.N. O AT e NT Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS. * STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
* CHAMPLIN, R.N. Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS. * MEARS, C. Henrieta. Estudo Panoramico da Bíblia. VIDA.
* SOARES, ESEQUIAS. Visão Panoramica do Antigo testamento. CPAD. * VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
* ELLISEN, STANLEY. Conheça Melhor o Antigo Testamento. VIDA. * Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.

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Lição 07 miquéias - a importância da obediência

  • 1. Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais Pastor Presidente: Ailton José Alves Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524 LIÇÃO 07 – MIQUEIAS – A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA INTRODUÇÃO Miqueias foi um homem corajoso, dotado de fortes convicções e de rara fé pessoal. Champlin resumiu muito bem o caráter e as atitudes dele ao escrever que as características de Miqueias eram moralidade estrita, inflexível devoção à justiça tanto na Lei quanto nas ações práticas, e grande simpatia para com os pobres (2004, p. 3570). O que mais perturbava o profeta Miqueias eram as injustiças sociais que ocorriam em seus dias (Mq 3.4). Tais injustiças, segundo o profeta, só poderiam ser apagadas mediante um verdadeiro reavivamento (Mq 4.6; At 2:42-47). I – INFORMAÇÕES SOBRE O PROFETA MIQUEIAS 1.1 Nome. O nome Miqueias, vem de uma palavra hebraica “Mikhah” que significa “Quem é como Yahweh?”. Um nome semelhante a Micael: “Quem é como Elohim?”. O nome é adequado para o homem que perguntou: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade, e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? (Mq 7:18). O Deus de Israel é incomparável, e essa ideia proporciona a base para o pensamento e a proclamação do profeta em todo seu livro. Existem poucas informações sobre Miqueias. Além da pequena introdução do livro (Mq 1.1), só é mencionado em (Jr 26.18), onde certos anciãos citaram (Mq 3.12), uma palavra de julgamento contra Jerusalém nos dias do rei Ezequias. 1.2 Livro. O Livro do profeta Miqueias consiste numa mensagem de três partes: (1) Recrimina Israel (Samaria) e Judá (Jerusalém) pelos seus pecados específicos que incluem a idolatria, o orgulho, a opressão aos pobres, os subornos entre os líderes, a cobiça e a avareza, a imoralidade e a religião vazia (Miq 2.2,8,9,11; 3.1-3,5,11); (2) Adverte que o castigo divino está para vir em decorrência de tais pecados (Mq 3.12; 5.1); (3) Promete que a verdadeira paz, retidão e justiça, prevalecerão quando o Messias estiver reinando (Mq 4.1-7). O Livro ainda traz uma das mais grandiosas expressões da Bíblia sobre a misericórdia de Deus e a sua Graça perdoadora (Mq 7.18-20); também expressa três importantes profecias citadas noutras partes da Bíblia: uma que salvou a vida de Jeremias (Mq 3.12; Jr 26.18,19), outra que diz a respeito ao local onde o Messias haveria de nascer (Mq 5.2; Mt 2.5,6); e ainda uma outra citada pelo próprio Senhor Jesus (Mq 7.6; Mt 10.35,36). 1.3 Período que profetizou. O Ministério do profeta Miqueias foi exercido durante o os reinados de três reis de Judá: Jotão (751-736 a.C), Acaz (736-716 a.C) e Ezequias (715-687 a.C). Algumas de suas profecias foram proferidas no tempo de Ezequias (conforme Jr 26.18). Porém, a maioria delas reflete a condição de Judá durante os reinados de Jotão e de Acaz, antes das reformas promovidas por Ezequias. Não há dúvida de que o seu ministério, juntamente com o de Isaías, ajudou a promover o avivamento e as reformas dirigidas pelo justo rei Ezequias. 1.4 Contemporâneos. Os profetas Isaías e Amós viveram na mesma época do profeta Miqueias (Mq 1.1,14; Is 1.1). Isaías era profeta da corte e Miqueias do campo. Ambos viveram no período áureo da profecia hebraica. Há quem afirme que Miqueias foi discípulo de Isaías. O fato de serem contemporâneos não é base para se fundamentar essa relação entre os profetas. Isaías era culto, conselheiro do rei, e vivia no palácio real, em Jerusalém, ao passo que Miqueias era homem do povo e muito simples. II – A SITUAÇÃO DE ISRAEL E JUDÁ NO PERÍODO DE MIQUEIAS As profecias de Miqueias foram proferidas durante o reinado de Jotão, Acaz e Ezequias, que reinaram consecutivamente de 740 a 697 a.C. Sua parte principal, entretanto, deve ter sido proferida durante os reinados de Acaz e Ezequias, antes da queda de Samaria em 722 a.C. O objetivo do profeta era demonstrar o peso da ira divina sobre a nação, em virtude dos seus pecados de violência e injustiça social, enquanto fingiam ser religiosos (Mq 1.1-5). 2.1 Situação política. O profeta Miqueias predisse, com exatidão, a queda de Israel - Reino do Norte; Samaria ou Efraim (Mq 1.6,7); profetizou uma destruição semelhante para o povo de Judá e Jerusalém (Reino do Sul) em consequência dos seus graves pecados (Mq 4.9-11); as profecias, preservam a grave mensagem do profeta Miqueias às últimas gerações de Judá antes de os babilônios invadirem a nação (Mq 4.10). 2.2 Situação social. O povo de Judá e de Israel foram contemplados pela profecia de Miqueias, mostrando que o Senhor é responsável por julgar a falta de temor do povo para com Ele. O profeta denuncia os falsos profetas (Mq 3.5,6,7), os lideres desonestos e os sacerdotes ímpios que enganavam o povo e os conduziam ao pecado, ao invés de direcioná-los a uma vida mais próxima de Deus (Mq 3.9-12; 4.12). 2.3 Situação espiritual. As palavras do profeta Miqueias demonstram um Deus real que odeia o pecado, e que adota a postura de um justo juiz, pronto para administrar o castigo a todos aqueles que desafiam a sua autoridade (Mq 1.5;
  • 2. 6.7,8). III – RAZÃO E PROPÓSITO DO LIVRO DO PROFETA MIQUEIAS Em sete capítulos, o profeta Miqueias apresenta seu verdadeiro retrato sobre Deus – O Senhor Deus é Supremo, que odeia o pecado e ama o pecador. A maior parte do livro é dedicada a descrever o castigo de Deus sobre Israel (o Reino do Norte), Judá (o Reino do Sul) e sobre todos os habitantes da Terra (Mq 1.5); e o profeta Miqueias faz uma lista destas práticas abomináveis diante da face do Senhor Deus. Vejamos alguns pecados relacionados pelo profeta: desonestidade (Mq 2.2); corrupção (Mq 2.10); cobiça (Mq 2.9); falsidade ( Mq 2.11); falso ensino (Mq 3.5), dentre outros. IV – CRISTO NO LIVRO DE MIQUEIAS Dois textos do Profeta Miqueias falam do Reino do Messias e de sua vinda. Nos “últimos dias”, Ele reinará no monte Sião, onde prevalecerão a verdade, a justiça, a prosperidade e a paz. Ali os coxos e os aflitos estarão reunidos a fim de formar o núcleo da sua poderosa nação (Mq 4.1-7). A profecia revela que esse reino não começará ostentando grandeza, pois o próprio Messias nascerá na pequena vila de Belém, lugar de criação de carneiros (Mq 5.2). Ele, que é Eterno, virá de Deus como Pastor de Israel. Mas antes que o Messias se torne grande até os confins da terra, a nação será abandonada pelo Senhor por um tempo, no fim do qual Ele surgirá para pastorear o seu povo com grande majestade (Mq 5.3-4). V – PRINCÍPIOS DO EVANGELHO NO LIVRO DE MIQUEIAS No Antigo Testamento, não se encontra um resumo da Lei mais descomplicado e mais profundo do que o do livro do profeta Miqueias. Suas exigências são simples e sem rodeios: “...praticar a justiça, amar a bondade, e andar humildemente com o Senhor (Mq 6.6-8). Do mesmo modo o Senhor Jesus resumiu a Lei como amar (Mt 22.35-40; Mc 12.28-31; Tg 2.8) para os insensíveis líderes do seu tempo. 5.1 Praticar a Justiça. Os termos bíblicos, no hebraico, “tsedeq” e “tsadaqah”, como também o vocábulo grego dikaiosune, são traduzidos em português por “justiça ou retidão”. Essas palavras são usadas no tocante a Deus (Dt 32.4; Ed 9.15; Ne 9.33; Sl 7.11) e aos homens (Gn 6.9; 18.24; 20.4; Dt 25.1; Jó 1.1,8). A justiça é um dos atributos comunicáveis de Deus, sendo investida no homem através de Cristo, por meio da conversão (Jo 3.3; 2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10), da santificação e do continuo ministério do Espírito Santo (Rm 8.4,5,6,14; 1Co 3.16; 2 Co 1.22; 3.17; Ef 1.13; Fp 3.3); e assim, o homem vai absolvendo a forma de justiça e da santidade divina; 5.2 Amar a Bondade. O amor é a essência de todas as virtudes morais de Cristo originadas pelo Espírito Santo, e implantadas no crente (1 Jo 4.7; Cl 3.14;Rm 5.5; 1 Co 13.13). Já a bondade, denota serviço ou ministério em favor do próximo, um espírito de generosidade colocado em prática, concernente a servir e a doar. É o resultado natural da benignidade – a manifestação da ternura, compaixão e brandura (Rm 15.14; Gl 5.22; Ef 5.9; 1 Ts 1.11); 5.3 Andar humildemente com o Senhor. A metáfora do ato de andar, expressa a natureza geral da vida espiritual (Gn 5.22; 6.9; 17.1; 24.40; Ef 5.2; Cl 2.6; 1 Jo 2.6). O exemplo do crente é o Senhor Jesus Cristo, o qual como homem, enfrentou as mesmas tentações, mas triunfou sobre o pecado (Hb 5.8,9). A expressão “humildemente”, por sua vez; significa: qualidade de ser humilde. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é considerada uma das principais virtudes, que nos resguarda do orgulho humano (Pv 15.33; 22.4; At 20.19; Ef 4.1,2; Fp 2.3; Tg 4.6; 1 Pe 5.5). VI – A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA A palavra Obediência vem do latim “Obedientia” e significa: sujeição, guardar, submeter à autoridade; agir de acordo com as ordens recebidas. É o mais forte indício da fé em Deus. A obediência é imposta pelo Senhor a todos aqueles que lhe servem (Det 13.4); é essencial à fé (Hb 11.6); é o resultado para quem dá credito à voz de Deus (Êx 19.5,6); manifesta-se através da submissão do servo ao seu senhor (Rm 13.1); O Senhor Jesus é o supremo exemplo de obediência (Mt 3.15; Fil 2.5-8); deve ser uma das características dos santos (I Pe 1.14); deve proceder do próprio coração e nunca por obrigação (Det 11.13; Rm 6.17). Vejamos alguns exemplos bíblicos de obediência: Noé (Gen 6.22); Abraão (Gen 12.1-4); Elias ( I Reis 17.5); Jesus ( João 7.16; 12.4; 14.10,24); Paulo ( At 26.19). CONCLUSÃO O Profeta Miqueias tinha plena consciência das injustiças praticadas e só fez comentários a esse respeito naquilo em que essas condições estavam vinculadas à situação moral e religiosa do povo. Sua mensagem pode ser resumida com as suas próprias palavras “Mas, decerto, eu sou cheio da força do Espirito do Senhor e cheio de juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (Mq 3.8). Há algumas semelhanças entre o que acontece nos dias de hoje com alguns fatos na época do Profeta Miqueias; por isso, sejamos verdadeiros arautos do reino celestial, denunciando o pecado e anunciando a volta do Filho do Homem (Mc 13.32-37). REFERÊNCIAS * CHAMPLIN, R.N. O AT e NT Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS. * STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. * CHAMPLIN, R.N. Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS. * MEARS, C. Henrieta. Estudo Panoramico da Bíblia. VIDA. * SOARES, ESEQUIAS. Visão Panoramica do Antigo testamento. CPAD. * VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD. * ELLISEN, STANLEY. Conheça Melhor o Antigo Testamento. VIDA. * Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.