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Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
                           Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
                                   Pastor Presidente: Aílton José Alves
                   Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000             Fone: 3084 1524

                                LIÇÃO 14 – A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES

INTRODUÇÃO

        No decorrer deste trimestre estudamos diversos de tipos de sofrimentos e aflições que afetam a humanidade,
tais como: enfermidade, morte, viuvez, dívidas, rebeldia dos filhos, abandono, dentre outros. Vimos também que o
cristão não está imune a essas adversidades, pois, como disse o próprio Senhor Jesus: “No mundo tereis aflições...”
(Jo 16.33). Nesta lição, veremos o significado de vida plena na aflição; exemplos bíblicos de aflições; a perspectiva
paulina do consolo e alegria em meio ao sofrimento; e, finalmente, como desfrutar de uma vida plena nas aflições.

I – DEFINIÇÃO DE AFLIÇÃO E VIDA PLENA

        O termo aflição no grego é “Kakoucheõ” que significa: “sofrer infortúnio, ser maltratado” (Hb 11.25; 11.37;
13.3). A palavra “Kakopatheõ” que quer dizer: “sofrimento, adversidade, padecer” (2Tm 1.8; 2.9; 4.5; Tg 5.13); e
“Kakopatheia” pode ser definida como: “aflição, maltrato, angústia” (At 7.34; Rm 8.18; 1Pe 1.11; 5.1; Hb 2.9; 2Co 1.5;
Fp 3.10; 1Pe 4.13; 5.1). Já o termo vida plena tem o sentido de vida abundante que significa “superabundante” e diz
respeito a qualidade de vida que é oriunda de Cristo - a fonte (Jo 4.14; 14.6; Rm 6.4; 7.6; Ap 21.6). Portanto, vida plena
nas aflições significa desfrutar de paz, alegria e, principalmente, da presença de Cristo, mesmo no sofrimento, pois,
como disse o Senhor Jesus: “...Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10.10).

II - EXEMPLOS BÍBLICOS DE AFLIÇÕES

         Encontramos nas Sagradas Escrituras diversos exemplos de servos de Deus que enfrentaram adversidades e
aflições. Vejamos alguns:

    •   José. Até tornar-se governador do Egito, sofreu inveja por parte dos seus irmãos, foi lançado em uma cisterna,
        vendido como escravo, caluniado e preso injustamente (Gn 37-45);
    •   Noemi. Ela perdeu seu esposo e seus filhos (Rt 1.1-5). Sua dor e tristeza foi tão profunda que chegou a pedir
        que lhe chamassem de Mara, que significa “amargosa” (Rt 1.20);
    •   Jó. Apesar de ser um homem sincero, reto, temente a Deus, e desviar-se do mal, por permissão divina, perdeu
        todos os seus bens, seus filhos, e até mesmo a sua saúde (Jó 1.13-2.8);
    •   Jeremias. Foi escolhido por Deus para o ministério profético, mas, foi rejeitado por sua família, pelos sacerdotes
        e pelo povo judeu (Jr 12.6; 20.2; 26.8,9); foi afrontado pelos falsos profetas (Jr 23.9-4028.1-17); foi ferido e
        colocado em um cepo (Jr 20.1,2), colocado na prisão (Jr 37.15,16) e, posteriormente, em um calabouço (Jr
        38.6);
    •   Jesus. Mesmo sendo o Filho de Deus, Ele experimentou diversos tipos de sofrimento. Ele nasceu em uma
        estrebaria (Lc 2.1-7); ainda quando criança, precisou fugir para o Egito, para escapar da morte (Mt 1.13-18); foi
        desacreditado, não só pelos judeus (Jo 1.11), mas, até mesmo pelos seus irmãos (Jo 7.5); durante o seu
        ministério, foi acusado e perseguido pelos sacerdotes, escribas e fariseus (Mt 12.24; 21.15; Mc 11.18; 14.1; Lc
        19.47; 20.1); além disso, Ele foi preso, julgado, condenado e morto, mesmo sem haver cometido crime algum
        (Mt 26.47-27.56; Mc 14.43-15.41; Lc 22.47-23.48; Jo 18.1-19.37);
    •   Paulo. Enfrentou diversos tipos de aflições, tais como: insulto (At 13.45); apedrejamento (At 14.19,20); açoites e
        prisões (At 16.22,23); naufrágio, fome, sede, frio e nudez (II Co 4.8-9; 11.16-33).

III – PERSPECTIVA PAULINA SOBRE O CONSOLO E ALEGRIA EM MEIO AO SOFRIMENTO

      A Bíblia nos mostra claramente que o servo de Deus não está imune às tribulações. Mas, ensina também que
podemos obter regozijo e consolo divino, mesmo em meio às aflições da vida, como veremos a seguir:

    •   Paulo sabia muito bem o que era padecer, pois, como vimos anteriormente, ele enfrentou diversos tipos de
        aflições. No entanto, tinha convicção que jamais seria desamparado: “Em tudo somos atribulados, mas não
        angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas
        não destruídos” (II Co 4.8,9);

    •   Paulo ensina também que é possível o crente regozijar-se, mesmo em meio ao sofrimento: “Regozijo-me agora
        no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a
        igreja” (Cl 1.24). A Epístola aos Efésios, por exemplo, foi escrita quando Paulo estava preso em Roma (Fp
        1.12,14). No entanto, ele não demonstra angústia, tristeza ou frustração; pelo contrário, é nesta carta em que ele
        mais demonstra o seu regozijo e alegria (Fp 1.4,18; 2.2,17; 3.1; 4.1,4,10);
    •   O cristão que sofre por amor à Cristo, sem dúvida, experimentará também o consolo divino: “Porque, assim
        como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa
        consolação transborda por meio de Cristo” (II Co 1.5);
•   Mesmo em meio às tribulações, o apóstolo Paulo diz que estava cheio de consolação e transbordante de gozo:
       “Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou
       cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações” (II Co 7.4).

IV – COMO DESFRUTAR DE UMA VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES
       A Palavra de Deus nos ensina, não apenas sobre a possibilidade das aflições na vida do servo de Deus, mas,
também, como devemos nos portar em meio ao sofrimento. Vejamos:

4.1 Confiando em Deus

   •   O patriarca Jó, apesar de todas provações, demonstrou uma confiança inabalável em Deus, quando disse:
       “Ainda que ele me mate, nele esperarei... Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se
       levantará sobre a terra... Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser
       impedido” (Jó 13.15; 19.25; 42.2).
   •   Davi experimentou muitas aflições, principalmente no período entre a unção e a aclamação como rei. Porém,
       nunca deixou de confiar no Senhor. Ele disse: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não
       temeria mal algum, porque tu estás comigo... Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não
       temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nele confiaria” (Sl 23.4; 27.3).

4.2 Reconhecendo que Deus está no controle de tudo

   •   José, filho de Jacó, era ainda muito jovem quando começou a ter sonhos (Gn 37.5-10). Possivelmente, ele
       entendeu que um dia exerceria liderança sobre a sua família. No entanto, sua trajetória até tornar-se governador
       foi marcada por aparentes fracassos. Mas, anos depois, ele pôde dizer aos seus irmãos: “Agora, pois, não vos
       entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para
       conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós” (Gn 45.5).
   •   Nos dias da rainha Ester, uma forca foi preparada para Mardoqueu (Et 5.14; 6.4), e um decreto foi assinado pelo
       rei, ordenando matar a todos os judeus (Et 3.8-15). Porém, Deus já havia provido um meio para impedir tal
       calamidade (Et 4.14-7.10). Mardoqueu, então, foi honrado (Et 6.6-11; 9.3,4), seu inimigo feroz foi morto na
       mesma forca que havia preparado para ele (Et 9.25), e os judeus receberam autorização para se defenderem de
       seus inimigos (Et 9.1-25).

4.3 Sabendo que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus

   •   O salmista disse que foi através da aflição que ele aprendeu a obedecer ao Senhor (Sl 119.67,71);
   •   Após a provação, Jó reconheceu que teve uma experiência mais profunda com Deus (Jó 42.5);
   •   Foi através do sofrimento que o filho pródigo lembrou-se da casa do pai (Lc 15.15-20);
   •   O apóstolo Paulo disse que a tribulação produz paciência (Rm 5.3); e Tiago diz que a prova da fé produz
       paciência (Tg 1.2-4). Por estas e outras razões, o mesmo Paulo diz: “E sabemos que todas as coisas
       contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o
       seu propósito” (Rm 8.28).

4.4 Tendo esperança que um dia todo sofrimento terá fim

   •   O Senhor Jesus prometeu vir nos buscar (Jo 14.1-3);
   •   As aflições deste mundo não se comparam com a glória que nos será revelada (Rm 8.18);
   •   Aqueles que são participantes das aflições de Cristo, se alegrarão e se regozijarão na Sua vinda (I Pe 4.12,13);
   •   Quando Cristo voltar, seremos semelhantes a Ele, e teremos um corpo glorioso e incorruptível, imune às
       doenças (I Jo 3.1,2);
   •   Nós habitaremos com Cristo, onde “... não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor...” (Ap
       21.4).

CONCLUSÃO

       Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às provações, angústias e tribulações. A Bíblia ensina
claramente que a vida cristã não nos isenta de adversidades. Porém, mesmo em meio ao sofrimento, podemos contar
com o consolo divino. Mas, além disso, devemos confiar em Deus, reconhecer que ele está no controle de tudo, saber
que tudo que ocorre em nossas vidas é para o nosso bem, e que um dia nós estaremos, enfim, livres de toda dor e
sofrimento.

REFERÊNCIAS
   • ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada. CPAD.
   • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
   • MACARTHUR JR, John. O poder do sofrimento. CPAD.
   • RIBEIRO, Hélio. Bênçãos e frutos do sofrimento.

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  • 1. Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais Pastor Presidente: Aílton José Alves Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524 LIÇÃO 14 – A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES INTRODUÇÃO No decorrer deste trimestre estudamos diversos de tipos de sofrimentos e aflições que afetam a humanidade, tais como: enfermidade, morte, viuvez, dívidas, rebeldia dos filhos, abandono, dentre outros. Vimos também que o cristão não está imune a essas adversidades, pois, como disse o próprio Senhor Jesus: “No mundo tereis aflições...” (Jo 16.33). Nesta lição, veremos o significado de vida plena na aflição; exemplos bíblicos de aflições; a perspectiva paulina do consolo e alegria em meio ao sofrimento; e, finalmente, como desfrutar de uma vida plena nas aflições. I – DEFINIÇÃO DE AFLIÇÃO E VIDA PLENA O termo aflição no grego é “Kakoucheõ” que significa: “sofrer infortúnio, ser maltratado” (Hb 11.25; 11.37; 13.3). A palavra “Kakopatheõ” que quer dizer: “sofrimento, adversidade, padecer” (2Tm 1.8; 2.9; 4.5; Tg 5.13); e “Kakopatheia” pode ser definida como: “aflição, maltrato, angústia” (At 7.34; Rm 8.18; 1Pe 1.11; 5.1; Hb 2.9; 2Co 1.5; Fp 3.10; 1Pe 4.13; 5.1). Já o termo vida plena tem o sentido de vida abundante que significa “superabundante” e diz respeito a qualidade de vida que é oriunda de Cristo - a fonte (Jo 4.14; 14.6; Rm 6.4; 7.6; Ap 21.6). Portanto, vida plena nas aflições significa desfrutar de paz, alegria e, principalmente, da presença de Cristo, mesmo no sofrimento, pois, como disse o Senhor Jesus: “...Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10.10). II - EXEMPLOS BÍBLICOS DE AFLIÇÕES Encontramos nas Sagradas Escrituras diversos exemplos de servos de Deus que enfrentaram adversidades e aflições. Vejamos alguns: • José. Até tornar-se governador do Egito, sofreu inveja por parte dos seus irmãos, foi lançado em uma cisterna, vendido como escravo, caluniado e preso injustamente (Gn 37-45); • Noemi. Ela perdeu seu esposo e seus filhos (Rt 1.1-5). Sua dor e tristeza foi tão profunda que chegou a pedir que lhe chamassem de Mara, que significa “amargosa” (Rt 1.20); • Jó. Apesar de ser um homem sincero, reto, temente a Deus, e desviar-se do mal, por permissão divina, perdeu todos os seus bens, seus filhos, e até mesmo a sua saúde (Jó 1.13-2.8); • Jeremias. Foi escolhido por Deus para o ministério profético, mas, foi rejeitado por sua família, pelos sacerdotes e pelo povo judeu (Jr 12.6; 20.2; 26.8,9); foi afrontado pelos falsos profetas (Jr 23.9-4028.1-17); foi ferido e colocado em um cepo (Jr 20.1,2), colocado na prisão (Jr 37.15,16) e, posteriormente, em um calabouço (Jr 38.6); • Jesus. Mesmo sendo o Filho de Deus, Ele experimentou diversos tipos de sofrimento. Ele nasceu em uma estrebaria (Lc 2.1-7); ainda quando criança, precisou fugir para o Egito, para escapar da morte (Mt 1.13-18); foi desacreditado, não só pelos judeus (Jo 1.11), mas, até mesmo pelos seus irmãos (Jo 7.5); durante o seu ministério, foi acusado e perseguido pelos sacerdotes, escribas e fariseus (Mt 12.24; 21.15; Mc 11.18; 14.1; Lc 19.47; 20.1); além disso, Ele foi preso, julgado, condenado e morto, mesmo sem haver cometido crime algum (Mt 26.47-27.56; Mc 14.43-15.41; Lc 22.47-23.48; Jo 18.1-19.37); • Paulo. Enfrentou diversos tipos de aflições, tais como: insulto (At 13.45); apedrejamento (At 14.19,20); açoites e prisões (At 16.22,23); naufrágio, fome, sede, frio e nudez (II Co 4.8-9; 11.16-33). III – PERSPECTIVA PAULINA SOBRE O CONSOLO E ALEGRIA EM MEIO AO SOFRIMENTO A Bíblia nos mostra claramente que o servo de Deus não está imune às tribulações. Mas, ensina também que podemos obter regozijo e consolo divino, mesmo em meio às aflições da vida, como veremos a seguir: • Paulo sabia muito bem o que era padecer, pois, como vimos anteriormente, ele enfrentou diversos tipos de aflições. No entanto, tinha convicção que jamais seria desamparado: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (II Co 4.8,9); • Paulo ensina também que é possível o crente regozijar-se, mesmo em meio ao sofrimento: “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja” (Cl 1.24). A Epístola aos Efésios, por exemplo, foi escrita quando Paulo estava preso em Roma (Fp 1.12,14). No entanto, ele não demonstra angústia, tristeza ou frustração; pelo contrário, é nesta carta em que ele mais demonstra o seu regozijo e alegria (Fp 1.4,18; 2.2,17; 3.1; 4.1,4,10); • O cristão que sofre por amor à Cristo, sem dúvida, experimentará também o consolo divino: “Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo” (II Co 1.5);
  • 2. Mesmo em meio às tribulações, o apóstolo Paulo diz que estava cheio de consolação e transbordante de gozo: “Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações” (II Co 7.4). IV – COMO DESFRUTAR DE UMA VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES A Palavra de Deus nos ensina, não apenas sobre a possibilidade das aflições na vida do servo de Deus, mas, também, como devemos nos portar em meio ao sofrimento. Vejamos: 4.1 Confiando em Deus • O patriarca Jó, apesar de todas provações, demonstrou uma confiança inabalável em Deus, quando disse: “Ainda que ele me mate, nele esperarei... Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra... Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” (Jó 13.15; 19.25; 42.2). • Davi experimentou muitas aflições, principalmente no período entre a unção e a aclamação como rei. Porém, nunca deixou de confiar no Senhor. Ele disse: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo... Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nele confiaria” (Sl 23.4; 27.3). 4.2 Reconhecendo que Deus está no controle de tudo • José, filho de Jacó, era ainda muito jovem quando começou a ter sonhos (Gn 37.5-10). Possivelmente, ele entendeu que um dia exerceria liderança sobre a sua família. No entanto, sua trajetória até tornar-se governador foi marcada por aparentes fracassos. Mas, anos depois, ele pôde dizer aos seus irmãos: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós” (Gn 45.5). • Nos dias da rainha Ester, uma forca foi preparada para Mardoqueu (Et 5.14; 6.4), e um decreto foi assinado pelo rei, ordenando matar a todos os judeus (Et 3.8-15). Porém, Deus já havia provido um meio para impedir tal calamidade (Et 4.14-7.10). Mardoqueu, então, foi honrado (Et 6.6-11; 9.3,4), seu inimigo feroz foi morto na mesma forca que havia preparado para ele (Et 9.25), e os judeus receberam autorização para se defenderem de seus inimigos (Et 9.1-25). 4.3 Sabendo que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus • O salmista disse que foi através da aflição que ele aprendeu a obedecer ao Senhor (Sl 119.67,71); • Após a provação, Jó reconheceu que teve uma experiência mais profunda com Deus (Jó 42.5); • Foi através do sofrimento que o filho pródigo lembrou-se da casa do pai (Lc 15.15-20); • O apóstolo Paulo disse que a tribulação produz paciência (Rm 5.3); e Tiago diz que a prova da fé produz paciência (Tg 1.2-4). Por estas e outras razões, o mesmo Paulo diz: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). 4.4 Tendo esperança que um dia todo sofrimento terá fim • O Senhor Jesus prometeu vir nos buscar (Jo 14.1-3); • As aflições deste mundo não se comparam com a glória que nos será revelada (Rm 8.18); • Aqueles que são participantes das aflições de Cristo, se alegrarão e se regozijarão na Sua vinda (I Pe 4.12,13); • Quando Cristo voltar, seremos semelhantes a Ele, e teremos um corpo glorioso e incorruptível, imune às doenças (I Jo 3.1,2); • Nós habitaremos com Cristo, onde “... não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor...” (Ap 21.4). CONCLUSÃO Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às provações, angústias e tribulações. A Bíblia ensina claramente que a vida cristã não nos isenta de adversidades. Porém, mesmo em meio ao sofrimento, podemos contar com o consolo divino. Mas, além disso, devemos confiar em Deus, reconhecer que ele está no controle de tudo, saber que tudo que ocorre em nossas vidas é para o nosso bem, e que um dia nós estaremos, enfim, livres de toda dor e sofrimento. REFERÊNCIAS • ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada. CPAD. • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. • MACARTHUR JR, John. O poder do sofrimento. CPAD. • RIBEIRO, Hélio. Bênçãos e frutos do sofrimento.