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                                LIÇÃO 03 – JOEL - O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO
        Nesta lição conheceremos um pouco mais sobre o profeta Joel, que é conhecido como: “O Profeta do Avivamento” por
sua mensagem sobre a dispensação do Espírito Santo. Analisaremos ainda sobre aspectos de sua mensagem que fora proferida
contra Judá (Reino do Sul), onde ele utilizou-se de acontecimentos reais do cotidiano, como uma praga de gafanhotos, para de
forma metafórica transmitir os oráculos do Senhor. Também veremos, que sua mensagem é tão atual para a igreja como foi na
sua época para Judá.

I – INFORMAÇÕES SOBRE O PROFETA JOEL

1.1 Nome. O autor é intitulado "Joel, filho de Petuel" (1:1). O nome hebraico Yô'el significa "Yahweh (ou Jeová) é Deus". Sua
forma abreviada é “Yahu”. Andava e profetizava em Jerusalém, porém, ele não foi conhecido tanto pelo seu nome “Joel”, mas sim
como “Profeta do avivamento”. A história pessoal de Joel está limitada ao que foi sugerido pelo próprio livro. Embora mais
outras 14 pessoas do AT tenham o nome de Joel, o profeta não pode ser identificado com nenhuma delas. O nome de seu pai
indica que esse fosse um homem bem conhecido e de certa notoriedade.

1.2 Livro. “Suas numerosas referências a Sião e ao ministério do templo indicam que Joel era profeta em Judá e Jerusalém, e
sua familiaridade com os sacerdotes sugere ter sido ele um profeta sacerdotal que proclamou a verdadeira palavra do Senhor”
(STAMPS, 1995, p.1285). Sua mensagem se relaciona principalmente com Jerusalém ou Judá (Reino do Sul), com isso o
conteúdo do livro indica que ele morou e profetizou em Judá e em Jerusalém. Suas referências à terra e à cidade sugerem que ele
foi cidadão da Palestina e habitante de Jerusalém (Veja "Sião”, 2:1, 15, 32; 3:16, 17, 21; os "filhos de Sião", 2:23; "Judá" e
"Jerusalém", 2:32; 3:1, 16, 17, 18, 20; os "filhos de Judá", 3:6, 8, 19).

1.3 Período que profetizou. “Em relação ao período exato de seu ministério profético, o mais provável, e mais aceito pelos
especialistas, é que suas profecias foram entregues nos primeiros dias do rei Joás que subiu ao trono aos sete anos em 835 a.C
(2Rs 11.21), pois não ha nenhuma referência a Babilônia, a Assíria ou mesmo a invasão da Síria, e os únicos inimigos
mencionados são os filisteus, os fenícios, os egípcios e os edomitas (J1 3.4,19). Se ele tivesse vivido após Joás, sem dúvida teria
mencionado os sírios entre os inimigos que enumera (2 Cr 24.23,24)” (CHAMPLIN, 2004, p. 565). Além do mais, a adoração a
Deus, a qual o sumo sacerdote Joiada restaurou durante o reinado de Joás (2Rs 11; 2Cr 23.16), é vista por Joel. É por isso que
muitos sustentam que Joel profetizou durante os primeiros trinta anos do reinado de Joás, quando Joiada era o conselheiro do rei.
Portanto, todas as evidências apontam para Joel, profetizando por volta de 835 a.C”. (COELHO; DANIEL, 2012, p. 24 grifo nosso).

1.4 Contemporâneos. “Aceitando a data de 850 a.C, e entendendo que Joel profetizou no reinado de Joás (2Cr 22-24), assim
sendo, é possível que ele tenha conhecido o profeta Elias, quando era ainda menino e por certo era contemporâneo do profeta
Elias e do rei Uzias” (CHAMPLIN, 2004, p. 565).

II – A SITUAÇÃO DE JUDÁ NO PERÍODO DE JOEL

2.1 Situação política. Em relação a situação política de seu ministério profético, o mais aceito pelos especialistas, é que suas
profecias foram entregues nos primeiros dias do rei Joás que subiu ao trono aos sete anos (2Rs 11.21).

2.2 Situação social. Era uma situação desesperadora. Havia ataques de gafanhotos sem igual nas plantações de Israel. O povo
não sabia mais o que fazer. Israel vivia no caos e Joel ensina como sair dele (Jl 2.14) a solução estava em três coisas:
santificação, quebrantamento e submissão.

2.3 Situação espiritual. A nação de Judá, o cenário para o livro, é devastada por uma vasta horda de gafanhotos. Judá vivia um
momento onde todos os segmentos entravam em decadência, até mesmo a natureza. O povo passava por toda essa calamidade
porque abandonaram o Senhor. Essa invasão de gafanhotos destruiu tudo, os campos de trigo, as vinhas, os jardins e as árvores.
Joel descreve simbolicamente os gafanhotos como um exército humano (Babilônia) marchando e enxerga tudo isso como
julgamento divino sobre a nação por seus pecados cometidos contra o Senhor.

III – A MENSAGEM DE DEUS ATRAVÉS DE JOEL
         Joel dirige sua mensagem como já foi dito para o reino do sul (Judá – Jerusalém) conforme registram muitas passagens
de seu livro (Jl 1.14; 2.1,15,23,32; 3.1,2,6,14-17,19-21). A descrição do cenário decorrente do julgamento dos gafanhotos é terrível
(J1 1.10-12,15-20). Por isso, ha até quem acredite que essa profecia inicial de Joel sobre essa desolação não está se referindo a
uma praga literal, mas a uma nação que se levantaria contra Judá para destruí-la por causa de seus pecados (J1 1.6), o que
realmente aconteceu tempos depois. Porém, não parece prudente essa interpretação a luz do próprio texto. O que parece mais
claro e coerente é que Joel alude a uma praga de gafanhotos mesmo de FORMA LITERAL, só que, na sequência, Joel usa esse
acontecimento como gancho e SIMBOLO DE FORMA METAFÓRICA para um castigo que ocorrera ainda mais a frente sobre
Judá e, por extensão, também como simbolo do Dia do Juízo de Deus no fim dos tempos (COELHO; DANIEL, 2012, pp. 25-26 –
grifo nosso).
         Dentre os mais de 80 tipos de gafanhotos, Joel destaca 4 que foram suficientes para trazer o caos sobre Israel (Jl 1.4)
“Cortador, Migrador, Devorador e Destruidor”. Ao escrever seu livro ele o fez em virtude de duas calamidades naturais
recentes e da iminência de uma invasão literalmente de gafanhotos. Seus propósitos ao escrever a profecia eram três: Ele
profetizou depois de duas calamidades naturais: uma invasão de gafanhotos e uma severa seca (Jl 1.4-12) e falou acerca da
iminência de uma invasão estrangeira (Jl 2.1-11). Seu propósito era tríplice: 1º) convocar o povo para uma assembleia solene (Jl
1.14; 2.15,16); 2º) exortar o povo a arrepender-se e a voltar-se humildemente ao Senhor Deus com jejuns, choro, pesar, e clamor
por sua misericórdia (Jl 2.12-17); e 3º) registrar a palavra profética ao seu povo por ocasião de seu sincero arrependimento (Jl
2.18-3.21).

         De acordo com a nota introdutória da Bíblia de Estudo Pentecostal (STAMPS, 1995, p. 1285), cinco aspectos básicos
caracterizam o livro de Joel, a saber: (1) É uma das obras literárias mais esmeradas do AT. (2) Contém a profecia mais profunda
no AT a respeito do derramamento do Espírito Santo sobre toda a humanidade. (3) Registra numerosas calamidades nacionais:
pragas de gafanhotos, seca, fome, incêndios arrasadores, invasões militares, desastres nos céus; como juízos divinos em
decorrência da desintegração espiritual e moral do povo de Deus. (4) Enfatiza que Deus, às vezes, opera sobrenaturalmente na
história através de calamidades naturais e conflitos militares a fim de levar a efeito o arrependimento, o avivamento e a redenção
da humanidade. (5) Oferece o exemplo de um pregador que, em virtude de sua estreita comunhão com Deus e estatura espiritual,
conclama o povo de Deus a arrepender-se de modo decisivo, em âmbito nacional, numa hora crítica de sua história, e consegue
resultados positivos.

IV – APLICAÇÃO DA MENSAGEM DE JOEL

         Podemos dividir a profecia de Joel em pelo menos três partes: Um Juízo Imediato: A Desolação Causada pela Invasão de
Gafanhotos (Jl 1.2-12,15-20), Um Juízo Iminente e ainda Maior: A Verdadeira Conversão e a Promessa de Fartura (Jl 2.1-20) e o
Juízo Futuro (Jl 2.28—3.21) com o Julgamento das Nações (Jl 3.1-2 1 ). Destacaremos algumas verdades do livro de Joel que se
aplicam a Judá (Reino do Sul) na época de sua mensagem, a Igreja na atualidade e no futuro a Israel com seu livramento (As
doze tribos): Deus queria que o povo tirasse lições para suas vidas. Analisemos quais os propósitos do livro para advertir a nação.

    •   Joel profetiza ao povo de Judá logo após enormes enxames de gafanhotos terem destruído a terra (Jl 1);
    •   Joel aproveita-se da destruição feita pelos gafanhotos para fazer uma ilustração ao povo a respeito de uma época
        muito pior preste a vir (Jl 2. 15-17);
    •   Joel adverte o povo ao Arrependimento (J1 1.13 ,14 );
    •   Joel profetiza sobre o Derramamento do Espirito Santo que viria sobre todos os servos fiéis (J1 2.28-32);
    •   Joel profetiza sobre o Julgamento das Nações no período escatológico (Jl 3.1-2 1);
    •   Joel profetiza sobre a habitação do Senhor em Sião (Jl 3).

V – A ATUALIDADE DA MENSAGEM DE JOEL PARA A IGREJA

5.1 A Promessa de Deus, confirmada por Jesus

         O cristão não consegue sobreviver sem uma ação constante e poderosa do Espírito Santo em sua vida, pois o poder do
Espírito é essencial para a vida cristã e também para o serviço cristão. Por isso ao confortar os discípulos acerca de sua partida
para o Pai, Jesus prometeu-lhes que enviaria o Consolador, que os assistiria em todos os momentos (Jo 14.16,17), e Ele soprou
nos seus seguidores este Espírito: “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo
20.22). Mais tarde, lhes disse também: “Mas recebeis o poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas
testemunhas...” (At 1.8). Na verdade esta promessa dita por Jesus, fora pronunciada pelo Pai através do profeta Joel (Jl 2.28).
Nesta promessa podemos destacar verdades espirituais para o nosso deleite: (1) é uma promessa SEGURA de Deus, pois é Ele
quem derrama: “(eu) derramarei” (Jl 2.28); (2) é uma promessa ABUNDANTE: “sobre toda a carne” (Jl 2.28). É uma promessa
ABRANGENTE de Deus “...e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens
terão visões”. (Jl 2.28,29). Logo, pode concluir que através do derramar do Espírito quatro preconceitos são quebrados:

    •   A quebra do preconceito racial: “TODA A CARNE”;
    •   A quebra do preconceito sexual: “FILHOS E FILHAS”;
    •   A quebra do preconceito etário: “VELHOS E JOVENS”;
    •   A quebra do preconceito social: “SERVOS E SERVAS”.

5.2 O Dia de Pentecostes: o cumprimento parcial da promessa

         O cumprimento da promessa de Deus se deu em Jerusalém, Samaria, Damasco, Cesaréia e Éfeso “Até os confins da
Terra” (At 2.1-13; 8.14-17; 9.17,18; 10.44-46; 19.1-7) e até os nossos dias. Deixando claro que esta rica promessa não estava
restrita a era apóstólica, mas a todos os discípulos de Cristo que creem, independente da época em que vivam, COMO NOS
ASSEGURA O APÓSTOLO PEDRO FAZENDO UMA REFERÊNCIA AO PROFETA JOEL: “Porque a promessa vos diz
respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” (At 2.39; ).

CONCLUSÃO
       Concluindo, Joel anunciou profeticamente para Judá uma mensagem que aplica-se ao tempo da Igreja também, o tempo
em que vivemos, o tempo da comunidade onde o Espírito Santo está em todos e age em todos. Vimos que Deus utiliza-se de
quem quer, inclusive de fenômenos da natureza ou dos insetos para realizar seus propósitos, mostrando assim, sua soberania. A
conclusão do livro de Joel demonstra a seguinte verdade aos israelitas: os que permanecerem em seus maus caminhos
enfrentarão a ira divina; os que se arrependerem e buscarem ao Senhor, por outro lado, experimentarão as suas bênçãos,
e terão uma eternidade gloriosa.

REFERÊNCIAS
   •  ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
   •  SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
   •  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

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  • 1. Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais Pastor Presidente: Ailton José Alves Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524 LIÇÃO 03 – JOEL - O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO INTRODUÇÃO Nesta lição conheceremos um pouco mais sobre o profeta Joel, que é conhecido como: “O Profeta do Avivamento” por sua mensagem sobre a dispensação do Espírito Santo. Analisaremos ainda sobre aspectos de sua mensagem que fora proferida contra Judá (Reino do Sul), onde ele utilizou-se de acontecimentos reais do cotidiano, como uma praga de gafanhotos, para de forma metafórica transmitir os oráculos do Senhor. Também veremos, que sua mensagem é tão atual para a igreja como foi na sua época para Judá. I – INFORMAÇÕES SOBRE O PROFETA JOEL 1.1 Nome. O autor é intitulado "Joel, filho de Petuel" (1:1). O nome hebraico Yô'el significa "Yahweh (ou Jeová) é Deus". Sua forma abreviada é “Yahu”. Andava e profetizava em Jerusalém, porém, ele não foi conhecido tanto pelo seu nome “Joel”, mas sim como “Profeta do avivamento”. A história pessoal de Joel está limitada ao que foi sugerido pelo próprio livro. Embora mais outras 14 pessoas do AT tenham o nome de Joel, o profeta não pode ser identificado com nenhuma delas. O nome de seu pai indica que esse fosse um homem bem conhecido e de certa notoriedade. 1.2 Livro. “Suas numerosas referências a Sião e ao ministério do templo indicam que Joel era profeta em Judá e Jerusalém, e sua familiaridade com os sacerdotes sugere ter sido ele um profeta sacerdotal que proclamou a verdadeira palavra do Senhor” (STAMPS, 1995, p.1285). Sua mensagem se relaciona principalmente com Jerusalém ou Judá (Reino do Sul), com isso o conteúdo do livro indica que ele morou e profetizou em Judá e em Jerusalém. Suas referências à terra e à cidade sugerem que ele foi cidadão da Palestina e habitante de Jerusalém (Veja "Sião”, 2:1, 15, 32; 3:16, 17, 21; os "filhos de Sião", 2:23; "Judá" e "Jerusalém", 2:32; 3:1, 16, 17, 18, 20; os "filhos de Judá", 3:6, 8, 19). 1.3 Período que profetizou. “Em relação ao período exato de seu ministério profético, o mais provável, e mais aceito pelos especialistas, é que suas profecias foram entregues nos primeiros dias do rei Joás que subiu ao trono aos sete anos em 835 a.C (2Rs 11.21), pois não ha nenhuma referência a Babilônia, a Assíria ou mesmo a invasão da Síria, e os únicos inimigos mencionados são os filisteus, os fenícios, os egípcios e os edomitas (J1 3.4,19). Se ele tivesse vivido após Joás, sem dúvida teria mencionado os sírios entre os inimigos que enumera (2 Cr 24.23,24)” (CHAMPLIN, 2004, p. 565). Além do mais, a adoração a Deus, a qual o sumo sacerdote Joiada restaurou durante o reinado de Joás (2Rs 11; 2Cr 23.16), é vista por Joel. É por isso que muitos sustentam que Joel profetizou durante os primeiros trinta anos do reinado de Joás, quando Joiada era o conselheiro do rei. Portanto, todas as evidências apontam para Joel, profetizando por volta de 835 a.C”. (COELHO; DANIEL, 2012, p. 24 grifo nosso). 1.4 Contemporâneos. “Aceitando a data de 850 a.C, e entendendo que Joel profetizou no reinado de Joás (2Cr 22-24), assim sendo, é possível que ele tenha conhecido o profeta Elias, quando era ainda menino e por certo era contemporâneo do profeta Elias e do rei Uzias” (CHAMPLIN, 2004, p. 565). II – A SITUAÇÃO DE JUDÁ NO PERÍODO DE JOEL 2.1 Situação política. Em relação a situação política de seu ministério profético, o mais aceito pelos especialistas, é que suas profecias foram entregues nos primeiros dias do rei Joás que subiu ao trono aos sete anos (2Rs 11.21). 2.2 Situação social. Era uma situação desesperadora. Havia ataques de gafanhotos sem igual nas plantações de Israel. O povo não sabia mais o que fazer. Israel vivia no caos e Joel ensina como sair dele (Jl 2.14) a solução estava em três coisas: santificação, quebrantamento e submissão. 2.3 Situação espiritual. A nação de Judá, o cenário para o livro, é devastada por uma vasta horda de gafanhotos. Judá vivia um momento onde todos os segmentos entravam em decadência, até mesmo a natureza. O povo passava por toda essa calamidade porque abandonaram o Senhor. Essa invasão de gafanhotos destruiu tudo, os campos de trigo, as vinhas, os jardins e as árvores. Joel descreve simbolicamente os gafanhotos como um exército humano (Babilônia) marchando e enxerga tudo isso como julgamento divino sobre a nação por seus pecados cometidos contra o Senhor. III – A MENSAGEM DE DEUS ATRAVÉS DE JOEL Joel dirige sua mensagem como já foi dito para o reino do sul (Judá – Jerusalém) conforme registram muitas passagens de seu livro (Jl 1.14; 2.1,15,23,32; 3.1,2,6,14-17,19-21). A descrição do cenário decorrente do julgamento dos gafanhotos é terrível (J1 1.10-12,15-20). Por isso, ha até quem acredite que essa profecia inicial de Joel sobre essa desolação não está se referindo a uma praga literal, mas a uma nação que se levantaria contra Judá para destruí-la por causa de seus pecados (J1 1.6), o que realmente aconteceu tempos depois. Porém, não parece prudente essa interpretação a luz do próprio texto. O que parece mais claro e coerente é que Joel alude a uma praga de gafanhotos mesmo de FORMA LITERAL, só que, na sequência, Joel usa esse acontecimento como gancho e SIMBOLO DE FORMA METAFÓRICA para um castigo que ocorrera ainda mais a frente sobre Judá e, por extensão, também como simbolo do Dia do Juízo de Deus no fim dos tempos (COELHO; DANIEL, 2012, pp. 25-26 – grifo nosso). Dentre os mais de 80 tipos de gafanhotos, Joel destaca 4 que foram suficientes para trazer o caos sobre Israel (Jl 1.4) “Cortador, Migrador, Devorador e Destruidor”. Ao escrever seu livro ele o fez em virtude de duas calamidades naturais recentes e da iminência de uma invasão literalmente de gafanhotos. Seus propósitos ao escrever a profecia eram três: Ele profetizou depois de duas calamidades naturais: uma invasão de gafanhotos e uma severa seca (Jl 1.4-12) e falou acerca da iminência de uma invasão estrangeira (Jl 2.1-11). Seu propósito era tríplice: 1º) convocar o povo para uma assembleia solene (Jl 1.14; 2.15,16); 2º) exortar o povo a arrepender-se e a voltar-se humildemente ao Senhor Deus com jejuns, choro, pesar, e clamor por sua misericórdia (Jl 2.12-17); e 3º) registrar a palavra profética ao seu povo por ocasião de seu sincero arrependimento (Jl
  • 2. 2.18-3.21). De acordo com a nota introdutória da Bíblia de Estudo Pentecostal (STAMPS, 1995, p. 1285), cinco aspectos básicos caracterizam o livro de Joel, a saber: (1) É uma das obras literárias mais esmeradas do AT. (2) Contém a profecia mais profunda no AT a respeito do derramamento do Espírito Santo sobre toda a humanidade. (3) Registra numerosas calamidades nacionais: pragas de gafanhotos, seca, fome, incêndios arrasadores, invasões militares, desastres nos céus; como juízos divinos em decorrência da desintegração espiritual e moral do povo de Deus. (4) Enfatiza que Deus, às vezes, opera sobrenaturalmente na história através de calamidades naturais e conflitos militares a fim de levar a efeito o arrependimento, o avivamento e a redenção da humanidade. (5) Oferece o exemplo de um pregador que, em virtude de sua estreita comunhão com Deus e estatura espiritual, conclama o povo de Deus a arrepender-se de modo decisivo, em âmbito nacional, numa hora crítica de sua história, e consegue resultados positivos. IV – APLICAÇÃO DA MENSAGEM DE JOEL Podemos dividir a profecia de Joel em pelo menos três partes: Um Juízo Imediato: A Desolação Causada pela Invasão de Gafanhotos (Jl 1.2-12,15-20), Um Juízo Iminente e ainda Maior: A Verdadeira Conversão e a Promessa de Fartura (Jl 2.1-20) e o Juízo Futuro (Jl 2.28—3.21) com o Julgamento das Nações (Jl 3.1-2 1 ). Destacaremos algumas verdades do livro de Joel que se aplicam a Judá (Reino do Sul) na época de sua mensagem, a Igreja na atualidade e no futuro a Israel com seu livramento (As doze tribos): Deus queria que o povo tirasse lições para suas vidas. Analisemos quais os propósitos do livro para advertir a nação. • Joel profetiza ao povo de Judá logo após enormes enxames de gafanhotos terem destruído a terra (Jl 1); • Joel aproveita-se da destruição feita pelos gafanhotos para fazer uma ilustração ao povo a respeito de uma época muito pior preste a vir (Jl 2. 15-17); • Joel adverte o povo ao Arrependimento (J1 1.13 ,14 ); • Joel profetiza sobre o Derramamento do Espirito Santo que viria sobre todos os servos fiéis (J1 2.28-32); • Joel profetiza sobre o Julgamento das Nações no período escatológico (Jl 3.1-2 1); • Joel profetiza sobre a habitação do Senhor em Sião (Jl 3). V – A ATUALIDADE DA MENSAGEM DE JOEL PARA A IGREJA 5.1 A Promessa de Deus, confirmada por Jesus O cristão não consegue sobreviver sem uma ação constante e poderosa do Espírito Santo em sua vida, pois o poder do Espírito é essencial para a vida cristã e também para o serviço cristão. Por isso ao confortar os discípulos acerca de sua partida para o Pai, Jesus prometeu-lhes que enviaria o Consolador, que os assistiria em todos os momentos (Jo 14.16,17), e Ele soprou nos seus seguidores este Espírito: “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22). Mais tarde, lhes disse também: “Mas recebeis o poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas...” (At 1.8). Na verdade esta promessa dita por Jesus, fora pronunciada pelo Pai através do profeta Joel (Jl 2.28). Nesta promessa podemos destacar verdades espirituais para o nosso deleite: (1) é uma promessa SEGURA de Deus, pois é Ele quem derrama: “(eu) derramarei” (Jl 2.28); (2) é uma promessa ABUNDANTE: “sobre toda a carne” (Jl 2.28). É uma promessa ABRANGENTE de Deus “...e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões”. (Jl 2.28,29). Logo, pode concluir que através do derramar do Espírito quatro preconceitos são quebrados: • A quebra do preconceito racial: “TODA A CARNE”; • A quebra do preconceito sexual: “FILHOS E FILHAS”; • A quebra do preconceito etário: “VELHOS E JOVENS”; • A quebra do preconceito social: “SERVOS E SERVAS”. 5.2 O Dia de Pentecostes: o cumprimento parcial da promessa O cumprimento da promessa de Deus se deu em Jerusalém, Samaria, Damasco, Cesaréia e Éfeso “Até os confins da Terra” (At 2.1-13; 8.14-17; 9.17,18; 10.44-46; 19.1-7) e até os nossos dias. Deixando claro que esta rica promessa não estava restrita a era apóstólica, mas a todos os discípulos de Cristo que creem, independente da época em que vivam, COMO NOS ASSEGURA O APÓSTOLO PEDRO FAZENDO UMA REFERÊNCIA AO PROFETA JOEL: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” (At 2.39; ). CONCLUSÃO Concluindo, Joel anunciou profeticamente para Judá uma mensagem que aplica-se ao tempo da Igreja também, o tempo em que vivemos, o tempo da comunidade onde o Espírito Santo está em todos e age em todos. Vimos que Deus utiliza-se de quem quer, inclusive de fenômenos da natureza ou dos insetos para realizar seus propósitos, mostrando assim, sua soberania. A conclusão do livro de Joel demonstra a seguinte verdade aos israelitas: os que permanecerem em seus maus caminhos enfrentarão a ira divina; os que se arrependerem e buscarem ao Senhor, por outro lado, experimentarão as suas bênçãos, e terão uma eternidade gloriosa. REFERÊNCIAS • ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA. • SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD. • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD