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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Belém do Pará que hoje completa 401 anos de fundação
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 2/33
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 12º dia do Calendário Gregoriano.
Faltam 353 dias para terminar o ano de 2017
- Lua Cheia às 8h34 -
É o 128º ano da Proclamçaõ da República;
195º da Independência do Brasil e
517º ano do Descobrimento do Brasil
Hoje é o dia da cidade de Belém – 401 anos (fundada em 1616)
Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço
eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.296 – Florianópolis (SC) – quinta-feira , 12 de janeiro de 2017
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrRui Bandeira – Os Landmarks da Maçonaria Regular... Duodécimo Landmark (semanal)
Bloco 3-IrJoão Anatalino Rodrigues – Os Templários e o Sudário de Turim
Bloco 4-IrValter Cardoso Júnior – Tempo ou Momento
Bloco 5-IrAquilino R. Leal Férias Maçônicas: uma vagabundagem tupiniquim
Bloco 6-IrJorge Muniz Barreto – Zoroastro, Religião Monoteísta que ainda existe oje
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 12 de janeiro e versos do Irmão e Poeta
Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 3/33
12 de janeiro
Santa Joana d’Arc
 1431 — Tem início, em Ruão, o processo contra Joana d'Arc, acusada de bruxaria.
 1616 — Fundada a cidade de Belém, capital do Pará por Francisco Caldeira Castelo Branco.
 1759
 Processo dos Távora: é proferido o veredicto: os acusados da Casa dos Távora são considerados
culpados.
 Sebastião José de Carvalho e Melo, Secretário de Estado do rei D. José I, manda expulsar
os Jesuítas de Portugal.
 1807 — Parte da cidade de Leyden, nos Países Baixos, é destruída pela explosão de um navio mercante
com carga de pólvora.
 1816 — Toda família Bonaparte é afastada da França por lei do governo francês.
 1822 — Proclamação da Independência da Grécia no congresso de Epidauro.
 1836 — Fundação do Condado de Will.
 1861 — Criação da Caixa Econômica Federal.
 1862 — Fundação da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro.
 1865 — Marquês de Caxias assume o comando supremo dos aliados na Guerra do Paraguai
 1865 — Ocupação da Guiana Francesa por tropas brasileiras
 1896 — O médico Henry Louis Smith fez o primeiro exame de raios X. Ele deu um tiro na mão de um
cadáver e o exame mostrou a bala alojada no corpo.
 1909 — Governo turco aceita a proposta austríaca de renunciar seus direitos sobre a Bósnia e
Herzegovina por trocas de compensações financeiras.
 1915 — O Congresso norte-americano rejeita a proposta de ceder o direito do voto às mulheres do país,
posteriormente uma emenda constitucional deu esse direito às mulheres.
 1923 — Lançada a revista Time, nos Estados Unidos.
 1926 — Abraham Serfaty, político marroquino, é exilado por se opor ao regime de Hassan II.
 1942 — II Guerra Mundial — Japão declara guerra às ilhas orientais holandesas, após ser invadido
em Celebes e Bornéu.
 1946 — A ONU cria o Conselho de Segurança.
 1948 — O Supremo Tribunal americano declara a igualdade de educação para brancos e negros.
 1950 — A União Soviética reintroduz a pena de morte no país, para crimes
de traição, espionagem e sabotagem.
 1952 — A Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, admite o primeiro estudante negro.
 1953 — Entra em vigor a nova Constituição da Iugoslávia. Tito é proclamado presidente da República.
 1960 — Primeira reunião dos países da EFTA, em Paris
 1966 — Estreou na rede americana ABC o seriado de TV Batman.
 1970 — Grandes inundações e enchentes atingem a Espanha pelo transbordamento dos rios Ebro, Tajo.
 1974 — Eclode uma rebelião militar na Etiópia.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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 1984 — A equipe que trabalhava na restauração das Pirâmides de Gizé desistiu de usar métodos modernos,
que não funcionavam, e passou a usar os métodos empregados pelos egípcios há milênios.
 1988 — Nascem, em Michigan, Estados Unidos, os primeiros quíntuplos de proveta do mundo, através de
parto cesariana.
 1990 — A Romênia é a primeira nação da Europa Oriental a banir o Partido Comunista no país.
 1991 — O presidente americano George Bush é autorizado pelo Congresso dos Estados Unidos a atacar
o Iraque na Guerra do Golfo. A invasão do Kuwait fez com que o Conselho de Segurança da
ONU impusesse um boicote econômico ao Iraque. Em resposta, Saddam Hussein ordenou a prisão dos
estrangeiros.
 1995 — O primeiro-ministro do Japão, Tomiichi Murayama, renuncia.
 1998 — 19 países europeus firmam em Paris, o protocolo do Conselho da Europa que proíbe a clonagem de
seres humanos, o primeiro texto jurídico internacional sobre esse assunto.
 2005 — Lançamento da sonda espacial Deep Impact.
 2006
 Mehmet Ali Ağca, o homem que atirou contra o papa João Paulo II em 1981, foi libertado de uma prisão
turca.
 Elevação do Vale do Aço à categoria de região metropolitana.
 2010 — Terremoto de 7,3 graus na escala de Richter provoca grande destruição no Haiti, causando cerca de
316 000 mortes.
 2011 — Enchentes e deslizamentos de terra atingem a Região Serrana do Rio de Janeiro, causando o maior
desastre climático da história do Brasil, com 916 mortes.
Eventos Culturais e de Média
 1979 — Fundação do Diário do Litoral.
 1992 — Grande Teatro de Madri é inaugurado.
1840 Os “farrapos” que haviam abandonado Laguna com um contingente de 450 homens, sob o comando
do coronel Teixeira e do capitão-tenente José Garibaldi, são batidos na localidade de Forquilhas, no
município de Curitibanos, pelas forças legais do coronel Antonio Melo Albuquerque. Na ocasião a
companheira Anita, foi feita prisioneira, evadindo-se posteriormente.
1860 Morre, em São José, o padre Vicente Ferreira dos Santos Cordeiro. Em 1839 foi eleito vice-
presidente da República Catarinense, instalada em Laguna, tendo assumido a presidência face ao
impedimento do presidente eleito.
1729 Nasce Edmund Burke, político e escritor britânico, notável pelo idealismo e veemência na defesa dos
oprimidos. Pertencia à Jerusalém Lodge nº 44.
1857 Fundada a Grande Comanderia de Cavaleiros Templários - Rito de York da Pennsylvania cujas
origens remontam a 1797
1865 União da Grande Loja Nacional com o Grande Oriente da Venezuela, ambos de 1838, formando o
Grande Oriente Nacional da Venezuela.
1884 Consagrada a Loja Quatuor Coronati nº 2076, de Londres, a primeira Loja de Pesquisas do mundo.
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Venerável Mestre!
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(Coisa de Irmão para Irmão)
Contatos: Ir Darci Rocco (Loja Templários da Nova Era) nos telefones
(48) 3233-5069 – 9 9943 1571
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Ir Rui Bandeira
Obreiro da R. L. Mestre Affonso Domingues, n.º 5
da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP.
Escreve às quintas-feiras neste espaço.
Este e outros artigos de sua autoria
podem ser lidos no blog
http://a-partir-pedra.blogspot.com.br
Os Landmarks da Maçonaria Regular:
a Regra em 12 Pontos
DUODÉCIMO LANDMARK
Os Maçons devem-se mutuamente, ajuda e proteção fraternal, mesmo
no fim da sua vida. Praticam a arte de conservar em todas as
circunstâncias a calma e o equilíbrio indispensáveis a um perfeito
controle de si próprio.
O último Landmark da Maçonaria Regular começa por enfatizar os deveres de
fraternidade dos maçons. Fecha-se assim o círculo: relembremos que o primeiro
Landmark define a Maçonaria como uma fraternidade iniciática.
Após a referência inicial ao conceito de Fraternidade, os Landmarks como que
se dedicam a outros temas e delimitações, não desenvolvendo o conceito. Mesmo
no sexto Landmark, a única relação que se pode fazer com o conceito de
Fraternidade é de ordem omissiva: os Irmãos Maçons respeitam as opiniões e
crenças de cada qual e, portanto, devem omitir todos os atos que possam afetar
a harmonia fraterna entre eles.
Ficou reservado para o último Landmark, como que assinalando que o terreno
da Maçonaria Regular ficava assim integralmente delimitado, regressando-se ao
ponto de partida, o desenvolvimento de como devem os maçons agir para
preencher o conceito de Fraternidade: devem-se mutuamente ajuda e proteção,
não de qualquer tipo, mas fraternal, ou seja, o tipo de ajuda e proteção que cada
um de nós deve a seu irmão. Embora não irmãos de sangue, os maçons são
Irmãos na Ética, na Busca do Aperfeiçoamento, na Prática da Virtude e no
Combate ao Vício! Para tudo isso, para o fácil e para o difícil, para as boas e
para as más horas, com os ventos bonançosos e arrostando com a borrasca,
cada maçom deve, SEMPRE, e sem hesitação, ajudar e proteger seu Irmão.
2 – Os Landmarks da Maçonaria Regular: a Regra em 12 pontos
Duodécimo Landmark - Rui Bandeira
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 7/33
Este dever de ajuda e proteção não é, porém, ilimitado: basta atentar no décimo
Landmark para se ter presente que a ajuda e a proteção devem ser prestadas
sempre com submissão às leis e respeito às autoridades constituídas.
O dever de ajuda e proteção permanece até e mesmo no fim da vida. Cada
maçom deve auxiliar seu Irmão a viver com dignidade até ao fim da vida, para
que a sua morte ocorra com igual dignidade. Perante a aproximação da morte, o
auxílio de um Irmão que lembre que ambos acreditam que a morte não é um
fim, mas apenas uma passagem - para o Oriente Eterno, dizem os maçons... -
será porventura útil para auxiliar o moribundo a viver seus últimos momentos
calma, serena e confiantemente e a morrer de forma tão digna como viveu! E,
ocorrida a Passagem ao Oriente Eterno de um maçom, devem seus Irmãos aos
seus restos mortais o respeito que em vida lhe consagraram e a homenagem
devida a quem procurou com firmeza seguir os sãos princípios da Fraternidade
Maçónica!
Finalmente, este último Landmark aponta o essencial meio para que seja
possível ao maçom proficuamente trilhar o caminho de seu aperfeiçoamento:
deve ele procurar manter sempre o perfeito controle de si próprio e, para tal,
mister é que aprenda, que se esforce, que consiga, em todas as circunstâncias,
manter sempre a calma e o equilíbrio para enfrentar qualquer situação. O
simples enunciado deste dever dá-nos a noção de quão difícil de atingir ele é!
Mas também a certeza da indispensabilidade da obtenção desse desiderato e da
necessidade de envidar todos os esforços para, em todos os momentos, em todas
as ocasiões, manter a calma e o equilíbrio. E os que, progressivamente, o
conseguem, que enorme vantagem passam a ter sobre os demais!
Os Landmarks da Maçonaria Regular são, não só o estabelecimento dos limites
entre o que é Maçonaria Regular e o que é outra coisa, mas também preciosos
ensinamentos e princípios para serem por todos seguidos ao longo de suas
vidas. Este duodécimo e último Landmark é bem o espelho disso!
Rui Bandeira
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 8/33
O Irmão João Anatalino Rodrigues,
é palestrante, escritor e colunista do
JB News. Outorgado com a
Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
Escreve às quintas-feiras e domingos.
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
OS TEMPLÁRIOS
E O SUDÁRIO DE TURIM
Um tema que ainda agita historiadores, escritores e principalmente os chamados “amadores do
insólito” é o Sudário de Turim, uma peça de linho depositada na catedral dessa importante cidade
italiana e que supostamente teria servido de mortalha para envolver o corpo de Jesus Cristo
quando ele foi arriado da cruz pelos servos de José de Arimatéia. Como o corpo não poderia ser
preparado para o sepultamento naquele mesmo dia – uma sexta – feira – porque a partir das seis
horas da tarde (horário do ocidente), começaria o Sabath, o sábado sagrado dos judeus, data em
que eles comemoram a Páscoa e nenhuma atividade pode ser feita, o corpo de Jesus foi
simplesmente tirado da cruz e envolvido em um lençol e colocado no sepulcro pertencente a José
de Arimatéia, no mesmo estado em que foi tirado. Depois da Páscoa, os discípulos, ou parentes de
Jesus, poderiam então, lavá-lo e prepará-lo devidamente com os óleos e especiarias comuns nesse
caso, e então realizar o enterro com todas as cerimônias de praxe.
Preparar o defunto para a sepultura era trabalho de mulheres. Assim, logo após a Páscoa,
algumas discípulas de Jesus foram ao sepulcro para executar essas tarefas. Mas elas encontraram o
sepulcro vazio e o lençol que envolvia o corpo de Jesus estava no chão, junto á mesa de pedra
onde o corpo havia sido depositado. O corpo havia desaparecido. E no lençol, por um processo até
hoje desconhecido pelos estudiosos, ficou estampada, como se fosse uma fotografia em negativo,
uma imagem de corpo inteiro de Jesus.
Nenhum dos evangelhos canônicos fala no assunto. Isso dá para entender. A crença dos judeus (e
Jesus e seus discípulos eram judeus) proibia qualquer reprodução de figura humana. Assim, se nos
lençóis que envolveram o corpo de Jesus estava estampada uma imagem, eles, mais que depressa
tiveram que esconder essa relíquia, pois possuir uma coisa dessas poderia implicar na morte do
seu possuidor.
Porém, a tradição cristã afirma que o lençol que envolvia o corpo de Jesus, impregnado com a
sua imagem, foi recolhido por algum dos seus discípulos (dizem que foi Tomé) e guardado como
relíquia sagrada. Não se sabe como essa história começou, mas parece que o primeiro registro da
existência dessa relíquia vem da cidade de Edessa, na Turquia (hoje Sanliurfa), onde uma tradição
conta que o rei daquela cidade, Abgar I, teria recebido do próprio Jesus, ou através de um de seus
discípulos, um pano com a sua imagem estampada nela. Essa história é contada em um dos
Evangelhos apócrifos, o chamado evangelho de Nicodemus.
Se é verdadeira ou não essa história, o fato é que muitos registros antigos falam que, nessa
cidade, desde os primeiros anos do cristianismo, um pano contendo a imagem de Jesus era
venerado pelos cristãos como relíquia sagrada. Ele era conhecido como Mandilyon ou Sundaryon.
Uns diziam que era uma toalha, com a qual uma mulher chamada Verônica havia enxugado o
3 – Os Templários e o Sudário de Turim
João Anatalino Rodrigues
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 9/33
rosto de Jesus a caminho do Calvário, outros diziam que se tratava dos lençóis que envolveram o
corpo dele quando foi tirado da cruz.
A tradição registrada no evangelho de Nicodemus diz que esse pano havia sido enviado ao rei
Abgar I pelo próprio Jesus, junto com uma carta, cujos termos foram gravados em uma pedra e
fixados no portão de entrada da cidade. Hoje, esse registro não existe mais, pois Edessa (a atual
Sanliurfa) sofreu muitas invasões, destruições e reconstruções ao longo do tempo. Mas vários
testemunhos históricos indicam que nos primeiros séculos do cristianismo havia lá uma relíquia
venerada pelos cristãos. Essa relíquia, conhecida como a Imagem de Edessa, foi uma espécie de
modelo para todos os ícones pintados por artistas bizantinos durante a baixa Idade Média. Era
considerada a única imagem conhecida de Jesus, ou seja, o único retrato conhecido dele. Era o
chamado Cristo Pantocrátor, ícone que ainda hoje pode ser visto nas igrejas cristãs do Oriente e da
Europa Central, onde a cultura bizantina imperou e sobreviveu.
Em fins do século VII um terremoto arrasou Edessa, e o famoso Sudário, contendo o retrato de
Jesus, foi levado para Jerusalém, onde vários cronistas registraram o fato de os romeiros ocidentes
irem á cidade santa para ver essa relíquia. A conquista de Jerusalém pelos muçulmanos e a sua
conhecida aversão pela idolatria, fez com que o Sudário fosse levado de volta á Edessa, para
salvá-lo de uma possível destruição pelos iconoclastas muçulmanos.
Em meados do século X, o sultão de Edessa entregou o Sudário ao imperador bizantino como
parte de pagamento de um acordo, para que as tropas bizantinas não invadissem a cidade. Assim,
o Sudário de Cristo foi parar em Constantinopla.
A presença dessa relíquia em Constantinopla foi fartamente documentada desde então, sendo
inclusive cunhadas moedas com esse motivo, que ainda podem ser vistas no Museu de Istambul e
de outras cidades da Turquia e da Europa Central. Durante mais de dois séculos, imagens de
Jesus, conforme mostrada no Sudário, foram pintadas em centenas de igrejas por toda a Europa
Bizantina. Elas podem ser vistas ainda hoje.
Em 1204 um exército cruzado, naquela que ficou conhecida como a Quarta Cruzada, invadiu e
saqueou Constantinopla. A maioria das igrejas da cidade foi saqueada e suas relíquias roubadas
pelos invasores. Uma das mais preciosas era justamente o Santo Sudário e este desapareceu depois
disso. Na tropa de cruzados invasora havia um grande contingente de Cavaleiros Templários, e ao
que tudo indica, foram justamente eles que acabaram ficando com a sagrada relíquia. Esse fato foi
documentado por vários depoimentos de Cavaleiros Templários por ocasião do processo movido
contra a Ordem a partir de 1307, processo esse que resultou na sua extinção. Que o Santo Sudário
se tornou propriedade dos Templários e na sua posse ficou durante mais de um século, parece fora
de dúvida, tendo em vista os diversos registros e depoimentos coletados pelos autores que
comentaram sobre esse assunto.
Ressalte-se que é justamente nessa época, a partir do saque de Constantinopla, que se começam
os rumores de que os Templários haviam se tornado idólatras e veneravam secretamente, nos
rituais desenvolvidos nos seus capítulos mais avançados, uma cabeça barbada, mais tarde
conhecida pelo nome de Baphomet. Essa cabeça, segundo a maioria dos depoimentos coletados,
era semelhante á que aparece no Sudário.
Alguns anos mais tarde, por volta de 1350, o Sudário de Cristo, que estava desaparecido desde
o saque de Constantinopla em 1204, apareceu na propriedade de um nobre chamado Geoffrey de
Charney, conde de Lirey, o qual pediu ao Papa da época permissão para construir uma capela,
onde o Sudário seria exibido publicamente. Curiosamente, esse nobre era neto de outro Geoffrey
de Charney, ou seja, exatamente o preceptor Templário da Normandia, que foi queimado na
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 10/33
fogueira junto com Jacques de Molay, o último Grão-Mestre do Templo. Coincidência demais
para ser ignorada.
Depois disso o Sudário passou por várias mãos até ser adquirido pelo Vaticano onde passou a
ser conhecido como o Sudário de Turin. Desde então muito se falou sobre essa relíquia e mais
ainda se especulou a respeito. Milhares de livros foram escritos sobre o assunto, e muitos
cientistas se debruçaram sobre ele para estudá-lo e submetê-lo a testes, inclusive com datação de
carbono 14. Nenhum teste, ou estudo feito por qualquer cientista, até agora, foi conclusivo. Por
consequência, há quem acredite que o Sudário é autêntico e se trata realmente, do lençol que
envolveu o corpo de Jesus nas horas em que ele esteve na tumba. Outros dizem que o Sudário é
uma farsa que foi criada na Idade Média por algum alquimista falsificador. Inclusive a datação
com carbono 14 teria provado que o pano foi fabricado entre 1260 e 1340, mais de mil anos
depois da morte de Jesus. Isso deu asas á imaginação de muitos autores, alguns deles, inclusive,
dizendo que a figura do Sudário não é de Jesus, mas sim de Jacques de Molay, o Grão-Mestre
Templário queimado vivo em 1314. Outros dizem que foi Leonardo da Vinci quem “pintou” o
Santo Sudário.
Mas a figura que aparece no pano mostra claramente um homem bem mais jovem que Grão-
Mestre Templário, que tinha cerca de setenta anos quando foi executado. Portanto, a tese de que o
corpo do Santo Sudário seria o de Jacques de Molay deve ser descartada. E a tese de que ela foi
pintada por algum artista medieval ou renascentista também fica fora de questão porque já está
mais que provado que a imagem sobre o tecido não foi pintada, mas sim impressa por algum
método ainda desconhecido da ciência moderna. Na verdade, a imagem do Santo Sudário está
mais para um negativo de fotografia do que para uma pintura. Mas quem poderia fazer semelhante
trabalho há dois mil anos atrás, ou mesmo no século XIII ou XIV, quando a técnica da fotografia
ainda era desconhecida? Isso quer dizer que, em termos históricos, o Sudário de Turim ainda é um
mistério, até agora, insolúvel.
Á parte todas essas especulações, que fazem parte de uma história que ainda poderá ser
desvendada a partir das investigações que estão sendo feitas, o que parece cada vez mais claro é
que, finalmente, depois de quase oito séculos de indagações e especulações, as mais variadas,
finalmente se chega a uma quase certeza sobre o famoso ídolo que os Templários adoravam em
suas cerimônias secretas. Depois das pesquisas feitas por Ian Wilson (O Sudário- Novas Luzes
Sobre um Mistério de Dois Mil Anos) 1
e Bárbara Frale (Os Templários e o Sudário de Cristo)2
,
parece não haver muitas dúvidas de que o ídolo conhecido como Baphomet, adorado pelos
Templários na intimidade dos seus capítulos, não era mais que o próprio Sudário de Cristo, hoje
depositado na Catedral de Turim.
E se assim for, como tudo parece indicar que seja, essa é mais uma das incoerências que a
História registra. Pois que os Templários foram condenados, e muitos deles morreram na fogueira
justamente por fazer o que milhões de cristãos vivem fazendo desde o início do cristianismo, ou
seja, venerar a figura de Jesus.
Depois disso só mesmo lembrando o inefável John Lennon, que dizia que Deus inventou a fé e
o Diabo inventou a religião. E que no dia em que nós aprendermos a distinguir uma coisa da outra,
quem sabe a verdadeira humanidade possa, de fato, começar.
1
Ban-Tan Books- Londres, 2003
2
Madras, São Paulo, 2012
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 11/33
Ir∴ Valter Cardoso Junior
M∴M∴ da Loja Delta do Norte
Florianópolis – GOB/SC
TEMPO OU MOMENTO
“... é claro e manifesto que não existem coisas passadas e futuras; nem se
poder dizer, com exatidão, que os tempos são três: passado, presente e
futuro. Mas, talvez, se deveria dizer, com propriedade, que os tempos são
três... o presente das coisas passadas (memória), o presente das coisas
presentes (visão) e o presente das coisas futuras (expectativa). Estas três
coisas existem na alma e, em outro lugar, não as vejo. Por isso pareceu-
me que o tempo é uma distensão. De que coisa, eu não sei; admirar-me-ia
se não fosse uma distensão da própria alma”. (Santo Agostinho- Retirado
do livro XI das Confissões, 20 e36)
4 – Tempo ou Momento
Valter Cardoso Júnior
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 12/33
Manos, ainda estou por aqui, na bela e paradisíaca Praia de Palmas, no Município de
Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, litoral Catarinense e, onde continuo
desfrutando das belezas naturais que me fazem lembrar o quanto sou privilegiado pelo
Grande Arquiteto do Universo.
O que me inspirou a escrever sobre este tema “TEMPO OU MOMENTO”,
provavelmente tenha sido o que ocorreu hoje cedo, na saída para fazer minha caminhada
matinal , quando me deparei com um casal de Tucanos numa árvore em frente ao prédio,
cena que confesso muito comum por aqui, mas que hoje em especial me fez viajar no prazer
que aquela imagem provocou dentro de mim, um momento de efetiva felicidade.
Confesso-lhes, que foi uma energia diferente e, que me acompanhou durante toda a
caminhada, permanecendo mesmo depois quando de meu retorno para casa.
Entendo que não devemos viver do passado, todavia, existem momentos que jamais
poderemos esquecer e, que sempre estarão presentes em nossas lembranças, um exemplo
marcante é sem dúvida alguma meus primeiros anos de vida escolar e, quem viveu na
década de 50 e 60 irá corroborar com o que aqui vou relatar.
Nossas escolas primárias e secundárias primavam pelo bom ensino, orientação e
pesquisa, vivemos um tempo em que solidificamos em nossa busca pelo conhecimento, três
pontos extremamente importantes e, que nos servem de base até hoje, quais sejam, o hábito
da boa leitura, a qualidade de nossa escrita e, a interpretação de textos.
Essa base muito bem fundamentada pelos grandes Mestres da época e, o entendimento
que as famílias tinham de suas responsabilidades, sabendo que a grande e primeira escola da
vida era o Lar, aliado a orientação constante dos pais, nos deixaram este tríplice e grande
legado que facilita não somente nossas leituras e escritas mais também o mais importante,
que é saber interpretar tudo aquilo que nos é apresentado através dos livros, revistas, etc.
Entendo, que até mesmo a situação que aconteceu comigo hoje, dos lindos Tucanos
descansando na árvore, permitiu-me imaginar e viajar mentalmente nesta magia que a
natureza nos oferece e que permanece em nosso subconsciente, mesmo depois de passado
aquele momento tão mágico.
Esta magia me levou a pensar se aquele foi um tempo que passou ou foi um momento
dentro do tempo que passou, parece meio filosófico mais é uma dúvida que tenho, neste
pensar Tempo X Momento.
Na realidade desde muito cedo sempre questionei sobre o TEMPO e o via como algo
transcendente e, que entendia como parte do chamado mundo do Criador, não sabia
descrevê-lo e ao mesmo tempo não encontrava forma de explicá-lo.
Interessante é, que lembrando também de coisas boas do passado, me veio a mente
frases utilizadas por meus pais e acredito por todos os pais da época, quando faziam uso de
alguns fragmentos formadores da sabedoria popular , utilizando o tempo como base de
orientação aos seus filhos.
Diziam eles, por exemplo, “calma meu filho, dê tempo ao tempo e tudo será
resolvido”, ou ainda, “Nada como um novo tempo, um novo sol de um novo dia, para
restabelecer a calma e a solução de problemas que ontem pareciam não terem soluções”.
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 13/33
Claro que criávamos em nossas mentes, um entendimento de que o tempo realmente
poderia ser interpretado e medido sem problemas, todavia, fui crescendo e buscando de
alguma forma conceituar Tempo, dificuldade que até hoje enfrento, mesmo porque aquelas
dúvidas sobre o que seja Tempo permanecem.
Alguns dias atrás, aqui na praia resolvi fazer uma releitura de uma revista cujo título
é “O mundo Pré-Histórico” da Editora Escala Ltda. e Editada em 2010, contendo estudos
realizados pelo Cientista americano Dougal Dixon , ligado a Universidade de Bristol, cuja
tradução para o português foi feita por Julia Garcia e, que nos trás informações
maravilhosas e, que nos remete a refletir muito sobre a evolução da terra, dos seres
humanos e, da questão do tempo.
Logo no inicio da revista, pode-se ler um interessante fragmento em que o autor fala
sobre a Idade da Terra:
Um filme de cinema passa a 24 quadrados por são 24 imagens separadas
piscando em seus olhos. Agora, imagine que a história da terra está
gravada num filme, onde cada ano ocupa um quadro; 24 anos passarão
em um segundo. A duração do filme seria de cerca de seis anos. Um filme
realmente épico!
E a partir dali, o autor nos convida a sentarmo-nos em nossa poltrona como cinema
fosse, para de forma figurada assistir um grande filme, em que se transforma realmente o
conteúdo daquela revista.
Verdade é, que este episódio de hoje pela manhã e a releitura desta revista, provocou
ainda mais este meu desejo de entender um pouco mais sobre o significado de Tempo e o que
ele representa para nossas vidas e, também buscar trazer aqui, algumas reflexões pessoais
sobre este diferencial que entendo existir entre Tempo X Momento.
Nós seres humanos, sempre tivemos uma vida terrena muito curta, hoje um pouco
mais longa é bem verdade, mais continuamos pensando em torno de 75 anos em média e,
completar cem anos acaba se tornando algo especialíssimo como possibilidade de existência.
Como diz sempre o Geriatra, Dr. Vanir Cardoso, médico de Florianópolis (SC), não
faz muito tempo o ser humano festejava 50 anos de vida como uma grande dádiva divina,
hoje em pleno século 21 o ser humano se vê preparando com prazer seu aniversário de 100
anos, ou seja, multiplicou seu tempo de vida neste ciclo de passagem terrena.
Lembrando aquele fragmento do Dr. Dougal Dixon citado por mim neste início do
trabalho, demonstra, entretanto, que mesmo tendo duplicado seu tempo de vida, o ser
humano continua vivendo uma curta permanência terrena.
Se nosso objetivo é evoluir e, o fazemos ao longo de nossa existência, ao desenvolver
filosoficamente a afirmativa de que existe uma vida após a morte, torna-se ao meu entender,
natural, realista e inteligente, pois somente assim haveria razões para valorizar realmente
nossa grande missão como seres criados pelo Grande Arquiteto.
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Três grandes necessidades cobradas por nossa Maçonaria quando ingressamos em seu
quadro de IIR∴ quais sejam acreditar numa força superior e criadora, acreditar em vida
após a morte e, a prevalência do espírito sobre a matéria, nos dá sustentação maior ainda,
para acreditar que o Tempo é algo mais do que simplesmente imaginamos, ele na realidade
transcende ao nosso entendimento.
A energia cósmica, essa força de luz e fluidos, que podemos traduzir como Grande
Arquiteto do Universo, é única e, assim se o Tempo é também parte integrante da unidade
divina, não poderemos dimensioná-lo e mesmo conceituá-lo.
O tempo como parcela divinal sem formas de ser conceituado, acabou exigindo do ser
humano formas de explicações, ao longo de sua existência evolutiva e, com certeza todas
foram sustentadas com base nas grandes mudanças sofridas pelo próprio homem enquanto
centro da realidade de tudo o que existe, influenciando e sendo influenciado pelo meio em
que vive.
Costumo afirmar de que o ser humano pertence ao todo, mas apesar de sermos
partículas da grande energia divina temos a necessidade de evoluir constantemente e, como
nos ensina a Maçonaria, para buscarmos esta evolução precisamos estudar e estudar
sempre, norteando nossa caminhada na busca constante da verdade.
O homem foi percebendo o que chamamos Tempo, pelas grandes mudanças a cada
novo ciclo, pois sabemos que nossas vidas são formatadas por ciclos de passagens e, neste
aspecto a própria natureza, criação divina, serviu de base para sustentar a busca de
respostas para entendermos essa visão sobre Tempo.
Assim é, que este viajar da terra em torno do Astro Rei o SOL, as fases da LUA, o
movimentar das MARÉS, a força das FLORESTAS e dos VENTOS, foram e permanecem
como fenômenos que alteram os momentos do Planeta Terra, bem como o próprio existir do
ser humano.
Marcar todos os períodos de nossa permanência no Planeta, fez com que o homem em
sua constante evolução, tivesse a felicidade de criar a divisão deste período em séculos, anos,
dias, horas e, sempre utilizando como base, a natureza, criando a partir daí instrumentos
capazes de mostrar de forma mais clara sua permanência terrena.
Ao longo do tempo muito foi dito, pesquisado e criado, novas e constantes
descobertas que ainda hoje vão explicando cada vez mais de forma quase que perfeita e, com
datação absoluta, a história do Universo e em especial do Planeta Terra.
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Assim como o Grande Arquiteto do Universo é Onipotente, Onisciente e Onipresente,
vejo o Tempo também fazendo parte desta força fluídica, sem começo e sem fim, ele, como
dizem alguns filósofos é um dos maiores tesouros de que o homem pode dispor.
Gosto muito de ler o grande Santo Agostinho, sua história e seus escritos e, ele
também foi um estudioso sobre a questão do Tempo, lá entre o século IV e V d.C., ele já
dizia que o tempo conduzia o pensamento da exterioridade para a interioridade.
Para ele o tempo era constituído por momentos diferentes de passado, presente e
futuro, significando descontinuidade e transformação e, propunha que ao meditarmos sobre
o Tempo, o fizéssemos do ponto de vista cada vez mais próximo da eternidade da verdade e
do principio.
Para ele buscar conceituar Tempo não existia uma resposta direta capaz de explicá-lo
e, a dificuldade era justamente no envolvimento do homem com o próprio Tempo, pois o
homem também é temporal, mutável.
Sobre o Tempo Santo Agostinho deixou escrito:
“... Difícil falar de algo do qual não se tem distância para avaliar. A
questão do Tempo deve ser tratada como uma situação, assim o tempo é
próximo e familiar ao homem; contudo, a um simples questionamento
sobre o que ele é, constata-se a ausência de resposta. Vive-se no Tempo,
mas sem saber o que ele é. Eis o entrave.
Na verdade, entendo o que seja tempo, todavia, não sei explicá-lo de forma clara e,
como eu muitos pensadores acabam escrevendo sobre tempo tentando traçar paralelos com
outras situações, como fez, por exemplo, nosso Ir∴ Kennyo Ismail em sua prancha
arquitetônica “Tempo e Experiência” onde afirma que tempo está relacionado a sobreviver
enquanto experiência esta relacionada a viver.
Escreveu aquele Ir∴,
(...) Se você viver a Maçonaria, você ganhará experiência, e se você
apenas sobreviver na Maçonaria, apenas acumulara tempo. É uma
questão de escolha e de vontade. Tempo só é sinal de experiência quando
bem aproveitado. Então faça a escolha certa e aproveite o tempo, e assim
você viverá experiências maravilhosas na Maçonaria.
Sinceramente, por mais que eu tente filosofar a respeito de Tempo não consigo forma
para conceituá-lo, esta longe, fora do meu alcance, mas com certeza como estarei sempre na
busca pela verdade, jamais fugirei da meta estabelecida para esta busca.
Por todas estas manifestações sobre o Tempo colocadas até aqui por pensadores e
filósofos, faz com que eu me aproxime mais ainda de que o Tempo como partícula divina da
criação, esta situado na Unidade Criadora, já o ser humano e seus Momentos estão situados
neste mundo de dualidades que tanto conhecemos.
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Talvez por este motivo atrevo-me a dizer que o importante para nós são os momentos
que se apresentam a cada instante, é o aqui e agora que se aproxima mais da vida do ser
humano. Este Momento que faz parte deste Tempo, criação divina, depende de nossas
escolhas, pois estamos influenciados pela dualidade do mundo terreno e, que nos persegue
constantemente.
Não sou um filosofo, todavia, permito-me também pensar assim, tanto que costumo
dizer, de que minha vida é formada por momentos que podem ser felizes ou não,
dependendo única e exclusivamente de minhas escolhas, que é conhecida como Livre
Arbítrio.
Foi muito gratificante, quando ingressei na família maçônica e recebi orientações
maravilhosas sobre esta questão da valorização de nossos momentos de vida, buscando
sempre o respeito às diferenças e a valorização das individualidades, dentro do alinhamento
do bem, da justiça e da perfeição, apoiados na segurança das três grandes colunas
maçônicas da Liberdade com Igualdade e, com Fraternidade.
A respeito do Livre Arbítrio, que acredito ser inerente ao ser humano nosso Ir∴ e
amigo Ademar Valsechi escreveu em sua prancha maçônica “OS TRÊS PASSOS... Para a
existência da humanidade”, a lembrança de quando passamos a ter consciência e
responsabilidades com nossas próprias escolhas. Escreveu o Ir∴:
Até chegarmos a condição de ser racional, em pleno desempenho
cognitivo para exercer conscientemente o que chamamos de livre-
arbítrio, isto é , decidir o que, quando e como fazer decisões e caminhos
por nós escolhidos, realizou-se uma série de fenômenos em seqüência, que
agrupamos em três partes, os quais chamamos de Os três passos... Para a
nossa Existência e, assim definiu: 1) A Formação do Universo, 2) A
Criação da Vida e 3) O Desenvolvimento da Inteligência.
(Pag. 34 – da Coletânea de Artigos 1970-2010 da Revista “O Prumo” – Grau 2 –
Companheiro –Volume II)
Esta escolha, esta liberdade, que depende única e exclusivamente de cada um de nós,
precisa ser tratada de forma responsável e, como seres ainda em evolução, vivendo num de
mundo dual, precisamos ter consciência e, cuidados especiais.
Daquelas frases, da sabedoria popular, que marcaram minha infância e juventude,
lembro uma que minha Mãe utilizava muito, quando achávamos não ter tempo para fazer
determinadas coisas e, ela sabiamente dizia: “Para tudo existe tempo, pois tempo é uma
questão de preferência”, e assim íamos crescendo com este aprendizado.
Verdade é que tudo podemos quando nos concentramos em nossas escolhas, pois afinal
é para o nosso próprio bem, para a nossa própria busca de momentos felizes para nossas
vidas.
Quando grande Antero de Quental teve a inspiração deste fragmento, que tanto ficou
conhecido:
O coração tem dois quartos. Moram ali, sem se ver, num a Dor, noutro o
Prazer. Quando o Prazer no seu quarto acorda, cheio de ardor, no seu
esmorece a Dor. Cuidado Prazer, cautela! Folga e ri, mas devagar... Não
vá a Dor acordar!
(quemdisse.com.br/dois-quartos=moram-ali-sem-se-ver-num-a-dor-noutro-o-prazer )
Com certeza, quis trazer a todos à necessidade dos cuidados que temos que ter com
nossas escolhas e decisões, o ideal é buscar o caminho do meio para manter o equilíbrio, pois
sabemos que somos incapazes de permanecer totalmente equilibrados em nossos corpos,
físico, mental e espiritual por todos os momentos.
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Desde nossa iniciação aprendemos que um dos grandes momentos de nossas sessões
maçônicas é sem duvida alguma a que no nosso Rito de Grau 1 é chamado Tempo de
Estudo.
Apesar de ser chamado de Tempo de Estudos eu tomo a liberdade de chamar
Momento de estudos, sem dúvidas é um espaço do tempo que se torna divino e muito mágico
e, que esta envolvido por nossa Egregora Maçônica.
Quando um de nós IIr∴ maçons, somos previamente designados pelo V∴M∴ para
utilizarmos aquele momento, objetivando apresentarmos o tema previamente estabelecido,
nossas energias crescem.
Naquele período antes e durante a apresentação da prancha maçônica buscamos nos
concentrar plenamente, pois sabemos diante mão que vamos viver um momento de
aprendizado e ensinamento, pois como disse o grande Guimarães Rosa- nem sempre quem
esta lá na frente simplesmente ensina, na realidade também aprende e aprende muito.
Desta forma, ter este compromisso de nos organizarmos previamente para estudar,
pesquisar e expor estes trabalhos também chamo de Momento e, sem dúvida um momento
para lá de especial que deve ser aproveitado pois ali estará concentrado mecanismos para
nossa evolução não somente maçônica mais também espiritual.
Estes momentos estão muito ligados ao exercício de nosso Livre Arbítrio, somos
regidos não pelo corpo físico, mais sim por nosso corpo espiritual e, por isso estarmos
ligados de forma consciente a estes momentos é uma necessidade primordial para criarmos
momentos felizes em nossas vidas, estes momentos passam, as energias se movimentam
constantemente.
Não podemos nos dar o luxo de errar nas escolhas dos momentos certos, todavia
precisamos também saber aprender nas falhas ocorridas quando destas escolhas, como
deixou dito Lulu Santos autor da música incidental “Como uma Onda” em que ele num
momento de pura inspiração escreveu:
“ Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa tudo sempre passara.
A vida vem em ondas como um mar, num lindo e vindo infinito. Tudo que se vê não é, igual
ao que a gente viu há um segundo, tudo muda o tempo todo, no mundo. Não adianta fugir,
nem mentir pra si mesmo, agora há tanta vida lá fora, aqui dentro sempre como uma onda
no mar”.
Como estou em constantes leituras e busco interpretar escritos de tantos Mestres e
Pensadores que passaram por nosso Planeta acabo encontrando base de sustentação para
meus pensamentos e reflexões.
Em minhas leituras, por exemplo, encontrei no filosofo pré-socrático que ficou
conhecido como Heráclito de Éfeso por ter nascido naquela cidade e vivido no séculos VI
a.C., a afirmava de que tudo no mundo flui, nada persiste ou permanece o mesmo.
Conhecido como o Pensador do Logos Heráclito de Éfeso deixou durante sua
passagem muitos fragmentos que marcaram seus estudos e pensamentos e que ficaram
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conhecidos como aforismos que segundo o dicionário são frases definitivas, cortantes, frente
ás quais ninguém passa impunemente.
São mais de 100 frases, que não tem origem em um único texto, parecem ter sido
retiradas de forma consciente de seus estudos e, ao lermos verificamos que elas não
escondem e nem mesmo revelam de forma definitiva o pensar do autor, na verdade eles
guardam em si grandes indicações e, cabe a cada um de nós saber interpretá-las e,
conscientemente buscar a sua compreensão.
Claro, que são todas muito interessantes e trazem em seu bojo muitos ensinamentos,
todavia trago para contribuir para meu texto de hoje algumas delas:
“ Tudo se faz por contraste: da luta dos contrários nasce a mais bela
harmonia” - “ Este mundo, igual para todos, nenhum dos deuses e
nenhum dos homens o fez; foi, é e será um fogo eternamente vivo,
acendendo-se e apagando-se conforme a medida”. “Descemos e não
descemos nos mesmos rios; somos e não somos”- “O tempo é uma
criança que brinca, movendo as pedras do jogo para lá e para cá;
governo de criança”- Em nós, manifesta-se sempre uma e a mesma coisa;
vida e morte, vigília e sono, juventude e velhice. Pois a mudança de um
dá o outro e reciprocamente “- “Para Deus tudo é belo e bom e justo; os
homens, contudo, julgam umas coisas injustas e outras justas”.
Dentro desta minha peça arquitetônica de hoje, entretanto, o aforismo que mais se
aproxima da idéia central é exatamente este que nos oferece mil oportunidades de reflexão,
disse Heráclito:
“Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando
nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e
o próprio ser já se modificou. Assim, tudo é regido pela
dialética, a tensão e o revezamento dos opostos. Portanto, o
real é sempre fruto da mudança, ou seja, do combate entre os
contrários.”
Heráclito de Éfeso em detalhe da Tela de Rafael Sanzio, A Escola de Atena
Dou a este aforismo de Heráclito, minha interpretação de que aquele momento passou,
e a água em constante movimento já não é mais a mesma e, também nós nos renovamos a
cada novo momento e, portanto ao voltarmos ao rio já também não seremos mais os
mesmos, pois já sofremos transformações.
Precisamos como já disse anteriormente, é deixar nosso corpo e mente sempre bem
preparado para que ele possa estar equilibrado naquele momento em especial, para então
fazermos com perfeição nossa escolha certa.
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Devemos nos sentir agradecidos por esta dádiva constante de renovação, dentro de
cada momento que nos é oferecido, precisamos estar sempre preparados para receber
transformações e, como nosso mundo é dual, impulsionado sempre por forças contrárias,
precisamos permanecer vigiando nossos atos para formatar patamares fortes que permitam
crescer nesta contínua mudança que nem sempre estamos preparados para perceber.
Interessante, que este tema tão fascinante e ao mesmo tempo tão complexo recebeu e
recebe de muitos estudiosos das várias áreas do conhecimento, das várias regiões do mundo,
dos vários momentos da existência do Universo, inspiração para deixar-nos possibilidades
de entendermos esta maravilhosa relação que tentei lhes trazer hoje.
Concluo trazendo esta lenda de um dialogo entre avó e neto, indígenas americanos,
cujo tema era o combate constante que acontece dentro de cada um de nós.
Este combate diz o Velho indígena é entre dois lobos, que vivem dentro de nós, um
representa a raiva, a inveja, o ciúme, a tristeza, os desgostos, a cobiça, a arrogância, o outro
lobo é bom, é alegre, é fraternal, é esperança, é humildade, benevolência, verdade e fé
raciocinada.
O neto prestando a atenção na história do avô questiona: E qual dos lobos vence esta
luta vovô? E o velho índio na sua inteligência maior responde: Meu neto vence a luta aquele
lobo que mais alimentarmos naquele momento.
Vejo nesta história, o símbolo da dualidade existente dentro de nós, os lobos são
nossas emoções que podem ser positivas ou negativas, dependendo única e exclusivamente de
nosso Livre Arbítrio alimentar este ou aquele lobo.
Concluo este meu pensar trazendo a beleza e inteligência deste fragmento de Brahma
Kumaris que diz:
"Muitas pessoas tem o hábito de viver no passado ou viver no futuro.
Mas o passado e o futuro não estão nas mãos delas. Elas acabam não
apreciando nem o passado nem o futuro. Elas vivem num mundo de
sonhos, imaginações e ilusões. Precisamos estar conscientes do presente.
Precisamos tornar o momento presente o melhor momento. Este
momento é resultado do momento que recém passou. Da mesma forma, o
próximo momento será conseqüência do momento presente. Precisamos
nos lembrar de estar presente no presente e apreciar a vida presente.
(Brahma Kumaris)
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O Ir Aquilino R. Leal*
Lima Duarte – MG.
(aquilinoleal@ibest.com.br )
FÉRIAS MAÇÔNICAS:
UMA VAGABUNDAGEM TUPINIQUIM3
Fato: Segundo os entendidos, as férias maçônicas é uma invenção tupiniquim e relativamente
recente e ano pós anos vem sendo cada vez mais "esticada" para satisfação daqueles que creem
que trabalho maçônico é estafante mesmo acontecendo uma vez por semana e quando muito.
Pelo que sabemos, no Grande Oriente do Brasil temos o alentado período de 30 dias - 20 de
dezembro a 20 de janeiro - e na Grande Loja, pelo
menos a do Rio de Janeiro, o período de 20 de
dezembro a 6 de janeiro - para que os "cansados"
maçons repousem de seu pesado trabalho simbólico
de operário.
Isso, todavia, nem sempre aconteceu.
Consultando antigos livros de atas, pode-se constatar
que as Lojas não paravam seus trabalhos nem no
Natal, ou na passagem de ano. Tomemos, para
exemplo, alguns casos:
× Na Loja Amizade, de São Paulo, dois padres (padres, vejam bem!), Manoel Joaquim
Gonçalves de Andrade e José Joaquim dos Quadros Leite, foram iniciados a 25 de dezembro
de 1832; e no dia 30 de dezembro, foi iniciado o padre José Joaquim Rodrigues. E o templo
da Loja, à rua Tabatinguera, foi inaugurado num dia 3 de janeiro (de 1873)
× Na Loja Piratininga, de São Paulo, a 23 de dezembro de 1912, era aprovada a proposta de
que se alugasse o novo prédio da Loja, à rua Líbero Badaró, à firma Luiz Osório e Cia., por
quatro contos de réis mensais, com contrato por cinco anos. A 8 de janeiro de 1890, era
aprovado, em sessão econômica, um voto de congratulações pela escolha do marechal
Deodoro da Fonseca para o Grão-Mestrado do Grande Oriente do Brasil.
× A Loja Fé e Perseverança, de Jaboticabal, promoveu a sua sessão de regularização a 5 de
janeiro de 1890.
3
Material recebido por e-mail indicando ser o autor o Ir Castellani. Alterações/adaptações por Aquilino R, Leal.
5 – Férias Maçônicas: uma vagabundagem tupiniquim
Aquilino R. Leal
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× A Loja Monte Líbano, de São Paulo, realizava uma sessão magna para iniciação de Júlio dos
Santos Martins, português, agente comercial, a 31 de dezembro de 1914.
× A Loja União Paulista, de São Paulo, iniciava, a 7 de janeiro de 1924, o negociante italiano
Francisco Maurano. A mesma Loja, a 27 de dezembro de 1928, iniciava o comerciante
italiano Carlos Castellani.
× A Loja Fraternidade, de Santos - que, em 1915, fez fusão com as Lojas Renascença II e
Cinco de Abril, formando a Fraternidade de Santos - em sessão de 31 de dezembro de 1955,
resolvia que, na procissão em louvor a São Benedito, a Loja se faria representar com a
imagem de S. João, a ela pertencente, a qual seria transportada e acompanhada pelos obreiros
do quadro.
A partir do final do século passado, algumas Lojas começaram a fazer um pequeno hiato em seus
trabalhos, da véspera de Natal até ao dia de Reis, a 6 de janeiro. Posteriormente, porém, iria haver
um aumento, em uma Obediência - que iria se estender às demais e até ser esticado - de forma
pitoresca: A 25 de janeiro de 1955 - último dia dos festejos do 4º. Centenário da cidade de São
Paulo - era inaugurado o Edifício-Sede do Grande Oriente de São Paulo, à rua São Joaquim, cuja
construção fora iniciado em 1948. Para os padrões da época, o prédio era opulento: 2.320 (dois
mil trezentos e vinte) metros quadrados de construção; quatro templos para trabalho de 24 Lojas e
mais um templo nobre; um subsolo e mais três andares, servidos por elevador Atlas; templos
aerificados, através de um sistema de insuflação de ar fresco, produzido por ventiladores
centrífugos de baixa pressão e rotação com motores elétricos de 5 a 10 HP, para expulsar o ar
viciado e quente, que era aspirado para o exterior através de ventiladores bi helicoidais, com
funcionamento automático; abastecimento de água através de dois reservatórios de concreto, um
no subsolo, com capacidade para 10.000 litros e outro no último andar, com capacidade para
4.000 litros; dez instalações sanitárias completas; oito Câmaras de Reflexão, com dispositivo para
se ver, de fora, o que se passa dentro, sem que, do interior, se perceba.
Evidentemente, um prédio tão grande e complexo é de difícil manutenção; e essa dificuldade é
agravada pelo grande número de pessoas que por ali circulam e que ajudam a deteriorar a
construção. E foi isso que aconteceu, em pouco tempo, pois, menos de três anos depois de sua
inauguração, o edifício já necessitava de reparos. Diante disso, o Grão-Mestre Benedito Pinheiro
Machado Tolosa, professor de Obstetrícia da Faculdade de Medicina de S. Paulo, emitia, a 9 de
dezembro de 1957, o Ato No. 146, estendendo as férias maçônicas - que, então, iam de 24 de
dezembro a 6 de janeiro - até ao dia 18 de janeiro, diante da necessidade de se proceder a reparos,
limpeza geral e pintura parcial do Edifício-Sede. Nos dois anos seguintes, pelo mesmo motivo,
elas foram estendidas até ao dia 20.
E a coisa acabou, rapidamente, se tornando "tradicional", mesmo que os motivos tenham sido
esquecidos e mesmo que nem se pense em reparos e pinturas, chegando, mesmo, até às
Constituições do Grande Oriente do Brasil, as quais, antigamente, eram omissas, não fazendo
qualquer alusão a férias. Acabou, além disso, chegando a outras Obediências, que, até, talvez
adorando a ideia, esticaram mais ainda as tais "férias", dando, inclusive, um "extra" no mês de
julho, como se os maçons fossem aluninhos de escolas infanto-juvenis, com direito a férias de
verão e férias de inverno. Os maus exemplos, geralmente, frutificam; ou seja: passarinho que anda
com morcego acaba dormindo de cabeça para baixo.
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E, até hoje, não apareceu ninguém para extirpar essa prática, que é esdrúxula, porque o trabalho
maçônico é constante e ininterrupto, como o de outras entidades filosóficas, iniciáticas,
assistenciais e de aperfeiçoamento do Homem (seria, realmente, cômico, se a Igreja, por exemplo,
entrasse em férias). Coisas como essa é que desgastam a Maçonaria brasileira, reduzindo-a à
condição de simples clube, ou sociedade recreativa, o que contribui para corroer a sua
credibilidade pública.
Como, notoriamente, o uso do cachimbo faz a boca torta, será difícil acabar com essa invenção,
pois as justificativas são muitas: Uns alegam que é preciso dar férias aos funcionários da
Obediência e das Lojas, esquecendo-se de que qualquer empresa, ou sociedade, dá férias aos seus
funcionários, sem fechar as suas portas. Outros, no exercício do mais profundo egocentrismo,
justificam as tais férias (inclusive as de inverno), com a necessidade de aproveitar as férias
escolares e viajar com a família, esquecendo-se - intencionalmente, é claro - de que, se os filhos
têm três meses de férias escolares, qualquer trabalhador tem, no máximo, 30 dias, a não ser que
seja um nababo miliardário, ou um desocupado crônico. Além disso, muitos maçons, já maduros e
sem filhos em idade escolar, gostariam de frequentar os trabalhos maçônicos, constantemente,
mas são tolhidos pela ditadura egoísta dos que acham que, se eles não podem frequentar, os outros
também não podem.
É o caso de recorrer à velha expressão: "Vai trabalhar, vagabundo", pelo menos, na Maçonaria, já
que a indolência, hoje, é marca registrada nacional (basta ver os tais "feriados prolongados").
Conclusão: Até parece que nos espelhamos nos exemplos dados em Brasília por muitos dos
politiquetes!
“Para um cavalo cansado, até seu rabo é um peso.” (provérbio tcheco)
Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor universitário, iniciado em 03 de setembro
de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em 23 de
março de 1979 ocupando o veneralato em 05 de julho de 1988.
É fundador de duas Lojas Maçônicas, entre elas a Loja Stanislas de Guaita 165 – Rio de Janeiro, ambas trabalhando no
REAA e às terças-feiras. É colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas mensais, do mensário espanhol
RETALES DE MASONERÍA.
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Jorge Muniz Barreto
ARLS Lealdade nº3058, GOB-SC, Rito Moderno
Circulo de Correspondentes da Loja Quatuor Coronati nº2076, UGLE
muniz.barreto@gmail.com
Zoroastrismo, Religião Monoteísta
Que ainda existe Hoje
Nascimento do Monoteísmo
Nada se pode afirmar sobre as crenças do homem na pré-história. Acredita-se, no
entanto, que as primeiras crenças religiosas continham características politeístas e algumas
conotações panteístas.
No antigo Egito, houve um faraó que tentou implantar uma religião monoteísta. Seu
nome Akenáton. Este nome ele adotou no quinto ano de seu reinado, e antes disto era
chamado Amenófis IV. Foi Faraó da XVIII dinastia egípcia. Reinou por dezessete anos e
morreu em 1336 ou 1334 EA (Era Antiga, para os cristãos se escreve a.C.) Ele abandonou o
tradicional politeísmo egípcio e introduzir uma adoração centrada em Aton. Inscrições
antigas ligam Aton ao Sol, comparado às estrelas, com a linguagem oficial posterior
evitando chamá-lo de um deus, lhe dando um status acima dos meros deuses. Note-se que
este monoteísmo tinha características panteístas, pois associava o Sol a um super Deus.
Aquenáton tentou distanciar-se do politeísmo, porém no final isso não foi aceito. A
religião tradicional foi gradualmente restaurada após sua morte. Alguns anos depois, os
posteriores faraós da XVIII dinastia, que não tinham direitos claros a sucessão,
descreditaram Aquenáton e seus sucessores imediatos, referindo-se a ele como "o inimigo"
em registros históricos. O interesse moderno em Aquenáton e sua rainha Nefertiti vem de
seu filho, Tutancâmon, muito mais que pelo estilo único e de alta qualidade das artes que
patrocinava e do interesse na religião que ele tentou fundar. As análises de DNA das
múmias egípcias confirmam Aquenáton como filho de Amenófis III e pai de Tutancâmon,
resgatando seu importante papel na história do Antigo Egito.
6 – Zoroastro, Religião Monoteísta que ainda existe hoje
Jorge Muniz Barreto
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Bem mais tarde, acredita-se perto de 500 anos da EA, Zoroastro fundou uma religião
monoteísta, sem características panteístas e que existe até hoje, se bem que com poucos
seguidores. Este trabalho se concentra em Zoroastro e a religião por ele criada.
Zoroastro
Zoroastro, também chamado Zaratustra é considerado o fundador da religião chamada
Zoroastrismo, uma religião revolucionária, por ser monoteísta contrastando com muitas
outras de sua época que eram politeístas.
Existe bastante dúvida de quando viveu Zoroastro. Alguns pretendem que foi por
perto de 2500 anos antes de nossos dias. Outros mais, pretendem que foi cerca de mais de
5000 anos antes. Ainda outros (Humphreys2005_Buddhism) mencionam 1000 anos. O
talvez mais certo é o indicado pelos seguidores do Zoroastrismo, que supõem que o
fundador da religião viveu 258 anos antes de Alexandre. Como a religião nasceu na antiga
Persia (hoje Iran) o nome de Alexandre deve estar ligado ao saque de Persepolis e à morte
do rei Dario III, o que ocorreu em 330 EA. Assim, o ano de 588 EA deve corresponder ao
sucesso inicial de sua missão que foi a conversão do rei Vishtaspa com Zoroastro tendo 40
anos. Assim seguindo o fato que ele viveu 77 anos, sua vida deve ter ocorrido de 628 a
551EA (Zaehner1961_Zoroastrianism). Assim Zoroastro viveu em um época que teve
vários homens que influenciaram a humanidade. Na Grécia houve os pré-socráticos,
Sócrates, Platão, Aristoteles, etc. Em religião tem-se Gautama (o Buda), Mahavira
(codificador do jainismo), Gosala (monge shivaita), etc.
Apesar de ser difícil estabelecer seu ano de nascimento existe uma lenda relativa a
seu nascimento que muito se aproxima de um outro fato bem conhecido no mundo
ocidental. Inicialmente seu nome, também pronunciado Zarathustra. Ustra significa,
CAMELO, segundo o Avesta, livro básico da religião, que combinado com ZARATH teve
o significado de "atormentar o camelo". Tal denominação se deu pelo fato de quando
criança viver atormentando os camelos de sua aldeia. Os Cristãos que imaginam que apenas
Jesus foi atribuída a distinção incomum de ter nascido de uma virgem pela imaculada
concepção, ficarão surpresos ao saber que diz-se que Zoroastro foi nascido de uma virgem
de quinze anos que foi tocada por um raio de luz. Isto aconteceu séculos antes da
Cristandade (Cyrino 2008).
A lenda afirma que, da mesma forma que Jesus, em sua infância manifestou
precocidade e associou-se aos sábios de seu tempo.
Seus ensinamentos revelaram uma inteligência privilegiada e uma reação contra a
superstição, crueldade e decepção dos tempos.
Dos dezoito aos trinta anos, como Jesus, nada se ouviu dele e se presume que da
mesma forma que Jesus, tivesse devotado esses anos ao estudo. Diz-se que ascendeu ao
cume da montanha frequentemente, por iluminação, tendo partido para o deserto para
meditar. Era inclinado a estudar as ciências e fez consideráveis buscas na natureza do fogo
e da luz.
Diz-se que harmonizou-se frequentemente com Deus, e assim, tornou-se um
missionário apresentando ao povo as revelações que tinha recebido. Foi tentado inúmeras
vezes pelas forças do Mal porem, sempre saiu-se vitorioso.
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As histórias de suas curas miraculosas e realização são numerosas. A concepção
Zoroastriana de Céu e Inferno é similar à idéia judaica e cristã, revelando um sincretismo.
É notável como a vida de Jesus é semelhante à de Zoroastro.
O Que é o Zoroastrismo hoje
Zoroastrismo é talvez a religião que hoje tem menor número de adeptos, ao todo
estimando-se pouco mais de 500 mil seguidores. Comparada com o cristianismo e o Islã,
ambas cm mais de um bilhão de seguidores, pode ser considerada como quase inexistente.
Entretanto, a seu favor está um grupo de seguidores ativos fazendo enorme esforço para
manter viva a chama de sua crença. Nascida no atual Iran, com o advento do Islamismo, se
espalhou por várias partes do mundo, hoje havendo ainda no Iran, perto de 30000,
conhecidos por Zartostis. A maior concentração vive na India, 70000 conhecidos como
Parsis (nome lembrando a origem Persa) e mais 5000 na India perto da fronteira com o
Paquistão. O fato da grande maioria estar na India, é consequência da tolerância com os
diferentes e do mecanismo das castas. Basta, na India, criar uma nova casta e seus
integrantes poderão compartilhar a moradia no pais, se conformados com as limitações
impostas à sua casta.
No entanto, em outros países, o Zoroastrismo conseguiu penetrar, mesmo com
alguma dificuldade. Na Austrália existe uma federação perfeitamente organizada. O mesmo
ocorre na Nova Zelândia, Inglaterra, Singapura, Alemanha, Escandinávia e até nos Estados
Unidos em que se estima haver mais de 20000 seguidores, principalmente em Nova York,
Boston, Chicago, California e em Toronto no Canadá.
Princípios Básicos
A religião é definida nas escrituras Avesta como “daenaam vanghuhimä", significando "a
boa religião." Ele é muitas vezes referido por este título por causa de sua ênfase no
pensamento e comportamento justo.
Zarathustra revelou a sua visão da boa religião em uma Série de escritos ou Gathas.
Os Gathas são expressões pessoais da crença de Zarathustra ao supremo Deus Ahura Mazda
( ou Ormazd em Pahlavi, forma da língua da Pérsia) e conversações com ele. Há muitas
outras escrituras, como o Yasna, a liturgia dos sacrificios, o Visperad, um texto litúrgico
menor que contém louvores a Zoroastro e outros líderes espirituais, o Videvdad, (também
chamado de Videvdat).
Faravahar em uma parede de Persepolis
O Faravahar que se vê acima, é o símbolo do zoroastrismo. Ele lembra as pessoas do
propósito de suas idas na Terra, que é um processo espiritual. O símbolo é muito antigo; o
símbolo faravahar decorava as paredes de Persepolis mais de 2.500 anos atrás. Ele
representa o elo entre os mundos físico e espiritual. A forma humana no centro é cercada
por um anel que representa a alma eterna. O cabeça da figura lembra as pessoas que têm
livre arbítrio, uma mente e um intelecto com o qual se escolhe o bem. Os pontos da mão
direita para cima para levar as pessoas para Asha, o caminho da Verdade. No lado esquerdo
é um anel que simboliza a apenas poder de Khshathra Vairya. A figura tem asas para ajudar
a alma a voar para cima e progredir. Ele tem uma cauda que serve como um leme para
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ajudar o equilíbrio entre a alma as forças opostas do bem e do mal. Estas forças são
representados pelos ganchos curvos em ambos os lados da cauda. As três secções da cauda,
que aparece como camadas de penas, lembram as pessoas que devem ter bons pensamentos,
boas palavras e praticar boas ações. Ao longo da vida, a alma humana é levada entre o bem
e o mal, a verdade e a mentira. No entanto, com a ajuda celestial, ou asas, de Ahura Mazda,
a alma se liberta.
Princípios básicos
Há três princípios básicos do Zoroastrismo que são:
Um Deus: Zarathustra pregou o existência de um Deus supremo, cujo nome, Ahura Mazda,
significa "sábio Senhor". Ahura Mazda é o criador do universo e todas as coisas, incluindo
a humanidade. Zarathustra ensinou que Ahura Mazda é extremamente bom e sábio. Ele é o
pai da verdade e do bem. Ele traz amor e felicidade e é para ser amado e respeitado, nunca
temido pois Ahura Mazda nunca castiga, mesmo aqueles que não seguem seus
ensinamentos.
A vitória do espirito da Verdade sobre o da Mentira: Segundo a crença de Zoroastro, Ahura
Mazda primeiro criou o conhecimento do que é o “bem perfeito", que é o Espírito da
Verdade, ou Spenta Mainyu. Em seguida, criou o mundo material. De acordo com a
cosmogonia Zoroastriana, os bons e os maus espíritos já existiam desde o início dos
tempos,mesmo antes da criação dos mundos espirituais e materiais. Zarathustra chamou o
Espírito do Mal de "A Mentira", que mais tarde veio a ser chamada Angra Mainyu ou
Ahriman. A luta entre o Espírito da Verdade e A Mentira,, governa todos os pensamentos e
atividades humanas.
O Livre Arbítrio-Ahura: Mazda não comanda todos os aspectos da vida humana. No
momento da criação que ele deu à humanidade o dom de livre arbítrio. Como zoroastristas,
homens e mulheres devem pensar e raciocinar para poder definir suas ações. Eles têm a
liberdade de escolher entre o bem (Invocação do Asha (Justiça)) e o mal. Quando ele deu às
pessoas o livre arbítrio ele os fez responsável por suas próprias vidas e comportamentos.
Tirar o livre-arbítrio seria escravizar a humanidade o que seria errado. O livre-arbítrio é
uma oferta ao intelecto humano, que pode escolher seguir o que ensina Ahura Mazda, e
viver de acordo com o Espírito da Verdade.
Para ajudar as pessoas a escolher a verdade, cada pessoa nasce com um fravashi, um
espírito guardião (anjo da guarda para cristãos) que lhe ajuda a distinguir o bem do mal, o
certo do errado. As pessoas podem reconhecer seu próprio fravashi quando seguem
consciência. É mais de consciência, no entanto, porque a consciência deve ser desenvolvida
como uma pessoa cresce. O fravashi é diferente porque é inato. Fravashis são seres
espirituais que existiam antes que o mundo físico fosse criado. Com eles nascemos neste
mundo a cada nova vida e eles se ficam com o indivíduo até a morte. Em seguida, eles
deixam de retornar para a empresa de outras fravashis, permanecendo, no entanto, a ligação
entre os vivos e os mortos. Eles podem ser ritualmente chamados a comunicar com a alma
da pessoa morta. O fravashi é a centelha da essência divina de Ahura Mazda, que está em
todas as coisas vivas..
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Templos do Fogo
Os sacrifícios das outras religiões, que incluíam sacrifícios de animais, e até humanos
fora totalmente eliminados no Zoroastrismo. Como poderia o Ahura Mazda apoiar
sacrifícios, como os praticados na época, em que o sangue era derramado em honra a um
Deus? O sacrifício passou a ser as cerimônias do fogo. Pode-se dizer que foi nas cerimônias
do fogo que nasceu o costume de acender velas agradecendo uma dádiva recebida em
muitas religiões e também o acendimento de velas em alguns ritos na maçonaria.
Existem três tipos de templo do fogo: Behram atash, atash adaran, e atash dadgah.
Um Behram atash é o mais alto fogo acendido no templo. Às vezes referido como uma
"catedral do fogo", abriga o mais santo dos consagrados incêndios. O maior e mais sagrado
de todos os rituais zoroastristas são realizadas lá, conduzido pelos altos sacerdotes do
zoroastrismo. Há apenas 10 Behrams atash no mundo: oito na Índia e dois no Irã. Os outros
templos do fogo são menores, e existem muitos espalhados pelo mundo.
Importância
Zoroastrismo ocupa um lugar único na história da religião. Seu fundador e profeta,
Zarathustra, originou o conceito de um grande e supremo Deus. Ele propôs uma explicação
para o problema do mal em um mundo criado por um Deus bom através da noção de
mentalidades individuais, o Espírito da Verdade e o da Mentira, que estão presentes no
coração humano, e através da imperfeição no mundo material. Zoroastrianismo responde
assim a questão com a qual todas as religiões devem lutar: "Como pode um bom e amar a
Deus permitir o mal e sofrimento no mundo? Os zoroastristas acreditam que o mal e o
sofrimento são criados pela Mentira.
Bibliografia
Cyrino, Jorge: Zoroastro. Apresentado à Loja Harmonia e Concordia 3522 - GOB/SP, Sào Paulo, 7 de janeiro de
2008.
Hartz, Paula, Ed. Zoroastrianism, 3rd ed. Chelsea House Pub., 2009.
Karanjia, Ramiyar Parvez Teach Yourself Avesta. The author, Mumbai, India, 2011.
Kassonl, J. H. P. Korda Avesta (Zoroastrian daily praywers). Joseph H. Peterson, 2011.
Masani, R. The Religion of the Good Life: Zoroastrianism. George Allen & Unwin Ltd, London, 1938.
MATHEWS, Shailer, Gerald Birney Smith: Ä “A Dictionary of Religion and Ethics”, Forgotten Books, 2013
(originally published 1923).
Nietzsche, F. Thus Spake Zarathustra: a Book for all and none. T. Fisher Unwin, 1899.
Zaehner, R. C. The Dawn and Twilight of Zoroastrianism. G. P. Putnam’s Sons, New York, 1961. Received on
6/10/2012, 28,1MB.
Zoroastro. Korda Avesta. Joseph H. Peterson, Bombai, India, 2013.
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville
26/01/1983 Humânitas Joinville
31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e
Fraternidade do Mercosul Ir
Hamilton Savi nr. 70
Florianópolis (só trabalha no
recesso maçônico)
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
GOB/SC –
Data Nome da Loja Oriente
11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá
18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mêses de janeiro e fevereiro
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http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis
14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
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Associação de Médicos Maçons
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 12 de janeiro:
Águia
A águia é o símbolo do maçom que olha na luz astral e nela enxerga a sombra do
passado, do presente e do que está por vir, tão facilmente como a Águia olha o Sol.
Maçonicamente, é o símbolo do poder pela força, pela decisão, pela superioridade e
inteligência.
Nos graus superiores, a águia é representada com duas cabeças, simbolizando o poder
imperial dúplice.
Para os brasileiros, o gênio político e jurídico Rui Barbosa, pela sua inteligência e
sobretudo "garra", foi apelidado de "A Águia de Haia", na célebre conferência que
reuniu as nações do mundo.
Nesse apelido, que também é honraria, o maçom deve encontrar exemplo
dignificante.
Oxalá cada maçom fosse uma águia em destaque pelo seu viver e pelo seu saber.
Sobremaneira, a águia busca os cumes para seu ninho e voa mantendo alturas
imensas, mas seu profundo olhar vislumbra a caça que alimentará seus filhos.
Que o voo do maçom seja assim sobranceiro, livre, inteligente e independente.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 31.
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Ir Raimundo Augusto Corado - CIM 183.481
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. – escreve às terças e quintas
raimundoaugusto.corado@gmail.com
4
A GRAVATA DO MAÇOM
Autor: Raimundo A. Corado.
Brasilia, 07 de Agosto de 2015.
Parte do traje maçônico;
Que embeleza a aparência;
Torna o todo mais harmônico;
Inadmissível é sua ausência.
Conforme o Rito é sua cor;
Sua forma é sempre variável;
Ao traje acrescenta rigor;
E dá aparência sociável.
4
Tenho um filho que também é irmão. Um inovador e amante do diferente. Vem de origem DeMolay, onde a principal
gravata é em forma de borboleta. Pois não é que agora ele deu preferência ao uso da gravata borboleta e agora tenta
convencer à Loja Irmão Paulo Roberto Machado, a uniformizar o uso por ele adotado? Refletindo, pus-me a compor sobre o
tema, arrematando assim neste soneto que dedico ao filho Delbo Augusto da Silva Corado.
JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 33/33
Se a cor acompanhar o Rito;
Escolhem-se modelo bonito;
Seja longa, larga ou estreita.
Para quem gosta de inovar;
Buscam aos DeMolays imitar;
Usando o modelo borboleta.

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Belém do Pará que hoje completa 401 anos de fundação
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 2/33 Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 12º dia do Calendário Gregoriano. Faltam 353 dias para terminar o ano de 2017 - Lua Cheia às 8h34 - É o 128º ano da Proclamçaõ da República; 195º da Independência do Brasil e 517º ano do Descobrimento do Brasil Hoje é o dia da cidade de Belém – 401 anos (fundada em 1616) Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado. Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.296 – Florianópolis (SC) – quinta-feira , 12 de janeiro de 2017 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrRui Bandeira – Os Landmarks da Maçonaria Regular... Duodécimo Landmark (semanal) Bloco 3-IrJoão Anatalino Rodrigues – Os Templários e o Sudário de Turim Bloco 4-IrValter Cardoso Júnior – Tempo ou Momento Bloco 5-IrAquilino R. Leal Férias Maçônicas: uma vagabundagem tupiniquim Bloco 6-IrJorge Muniz Barreto – Zoroastro, Religião Monoteísta que ainda existe oje Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 12 de janeiro e versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 3/33 12 de janeiro Santa Joana d’Arc  1431 — Tem início, em Ruão, o processo contra Joana d'Arc, acusada de bruxaria.  1616 — Fundada a cidade de Belém, capital do Pará por Francisco Caldeira Castelo Branco.  1759  Processo dos Távora: é proferido o veredicto: os acusados da Casa dos Távora são considerados culpados.  Sebastião José de Carvalho e Melo, Secretário de Estado do rei D. José I, manda expulsar os Jesuítas de Portugal.  1807 — Parte da cidade de Leyden, nos Países Baixos, é destruída pela explosão de um navio mercante com carga de pólvora.  1816 — Toda família Bonaparte é afastada da França por lei do governo francês.  1822 — Proclamação da Independência da Grécia no congresso de Epidauro.  1836 — Fundação do Condado de Will.  1861 — Criação da Caixa Econômica Federal.  1862 — Fundação da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro.  1865 — Marquês de Caxias assume o comando supremo dos aliados na Guerra do Paraguai  1865 — Ocupação da Guiana Francesa por tropas brasileiras  1896 — O médico Henry Louis Smith fez o primeiro exame de raios X. Ele deu um tiro na mão de um cadáver e o exame mostrou a bala alojada no corpo.  1909 — Governo turco aceita a proposta austríaca de renunciar seus direitos sobre a Bósnia e Herzegovina por trocas de compensações financeiras.  1915 — O Congresso norte-americano rejeita a proposta de ceder o direito do voto às mulheres do país, posteriormente uma emenda constitucional deu esse direito às mulheres.  1923 — Lançada a revista Time, nos Estados Unidos.  1926 — Abraham Serfaty, político marroquino, é exilado por se opor ao regime de Hassan II.  1942 — II Guerra Mundial — Japão declara guerra às ilhas orientais holandesas, após ser invadido em Celebes e Bornéu.  1946 — A ONU cria o Conselho de Segurança.  1948 — O Supremo Tribunal americano declara a igualdade de educação para brancos e negros.  1950 — A União Soviética reintroduz a pena de morte no país, para crimes de traição, espionagem e sabotagem.  1952 — A Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, admite o primeiro estudante negro.  1953 — Entra em vigor a nova Constituição da Iugoslávia. Tito é proclamado presidente da República.  1960 — Primeira reunião dos países da EFTA, em Paris  1966 — Estreou na rede americana ABC o seriado de TV Batman.  1970 — Grandes inundações e enchentes atingem a Espanha pelo transbordamento dos rios Ebro, Tajo.  1974 — Eclode uma rebelião militar na Etiópia. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 4/33  1984 — A equipe que trabalhava na restauração das Pirâmides de Gizé desistiu de usar métodos modernos, que não funcionavam, e passou a usar os métodos empregados pelos egípcios há milênios.  1988 — Nascem, em Michigan, Estados Unidos, os primeiros quíntuplos de proveta do mundo, através de parto cesariana.  1990 — A Romênia é a primeira nação da Europa Oriental a banir o Partido Comunista no país.  1991 — O presidente americano George Bush é autorizado pelo Congresso dos Estados Unidos a atacar o Iraque na Guerra do Golfo. A invasão do Kuwait fez com que o Conselho de Segurança da ONU impusesse um boicote econômico ao Iraque. Em resposta, Saddam Hussein ordenou a prisão dos estrangeiros.  1995 — O primeiro-ministro do Japão, Tomiichi Murayama, renuncia.  1998 — 19 países europeus firmam em Paris, o protocolo do Conselho da Europa que proíbe a clonagem de seres humanos, o primeiro texto jurídico internacional sobre esse assunto.  2005 — Lançamento da sonda espacial Deep Impact.  2006  Mehmet Ali Ağca, o homem que atirou contra o papa João Paulo II em 1981, foi libertado de uma prisão turca.  Elevação do Vale do Aço à categoria de região metropolitana.  2010 — Terremoto de 7,3 graus na escala de Richter provoca grande destruição no Haiti, causando cerca de 316 000 mortes.  2011 — Enchentes e deslizamentos de terra atingem a Região Serrana do Rio de Janeiro, causando o maior desastre climático da história do Brasil, com 916 mortes. Eventos Culturais e de Média  1979 — Fundação do Diário do Litoral.  1992 — Grande Teatro de Madri é inaugurado. 1840 Os “farrapos” que haviam abandonado Laguna com um contingente de 450 homens, sob o comando do coronel Teixeira e do capitão-tenente José Garibaldi, são batidos na localidade de Forquilhas, no município de Curitibanos, pelas forças legais do coronel Antonio Melo Albuquerque. Na ocasião a companheira Anita, foi feita prisioneira, evadindo-se posteriormente. 1860 Morre, em São José, o padre Vicente Ferreira dos Santos Cordeiro. Em 1839 foi eleito vice- presidente da República Catarinense, instalada em Laguna, tendo assumido a presidência face ao impedimento do presidente eleito. 1729 Nasce Edmund Burke, político e escritor britânico, notável pelo idealismo e veemência na defesa dos oprimidos. Pertencia à Jerusalém Lodge nº 44. 1857 Fundada a Grande Comanderia de Cavaleiros Templários - Rito de York da Pennsylvania cujas origens remontam a 1797 1865 União da Grande Loja Nacional com o Grande Oriente da Venezuela, ambos de 1838, formando o Grande Oriente Nacional da Venezuela. 1884 Consagrada a Loja Quatuor Coronati nº 2076, de Londres, a primeira Loja de Pesquisas do mundo. Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 5/33 Venerável Mestre! Desejas criar e manter um site de qualidade da sua Loja? Então atente para este anúncio (Coisa de Irmão para Irmão) Contatos: Ir Darci Rocco (Loja Templários da Nova Era) nos telefones (48) 3233-5069 – 9 9943 1571
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 6/33 Ir Rui Bandeira Obreiro da R. L. Mestre Affonso Domingues, n.º 5 da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP. Escreve às quintas-feiras neste espaço. Este e outros artigos de sua autoria podem ser lidos no blog http://a-partir-pedra.blogspot.com.br Os Landmarks da Maçonaria Regular: a Regra em 12 Pontos DUODÉCIMO LANDMARK Os Maçons devem-se mutuamente, ajuda e proteção fraternal, mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte de conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio indispensáveis a um perfeito controle de si próprio. O último Landmark da Maçonaria Regular começa por enfatizar os deveres de fraternidade dos maçons. Fecha-se assim o círculo: relembremos que o primeiro Landmark define a Maçonaria como uma fraternidade iniciática. Após a referência inicial ao conceito de Fraternidade, os Landmarks como que se dedicam a outros temas e delimitações, não desenvolvendo o conceito. Mesmo no sexto Landmark, a única relação que se pode fazer com o conceito de Fraternidade é de ordem omissiva: os Irmãos Maçons respeitam as opiniões e crenças de cada qual e, portanto, devem omitir todos os atos que possam afetar a harmonia fraterna entre eles. Ficou reservado para o último Landmark, como que assinalando que o terreno da Maçonaria Regular ficava assim integralmente delimitado, regressando-se ao ponto de partida, o desenvolvimento de como devem os maçons agir para preencher o conceito de Fraternidade: devem-se mutuamente ajuda e proteção, não de qualquer tipo, mas fraternal, ou seja, o tipo de ajuda e proteção que cada um de nós deve a seu irmão. Embora não irmãos de sangue, os maçons são Irmãos na Ética, na Busca do Aperfeiçoamento, na Prática da Virtude e no Combate ao Vício! Para tudo isso, para o fácil e para o difícil, para as boas e para as más horas, com os ventos bonançosos e arrostando com a borrasca, cada maçom deve, SEMPRE, e sem hesitação, ajudar e proteger seu Irmão. 2 – Os Landmarks da Maçonaria Regular: a Regra em 12 pontos Duodécimo Landmark - Rui Bandeira
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 7/33 Este dever de ajuda e proteção não é, porém, ilimitado: basta atentar no décimo Landmark para se ter presente que a ajuda e a proteção devem ser prestadas sempre com submissão às leis e respeito às autoridades constituídas. O dever de ajuda e proteção permanece até e mesmo no fim da vida. Cada maçom deve auxiliar seu Irmão a viver com dignidade até ao fim da vida, para que a sua morte ocorra com igual dignidade. Perante a aproximação da morte, o auxílio de um Irmão que lembre que ambos acreditam que a morte não é um fim, mas apenas uma passagem - para o Oriente Eterno, dizem os maçons... - será porventura útil para auxiliar o moribundo a viver seus últimos momentos calma, serena e confiantemente e a morrer de forma tão digna como viveu! E, ocorrida a Passagem ao Oriente Eterno de um maçom, devem seus Irmãos aos seus restos mortais o respeito que em vida lhe consagraram e a homenagem devida a quem procurou com firmeza seguir os sãos princípios da Fraternidade Maçónica! Finalmente, este último Landmark aponta o essencial meio para que seja possível ao maçom proficuamente trilhar o caminho de seu aperfeiçoamento: deve ele procurar manter sempre o perfeito controle de si próprio e, para tal, mister é que aprenda, que se esforce, que consiga, em todas as circunstâncias, manter sempre a calma e o equilíbrio para enfrentar qualquer situação. O simples enunciado deste dever dá-nos a noção de quão difícil de atingir ele é! Mas também a certeza da indispensabilidade da obtenção desse desiderato e da necessidade de envidar todos os esforços para, em todos os momentos, em todas as ocasiões, manter a calma e o equilíbrio. E os que, progressivamente, o conseguem, que enorme vantagem passam a ter sobre os demais! Os Landmarks da Maçonaria Regular são, não só o estabelecimento dos limites entre o que é Maçonaria Regular e o que é outra coisa, mas também preciosos ensinamentos e princípios para serem por todos seguidos ao longo de suas vidas. Este duodécimo e último Landmark é bem o espelho disso! Rui Bandeira
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 8/33 O Irmão João Anatalino Rodrigues, é palestrante, escritor e colunista do JB News. Outorgado com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. Escreve às quintas-feiras e domingos. jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br OS TEMPLÁRIOS E O SUDÁRIO DE TURIM Um tema que ainda agita historiadores, escritores e principalmente os chamados “amadores do insólito” é o Sudário de Turim, uma peça de linho depositada na catedral dessa importante cidade italiana e que supostamente teria servido de mortalha para envolver o corpo de Jesus Cristo quando ele foi arriado da cruz pelos servos de José de Arimatéia. Como o corpo não poderia ser preparado para o sepultamento naquele mesmo dia – uma sexta – feira – porque a partir das seis horas da tarde (horário do ocidente), começaria o Sabath, o sábado sagrado dos judeus, data em que eles comemoram a Páscoa e nenhuma atividade pode ser feita, o corpo de Jesus foi simplesmente tirado da cruz e envolvido em um lençol e colocado no sepulcro pertencente a José de Arimatéia, no mesmo estado em que foi tirado. Depois da Páscoa, os discípulos, ou parentes de Jesus, poderiam então, lavá-lo e prepará-lo devidamente com os óleos e especiarias comuns nesse caso, e então realizar o enterro com todas as cerimônias de praxe. Preparar o defunto para a sepultura era trabalho de mulheres. Assim, logo após a Páscoa, algumas discípulas de Jesus foram ao sepulcro para executar essas tarefas. Mas elas encontraram o sepulcro vazio e o lençol que envolvia o corpo de Jesus estava no chão, junto á mesa de pedra onde o corpo havia sido depositado. O corpo havia desaparecido. E no lençol, por um processo até hoje desconhecido pelos estudiosos, ficou estampada, como se fosse uma fotografia em negativo, uma imagem de corpo inteiro de Jesus. Nenhum dos evangelhos canônicos fala no assunto. Isso dá para entender. A crença dos judeus (e Jesus e seus discípulos eram judeus) proibia qualquer reprodução de figura humana. Assim, se nos lençóis que envolveram o corpo de Jesus estava estampada uma imagem, eles, mais que depressa tiveram que esconder essa relíquia, pois possuir uma coisa dessas poderia implicar na morte do seu possuidor. Porém, a tradição cristã afirma que o lençol que envolvia o corpo de Jesus, impregnado com a sua imagem, foi recolhido por algum dos seus discípulos (dizem que foi Tomé) e guardado como relíquia sagrada. Não se sabe como essa história começou, mas parece que o primeiro registro da existência dessa relíquia vem da cidade de Edessa, na Turquia (hoje Sanliurfa), onde uma tradição conta que o rei daquela cidade, Abgar I, teria recebido do próprio Jesus, ou através de um de seus discípulos, um pano com a sua imagem estampada nela. Essa história é contada em um dos Evangelhos apócrifos, o chamado evangelho de Nicodemus. Se é verdadeira ou não essa história, o fato é que muitos registros antigos falam que, nessa cidade, desde os primeiros anos do cristianismo, um pano contendo a imagem de Jesus era venerado pelos cristãos como relíquia sagrada. Ele era conhecido como Mandilyon ou Sundaryon. Uns diziam que era uma toalha, com a qual uma mulher chamada Verônica havia enxugado o 3 – Os Templários e o Sudário de Turim João Anatalino Rodrigues
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 9/33 rosto de Jesus a caminho do Calvário, outros diziam que se tratava dos lençóis que envolveram o corpo dele quando foi tirado da cruz. A tradição registrada no evangelho de Nicodemus diz que esse pano havia sido enviado ao rei Abgar I pelo próprio Jesus, junto com uma carta, cujos termos foram gravados em uma pedra e fixados no portão de entrada da cidade. Hoje, esse registro não existe mais, pois Edessa (a atual Sanliurfa) sofreu muitas invasões, destruições e reconstruções ao longo do tempo. Mas vários testemunhos históricos indicam que nos primeiros séculos do cristianismo havia lá uma relíquia venerada pelos cristãos. Essa relíquia, conhecida como a Imagem de Edessa, foi uma espécie de modelo para todos os ícones pintados por artistas bizantinos durante a baixa Idade Média. Era considerada a única imagem conhecida de Jesus, ou seja, o único retrato conhecido dele. Era o chamado Cristo Pantocrátor, ícone que ainda hoje pode ser visto nas igrejas cristãs do Oriente e da Europa Central, onde a cultura bizantina imperou e sobreviveu. Em fins do século VII um terremoto arrasou Edessa, e o famoso Sudário, contendo o retrato de Jesus, foi levado para Jerusalém, onde vários cronistas registraram o fato de os romeiros ocidentes irem á cidade santa para ver essa relíquia. A conquista de Jerusalém pelos muçulmanos e a sua conhecida aversão pela idolatria, fez com que o Sudário fosse levado de volta á Edessa, para salvá-lo de uma possível destruição pelos iconoclastas muçulmanos. Em meados do século X, o sultão de Edessa entregou o Sudário ao imperador bizantino como parte de pagamento de um acordo, para que as tropas bizantinas não invadissem a cidade. Assim, o Sudário de Cristo foi parar em Constantinopla. A presença dessa relíquia em Constantinopla foi fartamente documentada desde então, sendo inclusive cunhadas moedas com esse motivo, que ainda podem ser vistas no Museu de Istambul e de outras cidades da Turquia e da Europa Central. Durante mais de dois séculos, imagens de Jesus, conforme mostrada no Sudário, foram pintadas em centenas de igrejas por toda a Europa Bizantina. Elas podem ser vistas ainda hoje. Em 1204 um exército cruzado, naquela que ficou conhecida como a Quarta Cruzada, invadiu e saqueou Constantinopla. A maioria das igrejas da cidade foi saqueada e suas relíquias roubadas pelos invasores. Uma das mais preciosas era justamente o Santo Sudário e este desapareceu depois disso. Na tropa de cruzados invasora havia um grande contingente de Cavaleiros Templários, e ao que tudo indica, foram justamente eles que acabaram ficando com a sagrada relíquia. Esse fato foi documentado por vários depoimentos de Cavaleiros Templários por ocasião do processo movido contra a Ordem a partir de 1307, processo esse que resultou na sua extinção. Que o Santo Sudário se tornou propriedade dos Templários e na sua posse ficou durante mais de um século, parece fora de dúvida, tendo em vista os diversos registros e depoimentos coletados pelos autores que comentaram sobre esse assunto. Ressalte-se que é justamente nessa época, a partir do saque de Constantinopla, que se começam os rumores de que os Templários haviam se tornado idólatras e veneravam secretamente, nos rituais desenvolvidos nos seus capítulos mais avançados, uma cabeça barbada, mais tarde conhecida pelo nome de Baphomet. Essa cabeça, segundo a maioria dos depoimentos coletados, era semelhante á que aparece no Sudário. Alguns anos mais tarde, por volta de 1350, o Sudário de Cristo, que estava desaparecido desde o saque de Constantinopla em 1204, apareceu na propriedade de um nobre chamado Geoffrey de Charney, conde de Lirey, o qual pediu ao Papa da época permissão para construir uma capela, onde o Sudário seria exibido publicamente. Curiosamente, esse nobre era neto de outro Geoffrey de Charney, ou seja, exatamente o preceptor Templário da Normandia, que foi queimado na
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 10/33 fogueira junto com Jacques de Molay, o último Grão-Mestre do Templo. Coincidência demais para ser ignorada. Depois disso o Sudário passou por várias mãos até ser adquirido pelo Vaticano onde passou a ser conhecido como o Sudário de Turin. Desde então muito se falou sobre essa relíquia e mais ainda se especulou a respeito. Milhares de livros foram escritos sobre o assunto, e muitos cientistas se debruçaram sobre ele para estudá-lo e submetê-lo a testes, inclusive com datação de carbono 14. Nenhum teste, ou estudo feito por qualquer cientista, até agora, foi conclusivo. Por consequência, há quem acredite que o Sudário é autêntico e se trata realmente, do lençol que envolveu o corpo de Jesus nas horas em que ele esteve na tumba. Outros dizem que o Sudário é uma farsa que foi criada na Idade Média por algum alquimista falsificador. Inclusive a datação com carbono 14 teria provado que o pano foi fabricado entre 1260 e 1340, mais de mil anos depois da morte de Jesus. Isso deu asas á imaginação de muitos autores, alguns deles, inclusive, dizendo que a figura do Sudário não é de Jesus, mas sim de Jacques de Molay, o Grão-Mestre Templário queimado vivo em 1314. Outros dizem que foi Leonardo da Vinci quem “pintou” o Santo Sudário. Mas a figura que aparece no pano mostra claramente um homem bem mais jovem que Grão- Mestre Templário, que tinha cerca de setenta anos quando foi executado. Portanto, a tese de que o corpo do Santo Sudário seria o de Jacques de Molay deve ser descartada. E a tese de que ela foi pintada por algum artista medieval ou renascentista também fica fora de questão porque já está mais que provado que a imagem sobre o tecido não foi pintada, mas sim impressa por algum método ainda desconhecido da ciência moderna. Na verdade, a imagem do Santo Sudário está mais para um negativo de fotografia do que para uma pintura. Mas quem poderia fazer semelhante trabalho há dois mil anos atrás, ou mesmo no século XIII ou XIV, quando a técnica da fotografia ainda era desconhecida? Isso quer dizer que, em termos históricos, o Sudário de Turim ainda é um mistério, até agora, insolúvel. Á parte todas essas especulações, que fazem parte de uma história que ainda poderá ser desvendada a partir das investigações que estão sendo feitas, o que parece cada vez mais claro é que, finalmente, depois de quase oito séculos de indagações e especulações, as mais variadas, finalmente se chega a uma quase certeza sobre o famoso ídolo que os Templários adoravam em suas cerimônias secretas. Depois das pesquisas feitas por Ian Wilson (O Sudário- Novas Luzes Sobre um Mistério de Dois Mil Anos) 1 e Bárbara Frale (Os Templários e o Sudário de Cristo)2 , parece não haver muitas dúvidas de que o ídolo conhecido como Baphomet, adorado pelos Templários na intimidade dos seus capítulos, não era mais que o próprio Sudário de Cristo, hoje depositado na Catedral de Turim. E se assim for, como tudo parece indicar que seja, essa é mais uma das incoerências que a História registra. Pois que os Templários foram condenados, e muitos deles morreram na fogueira justamente por fazer o que milhões de cristãos vivem fazendo desde o início do cristianismo, ou seja, venerar a figura de Jesus. Depois disso só mesmo lembrando o inefável John Lennon, que dizia que Deus inventou a fé e o Diabo inventou a religião. E que no dia em que nós aprendermos a distinguir uma coisa da outra, quem sabe a verdadeira humanidade possa, de fato, começar. 1 Ban-Tan Books- Londres, 2003 2 Madras, São Paulo, 2012
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 11/33 Ir∴ Valter Cardoso Junior M∴M∴ da Loja Delta do Norte Florianópolis – GOB/SC TEMPO OU MOMENTO “... é claro e manifesto que não existem coisas passadas e futuras; nem se poder dizer, com exatidão, que os tempos são três: passado, presente e futuro. Mas, talvez, se deveria dizer, com propriedade, que os tempos são três... o presente das coisas passadas (memória), o presente das coisas presentes (visão) e o presente das coisas futuras (expectativa). Estas três coisas existem na alma e, em outro lugar, não as vejo. Por isso pareceu- me que o tempo é uma distensão. De que coisa, eu não sei; admirar-me-ia se não fosse uma distensão da própria alma”. (Santo Agostinho- Retirado do livro XI das Confissões, 20 e36) 4 – Tempo ou Momento Valter Cardoso Júnior
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 12/33 Manos, ainda estou por aqui, na bela e paradisíaca Praia de Palmas, no Município de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, litoral Catarinense e, onde continuo desfrutando das belezas naturais que me fazem lembrar o quanto sou privilegiado pelo Grande Arquiteto do Universo. O que me inspirou a escrever sobre este tema “TEMPO OU MOMENTO”, provavelmente tenha sido o que ocorreu hoje cedo, na saída para fazer minha caminhada matinal , quando me deparei com um casal de Tucanos numa árvore em frente ao prédio, cena que confesso muito comum por aqui, mas que hoje em especial me fez viajar no prazer que aquela imagem provocou dentro de mim, um momento de efetiva felicidade. Confesso-lhes, que foi uma energia diferente e, que me acompanhou durante toda a caminhada, permanecendo mesmo depois quando de meu retorno para casa. Entendo que não devemos viver do passado, todavia, existem momentos que jamais poderemos esquecer e, que sempre estarão presentes em nossas lembranças, um exemplo marcante é sem dúvida alguma meus primeiros anos de vida escolar e, quem viveu na década de 50 e 60 irá corroborar com o que aqui vou relatar. Nossas escolas primárias e secundárias primavam pelo bom ensino, orientação e pesquisa, vivemos um tempo em que solidificamos em nossa busca pelo conhecimento, três pontos extremamente importantes e, que nos servem de base até hoje, quais sejam, o hábito da boa leitura, a qualidade de nossa escrita e, a interpretação de textos. Essa base muito bem fundamentada pelos grandes Mestres da época e, o entendimento que as famílias tinham de suas responsabilidades, sabendo que a grande e primeira escola da vida era o Lar, aliado a orientação constante dos pais, nos deixaram este tríplice e grande legado que facilita não somente nossas leituras e escritas mais também o mais importante, que é saber interpretar tudo aquilo que nos é apresentado através dos livros, revistas, etc. Entendo, que até mesmo a situação que aconteceu comigo hoje, dos lindos Tucanos descansando na árvore, permitiu-me imaginar e viajar mentalmente nesta magia que a natureza nos oferece e que permanece em nosso subconsciente, mesmo depois de passado aquele momento tão mágico. Esta magia me levou a pensar se aquele foi um tempo que passou ou foi um momento dentro do tempo que passou, parece meio filosófico mais é uma dúvida que tenho, neste pensar Tempo X Momento. Na realidade desde muito cedo sempre questionei sobre o TEMPO e o via como algo transcendente e, que entendia como parte do chamado mundo do Criador, não sabia descrevê-lo e ao mesmo tempo não encontrava forma de explicá-lo. Interessante é, que lembrando também de coisas boas do passado, me veio a mente frases utilizadas por meus pais e acredito por todos os pais da época, quando faziam uso de alguns fragmentos formadores da sabedoria popular , utilizando o tempo como base de orientação aos seus filhos. Diziam eles, por exemplo, “calma meu filho, dê tempo ao tempo e tudo será resolvido”, ou ainda, “Nada como um novo tempo, um novo sol de um novo dia, para restabelecer a calma e a solução de problemas que ontem pareciam não terem soluções”.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 13/33 Claro que criávamos em nossas mentes, um entendimento de que o tempo realmente poderia ser interpretado e medido sem problemas, todavia, fui crescendo e buscando de alguma forma conceituar Tempo, dificuldade que até hoje enfrento, mesmo porque aquelas dúvidas sobre o que seja Tempo permanecem. Alguns dias atrás, aqui na praia resolvi fazer uma releitura de uma revista cujo título é “O mundo Pré-Histórico” da Editora Escala Ltda. e Editada em 2010, contendo estudos realizados pelo Cientista americano Dougal Dixon , ligado a Universidade de Bristol, cuja tradução para o português foi feita por Julia Garcia e, que nos trás informações maravilhosas e, que nos remete a refletir muito sobre a evolução da terra, dos seres humanos e, da questão do tempo. Logo no inicio da revista, pode-se ler um interessante fragmento em que o autor fala sobre a Idade da Terra: Um filme de cinema passa a 24 quadrados por são 24 imagens separadas piscando em seus olhos. Agora, imagine que a história da terra está gravada num filme, onde cada ano ocupa um quadro; 24 anos passarão em um segundo. A duração do filme seria de cerca de seis anos. Um filme realmente épico! E a partir dali, o autor nos convida a sentarmo-nos em nossa poltrona como cinema fosse, para de forma figurada assistir um grande filme, em que se transforma realmente o conteúdo daquela revista. Verdade é, que este episódio de hoje pela manhã e a releitura desta revista, provocou ainda mais este meu desejo de entender um pouco mais sobre o significado de Tempo e o que ele representa para nossas vidas e, também buscar trazer aqui, algumas reflexões pessoais sobre este diferencial que entendo existir entre Tempo X Momento. Nós seres humanos, sempre tivemos uma vida terrena muito curta, hoje um pouco mais longa é bem verdade, mais continuamos pensando em torno de 75 anos em média e, completar cem anos acaba se tornando algo especialíssimo como possibilidade de existência. Como diz sempre o Geriatra, Dr. Vanir Cardoso, médico de Florianópolis (SC), não faz muito tempo o ser humano festejava 50 anos de vida como uma grande dádiva divina, hoje em pleno século 21 o ser humano se vê preparando com prazer seu aniversário de 100 anos, ou seja, multiplicou seu tempo de vida neste ciclo de passagem terrena. Lembrando aquele fragmento do Dr. Dougal Dixon citado por mim neste início do trabalho, demonstra, entretanto, que mesmo tendo duplicado seu tempo de vida, o ser humano continua vivendo uma curta permanência terrena. Se nosso objetivo é evoluir e, o fazemos ao longo de nossa existência, ao desenvolver filosoficamente a afirmativa de que existe uma vida após a morte, torna-se ao meu entender, natural, realista e inteligente, pois somente assim haveria razões para valorizar realmente nossa grande missão como seres criados pelo Grande Arquiteto.
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 14/33 Três grandes necessidades cobradas por nossa Maçonaria quando ingressamos em seu quadro de IIR∴ quais sejam acreditar numa força superior e criadora, acreditar em vida após a morte e, a prevalência do espírito sobre a matéria, nos dá sustentação maior ainda, para acreditar que o Tempo é algo mais do que simplesmente imaginamos, ele na realidade transcende ao nosso entendimento. A energia cósmica, essa força de luz e fluidos, que podemos traduzir como Grande Arquiteto do Universo, é única e, assim se o Tempo é também parte integrante da unidade divina, não poderemos dimensioná-lo e mesmo conceituá-lo. O tempo como parcela divinal sem formas de ser conceituado, acabou exigindo do ser humano formas de explicações, ao longo de sua existência evolutiva e, com certeza todas foram sustentadas com base nas grandes mudanças sofridas pelo próprio homem enquanto centro da realidade de tudo o que existe, influenciando e sendo influenciado pelo meio em que vive. Costumo afirmar de que o ser humano pertence ao todo, mas apesar de sermos partículas da grande energia divina temos a necessidade de evoluir constantemente e, como nos ensina a Maçonaria, para buscarmos esta evolução precisamos estudar e estudar sempre, norteando nossa caminhada na busca constante da verdade. O homem foi percebendo o que chamamos Tempo, pelas grandes mudanças a cada novo ciclo, pois sabemos que nossas vidas são formatadas por ciclos de passagens e, neste aspecto a própria natureza, criação divina, serviu de base para sustentar a busca de respostas para entendermos essa visão sobre Tempo. Assim é, que este viajar da terra em torno do Astro Rei o SOL, as fases da LUA, o movimentar das MARÉS, a força das FLORESTAS e dos VENTOS, foram e permanecem como fenômenos que alteram os momentos do Planeta Terra, bem como o próprio existir do ser humano. Marcar todos os períodos de nossa permanência no Planeta, fez com que o homem em sua constante evolução, tivesse a felicidade de criar a divisão deste período em séculos, anos, dias, horas e, sempre utilizando como base, a natureza, criando a partir daí instrumentos capazes de mostrar de forma mais clara sua permanência terrena. Ao longo do tempo muito foi dito, pesquisado e criado, novas e constantes descobertas que ainda hoje vão explicando cada vez mais de forma quase que perfeita e, com datação absoluta, a história do Universo e em especial do Planeta Terra.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 15/33 Assim como o Grande Arquiteto do Universo é Onipotente, Onisciente e Onipresente, vejo o Tempo também fazendo parte desta força fluídica, sem começo e sem fim, ele, como dizem alguns filósofos é um dos maiores tesouros de que o homem pode dispor. Gosto muito de ler o grande Santo Agostinho, sua história e seus escritos e, ele também foi um estudioso sobre a questão do Tempo, lá entre o século IV e V d.C., ele já dizia que o tempo conduzia o pensamento da exterioridade para a interioridade. Para ele o tempo era constituído por momentos diferentes de passado, presente e futuro, significando descontinuidade e transformação e, propunha que ao meditarmos sobre o Tempo, o fizéssemos do ponto de vista cada vez mais próximo da eternidade da verdade e do principio. Para ele buscar conceituar Tempo não existia uma resposta direta capaz de explicá-lo e, a dificuldade era justamente no envolvimento do homem com o próprio Tempo, pois o homem também é temporal, mutável. Sobre o Tempo Santo Agostinho deixou escrito: “... Difícil falar de algo do qual não se tem distância para avaliar. A questão do Tempo deve ser tratada como uma situação, assim o tempo é próximo e familiar ao homem; contudo, a um simples questionamento sobre o que ele é, constata-se a ausência de resposta. Vive-se no Tempo, mas sem saber o que ele é. Eis o entrave. Na verdade, entendo o que seja tempo, todavia, não sei explicá-lo de forma clara e, como eu muitos pensadores acabam escrevendo sobre tempo tentando traçar paralelos com outras situações, como fez, por exemplo, nosso Ir∴ Kennyo Ismail em sua prancha arquitetônica “Tempo e Experiência” onde afirma que tempo está relacionado a sobreviver enquanto experiência esta relacionada a viver. Escreveu aquele Ir∴, (...) Se você viver a Maçonaria, você ganhará experiência, e se você apenas sobreviver na Maçonaria, apenas acumulara tempo. É uma questão de escolha e de vontade. Tempo só é sinal de experiência quando bem aproveitado. Então faça a escolha certa e aproveite o tempo, e assim você viverá experiências maravilhosas na Maçonaria. Sinceramente, por mais que eu tente filosofar a respeito de Tempo não consigo forma para conceituá-lo, esta longe, fora do meu alcance, mas com certeza como estarei sempre na busca pela verdade, jamais fugirei da meta estabelecida para esta busca. Por todas estas manifestações sobre o Tempo colocadas até aqui por pensadores e filósofos, faz com que eu me aproxime mais ainda de que o Tempo como partícula divina da criação, esta situado na Unidade Criadora, já o ser humano e seus Momentos estão situados neste mundo de dualidades que tanto conhecemos.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 16/33 Talvez por este motivo atrevo-me a dizer que o importante para nós são os momentos que se apresentam a cada instante, é o aqui e agora que se aproxima mais da vida do ser humano. Este Momento que faz parte deste Tempo, criação divina, depende de nossas escolhas, pois estamos influenciados pela dualidade do mundo terreno e, que nos persegue constantemente. Não sou um filosofo, todavia, permito-me também pensar assim, tanto que costumo dizer, de que minha vida é formada por momentos que podem ser felizes ou não, dependendo única e exclusivamente de minhas escolhas, que é conhecida como Livre Arbítrio. Foi muito gratificante, quando ingressei na família maçônica e recebi orientações maravilhosas sobre esta questão da valorização de nossos momentos de vida, buscando sempre o respeito às diferenças e a valorização das individualidades, dentro do alinhamento do bem, da justiça e da perfeição, apoiados na segurança das três grandes colunas maçônicas da Liberdade com Igualdade e, com Fraternidade. A respeito do Livre Arbítrio, que acredito ser inerente ao ser humano nosso Ir∴ e amigo Ademar Valsechi escreveu em sua prancha maçônica “OS TRÊS PASSOS... Para a existência da humanidade”, a lembrança de quando passamos a ter consciência e responsabilidades com nossas próprias escolhas. Escreveu o Ir∴: Até chegarmos a condição de ser racional, em pleno desempenho cognitivo para exercer conscientemente o que chamamos de livre- arbítrio, isto é , decidir o que, quando e como fazer decisões e caminhos por nós escolhidos, realizou-se uma série de fenômenos em seqüência, que agrupamos em três partes, os quais chamamos de Os três passos... Para a nossa Existência e, assim definiu: 1) A Formação do Universo, 2) A Criação da Vida e 3) O Desenvolvimento da Inteligência. (Pag. 34 – da Coletânea de Artigos 1970-2010 da Revista “O Prumo” – Grau 2 – Companheiro –Volume II) Esta escolha, esta liberdade, que depende única e exclusivamente de cada um de nós, precisa ser tratada de forma responsável e, como seres ainda em evolução, vivendo num de mundo dual, precisamos ter consciência e, cuidados especiais. Daquelas frases, da sabedoria popular, que marcaram minha infância e juventude, lembro uma que minha Mãe utilizava muito, quando achávamos não ter tempo para fazer determinadas coisas e, ela sabiamente dizia: “Para tudo existe tempo, pois tempo é uma questão de preferência”, e assim íamos crescendo com este aprendizado. Verdade é que tudo podemos quando nos concentramos em nossas escolhas, pois afinal é para o nosso próprio bem, para a nossa própria busca de momentos felizes para nossas vidas. Quando grande Antero de Quental teve a inspiração deste fragmento, que tanto ficou conhecido: O coração tem dois quartos. Moram ali, sem se ver, num a Dor, noutro o Prazer. Quando o Prazer no seu quarto acorda, cheio de ardor, no seu esmorece a Dor. Cuidado Prazer, cautela! Folga e ri, mas devagar... Não vá a Dor acordar! (quemdisse.com.br/dois-quartos=moram-ali-sem-se-ver-num-a-dor-noutro-o-prazer ) Com certeza, quis trazer a todos à necessidade dos cuidados que temos que ter com nossas escolhas e decisões, o ideal é buscar o caminho do meio para manter o equilíbrio, pois sabemos que somos incapazes de permanecer totalmente equilibrados em nossos corpos, físico, mental e espiritual por todos os momentos.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 17/33 Desde nossa iniciação aprendemos que um dos grandes momentos de nossas sessões maçônicas é sem duvida alguma a que no nosso Rito de Grau 1 é chamado Tempo de Estudo. Apesar de ser chamado de Tempo de Estudos eu tomo a liberdade de chamar Momento de estudos, sem dúvidas é um espaço do tempo que se torna divino e muito mágico e, que esta envolvido por nossa Egregora Maçônica. Quando um de nós IIr∴ maçons, somos previamente designados pelo V∴M∴ para utilizarmos aquele momento, objetivando apresentarmos o tema previamente estabelecido, nossas energias crescem. Naquele período antes e durante a apresentação da prancha maçônica buscamos nos concentrar plenamente, pois sabemos diante mão que vamos viver um momento de aprendizado e ensinamento, pois como disse o grande Guimarães Rosa- nem sempre quem esta lá na frente simplesmente ensina, na realidade também aprende e aprende muito. Desta forma, ter este compromisso de nos organizarmos previamente para estudar, pesquisar e expor estes trabalhos também chamo de Momento e, sem dúvida um momento para lá de especial que deve ser aproveitado pois ali estará concentrado mecanismos para nossa evolução não somente maçônica mais também espiritual. Estes momentos estão muito ligados ao exercício de nosso Livre Arbítrio, somos regidos não pelo corpo físico, mais sim por nosso corpo espiritual e, por isso estarmos ligados de forma consciente a estes momentos é uma necessidade primordial para criarmos momentos felizes em nossas vidas, estes momentos passam, as energias se movimentam constantemente. Não podemos nos dar o luxo de errar nas escolhas dos momentos certos, todavia precisamos também saber aprender nas falhas ocorridas quando destas escolhas, como deixou dito Lulu Santos autor da música incidental “Como uma Onda” em que ele num momento de pura inspiração escreveu: “ Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa tudo sempre passara. A vida vem em ondas como um mar, num lindo e vindo infinito. Tudo que se vê não é, igual ao que a gente viu há um segundo, tudo muda o tempo todo, no mundo. Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo, agora há tanta vida lá fora, aqui dentro sempre como uma onda no mar”. Como estou em constantes leituras e busco interpretar escritos de tantos Mestres e Pensadores que passaram por nosso Planeta acabo encontrando base de sustentação para meus pensamentos e reflexões. Em minhas leituras, por exemplo, encontrei no filosofo pré-socrático que ficou conhecido como Heráclito de Éfeso por ter nascido naquela cidade e vivido no séculos VI a.C., a afirmava de que tudo no mundo flui, nada persiste ou permanece o mesmo. Conhecido como o Pensador do Logos Heráclito de Éfeso deixou durante sua passagem muitos fragmentos que marcaram seus estudos e pensamentos e que ficaram
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 18/33 conhecidos como aforismos que segundo o dicionário são frases definitivas, cortantes, frente ás quais ninguém passa impunemente. São mais de 100 frases, que não tem origem em um único texto, parecem ter sido retiradas de forma consciente de seus estudos e, ao lermos verificamos que elas não escondem e nem mesmo revelam de forma definitiva o pensar do autor, na verdade eles guardam em si grandes indicações e, cabe a cada um de nós saber interpretá-las e, conscientemente buscar a sua compreensão. Claro, que são todas muito interessantes e trazem em seu bojo muitos ensinamentos, todavia trago para contribuir para meu texto de hoje algumas delas: “ Tudo se faz por contraste: da luta dos contrários nasce a mais bela harmonia” - “ Este mundo, igual para todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o fez; foi, é e será um fogo eternamente vivo, acendendo-se e apagando-se conforme a medida”. “Descemos e não descemos nos mesmos rios; somos e não somos”- “O tempo é uma criança que brinca, movendo as pedras do jogo para lá e para cá; governo de criança”- Em nós, manifesta-se sempre uma e a mesma coisa; vida e morte, vigília e sono, juventude e velhice. Pois a mudança de um dá o outro e reciprocamente “- “Para Deus tudo é belo e bom e justo; os homens, contudo, julgam umas coisas injustas e outras justas”. Dentro desta minha peça arquitetônica de hoje, entretanto, o aforismo que mais se aproxima da idéia central é exatamente este que nos oferece mil oportunidades de reflexão, disse Heráclito: “Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou. Assim, tudo é regido pela dialética, a tensão e o revezamento dos opostos. Portanto, o real é sempre fruto da mudança, ou seja, do combate entre os contrários.” Heráclito de Éfeso em detalhe da Tela de Rafael Sanzio, A Escola de Atena Dou a este aforismo de Heráclito, minha interpretação de que aquele momento passou, e a água em constante movimento já não é mais a mesma e, também nós nos renovamos a cada novo momento e, portanto ao voltarmos ao rio já também não seremos mais os mesmos, pois já sofremos transformações. Precisamos como já disse anteriormente, é deixar nosso corpo e mente sempre bem preparado para que ele possa estar equilibrado naquele momento em especial, para então fazermos com perfeição nossa escolha certa.
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 19/33 Devemos nos sentir agradecidos por esta dádiva constante de renovação, dentro de cada momento que nos é oferecido, precisamos estar sempre preparados para receber transformações e, como nosso mundo é dual, impulsionado sempre por forças contrárias, precisamos permanecer vigiando nossos atos para formatar patamares fortes que permitam crescer nesta contínua mudança que nem sempre estamos preparados para perceber. Interessante, que este tema tão fascinante e ao mesmo tempo tão complexo recebeu e recebe de muitos estudiosos das várias áreas do conhecimento, das várias regiões do mundo, dos vários momentos da existência do Universo, inspiração para deixar-nos possibilidades de entendermos esta maravilhosa relação que tentei lhes trazer hoje. Concluo trazendo esta lenda de um dialogo entre avó e neto, indígenas americanos, cujo tema era o combate constante que acontece dentro de cada um de nós. Este combate diz o Velho indígena é entre dois lobos, que vivem dentro de nós, um representa a raiva, a inveja, o ciúme, a tristeza, os desgostos, a cobiça, a arrogância, o outro lobo é bom, é alegre, é fraternal, é esperança, é humildade, benevolência, verdade e fé raciocinada. O neto prestando a atenção na história do avô questiona: E qual dos lobos vence esta luta vovô? E o velho índio na sua inteligência maior responde: Meu neto vence a luta aquele lobo que mais alimentarmos naquele momento. Vejo nesta história, o símbolo da dualidade existente dentro de nós, os lobos são nossas emoções que podem ser positivas ou negativas, dependendo única e exclusivamente de nosso Livre Arbítrio alimentar este ou aquele lobo. Concluo este meu pensar trazendo a beleza e inteligência deste fragmento de Brahma Kumaris que diz: "Muitas pessoas tem o hábito de viver no passado ou viver no futuro. Mas o passado e o futuro não estão nas mãos delas. Elas acabam não apreciando nem o passado nem o futuro. Elas vivem num mundo de sonhos, imaginações e ilusões. Precisamos estar conscientes do presente. Precisamos tornar o momento presente o melhor momento. Este momento é resultado do momento que recém passou. Da mesma forma, o próximo momento será conseqüência do momento presente. Precisamos nos lembrar de estar presente no presente e apreciar a vida presente. (Brahma Kumaris)
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 20/33 O Ir Aquilino R. Leal* Lima Duarte – MG. (aquilinoleal@ibest.com.br ) FÉRIAS MAÇÔNICAS: UMA VAGABUNDAGEM TUPINIQUIM3 Fato: Segundo os entendidos, as férias maçônicas é uma invenção tupiniquim e relativamente recente e ano pós anos vem sendo cada vez mais "esticada" para satisfação daqueles que creem que trabalho maçônico é estafante mesmo acontecendo uma vez por semana e quando muito. Pelo que sabemos, no Grande Oriente do Brasil temos o alentado período de 30 dias - 20 de dezembro a 20 de janeiro - e na Grande Loja, pelo menos a do Rio de Janeiro, o período de 20 de dezembro a 6 de janeiro - para que os "cansados" maçons repousem de seu pesado trabalho simbólico de operário. Isso, todavia, nem sempre aconteceu. Consultando antigos livros de atas, pode-se constatar que as Lojas não paravam seus trabalhos nem no Natal, ou na passagem de ano. Tomemos, para exemplo, alguns casos: × Na Loja Amizade, de São Paulo, dois padres (padres, vejam bem!), Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade e José Joaquim dos Quadros Leite, foram iniciados a 25 de dezembro de 1832; e no dia 30 de dezembro, foi iniciado o padre José Joaquim Rodrigues. E o templo da Loja, à rua Tabatinguera, foi inaugurado num dia 3 de janeiro (de 1873) × Na Loja Piratininga, de São Paulo, a 23 de dezembro de 1912, era aprovada a proposta de que se alugasse o novo prédio da Loja, à rua Líbero Badaró, à firma Luiz Osório e Cia., por quatro contos de réis mensais, com contrato por cinco anos. A 8 de janeiro de 1890, era aprovado, em sessão econômica, um voto de congratulações pela escolha do marechal Deodoro da Fonseca para o Grão-Mestrado do Grande Oriente do Brasil. × A Loja Fé e Perseverança, de Jaboticabal, promoveu a sua sessão de regularização a 5 de janeiro de 1890. 3 Material recebido por e-mail indicando ser o autor o Ir Castellani. Alterações/adaptações por Aquilino R, Leal. 5 – Férias Maçônicas: uma vagabundagem tupiniquim Aquilino R. Leal l
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 21/33 × A Loja Monte Líbano, de São Paulo, realizava uma sessão magna para iniciação de Júlio dos Santos Martins, português, agente comercial, a 31 de dezembro de 1914. × A Loja União Paulista, de São Paulo, iniciava, a 7 de janeiro de 1924, o negociante italiano Francisco Maurano. A mesma Loja, a 27 de dezembro de 1928, iniciava o comerciante italiano Carlos Castellani. × A Loja Fraternidade, de Santos - que, em 1915, fez fusão com as Lojas Renascença II e Cinco de Abril, formando a Fraternidade de Santos - em sessão de 31 de dezembro de 1955, resolvia que, na procissão em louvor a São Benedito, a Loja se faria representar com a imagem de S. João, a ela pertencente, a qual seria transportada e acompanhada pelos obreiros do quadro. A partir do final do século passado, algumas Lojas começaram a fazer um pequeno hiato em seus trabalhos, da véspera de Natal até ao dia de Reis, a 6 de janeiro. Posteriormente, porém, iria haver um aumento, em uma Obediência - que iria se estender às demais e até ser esticado - de forma pitoresca: A 25 de janeiro de 1955 - último dia dos festejos do 4º. Centenário da cidade de São Paulo - era inaugurado o Edifício-Sede do Grande Oriente de São Paulo, à rua São Joaquim, cuja construção fora iniciado em 1948. Para os padrões da época, o prédio era opulento: 2.320 (dois mil trezentos e vinte) metros quadrados de construção; quatro templos para trabalho de 24 Lojas e mais um templo nobre; um subsolo e mais três andares, servidos por elevador Atlas; templos aerificados, através de um sistema de insuflação de ar fresco, produzido por ventiladores centrífugos de baixa pressão e rotação com motores elétricos de 5 a 10 HP, para expulsar o ar viciado e quente, que era aspirado para o exterior através de ventiladores bi helicoidais, com funcionamento automático; abastecimento de água através de dois reservatórios de concreto, um no subsolo, com capacidade para 10.000 litros e outro no último andar, com capacidade para 4.000 litros; dez instalações sanitárias completas; oito Câmaras de Reflexão, com dispositivo para se ver, de fora, o que se passa dentro, sem que, do interior, se perceba. Evidentemente, um prédio tão grande e complexo é de difícil manutenção; e essa dificuldade é agravada pelo grande número de pessoas que por ali circulam e que ajudam a deteriorar a construção. E foi isso que aconteceu, em pouco tempo, pois, menos de três anos depois de sua inauguração, o edifício já necessitava de reparos. Diante disso, o Grão-Mestre Benedito Pinheiro Machado Tolosa, professor de Obstetrícia da Faculdade de Medicina de S. Paulo, emitia, a 9 de dezembro de 1957, o Ato No. 146, estendendo as férias maçônicas - que, então, iam de 24 de dezembro a 6 de janeiro - até ao dia 18 de janeiro, diante da necessidade de se proceder a reparos, limpeza geral e pintura parcial do Edifício-Sede. Nos dois anos seguintes, pelo mesmo motivo, elas foram estendidas até ao dia 20. E a coisa acabou, rapidamente, se tornando "tradicional", mesmo que os motivos tenham sido esquecidos e mesmo que nem se pense em reparos e pinturas, chegando, mesmo, até às Constituições do Grande Oriente do Brasil, as quais, antigamente, eram omissas, não fazendo qualquer alusão a férias. Acabou, além disso, chegando a outras Obediências, que, até, talvez adorando a ideia, esticaram mais ainda as tais "férias", dando, inclusive, um "extra" no mês de julho, como se os maçons fossem aluninhos de escolas infanto-juvenis, com direito a férias de verão e férias de inverno. Os maus exemplos, geralmente, frutificam; ou seja: passarinho que anda com morcego acaba dormindo de cabeça para baixo.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 22/33 E, até hoje, não apareceu ninguém para extirpar essa prática, que é esdrúxula, porque o trabalho maçônico é constante e ininterrupto, como o de outras entidades filosóficas, iniciáticas, assistenciais e de aperfeiçoamento do Homem (seria, realmente, cômico, se a Igreja, por exemplo, entrasse em férias). Coisas como essa é que desgastam a Maçonaria brasileira, reduzindo-a à condição de simples clube, ou sociedade recreativa, o que contribui para corroer a sua credibilidade pública. Como, notoriamente, o uso do cachimbo faz a boca torta, será difícil acabar com essa invenção, pois as justificativas são muitas: Uns alegam que é preciso dar férias aos funcionários da Obediência e das Lojas, esquecendo-se de que qualquer empresa, ou sociedade, dá férias aos seus funcionários, sem fechar as suas portas. Outros, no exercício do mais profundo egocentrismo, justificam as tais férias (inclusive as de inverno), com a necessidade de aproveitar as férias escolares e viajar com a família, esquecendo-se - intencionalmente, é claro - de que, se os filhos têm três meses de férias escolares, qualquer trabalhador tem, no máximo, 30 dias, a não ser que seja um nababo miliardário, ou um desocupado crônico. Além disso, muitos maçons, já maduros e sem filhos em idade escolar, gostariam de frequentar os trabalhos maçônicos, constantemente, mas são tolhidos pela ditadura egoísta dos que acham que, se eles não podem frequentar, os outros também não podem. É o caso de recorrer à velha expressão: "Vai trabalhar, vagabundo", pelo menos, na Maçonaria, já que a indolência, hoje, é marca registrada nacional (basta ver os tais "feriados prolongados"). Conclusão: Até parece que nos espelhamos nos exemplos dados em Brasília por muitos dos politiquetes! “Para um cavalo cansado, até seu rabo é um peso.” (provérbio tcheco) Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor universitário, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o veneralato em 05 de julho de 1988. É fundador de duas Lojas Maçônicas, entre elas a Loja Stanislas de Guaita 165 – Rio de Janeiro, ambas trabalhando no REAA e às terças-feiras. É colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas mensais, do mensário espanhol RETALES DE MASONERÍA.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 23/33 Jorge Muniz Barreto ARLS Lealdade nº3058, GOB-SC, Rito Moderno Circulo de Correspondentes da Loja Quatuor Coronati nº2076, UGLE muniz.barreto@gmail.com Zoroastrismo, Religião Monoteísta Que ainda existe Hoje Nascimento do Monoteísmo Nada se pode afirmar sobre as crenças do homem na pré-história. Acredita-se, no entanto, que as primeiras crenças religiosas continham características politeístas e algumas conotações panteístas. No antigo Egito, houve um faraó que tentou implantar uma religião monoteísta. Seu nome Akenáton. Este nome ele adotou no quinto ano de seu reinado, e antes disto era chamado Amenófis IV. Foi Faraó da XVIII dinastia egípcia. Reinou por dezessete anos e morreu em 1336 ou 1334 EA (Era Antiga, para os cristãos se escreve a.C.) Ele abandonou o tradicional politeísmo egípcio e introduzir uma adoração centrada em Aton. Inscrições antigas ligam Aton ao Sol, comparado às estrelas, com a linguagem oficial posterior evitando chamá-lo de um deus, lhe dando um status acima dos meros deuses. Note-se que este monoteísmo tinha características panteístas, pois associava o Sol a um super Deus. Aquenáton tentou distanciar-se do politeísmo, porém no final isso não foi aceito. A religião tradicional foi gradualmente restaurada após sua morte. Alguns anos depois, os posteriores faraós da XVIII dinastia, que não tinham direitos claros a sucessão, descreditaram Aquenáton e seus sucessores imediatos, referindo-se a ele como "o inimigo" em registros históricos. O interesse moderno em Aquenáton e sua rainha Nefertiti vem de seu filho, Tutancâmon, muito mais que pelo estilo único e de alta qualidade das artes que patrocinava e do interesse na religião que ele tentou fundar. As análises de DNA das múmias egípcias confirmam Aquenáton como filho de Amenófis III e pai de Tutancâmon, resgatando seu importante papel na história do Antigo Egito. 6 – Zoroastro, Religião Monoteísta que ainda existe hoje Jorge Muniz Barreto
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 24/33 Bem mais tarde, acredita-se perto de 500 anos da EA, Zoroastro fundou uma religião monoteísta, sem características panteístas e que existe até hoje, se bem que com poucos seguidores. Este trabalho se concentra em Zoroastro e a religião por ele criada. Zoroastro Zoroastro, também chamado Zaratustra é considerado o fundador da religião chamada Zoroastrismo, uma religião revolucionária, por ser monoteísta contrastando com muitas outras de sua época que eram politeístas. Existe bastante dúvida de quando viveu Zoroastro. Alguns pretendem que foi por perto de 2500 anos antes de nossos dias. Outros mais, pretendem que foi cerca de mais de 5000 anos antes. Ainda outros (Humphreys2005_Buddhism) mencionam 1000 anos. O talvez mais certo é o indicado pelos seguidores do Zoroastrismo, que supõem que o fundador da religião viveu 258 anos antes de Alexandre. Como a religião nasceu na antiga Persia (hoje Iran) o nome de Alexandre deve estar ligado ao saque de Persepolis e à morte do rei Dario III, o que ocorreu em 330 EA. Assim, o ano de 588 EA deve corresponder ao sucesso inicial de sua missão que foi a conversão do rei Vishtaspa com Zoroastro tendo 40 anos. Assim seguindo o fato que ele viveu 77 anos, sua vida deve ter ocorrido de 628 a 551EA (Zaehner1961_Zoroastrianism). Assim Zoroastro viveu em um época que teve vários homens que influenciaram a humanidade. Na Grécia houve os pré-socráticos, Sócrates, Platão, Aristoteles, etc. Em religião tem-se Gautama (o Buda), Mahavira (codificador do jainismo), Gosala (monge shivaita), etc. Apesar de ser difícil estabelecer seu ano de nascimento existe uma lenda relativa a seu nascimento que muito se aproxima de um outro fato bem conhecido no mundo ocidental. Inicialmente seu nome, também pronunciado Zarathustra. Ustra significa, CAMELO, segundo o Avesta, livro básico da religião, que combinado com ZARATH teve o significado de "atormentar o camelo". Tal denominação se deu pelo fato de quando criança viver atormentando os camelos de sua aldeia. Os Cristãos que imaginam que apenas Jesus foi atribuída a distinção incomum de ter nascido de uma virgem pela imaculada concepção, ficarão surpresos ao saber que diz-se que Zoroastro foi nascido de uma virgem de quinze anos que foi tocada por um raio de luz. Isto aconteceu séculos antes da Cristandade (Cyrino 2008). A lenda afirma que, da mesma forma que Jesus, em sua infância manifestou precocidade e associou-se aos sábios de seu tempo. Seus ensinamentos revelaram uma inteligência privilegiada e uma reação contra a superstição, crueldade e decepção dos tempos. Dos dezoito aos trinta anos, como Jesus, nada se ouviu dele e se presume que da mesma forma que Jesus, tivesse devotado esses anos ao estudo. Diz-se que ascendeu ao cume da montanha frequentemente, por iluminação, tendo partido para o deserto para meditar. Era inclinado a estudar as ciências e fez consideráveis buscas na natureza do fogo e da luz. Diz-se que harmonizou-se frequentemente com Deus, e assim, tornou-se um missionário apresentando ao povo as revelações que tinha recebido. Foi tentado inúmeras vezes pelas forças do Mal porem, sempre saiu-se vitorioso.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 25/33 As histórias de suas curas miraculosas e realização são numerosas. A concepção Zoroastriana de Céu e Inferno é similar à idéia judaica e cristã, revelando um sincretismo. É notável como a vida de Jesus é semelhante à de Zoroastro. O Que é o Zoroastrismo hoje Zoroastrismo é talvez a religião que hoje tem menor número de adeptos, ao todo estimando-se pouco mais de 500 mil seguidores. Comparada com o cristianismo e o Islã, ambas cm mais de um bilhão de seguidores, pode ser considerada como quase inexistente. Entretanto, a seu favor está um grupo de seguidores ativos fazendo enorme esforço para manter viva a chama de sua crença. Nascida no atual Iran, com o advento do Islamismo, se espalhou por várias partes do mundo, hoje havendo ainda no Iran, perto de 30000, conhecidos por Zartostis. A maior concentração vive na India, 70000 conhecidos como Parsis (nome lembrando a origem Persa) e mais 5000 na India perto da fronteira com o Paquistão. O fato da grande maioria estar na India, é consequência da tolerância com os diferentes e do mecanismo das castas. Basta, na India, criar uma nova casta e seus integrantes poderão compartilhar a moradia no pais, se conformados com as limitações impostas à sua casta. No entanto, em outros países, o Zoroastrismo conseguiu penetrar, mesmo com alguma dificuldade. Na Austrália existe uma federação perfeitamente organizada. O mesmo ocorre na Nova Zelândia, Inglaterra, Singapura, Alemanha, Escandinávia e até nos Estados Unidos em que se estima haver mais de 20000 seguidores, principalmente em Nova York, Boston, Chicago, California e em Toronto no Canadá. Princípios Básicos A religião é definida nas escrituras Avesta como “daenaam vanghuhimä", significando "a boa religião." Ele é muitas vezes referido por este título por causa de sua ênfase no pensamento e comportamento justo. Zarathustra revelou a sua visão da boa religião em uma Série de escritos ou Gathas. Os Gathas são expressões pessoais da crença de Zarathustra ao supremo Deus Ahura Mazda ( ou Ormazd em Pahlavi, forma da língua da Pérsia) e conversações com ele. Há muitas outras escrituras, como o Yasna, a liturgia dos sacrificios, o Visperad, um texto litúrgico menor que contém louvores a Zoroastro e outros líderes espirituais, o Videvdad, (também chamado de Videvdat). Faravahar em uma parede de Persepolis O Faravahar que se vê acima, é o símbolo do zoroastrismo. Ele lembra as pessoas do propósito de suas idas na Terra, que é um processo espiritual. O símbolo é muito antigo; o símbolo faravahar decorava as paredes de Persepolis mais de 2.500 anos atrás. Ele representa o elo entre os mundos físico e espiritual. A forma humana no centro é cercada por um anel que representa a alma eterna. O cabeça da figura lembra as pessoas que têm livre arbítrio, uma mente e um intelecto com o qual se escolhe o bem. Os pontos da mão direita para cima para levar as pessoas para Asha, o caminho da Verdade. No lado esquerdo é um anel que simboliza a apenas poder de Khshathra Vairya. A figura tem asas para ajudar a alma a voar para cima e progredir. Ele tem uma cauda que serve como um leme para
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 26/33 ajudar o equilíbrio entre a alma as forças opostas do bem e do mal. Estas forças são representados pelos ganchos curvos em ambos os lados da cauda. As três secções da cauda, que aparece como camadas de penas, lembram as pessoas que devem ter bons pensamentos, boas palavras e praticar boas ações. Ao longo da vida, a alma humana é levada entre o bem e o mal, a verdade e a mentira. No entanto, com a ajuda celestial, ou asas, de Ahura Mazda, a alma se liberta. Princípios básicos Há três princípios básicos do Zoroastrismo que são: Um Deus: Zarathustra pregou o existência de um Deus supremo, cujo nome, Ahura Mazda, significa "sábio Senhor". Ahura Mazda é o criador do universo e todas as coisas, incluindo a humanidade. Zarathustra ensinou que Ahura Mazda é extremamente bom e sábio. Ele é o pai da verdade e do bem. Ele traz amor e felicidade e é para ser amado e respeitado, nunca temido pois Ahura Mazda nunca castiga, mesmo aqueles que não seguem seus ensinamentos. A vitória do espirito da Verdade sobre o da Mentira: Segundo a crença de Zoroastro, Ahura Mazda primeiro criou o conhecimento do que é o “bem perfeito", que é o Espírito da Verdade, ou Spenta Mainyu. Em seguida, criou o mundo material. De acordo com a cosmogonia Zoroastriana, os bons e os maus espíritos já existiam desde o início dos tempos,mesmo antes da criação dos mundos espirituais e materiais. Zarathustra chamou o Espírito do Mal de "A Mentira", que mais tarde veio a ser chamada Angra Mainyu ou Ahriman. A luta entre o Espírito da Verdade e A Mentira,, governa todos os pensamentos e atividades humanas. O Livre Arbítrio-Ahura: Mazda não comanda todos os aspectos da vida humana. No momento da criação que ele deu à humanidade o dom de livre arbítrio. Como zoroastristas, homens e mulheres devem pensar e raciocinar para poder definir suas ações. Eles têm a liberdade de escolher entre o bem (Invocação do Asha (Justiça)) e o mal. Quando ele deu às pessoas o livre arbítrio ele os fez responsável por suas próprias vidas e comportamentos. Tirar o livre-arbítrio seria escravizar a humanidade o que seria errado. O livre-arbítrio é uma oferta ao intelecto humano, que pode escolher seguir o que ensina Ahura Mazda, e viver de acordo com o Espírito da Verdade. Para ajudar as pessoas a escolher a verdade, cada pessoa nasce com um fravashi, um espírito guardião (anjo da guarda para cristãos) que lhe ajuda a distinguir o bem do mal, o certo do errado. As pessoas podem reconhecer seu próprio fravashi quando seguem consciência. É mais de consciência, no entanto, porque a consciência deve ser desenvolvida como uma pessoa cresce. O fravashi é diferente porque é inato. Fravashis são seres espirituais que existiam antes que o mundo físico fosse criado. Com eles nascemos neste mundo a cada nova vida e eles se ficam com o indivíduo até a morte. Em seguida, eles deixam de retornar para a empresa de outras fravashis, permanecendo, no entanto, a ligação entre os vivos e os mortos. Eles podem ser ritualmente chamados a comunicar com a alma da pessoa morta. O fravashi é a centelha da essência divina de Ahura Mazda, que está em todas as coisas vivas..
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 27/33 Templos do Fogo Os sacrifícios das outras religiões, que incluíam sacrifícios de animais, e até humanos fora totalmente eliminados no Zoroastrismo. Como poderia o Ahura Mazda apoiar sacrifícios, como os praticados na época, em que o sangue era derramado em honra a um Deus? O sacrifício passou a ser as cerimônias do fogo. Pode-se dizer que foi nas cerimônias do fogo que nasceu o costume de acender velas agradecendo uma dádiva recebida em muitas religiões e também o acendimento de velas em alguns ritos na maçonaria. Existem três tipos de templo do fogo: Behram atash, atash adaran, e atash dadgah. Um Behram atash é o mais alto fogo acendido no templo. Às vezes referido como uma "catedral do fogo", abriga o mais santo dos consagrados incêndios. O maior e mais sagrado de todos os rituais zoroastristas são realizadas lá, conduzido pelos altos sacerdotes do zoroastrismo. Há apenas 10 Behrams atash no mundo: oito na Índia e dois no Irã. Os outros templos do fogo são menores, e existem muitos espalhados pelo mundo. Importância Zoroastrismo ocupa um lugar único na história da religião. Seu fundador e profeta, Zarathustra, originou o conceito de um grande e supremo Deus. Ele propôs uma explicação para o problema do mal em um mundo criado por um Deus bom através da noção de mentalidades individuais, o Espírito da Verdade e o da Mentira, que estão presentes no coração humano, e através da imperfeição no mundo material. Zoroastrianismo responde assim a questão com a qual todas as religiões devem lutar: "Como pode um bom e amar a Deus permitir o mal e sofrimento no mundo? Os zoroastristas acreditam que o mal e o sofrimento são criados pela Mentira. Bibliografia Cyrino, Jorge: Zoroastro. Apresentado à Loja Harmonia e Concordia 3522 - GOB/SP, Sào Paulo, 7 de janeiro de 2008. Hartz, Paula, Ed. Zoroastrianism, 3rd ed. Chelsea House Pub., 2009. Karanjia, Ramiyar Parvez Teach Yourself Avesta. The author, Mumbai, India, 2011. Kassonl, J. H. P. Korda Avesta (Zoroastrian daily praywers). Joseph H. Peterson, 2011. Masani, R. The Religion of the Good Life: Zoroastrianism. George Allen & Unwin Ltd, London, 1938. MATHEWS, Shailer, Gerald Birney Smith: Ä “A Dictionary of Religion and Ethics”, Forgotten Books, 2013 (originally published 1923). Nietzsche, F. Thus Spake Zarathustra: a Book for all and none. T. Fisher Unwin, 1899. Zaehner, R. C. The Dawn and Twilight of Zoroastrianism. G. P. Putnam’s Sons, New York, 1961. Received on 6/10/2012, 28,1MB. Zoroastro. Korda Avesta. Joseph H. Peterson, Bombai, India, 2013.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 28/33 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville 26/01/1983 Humânitas Joinville 31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e Fraternidade do Mercosul Ir Hamilton Savi nr. 70 Florianópolis (só trabalha no recesso maçônico) 11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans 13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba 17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis 21/02/1983 Lédio Martins São José 21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió 22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau GOB/SC – Data Nome da Loja Oriente 11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá 18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau 15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis 21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna 25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau 25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mêses de janeiro e fevereiro
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 29/33 http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis 14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis 25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema 06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes 11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão 29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 30/33 Associação de Médicos Maçons
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 31/33 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 12 de janeiro: Águia A águia é o símbolo do maçom que olha na luz astral e nela enxerga a sombra do passado, do presente e do que está por vir, tão facilmente como a Águia olha o Sol. Maçonicamente, é o símbolo do poder pela força, pela decisão, pela superioridade e inteligência. Nos graus superiores, a águia é representada com duas cabeças, simbolizando o poder imperial dúplice. Para os brasileiros, o gênio político e jurídico Rui Barbosa, pela sua inteligência e sobretudo "garra", foi apelidado de "A Águia de Haia", na célebre conferência que reuniu as nações do mundo. Nesse apelido, que também é honraria, o maçom deve encontrar exemplo dignificante. Oxalá cada maçom fosse uma águia em destaque pelo seu viver e pelo seu saber. Sobremaneira, a águia busca os cumes para seu ninho e voa mantendo alturas imensas, mas seu profundo olhar vislumbra a caça que alimentará seus filhos. Que o voo do maçom seja assim sobranceiro, livre, inteligente e independente. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 31.
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 32/33 Ir Raimundo Augusto Corado - CIM 183.481 MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737 Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182 Barreiras – GOB/BA. – escreve às terças e quintas raimundoaugusto.corado@gmail.com 4 A GRAVATA DO MAÇOM Autor: Raimundo A. Corado. Brasilia, 07 de Agosto de 2015. Parte do traje maçônico; Que embeleza a aparência; Torna o todo mais harmônico; Inadmissível é sua ausência. Conforme o Rito é sua cor; Sua forma é sempre variável; Ao traje acrescenta rigor; E dá aparência sociável. 4 Tenho um filho que também é irmão. Um inovador e amante do diferente. Vem de origem DeMolay, onde a principal gravata é em forma de borboleta. Pois não é que agora ele deu preferência ao uso da gravata borboleta e agora tenta convencer à Loja Irmão Paulo Roberto Machado, a uniformizar o uso por ele adotado? Refletindo, pus-me a compor sobre o tema, arrematando assim neste soneto que dedico ao filho Delbo Augusto da Silva Corado.
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.296 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 Pág. 33/33 Se a cor acompanhar o Rito; Escolhem-se modelo bonito; Seja longa, larga ou estreita. Para quem gosta de inovar; Buscam aos DeMolays imitar; Usando o modelo borboleta.