I - O documento é um informativo maçônico que fornece detalhes sobre eventos históricos, nascimentos e falecimentos ocorridos no dia 10 de abril, além de informações sobre a maçonaria.
II - Inclui um artigo sobre o significado do Templo Maçônico e suas partes, descrevendo-o como um local simbólico onde os maçons se reúnem para seu trabalho fraternal.
III - Também traz o calendário maçônico do dia, destacando datas importantes para a or
1. JB NEWS
Informativo Nr. 225
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91 – GLSC
Quintas-feiras 20h00 – Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Florianópolis (SC) 10 de abril de 2011
2. Faltam 7 dias para o Costelão
Índice deste domingo:
(Edição dedicada aos Aprendizes-Maçons da Loja Templários da Nova Era)
1. Almanaque
2. O Templo Maçônico (Ir. Marlanfe Michaelis Rocha de Oliveira)
3. Marcha do Aprendiz-Maçom (Charles Evaldo Boller)
4. Destaques JB
3.
4. 847 - É eleito o Papa Leão IV.
1241 - Batalha de Mohi, o exército húngaro esmagado pelo exército mongol, liderado por
Batu e Subedei.
1741 - Frederico II, da Prússia, derrota os austríacos e conquista a Silésia, na Polônia.
1808 - Napoleão oferece a coroa da Espanha a seu irmão, José.
1815 - Erupção vulcânica do Monte Tambora, na ilha indonésia de Sumbawa, sendo a
maior registada até a actualidade, matando mais de 100 000 pessoas.
1861 - Inicia a Guerra da Secessão entre os Estados do Norte e do Sul, nos Estados
Unidos.
1912 - O RMS Titanic deixa o porto de Southampton, Inglaterra, com destino à cidade de
Nova Iorque (EUA).
1921 - Sun Yat-sen é eleito presidente da República da China.
1970 - Paul McCartney anuncia que os Beatles se separaram.
1993 - Emancipação do Município de Areal, no Estado do Rio de Janeiro.
1998 - Assinatura do Acordo de Belfast.
Eventos musicais
1965 - Em 10 de abril de 1965 foi gravado no Teatro Paramount, em São Paulo, o show
que deu origem à fantástica trilogia 2 na Bossa, com Elis Regina e Jair Rodrigues. Elis
havia completado 20 anos de idade havia poucos dias.
NASCIMENTOS
5. 1583 - Hugo Grócio, jurista e filósofo holandês (m. 1645).
1873 - Kyösti Kallio, 4° presidente da Finlândia (m. 1940).
1918 - Cornell Capa, fotógrafo judeu norte-americano (m.2008).
1929
o Mike Hawthorn, piloto inglês de Fórmula 1. (m. 1959)
o Max von Sydow, ator sueco.
1931 - René Follet, desenhista franco-belga.
1932 - Omar Sharif, ator egípcio.
1950 - Tessy Callado, atriz e escritora brasileira.
1951 - Steven Seagal, ator estadunidense.
1959
o Gugu Liberato, apresentador de TV e empresário brasileiro.
SAMUEL CHRISTIAN
FRIEDRICH HAHNEMANN
Nascimento: 10/04/1755, Mussen,
Alemanha
Falecimento: 1843
Médico criador da Homeopatia.
Samuel
Hahnemann
MÁRIO DE SOUZA
MARQUES FILHO
Nascimento: 10/04/1928, Pirapetinga,
Minas Gerais, Brasil
Falecimento: 28/07/2003, manhã,
Atibaia, São Paulo, Brasil
Causa: Câncer no pulmão (internado
há mais de um mês)
Cantor e sambista, músico (violonista)
e compositor; comeca a carreira artística no Rio de Janeiro, mas
radica-se em São Paulo (meados dos anos 1950); o apelido é dado
por Zé Trindade; primeiro disco: "Cara de Boboca" e "Castiguei"
(1958, 78 rotações, da MOCAMBO); primeiro sucesso: "Volta por
Cima" (1963); destaca-se com músicas como "Leva Meu Samba",
"Laranja Madura", "Maracangalha", etc.; decai juntamente com o
samba (1970 e 1980); em mais de 40 anos de carreira grava 38
álbuns.
Noite Ilustrada
.
STEVEN SEAGAL
Nascimento: 10/04/1951, Lansing,
Michigan, Estados Unidos
Filiação: Stephen e Patricia
Casamento: Miyako Fujitani (1975 a
1986, divórcio): filhos Kentaro (1976) e
Ayako Faith (1979); Adrienne La Russa
(1984, anulado); Kelly LeBrock
(05/09/1987 a 1996, divórcio): filhos
Annaliza (1987), Dominick (1990) e
Arissa (1993); tem ainda uma filha,
Savannah, com Arissa Wolf
Steven Seagal
MICHAEL SHALHOUB
Nascimento: 10/04/1932, Alexandria,
Egito
Casamento: Faten Hamama (1954 a
1974, divórcio): filho Tarek Sharif
Ator cinematográfico (estréia em
"Siraa Fil-Wadi", 1954) e de TV
(estréia em "La Châtelaine du Liban",
1956); destaca-se em filmes como
"The Maleluks" (1965), "Genghis
Khan" (1965), "Doctor Zhivago"
Omar Sharif
6. Mestre em Artes Marciais e ator cinematográfico (estréia
em "Above the Law", 1988) e de TV (estréia em "Sin City
Spectacular"); destaca-se em filmes como "Hard to Kill"
(1990), "The Patriot" (1998), "Attack Force" (2006), etc.
(1965), etc; indicado ao OSCAR de Coadjuvante em "Lawrence of
Arabia" (1962).
ANTONIO AUGUSTO DE
MORAES LIBERATO
Nascimento: 10/04/1959, 22:00 h, São
Paulo, São Paulo, Brasil
Filiação: Claudino Augusto Liberato e
Maria do Céu
Casamento: Rose Miriam Di Matteo
(filho João Augusto, 10/11/2001 e
gêmeas Sofia e Marina, 2003)
Apresentador de TV; estréia como
Assistente de Produção (1973, Rede
SBT, no programa "Domingo no
Parque", de Sílvio Santos); destaca-se
com seus programas "Viva a Noite"
(1982), "Domingo Legal" (17/01/1993); empresário de artistas
como "Menudo" (1984), "Dominó", "Polegar", etc; dono de
emissora de TV (2003) em MT, tem a licença de "merchandising"
de vários vários.
Gugu
ROBERTO CARLOS DA
SILVA
Nascimento: 10/04/1973, Fazenda
São José do Bonine, Garça (ex-Incas
e Italina), São Paulo, Brasil
Jogador de futebol (lateral), destaca-
se no PALMEIRAS/SP (1993 a
1995) e na Europa; 89 jogos pela
Seleção; Penta-Campeão (2002).
Roberto Carlos
FALECIMENTOS
1585 - Papa Gregório XIII (n. 1502).
1599 - Gabrielle d'Estrées, Duquesa de Beaufort e amante de Henrique IV de França (n.
1571)
1813 - Joseph-Louis Lagrange, matemático (n. 1736).
1882 - Dante Gabriel Rossetti, um dos fundadores da Irmandade Pré-Rafaelita (n. 1828).
1907 - Teixeira de Melo, escritor brasileiro (n. 1833).
1911 - Mikalojus Konstantinas Čiurlionis, pintor e compositor lituano (n. 1875)
1919 - Emiliano Zapata, revolucionário (n. 1879)
1931 - Khalil Gibran, ensaísta, filósofo, prosador, poeta, conferencista libanês (n. 1883)
1955 - Teilhard de Chardin, padre, arquólogo e filósofo francês (n. 1881)
1962 - Stuart Sutcliffe, baixista e membro dos Beatles (n. 1940)
1967 - Viriato Correia, jornalista e escritor membro da Academia Brasileira de Letras (n.
1884)
1985 - Cora Coralina, poetisa e contista brasileira (n. 1889)
7. AUGUSTE MARIE
LOUIS NICHOLAS
LUMIÈRE
Nascimento: 19/10/1862,
Besançon, Doubs, França
Filiação: Antoine Lumière
Casamento: Marguerite
Winckler: 2 filhos
Falecimento: 10/04/1954,
Lyon, França
Engenheiro, tido como inventor
do cinema (juntamente com seu
irmão Louis); primeira projeção
pública com entradas pagas:
28/12/1895 no "Grand Cafe",
Boulevard des Capucines, Paris (o programa incluia 10 curtas,
começando com "La Sortie de L`Usine Lumière a Lyon" - A Saída
da Fábrica Lumière em Lyon); com o irmão desenvolve o primeiro
processo de fotografia colorida, o autocromo, a placa fotográfica
seca (1896), a fotografia em relevo (1920) e o cinema em relevo
(1935).
Auguste Lumière
GIBRAN KHALIL GIBRAN
Nascimento: 06/12/1883, Bsharri,
montanhas do Líbano
Falecimento: 10/04/1931, Hospital
São Vicente, New York, Estados
Unidos
Causa: Crise pulmonar
Poeta, filósofo e artista do amor;
tido como o "Dante do Sécul o
XX".
Khalil Gibran
ANA LINS DOS
GUIMARÃES PEIXOTO
Nascimento: 20/08/1889, casa que
pertence à família há cerca de um
século, atual museu, Goiás Velho,
Goiás, Brasil
Filiação: Francisco de Paula Lins
dos Guimarães Peixoto
(Desembargador) e Jacinta Luiza do
Couto Brandão
Falecimento: 10(11?)/04/1985,
Goiânia, Goiás, Brasil
Escritora, poetisa e contista focada na tradição da vida interiorana;
primeiro conto publicado: "Tragédia na Roça".
Cora Coralina
ALFREDO MOREIRA JR
Nascimento: 1908, Miracema, Rio de
Janeiro, Brasil
Falecimento: 10/04/1998, Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Causa: Insuficiência respiratória
Técnico de Futebol da seleção (1952)
e de vários clubes (FLUMINENSE,
FLAMENGO/RJ, BOTAFOGO/RJ,
VASCO/RJ, etc.); tido como
"retranqueiro" (preocupado demais
com a defesa), na verdade reformula o futebol introduzindo a
marcação por zona.
Zezé Moreira
Feriados e eventos cíclicos
Brasil: Dia da Engenharia
Dia do Exército Brasileiro
Dia do Engenheiro do Exército
8. Aniversários de cidades
Rio das Ostras - RJ - Brasil
Colinas - MA - Brasil
Parnarama - MA - Brasil
Fatos Históricos de Santa Catarina:
1847 Aviso, desta data, aprova ato do presidente da Província, Antero de
Brito, fundando uma colônia alemã na Armação da Piedade.
1893 Instala-se, na capital catarinense, o Tribunal de Relação, em
substituição ao Tribunal de Justiça que havia sido dissolvido pelo
governador, tenente Manoel Joaquim Machado.
Calendário Maçônico do Dia
1755 Nasce Samuel Hahnemann, o Pai da Homeopatia, iniciado na Loja
Zu den Drei Seeblatem.
1809 Outorgada a Carta Constitutiva da Ordem do Sagrado o Templo e
Sepulcro e de S. João de Jerusalém, pelo príncipe Edward, duque
de Kent.
1822 José Bonifácio dá ordem ao Intendente da Polícia “mandando
cercar por força os ajuntamentos da Maçonaria, prender todas as
pessoas encontradas e fazer apreensão de todos os papéis”.
1850 Fundado o Grande Capítulo dos Mações do Real Arco de Illinois
1971 Lançamento da Revista “A Trolha”.
(Pesquisas da edição: http://pt.wikipedia.org - Imagens: www.google.com.br)
Ir Marlanfe Michaelis Rocha de Oliveira
Loja Maçônica Cherub – Duque de Caxias – RJ
9. I – O Templo e a Loja
Denomina-se Loja a sociedade de
Maçons, como organismo de construção
moral, social e especulativa. Na Loja se
reúnem os irmãos para seu trabalho
fraternal e em benefício da humanidade.
A Loja simboliza o mundo, o
universo em que vivemos, representa o
grande infinito. Sendo assim, a Loja tem
por comprimento a distância do Oriente ao
Ocidente, a largura do Norte ao Sul, a
altura do Nadir ao Zênite. A Loja em que
os maçons se reúnem deve satisfazer
determinadas exigências arquitetônicas,
com a devida ornamentação, inclusive o
pavimento, mosaico em preto e branco,
com a estrela flamígera e a borda denteada.
A luz penetra por três janelas, ao Oriente,
ao Sul e a Oeste; mobiliário, jóias, móveis
e imóveis, a Carta Constitutiva, e um
mínimo de sete obreiros, Oficiais, para a
abertura dos trabalhos.
Além, da Câmara das Reflexões, local onde é recolhido o profano, antes de ser
introduzido no Templo, um prédio maçônico compõe-se de três partes essenciais, a saber:
A Sala dos Passos Perdidos, onde ficam os Irmãos e Visitantes antes do início das sessões.
Ali pode-se conversar livremente e realizar atividades de recreação dos Maçons;
Átrio ou Vestíbulo, local que precede o Templo, onde ficam as estrelas para recepção das
Autoridades;
Templo, local com decoração apropriada à sua finalidade e símbolos de conteúdo universal.
Em circunstâncias especialíssimas, sob a devida autorização, a Loja poderá reunir-se fora do
Templo conservando, simbolicamente, esta denominação.
10. II – Origem e Significado do Templo
Templo, é em geral, o nome atribuído ao
local das reuniões dos membros de instituições
iniciáticas, como é o caso da Maçonaria. Cada
grau, dentro da Maçonaria, possui um painel
próprio, contendo elementos que devem figurar
no Templo em que se reunem as Lojas.
Antigamente, na falta de um local
apropriado, realizava-se a reunião onde fosse
possível, sendo a configuração do painel feita
através de um desenho de giz, no solo. Este
desenho era apagado ao final da sessão. Assim,
segundo Boucher, o Templo “é a realização
material do painel da Loja. Simbolicamente , é
orientado como as igrejas: a entrada no
Ocidente, o sólio do Venerável no Oriente, o
lado direito ao Meio-Dia e o lado esquerdo no
Setentrião”.
A Maçonaria trata em seu simbolismo
do Templo Humano, um templo espiritual,
edificado no coração e na mente do Maçom,
isto é no seu corpo e na sua alma, para
recolhimento do Bem, do Amor Fraternal, da
Beneficência e da Concórdia. Lê-se em João, II, 18-21 : “...„Destruí este templo e em três dias eu
o construirei de novo‟...”, adiante o evangelista esclarece: “Ele dizia isto a respeito do templo de
seu corpo”, e ainda em Coríntios, III, 16-17: “Não sabeis que sois o templo de Deus e que o
Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o
templo de Deus – que sois vós – é sagrado.”.
O Grau 4º da Maçonaria do Real Arco reverencia todos os acontecimentos referentes aos
dois templos: o de Salomão e o de Zorobabel.
O Templo Maçônico retrata alguns dados arquitetônicos do templo que Salomão mandou
erigir em Jerusalém, na colina do Monte Moriah, citado na Bíblia, para com os referidos dados
perpetuar seus ensinamentos sobre simbolismo. Maçonicamente, é um templo apenas simbólico,
uma imagem representativa do Universo, com suas maravilhas, e serve a ensino ministrado em
Loja. Este primeiro Templo, também denominado Templo Santo, foi destruído pelo exército de
11. Nabucodonosor, no ano décimo-primeiro do reinado de Sedécias, que foi o 21º rei da raça de
David, fato referenciado Grau 15º do REAA . A história da construção, bem como a
descrição detalhada do Templo de Salomão podem ser lidas no Primeiro Livro dos Reis (1 REIS,
V, 15 - VIII, 13).
Denomina-se Maçonaria Salomônica os graus atribuídos a Salomão, ou relacionados com a
construção do Templo de Jerusalém, e Colunas Salomônicas as duas colunas situadas à entrada
do Templo (B e J).
Salomão, nono filho de Davi, com Betsabéa, foi o terceiro rei do povo hebreu, tendo
sucedido a seu pai. Governou por cerca de 40 anos, seu governo constitui-se num período de paz,
de trabalho e prosperidade para Israel. Sua sabedoria tornou-se lendária em todo o Oriente, pois
elevou à glória a monarquia israelita e construiu o Templo de Jerusalém. Edificou as muralhas da
cidade e ampliou o cultivo das artes e das ciências. Seu nome acha-se ligado à ritualística
maçônica, através de inúmeras lendas, e dos Graus 14º e 27º do REAA, e 69º do Rito de
Misraim, entre outros. Seu nome, de shalomon, de shalôm, significa “Paz, Pacífico, Santidade”.
O Templo de Zerubabel, ou Zorobabel tinha o dobro das dimensões do primeiro. Afirma-
se em relato bíblico que esta construção levou vinte e um anos devido à oposição dos
samaritanos, ressentidos com os judeus desde a divisão do reino, cerca do ano 976 a.C.
No REAA o Grau 15º faz alusão à construção do segundo Templo.
12. III – Simbolismo no Templo
Segundo Caldas Aulete, “símbolo” é uma figura ou imagem, que serve para designar
algo, seja por meio do desenho, pintura ou escultura, seja por meio de expressões figuradas,
objeto físico qualquer, com uma significação convencional.
Podemos encontrar símbolos associados à raça humana desde seu surgimento, na verdade
estes constituem sinais produzidos conscientemente de sua presença em cada região habitada do
planeta. A utilização dos símbolos remonta à origem das civilizações registrando a história em
seus fatos e sintetizando as idéias que nortearam as gerações.
Um mesmo símbolo pode abrir espaço a várias interpretações, assim como uma mesma
coisa pode ser representada por vários símbolos. Seu mecanismo é a analogia intuitiva, a grande
finalidade é a expressão do conhecimento que não pode ser reduzido a uma forma racionalmente
compreensível ao homem.
São encontrados, inseridos no contexto do templo maçônico, entre outros, os símbolos
seguintes:
O Delta Luminoso
No alfabeto grego encontramos o delta como a quarta letra, D, sendo
sua figura o triângulo equilátero. Segundo Diaz de Carvalho, uma, ou
mesmo duas linhas geométricas não podem representar um corpo
absolutamente perfeito, entretanto três linhas, ao se unirem, formam
a primeira figura regular e perfeita, a primeira perfeição. Nenhuma
figura tem maior utilização na simbologia maçônica, por vezes
representado por três pontos.
Tal como exposto por Ramée, o o triângulo, composto por três linhas
e três ângulos, forma um todo completo e indivisível. Todos os outros
polígonos se subdividem em triângulos e são compostos por
triângulos, o que faz deste o tipo primitivo, base à construção de todas as superfícies. Para os
simbolistas os três ângulos representam Sabedoria, Força e Beleza, atributos de Deus, e
também Sal, Enxofre e Mercúrio, segundo os hermetistas, princípios da obra de Deus. Os três
ângulos representam ainda os três reinos da natureza, mineral, vegetal e animal, e as três fases
da revolução perpétua, Nascimento, Vida e Morte, revolução que Deus governa sem ser
governado.
O triângulo representa a Tríade ou Trindade, Triada, em grego, Trindadem, em latim, Trimurti,
em sânscrito. Para os cristãos, Pai, Filho, Espírito Santo. A letra delta e o sentido que carrega
originou a palavra Deus no sânscrito, Diaus, e nas línguas latinas, Dia e Deus, tal como
chegaram até nós. Em grego, devido a razões de pronúncia, o vocábulo, escreve-se Théos.
Baseado neste polígono, é composto o Delta Luminoso, encontrado sobre o trono ocupado pelo
Venerável, e ainda no avental do Príncipe de Jerusalém (título conferido ao grau 45º do Rito de
13. Misraim), tal como no barrete do Grande Sacrificador (Grau 23º do REAA). No centro
do triângulo é encontrado o Olho Onividente (“Olho que tudo vê”), símbolo da consciência de
Deus sobre tudo o que existe, ou, em certas lojas, a letra G. Esta letra G, que também aparece
em meio às hastes do Compasso combinado com o Esquadro e no centro da Estrela Flamejante
está associada ao nome de Deus em vários idiomas como God, em inglês, Gott, em alemão,
Gud, em sueco, Gada, em persa, e ainda às palavras Gnose, Grande, Geração, Glória,
Geometria, Gravidade, Gênio, entre outras.
Podendo ser centrado também pelo tetragrama IHVH, iniciais da palavra sagrada, para os
hebreus, associada à Divindade, o Delta Luminoso representa o mais alto poder, a sapiência, a
verdadeira luz.
O Sol e A Lua
Localizados no retábulo ou painel do Oriente, atrás do altar do
Venerável Mestre, representam, segundo Wirth, as seguintes idéias:
Sol Ouro, luz direta, razão, discernir, inventar, descobrir,
trabalhar, dar, mandar, fundar, criar, engedrar,
fecundação, Jaquim.
Lua Prata, claridade refratada, imaginação, crer, assimilar,
compreender, sentir, receber, obedecer, conservar,
manter, conceber, gestação, Boaz.
A Lua é representada em seu quarto crescente, indicando ao maçon o dever de aumentar o
conhecimento que recebe, assim como, sua propriedade de reflexão indica ao maçon o dever de
retransmitir o conhecimento adquirido.
O Sol e a Lua iluminam o mundo, assim como o maçon, captando por intuição a Verdade Divina,
Luz Suprema, ilumina o mundo
Deus é a Luz e a Verdade Supremas. O maçon recebe esta Luz e esta Verdade através do seu
pensamento e as transmite através de sua palavra do mesmo modo que estes astros trazem ao
mundo físico a Luz imaterial do Cristo.
O Venerável Mestre Maçon reúne em si as propriedades desses dois astros.
A Estátua de Minerva
Minerva, de acordo com a mitologia, simboliza a sabedoria e demais atributos
superiores. Filha de Júpiter (Zeus), era chamada pelos gregos Atena ou Palas. Aparece
no painel da Câmara de Reflexões do Grau 2º, na Maçonaria Egípcia do Grão-Copto
14. (Cagliostro). Por vezes sua estatueta aparece sobre a coluna jônica, no Oriente da Loja, onde se
coloca o Venerável e deve reinar a Sabedoria. Representa o primeiro dos três S‟s, Sapientia.
A Estátua de Hércules
Hércules, de acordo com a mitologia, simboliza a força. Filho de Júpiter e de Alcmena.
Sua estatueta aparece sobre a coluna dórica, junto ao 1º Vigilante. Representa o segundo
dos três S‟s, Salus.
A Estátua de Vênus
Vênus, de acordo com a mitologia, simboliza a beleza, em termos maçônicos esta
beleza refere-se ao conceito moral. Em algumas lojas aparece em vez da coluna
Coríntia, sobre o altar do 2º Vigilante. Representa o terceiro dos três S‟s, Stabilitas.
15. O Livro Sagrado
É assim chamado o volume colocado sobre o Altar dos Juramentos, ou
ainda Livro da Lei, ou Livro da Sabedoria. Para os Cristãos, a Bíblia;
para os hebreus, o Talmude ou o Antigo Testamento; para os
muçulmanos, o Alcorão; para os adeptos do bramanismo, os Vedas; para
os masdeístas ou seguidores de Saratustra, ou Zoroastro, o Zenda-
Avestá.
A Estrela Flamejante O Esquadro O Compasso Pavimento Mosaico
A Pedra Bruta Pedra Cúbica Prumo Maço Cinzel
ONível - * Mar de Bronze - As Duas Colunas - Os Signos Zodiacais - A
Corda de Oitenta e Um Nós
A Constelação
16. Bibliografia
DICIONÁRIO ILUSTRADO DE MAÇONARIA
Santos, Sebastião Dodel dos
Biblioteca Maçônica, 1984
RITUAL DE MAÇONS ANTIGOS, LIVRES E ACEITOS – GRAU DE APRENDIZ-MAÇOM
Segundo o Sistema do Rito Brasileiro
Grande Oriente do Brasil
Or do Rio de Janeiro – Brasil, 1980 E V
SIMBOLOGIA MAÇÔNICA - VOLUME I
Magalhães, Augusto Franklin Ribeiro de
Rio de Janeiro, 1976
17. BÍBLIA – MENSAGEM DE DEUS (PRIMEIRO LIVRO DOS REIS)
L E B - Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 1989
A LEI DE MOISÉS E AS “HAFTAROT”
Tradução, explicações e comentários pelo Rabino Meir Masliah Melamed
S. Cohen & Cia Ltda., 1968
A FRANCO-MAÇONARIA – HISTÓRIA E INICIAÇÃO
Christian Jacq
DIFEL, Rio de Janeiro, 1977
ALQUIMIA – INTRODUÇÃO AO SIMBOLISMO E À PSICOLOGIA
Marie-Louise Von Franz
CULTRIX, São Paulo, 1993
Ir Charles Evaldo Boller - Curitiba.
Loja Apóstolo da Caridade 21 Grande Loja do Paraná
Repasse: Ir Amaral (nosso embaixador em Ponta Grossa e Região)
Sinopse: Simbolismo, misticismo e esoterismo ligados à marcha do aprendiz-Maçom
Durante a marcha, na interpretação mística e esotérica da Maçonaria, o
aprendiz maçom no Rito Escocês Antigo e Aceito não deve levantar o pé
do chão, e sim arrastá-lo.
18. Dentro da liturgia maçônica a marcha tem sentido esotérico, ligado a
uma espécie de campo de força do pensamento, gerado pelos irmãos
reunidos em loja; chamam-no Egrégora. Pessoalmente nunca senti a
manifestação desta hipotética energia, talvez porque ainda não alcancei
os níveis certos na Escada de Jacó, ou nunca o alcançarei por possuir
mente de formação preponderantemente cartesiana. Dizem os místicos e
esotéricos da arte da Maçonaria, ser este um campo de força que parte
do oriente, tem um polo na coluna da sabedoria, na pessoa do
venerável mestre e termina na pessoa do guarda do templo; sendo esta a
razão do guarda do templo nunca poder sair de seu posto, nem do
templo, e a porta do templo não pode ser tocada por outro irmão oficial
qualquer enquanto a loja estiver aberta.
O aprendiz maçom está ligado às coisas da matéria, ele constrói seu ser
material, ligado à Terra. É o que significa o esquadro sobre o compasso.
O aprendiz maçom está ligado às coisas materiais e depois, ao galgar
outros graus ele passa a tirar os pés do chão.
Alguns irmãos brincam com a marcha do aprendiz maçom, chamando-a
de a marcha do "manquinho", exatamente devido esta característica do
pé esquerdo ser arrastado para frente e depois o calcanhar direito bate
em esquadro no calcanhar esquerdo.
Em nenhum momento, nenhuma das palmas dos pés, tanto direito como
esquerdo descolam do chão. Há quem queira explicar este arrastar de pés
como ligados ao fato do aprendiz maçom ainda não estar
simbolicamente acostumado com toda a luz, então vai tateando.
De tudo o que se lê a respeito, o arrastar de pés está ligado unicamente
ao fato do aprendiz maçom estar ligado ao chão, à Terra, um dos quatro
elementos, porque ainda não galgou a escada em direção de sua
espiritualização. Isto é simbólico, mas pretende passar sensibilidade com
os assuntos da espiritualidade.
19. Pessoas como eu poderão dizer, num primeiro instante, que é bobagem,
mas />sabemos que a ritualística maçônica carrega em si mensagens em
seus símbolos que talvez um dia o iniciado vai descobrir o significado.
Daí, se mudar o símbolo, muda-se a mensagem, então é importante
executar a ritualística com rigor, senão ela realmente não passa de
atitude fingida e não de um símbolo esotérico. E sabemos que estamos
na Maçonaria para nos influenciarmos mutuamente. As quatro linhas de
pensamento básicas da Maçonaria devem fundir-se numa só para
preparar o homem em sua caminhada pela sociedade, onde fará sua obra.
Um exemplo: sabe-se que a espada do guarda do templo é uma arma
branca (que não corta nada fisicamente), mas além de ser símbolo da
honra e do poder, ela é o que espanta as más influências do mundo
externo à Egrégora; e se a espada fosse substituída por um fuzil AR-15?
Este último também é uma arma de ataque, porém, que mensagem esta
poderá transmitir? Será que a mensagem é a mesma da espada? A
metralhadora transmite a mensagem de ser arma de honra? Ou de
destruição em massa? É razão para preservarmos os símbolos
exatamente como foram idealizados pelos primeiros maçons com risco
da mensagem original perder-se. O mesmo se dá com o movimento
arrastado dos pés durante a marcha do aprendiz. Será esta uma daquelas
invenções que poluem a Maçonaria Simbólica, dita por Albert Pike?
Ainda não é possível afirmar, ademais, na Maçonaria tudo parece ter
uma razão de ser até prova em contrário; é assim que funciona. A
marcha do aprendiz maçom tem relações com as três colunas do templo:
sabedoria, força e beleza. Sabedoria porque se destaca a cabeça como se
estivesse numa prateleira quando se coloca a mão em esquadro na
garganta; Beleza porque a postura e a marcha devem ser feitos com
garbo, energia, elegância; Força porque devem ser feitos de forma
enérgica, orgulhosa e denotando força moral. Além disso, o
posicionamento da marcha do aprendiz é emblema de três passagens:
20. nascimento, vida e morte. Quando bem feito representa discernimento,
retidão e decisão. Quando a marcha é torta e frouxa representa: inépcia,
farsa, vacilação.
Os três esquadros formados pela mão, braço e pés significam: podem me
degolar que não conto os segredos; o braço e antebraço em esquadria
significam força à disposição da Ordem; a esquadria dos pés significa
que o caminho do maçom deve sempre ser pautado pela retidão do
ângulo reto. São três os esquadros porque três é a idade do aprendiz
maçom.
Acima de qualquer especulação ou consideração, é importante lembrar
que existem duas maneiras de efetuar qualquer tarefa: fazer bem feito ou
mal feito: implica que, tanto para fazer bem feito, como para fazer mal
feito leva-se quase o mesmo tempo e se gasta quase o mesmo recurso;
então faça bem feito!
Ademais, como estudante da arte real é importante fazer tudo bem feito,
para escalar a Escada de Jacó com galhardia e progredir espiritualmente
para honra e à Glória do Grande Arquiteto do Universo.
Bibliografia:
1. CASTELLANI, José, Consultório Maçônico XI, ISBN 978-85-7252-286-1, primeira
edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 176 páginas, Londrina, 2011;
2. PIKE, Albert, Morals and Dogma, of the Ancient and Accepted Scottish Rite of
Freemasonry, primeira edição, Supreme Council of the Thirty Third Degree for the
Southern Jurisdiction of the United States, 574 páginas, Charleston, 1871.
21. Para abrilhantar este domingo o Ir. Hercule Spoladore, da Loja de Pesquisas
Maçônicas “Brasil” de Londrina, escreve hoje sobre a criação do Rito Brasileiro.
Vale à pena clicar no PDF que se encontra anexo e aprimorar seu conhecimento
A Loja Padre Roma nr. 16 realiza neste domingo (10) a partir das 11h00 almoço
beneficente com vários pratos à escolha, no valor de R$ 10,00. Será no
Educandário Santa Catarina, em Roçado, São José.
Também neste domingo (10) ás 17h00 no Templo da Soc. Humânitas
Jaraguaense, em Jaraguá do Sul (SC), haverá Reunião Ritualística do Capitulo
Companheirismo Jaraguaense nº 503, com a interessante palestra do Ir.: Pablo
Sandler, A.: M.:, da ARLS Humânitas nº 34 (GOSC), que falará sobre o tema
“Qual de fato foi o primeiro Templo?”.
O Ir Pablo morou por 10 anos em Jerusalém. É um Ir.: apaixonado por História
antiga e arqueologia, e dedicou-se a estudar em seus tempos livres a história em
torno do Primeiro Templo de Jerusalém (Templo de Salomão).
Resumo da palestra: Nenhum objeto sobre a terra tem capturado a imaginação
mais que a Arca da Aliança. Quando soltamos a imaginação para navegar pelas
diversas pesquisas e teorias, relatos e mitos, numa forma profunda, abrangente e
destemida, entenderemos que novas possibilidades envolvendo as próprias origens
das religiões monoteístas surgem à tona. Se bem que longe da historia ser
esclarecida, novos estudos de pesquisadores inovadores, homens livres de intelecto,
nos levantam possibilidades do passado nunca antes desvendadas. Novos estudos
nos guiaram para a incógnita: Qual de fato foi o primeiro Templo? Abundantes
indícios apontam para uma preciosa sabedoria que existiu já de antes da chegada
bíblica à terra do leite e mel.
O médico pediatra Ir Luiz Felipe Tavares da Loja Luz do Planalto nr. 76, de
São Bento do Sul – SC lança a sua obra “Buscar é Preciso” às 19h00 do dia 14 de
abril (quinta-feira da semana que entra), na Livraria Cultura no Shopping Market
Place, à avenida Dr. Chucri Zaidan, 902, na Capital paulista. A capa do livro acha-
se à vista dos Irmãos, principalmente os de São Paulo, no início deste informativo.
.
22. Música ambiente - Vladimir Vladimir Kush
pintor e escultor russo vivendo hoje nos Estados Unidos.
23. Loja Maçônica Acadêmica Jorro de Luz e Sabedoria – Bahia
Trabalha no Rito Brasileiro (GOB/BA)
Para este domingo nada melhor do que o verbete (Humor Maçônico do Vade-
Mécum “Do Meio-Dia á Meia-Noite”do Ir. João Ivo Gerardi.
24. Divirta-se
HUMOR MAÇÔNICO: 1. Os maçons têm, também, o seu lado espirituoso no bom sentido.
Não poderia faltar à Maçonaria, mesmo sendo uma Instituição séria, algum tom anedótico,
sem malícia, como há em todos os agrupamentos humanos. Assim, transcrevemos aqui
algumas:
2. Espécie de Maçom: - Que espécie de maçom é você? - Alguns são como carrinho de
mão: precisam empurrar para trabalhar. - Alguns são como canoas: só andam a remo (e às
vezes, à deriva). - Alguns são como gatinhos: contentes quando mimados. - Alguns são como
balão de gás: cheios de ar e prontos para explodir. - Alguns são como traillers: têm que ser
puxados. - Alguns são como anúncios de à néon: apagam e acendem. - Alguns são como
baterias descarregadas: sem nenhuma energia ou força. - Alguns são como o clima: instável
e mutável. - Alguns são como crianças: sem senso de responsabilidade. - Alguns são como
telescópios: podem ver o trabalho... à distância. - Alguns são como microscópios: sempre
mostrando pequeninas falhas dos outros. - Alguns são como o nascer do sol: podemos
sempre depender deles. - Alguns são como rochedos: firmes, constantes, imutáveis e
inabaláveis. Cada um pode, desde logo, ser identificado.(Zairo Lara Filho).
25. 3. Quero ser Venerável: Tô falando....não param de me perseguir! Estão sempre contra a
minha pessoa. E ainda se dizem irmãos. O negócio é que a Loja estava um marasmo. Tava
um saco. Aliás, por falar nisso, sempre preferi AMASSARMARIA à Maçonaria, vocês sabem.
Só tem um negócio lá que atrai: O PODER! Foi aí que resolvi: quero ser
Venerável! Comecei a conversar com os caras, mas eles me vieram com um papo de que
era cedo, que eu não tinha sido secretário...! Função subalterna, trabalha mais do que fala.
Jamais! Não tenho tempo para isso... QUERO MESMO É SER VENERÁVEL! Mas tudo tem
seu jeito. Os dias passaram, bati papo com uns e outros, fui enrolando. Fiz um leilãozinho de
cargos. Pouco trabalho e muita pose. As Vigilâncias vão para dois alérgicos ao trabalho.
Nada de preparar Instruções. Se elas já estão escritas, quem quiser que leia, bolas. A
oratória vai para um caso patológico de exibicionismo que precisa de platéia - vai ter
sempre! E por ai continuei... Quanto àquelas condições de elegibilidade, atropelei todas.
Pra freqüência, atestado médico comprovando 'Mal de Escroque'. Nada como uns livrinhos
misticistas. Dou uma cheirada neles e viajo no esoterês... Bons costumes? Não tem
problema, eles ainda não me conhecem direito... Capacidade administrativa? Bah,
administração é coisa para jogar em cima do secretário. Meu negócio é bater malhete e usar
paramento. O resto, eu leio e só assino. Mas tem uma turminha que se acha dona da Loja só
porque não falta, arruma e desarruma o Templo, chega cedo, comparece no Tronco ou na
obra de amor e outras besteiras dessas. Eles resolveram lançar um candidato deles. Mesmo
que ele não tenha chance, não custa pichar um pouco. Como dizia meu guru, da calúnia
sempre fica alguma coisa... Fui armando nos bastidores, fazendo cabalas com minha grande
capacidade de persuasão... Vocês sabem, ele é muito jovem, não presta para
mandar... Comprei presentinhos, fiz longos discursos e botei algumas notas no Tronco (pô
que desperdício). Prometi, bajulei e menti. Beijei criancinhas, abracei sogras, fui a batizado
e enterro. Enfim, tornei-me o candidato ideal. O outro boboca, coitado, nem fez campanha.
Apresentou um tal plano de trabalho que fazia jus ao nome, só falava de trabalho. Argh!
Ninguém deve ter gostado. Chegou o grande dia da eleição, eu lá tranqüilo, já até pensando
na reeleição. Aliás preciso até ver quantas vezes é permitido, de repente, dá até para mudar
o regulamento... Por falar nisso, será que venerável é como comprar toca-fitas: instalação é
de graça? Não importa. Se não for, ponho na conta da Loja, junto com as dos paramentos,
que já mandei fazer, bordados a ouro. Enfim, o grande momento. Começa a apuração. Há
Unanimidade, estão dizendo. É a glória. Eu mereço... O quê...? Ganhou o outro? Não,
absurdo! É roubo! E o meu voto e os compars..., quero dizer, correligionários? Heim...? Não
tínhamos freqüência? Vocês não me merecem. Vou fundar uma outra Loja, para ser
Venerável. Vocês ainda vão ver a 'VIGARICE & PICARETAGEM' em funcionamento ainda
este ano. Quero meu Quit Placet! O quê? Tem de pagar? Deixa pra lá então! T.·.F.·.A.·.
(Millôr Fernandes).
4. O Caixeiro Viajante: Um rapaz simpático, educado, de bons hábitos e bem sucedido na
vida exercendo a profissão de caixeiro viajante, resolveu comemorar o seu noivado num
26. restaurante discreto e aconchegante em uma cidade com as mesmas qualidades. Como já
havia viajado muito não foi difícil encontrar a cidade ideal. O rapaz partiu com sua noiva e a
sua mãe em direção a cidade escolhida. Após algumas horas de viagem chegaram a cidade
Pedra Dura. Hospedaram-se e em seguida o rapaz saiu a procura do restaurante ideal. Era
cedo, manhã bonita e calma, andou pelas ruas pacatas e encontrou um restaurante à beira de
um riacho com o nome de Restaurante 3 Irmãos. O nome do estabelecimento lhe agradou,
deu, na porta do mesmo, três pancadas. Em seguida uma voz respondeu-lhe as batidas: -
Quem vem lá? - Sou um cliente que deseja tratar um jantar comemorativo. Respondeu o
rapaz. - Pois então entre. O viajante entrou e um homem simpático e educado o esperava no
salão. - Bom dia! Cumprimentou o recepcionista e perguntou:. - Sois garçom? - Meus
clientes como tal me reconhecem. O garçom continua a conversa. - De onde viestes? - De
uma cidade chamada São João. - O que fazes na vida? - Sou caixeiro viajante. Viajo a
negócios e visito Lojas. - Vens muito por aqui? - Não muito, esta é a minha 3ª viagem. - O
que quereis? - Um jantar para 3 pessoas em lugar reservado. - Que tal entre aquelas
colunas? É um lugar bem privativo. - Parece-me bom. Ficaremos entre elas. - O que beberão
na ocasião? - Para minha mãe e noiva uma taça de bebida doce. Eu prefiro algo amargo
como aperitivo. - Pode ser whisky? - Nacional? - Não, escocês. - Bem se for antigo, eu
aceito. Tudo bem, mas gostaria que as mesas fossem bem ornamentadas: - Podemos
ornamentá-las com romãs, ficam bonitas e exóticas. - E quanto as flores? - Fique tranqüilo,
fazemos arranjos com rosas e espigas de trigo. - Pois então faça, não poupe nada, quero
fartura em abundância. Você estará aqui? - Sim, trabalho do meio dia à meia noite. - Bem
pela conversa o atendimento é bom. E o preço? - O preço é justo e o atendimento é perfeito,
mas qual é o seu nome? - Salomão e o seu? - Iran, sou conhecido como Iran dos bifes, sou
bom em cortar bifes. Meus irmãos também atendem. Um chama-se Emanuel e o outro José.
Mas é conhecido por Zé. - Você é desta cidade? - Não, também fui caixeiro viajante. Gostei
tanto desta cidade que na minha 5ª viagem resolvi ficar por aqui. E já se fazem 5 anos, acabei
comprando este restaurante. Olha, no começo foi difícil. Este estabelecimento era mal visto,
pois pertencia a três trapalhões chamados: Gilberto, Juberto e Juberton. Fizeram tantas
trapalhadas que acabaram assassinados. - Olha Iran, coloque a mesa da minha mãe separada
para haver mais privacidade. - E o seu pai não vem? - Não minha mãe é viúva. -
Coincidência! Eu também sou filho de uma viúva. - Eu há muito já percebi. - Como se
chama tua mãe? Temos cortesia para ela. - Minha mãe chama-se Acácia. - Este nome me é
conhecido, tivemos uma ótima cozinheira com este nome. - Bem eu já vou indo. Logo mais
retornarei com elas. Ah! Já ia me esquecendo. Qual é a especialidade da casa? - Churrasco.
- Ótimo! É macio? - Sim, tão macio que a carne se desprende do osso. - Ah, Senhor meu
Deus! Que maravilha, não posso perder! O Lugar é seguro? - Sim, temos dois rapazes
espertos que cuidam disso. E no salão temos 2 vigilantes. - Parabéns, o seu restaurante está
coberto de qualidades, salve o adorável mestre. Até logo.
27. 5. Muitos humoristas e os grandes comediantes que aderiram à maçonaria. Os mais
conhecidos são Charles Chaplin, Stan Laurel e Oliver Hardy (O Gordo e o Magro), Mario
Moreno (Cantinflas) e Peter Sellers.
6. Aos Irmãos com senso de humor mais desenvolvido sugiro as seguintes bibliografias:
Aconteceu na Maçonaria - Alci Bruno; Com a Maçonaria Não se Brinca - Joaquim Maria
Zeferino; Cuidado, Maçom! - José Pansani e Papo de Bode - Ari Casarino de Carvalho. (V.
Humor, Ironia, Riso, Sorriso).
Assim eu vejo a vida
Cora Coralina
(Hoje, aniversário de sua morte)
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
28. O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.