3. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
O conceito de Clássico → Antiguidade Clássica → período da
História da Europa ocidental entre 900 a.C., até a queda do
Império Romano do ocidente no ano 476 d.C.
Vimos aula passada: Egito → produção artística e arquitetônica →
religiosidade e a observação da regularidade da natureza →
composição artística regrada, rígida e imutável ao longo dos
séculos .
↓
Na Grécia esta influência dá lugar a uma arte interpretativa
centrada no ser humano como medida e fim de todas as coisas,
assim definindo a primeira civilização “humanista” do mudo
ocidental. → Deuses representados através de figuras de homens
e mulheres com todas as suas imperfeições e qualidades.
↓
Herança grega: Democracia, filosofia, literatura, oratória, poesia,
teatro, pedagogia, estética, conhecimentos de geometria e
matemática, além dos esportes (como as Olímpiadas).
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4. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Localização geográfica da Grécia Antiga
A Grécia não correspondia a um território unificado, mas a uma cultura
(língua, religião, costumes) compartilhada por uma grande população
espalhada em diferentes cidades-Estado.
Condições geográficas: relevo montanhoso e pouco fértil, com
vegetação escassa e rios parcos, litoral recortado e muitas ilhas.
Impulsionaram os gregos para o mar, favorecendo o
desenvolvimento do comércio e o intercâmbio cultural.
Favoreceram a fragmentação política pela dificuldade da
comunicação entre as comunidades estabelecidas nos diferentes
pontos.
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Cidades-estado (Polis) → autônomas → viviam da
produção agrícola e do comércio marítimo com
outras regiões do Mar Mediterrâneo → Mais
importantes Polis: Atenas (que ficou conhecida pelo seu
alto grau de desenvolvimento cultural e social) e Esparta
(conhecida pela sua simplicidade, frugalidade, abstenção de
conforto e luxo, autodisciplina).
Breve caracterização
da sociedade grega:
A democracia como
base de
governabilidade
5. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Breve caracterização da sociedade grega
Mitologia grega: base da filosofia contemporânea
Religiosidade importante para o povo grego → religião politeísta →
mitologia mais rica da antiguidade (monstros e heróis dirigidos pela benevolência
ou pela fúria de seus deuses).
Mitologia grega → importante referência, pois é base da filosofia
ocidental → desenvolvida principalmente em Atenas (séc. V a.C.) →
Sócrates e Platão filósofos mais conhecidos.
Qualquer atividade era forma de honrar os deuses (agricultura, caça, guerra).
Panteão grego tem característica única → Deuses falhos como humanos
→ Forma de explicar as coisas do mundo, pois os gregos não conheciam
suas origens e não podiam explicar os eventos a partir da ciência, além
de ser uma possibilidade de transmitirem conhecimentos populares, essas
histórias eram transmitidas oralmente de geração para geração.
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6. Introdução à História do Design e a Produção na
Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Breve caracterização da sociedade grega
Mitologia grega: base da filosofia contemporânea
Heróis
Os gregos praticavam suas crendices através do culto politeísta
antropomórfico em que seus deuses se envolviam em grandes
aventuras, para tanto precisavam da participação dos heróis, que
de alguma forma possuíam alguma característica de divino. Eram
considerados intermediários entre os homens e os deuses, por ser o
resultado da união entre um deus e uma mortal (ou vice-versa)
como é o caso de: Hércules, Teseu, Perseu ou Édipo, por exemplo.
Deuses
Existência de doze divindades que moravam no Monte Olimpo → O
pai de todos era Zeus, casado com
Hera, Apolo (Deus do Sol e protetor das Artes), Ares (Guerra),
Poseidon (Mar), Afrodite (Amor), e Palas Atena (Sabedoria) →
Associados a fenômenos naturais: Tempestades seriam efeitos da
cólera de Zeus; terremotos, muito comuns na Grécia eram
explicados pelo mau-humor de Poseidon que batia com sua arma,
um tridente, no fundo do mar.
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Hércules Farnásio
Séc. IV a.C.
Poseidon
7. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Arte e arquitetura Grega
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Hermes com o jovem Dionisio (340 a.C.) → Os gregos educados
passaram a discutir a arte e valorizar os grandes artistas como
Praxíteles, provável escultor da obra ao lado. Os vestígios de rigidez
da obra desaparecem e as esculturas ganham movimentos, mas as
lições dos antigos nos desenhos do corpo.
Apolo do Belvedere (350 a.C.) → A beleza do corpo
das esculturas foi alcançada através do
conhecimento. As obras antigas eram
cuidadosamente analisadas até que se chegasse ao
grau máximo de perfeição não encontrada no
corpo humano. O típico e o individual chegavam ao
extremo equilíbrio.
Vênus de Milo (200 a.C.) → A famosa Vênus de Milo foi idealizada para
ser vista de lado (Vênus estendia os braços para Cupido): clareza e
simplicidade. Tal perfeição, entretanto, não representava um retrato no
sentido que o entendemos hoje. Assim, a expressão do rosto não era fiel,
e somente o movimento do corpo expressava a “alma” da escultura.
A arte desperta para a liberdade na Grécia entre 520 a
420 a.C. Os artistas, então, adquirem plena consciência
de seu poder e mestria, e são compreendidos pelo
público. Surgem várias “escolas” de arte: diferentes
estilos, métodos e tradições que distinguem os mestres
em várias cidades.
8. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Arte e arquitetura Grega
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Palácio de Knossos → “Planta
arquitetônica: “em torno” do pátio
central → programa com muitas salas,
onde algumas estão agrupadas de tal
forma que uma conduz à outra,
segundo uma ordem bem planejada.
Tinha pelo menos dois andares. Assim
precisaram resolver questões de
posicionamento de escadas, de
colunas e de iluminação.”
9. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Arte e arquitetura Grega
História
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Mégarons de Micenas → Sua arquitetura era formada por uma base
quadrangular, um vestíbulo ou pórtico suportado por duas colunas e com
telhados de duas águas. Com o passar do tempo, essa estrutura tornou -se
mais complexa com maiores dimensões e rodeadas de colunas.
10. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Arte e arquitetura Grega
Templos → Nada edificado era desnecessário → Partenon → uso de
cores → riqueza de detalhes escultóricos.
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11. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Arte e arquitetura Grega
Ordens arquitetônicas
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Toscana;
Jônica;
Coríntia.
Dórica;
Jônica moderna;
Compósita.
12. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Arte e arquitetura Grega
Ordens arquitetônicas
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13. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Mobiliário e os objetos na Grécia antiga
↓
Não conhecemos peças originais, como no caso dos Egípcios → fonte de
pesquisa → literatura, relevos esculpidos, pinturas, vasos de cerâmica.
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Mobiliário adaptado às
dimensões humanas
(ergonomia), influência
da cultura humanista.
Dimensões menores que
os modelos egípcios,
proporcionando mais
leveza e praticidade
14. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Mobiliário e os objetos na Grécia antiga
↓
Trípode → 3 pernas em forma de animal/ cabeças de ave → mesa/ banco
redonda grego de madeira, proveniente do Egito.
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“Diphros okladias” → Banco de fechar com pés zoomórficos voltados para dentro.
15. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Mobiliário e os objetos na Grécia antiga
↓
Cadeira Klismo
↓
Inspirada no assento dos Deuses gregos que mostrava sua imponência
devido ao formato côncavo das pernas da cadeira, que parecem estar
cedendo ao peso dos mesmos.
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Cadeira Klismo no
túmulo de Hegeso,
400 a.C.
Atriz da virada do séc.
XIX representando
imperatriz Loadamia.
Versões modernas
16. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Mobiliário e os objetos na Grécia antiga
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Cama chamada de “kliné” era utilizada para comer e
descansar, e dispunha de uma parte horizontal para
reclinar-se. - Geralmente acompanha de uma mesa
retangular para apoiar comida bebida;
Cadeira para
crianças
pequenas
17. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia
Mobiliário e os objetos na Grécia antiga
↓
Mobiliário mais elaborado se encontrava na sala de jantar → sofás.
↓
Sofá grego deriva da cama egípcia (sem o painel pé da cama e o apoio da cabeça)
↓
Muitos móveis egípcios foram adotados e modificados pelo povo grego.
↓
Os gregos usaram mesas com maior frequência do que os egípcios mas não
existia ainda a mesa de jantar como entendemos hoje → pequenas mesas.
Para armazenamento → arcas (não haviam armários, guarda-louças ou cômodas) →
artigos de uso pendurados nas paredes das cozinhas e salas de estar → cestos
de vime e caixas para pequenos objetos.
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Principais materiais e características:
Assentos de cadeiras e de camas → cordas entrelaçadas e couro.
Travesseiros e almofadas → forrados de tecidos de lã e linho decorados,
geralmente perfumados.
Madeiras (em abundância) pintadas ou encrustadas de pedras ou metais
preciosos.
Pés de cama podiam ser encontrados em marfim e prata.
18. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
Breve caracterização da sociedade romana
Religião e Mitologia:
Politeístas (mais de 60 divindades, muitas origens – assimilavam deuses de povos conquistados).
Deuses romanos tirados do panteão grego: Cronos → Saturno; Zeus → Júpiter; Hera → Juno
(protetora casamento, parto e mulher); Hades → Plutão; Apolo → Febo (sol e medicina); Ares →
Marte (guerra); Hermes → Mercúrio; Atenas → Minerva; Afrodite → Vênus.
Antropormórficos, com defeitos e qualidades.
Sociedade romana:
Patrícios → Cidadãos da aristocracia romana grandes proprietários agrícolas (terras,
gados e escravos).
Plebeus → Formavam a maioria da população, composta por imigrantes oriundos
das primeiras conquistas de Roma.
Clientes → Eram estrangeiros mais recentes e alguns plebeus recém chegados.
Escravos → Eram os homens derrotados e espólio de guerras.
Monarquia Romana (753 a.C. – 509 a.C.):
Fundação de Roma → mistura de 3 povos → itálicos, etruscos e gregos.
Economia baseada nas atividades agrícolas e pastoris.
Sistema político → monarquia governada por um rei patrício (Primeiro rei Rômulo/ último rei
Lucius Tarquinius) → Rei escolhido de acordo com suas virtudes, para governo vitalício.
Mediador dos deuses → uma espécie de autoridade religiosa possuidor de poderes
divinos. Poderes militares, judiciais e políticos.
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19. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
Breve caracterização da sociedade romana
Formação e Expansão do Império Romano (27 a. C. - 476 d. C.):
Motivações:
→ Necessidade de segurança face aos vizinhos mais poderosos (1 ˚ Fase).
→ Procura de novas zonas agrícolas.
→ Procura de novos mercados (consumidores e fornecedores).
→ Procura de mão de obra escrava.
→ Ambição dos generais romanos que queria glória e riqueza.
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1˚ FASE:
Domínio da Península
Itálica
2˚ FASE:
Conquista do
Mediterrâneo oriental
3˚ FASE:
Várias regiões da
Europa
20. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
O império da técnica
Grandiosidade da Civilização Romana/ Incursões militares e seu domínio
territorial/ Seus costumes e tradições → se devem ao alto grau de
desenvolvimento técnico romano.
Construíram → rede de estradas/ aquedutos/ pontes/ edificações religiosa,
civil, cultural.
(se atualmente temos tudo isso, devemos aos romanos)
Roma como capital do mundo → Cidade Eterna.
Oferta de diversão e comida para desviar a atenção das massas dos
problemas reais → Pão e Circo.
Arte romana seguia modelos e elementos da arte grega, com alguma
influência etrusca, chegando a “copiar” algumas obras.
Conquista da Grécia pelos romanos → período Helenístico → esculturas
prezando pelo realismos, sem a idealização das formas cultivada pelos
gregos.
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21. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
A arte romana
Embora herdeiros da arte grega, introduzem novas leituras → acrescentam
novos elementos relativos à funcionalidade → criação de identidade
própria romana.
→ Aprimoramento do arco e da cúpula (de origem etrusca);
→ Na pintura, a tentativa do desenvolvimento da perspectiva;
→ Na escultura, a formulação de um modo narrativo tipicamente romano
(principalmente a execução de retratos).
Escultura e estatuária
Primeiras manifestações → retratos de antepassados.
Depois esculturas ganham realismo e complexidade.
Cada imperador dava características próprias a escultura
do seu período.
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22. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
A arte romana
Pinturas e mosaicos romanos → o que se conhece hoje é devido as
escavações de Pompéia e Herculano, soterradas pelo Vesúvio em 79 d.C.
Representações → Cenas do cotidiano doméstico, figuras mitológicas e
religiosas e conquistas militares.
Gêneros artísticos mais comuns → paisagens, retratos, arquiteturas, pinturas
populares e pinturas triunfais.
Arte decorativa parietal → Fidelidade de representações → “Alguma”
preocupação com a tridimensionalidade.
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23. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
A arte romana
Pinturas e mosaicos romanos
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24. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
A arte romana
Pinturas e mosaicos romanos
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25. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
A arquitetura romana: Arte, funcionalidade e técnica
Além de obras práticas (aquedutos, pontes, etc) → construção de portais e
monumentos públicos em homenagem aos imperadores romanos que além
de soberanos se consideravam divindades.
Arquitetura com forte poder simbólico → forma de representação da
imagem do imperador e expressão do seu império.
A beleza, a harmonia, e a expressão dramática da arte grega, foram
substituídas pela clareza e a eficiente difusão do poderio imperial sobre
todos os povos conquistados.
Assim como escultura e pintura, tem forte herança grega, que associada às
técnicas que lhes permitiram a utilização do arco e da abóbada etruscos, e
ainda acrescidas das novas necessidades da vida cotidiana, permitiram
aos romanos moldar uma arquitetura muito particular (funcional) e peculiar
(monumental).
Grandiosas edificações: templos (ligado a religião); basílicas (administrativo /
comercial); fórum (administrativo / jurídico); teatros, anfiteatros e termas (lazer e
cultura) arcos triunfais e colunas comemorativas (monumentos celebrativos).
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26. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
A arquitetura romana: Arte, funcionalidade e técnica
Novo padrão de vida romano → novos programas arquitetônicos.
Teoria Vitruvius: firmitas, venustas e utilitas (técnica, beleza e funcionalidade).
↓
Tipologia arquitetônica
↓
Determinado tipo de arquitetura não representava mais uma imagem, mas
foi substituído por uma ideia geral, ou seja, a essência do objeto
arquitetônico.
“No âmbito da arquitetura a tipologia consiste no estudo de tipos
elementares que podem formar uma norma pertencente à linguagem
arquitetônica. É um instrumento de classificação e de controle indireto da
arquitetura, assim como as ordens gregas, porém mais aberto em suas
possibilidades”
→ Caso da mudança tipológica dos teatros da Grécia para Roma.
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27. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores em Roma
A arquitetura romana: Arte, funcionalidade e técnica
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Mudança no programa de
necessidades - Utilitas
(atender mais pessoas num terreno plano)
↓
Resultou na alteração da Firmitas
(fazer uma nova edificação do chão para
cima)
↓
Causando por sua vez um
impacto na Venustas (precisou-se
pensar numa nova composição estilística).
Cinemas e teatros hoje → possível reconhecer as
transformações de tipologia ao longo da história
da humanidade.
28. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Roma
Mobiliário e os objetos na Roma antiga
↓
Romanos assimilaram as aquisições culturais e intelectuais do mundo grego
que eles haviam conquistado e tornaram-se senhores da arte no mundo
antigo.
↓
Embelezaram as casas e jardins com as esculturas gregas antigas e
modernas, e empregaram os artistas gregos na decoração das suas
habitações.
↓
O interior da casa era mais importante que o aspecto exterior.
↓
Átrio/ Peristilo (recinto rodeado de colunas).
↓
Casas escassamente mobiliadas →
camas, mesas, cadeiras, sofás,
candelabros e arcas continuam sendo
os elementos essenciais.
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29. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Roma
Mobiliário e os objetos na Roma antiga
↓
Cadeiras semelhantes às gregas, porém, com
ornamentos típicos da cultura romana (leão usado nos
combates contra os gladiadores) → trono romano com patas
de leão
↓
Necessidade de mostrar o seu poder.
↓
Até mesmo as cadeiras da população em geral se
pareciam com tronos.
↓
Materiais nobres como bronze e mármore.
↓
Aparência pesada, maciça e luxuosa.
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Cadeira curul →
30. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Roma
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↓
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Trípode de bronze com pernas de sátiros
(elementos que vivem na floresta), encontrado
em Pompéia
Trípode em mármore com patas zoomórficas.
Os sofás romanos
pareciam camas e
eram mais elevados
e com apoio para os
pés.
Mesa e bancos de três pés feitos em
madeira, mármore ou bronze. As
curvas foram aparecendo suavemente
nas pernas e pés de alguns dos móveis,
não excluindo porém, os típicos pés em
colunas retas e torneadas
características deste período.
31. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
O design de interiores na Grécia e Roma Antiga
História
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Características gerais do Mobiliário Grego:
maciços, quadrangulares e pesados, total
dependência da arquitetura, móveis escassos,
utilitários, espaldares altos, adaptado às
dimensões humanas, pés trípodes com uso da
fauna como elemento decorativo.
Matérias primas: madeira, metais, marfim,
tecidos, junco, couro, lã, mármore, estuque.
Técnicas de fabricação: Artesanal: marcenaria,
torneamento, cavilhas, amarração, fundição,
entrelace, uniões, pedra esculpida, trançados.
Técnicas de decoração: embutidos, entalhes,
mosaico, aplicação, pintura, escultura.
Vocabulário estético: grifos, quimeras, pernas
zoomórficas, palmetas, rosáceas e volutas,
sabres, patas de animais e cabeças de aves,
geometrizado, fauna e flora locais.
Tipos de móveis:
Apoio → mesas quadradas e redondas.
Assentos → cadeiras de braços, e espaldar
alto, bancos fixos, bancos articuláveis,
banquinhos, bancos de fechar, klismos, kline.
Guarda → arcas, receptáculos.
Descanso → camas com pés, kline.
Acessórios → lâmpadas de óleo, braseiros,
caixas, tapetes, vaso.
Características gerais do Mobiliário Romano:
escasso, pesado, rígido, planos ortogonais
maciços, quadrangulares.
Matérias primas: madeira, metais, couro,
tecidos, ferro forjado, palha, vidro, fibras
naturais, marfim.
Técnicas de fabricação: escavamento,
escultura, forja, marcenaria, fundição, juntas,
cavilhas, ensambladuras, chapeado.
Técnicas de decoração: embutidos, entalhes,
mosaico, pintura, escultura, pirogravura,
marchetaria.
Vocabulário estético: fauna e flora, arabescos,
medalhões, florões, remates, formas
geométricas, volutas.
Tipos de móveis:
Apoio → mesas, mesas desmontáveis,
credenza, arca.
Assentos → cadeiras grandes, cadeira curul.
Guarda → arcas, cestas de fibras.
Descanso → camas, camas armários, camas
com dossel.
Acessórios → candelabros, bacias, tabuleiros,
cortinas, almofadas, colchas.