Introdução a historia do design na Antiguidade

1. Prof.ª.:
Gisele
Montalvão
Freixo
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freixo.gisele@estacio.br
CCA 0927 - História do Mobiliário e do Design de Interiores
Conteúdo da disciplina
O Mobiliário e o Design de Interiores da Antiguidade à Idade Média.
O Mobiliário e o Design de Interiores na Idade Moderna.
Design e Industrialização do século XIX ao século XX.
O Design Moderno.
Mobiliário e Design de Interiores Contemporâneo e Pós-moderno.
Avaliação e Calendário
AV1 (semana 30/09 a 04/10) → AV1 + atividade (seminário/ pesquisa/ resenha crítica).
AV2 (semana 18/11 a 22/11) → AV2 + atividade (seminário/ pesquisa/ resenha crítica).
AV3 (semana 02/12 a 06/12) → AV3.
Frequência
Assinatura do caderno obrigatória até o final do primeiro tempo de aula. Frequentar,
no mínimo, 75% das aulas ministradas: máximo de 4 faltas.
Apresentações disponibilizadas no SIA semanalmente.
Não é permitido fotografar, filmar, divulgar ou gravar o áudio das aulas sem prévia
autorização.

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CCA 0927 - História do Mobiliário e do Design de Interiores
Bibliografia Básica
Bernhard E. Bürdek. História, teoria e prática do design de produtos. São Paulo: Blucher
José Ramón Alonso Pereira. Introdução à história da arquitetura: das origens ao século
XXI. Porto Alegre: Bookman Robson Granado. História do Design de Interiores. Rio de
Janeiro: Seses
Bibliografia Complementar
Dana Arnold. Introdução à história da arte. São Paulo: Ática
Mariana de Castro Pareja Galves. História da arte e do design : princípios, estilos e
manifestações culturais. São Paulo:
Érica Solange de Aragão. Ensaio sobre a casa brasileira do século XIX. São Paulo:
Blucher

3. História
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Mobiliário
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Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Parte I

4. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Arquitetura surge da relação entre o homem e o espaço,
na necessidade do homem em organizar o ambiente em
que vive.
Arte primitiva → Manifestações anteriores as primeiras
civilizações – ou seja – antes do aparecimento da escrita
(4.000 a.C.) → Arte como parte da vida cultural
Paralelamente a estas manifestações artísticas → homem
pré-histórico começa a desenvolver técnicas de construção
→ arquitetura rudimentar (pedras, madeiras e mais tarde,
metais)
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5. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Paleolítico
inferior
Até 500.000 a.C. (surgimento dos primeiros hominídeos: a
principal atividade era a caça, foram encontrados
instrumentos feitos de pedra, madeira, ossos, principio do
controle do fogo);
Paleolítico
superior
Entre 500.000 e 30.000 a.C. (foram produzidas esculturas e
pinturas, objetos feitos de ossos, marfim, madeira e pedra);
Neolítico Entre 30.000 e 4.000 a.C. (objetos feitos de pedra polida,
início da agricultura, artesanato, construção de pedra e as
primeiras manifestações arquiteturais). O intervalo de tempo
que se estende de 5.000 até 1.200 a.C. é conhecido como a
Idade dos Metais (Bronze e Ferro), sendo que no final desse
período ocorreu o desenvolvimento da metalurgia, o
surgimento das primeiras cidades, a invenção da escrita, da
roda e do arado de bois, por exemplo.
As primeiras manifestações artísticas foram
encontradas no período Paleolítico Superior.
Pedra
Lascada
Pedra
Polida
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6. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Grupos humanos pré-históricos → necessidade de alimento
→ nômades → cavernas como abrigos → “homens das
cavernas”.
Embora a caverna tenha sido o primeiro abrigo encontrado
pelo homem na natureza, elas, por si só, não podem ser
consideradas manifestações arquitetônicas apesar da
proteção que propiciavam. De certa forma, funcionaram
como referencial para o futuro de diversas edificações
humanas.
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7. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Homem domina o fogo.
↓
Utiliza a pedra lascada como ferramenta.
Entendimento do mundo como uma realidade única, não
separando o material do imaterial, o visível do invisível.
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8. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Primeiras manifestações artísticas.
↓
Linguagem pouco desenvolvida
↓
Gravuras como meio de comunicação
↓
Desenhos rudimentares
↓
Uso das cores preto (carvão) e vermelho (sangue de
animais).
Principal característica da Arte Rupestre
↓
Pragmatismo: Utilidade material, cotidiana ou mágico/
religiosa.
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9. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Lascaux - Montignac (Dordogne) - França
- aproximadamente 17 mil anos

10. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Altamira - Santillana del Mar (Cantábria) Espanha
- entre 17.000 e 13.000 a.C.
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11. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Na Serra da Capivara (Piauí) se encontra o maior sítio arqueológico do Brasil contendo pinturas
rupestres que podem ser considerados os vestígios mais antigos de habitantes das Américas
uma vez que remontam entre 12.000 mil e 15.000 anos.

12. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Vênus de Savinhano
Descoberta em 1925 na vila de
Savignano sul Panaro, (província de
Modena) Itália, é uma escultura pré-
histórica que tem entre 25.000 e 20.000
a.C.;
Vênus de Willendorf
ou também conhecida como Mulher de Willendorf, foi
descoberta em 1908 na localidade de Willendorf, na
Áustria, e estimou-se que tivesse sido esculpida entre
22.000 ou 24.000 anos atrás.
Segundo sua crença, estas representações
garantiriam a continuidade da espécie
humana e sua subsistência: os animais
enquanto a garantia de alimentação e as
mulheres a sua descendência.
Escultura → formas femininas → ênfase na fertilidade (seios fartos,
barriga e quadris volumosos) → idealização da figura feminina.
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13. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Evolução → agricultura e caça → homem primitivo deixa de
ser nômade → pastoreio, criação de animais → ferramentas →
domesticação de animais → período vai até o surgimento da
escrita (3.000 a.C na Suméria).
Construção de casas (abrigos primitivos) → domínio e
utilização do fogo, para aquecimento e cozinhar alimentos →
divisão de tarefas → invenção da roda e do arado →
assentamento próximo a água → pesca.
Cabana primitiva
Função protetora → terceira pele.
Primeira forma rudimentar de moradia.
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14. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Esculturas → Crença que forças sobrenaturais regiam o
comportamento da natureza, e que as mudanças climáticas
influíam no cultivo do solo → rituais religiosos, a adoração aos
ídolos, amuletos e símbolos sagrados → invocação no
momentos de dificuldade.
Surge a fiação e a tecelagem. A arte (pintura e escultura)
evoluiu para parâmetros geométricos, contrastando com o
naturalismo realista do Paleolítico. Domínio do fogo →
produção de cerâmica → fundição de metais.
Duas estatuetas em terracota, 5.000 a 4.600 a.C. -
Hamangia, Cernavod (Romênia).
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15. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Arte e arquitetura pré-histórica: Primórdios da Arte Rupestre
Cerâmica utilitária (vasos decorados) → armazenagem de
água e alimentos.
A arte passa a representar atividades da comunidade, o
trabalho agrícola, criação de animais domésticos, os ciclos
da natureza.
Vaso do período Neolítico.
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16. História
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Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
A partir do momento em que o Homem deixa de ser nômade
e possuir uma habitação fixa, começa a desenvolver móveis,
que ao longo do tempo foram evoluindo observando as
necessidades humanas, a capacidade técnica e a sua
sensibilidade estética.
Suas características variam de acordo com a região e a
época, dessa forma podemos fazer uma divisão por períodos
ou estilos que se inserem mais ou menos dentro dos grandes
movimentos da história da arte.

17. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Localização geográfica do crescente fértil.
Região geográfica
↓
4 grandes civilizações da antiguidade → Egito, Israel, Fenícia, Mesopotâmia
↓
Fértil? Região desértica! Deserto do Saara e Deserto da Arábia
↓
Presença de rios!
Egito → Rio Nilo
Israel → Rio Jordão
Mesopotâmia → Rio Tigre e Eufrates
Mesopotâmia → Rio Eufrates
↓
Garantia da prática da agricultura
↓
Povoamento destas áreas de forma
sedentária
↓
Berço da humanidade → isolamento
relativo à possíveis influências culturais
exteriores
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18. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Breve caracterização da sociedade egípcia.
Sociedade mística.
↓
Governante → Faraó (Deus sobre a
Terra)
↓
Arte teocrática (a serviço do faraó
e da religião).
↓
Politeístas e antropozoomórficos.
↓
Crença continuidade na vida
depois da morte (sendo esta mais
importante que a vida terrena).
↓
Sepultamento com melhores
pertences, assegurando o modo
de vida na eternidade.
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19. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Egito Antigo.
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Expressão artística da antiga
civilização do nordeste africano,
às margens do rio Nilo, que teve
03 fases:
→ Antigo Império ou Era Menfita
(2650-2000aC);
→ Médio Império ou Era Clássica
(2000-1580aC): invasão dos hicsos
em 1750aC;
→ Novo Império (1580-715aC):
invasões dos assírios (670aC),
persas (525aC), gregos (332aC) e
romanos (30aC).

20. Introdução à História do Design e a Produção na Antiguidade
Egito Antigo.
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Os egípcios do passado viviam
em moradias simples de adobe
(barro cru) e troncos de palmeira,
com alicerces em pedra e
predomínio de cheios sobre
vazios, inclusive com a
substituição de janelas por
aberturas zenitais.
As casas dos faraós eram mais
elaboradas, realizadas em torno
de uma ampla sala de colunas,
com entrada independente e
precedida de outro espaço
colunado.

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Os interiores possuíam uma
decoração policrômica e
profusa, através do uso de
estatuária, figuras em afrescos,
baixos-relevos e desenhos
estilizados em sulcos coloridos
sobre granito (hieróglifos).

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Egito Antigo.
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Colunas capaniforme, lotiforme
e papiriforme
↓
As colunas inspiradas em flores
e plantas eram importantes
elementos decorativos, sendo
as linhas que constituíam seus
desenhos gravadas na pedra e
em seguida preenchidas de
massa colorida, geralmente
com os tons puros das cores
primárias.

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Os móveis egípcios mais utilizados eram: as cadeiras, as mesas, as
camas de noite e de repouso, além dos cofres e suas variantes.
A temática decorativa era expressa através de símbolos como a
cruz egípcia, o sol alado ( Rah ), a serpente alçada ( Uraeus ) e o
escaravelho sagrado ( Khepri ) .

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Egito Antigo.
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Ornamentação
com motivos do
dia a dia.
Peças para
demonstração de
poder.
Utilização de
pedras preciosas,
ouro, prata,
ébano, marfim,
vidro e cerâmica.

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Os tronos e cadeiras
cerimoniais eram
revestidos em ouro e/
ou prata.
A mobília utilitária
possuía pouco
acabamento,
mantendo com a cor
natural da madeira.
A mobília egípcia divide-se
em móveis cerimoniais,
associados à
representação de poder,
com o uso de simbolismos,
como por exemplo, o
trono. E a mobília utilitária,
como as camas, bancos
pequenos e apoios para
cabeça.

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Feito em madeiras importadas, o mobiliário
possuía encaixes e cavilhas; ou utilizava vísceras
de galinha como cola. Nos móveis de luxo,
usava-se pastas cerâmicas vítreas, tiras de ouro,
prata e marfim. Havia ainda tecidos, bordados
ou não, fixados com cravos de madeira, além
de almofadas de plumas.

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Os assentos possuíam 04 pés quadrangulares, cilíndricos ou em
forma de patas de animal.
Havia pernas lisas ou com círculos gravados, além de baixos-relevos
e incrustações, sendo o assento geralmente côncavo,
apresentando-se em tecido com fibras vegetais, inclusive imitando
peles de animais.

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Em geral, as arcas, os cofres e os sarcófagos eram entalhados e
pintados com desenhos geométricos e também estilizações,
cobertos às vezes de tecidos e folhas de metais preciosos, com pés
ou não. As tampas eram retas ou curvas, variando sua estrutura,
em forma de telha.

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Recomendação de Leitura
(complementar a esta aula e para a aula da próxima semana):
Livro História do Mobiliário Ocidental
Phyllis Bennett Oates
Cap. 1
(Disponivel no SAI)