Este documento explica que aqueles mencionados em Hebreus 6.4-6 nunca foram verdadeiramente salvos, apesar de terem experimentado dons sobrenaturais. Eles nunca receberam o batismo no Espírito Santo ou entraram no descanso de Deus por meio da fé salvadora. Sua queda mostra que a morte de Cristo não teve eficácia para eles.
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 135 - Renovação Necessária
Hebreus 6.4 6 - comentário
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“4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez
foram iluminados, e provaram o dom celestial, e
se tornaram participantes do Espírito Santo,
5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes
do mundo vindouro,
6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-
los para arrependimento, visto que, de novo,
estão crucificando para si mesmos o Filho de
Deus e expondo-o à ignomínia.” (Hebreus 6.4-6)
Antes de tudo, para a correta interpretação
desta passagem bíblica, deve ser considerado
que ninguém pode cair de uma posição na qual
nunca estivera antes.
Este é o caso daqueles dos quais se diz aqui que
é impossível que sejam renovados para
arrependimento por qualquer ação da parte da
igreja.
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Eles nunca participaram da graça regeneradora
e renovadora do Espírito Santo, senão apenas de
alguns dons sobrenaturais extraordinários,
assim como havia participado deles o próprio
Judas que traiu o Senhor Jesus Cristo.
Eles seguem no meio da congregação orando,
louvando, operando até mesmo em alguns
sinais sobrenaturais da parte do Espírito Santo.
Acompanham com alegria a pregação sobre a
esperança da vida vindoura em glória, da
proteção e cuidado de Deus, mas por fim, em
vindo a provação ou os cuidados desde mundo,
recuam, assim como nos ensina o Senhor na
Parábola do Semeador.
O batismo era chamado nos dias da Igreja
Primitiva, de iluminação, e foi esta iluminação
que é citada no texto, a saber, o batismo nas
águas, mas não o batismo no Espírito Santo que
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nos torna participantes de Cristo na salvação de
nossas almas, a qual é para todo o sempre.
Observe que deles é dito que crucificam Jesus de
novo para si mesmos e o expõem à vergonha. O
que é isto, senão que pelo procedimento deles é
como que afirmassem que seria necessário
Jesus morrer de novo na cruz, pois tornavam
sem qualquer importância ou eficácia a Sua
morte vergonhosa de cruz como foi de uma vez
para sempre e é plenamente eficaz em todos
aqueles que se convertem de fato a Ele.
A posição da qual eles decaíram não é portanto
a da graça e da fé salvadora, mas da qual se
encontravam antes quando seguiam no
ajuntamento da igreja.
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Eles nunca haviam entrado no descanso de
Deus, ao qual o apóstolo se refere e em que
haviam entrado todos os crentes autênticos
justificados e regenerados, entre os quais ele se
inclui, por terem misturado a fé salvadora à
Palavra do evangelho que ouviram. (Hebreus
4.2,3).
Os apóstatas nunca haviam recebido a Palavra
com a fé salvadora, de modo a serem
efetivamente justificados, regenerados e
santificados.
Eles se batizaram, mas a água do batismo apenas
os molhou, e permaneceram pecadores
molhados, mas não lavados em seu interior pelo
Espírito Santo.
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O justo que vive pela fé não é daqueles que
recuam para a perdição da alma, como o próprio
apóstolo afirma em Hebreus 10.38,39.
Eles podem cair por tentações admitidas, mas
nunca para uma queda final e definitiva, pois a
graça os levantará de novo, conforme a
promessa do evangelho, para estarem para
sempre na presença de Deus.
Por Silvio Dutra