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GOMAS
GOMAS PRODUZIDAS POR MICRO-ORGANISMOS
OBJETIVOS
• ENTENDER O QUE SÃO GOMAS;
• A IMPORTÂNCIA DAS GOMAS MICROBIANAS;
• CONHECER AS PRINCIPAIS GOMAS MICROBIANAS;
• ONDE SÃO APLICADAS ESSAS GOMAS;
• AS VANTANGENS E DESVANTANGES DESSAS GOMAS;
GOMAS
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES
• Carboidratos complexos;
• Produzidas por uma grande quantidades de plantas;
• Geleificantes;
• Espessantes;
• Emulsificantes;
• Amplo grupo de polissacarídeos solúveis em água;
• Animais terrestres, marinhos e micro-organismos;
• Aumenta a viscosidade da solução;
• forma géis;
• Água ligada;
• Viscosidade em termos de gelanitização;
TIPOS DE GOMAS
• Exsudados; Ex: (goma arábica, goma karaya, goma adraganta e goma
ghatti)
• Sementes de plantas terrestres; Ex: (a goma locusta, jataí ou LGB e a
goma guar);
• Algas; Ex: (alginatos, a goma agar e a goma carragena);
• Produtos da biossíntese de micro-organismos; Ex: (goma xantana e a
goma gelana);
• Modificação química de polissacarídeos naturais
ONDE AS GOMAS MICROBIANAS SÃO
APLICADAS?
• Sorvetes;
• Produtos lácteos;
• Misturas para bolo;
• Cervejas e outras bebidas alcóolicas;
• Molhos para saladas;
• Geleias;
• Substitui o ovo (clara);
• Produtos cárneos;
• Enlatados;
• Confeites;
• Sopas;
• Queijos;
• Patês;
• Glacês;
• Recheios de torta;
• Confeitos;
• Sumos de fruta.
QUAIS SÃO OS MICRO-ORGANISMOS QUE
PRODUZ AS GOMAS?
• Zumomonas mobilis: Levana
• Shingomonas elodea: Gelana
• Leuconostoc mesenteroide: Dextrana
• Algas marinhas, Azobacter vinellandi ou Pseudomonos spp:
Alginato
• Agrobacter biovar e Agrobacter radiobacter: Curdlana
• Aureobasidiumpullalans: Pululona
• Xanthomonas campestris: Xantana
QUAIS AS PRINCIPAIS GOMAS MICROBIANAS?
• Levana;
• Gelana;
• Dextrana;
• Alginato;
• Curdlana;
• Pululana;
• Xantana.
PARA QUE SERVE AS GOMAS?
• Aumenta a viscosidade de um alimento;
• Melhora a textura e a consistência dos alimentos processados;
• É hidrossolúvel e hidrofílico, sendo usado para dispersar, estabilizar
ou evitar a sedimentação de substâncias em suspensão;
• Dão textura aos gêneros alimentícios através da formação de um gel;
• Torna possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme
de duas ou mais fases imiscíveis no alimento.
CONHECENDO UM POUCO DAS GOMAS
MICROBIANAS MAIS UTILIZADAS...
ALGINATOS
• Polissacarídeos que constituem cerca de 30% a 60% das paredes
celulares de algas marrons;
• ATENÇÃO: AS ALGAS PERTECEM AO REINO PROTISTA.
• Os alginatos também são produzidos por bactérias como:
Azobacter Vinellandi Pseudomonas Spp
• O alginato é um copolímero linear constituído de ácidos α-L-
gulurônicos e β-D-manurônicos com ligações 1-4;
• Alginato elástico predomina o ácido manurônico;
• Alginato com gel quebradiço e duro, ácido gulurônico.
• A resistência dos alginatos dependerá de:
• Não se rompem com o tratamento térmico por conta das suas
ligações iônicas;
• A presença de cátions divalentes forma os géis;
• Os resíduos manurômicos são ligados com grupos acetil, os tornando
parcialmente acetilados.
• FUNÇÕES:
• Geleificantes;
• Emulsificantes;
• Establilizantes.
APLICABILIDADE
• SORVETE NAPOLITANO – KIBON
• INSTANT MOUSSE - BODY ACTION
• CHANTILLY SPRAY - VIGOR
CURDLANA
• A goma curdlana foi descoberta por Tokuya Harada, em 1961;
• A goma é um polissacarideo produzido por bactérias como
Alcaligenes Faecalis variedade myxogenes (hoje identificada como
Agrobacterium).
• É comercializada na forma de pó;
• É obtida por meio da fermentação;
• É aplicada em sobremesas de gel em camadas e sem fusão;
• É chamada assim por conta de sua habilidade de coagulação;
• Pode ser definida como molécula de elevada massa molecular, com
características hidrofílicas ou hidrofóbicas;
• tem a capacidade de produzir géis na combinação com solventes
adequados;
ESTRUTURA MOLECULAR
• Fórmula molecular (C5H10O5 )
NA INDÚSTRIA
• Foi introduzida no mercado japonês em1989 para melhorar a textura
e capacidade de retenção de água em alimentos processados.
• Pode ser definida como molécula de elevada massa molecular, com
características hidrofílicas ou hidrofóbicas;
• Tem a capacidade de produzir géis na combinação com solventes
adequados.
APLICABILIDADE
• Carnes processadas: Modificação de textura e retenção de água;
• Molhos: Aumenta a viscosidade, auxiliar de rendimento;
• Macarrão: Modificação de textura.
GELANA
• E obtida por fermentacao provocada pelo microorganismo
Sphingenononas Elodeas que vive numa
• Alga-aquatica Elodea Canadenis natural do norte da américa.
• Propiedades
• Agentes gelificantes muito soluvel em agua
• Pode-se classificar 2(dois)tipos de gomas gelanas destinguidas por sua
composicao quimica .
• Gelana de alto nivel de acyl: um gel muito flexivel,elastico,e não se desfaz.
• Gelana de baixo nivel de acyl: um gel forte mas quebradiço e não elastico.
• Essas gomas não são termo-reversíveis,o que significa que uma vez
formado o gel,este não é destrutivel
• Pela temperatura depois de formado,o gel proviniente de um alto
nível de acyl pode ser aquecido a cerca de 80 graus ceucios em se
fundir enquanto o de baixo nível de acyl aguenta temperaturas mas
altassem se fundir.Esses tipos de géis são estaveis numa ampla gama
de PH.
APLICABILIDADE
• Aplicações na cozinha:
• As gomas gelanas podem ser usadas para obter vários tipos de
géis,que,por sua vez,permitem ciar uma grande variedade de pratos;
• Para ativar suas propiedades,o pó da goma gelana necessita ser
preparado com líquido de partida aquecido e misturado até a sua
dissolução,a geleificação ocorre durante o “arreficimento”,podendo
ser necessario colocar a mistura no frigorífico.
LEVANA
• Oque é?
• Como é formada?
• Como é produzida?
• Levana na indústria de alimentos.
• Levana é um exopolissacarídeo, constituído por unidades de frutose,
unidas através de ligação B (2-6), obtido pela reação de
transfrutosilação durante a fermentação de microrganismos em meio
rico em sacarose mas não em frutose, glucose ou misturas de ambas;
• A levana é formada através de reações de transfrutosilação e é
constituída, basicamente de unidades de frutose ligadas em B (2-6).
Pode ser sintetizada por vários grupos de bactérias, entre elas
zymomonas mobilis, em um meio fermentado a base de sacarose,
extrato de levedura e sais minerais.
• A produção de levana é influenciada não apenas pela fonte de
carbono e sua concentração, mas também pelas variações de PH,
temperatura e tipos de sais presentes, além da oxigenação do meio
de fermentação;
• Na indústria de alimentos a levana é empregada como fixador de cor
e sabor, bem como espessante e estabilizante de varios alimentos.
ESTRUTURA MOLECULAR
APLICABILIDADE
• O açúcar mascavo contem um tipo de levedura que ao ser fermentada,
produz álcoois e éteres que favorecem a ação de bactérias que dão
origem a uma goma viscosa que é a (goma levana).
GOMA XANTANA (C35H49O29 )
• Xantana é um poli – β – (1- 4) – D – glucopiranase;
• Elevada viscosidade em baixas concentrações;
• Estabilidade em ampla faixa de temperatura e de pH, mesmo na
presença de sais;
• Proveniente da fermentação da glicose liberada da hidrólise do amido
de milho pela bactéria Xanthomonas Campestres;
• Em sorvetes retarda a cristalização;
• É estabilizante da espuma da cerveja;
• A xantana é completamente atóxica, tendo sido aprovada pelo FDA
(Food and Drug Administration) dos E.U.A;
ESTRUTURA MOLECULAR
PRODUÇÃO
• No Brasil, a adição de xantana em alimentos é permitida desde 1965,
pelo Decreto Lei numero 55871, da Legislação Brasileira de
Alimentos;
• A xantana é produzida pela bactéria Xanthomonas campestris, sob
condições aeróbias a 28˚C aproximadamente;
• O meio de cultura consiste de glicose ou sacarose como fonte de
carbono, fontes de nitrogênio e fósforo e traços de outros minerais;
• Tempo de fermentação é de 48 a 96 horas,
APLICAÇÃO
• Ela é empregada para controlar viscosidade, textura, retenção de
aromas, suspensão de sólidos e estabilização de emulsões;
• Na indústria de alimentos ela encontra aplicações em:
• molhos prontos;
• Congelados;
• suco de frutas e coquetéis;
• sobremesas instantâneas;
• produtos cárneos, etc.
• Usos fora da indústria de alimentos:
• Agente de suspensão e espessante em pasta de dentes;
• Desodorantes em formas de géis;
• Impressão em tecidos;
• Suspensão de compostos químicos de uso agrícola;
• Indústria petrolífera sendo utilizada em recuperação terciária de
petróleo (EOR);
VANTAGENS
• Ótima escolha para quem é alérgico a glúten;
• A vantagem da goma xantana sobre outras existentes no mercado é:
• Muito estável em relação a pH e temperatura;
• É mais barata por unidade de viscosidade obtida.
• Elevado interesse pelas industrias de:
• Alimentos, farmacêuticas, cosmética e de petróleo.
DESVANTAGENS
• Relativamente cara em relação as outras por unidade de peso;
ALIMENTOS QUE MAIS CONTÉM GOMA
XANTANA
• LEITE FERMENTADO COM AVEIA DENSIA DANONE (Danone Ltda)
• LEITE FERMENTADO COM MORANGO LIGHT MOLICO NESTLE (Dairy Partners
americans Brasil Ltda)
• LEITE FERMENTADO COM MEL LIGHT MOLICO NESTLE (Dairy Partners americans
Brasil Ltda)
• SUCO DE SOJA FRAPÊ DE COCO ADES (Unilever Brasil Alimentos Ltda)
• MOLHO PARA SALADA ROSÉ LISA (Cargill Agricola S.A)
• IOGURTE FRUTAS VERMELHAS VITAMBÉ ITAMBÉ (Cooperativa Central dos
Produtores Rual de MG Ltda)
• QUEIJO TIPO PETIT SUISSE CEREAIS ITAMBEZINHO ITAMBÉ (Cooperativa Central
dos Produtores Rural de MG Ltda)
• QUEIJO TIPO PETIT SUISSE MORANGO ITAMBEZINHO (Cooperativa Central dos
Produtores Rural de MG Ltda)
• BEBIDA LÁCTEA FERMENTADA DE MORANGO COM CALDA DE MORANGO
FRUTAMBÉ ITAMBÉ (Cooperativa Central dos Produtores Rural de MG Ltda)
• BEBIDA LÁCTEA FERMENTADA DE BAUNILHA COM MARACUJÁ FRUTAMBÉ ITAMBÉ
(Cooperativa Central dos Produtores Rural de MG Ltda)
• GOMETS GOMA SINO 20X500G (Dori alimentos S.A.)
• GOMETS GOMA TUBO FRUTAS 12X30X32G (Dori alimentos S.A.)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Química de alimentos de
Fennema. 4. ed. São Paulo: Artmed, 2010.
• GARCIA-CHOA, F.; SANTOS, V.E.; CASAS, J.A., GOMES, E. Xanthan gum:
production, recovery and properties. Biotechnology Advances. v.18, 2000.
p559-579.
• LIMA, U.A.; AQUARONE, E.; BORZANI, W.; SCHMIDELL, W. Biotecnologia
Industrial: Processos Fermentativos e Enzimáticos. V.3, p.125-154, São
Paulo, 2001.
• ORDONEZ, J. A. Tecnologia de alimentos: componentes dos alimentos e
processos. São Paulo: Artmed, Vol I,
2005.

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Gomas Produzidas por Micro-organismos

  • 1. GOMAS GOMAS PRODUZIDAS POR MICRO-ORGANISMOS
  • 2. OBJETIVOS • ENTENDER O QUE SÃO GOMAS; • A IMPORTÂNCIA DAS GOMAS MICROBIANAS; • CONHECER AS PRINCIPAIS GOMAS MICROBIANAS; • ONDE SÃO APLICADAS ESSAS GOMAS; • AS VANTANGENS E DESVANTANGES DESSAS GOMAS;
  • 4. DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES • Carboidratos complexos; • Produzidas por uma grande quantidades de plantas; • Geleificantes; • Espessantes; • Emulsificantes; • Amplo grupo de polissacarídeos solúveis em água; • Animais terrestres, marinhos e micro-organismos; • Aumenta a viscosidade da solução; • forma géis; • Água ligada; • Viscosidade em termos de gelanitização;
  • 5. TIPOS DE GOMAS • Exsudados; Ex: (goma arábica, goma karaya, goma adraganta e goma ghatti) • Sementes de plantas terrestres; Ex: (a goma locusta, jataí ou LGB e a goma guar); • Algas; Ex: (alginatos, a goma agar e a goma carragena); • Produtos da biossíntese de micro-organismos; Ex: (goma xantana e a goma gelana); • Modificação química de polissacarídeos naturais
  • 6. ONDE AS GOMAS MICROBIANAS SÃO APLICADAS? • Sorvetes; • Produtos lácteos; • Misturas para bolo; • Cervejas e outras bebidas alcóolicas; • Molhos para saladas; • Geleias; • Substitui o ovo (clara); • Produtos cárneos;
  • 7. • Enlatados; • Confeites; • Sopas; • Queijos; • Patês; • Glacês; • Recheios de torta; • Confeitos; • Sumos de fruta.
  • 8. QUAIS SÃO OS MICRO-ORGANISMOS QUE PRODUZ AS GOMAS? • Zumomonas mobilis: Levana • Shingomonas elodea: Gelana • Leuconostoc mesenteroide: Dextrana • Algas marinhas, Azobacter vinellandi ou Pseudomonos spp: Alginato • Agrobacter biovar e Agrobacter radiobacter: Curdlana • Aureobasidiumpullalans: Pululona • Xanthomonas campestris: Xantana
  • 9. QUAIS AS PRINCIPAIS GOMAS MICROBIANAS? • Levana; • Gelana; • Dextrana; • Alginato; • Curdlana; • Pululana; • Xantana.
  • 10. PARA QUE SERVE AS GOMAS? • Aumenta a viscosidade de um alimento; • Melhora a textura e a consistência dos alimentos processados; • É hidrossolúvel e hidrofílico, sendo usado para dispersar, estabilizar ou evitar a sedimentação de substâncias em suspensão; • Dão textura aos gêneros alimentícios através da formação de um gel; • Torna possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento.
  • 11. CONHECENDO UM POUCO DAS GOMAS MICROBIANAS MAIS UTILIZADAS...
  • 12. ALGINATOS • Polissacarídeos que constituem cerca de 30% a 60% das paredes celulares de algas marrons;
  • 13. • ATENÇÃO: AS ALGAS PERTECEM AO REINO PROTISTA.
  • 14. • Os alginatos também são produzidos por bactérias como: Azobacter Vinellandi Pseudomonas Spp
  • 15. • O alginato é um copolímero linear constituído de ácidos α-L- gulurônicos e β-D-manurônicos com ligações 1-4; • Alginato elástico predomina o ácido manurônico; • Alginato com gel quebradiço e duro, ácido gulurônico.
  • 16.
  • 17. • A resistência dos alginatos dependerá de:
  • 18. • Não se rompem com o tratamento térmico por conta das suas ligações iônicas; • A presença de cátions divalentes forma os géis; • Os resíduos manurômicos são ligados com grupos acetil, os tornando parcialmente acetilados. • FUNÇÕES: • Geleificantes; • Emulsificantes; • Establilizantes.
  • 19. APLICABILIDADE • SORVETE NAPOLITANO – KIBON • INSTANT MOUSSE - BODY ACTION
  • 21. CURDLANA • A goma curdlana foi descoberta por Tokuya Harada, em 1961; • A goma é um polissacarideo produzido por bactérias como Alcaligenes Faecalis variedade myxogenes (hoje identificada como Agrobacterium).
  • 22. • É comercializada na forma de pó; • É obtida por meio da fermentação; • É aplicada em sobremesas de gel em camadas e sem fusão; • É chamada assim por conta de sua habilidade de coagulação; • Pode ser definida como molécula de elevada massa molecular, com características hidrofílicas ou hidrofóbicas; • tem a capacidade de produzir géis na combinação com solventes adequados;
  • 23. ESTRUTURA MOLECULAR • Fórmula molecular (C5H10O5 )
  • 24. NA INDÚSTRIA • Foi introduzida no mercado japonês em1989 para melhorar a textura e capacidade de retenção de água em alimentos processados.
  • 25. • Pode ser definida como molécula de elevada massa molecular, com características hidrofílicas ou hidrofóbicas; • Tem a capacidade de produzir géis na combinação com solventes adequados.
  • 26. APLICABILIDADE • Carnes processadas: Modificação de textura e retenção de água; • Molhos: Aumenta a viscosidade, auxiliar de rendimento; • Macarrão: Modificação de textura.
  • 27. GELANA • E obtida por fermentacao provocada pelo microorganismo Sphingenononas Elodeas que vive numa • Alga-aquatica Elodea Canadenis natural do norte da américa. • Propiedades • Agentes gelificantes muito soluvel em agua • Pode-se classificar 2(dois)tipos de gomas gelanas destinguidas por sua composicao quimica . • Gelana de alto nivel de acyl: um gel muito flexivel,elastico,e não se desfaz. • Gelana de baixo nivel de acyl: um gel forte mas quebradiço e não elastico.
  • 28. • Essas gomas não são termo-reversíveis,o que significa que uma vez formado o gel,este não é destrutivel • Pela temperatura depois de formado,o gel proviniente de um alto nível de acyl pode ser aquecido a cerca de 80 graus ceucios em se fundir enquanto o de baixo nível de acyl aguenta temperaturas mas altassem se fundir.Esses tipos de géis são estaveis numa ampla gama de PH.
  • 29. APLICABILIDADE • Aplicações na cozinha: • As gomas gelanas podem ser usadas para obter vários tipos de géis,que,por sua vez,permitem ciar uma grande variedade de pratos; • Para ativar suas propiedades,o pó da goma gelana necessita ser preparado com líquido de partida aquecido e misturado até a sua dissolução,a geleificação ocorre durante o “arreficimento”,podendo ser necessario colocar a mistura no frigorífico.
  • 30.
  • 31. LEVANA • Oque é? • Como é formada? • Como é produzida? • Levana na indústria de alimentos.
  • 32. • Levana é um exopolissacarídeo, constituído por unidades de frutose, unidas através de ligação B (2-6), obtido pela reação de transfrutosilação durante a fermentação de microrganismos em meio rico em sacarose mas não em frutose, glucose ou misturas de ambas; • A levana é formada através de reações de transfrutosilação e é constituída, basicamente de unidades de frutose ligadas em B (2-6). Pode ser sintetizada por vários grupos de bactérias, entre elas zymomonas mobilis, em um meio fermentado a base de sacarose, extrato de levedura e sais minerais.
  • 33. • A produção de levana é influenciada não apenas pela fonte de carbono e sua concentração, mas também pelas variações de PH, temperatura e tipos de sais presentes, além da oxigenação do meio de fermentação; • Na indústria de alimentos a levana é empregada como fixador de cor e sabor, bem como espessante e estabilizante de varios alimentos.
  • 35. APLICABILIDADE • O açúcar mascavo contem um tipo de levedura que ao ser fermentada, produz álcoois e éteres que favorecem a ação de bactérias que dão origem a uma goma viscosa que é a (goma levana).
  • 36. GOMA XANTANA (C35H49O29 ) • Xantana é um poli – β – (1- 4) – D – glucopiranase; • Elevada viscosidade em baixas concentrações; • Estabilidade em ampla faixa de temperatura e de pH, mesmo na presença de sais; • Proveniente da fermentação da glicose liberada da hidrólise do amido de milho pela bactéria Xanthomonas Campestres; • Em sorvetes retarda a cristalização; • É estabilizante da espuma da cerveja; • A xantana é completamente atóxica, tendo sido aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration) dos E.U.A;
  • 38. PRODUÇÃO • No Brasil, a adição de xantana em alimentos é permitida desde 1965, pelo Decreto Lei numero 55871, da Legislação Brasileira de Alimentos; • A xantana é produzida pela bactéria Xanthomonas campestris, sob condições aeróbias a 28˚C aproximadamente; • O meio de cultura consiste de glicose ou sacarose como fonte de carbono, fontes de nitrogênio e fósforo e traços de outros minerais; • Tempo de fermentação é de 48 a 96 horas,
  • 39. APLICAÇÃO • Ela é empregada para controlar viscosidade, textura, retenção de aromas, suspensão de sólidos e estabilização de emulsões; • Na indústria de alimentos ela encontra aplicações em: • molhos prontos; • Congelados; • suco de frutas e coquetéis; • sobremesas instantâneas; • produtos cárneos, etc.
  • 40. • Usos fora da indústria de alimentos: • Agente de suspensão e espessante em pasta de dentes; • Desodorantes em formas de géis; • Impressão em tecidos; • Suspensão de compostos químicos de uso agrícola; • Indústria petrolífera sendo utilizada em recuperação terciária de petróleo (EOR);
  • 41. VANTAGENS • Ótima escolha para quem é alérgico a glúten; • A vantagem da goma xantana sobre outras existentes no mercado é: • Muito estável em relação a pH e temperatura; • É mais barata por unidade de viscosidade obtida. • Elevado interesse pelas industrias de: • Alimentos, farmacêuticas, cosmética e de petróleo.
  • 42. DESVANTAGENS • Relativamente cara em relação as outras por unidade de peso;
  • 43. ALIMENTOS QUE MAIS CONTÉM GOMA XANTANA • LEITE FERMENTADO COM AVEIA DENSIA DANONE (Danone Ltda) • LEITE FERMENTADO COM MORANGO LIGHT MOLICO NESTLE (Dairy Partners americans Brasil Ltda)
  • 44. • LEITE FERMENTADO COM MEL LIGHT MOLICO NESTLE (Dairy Partners americans Brasil Ltda) • SUCO DE SOJA FRAPÊ DE COCO ADES (Unilever Brasil Alimentos Ltda)
  • 45. • MOLHO PARA SALADA ROSÉ LISA (Cargill Agricola S.A) • IOGURTE FRUTAS VERMELHAS VITAMBÉ ITAMBÉ (Cooperativa Central dos Produtores Rual de MG Ltda)
  • 46. • QUEIJO TIPO PETIT SUISSE CEREAIS ITAMBEZINHO ITAMBÉ (Cooperativa Central dos Produtores Rural de MG Ltda) • QUEIJO TIPO PETIT SUISSE MORANGO ITAMBEZINHO (Cooperativa Central dos Produtores Rural de MG Ltda)
  • 47. • BEBIDA LÁCTEA FERMENTADA DE MORANGO COM CALDA DE MORANGO FRUTAMBÉ ITAMBÉ (Cooperativa Central dos Produtores Rural de MG Ltda) • BEBIDA LÁCTEA FERMENTADA DE BAUNILHA COM MARACUJÁ FRUTAMBÉ ITAMBÉ (Cooperativa Central dos Produtores Rural de MG Ltda)
  • 48. • GOMETS GOMA SINO 20X500G (Dori alimentos S.A.) • GOMETS GOMA TUBO FRUTAS 12X30X32G (Dori alimentos S.A.)
  • 49. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Química de alimentos de Fennema. 4. ed. São Paulo: Artmed, 2010. • GARCIA-CHOA, F.; SANTOS, V.E.; CASAS, J.A., GOMES, E. Xanthan gum: production, recovery and properties. Biotechnology Advances. v.18, 2000. p559-579. • LIMA, U.A.; AQUARONE, E.; BORZANI, W.; SCHMIDELL, W. Biotecnologia Industrial: Processos Fermentativos e Enzimáticos. V.3, p.125-154, São Paulo, 2001. • ORDONEZ, J. A. Tecnologia de alimentos: componentes dos alimentos e processos. São Paulo: Artmed, Vol I, 2005.