Este documento apresenta um material teórico sobre gestão ambiental e responsabilidade social, abordando os temas de avaliação de impacto ambiental, diagnóstico ambiental, recuperação ambiental, atividades e medidas para preservação do solo, e medidas destinadas ao controle de áreas degradadas. O documento fornece definições e explicações detalhadas sobre esses tópicos.
O projeto de Educação Ambiental tem como proposta formar o sujeito ecológico, buscando respeitar e preservar o meio ambiente; colocar o homem como sujeito, aquele que deve e pode agir no meio em que vive. O homem é parte desse meio, e, portanto aquele que deve interagir positivamente em relação a sua, também parte, no meio ambiente.
Nessa intenção, alguns estudos mostram que o homem é capaz de zelar pelo meio em que vive, pois além de fazer parte dele, o mesmo necessita de seus recursos.
Apresentar as considerações teóricas e metodológicas sobre educação ambiental, para aprendizagem significativa dos interessados é o objetivo maior deste manual, que o volume 1 do total de 4 volumes.
A relevância maior se faz pela conscientização por parte, inicialmente da professora e dos demais envolvidos e posteriormente de todos os que tiverem contato com as reflexões do trabalho aqui desenvolvido, quanto à necessidade de mudança na postura de cidadãos conscientes.
O clima da Terra passou por contínuas variações naturais ao longo da sua história evolutiva gerando e transformando novas organizações de ecossistemas; As mudanças no clima do nosso planeta não são nem novas nem incomuns; causas naturais; como alteração das emissões solares; a variação orbital da terra, vulcões, e até devido a impactos meteoritos; actividades humanas ou antropogénicas (têm maior impacto nas alterações climáticas).
O presente texto trata da criação de uma nova ciência dentro da área das Geociências: Geocina.
Geocina: é uma ciência, uma profissão de serviço e uma instituição social voltada a buscar o melhor uso da Terra e de suas partes, considerando o bem estar humano. Trabalha com uma análise integrada do uso com os fatores do meio natural e dos impactos ambientais a nível local a global.
Os objetivos da Geocina são: procurar propor os melhores usos possíveis dos espaços (aliada à preservação das espécies e dos ambientes, quando possíveis), definir políticas e métodos para a manutenção e recuperação do uso (em consonância com uma condução voltada a maximização produtiva e ambiental).
O objeto de estudo da Geocina é o uso e a necessidade do uso da Terra e de suas partes.
Os métodos da Geocina são o estudo dos usos possíveis de um espaço diante de específicas necessidades humanas, a elaboração e/ou utilização de diagnósticos ambientais e de planos de controle ambiental e de recuperação ambiental e, fazer prognósticos e emitir proposições de ações em torno do uso da Terra e de suas partes.
Aborda a diferença conceitual entre Engenharia Ambiental, Ecologia e Geocina.
O projeto de Educação Ambiental tem como proposta formar o sujeito ecológico, buscando respeitar e preservar o meio ambiente; colocar o homem como sujeito, aquele que deve e pode agir no meio em que vive. O homem é parte desse meio, e, portanto aquele que deve interagir positivamente em relação a sua, também parte, no meio ambiente.
Nessa intenção, alguns estudos mostram que o homem é capaz de zelar pelo meio em que vive, pois além de fazer parte dele, o mesmo necessita de seus recursos.
Apresentar as considerações teóricas e metodológicas sobre educação ambiental, para aprendizagem significativa dos interessados é o objetivo maior deste manual, que o volume 1 do total de 4 volumes.
A relevância maior se faz pela conscientização por parte, inicialmente da professora e dos demais envolvidos e posteriormente de todos os que tiverem contato com as reflexões do trabalho aqui desenvolvido, quanto à necessidade de mudança na postura de cidadãos conscientes.
O clima da Terra passou por contínuas variações naturais ao longo da sua história evolutiva gerando e transformando novas organizações de ecossistemas; As mudanças no clima do nosso planeta não são nem novas nem incomuns; causas naturais; como alteração das emissões solares; a variação orbital da terra, vulcões, e até devido a impactos meteoritos; actividades humanas ou antropogénicas (têm maior impacto nas alterações climáticas).
O presente texto trata da criação de uma nova ciência dentro da área das Geociências: Geocina.
Geocina: é uma ciência, uma profissão de serviço e uma instituição social voltada a buscar o melhor uso da Terra e de suas partes, considerando o bem estar humano. Trabalha com uma análise integrada do uso com os fatores do meio natural e dos impactos ambientais a nível local a global.
Os objetivos da Geocina são: procurar propor os melhores usos possíveis dos espaços (aliada à preservação das espécies e dos ambientes, quando possíveis), definir políticas e métodos para a manutenção e recuperação do uso (em consonância com uma condução voltada a maximização produtiva e ambiental).
O objeto de estudo da Geocina é o uso e a necessidade do uso da Terra e de suas partes.
Os métodos da Geocina são o estudo dos usos possíveis de um espaço diante de específicas necessidades humanas, a elaboração e/ou utilização de diagnósticos ambientais e de planos de controle ambiental e de recuperação ambiental e, fazer prognósticos e emitir proposições de ações em torno do uso da Terra e de suas partes.
Aborda a diferença conceitual entre Engenharia Ambiental, Ecologia e Geocina.
MONITORAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO PARQUE ESTADUAL MATA DA PIMENTEIRA...Sidney Anderson
A organização do espaço pode ser compreendida por meio da cobertura e uso do solo, uma vez que, o ambiente esta em constante transformação devido aos diversos impactos ambientais e socioeconômicos oriundos dos processos antrópicos. Este trabalho tem como objetivo analisar o diagnóstico do uso e ocupação do solo para o Parque Estadual Mata da Pimenteira, semiárido pernambucano, domínio caatinga, para o antes e depois da implantação do parque que ocorreu em 2012. A obtenção do diagnóstico proposto foi realizada utilizando imagens dos satélites LANDSAT 5/TM e LANDSAT 8/OLI para os dias 23/01/2010 e 06/02/2015.
Resumo - O presente trabalho versa sobre a importância da recuperação e preservação das florestas
e do manejo adequado dessas áreas, pois o seu uso inadequado altera diretamente os recursos
hídricos trazendo prejuízos não só a biodiversidade, mas compromete também a saúde humana e
altera a qualidade e quantidade na produção rural. Além disso, o artigo discorre sobre os
Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), oferecidos aos pequenos produtores rurais como
importante instrumento de apoio financeiro e estimulador da preservação e conservação do meio
ambiente em prol da sustentabilidade já que esses produtores têm importante função social e
ambiental, não só gerando benefícios a si mesmos, como para aqueles que trabalham nessas áreas e
principalmente por atender a sociedade urbana.
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas Mina de Cascalho na localidade do Ju...Igor Siri
O trabalho tem como base teórica o planejamento de paisagem, o qual possibilita um levantamento da situação atual do empreendimento e um diagnóstico, sugerindo novos cenários de acordo à paisagem.
A proposta baseada em TROPPMAIR (1998), consiste em reconstituir a cobertura vegetal originária para levantar dados ambientais importantes e que foram alterados pelo Homem. Levantou-se características da área a fim de generalizar as várias alterações ocorridas durante um período de 20 anos.
Projeto de articulação curricular:
"aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos" - Seleção de poemas da obra «Bicho em perigo», de Maria Teresa Maia Gonzalez
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2024, adultos, Tema, A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA, O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU, Coment Osiel Gomes, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, tel-What, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisValéria Shoujofan
Aula voltada para alunos do Ensino Médio focando nos processos de Independência da América Latina a partir dos antecedentes até a consolidação dos Estados Nacionais.
3. Recursos naturais II
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms Carla Caprara Parizi
Revisão Textual:
Profa. Dra. Patrícia Leite
4.
5. 5
• Introdução
• Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
·· Nesta unidade da disciplina de Gestão Ambiental e
Responsabilidade Social, abordaremos o tema “Recursos
Naturais II”.
·· Leia a “Orientação de Estudos”, para melhor compreender
a rotina de estudos, os trabalhos práticos e as avaliações a
serem realizadas ao longo do semestre.
Recursos naturais II
Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
• Medidas destinadas ao controle de áreas
degradadas
• Conclusão
6. 6
Unidade: Recursos naturais II
Contextualização
Nesta segunda unidade, abordaremos o tema Recursos Naturais I.
O material foi organizado em:
1 - Aviso – É o primeiro contato com o aluno
2 - Mapa Mental Representação Visual da Organização da disciplina contemplando os
conteúdos e suas relações
3 - Contextualização e Problematização - Texto Introdutório lembrando a importância
dos conteúdos abordados.
4 - Material teórico contemplando Recursos Naturais I.
5 - Apresentação narrada no formato “adobe presenter”, que sintetiza o conteúdo teórico;
6 - Atividade de Sistematização: Atividade avaliativa do tipo teste de múltipla escolha,
baseada nos conteúdos estudados no “Material teórico”, no livro sugerido, e leituras
complementares, com autocorreção pelo Blackboard.
7 - Atividade de Aprofundamento: Atividade Avaliativa –
Unidades I, III – Atividade de Aprofundamento: Fórum de discussão
Unidades II, IV e V Reflexiva ou Aplicação
8 - Material complementar sobre o tema;
9 - Referências bibliográficas.
Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura, na sequência as
atividades de fixação dos conteúdos (Atividade de Sistematização), e as atividades de
interação (Fórum, Reflexiva ou Aplicação).
Utilize os fóruns de discussão e a lista de e-mails para sanar as dúvidas.
A Terra já tem estocado todos os recursos para a manutenção e o desenvolvimento de seus
habitantes (salvo alguns recursos que se renovam), e, em alguns casos, eles podem não ser
suficientes ou inadequados para uso.
Elementos tais como o crescimento acelerado da população, o grau de poluição gerado, os
desejos ininterruptos e ilimitados da sociedade pela oferta de produtos e aparelhos cada vez
mais sofisticados, nos levam a crer que este estoque acabará!
Portanto, algumas ações são inevitáveis para que possamos retardar ou minimizar ou resolver
esse problema, é preciso conhecer os recursos naturais, seus problemas e suas limitações, para
melhor gerenciá-los.
7. 7
1. Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
Introdução
Nesta unidade abordaremos os temas de Avaliação de Impacto Ambiental, Diagnóstico
Ambiental, Recuperação Ambiental, Atividades e Medidas para Preservação do Solo, bem como
Medidas destinadas ao controle de áreas degradadas.
É um instrumento de política ambiental, em que se faz um exame sistemático dos impactos
ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas,
formado por um conjunto de procedimentos, cujos resultados devem ser apresentados de forma
adequada a quem interessar e, principalmente, aos responsáveis pela tomada de decisão. O
conjunto de procedimentos deve garantir adoção de medidas de proteção ao meio ambiente,
em situação específica, como o caso de implantação de um projeto. (MOREIRA, 1992, APUD
SÁNCHEZ, 2008).
Grosso modo, podemos dizer que avaliação de impacto ambiental é a visão antecipada de
possíveis consequências de ações presentes ou propostas.
Segundo Sánchez (2008), apesar da AIA ter um caráter prévio, de avaliação para tomada de
decisão, pode-se encontrar referências de avaliações de impactos de ações ou eventos passados,
neste caso a preocupação passa a ser com os danos já causados.
1.1. Diagnóstico Ambiental
Na avaliação de Impacto Ambiental quer seja para futuras ações, quer seja de ações passadas,
é necessário conhecer a situação atual do ambiente.
Segundo Sánchez (2008), denomina-se Diagnóstico Ambiental “a descrição das condições
ambientais existentes em determinada área no momento presente”.
O grau de profundidade e abrangência do diagnóstico ambiental depende dos objetivos do
estudo.
1.2. Recuperação Ambiental
Um ambiente mesmo afetado por ações humanas pode ser recuperado, desde que
sejam propostas e aplicadas ações voltadas com esse objetivo. Isto significa que um ambiente
degradado pode ser recuperado.
8. 8
Unidade: Recursos naturais II
Sánchez (2008) afirma em seu trabalho que em ambientes terrestres o termo mais usado é
“recuperação de áreas degradadas”. A recuperação de áreas degradadas requer uma intervenção
planejada, cujo objetivo é tornar a área, produtiva novamente e sustentável.
Dentre as variantes da recuperação ambiental estão, segundo Sánchez (2008):
a) Restauração – “Retorno de uma área degradada às condições existentes antes da
degradação”, ou até melhor desde que o ambiente já esteja alterado.
b) Reabilitação – É o tipo de recuperação mais frequente, neste caso as ações de recuperação
são voltadas a habilitar a área novamente, para uma nova forma de utilização, ainda que
bem diferente da anterior. Em seu artigo 3o, o Decreto Federal no 97.632/89 para o plano
de recuperação de áreas degradadas por extração mineral define que “A recuperação
deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização , de acordo
com um plano pré-estabelecido para uso do solo, visando à obtenção de uma estabilidade
do meio ambiente” (SÁNCHEZ, 2008)
c) Remediação – é um tipo de recuperação ambiental, porém de casos em que a área
degradada está contaminada.
Em ambientes urbanos os termos de recuperação utilizados são Requalificação e Revitalização.
1.3. Atividades e Medidas para Preservação do Solo.
As principais atividades e Medidas para Preservação do Solo são:
a) Ponto de equilíbrio ecológico entre a produtividade agrícola e industrial e a ocupação
urbana:
• Novas áreas de preservação;
• Aumento de Jardins Botânicos e de reservas (nos centros urbanos);
• Bancos Genéticos (recomposição das áreas degradadas);
• Reflorestamento de mata ciliar (margens dos rios);
• Programa de Educação Ambiental;
• Instrumentos para prevenção e controle da poluição e contaminação do solo.
Como para ambientes terrestres o termo mais usado é “recuperação de áreas degradadas”, e
sendo a erosão um dos principais fenômenos tratados no planejamento ambiental, iremos abrir
um pouco mais de “espaço” para o tema.
2. Medidas destinadas ao controle de áreas degradadas.
9. 9
2.1. Prevenção e Controle da Erosão
Medidas Preventivas são sempre preferenciais às medidas corretivas, primeiramente,
porque são muito mais eficazes para conter e/ ou evitar a degradação ambiental, e segundo
porque são economicamente mais viáveis. Já as medidas Corretivas são mais onerosas e de
implantação mais difícil (BRAGA, 2005).
A erosão é um dos principais fenômenos tratados no planejamento ambiental, tal fenômeno
ocorre naturalmente sendo difícil de ser controlado, e facilmente acelerado por ações do homem
(SANTOS, 2004).
Essa aceleração ocorre, principalmente, com o desmatamento ou remoção da cobertura
vegetal original, com o manejo impróprio de solos produtivos, com a exploração inadequada
de terras próximas aos cursos d` água, ocupação das terras por usos inadequados, uso de áreas
com elevado potencial natural de erosão, e principalmente com a falta de planejamento de
ocupação ( SANTOS, 2004).
No processo de erosão perde-se a porção mais fértil do solo, e consequentemente sua
qualidade multifuncional (SANTOS, 2004).
Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoção do solo, o
plantio de vegetação e a correção da drenagem que originou a remoção das camadas, são
medidas corretivas para este processo (BRAGA, 2005).
Nos casos em que o processo erosivo é mais crítico, como a formação de voçoroca ou
boçoroca, que são grandes buracos de erosão, causados pela chuva e intempéries e que ocorre
onde a vegetação é escassa, de modo geral, as intervenções corretivas são obras de engenharia
hidráulica, de engenharia de solos e de engenharia agronômica (BRAGA, 2005).
As Medidas Preventivas em solo rural correspondem à utilização de práticas que permitem a
exploração agrícola do solo sem torná-lo significativamente pobre (BRAGA, 2005).
As práticas mais utilizadas são o preparo do solo em curvas de nível, desta forma evita-se que
as águas das chuvas corram livremente ocasionando o fenômeno da erosão, conforme figura
2.1. O terraceamento também é uma técnica agrícola e geográfica de conservação do solo, com
o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosão.
Figura 2.1 – Plantação com curvas de nível – Ponta Grossa - PR
Fonte: Natureza Brasileira
10. 10
Unidade: Recursos naturais II
São usadas ainda, segundo Braga (2005), estruturas para desvio que terminem em poços
para infiltração das águas; controle das voçorocas; preservação da vegetação nativa em grandes
aclives e áreas próximas aos cursos d’água.
2.2 – Controle da Poluição do solo rural
A população cresce a taxas elevadas, e para assegurar a produção agrícola, pois afinal é
preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo, o emprego de fertilizantes
sintéticos e defensivos parece inevitável, apesar dos riscos envolvidos.
A utilização de fertilizantes sintéticos podem causar impactos imediatos em áreas agrícolas, já
os defensivos, de modo geral manifestam-se após longo anos.
Se no momento não podemos ou não temos uma solução para resolver o problema da
utilização de fertilizantes e defensivos e, portanto, temos que conviver com eles, nada mais sensato
do que utilizá-los na medida certa, cortando os desperdícios que geram resíduos poluidores.
Optando também por defensivos mais seguros e utilizando-se de técnicas de aplicação que
também reduzam os desperdícios que geram acúmulo e propagação para a cadeia alimentar
(BRAGA, 2005).
2.3 - Controle da Poluição do solo urbano
Resíduos sólidos, podem advir de residências, comércios etc. e são mais conhecidos como
“lixo”, ou ainda classificados em resíduos mais perigosos advindos de processos industriais e de
atividades médico-hospitalares (BRAGA, 2005).
Em função do aspecto prático e técnicas de tratamento e disposição, a norma Brasileira NBR
10.004 considera três classes de resíduos, são elas:
• Resíduos Classe I ou Perigosos: podem apresentar riscos a saúde pública ou efeitos adversos
ao meio ambiente (toxidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, radioatividade e
patogenicidade);
• Resíduos Classe III ou Inertes: não se solubilizam na água (concentração superior aos
padrões de potabilidade);
• Resíduos Classe II ou não Inertes: não se enquadram em nenhuma das classes anteriores.
Essa divisão pode e deve ser usada para acondicionamento, manuseio, coleta e transporte
dos resíduos pela população.
As dificuldades dessa implantação de reconhecimento dos resíduos, segundo essas três
classes, provêm do tempo, recursos financeiros, administrativos e educacionais necessários para
viabilizar esse sistema, além disso, da mudança de hábitos e costumes (BRAGA, 2005).
Em áreas urbanas, o Sistema de Disposição e Tratamento do Lixo é indispensável, em áreas
rurais existem algumas alternativas como adubação do solo ou alimentação de animais, para
alguns tipos de resíduos domésticos.
11. 11
2.3.1 - Sistema de disposição e tratamento do lixo
O Sistema de Disposição e Tratamento do Lixo é indispensável e se incumbe da limpeza, da
coleta, disposição e tratamento do lixo, com o objetivo de extinção dos riscos à saúde pública e
redução ou eliminação dos impactos sobre o ambiente, provocados pelo lixo.
Principais atividades do sistema (BRAGA, 2005):
a) Varrição de vias, praças, e demais logradouros públicos.
b) Coleta domiciliar, do comércio e da indústria, sempre que possível seletiva.
c) Transporte até centros de transbordo ou de triagem ou até locais de disposição e tratamento.
d) Disposição e/ ou tratamento do lixo.
Segundo Braga (2005), a disposição e o tratamento do lixo podem ser feitos de várias
maneiras: a forma inadequada é a de lançar e amontoar em algum terreno dando origem aos
“lixões”, sem medidas de proteção ao ambiente ou à saúde pública. Esta é uma prática que
incentiva a catação propiciando além dos problemas sociais, ambientes altamente poluídos além
do próprio solo, pode poluir as águas e a atmosfera. Outras formas são os aterros sanitários ou
energéticos, a compostagem e a incineração.
Aterro Sanitário, conforme mostra a figura 2.3, é um processo que permite o confinamento
seguro dos resíduos relativamente à poluição ambiental e à saúde pública.
No aterro, os resíduos são lançados sobre o terreno e recobertos com solo do local, onde são
utilizadas máquinas para terraplenagem, que consequentemente acabam compactando o lixo e
reduzindo significativamente o seu volume.
No material aterrado a biodegradação aeróbia é interrompida pela falta de oxigênio, dando
espaço para biodegradação anaeróbia, com liberação de gás e de líquido escuro chamado
de chorume, que pode se infiltrar no solo e contaminar o lençol freático, caso não haja uma
camada que impermeabilize o solo. O gás é chamado de metano e deve ser drenado.
Segundo Braga (2005), o aterro sanitário energético é uma evolução do aterro sanitário,
onde o chorume drenado é reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produção de
gás. O gás drenado pode ser usado como combustível. A desvantagem da utilização de aterros
é que exige áreas extensas para sua instalação.
Figura 2.3 – Aterro Sanitário em várias fases
Fonte: IPT – Instituto de pesquisas Tecnológicas (2000)
12. 12
Unidade: Recursos naturais II
Outra forma de dispor e tratar o “lixo” é a compostagem que é um processo biológico de
decomposição da matéria orgânica de origem animal ou vegetal. A figura 2.4 mostra uma Usina
de compostagem de lixo para cidades até 60 mil habitantes.
Vantagens da compostagem, segundo o IPT (2000):
a) Redução de cerca de 50% do lixo destinado ao aterro;
b) Economia de aterro;
c) Aproveitamento agrícola de matéria orgânica;
d) Reciclagem de nutrientes para o solo;
e) Processo ambientalmente seguro;
f) Eliminação de patógenos;
g) Economia de tratamento de efluentes.
Geralmente, ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo,
onde primeiramente são separados os materiais que podem ser reciclados e, depois, feita a
compostagem com matéria orgânica.
O processo de compostagem ocorre pela decomposição de matéria orgânica, em condições
aeróbias de maneira controlada, de forma a obter um material estabilizado, livre de reações de
putrefação.
Figura 2.4 – Usina de Compostagem de lixo para cidades até 60 mil habitantes
Fonte: IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas (2000)
Quanto à incineração, ela é feita em usinas próprias, onde o lixo é reduzido a cinzas e gases.
As emissões gasosas podem ser lançadas na atmosfera sem maiores problemas, desde que se
utilize equipamentos de combate à poluição. A figura 2.5 mostra um incinerador de lixo.
As principais vantagens da incineração, segundo Braga (2005), são a minimização de áreas
para aterro e para as instalações e ainda a possibilidade de sua utilização para alguns tipos de
resíduos perigosos, como os hospitalares.
13. 13
E como desvantagem os altos custos de investimento, operação e manutenção e pessoal
qualificado para operação (BRAGA, 2005).
Figura 2.5 - Incinerador de lixo
Fonte: Cetesb (1990, apud IPT, 2000)
A escolha da alternativa mais viável de levar em conta os custos, as características
socioeconômicas da região e, principalmente, o custo ambiental. Para grandes populações,
geralmente, são adotados mais de um tipo de solução.
2.4 – Resíduos Perigosos
Resíduos Perigosos são resíduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente. Exemplos de
fontes geradoras com seus respectivos resíduos perigosos são dados no quadro 2.4.
Quadro 2.4 - Fontes geradoras com seus respectivos resíduos perigosos
Setor Fonte Resíduos Perigosos
Serviços,
Comércio e
Agricultura
• Veículos
• Aeroportos
• Lavagem a seco
• Transformadores
• Hospitais
• Fazendas, parques
municipais
• Resíduos Oleosos
• Óleos, fluidos
• Solventes halogenados
• Bifenilas policloradas
• Resíduos Patogênicos
• Resíduos de pesticidas,
embalagens contaminadas
14. 14
Unidade: Recursos naturais II
Indústrias de pequeno
e médio porte
• Tratamento de Metais
(galvanização,etc)
• Fabricação de tintas
• Curtumes
• Lodos contendo metais
pesados
• Solventes, borras, tintas
• Lodos contendo cromo
Indústrias de
Grande Porte
• Processo de extração de
bauxita: fabricação de
alumínio
• Refinaria de petróleo
• Produção de cloro
• Química
• Resíduos de desmonte de
cubas de redução
• Catalisadores, resíduos
oleosos.
• Lodos com mercúrio
• Resíduos de fundo de
coluna de destilação
Fonte: Modificado de Braga (2005)
O Gráfico 2.4 mostra os percentuais correspondentes à destinação final dos resíduos
industriais.
2.4 – Gráfico da destinação final dos resíduos industriais no Estado de São Paulo
Fonte: Modificado Cetesb (1997, apud Braga, 2005)
O percentual de disposição é bastante significativo e explorado no gráfico 2.5 que se refere
aos 61,32% da disposição, mostrada no gráfico 2.4.
Vale a pena destacar a preocupação referente à destinação final dos resíduos industriais, pois
grande parte deles são dispostos diretamente no meio ambiente, como mostrado no gráfico 2.5.
15. 15
2.5 – Gráfico dos percentuais de distribuição (61,32%) relativos à disposição.
Fonte: Modificado Cetesb (1997, apud Braga, 2005)
Quanto à classificação dos resíduos perigosos Braga (2005) os divide em: resíduos biomédicos
e resíduos químicos.
2.4.1 – Resíduos Biomédicos
São os resíduos gerados por hospitais, clínicas, laboratórios, etc. São resíduos que apresentam
características patológicas e infecciosas, conforme cita Braga (2005):
a) Resíduos cirúrgicos e patológicos;
b) Animais usados para experiências;
c) Embalagens e resíduos químicos;
d) Bandagens, panos e tecidos empregados em práticas médicas;
e) Agulhas, seringas;
f) Equipamentos, resíduos contaminados.
Em práticas médicas, é comum a utilização de resíduos radioativos, porém estes não são
enquadrados como resíduos biomédicos, eles possuem legislação específica.
Os resíduos biomédicos devem ser incinerados, no local, e as cinzas são dispostas em aterro
sanitário, caso não haja incineração devem ser dispostas em aterros sanitários, depois de serem
submetidas a tratamento (BRAGA, 2005).
16. 16
Unidade: Recursos naturais II
2.4.2 – Resíduos Químicos
Resíduos químicos são na maioria advindos de atividades industriais. Segundo Braga (2005),
a preocupação com esses resíduos é relativamente recente, desta forma a diminuição dos
impactos ainda não é feita. O tratamento para estes resíduos varia, ou seja depende do caso,
existe tentativas de amenizar o problema, mas devido aos altos custos são abandonados.
Não existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos
de resíduos, embora sua rota de poluição possa atingir o ar, a água e o solo (BRAGA, 2005).
Ações propostas pelo Comitê Preparatório da Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, relativa a Gestão de
Resíduos Perigosos, citadas por Braga (2005) são:
• Promover a prevenção ou minimização da produção de resíduos por meio de métodos
de produção mais “limpos”, evitando o emprego de substâncias perigosas; sempre que
for possível substituí-las por outras ou pela reciclagem, reutilização, recuperação ou usos
alternativos dessas substâncias;
• Aprimorar o conhecimento e a informação sobre os aspectos econômicos envolvidos na
gestão desses resíduos e sobre os efeitos produzidos por essas substâncias sobre a saúde
dos organismos e sobre o meio ambiente;
• Promover e fortalecer a capacitação institucional para prevenir e/ou minimizar danos para
gerir o problema; e
• Promover e fortalecer a cooperação internacional relativa à gestão de deslocamentos
transfronteiriços de resíduos perigosos, incluindo monitoramento e controle, de modo
consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais.
2.4.2.1 – Disposição de resíduos químicos perigosos
Os métodos mais empregados para disposição e tratamento dos resíduos químicos perigosos
citados por Miller (1985, apud Braga, 2005) são: os aterros de armazenamento, as lagoas
superficiais, o armazenamento em formações geológicas subterrâneas e as injeções em poços.
Podem ser utilizados também tambores de armazenamento, que por sua vez também são
aterrados, porém os tambores sofrem deterioração com o tempo, incorrendo no risco de liberar
os resíduos.
O armazenamento tem a função de evitar que resíduos perigosos circulem no meio ambiente,
mas nem sempre isto é possível, pois é preciso que o projeto, a construção e a manutenção, não
falhem no que diz respeito à impermeabilização adequada do meio.
Na disposição dos resíduos na forma de injeções em poços não há como evitar a poluição do
aquífero freático (BRAGA, 2005).
17. 17
2.4.2.2 – Tratamento dos resíduos perigosos
Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como físico, químicos ou
biológicos, tendo como objetivo principal a transformação desses resíduos em menos perigosos.
2.5 – Resíduos Radioativos
A geração de resíduos radioativos é proveniente na maior parte das vezes pela produção
de armas nucleares, produção de combustíveis para usinas nucleares e sistemas de propulsão,
operação em usinas nucleares, pesquisa e atividades médicas (BRAGA, 2005).
Os resíduos radioativos podem se apresentar na forma sólida, líquida e gasosa, e não é
possível destruir a radioatividade em nenhuma das formas, a única alternativa é confinar os
resíduos de forma segura.
Conclusão
É preciso conhecer os efeitos causados pelas ações humanas e os respectivos impactos,
principalmente os adversos, para melhor gerenciá-los.
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Unidade: Recursos naturais II
Material Complementar
Como texto complementar desta Unidade, indico a leitura do livro.
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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Referências
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
IPT–INSTITUTODE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Lixo Municipal Manual de Gerenciamento
Integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000.
NATUREZA Brasileira, disponível em http:// www.naturezabrasileira.com.br. Acesso em
25/fev.2012
SÁNCHEZ, L. E. Avaliação de Impacto Ambiental conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de
Textos, 2008
SANTOS, R.F. Planejamento Ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004.