2. Reorganização político-partidária:
UDN – União Democrática Nacional: Antigetulista e anticomunista; defesa
do liberalismo econômico; base na classe média
PTB – Partido Trabalhista Brasileiro: movimento sindical; getulista;
nacionalista, defesa dos direitos trabalhistas.
PSD – Partido Social Democrático: getulista; base burocrática e rural;
PCB – Partido Comunista Brasileiro: defesa da luta antifascista e
antiimperialista.
Movimento Queremista
Golpe contra Getúlio
Eleições: Brg. Eduardo Gomes (UDN) x Gal. Eurico Gaspar
Dutra (PSD)
Vitória de Dutra, com apoio de Getúlio e do PTB.
4. Assembleia Nacional Constituinte de 1946 – democrata,
liberal, liberdade partidária, limitações no direito ao voto.
Alinhamento aos EUA na Guerra Fria: rompimento de
relações diplomáticas com a URSS e cassação do registro do
PCB em 1947.
Política econômica liberal e de controle de gastos
fracasso
Retomada da política interventora: Plano SALTE
(saúde, alimentação, transporte e energia)
Eleições de 1950: Getúlio Vargas (PTB-PSP) X Brig.
Eduardo Gomes (UDN)
PSD: lançou Cristiano Machado, mas apoiou Vargas.
Vitória e retorno de Vargas
5. Políticas de incentivo a modernização e
industrialização – política de desenvolvimento
econômico nacional.
Campanha “O Petróleo é nosso!” e criação da
Petrobras
Incentivo ao Capital econômico Nacional: superação da
dependência do capital estrangeiro
Democracia e nacionalismo: criação de estatais
Getúlio Vargas
Cartaz da
campanha “O
Petróleo é
nosso!”
6. Crise do governo (1953-1954)
Crise econômica e protestos operários – Greve dos 300 mil
Política mais à esquerda: aumento do salário mínimo em 100% pelo
ministro do Trabalho, João Goulart críticas da oposição udenista e da
alta oficialidade militar, contrárias as políticas nacionalistas e
populares do governo.
Deputado Carlos Lacerda (UDN-Guanabara): principal opositor a
Vargas
Atentado da rua Tonelero contra Lacerda: morte do Major Ruben Vaz
Movimentação dos opositores para derrubar Vargas: resistência de
Vargas em renunciar
24 de agosto de 1954: suicídio de Vargas impede o golpe
Comoção popular: Depredações nas ruas do Rio de Janeiro e Porto
Alegre
Fracasso do golpe: o tiro de Vargas derrotou os golpistas.
7. "Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se
desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não
me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para
que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os
humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos
econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o
trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei
ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais
aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei
de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário
mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das
nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação
se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador
seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral
inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras
alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam
fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café,
valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi
uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante,
incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo,
para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não
ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar
sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha
alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito
a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no
pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a
vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa
consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o
perdão.E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo
do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não
mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu
sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a
espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não
abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada
receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para
entrar na História."
8. Carlos Lacerda Jornal noticia a morte
de Vargas
Carros do jornal O Globo
queimados em protesto a
favor de Vargas.
9. Vice de Getúlio, mas próximo da UDN – ministério ligado ao partido
opositor a Vargas
Eleições de 1955: Juscelino Kubitschek – conhecido como JK – ao
lado de João Goulart como vice (Chapa PSD-PTB): ambos vencem.
Tentativa da UDN e de oficiais militares de impedir a posse de JK:
argumento de que não tinham atingido os 50% dos votos.
Renúncia de Café e posse de Carlos Luz, ligado aos golpistas.
Contragolpe preventivo do Gal. Henrique Lott: destitui Luz e
garante a posse de JK
Café Filho
Panfleto da
campanha de JK
e Goulart
10. Política nacional-desenvolvimentista: investimento no capital
nacional e atração do capital estrangeiro: as multinacionais
Plano de Metas: “50 anos em 5” – Aumento da produção de bens de
consumo e de base
Automóvel: símbolo da era JK – atração da indústria automobilística.
Construção de hidrelétricas, investimento em estradas,
crescimento econômico substancial do país.
Construção de Brasília – nova capital do país
FMI – sugestão de controle de gastos ao governo: recusa de JK e
rompimento com o Fundo Monetário Internacional.
Período de crescimento do PTB e de aliança trabalhista e
comunista nos movimentos sociais e na política.
Crescimento da Classe Média: o carro como símbolo.
Eleições de 1960: Gal. Lott (PSD) perde para Jânio Quadros (PTN),
outsider eleito com o apoio da UDN. João Goulart (PTB) foi eleito vice
novamente.
13. Quadros: eleito com discurso moralista e anticorrupção
Política econômica ortodoxa – Contenção de gastos e adequação a
proposta do FMI
Iniciativas moralistas: proibição do uso do biquíni, da briga de galo e
do lança-perfume
Política Externa Independente: reaproximação com a URSS, política
autônoma em relação aos polos da Guerra Fria, apoio às nações
africanas.
Política econômica agradava a UDN, Política Externa agradava as
esquerdas: No fim, Jânio não agradava ninguém...
Renúncia e crise da Legalidade:
25 de agosto de 1961: Jânio renuncia ao cargo acreditava que não
aceitariam Goulart por ser “comunista” e os manteriam na presidência
com mais poderes.
Congresso aceitou a renúncia e os ministros militares tentam impedir a
posse de João Goulart por seu histórico mais à esquerda.
Goulart estava na China durante a crise.
14. Porto Alegre: governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola liderou
movimento contra a tentativa de golpe militar
Rede da legalidade
Apoio do III Exército a Legalidade praticamente encerra a crise.
Congresso aprova a posse de Goulart, mas sob o regime
parlamentarista: É presidente, mas não governa, de fato.
7 de setembro de 1961: Goulart tomava posse como presidente.
População em apoio a Legalidade, em Porto Alegre
18. Da esq. Para dir.: Goulart, Brizola e Machado Lopes.
19. Período Parlamentarista (1961 a 1963)
Recuperação dos poderes presidencialistas: desgaste do sistema
parlamentar.
Defesa das reformas de Base e pressão das esquerdas para Goulart
assumir um programa reformista, nacionalista e popular
Plebiscito sobre o sistema de governo de 6 de janeiro de 1963: retorno
do presidencialismo.
Pressão das direitas- desestabilização do governo via IPES/IBAD:
organizações anticomunistas e que financiavam políticos, militares e
empresários contra o governo.
Tentativa de negociar reformas via Congresso de Goulart, com o apoio
do PSD: fracasso.
Período presidencialista (1963-1964)
Radicalização política: Goulart entre as direitas e as esquerdas
Plano Trienal: política econômica ortodoxa para garantir o
desenvolvimento: sem apoio entre empresários e trabalhadores.
20. Pressão pelas reformas Reforma Agrária: todos eram a favor, o problema
era COMO fazê-la.
Esquerdas: reforma radical, desapropriando terras sem indenizãção
Direitas: reforma light, cedendo apenas terras improdutivas e com
indenização
Nenhum lado recuava: sem acordo, sem reformas.
Aumento da crise: rebelião dos sargentos em Brasília, em 1963 e
consequente anistia pelo governo crise militar: muitos oficiais já não
aceitavam Goulart, agora o viam como apoiador da quebra da hierarquia e
da disciplina militar, caras a instituição.
Formação da Frente de Mobilização Popular (FMP): união das esquerdas
sob liderança de Brizola para pressionar o governo pelas reformas de Base.
1964: Goulart optou pelas esquerdas e pelas reformas Comicio da
Central do Brasil, em 13 de março de 1964
Reação da oposição civil e militar: Marcha da Família com Deus pela
Liberdade
Estopim: Rebelião dos Marinheiros e discurso de Goulart em evento de
subalternos militares os golpistas reagem e o derrubam da presidência:
consolida-se o golpe civil-militar de 1964. em 31 de março..