Dois acidentes de trabalho foram investigados usando o Método da Árvore de Causas. No primeiro caso, um trabalhador lesionou o pé ao empurrar uma carreta em mau estado que estava sendo usada temporariamente devido à pane do veículo usual. No segundo caso, um trabalhador cortou o dedo ao consertar uma máquina sem os equipamentos de proteção adequados. Ambos os acidentes apontaram para fatores organizacionais como causas principais, como equipamentos improvisados e falta de equipamentos de segurança.
Escopo e embasamento técnico da Norma Regulamentadora 12 - Máquinas e Equipamentos. Projetos técnicos e desenvolvimento de proteções coletivas para prensas e similares.
O documento descreve o que é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), seu objetivo de observar condições de risco no ambiente de trabalho e promover a saúde dos trabalhadores. Detalha os processos eleitorais para escolha dos membros da CIPA e suas responsabilidades de investigar acidentes e seguir normas de segurança.
Este documento apresenta o plano de ensino da disciplina de Higiene e Segurança do Trabalho NR-06 e NR-18 para o curso de Aplicador de Revestimento Cerâmico no Instituto Federal de Goiás. O plano descreve os objetivos da disciplina de orientar os alunos sobre equipamentos de proteção individual e avaliar a segurança em canteiros de obras de acordo com as normas regulamentadoras. A carga horária total é de 24 horas com aulas teóricas e práticas sobre diversos tópicos como equipamentos de proteção, higi
Tst relatório de conclusão de estágio atualizadoMARIA DORA
Este relatório descreve as atividades realizadas durante um estágio de 600 horas em segurança do trabalho na obra de construção Spring Park. As principais atividades incluíram auxiliar em treinamentos sobre normas de segurança, organizar documentos, inspecionar a obra para identificar riscos, verificar equipamentos, aplicar normas internas e preencher formulários de EPIs. O estágio permitiu aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos no curso e preparar a estudante para o mercado de trabalho.
O documento é um relatório de estágio de um aluno do curso técnico em segurança do trabalho. Ele inclui informações sobre o aluno estagiário, a empresa onde o estágio será realizado, os objetivos do estágio e descreve brevemente a história da empresa.
O documento apresenta o planejamento anual de atividades de segurança do trabalho, com as ações previstas para cada mês do ano em diferentes áreas como brigada de incêndio, equipamentos de proteção individual, treinamentos, inspeções e manutenções.
Este documento lista as Normas Regulamentadoras vigentes no Brasil, que estabelecem diretrizes de segurança e saúde ocupacional. São mais de 30 normas, cobrindo tópicos como equipamentos de proteção, edificações, máquinas, atividades insalubres e perigosas, ergonomia, setores como construção civil, portuário e de saúde.
Escopo e embasamento técnico da Norma Regulamentadora 12 - Máquinas e Equipamentos. Projetos técnicos e desenvolvimento de proteções coletivas para prensas e similares.
O documento descreve o que é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), seu objetivo de observar condições de risco no ambiente de trabalho e promover a saúde dos trabalhadores. Detalha os processos eleitorais para escolha dos membros da CIPA e suas responsabilidades de investigar acidentes e seguir normas de segurança.
Este documento apresenta o plano de ensino da disciplina de Higiene e Segurança do Trabalho NR-06 e NR-18 para o curso de Aplicador de Revestimento Cerâmico no Instituto Federal de Goiás. O plano descreve os objetivos da disciplina de orientar os alunos sobre equipamentos de proteção individual e avaliar a segurança em canteiros de obras de acordo com as normas regulamentadoras. A carga horária total é de 24 horas com aulas teóricas e práticas sobre diversos tópicos como equipamentos de proteção, higi
Tst relatório de conclusão de estágio atualizadoMARIA DORA
Este relatório descreve as atividades realizadas durante um estágio de 600 horas em segurança do trabalho na obra de construção Spring Park. As principais atividades incluíram auxiliar em treinamentos sobre normas de segurança, organizar documentos, inspecionar a obra para identificar riscos, verificar equipamentos, aplicar normas internas e preencher formulários de EPIs. O estágio permitiu aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos no curso e preparar a estudante para o mercado de trabalho.
O documento é um relatório de estágio de um aluno do curso técnico em segurança do trabalho. Ele inclui informações sobre o aluno estagiário, a empresa onde o estágio será realizado, os objetivos do estágio e descreve brevemente a história da empresa.
O documento apresenta o planejamento anual de atividades de segurança do trabalho, com as ações previstas para cada mês do ano em diferentes áreas como brigada de incêndio, equipamentos de proteção individual, treinamentos, inspeções e manutenções.
Este documento lista as Normas Regulamentadoras vigentes no Brasil, que estabelecem diretrizes de segurança e saúde ocupacional. São mais de 30 normas, cobrindo tópicos como equipamentos de proteção, edificações, máquinas, atividades insalubres e perigosas, ergonomia, setores como construção civil, portuário e de saúde.
O documento discute os riscos de acidentes com máquinas no ambiente de trabalho e medidas de prevenção. Acidentes com máquinas representam mais de um terço dos acidentes de trabalho e podem resultar em amputações, lesões e traumas permanentes. A prevenção requer treinamento dos trabalhadores, uso correto de equipamentos de proteção e manutenção das proteções coletivas das máquinas.
Relatório de Estágio - Técnico em Segurança do Trabalho - ModeloPedro Lisboa
Modelo de Relatório de Estágio do curso Técnico em Segurança do Trabalho da Escola CEFAP em Sete Lagoas-MG, no qual fui orientador na elaboração do relatório.
O documento apresenta um mapa de riscos da empresa Arby's Super Lanches, identificando riscos físicos (ruído, calor, frio), químicos, biológicos e ergonômicos em diferentes áreas como cozinha, salão e escritório, e aponta as maiores ameaças como queimaduras na limpeza de equipamentos e quedas.
Entender o que é acidente do trabalho e quais os fatores que influenciam na sua ocorrência e fator fundamental na prevenção de acidentes, este slide poderá oferece uma pesperctiva destes conceitos basedo na Lei 8.213/91 e NBR 14.280 da ABNT.
O documento discute Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), definindo-os e descrevendo suas causas, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento. Fatores de risco incluem movimentos repetitivos, postura inadequada e estresse no trabalho. A prevenção envolve ergonomia, organização do trabalho e mudanças nos fatores de risco.
Administração aplicada na Segurança do TrabalhoJeane Santos
A segurança do trabalho não deve ser vista apenas como um custo, mas como um investimento importante para a saúde e bem-estar dos funcionários e para a sustentabilidade do negócio. Recomendaria manter ou aumentar os investimentos em equipamentos de proteção, treinamentos e medidas preventivas para reduzir o risco de acidentes. Isso trará benefícios à longo prazo tanto para os trabalhadores quanto para a empresa.
O documento discute os principais conceitos de ergonomia, incluindo que ergonomia é o estudo das interações entre o homem e seu trabalho, equipamentos e meio ambiente. A ergonomia inclui três áreas principais: física, cognitiva e organizacional. O objetivo da ergonomia é promover a saúde, segurança, satisfação e eficiência dos trabalhadores.
1) A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
2) A CIPA é composta por representantes dos empregados e empregador, e atua para prevenir acidentes e doenças apenas na empresa onde está constituída.
3) Os principais riscos ambientais incluem riscos físicos, químicos,
A Sra. A sofre um acidente ao correr para atender o telefone em seu escritório. Ela tropeça nos fios elétricos no chão, que são pretos e o piso é escuro, dificultando sua visibilidade. Ao cair, bate a cabeça no arquivo ao lado da mesa do telefone e sofre um trauma crânio encefálico.
O documento discute os conceitos e objetivos de mapeamento de riscos ambientais no ambiente de trabalho, incluindo a identificação de riscos, elaboração de mapas de riscos e medidas de controle. Explica as etapas para elaboração de mapas de riscos, como identificar riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Também fornece diretrizes para representar e classificar riscos em mapas por meio de círculos de cores.
O documento resume as principais disposições da Norma Regulamentadora 01 (NR 01), estabelecendo o campo de aplicação das normas de segurança e saúde no trabalho, direitos e obrigações de empregados e empregadores, e conceitos importantes como estabelecimento, local de trabalho e ato faltoso.
O PPRA ou Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um programa estabelecido pela NR-9 para identificar e controlar riscos ambientais no ambiente de trabalho, como ruído, vibrações, temperaturas extremas, agentes químicos e biológicos. O objetivo do PPRA é garantir a saúde e segurança dos trabalhadores por meio de etapas como antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos, além de monitoramento da exposição. O programa deve ser elaborado pela SESMT ou por
O documento fornece orientações sobre segurança do trabalho para novos colaboradores da empresa Burti, abordando objetivos, política, riscos, causas de acidentes, prevenção e movimentação segura de materiais.
O documento discute os riscos de acidentes no trabalho e medidas de prevenção. Apresenta o conceito de acidente de trabalho e suas consequências para trabalhadores e empregadores. Destaca a importância da prevenção por meio de princípios como evitar riscos, avaliar riscos, substituir elementos perigosos e adaptar o trabalho ao homem.
O documento discute a Norma Regulamentadora 18, que regulamenta a segurança e saúde dos trabalhadores na construção civil. A norma estabelece diretrizes para implementar medidas preventivas e controle de riscos, e define obrigações do empregador em fornecer equipamentos de proteção e treinar funcionários sobre riscos de acidentes. Acidentes comuns na construção incluem quedas, cortes e atropelamentos.
O documento discute Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), incluindo suas definições, causas, diagnóstico, tratamento e prevenção. LER e DORT são causados por esforços repetitivos e afetam principalmente os membros superiores. O diagnóstico e tratamento multidisciplinar, juntamente com medidas preventivas nos locais de trabalho, são essenciais para melhorar a saúde e qualidade de vida dos pacientes.
O documento alerta sobre os riscos de acidentes no trabalho devido ao uso de adornos como anéis, pulseiras e brincos, que podem ser presos em máquinas, ferramentas ou equipamentos, causando danos aos dedos ou mãos. A Norma Regulamentadora 32 proíbe especificamente o uso de adornos em áreas operacionais e onde há atividades com eletricidade. Guardar esses objetos quando do trabalho é aconselhado para evitar situações tristes.
Este documento descreve os requisitos para a constituição e funcionamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) de acordo com a Norma Regulamentadora 05. Ele define as atribuições da CIPA, os requisitos para treinamento de seus membros e as responsabilidades da organização em apoiar a CIPA.
O documento descreve o processo de mapeamento de riscos em ambientes de trabalho. O mapa de riscos representa graficamente os riscos existentes por meio de círculos de cores e tamanhos diferentes e deve ser elaborado anualmente pela CIPA após consultar os trabalhadores. O objetivo é conscientizar sobre os riscos e reduzir acidentes.
Um funcionário sofreu um acidente em uma bobinadeira no LRF após outra pessoa acionar a mesa sem bloqueio. Isso prensou o funcionário contra o mandril, causando fraturas e queimaduras. O acidente ocorreu devido à falta de análise de riscos, comunicação, bloqueios mecânicos e elétricos e atenção durante o trabalho.
1. O documento apresenta um estudo sobre acidentes de trabalho ocorridos em uma empresa de logística em 2008.
2. O objetivo geral foi estudar os acidentes de trabalho pessoais ocorridos na empresa. Os objetivos específicos incluíram estratificar os acidentes por variáveis como gerência, tipo, mês e parte do corpo atingida, e identificar as causas principais.
3. Foram realizadas análises estatísticas dos dados de acidentes e diagramas de causas para identificar que a maioria dos
O documento discute os riscos de acidentes com máquinas no ambiente de trabalho e medidas de prevenção. Acidentes com máquinas representam mais de um terço dos acidentes de trabalho e podem resultar em amputações, lesões e traumas permanentes. A prevenção requer treinamento dos trabalhadores, uso correto de equipamentos de proteção e manutenção das proteções coletivas das máquinas.
Relatório de Estágio - Técnico em Segurança do Trabalho - ModeloPedro Lisboa
Modelo de Relatório de Estágio do curso Técnico em Segurança do Trabalho da Escola CEFAP em Sete Lagoas-MG, no qual fui orientador na elaboração do relatório.
O documento apresenta um mapa de riscos da empresa Arby's Super Lanches, identificando riscos físicos (ruído, calor, frio), químicos, biológicos e ergonômicos em diferentes áreas como cozinha, salão e escritório, e aponta as maiores ameaças como queimaduras na limpeza de equipamentos e quedas.
Entender o que é acidente do trabalho e quais os fatores que influenciam na sua ocorrência e fator fundamental na prevenção de acidentes, este slide poderá oferece uma pesperctiva destes conceitos basedo na Lei 8.213/91 e NBR 14.280 da ABNT.
O documento discute Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), definindo-os e descrevendo suas causas, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento. Fatores de risco incluem movimentos repetitivos, postura inadequada e estresse no trabalho. A prevenção envolve ergonomia, organização do trabalho e mudanças nos fatores de risco.
Administração aplicada na Segurança do TrabalhoJeane Santos
A segurança do trabalho não deve ser vista apenas como um custo, mas como um investimento importante para a saúde e bem-estar dos funcionários e para a sustentabilidade do negócio. Recomendaria manter ou aumentar os investimentos em equipamentos de proteção, treinamentos e medidas preventivas para reduzir o risco de acidentes. Isso trará benefícios à longo prazo tanto para os trabalhadores quanto para a empresa.
O documento discute os principais conceitos de ergonomia, incluindo que ergonomia é o estudo das interações entre o homem e seu trabalho, equipamentos e meio ambiente. A ergonomia inclui três áreas principais: física, cognitiva e organizacional. O objetivo da ergonomia é promover a saúde, segurança, satisfação e eficiência dos trabalhadores.
1) A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
2) A CIPA é composta por representantes dos empregados e empregador, e atua para prevenir acidentes e doenças apenas na empresa onde está constituída.
3) Os principais riscos ambientais incluem riscos físicos, químicos,
A Sra. A sofre um acidente ao correr para atender o telefone em seu escritório. Ela tropeça nos fios elétricos no chão, que são pretos e o piso é escuro, dificultando sua visibilidade. Ao cair, bate a cabeça no arquivo ao lado da mesa do telefone e sofre um trauma crânio encefálico.
O documento discute os conceitos e objetivos de mapeamento de riscos ambientais no ambiente de trabalho, incluindo a identificação de riscos, elaboração de mapas de riscos e medidas de controle. Explica as etapas para elaboração de mapas de riscos, como identificar riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Também fornece diretrizes para representar e classificar riscos em mapas por meio de círculos de cores.
O documento resume as principais disposições da Norma Regulamentadora 01 (NR 01), estabelecendo o campo de aplicação das normas de segurança e saúde no trabalho, direitos e obrigações de empregados e empregadores, e conceitos importantes como estabelecimento, local de trabalho e ato faltoso.
O PPRA ou Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um programa estabelecido pela NR-9 para identificar e controlar riscos ambientais no ambiente de trabalho, como ruído, vibrações, temperaturas extremas, agentes químicos e biológicos. O objetivo do PPRA é garantir a saúde e segurança dos trabalhadores por meio de etapas como antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos, além de monitoramento da exposição. O programa deve ser elaborado pela SESMT ou por
O documento fornece orientações sobre segurança do trabalho para novos colaboradores da empresa Burti, abordando objetivos, política, riscos, causas de acidentes, prevenção e movimentação segura de materiais.
O documento discute os riscos de acidentes no trabalho e medidas de prevenção. Apresenta o conceito de acidente de trabalho e suas consequências para trabalhadores e empregadores. Destaca a importância da prevenção por meio de princípios como evitar riscos, avaliar riscos, substituir elementos perigosos e adaptar o trabalho ao homem.
O documento discute a Norma Regulamentadora 18, que regulamenta a segurança e saúde dos trabalhadores na construção civil. A norma estabelece diretrizes para implementar medidas preventivas e controle de riscos, e define obrigações do empregador em fornecer equipamentos de proteção e treinar funcionários sobre riscos de acidentes. Acidentes comuns na construção incluem quedas, cortes e atropelamentos.
O documento discute Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), incluindo suas definições, causas, diagnóstico, tratamento e prevenção. LER e DORT são causados por esforços repetitivos e afetam principalmente os membros superiores. O diagnóstico e tratamento multidisciplinar, juntamente com medidas preventivas nos locais de trabalho, são essenciais para melhorar a saúde e qualidade de vida dos pacientes.
O documento alerta sobre os riscos de acidentes no trabalho devido ao uso de adornos como anéis, pulseiras e brincos, que podem ser presos em máquinas, ferramentas ou equipamentos, causando danos aos dedos ou mãos. A Norma Regulamentadora 32 proíbe especificamente o uso de adornos em áreas operacionais e onde há atividades com eletricidade. Guardar esses objetos quando do trabalho é aconselhado para evitar situações tristes.
Este documento descreve os requisitos para a constituição e funcionamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) de acordo com a Norma Regulamentadora 05. Ele define as atribuições da CIPA, os requisitos para treinamento de seus membros e as responsabilidades da organização em apoiar a CIPA.
O documento descreve o processo de mapeamento de riscos em ambientes de trabalho. O mapa de riscos representa graficamente os riscos existentes por meio de círculos de cores e tamanhos diferentes e deve ser elaborado anualmente pela CIPA após consultar os trabalhadores. O objetivo é conscientizar sobre os riscos e reduzir acidentes.
Um funcionário sofreu um acidente em uma bobinadeira no LRF após outra pessoa acionar a mesa sem bloqueio. Isso prensou o funcionário contra o mandril, causando fraturas e queimaduras. O acidente ocorreu devido à falta de análise de riscos, comunicação, bloqueios mecânicos e elétricos e atenção durante o trabalho.
1. O documento apresenta um estudo sobre acidentes de trabalho ocorridos em uma empresa de logística em 2008.
2. O objetivo geral foi estudar os acidentes de trabalho pessoais ocorridos na empresa. Os objetivos específicos incluíram estratificar os acidentes por variáveis como gerência, tipo, mês e parte do corpo atingida, e identificar as causas principais.
3. Foram realizadas análises estatísticas dos dados de acidentes e diagramas de causas para identificar que a maioria dos
O documento discute acidentes no trabalho, definindo-os como aqueles que ocorrem no exercício da atividade laboral e causam lesão ou perturbação funcional. Também aborda benefícios como auxílio-doença e estabilidade no emprego para acidentados, além de responsabilidades das empresas em prevenir acidentes.
O documento resume as atividades de mídia social realizadas para divulgar o III Fórum Empresarial de Logística e Infraestrutura do Espírito Santo. Foram ganhos mais de 50 seguidores no Twitter, publicadas fotos e vídeos do evento. O conteúdo gerou quase 3.000 cliques e discussões no Facebook, LinkedIn e blog.
O documento apresenta um projeto para melhorar o programa de logística reversa pós-consumo da empresa Claro S.A., propondo agregar valor aos celulares inutilizados e melhorar o processo. Ele descreve os objetivos gerais e específicos do projeto, faz uma fundamentação teórica sobre logística e logística reversa, contextualiza a empresa Claro e apresenta uma análise de dados sobre descarte de celulares no Brasil e recomendações para o programa.
Projeto final leonardo - logística de entrega ultima versao iiParticular
1. O documento descreve uma análise da logística de entrega da empresa Frios Imperador Ltda, localizada em Toledo, Paraná.
2. O estudo tem como objetivo analisar os processos logísticos de entrega da empresa, incluindo a frota, política de entrega e qualificação de clientes.
3. A fundamentação bibliográfica apresenta conceitos de administração, logística, logística de entrega e custos de transporte para embasar o estudo.
O documento descreve um estudo de caso de um paciente de 16 anos que sofreu um acidente ofídico na perna e foi internado no Hospital Geral Roberto Santos. O estudo apresenta os dados do paciente, exames realizados, diagnóstico nutricional e propostas de conduta nutricional.
Meus Parabéns universitários de Gestão em Logística, Turma de quarta-feira (noturno) (grupo nº 02) Sabemos que em Logística necessitamos muito de conhecimentos e interpretações, em relação as suas rotinas e filosofia científica. Pois para lidar com o Mercado e suas variações lógicas, precisamos da inteligência e estratégias da Logística. O Grupo interagiu com bom conhecimento, exibindo um bom trabalho interdisciplinar, a equipe demonstrou boa capacidade empreendedora para prosseguir nos estudos da das rotinas da Gestão em Logística.
O documento apresenta o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) da empresa Bom Jesus Locação de Caçambas Ltda para o período de novembro de 2010 a outubro de 2011, definindo os exames médicos ocupacionais a serem realizados, as responsabilidades da empresa e dos funcionários, e o cronograma de atividades do programa.
Tcc_slide_ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES E MEDIDAS PREVENTIVASacajado
O documento discute acidentes com perfurocortantes e medidas preventivas, apresentando uma revisão da literatura sobre o assunto, a metodologia da pesquisa, resultados e discussões com dados sobre grupos de risco e doenças transmitidas, além de conclusões e referências.
Este documento apresenta normas para elaboração de trabalhos escolares na Escola Estadual Profa Alda G. Scopel. As normas seguem o padrão da ABNT e fornecem instruções sobre formatação, citações, figuras, seções e outras partes do documento para garantir uniformidade. O objetivo é preparar os alunos para a realização de projetos e trabalhos de conclusão de curso.
O documento discute doenças pulmonares ocupacionais, incluindo pneumoconioses causadas pela inalação de poeiras, asma relacionada ao trabalho, DPOC ocupacional e câncer pulmonar ocupacional. Detalha tipos de pneumoconioses fibrogênicas e não fibrogênicas, com foco em silicose e doenças relacionadas ao amianto. Discutem diagnóstico, exposições de risco e manifestações clínicas dessas doenças.
Este documento analisa estatísticas sobre o número de atletas portugueses que chegaram ao pódio nos Jogos Olímpicos entre 1924 e 2022. Apresenta dados sobre a frequência absoluta, média, moda, mediana e quartis de atletas portugueses que conquistaram medalhas olímpicas. Inclui também gráficos representando esses dados estatísticos.
O documento discute estratégias logísticas para empresas em crescimento, enfatizando a importância de (1) prever demanda com precisão, (2) otimizar gestão de estoques, e (3) planejar processos logísticos como transporte de maneira eficiente.
O documento discute riscos biológicos e biossegurança na saúde, incluindo acidentes com material biológico, exposição ocupacional a patógenos como HIV e hepatite, e medidas para prevenção de infecções. Dados sobre notificações de acidentes em São Paulo mostram que enfermeiros estão mais expostos e a maioria dos acidentes envolvem agulhas. O documento também fornece recomendações sobre cuidados com material perfurocortante e transporte de material biológico.
Este documento apresenta um trabalho de conclusão de curso (TCC) de alunos do curso técnico em logística. O TCC tem como objetivo otimizar o estoque e integrar estratégias de layout e marketing para uma empresa de materiais de construção, visando reduzir custos e melhorar o controle do estoque. Os alunos apresentam métodos para organizar o layout do estoque e da loja, além de propor um plano de marketing e planilhas para melhor gerenciar a entrada e saída de mercadorias no estoque.
O documento discute os procedimentos e conceitos-chave para investigação e análise de acidentes de trabalho. Ele aborda o objetivo de prevenir acidentes no futuro ao invés de culpar, os passos para investigação, e conceitos como condições inadequadas, atos inadequados, agente da lesão, tipos de acidentes, localização da lesão, fonte da lesão, incapacidade temporária parcial, tempo computado e prejuízo material.
O documento discute as leis e normas regulamentadoras relacionadas à saúde e segurança no trabalho no Brasil. Ele também descreve o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) que especifica procedimentos para proteger a saúde dos empregados baseado nos riscos do ambiente de trabalho.
O documento discute a investigação e análise de acidentes no trabalho, definindo acidentes e classificando-os. Também aborda as causas de acidentes, ferramentas para investigação como diagrama de Ishikawa e entrevistas, e os passos para formação de comissão de investigação.
Este documento discute a necessidade de mudar os métodos tradicionais de análise de acidentes de trabalho usados em perícias judiciais. Propõe abandonar o modelo focado em achar erros do trabalhador e adotar uma abordagem sistêmica que considera as condições de trabalho. Relata como uma perícia usando esta abordagem analisou um acidente e sustentou o caso na Justiça do Trabalho.
1) O documento apresenta um caso de investigação de acidente de trabalho realizado pelo CEREST de Piracicaba utilizando uma abordagem sistêmica.
2) A investigação do CEREST identificou múltiplos fatores de risco, incluindo aspectos da organização do trabalho e do projeto dos equipamentos.
3) Já a investigação da empresa e do Instituto de Criminalística utilizou uma abordagem tradicional baseada no erro humano, atribuindo culpa às vítimas.
O documento discute aspectos de segurança e saúde no trabalho relacionados aos arranjos físicos em canteiros de obras. Apresenta sugestões para a implantação do canteiro de obras de forma a evitar acidentes e doenças ocupacionais, como otimizar fluxos, aumentar a segurança e higiene, e definir áreas para administração, armazenamento, máquinas e vivência dos trabalhadores. Também destaca a importância de instalações elétricas e sanitárias adequadas no canteiro.
Prevenção e controle de riscos em máquinastaniatalles2
Este documento discute a organização da manutenção para prevenção e controle de riscos em máquinas, equipamentos e instalações. Apresenta a definição de manutenção e a importância de se organizar este processo através de um manual, discutindo também a evolução histórica da manutenção e a necessidade de sistemas informatizados para sua gestão eficiente.
Este documento fornece informações sobre um curso para membros da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). O curso aborda diversos tópicos relacionados à segurança e saúde no trabalho, como inspeção de segurança, investigação de acidentes, riscos ambientais, equipamentos de proteção individual e primeiros socorros. O objetivo é educar os participantes sobre conceitos e medidas de prevenção de acidentes, de forma a melhorar o desempenho da CIPA na empresa.
Este documento fornece informações sobre um curso para membros da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) sobre segurança do trabalho. O conteúdo programático inclui tópicos como introdução à segurança do trabalho, inspeção de segurança, investigação de acidentes, primeiros socorros e equipamentos de proteção individual. O objetivo é educar sobre prevenção de acidentes e promover a saúde e segurança dos trabalhadores.
1. O documento apresenta um curso sobre segurança do trabalho para membros da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). 2. O curso aborda temas como inspeção de segurança, investigação de acidentes, riscos ambientais, equipamentos de proteção individual e prevenção de incêndios. 3. O objetivo é educar os membros da CIPA sobre conceitos e medidas de prevenção de acidentes do trabalho para que possam desempenhar melhor suas funções.
1) O documento descreve um curso para membros da CIPA sobre segurança do trabalho. 2) O curso aborda diversos tópicos como inspeção de segurança, investigação de acidentes, riscos ambientais e equipamentos de proteção individual. 3) O objetivo é educar os membros da CIPA para que possam implementar medidas de prevenção de acidentes em suas empresas.
Este documento analisa a percepção dos trabalhadores contratados de manutenção e inspeção da Petrobras sobre segurança, meio ambiente e saúde. A pesquisa focou principalmente na segurança do trabalho e encontrou que os trabalhadores estão mais preocupados com questões imediatas de segurança do que com saúde ocupacional. A análise conclui que resultados sustentáveis nessas áreas requerem planejamento contínuo e disciplina para lidar com variáveis complexas.
1. O documento discute os fundamentos da prevenção e controle de perdas, incluindo as proporções de acidentes desenvolvidas por Heinrich e Bird.
2. São listados os seis elementos básicos de um projeto de segurança: direção, responsabilidade, técnicas de segurança, inspeções, registro de acidentes e investigação.
3. Detalha os tipos de inspeção, como conduzir uma inspeção, e a importância do registro e investigação de acidentes.
1) O documento desenvolve e valida um modelo para identificar o estágio de maturidade da cultura de segurança do trabalho em organizações industriais.
2) O modelo foi aplicado em 23 empresas químicas e petroquímicas no Brasil e validado através de entrevistas, documentos e grupos de gerentes.
3) O resultado principal encontrou que o modelo desenvolvido pode identificar o estágio de maturidade da cultura de segurança em organizações industriais.
1) O documento desenvolve e valida um modelo para identificar o estágio de maturidade da cultura de segurança do trabalho em organizações industriais.
2) O modelo foi aplicado em 23 empresas químicas e petroquímicas no Brasil e validado através de entrevistas, documentos e grupos de gerentes.
3) O resultado principal encontrou que o modelo desenvolvido pode ser usado para identificar o estágio de maturidade da cultura de segurança em empresas.
Este documento apresenta um Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural para operações florestais. Ele descreve a identificação da empresa e dos responsáveis, objetivos, horários de trabalho, etapas do programa, aspectos contemplados, definição e avaliação de riscos ambientais, critérios para avaliação e priorização dos riscos identificados.
ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCOS DE PROCESSOS INDUSTRIAISRicardo Akerman
O documento discute a análise e gerenciamento de riscos em processos industriais. Ele aborda a história da mentalidade preventiva, os riscos químicos associados ao crescimento da produção industrial e acidentes químicos. Também apresenta definições, técnicas de prevenção de acidentes, identificação de riscos e ferramentas de análise como checklists, diagramas de fluxo e árvores de falhas.
O documento discute a análise e gerenciamento de riscos em processos industriais. Apresenta o histórico da mentalidade prevencionista e como o desenvolvimento industrial trouxe novos riscos químicos devido ao aumento do tamanho de plantas e volumes de produção. Também define termos relacionados a segurança e discute técnicas para identificação e análise de riscos em processos industriais.
O documento discute a análise e gerenciamento de riscos em processos industriais. Aborda a evolução histórica da mentalidade de prevenção de acidentes e os riscos químicos associados ao crescimento da produção industrial. Também apresenta definições e técnicas para identificação e análise de riscos, como checklists, inspeções, investigação de acidentes e diagramas. O objetivo é desenvolver programas de prevenção e controle de perdas para melhor gerenciar os riscos industriais.
O documento discute a análise e gerenciamento de riscos em processos industriais. Aborda a evolução histórica da mentalidade prevencionista, os riscos químicos associados ao crescimento da produção industrial e acidentes químicos. Também apresenta técnicas para identificação de riscos como checklists, inspeções, investigações de acidentes e diagramas.
PPTS_UFCD_5432_Segurança e saúde no trabalho - identificação, avaliação e pre...CarlaTrindade24
O documento discute a identificação, avaliação e prevenção de riscos de segurança e saúde no trabalho. Ele fornece diretrizes sobre como mapear os riscos em uma empresa e descreve os princípios gerais de prevenção, incluindo a eliminação de perigos, avaliação e combate de riscos, e priorização da proteção coletiva.
1. O documento discute a gestão de pessoas como facilitador para o gerenciamento de risco na indústria da construção civil.
2. A pesquisa identifica as atividades com maior índice de acidentes e propõe envolver as pessoas nas atividades diárias de forma a promover uma cultura de segurança.
3. Os autores também apresentam uma proposta para o desenvolvimento de um plano de segurança identificando os níveis organizacionais responsáveis pelas etapas do gerenciamento de risco.
1. O documento discute o nível de conhecimento dos mestres de obras sobre as normas de segurança do trabalho expressas na NR-18.
2. Foi realizado um questionário com mestres de obras em Florianópolis sobre vários itens da NR-18, incluindo formas, concretagem, andaimes e manuseio de materiais.
3. Encontrou-se que os mestres tinham conhecimento teórico sobre muitos itens, mas faltava conscientização e aplicação prática, dependendo muito da atitude da gest
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Estudo de caso acidente do trabalho
1. 749
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
ARTIGO ARTICLE
Estudo de caso de dois acidentes
do trabalho investigados com o método
de árvore de causas
Case report of two work accidents investigated
using the causal tree method
1 Departamento de Saúde
Pública, Faculdade
de Medicina de Botucatu,
Universidade Estadual
Paulista.
Campus de Botucatu Rubião
Jr., Botucatu, SP
18618-000, Brasil.
Maria Cecília Pereira Binder 1
Ildeberto Muniz de Almeida 1
Abstract In a large company in São Paulo State, two work accidents were investigated using the
Causal Tree Method (CTM), leading to the accurate identification of factors related to work orga-
nization as the causal factors for the accidents. These cases pointed to the role of organizational
factors, such as improvised and temporary assignments to work stations and/or jobs, decisions
about the performance of tasks left to unprepared workers, unavailability of proper tools and/or
materials, and faulty information distribution within the company. Analysis of the accidents al-
lowed for the presentation and discussion of the method (CTM), its lengthy application, its de-
mands in terms of training, and its potentialities for accident prevention.
Key words Worker’ Health; Occupational Accidents; Causal Tree Method
Resumo São apresentados dois acidentes do trabalho típicos, ocorridos em empresa de grande
porte, investigados com o Método de Árvore de Causas – ADC, método que permite identificar o
papel desempenhado por fatores gerenciais e de organização do trabalho no desencadeamento
desses fenômenos. Os casos apresentados revelam a participação, na gênese dos acidentes, de fa-
tores como designação temporária e improvisada de trabalhadores para funções e postos de tra-
balho, execução de tarefas deixadas à iniciativa e ao arbítrio dos trabalhadores, falta de ferra-
mentas e de materiais apropriados à execução de tarefas e falhas na circulação de informações,
entre outros. São também analisadas as indicações para o uso do método, suas potencialidades
em termos de prevenção, bem como as implicações decorrentes de dificuldades de aplicação, de
necessidades de treinamento e reciclagens e do dispêndio elevado de tempo para investigação de
cada acidente.
Palavras-chave Saúde do Trabalhador; Acidentes do Trabalho; Método de Árvore de Causas
2. BINDER, M. C. P. & ALMEIDA, I. M.750
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
Introdução
Na década de 80 (1981 a 1990), foram registra-
dos junto à Previdência Social 10.374.247 aci-
dentes do trabalho (AT), dos quais 254.550 re-
sultaram em invalidez e 47.251, em óbito (IB-
GE, 1981; 1982; 1983; 1984; 1985; 1986; 1987;
1988; 1989; 1990), valores que apontam para a
necessidade de, entre outras, priorizar as ações
de prevenção desses fenômenos pelas institui-
ções que se ocupam da saúde do trabalhador.
Em que pese a precariedade das informações
epidemiológicas disponíveis (Alves & Luchesi,
1992; Hirata & Salerno, 1995), os acidentes do
trabalho ainda constituem importante proble-
ma de saúde pública em nosso país.
Dada a gravidade do problema, assume
grande importância a detecção a priori de ris-
cos, isto é, antes que os acidentes aconteçam.
Há vários métodos desenvolvidos com esta fi-
nalidade, cabendo ressaltar que, para sistemas
de menor complexidade, o método de escolha
é constituído pelas inspeções de ambientes e
de condições de trabalho (Monteau & Favaro,
1990b; Monteau, 1992), capazes de identificar
perigos decorrentes, entre outros, de proble-
mas de segurança de máquinas, postos de tra-
balho, lay-out, limpeza, ambiente físico, pre-
sentes – e visíveis – de maneira permanente
nos ambientes de trabalho.
Por outro lado, se há alguns fatores da orga-
nização do trabalho e gerenciais identificáveis
à inspeção, como ritmo intenso, trabalho em
turnos e noturno, seqüência irracional de ope-
rações, existem vários outros que dificilmente
são evidenciados por inspeções, por ocorrerem
de forma eventual e limitada no tempo, como,
por exemplo, designação improvisada de tra-
balhadores para execução de tarefas, uso de
materiais por várias equipes sem designação
de responsável, falta de ferramentas e mate-
riais necessários à execução de tarefas even-
tuais ou não rotineiras. Tais fatores, à medida
em que os problemas mais críticos de insegu-
rança vão sendo superados, adquirem impor-
tância crescente no desencadeamento de aci-
dentes (Monteau & Pham, 1987; Monteau,
1992), situação em que a investigação a poste-
riori dos acidentes com o Método de Árvore de
Causas – ADC está indicada, dada a capacida-
de desse método para evidenciá-los (Monteau,
1980).
No Brasil, grande parte das investigações de
acidentes, realizadas por força de normas le-
gais pela maioria das empresas, ainda baseia-
se na concepção dicotômica de ato inseguro e
de condições inseguras, freqüentemente de-
sembocando na atribuição de culpa ao traba-
lhador pelo evento que o vitimou e recomen-
dando medidas de prevenção orientadas para
mudanças de comportamento, sabidamente as
mais frágeis (Binder et al., 1994).
Em contradição com essa realidade, a par-
tir de abril de 1994, tem havido iniciativas do
Ministério do Trabalho no sentido de tornar
obrigatória a investigação de todo e qualquer
acidente do trabalho com o Método de Árvore
de Causas, sem considerar: 1) os aspectos téc-
nicos do método, 2) a heterogeneidade quanto
ao grau de segurança das empresas brasileiras
e 3) a necessidade de capacitação de grande
número de profissionais para aplicação mini-
mamente adequada do mesmo – para mencio-
nar apenas os três problemas que reputamos
mais relevantes e que, não sendo devidamente
equacionados, poderão comprometer os resul-
tados de tais iniciativas. Nesse sentido, cabe
mencionar que os autores dos primeiros estu-
dos de caso com o método ADC, divulgados
entre nós, abandonaram alguns de seus princí-
pios e regras (Lara Duca, 1987; Magrini, 1989;
Ferrão, 1996).
A presente comunicação discute a aplica-
ção do Método de Árvore de Causas (Cuny &
Krawsky, 1970; Monteau, 1980; Monteau, 1983)
com base em duas investigações de acidentes
do trabalho típicos, enfocando aspectos como:
a) o caráter pedagógico do método, que facilita
a compreensão de fenômenos complexos e
pluricausais como são os acidentes de traba-
lho; b) sua capacidade de identificar aspectos
da organização do trabalho e gerenciais envol-
vidos na origem de acidentes, dificilmente evi-
denciados por outros métodos; c) suas poten-
cialidades em termos de prevenção de novos
acidentes, partindo da identificação e elimina-
ção ou neutralização dos fatores envolvidos na
ocorrência do acidente analisado; d) a não-exi-
gência de conhecimento a priori de processos
de produção e de trabalho (condição desejável
mas não imprescindível); e) as necessidades de
treinamento e de reciclagens, bem como o ele-
vado consumo de tempo requeridos para sua
adequada aplicação e, finalmente, f) suas pos-
síveis contribuições para a superação da práti-
ca de atribuição de culpa ao acidentado pelo
acidente que o vitimou.
O método de árvore de causas – ADC
Trata-se de método baseado na Teoria de Siste-
mas, o qual aborda o acidente de trabalho co-
mo fenômeno complexo, pluricausal e revela-
dor de disfunção na empresa, considerada co-
mo um sistema sócio-técnico aberto. Sua apli-
3. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
cação exige reconstrução detalhada e com a
maior precisão possível da história do aciden-
te, registrando-se apenas fatos, também deno-
minados fatores de acidente, sem emissão de
juízos de valor e sem interpretações, para, re-
trospectivamente, a partir da lesão sofrida pelo
acidentado, identificar a rede de fatores que
culminou no AT (Cuny & Krawsky, 1970; Mon-
teau, 1980; Monteau, 1983).
O método utiliza o conceito de variação,
entendida como mudança ocorrida em relação
ao funcionamento habitual do sistema (indús-
tria, oficina etc.), considerada indispensável à
ocorrência do acidente. Utiliza também o con-
ceito de atividade, constituída de quatro com-
ponentes: indivíduo (I), considerado em seus
aspectos físicos e psico-fisiológicos; tarefa (T),
entendida como a seqüência de operações exe-
cutadas pelo indivíduo e passível de observa-
ção; material (M), representado por máquinas,
instrumentos, ferramentas, matérias-primas e
insumos necessários ao desenvolvimento do
trabalho; meio de trabalho (MT), entendido
em seus aspectos físicos e em suas relações so-
ciais.
Identificados os fatores de acidente – varia-
ções e fatos habituais – do modo mais exausti-
vo possível, a construção da árvore não é senão
o estabelecimento das ligações lógicas existen-
tes entre esses, realizado retroativamente a
partir da lesão. Esse processo permite ampliar
consideravelmente os conhecimentos a respei-
to dos fatores que participaram da ocorrência
do acidente, pois obriga a pesquisa ‘das causas
das causas’, interrompida quando certos fatos,
cronologicamente muito anteriores à lesão, fo-
ram esquecidos ou quando o investigador ava-
lia que já dispõe de quadro suficientemente
coerente e completo do acidente.
Valendo-se dos fatos ou fatores de aciden-
tes específicos e pontuais que compõem a ár-
vore, é possível identificar fatores mais gerais,
denominados fatores potenciais de acidentes –
FPA, cuja presença, como o próprio nome indi-
ca, aumenta o risco de ocorrência desses fenô-
menos (Darmon et al., 1975; Faverge, 1977;
INRS, 1976; Monteau, 1974). Além disso, por
constituírem formulação mais geral, elaborada
com base nos fatores de acidente, apresentam
a característica de serem passíveis de identifi-
cação em numerosas situações de trabalho que
não exatamente aquelas a partir das quais fo-
ram elaborados. Sua eliminação ou neutraliza-
ção contribui para a prevenção de novos aci-
dentes, semelhantes ou não ao investigado.
Alguns fatores potenciais de acidentes já
foram descritos e analisados, podendo ser cita-
dos, entre outros, co-atividade, interferência
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO POR ÁRVORE DE CAUSAS 751
entre tarefas, má circulação de informação na
empresa, utilização de materiais por várias
equipes sem definição de responsável, incom-
patibilidade entre materiais de ‘gerações’ ou
idades diferentes, utilização de materiais ina-
dequados ao trabalho em desenvolvimento (fa-
tor denominado catacrese por seus autores) e
resquícios de atividade anterior (Darmon et al.,
1975; INRS, 1976; Faverge, 1977; Monteau,
1974).
Material e métodos
Com o método ADC (Cuny & Krawsky, 1970;
Monteau, 1980; Monteau, 1983, Binder et al.,
1995), são analisados dois acidentes do traba-
lho típicos, ocorridos em empresa de grande
porte do Estado de São Paulo.
Ambos acidentes foram investigados pelos
autores, em atividade de vigilância sanitária de
programa de saúde do trabalhador. As investi-
gações foram realizadas no local de ocorrência,
entrevistando-se o acidentado, colegas de tra-
balho, chefe imediato e profissionais de segu-
rança do trabalho da empresa. A coleta de in-
formações foi realizada obedecendo às normas
do método ADC.
Foram realizados esquemas e fotografias
dos materiais, das posições de trabalho e das
instalações em que os acidentes ocorreram.
A partir das árvores obtidas, aplicou-se o
conceito de fator potencial de acidente (Dar-
mon et al., 1975; INRS, 1976; Faverge, 1977;
Monteau, 1974), com elaboração dos respecti-
vos esquemas.
Resultados e discussão
Caso no 1
Sr. F., 40 anos, ajudante de limpeza da empresa
há 1,5 ano. Sua tarefa, realizada com o auxílio
de um colega, consiste na retirada de tambores
com resíduos e sucata em diversos setores da fá-
brica, habitualmente executada utilizando-se
carreta tracionada por veículo motorizado (jee-
pinho). Quando da ocorrência do acidente, o
veículo estava em pane, aguardando conserto,
há um mês. Por esta razão, vinha sendo utiliza-
da uma carreta reserva com as seguintes carac-
terísticas: 2,40 m de comprimento; 1,20 m de
largura; 0,91 m de altura; quatro rodas com
0,20 m de diâmetro; peso de cerca de 100 kg (va-
zia) e tração manual. Deixada no pátio, sujeita
a intempéries, tal carreta apresentava mau es-
tado de conservação, com diversas equipes fa-
4. BINDER, M. C. P. & ALMEIDA, I. M.752
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
zendo uso dela, sem designação de responsável
e com manutenção genericamente atribuída
aos ajudantes de limpeza.
Utilizando diariamente a carreta reserva há
um mês, o Sr. F. e seu colega (Sr.Y), na manhã do
acidente, iniciaram sua reparação pela troca
das laterais. Prevendo que, pela ação da chuva,
a carreta poderia deteriorar rapidamente, Sr. F.
havia decidido fixar tiras de plástico rígido na
face superior das laterais, material esse previa-
mente obtido por ele em tambores de lixo e cor-
tado nas dimensões das partes a proteger. Não
há prescrição sobre como executar esse tipo de
conserto e tampouco provisão de materiais ne-
cessários. Não possuindo caixa de ferramentas,
o Sr. F. apanha um martelo que encontra no lixo
na manhã do dia do acidente.
Durante a jornada, iniciada às 7h, o Sr. F. e
seu colega retiram o lixo até por volta de 16h,
quando essa tarefa, realizada em duplas, é in-
terrrompida em virtude da ausência não supri-
da do Sr. Y., que vai ao dentista.
Alegando não gostar de parecer desocupado,
Sr. F. retoma sozinho a reparação da carreta pe-
la colocação das tiras de plástico na face supe-
rior das laterais. A primeira delas tem dimen-
sões de 240 cm (comprimento) por 3,5 cm (lar-
gura) e 0,3 cm (espessura). Para fixá-la, usa pre-
gos tamanho 28 x 24, reaproveitados de emba-
lagens (reaproveitamento praticado com fre-
qüência na empresa).
Após colocar a tira de plástico sobre a face
superior de uma das bordas laterais, o Sr. F. po-
siciona o primeiro prego em uma das extremi-
dades, segurando-o com o polegar e indicador
esquerdos e firmando o plástico com os demais
dedos e palma da mão. Ao desferir o golpe com
o martelo para completar a operação, Sr. F. está
com o corpo fletido e com o rosto próximo ao
ponto de fixação. Colocado esse primeiro prego,
dirige-se à outra extremidade para repetir a
operação, com a dificuldade adicional de ter de
manter tracionada a tira de plástico com a mão
esquerda. Ao ser martelado com força, esse se-
gundo prego entorta, não penetra no plástico e é
lançado em direção ao rosto do Sr. F, chocando-
se com a lente esquerda de seus óculos de segu-
rança. A armação e a lente quebram-se e o olho
esquerdo do Sr. F., atingido por seus fragmentos
e pelo prego, sofre perfuração. A lente remanes-
cente (direita) é submetida a testes que revelam
estar fora das especificações em relação à resis-
tência a impactos.
Trata-se de acidente ocorrido durante reali-
zação de atividade eventual de manutenção de
equipamento utilizado para execução de tarefa
secundária ou anexa, e a Tabela 1 apresenta o
rol de fatos contidos na descrição, reelabora-
dos sob forma de frases curtas, classificados
como variação (᭺) ou fato habitual (ٗ) e de
acordo com o componente da atividade (Indi-
víduo – I, Tarefa – T, Material – M, Meio de Tra-
balho – MT).
A árvore de causas do acidente descrito é
apresentada na Figura 1, cuja observação reve-
la a complexidade do acidente, fruto da conju-
gação de numerosos fatores. A árvore é com-
posta por 31 fatos, dos quais 17 (54,8%) são va-
riações e 12 (38,7%), fatos habituais. Acerca de
dois fatos permanecem dúvidas quanto a tra-
tar-se de variação ou fato habitual, o que é re-
presentado pela figura de um círculo no inte-
rior de um quadrado. Dois fatos listados na Ta-
bela 1, os de número 17 e 18, não se encontram
inseridos na árvore, significando que não par-
ticiparam da ocorrência do acidente.
A leitura da árvore revela que:
• o componente indivíduo contribui com
apenas dois fatos, um dos quais é constituído
pela lesão;
• o componente tarefa é majoritário, com 13
variações e nenhum fato habitual, resultado
esperado visto tratar-se de atividade eventual
de manutenção;
• o componente material contribui com dez
fatos, dos quais apenas um constitui variação,
sobre dois pesam dúvidas e os sete restantes
são fatos habituais;
• o componente meio de trabalho contribui
com cinco fatos, sendo uma variação e quatro
fatos habituais;
• das quatro interrogações existentes na ár-
vore, uma apresenta maior importância: por
que um equipamento de uso rotineiro perma-
nece um mês em pane?
• na origem do acidente, à esquerda da árvo-
re, observa-se que todos os fatos ou fatores de
acidente foram classificados como pertencen-
tes ao meio de trabalho e ao material, com pre-
dominância de fatos habituais sobre as varia-
ções.
A aplicação do método ADC permite evi-
denciar que condições freqüentemente tolera-
das em ambientes de trabalho, tais como pane
não solucionada de equipamento de uso coti-
diano, falta de responsável pela utilização e
manutenção de equipamento, inexistência de
pequenos materiais necessários à execução de
tarefas estão presentes na origem do acidente.
Nessas condições, a execução de uma tarefa
eventual – o conserto do carrinho –, deixada ao
arbítrio do trabalhador e realizada na ausência
de auxiliar cuja substituição não foi realizada
pela empresa, desembocou no acidente.
Aplicando-se o conceito de fator potencial
de acidentes, elaborou-se o esquema apresen-
5. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO POR ÁRVORE DE CAUSAS 753
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
tado na Figura 2, que revela a participação de-
cisiva de fatores relativos à organização do tra-
balho (FPA 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 10 e 12) no AT in-
vestigado.
Alguns dos FPA elaborados a partir desse
acidente já estão descritos na literatura (Dar-
mon et al., 1975; Faverge, 1977; Monteau, 1974):
utilização de materiais por equipes diferentes
sem designação de responsável (FPA 2), pane
não solucionada (FPA 5), reparação improvisa-
da (FPA 6) e utilização de materiais impróprios
ou catacrese (FPA 10). A análise da árvore e do
esquema de fatores potenciais de acidente re-
vela uma situação geral de execução de ativida-
de de manutenção extremamente desfavorável
do ponto de vista da segurança do trabalho, na
qual todas as decisões, a começar pela de reali-
zar o conserto, foram tomadas por trabalhado-
res que, além de tecnicamente despreparados,
não dispunham dos materiais necessários.
Caso no 2
Sr. G., 45 anos de idade, admitido como solda-
dor há cinco anos, na ocasião do acidente exer-
cia a função de serralheiro, pois, há cerca de cin-
co meses o equipamento de solda que operava
estava com defeito, aguardando reparação.
Recentemente, coincidindo com novo plano
econômico do governo, a empresa atravessara
Tabela 1
Organização dos fatos ou fatores de acidentes segundo o componente da atividade e seu caráter habitual ou não,
referentes ao caso no 1.
Fator de acidente Componente ٗ /᭺
1. O Sr. F. sofre perfuração ocular (olho esquerdo) I ᭺
2. O Sr. F. não gosta de parecer ocioso I ٗ
3. O prego e fragmentos da lente atingem o olho esquerdo do Sr. F. T ᭺
4. A lente esquerda dos óculos de segurança quebra com o impacto T ᭺
5. O prego atinge a lente esquerda dos óculos (EPI) do Sr. F. T ᭺
6. O prego é projetado em direção ao rosto do Sr. F. T ᭺
7. O rosto do Sr. F. está perto do ponto de fixação do prego T ᭺
8. O prego não perfura o plástico T ᭺
9. O Sr. F. martela o prego com força T ᭺
10. O Sr. F. segura prego e plástico com a mão esquerda T ᭺
11. O Sr. F. retoma sozinho a atividade de conserto do carrinho T ᭺
12. O Sr. F. fixa uma peça de plástico na borda superior do carrinho T ᭺
13. O Sr. F. está momentaneamente desocupado T ᭺
14. O Sr. F. conserta o carrinho reserva T ᭺
15. A retirada do lixo é interrompida T ᭺
16. O Sr. F. utiliza o carrinho reserva há um mês T ᭺
17. Na véspera do AT, o Sr. F. apanha restos de plástico no lixo T ᭺
18. O Sr. F. corta os plásticos no tamanho das bordas do carrinho T ᭺
19. As lentes dos óculos (EPI) do Sr. F. estão fora de especificação M ٗ
20. A borda superior do carrinho está a 0,91 m de altura M ٗ
21. O martelo está em mau estado M ٗ
22. O prego já foi utilizado M ٗ
23. O prego é grosso M ٗ
24. O plástico é resistente M ٗ
25. O carrinho reserva está em mau estado M ٗ
26. O carrinho reserva é pesado e manual M ٗ
27. Os recipientes de lixo são pesados M ٗ
28. O carrinho motor está em pane há um mês M ᭺
29. A manutenção do carrinho reserva é tarefa do pessoal da limpeza MT ٗ
30. Não há responsável pelo carrinho reserva MT ٗ
31. O carrinho reserva é usado por várias equipes MT ٗ
32. O carrinho reserva fica estacionado ao ar livre MT ٗ
33. O colega do Sr. F. (Sr. Y.) está no dentista MT ᭺
᭺: variação; ٗ:fato habitual; I: indivíduo; T: tarefa; M: material; MT: meio de trabalho.
6. BINDER, M. C. P. & ALMEIDA, I. M.754
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
O colega do Sr.
F. Está ausente
Os recipientes
de lixo são
pesados
O “Jeepinho”
está em pane
há um mês
O carrinho re-
serva é pesado
e manual
Não há
responsável
pelo carrinho
reserva
O carrinho re-
serva é usado
por várias equi-
pes
O carrinho re-
serva é deixado
ao ar livre
A remoção do
lixo é interrom-
pida
O Sr. F. usa o
carrinho reserva
há um mês
O carrinho
reserva está em
mau estado
O pessoal da
limpeza é en-
carregado da
manutenção do
carrinho reserva
O Sr. F. está
momen-
taneamente
desocupado
O Sr. F. não
gosta de pare-
cer ocioso
O Sr. F. conser-
ta o carrinho
reserva
O martelo está
em mau estado
O prego já foi
usado (reutili-
zação)
O plástico é
resistente
O prego é
grosso
O Sr. F. retoma
sozinho a repa-
ração do carri-
nho, iniciada
pela manhã
O Sr. F. fixa uma
tira de plástico
no bordo supe-
rior do carrinho
O prego não
perfura o plás-
tico
O Sr. F. martela
o prego com
força
O bordo supe-
rior do carrinho
está a 0,91m de
altura
Com a mão es-
querda o Sr. F.
segura o plásti-
co e o prego, si-
multaneamente
O prego é pro-
jetado em di-
reção ao rosto
do Sr. F.
O rosto do Sr. F.
está próximo
do ponto de fi-
xação do prego
O prego atinge
a lente esquer-
da dos óculos
de segurança
do Sr. F.
As lentes dos
óculos de segu-
rança do Sr. F.
estão fora das
especificações
quanto à re-
sistência a im-
pactos
A lente esquer-
da dos óculos
de segurança
se quebra com
o impacto do
prego
O prego e frag-
mentos da lente
atingem o olho
esquerdo do
Sr. F.
O Sr. F. sofre
perfuração
ocular
MT
M
M
M
T
T
MT
M
T
T
I
T
?
T
M
T
MT
MT
MT
?
T
M
M
M
M
?
T
T
T
MA
T
T T I
?
Figura 1
Árvore de causas – caso no 1.vvv
v
vv
vv
vvv
vv
v
v
v
v
I: indivíduo; T: tarefa; M: material; MT: meio de trabalho.
7. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO POR ÁRVORE DE CAUSAS 755
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
fase de diminuição do número de encomendas,
dispensando quase duzentos trabalhadores. A
posterior retomada do nível de produção não
foi acompanhada de recontratações, passando
a empresa a aumentar o número de horas-ex-
tras e a deslocar trabalhadores de uma função
para outra, de acordo com as necessidades mais
prementes e imediatas. Nessa situação, o Sr. G.
vinha executando tarefas de serralheiro, sem ter
recebido treinamento nem instruções sobre os
riscos de sua nova função.
Na manhã da véspera do dia do acidente, o
Sr. G. havia sido designado para furar peças que
tinham forma aproximada de C, com cantos re-
tos; espessura de 2,5 cm; altura de 9,0 cm; ‘bra-
ços do C’ com 14 cm de comprimento e 10,5 cm
de largura. Para tanto, operava uma furadeira
de peças, equipamento fixo, com bancada pos-
suidora de mecanismo para fixação de gabari-
to, no qual são posicionadas e presas as peças a
serem furadas. Após algumas horas de uso, esse
equipamento, já antigo e não submetido a ma-
nutenções preventivas, quebrou, fato que vinha
se repetindo cerca de uma vez por mês, há tem-
pos. O Sr. G. passou a utilizar uma furadeira de
chapas para furar as peças. Esta furadeira apre-
sentava como diferenças básicas em relação à de
peças a ausência de mecanismo de fixação de
gabarito e bancada com dimensões maiores. A
falta desse mecanismo exigia que a furação fos-
se realizada com o trabalhador segurando ma-
nualmente o conjunto gabarito-peça, com peso
de cerca de 7 kg, solto sobre a bancada, de modo
a mantê-lo imóvel e na posição requerida para
a realização da tarefa.
No dia seguinte, o Sr. G. dirigiu-se direta-
mente à furadeira de chapas para dar prosse-
guimento ao trabalho iniciado na véspera, su-
pondo que a furadeira de peças ainda não tives-
se sido reparada. Na verdade, ela já estava em
condições de uso, pois a peça que se quebrara
havia sido trocada, fato desconhecido tanto pe-
lo Sr. G., como por seu contramestre.
Com a altura da broca regulada e a rotação
ajustada em 400 rpm, o Sr. G. começou seu tra-
balho. O processo de furação estava sendo reali-
zado em duas etapas: na primeira, com a peça
ajustada ao gabarito, eram feitos os dois pri-
meiros furos nos ‘braços’ horizontais (peça em
forma de C), com uma broca fina. Na segunda,
com uma broca de 1,3 cm de diâmetro, o furo
era ampliado. A primeira etapa já havia sido
executada em várias peças e o acidente ocorreu
durante a operação de ampliação dos furos da
nona peça. Sentado em frente à bancada da fu-
radeira, cuja altura em relação ao solo era de
1,08 m, o Sr. G. mantinha manualmente o con-
junto gabarito-peça posicionado e imóvel.
Tendo sido ampliado o furo do ‘braço’ supe-
rior da peça, a broca começou a furar o inferior,
atravessando então, os dois ‘braços’ do C. Nessa
situação, o gabarito movimentou-se, travando a
máquina, que, destravando-se em seguida, vol-
tou a girar, quebrando a broca e projetando o
conjunto gabarito-peça e a broca na direção do
trabalhador. Este, sentado na cadeira, de frente
para a furadeira, não conseguiu desligar o bo-
tão de acionamento – localizado no alto e à es-
querda –, não conseguindo também sair a tem-
po de seu posto de trabalho, sendo atingido no
tórax e sofrendo contusão da parede torácica e
fratura de duas costelas.
Trata-se de acidente sobrevindo durante
execução de tarefa principal de atividade de
produção. A Tabela 2 apresenta a relação dos
fatos contidos na descrição, reelaborados sob a
forma de frases curtas, cada uma delas conten-
do apenas um fato, classificado como variação
(᭺) ou fato habitual (ٗ) e de acordo com o
componente da atividade (I, T, M, MT). A ob-
servação da árvore, apresentada na Figura 3,
revela participação de 35 fatos, do quais 15
(42,9%) são variações, 12 (31,4%), fatos habi-
tuais e, em relação a nove fatos, persistiram dú-
Uso de material
por várias equi-
pes sem desig-
nação de res-
ponsável
FPA – 2
Pane não solu-
cionada de ma-
terial de uso
quotidiano
FPA – 5
Não especiali-
zação de postos
e de funções
FPA – 3
EPI inadequado
FPA – 11
Utilização de
materiais inade-
quados: “cata-
crese”
FPA – 10
Tarefa realizada
na ausência de
auxiliar neces-
sário
FPA – 12
AT
v
Figura 2
Esquema de fatores potenciais de acidente – caso no 1.
Não designação
de responsável
pela manuten-
ção
FPA – 1
Material dete-
riorado
FPA – 4
Reparação im-
provisada
FPA – 6
Inexistência de
provisão de pe-
quenos acessó-
rios necessários
à execução de
tarefas
FPA – 7
Interiorização de
exigências de
produtividade
FPA – 9
Operador
ausente não
substituído
FPA – 8
v
v
vv
8. BINDER, M. C. P. & ALMEIDA, I. M.756
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
vidas quanto à classificação. Um dos fatos lis-
tados na Tabela 2, o de número 26, não partici-
pou do acidente e não está inscrito na árvore.
Em relação ao componente da atividade, os
fatos distribuíram-se em ordem decrescente:
tarefa – 11 fatos (31,4%); meio de trabalho – dez
fatos (28,6%); material – nove fatos (25,7%) e
indivíduo – cinco fatos (14,3%). Diferentemen-
te do caso número 1, nesse acidente observa-
se um certo equilíbrio na distribuição dos fa-
tos entre os diferentes componentes da ativi-
dade.
A leitura e interpretação da árvore (Figura
3) revela que:
• o componente indivíduo, excluída a lesão,
contribui com quatro fatos ou fatores de aci-
dente, dos quais dois referem-se à situação do
trabalhador em relação à ocupação – ser solda-
dor e estar exercendo função de serralheiro. O
terceiro refere-se ao seu desconhecimento dos
riscos de furar peças com furadeira de chapas e
o quarto, ao seu desconhecimento quanto à si-
tuação de uso da furadeira de peças, já conser-
tada;
Tabela 2
Organização dos fatos ou fatores de acidentes segundo o componente da atividade e seu caráter habitual ou não,
referentes ao caso no 2.
Fator de acidente Componente ٗ /᭺
1. O Sr. G. sofre contusão torácica e fratura duas costelas I ᭺
2. O Sr. G. ignora riscos de furar peças com furadeira de chapas I ٗ
3. O Sr. G. é soldador I ٗ
4. O Sr. G. exerce função de serralheiro há cerca de cinco meses I ٗ
5. O Sr. G. ignora que a furadeira de peças foi consertada I ᭺
6. O conjunto gabarito-peça atinge o tórax do Sr. G. T ᭺
7. O conjunto gabarito-peça é lançado à frente e à direita T ᭺
8. O Sr. G. está na frente do conjunto gabarito-peça T ٗ
9. O Sr. G. trabalha sentado na frente da furadeira T ٗ
10. O conjunto gabarito-peça está solto sobre a bancada T ᭺
11. O Sr. G. usa uma furadeira de chapas para furar peças T ᭺
12. O Sr. G. fura peças T ᭺
13. O conjunto gabarito-peça se movimenta T ᭺
14. A broca atravessa os dois braços da peça T ٗ
15. O Sr. G. mantém conjunto gabarito-peça imóvel manualmente T ᭺
16. O ‘braço’ superior da peça já está furado T ٗ
17. O conjunto gabarito-peça pesa cerca de 7 kg. M ٗ
18. A furadeira trava M ᭺
19. A broca da furadeira quebra M ᭺
20. A broca da furadeira permite acesso de mãos M ٗ
21. A furadeira de peças entrou em pane na véspera M ᭺
22. A broca gira a 400 rpm. M ٗ
23. A peça tem forma de ⊂ M ٗ
24. A furadeira de peças é velha e obsoleta M ٗ
25. O equipamento de solda do Sr. G. está quebrado há 5 meses M ٗ
26. A furadeira de peças foi consertada no mesmo dia MT ٗ
27. O contramestre manda o Sr. G. furar peças MT ᭺
28. Eventualmente usa-se furadeira de chapas para furar peças MT ᭺
29. A empresa muda trabalhadores de função MT ٗ
30. O número de encomendas da empresa aumenta MT ٗ
31. O efetivo da empresa está reduzido MT ٗ
32. Há reativação da atividade econômica MT ٗ
33. A empresa demite trabalhadores MT ٗ
34. O número de encomendas da empresa diminui MT ٗ
35. A empresa monta estruturas a partir de encomendas MT ٗ
36. Há diminuição da atividade econômica MT ٗ
᭺: variação; ٗ:fato habitual; I: indivíduo; T: tarefa; M: material; MT: meio de trabalho.
9. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO POR ÁRVORE DE CAUSAS 757
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
A empresa
produz a par-
tir de enco-
mendas
O Sr. G. igno-
ra que a fura-
deira de pe-
ças foi con-
sertada
MT
I
Figura 3
Árvore de causas – caso no 2.
Há diminui-
ção de ativi-
dade econô-
mica
MT
As encomen-
das diminuem
MT
A empresa
demite traba-
lhadores
MT
O efetivo da
empresa está
reduzido
MT
O número de
encomendas
aumenta
MT
Há reativação
da atividade
econômica
MT
A Empresa
aloca traba-
lhadores se-
gundo as ne-
cessidades
MT
O equipamen-
to de solda
do Sr. G. está
quebrado há
meses
M
Há 5 meses o
Sr. G. exerce
a função de
serralheiro
I
?
O Sr. G. é
soldador
I
O Sr. G. igno-
ra os riscos
de furar peças
com furadeira
de chapas
I
Eventualmen-
te a furadeira
de chapas é
usada para
furar peças
MT
A furadeira
de peças
quebrou na
véspera
M
O contrames-
tre manda o
Sr. G. furar
peças
MT
A furadeira
de peças é
velha
M
?
?
?
O Sr. G. usa
furadeira de
chapas para
furar peças1
T
O gabarito
está solto
(não fixado)
na bancada
T
A broca gira
a 400 r.p.m.
M
O Sr. G. man-
tém gabarito
e peças imó-
veis manual-
mente
T
O conjunto
gabarito/peça
pesa 7 Kg
M
A peça tem
forma de
M
O braço su-
perior da pe-
ça já está fu-
rado
T
?
O conjunto
gabarito/peça
se movimenta
T
A broca
atravessa os
dois braços
da peça
T
?
A furadeira
trava
M
?
A furadeira
destrava (vol-
ta a funcionar)
M
A broca da
furadeira
quebra
M
O conjunto
gabarito/peça
é lançado pa-
ra a frente e
para a direita
T
O Sr. G. tra-
balha senta-
do na frente
da furadeira
T
O Sr. G. está
na frente do
conjunto ga-
barito/peça
T
O conjunto
gabarito/peça
atinge o tórax
do Sr. G.
T
O conjunto
gabarito/peça
pesa 7 quilos
M
O Sr. G. fra-
tura duas cos-
telas e sofre
contusão to-
rácica
I
v
v
vv
v
v
vvvv
v
v
v
v
v
v
v
v
v
v
v
1 A furadeira de chapas não possui mecanismo de fixação. I: indivíduo; T: tarefa; M: material; MT: meio de trabalho.
10. BINDER, M. C. P. & ALMEIDA, I. M.758
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
• há uma distribuição equilibrada entre os
componentes tarefa, meio de trabalho e mate-
rial;
• na origem do acidente, à esquerda da árvo-
re, observa-se nítida predominância de fatores
classificados como pertencentes aos compo-
nentes meio de trabalho e material.
A análise do esquema de fatores potenciais
de acidentes (Figura 4) revela que, na origem
remota do acidente, há participação de fatores
gerenciais importantes. Submetida a constran-
gimentos econômicos externos (FPA – 1) e pro-
duzindo a partir de encomendas, cujo volume
escapa de seu controle (FPA – 2), a empresa
adota a prática de alocar trabalhadores de for-
ma improvisada para funções e postos de tra-
balho (FPA – 4), com o objetivo de resolver os
problemas decorrentes de efetivo insuficiente
em relação às necessidades da produção (FPA
– 4), prática que fragiliza a fiabilidade e a segu-
rança do sistema. A tais fatores sobrepõe-se a
decisão de manter em operação equipamentos
velhos e obsoletos, sujeitos a panes (FPA – 6) e
facilitadores da ocorrência de incidentes (FPA –
10), o que acarreta a utilização de equipamen-
tos impróprios à execução de determinadas ta-
refas (FPA – 9) ou catacrese, segundo denomi-
nação do autor que o descreveu (Faverge, 1977),
compondo uma tríade conhecida de fatores
potenciais de acidentes, aos quais somam-se
falhas na circulação de informações (FPA – 8).
Esse caso revela ainda a existência de equi-
pamento com zona de operação aberta (broca
da furadeira desprotegida), condição identifi-
cável por meio de inspeção.
Estão inscritas na árvore (Figura 3) sete in-
terrogações, apontando para lacunas de infor-
mação, merecendo destaque: a) Por que um
equipamento para furar chapas é, ainda que
eventualmente, utilizado para furação de pe-
ças? b) Por que um trabalhador que há cinco
meses está desviado de função não recebeu
treinamento que o capacitasse à execução de
suas novas tarefas? c) Por que uma indústria de
grande porte mantém em funcionamento um
equipamento velho e obsoleto, sujeito a suces-
sivas panes, quando o preço de um novo é irri-
sório em face do porte da empresa?
Ao evidenciar a pluricausalidade e comple-
xidade dos acidentes do trabalho, como pode
ser constatado pelos dois casos apresentados,
a aplicação do Método ADC dificulta culpar as
vítimas, atribuindo-lhes comportamento im-
prudente, negligente, descuidado – como fre-
qüentemente ocorre em investigações realiza-
das por cipas de empresas (Binder et al., 1994).
Esses casos ilustram ainda algumas poten-
cialidades do Método ADC e da aplicação do
conceito de Fator Potencial de Acidentes, tais
como:
• evidenciar falhas gerenciais e da organiza-
ção do trabalho de uma empresa, potencial-
mente desencadeadoras de acidentes, com ba-
se no estudo detalhado de apenas dois casos;
• pela revelação de elevado número de fato-
res implicados na ocorrência dos acidentes,
contribuir para a superação da concepção di-
cotômica e pauci-causal desses fenômenos;
• aumentar o conhecimento do trabalho e de
seus riscos – papel pedagógico do método;
Constrangimen-
tos econômicos
externos
FPA – 1
Inadequação
entre efetivo e
número de
encomendas
FPA – 3
Encomendas
fora do controle
da empresa
FPA – 2
Não especiali-
zação de postos
e funções
FPA – 5
Designação
improvisada de
trabalhadores
para postos e
funções
FPA – 4
Desconhecimen-
to das “regras
da arte”
FPA – 7
Panes
frequentes
FPA – 6
Má circulação
de informação
FPA – 8
Catacrese
FPA – 9
Incidente
FPA – 10
Zona de opera-
ção aberta
FPA – 11
AT
v
vv
v
v
v
v
Figura 4
Esquema de fatores potenciais de acidente – caso no 2.
11. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO POR ÁRVORE DE CAUSAS 759
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997
• facilitar o diálogo entre diferentes interlo-
cutores, na medida em que apenas fatores pas-
síveis de constatação são inseridos nas árvores,
que, pela facilidade de compreensão, consti-
tuem verdadeiros instrumentos de comunica-
ção.
Cabe repetir que a indicação do Método de
Árvore de Causas depende do nível de seguran-
ça já atingido pela empresa. Em situações de
falta de segurança de máquinas e de inadequa-
ções evidentes de postos de trabalho, a inspe-
ção é o método mais indicado para identifica-
ção de riscos de acidentes do trabalho com vis-
tas à prevenção (Monteau & Favaro, 1990a e b;
Monteau, 1992).
Os dois casos apresentados permitem infe-
rir a existência de duas importantes exigências
do método que não devem ser negligenciadas
sob pena de deturpação de sua utilização, com
comprometimento dos resultados obtidos: 1)
necessidade de treinamento de seus aplicado-
res e 2) disponibilidade de tempo para sua apli-
cação.
Embora aparentemente de fácil aplicação,
o método ADC requer disponibilidade de tem-
po, domínio da linguagem escrita e capacidade
de elaboração de raciocínio lógico. Sua im-
plantação em empresas francesas, iniciada em
fins da década de 70 e ainda em curso, tem
mostrado que há necessidade de treinamento
e de reciclagens periódicas de seus aplicadores
e, principalmente, que os resultados em ter-
mos de prevenção dependem do envolvimento
da direção das empresas no processo (Pham,
1989).
Em investigações realizadas por profissio-
nais integrantes de serviços externos às empre-
sas, particularmente programas de saúde do
trabalhador, a adoção de medidas de preven-
ção a partir da identificação de fatores de aci-
dentes cuja eliminação não está prevista nas
normas legais (MT, 1996) depende de decisão
da empresa. Assim, o aproveitamento das po-
tencialidades do método ADC em termos de
prevenção fica condicionado à existência de
canais de negociação envolvendo empregados,
empregadores e profissionais de saúde e segu-
rança.
Do exposto, cabe questionar as tentativas
do Ministério do Trabalho de tornar obrigató-
ria a utilização desse método para investigação
de todo e qualquer acidente, em todas as em-
presas (MT, 1994a e b).
Finalmente, cabe lembrar que, enquanto
manifestação de relações sociais historicamen-
te determinadas, os acidentes do trabalho
constituem problema cuja resolução situa-se
no campo da luta política. Métodos de investi-
gação, por mais aperfeiçoados e por mais bem
aplicados que sejam, constituem ferramentas
auxiliares e limitadas de prevenção e controle
desses fenômenos.
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