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ESTRATÉGIA ILPF
EMBRAPA FLORESTAS
      2008




                    Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
ESTRATÉGIA ILPF
 ANTECENDENTES
   Problemas Globais
  Problemas Nacionais
   Problemas Locais



                        Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
15
            Principais problemas da Humanidade neste século




Extinção de                              Crueldade                Fundamentalismo
sentimentos
Egoismo                                  Corrupção                Consumismo
Competição                               Falta de ética           Egoismo
Demolição da tradição                    Superpopulação           Terrorismo e guerras
Banalização da vida                      Abandono de valores      Intolerância


Política sem princípios                  Prazer sem consciência   Conhecimento sem caráter
Riqueza sem trabalho                     Comércio sem moral       Ciência sem sacrificio

Fonte – MIRSHAWKA, VICTOR – Qualidade com humor
                                                                                 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
CRISE MUNDIAL ???????????????
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Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Há estimativas de que desde 2.000 perde-se em torno de 6 milhões de hectares por ano.




      http://www.curtoegrosso.com/2008/07/charges-de-mudanas-climticas.html
                                                                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
"O terrorismo não é a única ameaça. Caso uma parte da Groenlândia se derreta,
  os efeitos sobre Manhattan seriam muito piores do que o atentado de 11 de
                              setembro de 2001",

 "Estamos queimando combustíveis fósseis a um ritmo que fará com que, em
menos de 45 anos, os níveis de CO2 dobrem, ... o que ... seria uma catástrofe".


    “... ciclones, furacões ou tornados... aumentaram a potência em 50%",


   “As companhias de seguros perderam juntas US$ 1 bilhão pelos desastres
                                naturais...”
"Plantar árvores não é a única solução, mas é parte da saída para a
                          crise climática“

                           Al Gore -Fonte: JB Online
                                                                  Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
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                            Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
A qualidade dos ecossistemas mundiais de água doce caiu 45%, em
  apenas 26 anos (1970 à 1995). (WWF - relatório Planeta Vivo),

    Temos cerca de 20% das reservas mundiais de água doce

Inúmeros países do mundo já sofrem escassez de abastecimento.

 Alguns países árabes necessitam importar água potável a preços
              superiores ao petróleo que exportam.

A crise mundial de abastecimento hídrico está cada vez mais clara.

      Brasil - Lei federal nº 9.433, de 8/01/97(Lei das Águas)

              Brasil – Lei da consciência popular?


                                                         Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
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                            Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
ÁREA FOCAL: Situação e tendências dos componentes da diversidade biológica


                                Tendências na extensão dos biomas, ecossistemas e                                       *** (1)
                                habitats selecionados
                                Tendências na abundância e distribuição das espécies                                    ***
                                selecionadas
                                Mudança na situação das espécies selecionadas                                           ***

                                Tendências na diversidade genética do animais                                           *
                                domésticos, das plantas cultivadas e das espécies de
                                peixes de grande importância econômica
                                Cobertura das áreas protegidas                                                          ***


***. Bom indicador ** médio indicador * indicador necessita de maior elaboração
Flecha mais grossa indica tendência segura e as mais finas tendência de menor segurança
(1) Para as florestas, não existem dados disponíveis a nível mundial para todos os biomas, ecossistemas e hábitats


       Fonte: UNEP/CBD/COP/8/12 - 15 de febrero de 2006                                                              Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
ÁREA FOCAL: Integridade de ecossistema e bens e serviços de ecossistema


            Indice trófico marinho                                      ***

            Conectividade – fragmentação de ecossistemas                **

            Qualidade da água de ecossistemas aquáticos                 ***




Fonte: UNEP/CBD/COP/8/12 - 15 de febrero de 2006

                                                                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
ÁREA FOCAL: Ameaças à diversidade biológica

             Deposição de nitrogênio                                           ***

             Tendências nas espécies exóticas invasoras                          *

ÁREA FOCAL: Utilização sustentável

             Área de floresta, ecossistemas agrícolas e aquícolas sob            *
             gestão sustentável
             Marca ecológica e conceitos relacionados                          ***
ÁREA FOCAL: Situação dos conhecimento, inovações e práticas tradicionais

             Situação e tendências da diversidade linguística e                  *
             número de pessoas que falam línguas indígenas

Fonte: UNEP/CBD/COP/8/12 - 15 de febrero de 2006

                                                                    Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
QUEM PERDE MAIS? POBRES OU RICOS?
                O URBANO OU O RURAL?

  Serviços de ecossistemas sadios e biodiversos fundamentam o bem estar
                                  humano

Dos 24 serviços prestados pelos ecosssistemas acompanhados na Avaliação de
Ecossistemas do Milênio 15 estão decrescendo.

    (Provisão de água potável - auto-descontaminação da atmosfera –
    polinização -capacidade dos agroecossistemas em regular pragas)

 As consequências da perda de diversidade biológica frequentemente são mais
  duras para a vida rural – imediata dependência dos serviços ecossistêmicos
                                     locais.

   A Avaliação dos Ecossistemas do Milênio tem confirmado que a perda de
 biodiversidade obstaculiza de forma mais significativa a vida dos mais pobres
                                                                  Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
PROBLEMAS NACIONAIS
 Agronegócio com base insustentável
 Destruição de biomas
    Amazônia - Amazônia
    Cerrado - Cerrado
    Caatinga - Caatinga
    Mata atlântica – Mata Atlântica
 Avanço da monocultura
 Descumprimento da legislação ambiental   Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Representa cerca de 30% do PIB nacional, gera 37% dos empregos,
 responde por 40% das exportações e sustenta o saldo comercial.
 Ampliou, nos últimos 15 anos, a área de produção de grãos em 25% e
 aumentou a produção em 107%. Em 12 anos, cresceu a produção de
 carne bovina em 71%, a suína em 113% e a de frango em 170%.

 De 1989 a 2004, teve um saldo comercial maior que o dos outros
 setores e sua balança comercial aumentou de US$ 15 bilhões, em
 1995, para US$ 34 bilhões, em 2004. Pertence a um país
 megabiodiverso e com cerca de 20% da água doce do mundo.
 Estamos falando do agronegócio norte-americano, chinês, indiano ou
 de algum país europeu?

Fonte: MEDRADO, M.J.S. Revista Opiniões

                                                        Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
A área desmatada de seus três maiores biomas soma 2,7 milhões
      de km², ou 31,7% do território nacional. Um sofreu, nos últimos 25
      anos, uma destruição de 15% ou 551 mil km², outro perdeu 93% da
      cobertura florestal original e o terceiro, de acordo com estimativas
      de instituições importantes, deverá desaparecer até 2030. Estamos
      falando da Indonésia, de Nova Guiné, do Quênia, de Madagascar,
      do Congo ou de países europeus?




Fonte: MEDRADO, M.J.S. Revista Opiniões
                                                                Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
NAS DUAS QUESTÕES
ESTAMOS FALANDO DO BRASIL




                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
PROBLEMAS REGIONAIS/LOCAIS
 Insustentabilidade de modelos de produção atuais
 Falta de conhecimento sobre novos modelos
 Falência de propriedades rurais familiares
 Aumento dos trabalhadores sem terra
 Poucas alternativas para adequação ambiental


                                                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
QUAL A FORMA DE REAGIR A TANTOS PROBLEMAS                               ?
     Estabelecer uma política agrária baseada em:

Conservação e preservação dos Recursos Naturais;
Recuperação de áreas degradadas; Aplicação de Manejo
Florestal de Uso Múltiplo com Sustentabilidade; Utilização
de agroecossistemas sustentáveis.

 Buscando o equilibrio ecológico, principalmente o hídrico,
   ao tempo em que propicie a equidade e a segurança
                         alimentar.
                                                 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
NESTA POLÍTICA CABERÁ A ILPF?




                       Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
PARA QUÊ ILPF?
                 Para contribuir na solução de problemas globais,
                 nacionais e locais visando a sustentabilidade da
                       exploração agropecuária e florestal




                                     Integração

                                     Lavoura-
                                     Pecuária -
                                      Floresta


               Conservação                        Desenvolvimento

Adaptado de Vilela, 2005
                                                             Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
VISÃO

A visão consensual da integração lavoura-pecuária-
floresta é de ser uma estratégia gerencial que integra
sistemas de produção agrícola, pecuário e florestal,
em dimensão espacial e/ou temporal, buscando efeitos
sinérgicos entre os componentes do agroecossistema
para a sustentabilidade da unidade de produção,
contemplando                sua        adequação                ambiental                 e         a
valorização do capital natural.

Consenso tirado em grupo de trabalho entre pesquisadores da Embrapa em Reunião em Sete Lagoas, MG
                                                                                   Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
A ILPF contempla sistemas produtivos diversificados de grãos,
fibra, carne, leite, lã e produtos florestais dentre outros, realizados
na mesma área, em plantio consorciado, em sucessão ou
rotacionado.

Tem por objetivo maximizar a utilização dos ciclos biológicos das
plantas, animais, e seus respectivos resíduos, assim como efeitos
residuais de corretivos e nutrientes.

Visa ainda minimizar e otimizar a utilização de agroquímicos,
aumentar a eficiência no uso de máquinas, equipamentos e mão de
obra, gerar emprego, renda, melhorar as condições sociais no meio
rural, além de reduzir os impactos ao meio ambiente.

           Fonte: Grupo de Trabalho sobrfe conceituação de ILPF - Sete Lagoas, MG
                                                                                    Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
A concepção sistêmica dessa estratégia gerencial incorpora outros
atributos desejáveis ao agroecossistema no que diz respeito a sua
adequação ambiental, como a manutenção das Áreas de
Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Legal (RL),
reconhecendo os benefícios dos serviços ambientais por elas
prestados aos sistemas de produção.

Incorpora, ainda, outras posturas gerenciais, como o correto
gerenciamento dos resíduos gerados pela unidade de produção
(embalagens de agroquímicos (lei dos agrotóxicos), águas
residuárias, esgotos, entre outros) consideradas nas                                        Boas
Práticas Agropecuárias (BPA).

          Fonte: Grupo de Trabalho sobrfe conceituação de ILPF - Sete Lagoas, MG
                                                                                   Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
POR QUÊ ESTRATÉGIA ILPF NA EMBRAPA?




                               Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
• Pressão sobre empresários/produtores - conservação da
biodiversidade em áreas de uso agropecuário;

• Áreas agropecuárias podem adotar práticas favorecedoras
e alcançar considerável nível de biodiversidade

•  Necessidade de consolidar a pecuária              brasileira,
ambientalmente adequada, no cenário mundial.



                                                  Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
• Oportunidade: Os rebanhos brasileiros são conduzidos/manejado à
pasto - diferencial

• Grandes áreas com pastagens que poderão produzir, também, madeira
e contribuir para os objetivos do Plano Nacional de Florestas –PNF/MMA.

• Agregar renda às áreas de pastagens existentes, beneficiando grande
contingente da agricultores familiares produtores de leite e que ,
estrategicamente, necessitam complementar renda oriunda da pecuária
de leite e contribuir para os objetivos da Secretaria de Agricultura Familiar
–SAF/MDA

• As cadeias do complexo carne, couro e pele e dos produtos florestais
constituem-se na segunda e terceira força do agronegócio brasileiro,
respectivamente
                                                              Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Sua   importância passa    a   ser   ainda   maior          quando
implementado em regiões pastoris com grande fragmentação
e insulamento de remanescentes florestais naturais e/ou com
pastagens degradadas (Porfírio-da-Silva, 2006).




                                                  Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
OBJETIVOS DA ILPF



                Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
GERAL

        Promover mecanismo para o desenvolvimento ecorregional e conservação
        da biodiversidade.

ESPECÍFICOS

        Ampliar a base florestal plantada em apoio ao desenvolvimento das
        indústrias de base florestal.

        Valorizar aspectos ambientais, sociais e econômicos dos serviços e
        benefícios proporcionados por práticas favorecedoras da biodiversidade.

        Estimular a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas.

        Mitigar impactos negativos da pecuária convencional.

        Incentivar a conversão de pastos convencionais para sistema silvipastoril

        Advogar a complementariedade de conservação da biodiversidade em
        áreas de agropecuária manejadas por práticas favorecedoras da
        biodiversidade.
                                                                       Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
QUAL O CAMINHO DA ESTRATÉGIA ILPF NA
        EMBRAPA FLORESTAS?




                               Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
A ABORDAGEM ECOSSISTÊMICA




                            Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
QUAL O PALCO PRINCIPAL DESTA AÇÃO?




                             Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
   Microbacias
   Propriedades




                   Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
COMO OPERACIONALIZAR A
   ESTRATÉGIA ILPF?




                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
 Estabelecimento de um programa específico
 Avaliação dos recursos naturais: água, floresta (APP – RL)
Avaliação da estrutura produtiva: sistemas de uso da terra
Definição de ações estratégicas para:
     recuperação – conservação – uso dos RN
        readequação de SUTs
        transição dos agroecossistemas atuais, para:
          Sistemas sustentáveis
               Plantio direto
               ILP
               SAFs
                      Silviagrícolas
                       Silvipastoris
                       Agrossilvipastoris
                       Multiestratas
        Incorporação do conceito de Boas Práticas
Definição de indicadores de desenvolvimento sustentável
Avaliação socio-economica-ambiental -AMBITEC
                                                               Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Exemplo com google




                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
QUAL A ABORDAGEM DO PROGRAMA DE ILPF?




                              Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
• Produção sustentável
        • Ênfase em SAFs

• Planejamento integrado de Unidades Produtivas

    • Alianças mercadológicas

        •Qualidade; quantidade; constância  contratos (certificaçao)

• Prestação de serviços ambientais

    • Cooperativas de crédito de carbono

    • Melhoria da qualidade da água/abatimento de erosão




                                                            Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
QUAL A ESTRATÉGIA DO PROGRAMA?




                         Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Adequação Ambiental                      Capacitação Continuada




           Integração de Tecnologias Sustentáveis
                                                         Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Adequação ambiental
                  Linha de
                  “árvores-
                  sinalizadoras”
                  delimitam a APP
                  do SSP
foto : Leonardo




                                          Cel. Pacheco,MG   Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Implantação de URTs




                     PROCEDIMENTOS MÍNIMOS PARA
                      INSTALAÇÃO DE SILPF EM UMA
                        UNIDADE DE REFERÊNCIA
                          TECNOLÓGICA NA ILPF




    URT
Matelândia,PR                           Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Implantação de URTs

                           TRANSIÇÃO AMENA

O planejamento de uma URT deve prever e permitir uma transitoriedade
amena, ou seja, enquanto o componente arbóreo não puder suportar carga
animal, a área será utilizada para cultivos anuais.

É o caso, por exemplo, da reforma de pasto ou implantação de pastagens com
plantio de árvores em terraços ou em curvas de nível; enquanto as árvores
crescem, o solo é submetido a adubações e cultivos de ciclo anual.

A transitoriedade acontece de um sistema pastoril (pasto e gado) que,
passando inicialmente por um sistema silviagrícola (árvores + lavouras) chega
ao silvipastoril (árvores + pasto + gado), com vantagens econômicas capazes
de diminuir, ou até mesmo suplantar, os custos de implantação do novo
                                                             Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Implantação de URTs
     Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma
                       pastagem considerada “pasto bom”.


Tipo de Arranjo: renques em curva de nível com espaçamento variando de 14 a 35 metros entre
renques e de 1,5 a 4,0 metros entre árvores.

Implantação: eliminação da pastagem na faixa de 2,0 metros ao longo da linha de plantio das
mudas arbóreas sulcar ou abrir covas no centro da faixa e plantar as mudas no espaçamento
selecionado

Manejo inicial: proteção das mudas de árvore com cerca temporária, geralmente cerca-elétrica
colocada ao longo da linha de plantio estabelecer piquete de pastoreio entre dois renques
protegidos por cerca-elétrica manter as mudas “no limpo” (capinar a faixa de plantio) até atingirem
altura de 1,50m



                                                                               Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Implantação de URTs
     Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma
                 pastagem considerada “pasto em degradação”.

Recuperação da pastagem

Medidas gerais: fazer análise do solo para provável recomendação e aplicação de adubos
controle de plantas “invasoras” efetuado por roçada ou herbicida, sempre antes da aplicação de
corretivos ou de abubos controle de erosão através da construção de terraços em nível

Manejo da área: dividir a pastagem em piquetes usando cerca-elétrica estabelecer os piquetes de
pastoreio sempre entre dois renques de árvores, de modo a protege-las com a cerca-elétrica

Manejo da pastagem: o piqueteamento da área favorece o manejo da pastagem respeitar o
período de ocupação e/ou carga animal, bem como o período de repouso da pastagem não aplicar
adubos quando a pastagem estiver “rapada” ou com tempo seco


                                                                           Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Implantação de URTs
      Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma
                  pastagem considerada “pasto em degradação”.

Implantação das árvores

Tipo de Arranjo: renques em curva de nível com espaçamentos variando de 14 a 35 metros entre-renques,
acompanhando o terraceamento da área, e de 1,5 a 4,0 metros entre as árvores na linha de plantio

Plantio: eliminação da pastagem na faixa de 1,5 a 2 metros ao longo da linha de plantio das mudas; sulcar ou
abrir covas no centro da faixa e plantar as mudas de árvores no espaçamento selecionado; aplicar adubação
em doses recomendadas pela análise de solo

Manejo inicial: proteção das mudas de árvores com a cerca-elétrica usada para o piqueteamento da pastagem
manter as mudas “no limpo” (capinar a faixa de plantio) até atingirem altura de 1,50 metro fazer o “desponte”
dos ramos que atingirem a cerca. Isto evita que os animais puxem e quebrem os ramos, danificando a árvore,
além de evitar o “aterramento” pela árvore, o que faz com que a cerca-elétrica não funcione adequadamente



                                                                                      Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Implantação de URTs
           Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma
                          pastagem considerada “pasto degradado”.

Reimplantação da pastagem

I) Reimplantação da pastagem sobre pasto existente.

Para as áreas que apresentam solos sem sérias limitações de fertilidade, com invasoras de fácil controle, sem
limitações para a mecanização e com possibilidade de cultivo mínimo.

A reimplantação da pastagem pode ser com espécies perenes pelos métodos convencional, cultivo mínimo ou
sucessão pasto anual de inverno - pasto perene.

II) Reimplantação da pastagem pela rotação com lavouras.

Onde há necessidade de adequação das condições de fertilidade do solo e quando há invasoras de difícil
controle. As lavouras cultivadas na área, geralmente, custeiam a implantação da pastagem. As rotações de
lavoura e pasto podem ser variadas. Esquemas comuns incluem: pasto anual de inverno - lavoura - pasto anual
de verão - pastagem perene; ou lavoura - pasto anual de inverno - pastagem perene

                                                                                      Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Implantação de URTs
           Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma
                          pastagem considerada “pasto degradado”.

Para qualquer das opções serão necessários os seguintes procedimentos:

Medidas gerais: análise do solo; pastoreio pesado para "rapar" o pasto existente; retirda de
animais do pasto para que a rebrota seja vigorosa facilitando a eliminação com herbicida;
construção de terraços em nível; preparo do solo; calagem; adubação.

Manejo da área: dividir a pastagem em piquetes, usando cerca-elétrica; estabelecer os piquetes
de pastoreio sempre entre dois renques de árvores, de modo a proteger as árvores com a cerca-
elétrica

Manejo da pastagem: piqueteamento da área para melhor manejo da pastagem; respeito ao
período de ocupação e/ou carga animal, bem como o período de repouso da pastagem; não aplicar
adubos quando a pastagem estiver "rapada" ou com tempo seco


                                                                          Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Implantação de URTs
           Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma
                          pastagem considerada “pasto degradado”.

Implantação das árvores

Tipo de Arranjo: renques em curva de nível com espaçamentos variando de 14 a 35 metros
     entre-renques, acompanhando o terraceamento da área, e de 1,5 a 4,0 metros entre as
     árvores na linha de plantio

Plantio: eliminação da pastagem na faixa de 1,5 a 2 metros ao longo da linha de plantio das
      mudas; sulcamento ou abertura de covas no centro da faixa; plantio de mudas de árvores
      no espaçamento selecionado; aplicação de adubos nas doses recomendadas pela análise de
      solo

Manejo inicial: proteção das mudas de árvores com a cerca-elétrica usada para o piqueteamento
     da pastagem; manter as mudas “no limpo” (capinar a faixa de plantio) até atingirem altura
     de 1,50 m; despontar os ramos que atingirem a cerca evitando que os animais danifiquem
     as árvores e evitando o “aterramento” pela árvore e o funcionamento inadequado da cerca-
     elétrica.                                                             Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
URT – Saudade do Iguaçu




                          Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
CIANORTE - PR




          Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Utilização da URT
 Matelândia,PR




                    Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
EDUCAÇÃO CONTINUADA
AS URTs FUNCIONAM COMO LABORATÓRIOS PARA
  TREINAMENTO DE TÉCNICOS E PRODUTORES
                    E
PARA VALIDAÇÃO DE MATERIAIS E METODOLOGIAS
    GERADAS PELA EMBRAPA FLORESTAS (?)




                                   Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Estabelecimento de multiplicadores
Nível 1 – técnicos Nível 2 – produtores




                                          Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Tempo     Objetivos específicos                         Contéudos básicos                                  Procedimento didático



14:00 /    Abertura do curso          1.Protocolo de abertura                                       Expositivo em sala
14:15


 14:15 /   Integração dos             Apresentação dos participantes                                Dinâmica de grupo
 15:00     participantes/ Percepção
           de expectativas


 15:00 /   Introdução ao Tema         •Importância. Legislação sumária. Histórico da silvicultura   Expositivo em sala
 16:30                                de espécies nativas e de RED no Brasil: exemplos
                                      marcantes. Ecologia de plantações de árvores nativas.
                                      Nivelamento: conceitos básicos da Ecologia da
                                      Restauração; princípios norteadores da RED; restrições
 16:30 /                              encontradas na vida real
 18:00




                                                                                                                         Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Tempo        Objetivos                           Contéudos básicos                              Procedimento didático
                 específicos

 08:00 / 12:00   Estabelecer         Contato prático, no campo, com noções apresentadas       Visita a áreas de APP e de Reserva
                 marco-zero do       no dia anterior                                          Legal com problemas e soluções
                 grupo.                                                                       típicas
                                                                                              Colocação de situação-problema
                                                                                              para construção, pelos GTs, de uma
                                                                                              proposta de solução

 14:00 / 18:00   Aprofundar                                    x                              Expositivo/dialogado
                 conhecimentos
                 de ecologia e de
                 silvicultura
                 aplicados à RED

 08:00 / 12:00   continuação




                                                                                              Expositivo/dialogado




 14:00 / 18:00   Elaborar proposta    Justificativa para a solução adotada; detalhamento do   GTs
                 de intervenção      sistema de campo e de sua dinâmica sucessional
                 física em uma       esperada; justificativa dos componentes e atividades
                 área de             do sistema (espécies, arranjo, manutenção, manejo
                 pastagem            silvicultural, CAI). Rendimentos esperados (para
                 convencional        Reserva legal). Indicadores de evolução

08:00 / 11:30    Apresentação/       •Trabalhos elaborados pelos GTs                          GT em sala de aula
                 avaliação das                                                                Expositivo/dialogado
                 propostas



                                                                                                                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
14:00 / 14:15   Abertura do curso                 1.     Protocolo de abertura                              Expositivo em sala

14:15 / 15:00   Integração dos participantes/     Apresentação dos participantes                            Dinâmica de grupo
                       Percepção de
                       expectativas

15:00 / 16:30   Apresentar perspectivas das             Dados e informações dessas cadeias produtivas em   Expositivo em sala
                      cadeias produtivas da              seus aspectos socioeconômicos.
                      madeira, da carne/leite e         Informações da tendência da “revolução pecuária”
                      das principais culturas



16:40 / 18:00   Introdução ao Tema                      Histórico de SAFs                                  Expositivo em sala/Dialogado
                                                        Usos e formas de sistemas de arborização
                                                        Depoimentos gravados
                                                        Experiências / Trabalhos existentes




08:00 / 12:00   Estabelecer Marco-zero ou         1.     Conhecimento existente - background – dos          Grupos de Trabalho (GT) a campo:
                       Base-line do grupo                participantes                                      -     visita a uma área de pastagem convencional
                                                  2.     Conteúdo apresentado pela manhã                    -     construção pelos GT de uma proposição para a
                                                                                                                  conversão da situação observada




14:00 / 18:00   Apresentar fundamentos            1.     Principais efeitos:                                Expositivo/dialogado
                      agroecológicos para               Da retirada da cobertura florestal
                      sistemas de arborização           Das árvores no solo
                                                        Das árvores na pastagem
                                                        Das árvores na produção animal




                                                                                                                                           Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
14:00 / 18:00   Apresentar fundamentos              1.   Principais efeitos:                                          Expositivo/dialogado
                      agroecológicos para               Da retirada da cobertura florestal
                      sistemas de arborização           Das árvores no solo
                                                        Das árvores na pastagem
                                                        Das árvores na produção animal




08:00 / 09:00   Apresentar                              Produtos ambientalmente adequados                            Expositivo/dialogado
                      perspectivas/oportunidade         Madeira certificada
                      s de negócios em                  Produção agroecológica
                      sistemas agroflorestais           Serraria móvel
                                                        Sequestro de carbono




   09:00 /      Conhecer parâmetros para            1.   Espécies e arranjos espaciais                                      Expositivo/dialogado
       12::0          implantação e manejo de       2.   Manejo de copa                                                     GT em sala de aula
          0           sistemas de arborização       3.   Condição da pastagem



                Discutir estratégias para
                        implantação e manejo


14:00 /15:30    Apresentar espécies potenciais          Características ecológicas e silviculturais tendo em vista         Expositivo em sala
                      para sistemas silvipastoris        a produção de madeira.
                      .

14:00 / 18:00   Elaborar proposta de intervenção        Base-line do grupo                                           GT
                       física em uma área de            Roteiro
                       pastagem convencional

08:00 / 11:30   Apresentação/ avaliação das             Trabalhos elaborados pelos GT                                GT em sala de aula
                      propostas                                                                                       Expositivo/dialogado

   11:30                                                                                 ENCERRAMENTO




                                                                                                                                                    Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
DC – URT Matelândia,PR




SSP   APP e RL


                               Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Resultados alcançados na URT




                               Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
AGREGANDO VALOR AO PRODUTO




                             Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
CONTRIBUIÇÕES DA ILPF
Qualifica o agronegócio brasileiro
         Produtos com origem em agroecossistemas mais limpos
Produz matéria prima para produtos florestais de vida longa - 40 a 60 anos
         serrados – laminados - compensados
Promove a proteção à biodiversidade e à água
         via APP - RL
Melhora as condições socioeconômicas da família
         Incorpora mais um produto de alto valor no mercado
Contribui para a exploração sustentável nas microbacias
         Agroecossistemas sustentáveis – controle a erosão - APP e RL



                                                                         Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
CAMINHA NO SENTIDO DE:



Respeito ao meio ambiente
Respeito aos consumidores
Boas Práticas
Segurança alimentar


                     Lista de Reproduç ão2.wpl




                                                 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
É DIFÍCIL CAMINHAR DO LOCAL PARA O
              GLOBAL?


               SIM



                              Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
É INCRÍVEL

• Quem acreditaria há alguns anos que o Petróleo poderia chegar a valer
US$ 140 o Barril e, pior, de uma hora para outra cair aos níveis atuais?

• Quem acreditaria há alguns anos que as reservas de US$ 4.3 trilhões dos
Países Emergentes é que serviriam de sustentáculo para a crise que se
alastrou por EUA e EU não se tornasse uma crise Global?

• Quem acreditaria que um dia o Dólar seria questionado como moeda
padrão?

• Quem acreditaria que um dia o Brasil seria credor externo?
Fonte: eduardo.figueiredo@tradeagro.com




                                                                   Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
ESTAMOS NO COMEÇO




                    Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
MAS ESTAMOS COMEÇANDO




1.000litros/dia




                                     R$ 3.720,00/mês
                  R$ 18.600,00/mês
                                       Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
AGRADECIMENTO AOS PARCEIROS
              EXTERNOS
•   FAMÍLIA PEZOLLATO
•   Emater – PR
•   IAPAR
•   IAP
•   PREFEITURA DE SAUDADE DO IGUAÇU




                                  Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
AGRADECIMENTO AOS PARCEIROS
               INTERNOS
•   Projeto ILPF da Embrapa
•   Projeto Boas Práticas
•   Unidades da Embrapa
•   Colegas pesquisadores colaboradores dos trabalhos
•   Funcionários da área de Apoio




                                              Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
MUITO OBRIGADO!

• mjsmedrado@gmail.com
• medrado@cnpf.embrapa.br




                            Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Considerações para o planejamento da implantação de árvores na pastagem
A distribuição espacial das árvores é um importante elemento estrutural em pastagens arborizadas, e
deve ter, como critérios de planejamento: a finalidade da produção de madeira (serraria, laminação,
lenha, palanques de cerca); a declividade e face de exposição do terreno; a proteção do rebanho e das
pastagens; a conservação de solo e água.
As pastagens produzem bem em grandes espaços sem árvores. Assim, o agrupamento de árvores
(bosquetes) e o plantio de árvores em grandes espaçamentos quadrados (plantio reticulado ou em
grade), ou em linhas (renques) largamente espaçadas, podem proporcionar alta produção de forragem.
A influencia da distribuição espacial das árvores na produção de pastagem aumenta com o número de
árvores por unidade de área e pelo crescimento (aumento de tamanho) de cada árvore. A distribuição
das árvores em renques largamente espaçados pode proporcionar alta produção de forragem e
facilidade para operações mecanizadas e condução dos rebanhos.
O crescimento das árvores é pouco afetado pelo padrão de distribuição, desde que cada árvore tenha
pelo menos um lado de sua copa que receba luz solar direta. No entanto, na fase de estabelecimento
das árvores, as mudas não devem sofrer concorrência da pastagem, pois isto afeta sua sobrevivência e
crescimento.


                                                                                 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Aportes para o solo
a) pela manutenção ou incremento da matéria orgânica do solo através da fixação de
carbono pela fotossíntese e pela transferência decorrente da queda de folhas/ramos e
apodrecimento de raízes velhas.

pela fixação de nitrogênio por árvores leguminosas e também por algumas árvores não
leguminosas (p.e.: Casuarinas).

pela elevação do teor de nutrientes extraídos de rochas intemperizadas nas camadas
profundas do solo, devido às raízes que induzem um grau de intemperismo nas rochas,
especialmente nos horizontes B e C, acessando “novos” nutrientes (Young, 1994).

pelas árvores proporcionando condições favoráveis para ganhos/entradas de nutrientes
pela chuva e poeira, inclusive via chuva interna (gotejamento) e fluxo de caule (Lima,
1986; Bird et al., 1992; Myers et. al., 1994 ).


                                                                        Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
b) Reduzindo perdas do solo:

pela proteção do solo contra erosão, viabilizando a redução das
perdas de matéria orgânica e nutrientes.

pela recuperação dos nutrientes, fixando e reciclando nutrientes
que poderiam ser de outra maneira perdidos.

pela menor taxa de mineralização da matéria orgânica decorrente
da existência da sombra.




                                                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
c) Atuando nas condições físicas e químicas do solo:

pela manutenção ou melhoria das propriedades físicas do solo
(porosidade, estrutura, infiltração e capacidade de retenção de
umidade) através de uma combinação dos efeitos da matéria orgânica
e das raízes.

pelas raízes das árvores que fragmentam as camadas compactadas do
solo.

pela diminuição da amplitude de temperaturas do solo mediante a
combinação do sombreamento pelas copas e cobertura do solo por
resíduos ( folhas, ramos).


                                                       Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
d) Atuando em processos biológicos do solo e seus efeitos:

na transferência de produtos assimilados entre sistemas radiculares e
entre organismos associados (micorrizas e rizóbios).

na liberação de nutrientes de forma otimizada. Existe o potencial para
controlar a decomposição de serapilheira (resíduos), selecionando
espécies de árvores e administrando podas, para sincronizar a
liberação de nutrientes, oriundos da serapilheira em decomposição,
com os requerimentos das plantas por nutrientes (como exemplo, cita-
se o cultivo em aléias ou entre renques).

na ativação das condições ambientais que permitem a restauração da
microfauna e da vida animal silvestre.


                                                          Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das arvores sobre as pastagens
a)    Ventos
O pasto pode ter seu crescimento comprometido pelo vento devido a danos físicos
      causados pela agitação mecânica. Para a maioria das plantas forrageiras, ventos
      acima de 6 m.s-1 (21,6 km.hora-1), é potencialmente danoso (Gregory, 1995).

A agitação física das folhas pode reduzir a expansão foliar e induzir o fechamento
      estomatal e, se persistir a agitação, pode reduzir totalmente o suprimento de CO2
      e portanto a fotossíntese líquida (Grace & Thompson, 1973).

As pastagens plantadas a pleno sol, com uma única espécie, tende a ter um dossel de
      menor rugosidade, a movimentação laminar de massas de ar pode ser favorecida
      e assim aumentar a velocidade dos ventos. A atenuação da velocidade dos ventos
      pode ser obtida pela disposição adequada de árvores na pastagem. Porfírio-da-
      Silva et al., (1998), registraram, numa pastagem arborizada com renques de G.
      robusta, reduções na velocidade média dos ventos de 26% a 61%, para o inverno
      e verão, respectivamente.


                                                                         Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das arvores sobre as pastagens
a)     Ventos
Para se obter um suprimento mais adequado de CO2 para as pastagens, é preciso que a
      movimentação do ar seja mais turbulenta (com velocidades de vento não sendo altas, nem
      baixas, nem constantes) de maneira a promover a difusão da concentração de CO2 e quebrar
      gradientes térmicos.
A atenuação da velocidade do vento implica no incremento do rendimento das pastagens,
      basicamente devido aos seguintes aspectos:
economia de água (menor evaporação, tanto do solo como das plantas);
ar com maior teor de umidade fazendo com que as temperaturas diurnas e noturnas não oscilem
      muito rapidamente, evitando assim choques térmicos;
otimiza o suprimento de CO2 pela quebra de gradientes, e;
diminui os danos físicos nas plantas que mantêm, então, maior área fotossintética ativa.
Propicia uma condição microclimática favorável pela conservação, nos períodos frios, do calor do solo
        e do ar nas áreas protegidas e, por prevenir dos ventos quentes e secos nos períodos de
        verão.
     Nos sistemas silvipastoris, os princípios utilizados em quebra-ventos “clássicos” são
                                              modificados.
                                                                                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Árvores e restrição de energia luminosa (sombreamento)

Sob ótimo suprimento de água, a competição por luz é a principal determinante de qual(is) espécie(s)
dominarão a pastagem.

O sombreamento pode afetar espécies de pasto diferentemente

A tolerância de plantas ao sombreamento é crítico em silvipastoril e pode variar sensivelmente entre
as espécies.

A taxa de mineralização de N do solo é afetada pela sombra. Ela assegura atividade microbiana mais
efetiva na quebra da matéria orgânica e conseqüente liberação de mais N para o crescimento da
gramínea (Wilson, 1990; Wilson et al., 1990),

É comum aceitar bons rendimentos de pastagens crescendo sob a influência de árvores leguminosas
ou não (Wilson et al. 1990)

A presença de árvores numa pastagem, além de alterar a disponibilidade de radiação solar, afeta o
espectro da radiação que atinge a pastagem sob a sombra e, conseqüentemente, pode provocar
adaptações das plantas às condições predominantes.

Ribaski (2000), registrou maior proporção de clorofilas a e b em folhas de Cenchrus ciliaris sob a
sombra de Prosopis juliflora do que a pleno sol, uma evidência de que as folhas do Capim-buffel
haviam se adaptado à sombra (Whatley e Whatley, 1982).

                                                                                Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Tabela 6: Níveis de tolerância ao sombreamento de algumas forrageiras herbáceas, gramíneas e leguminosas.

                                        Gramíneas                                 Leguminosas
Tolerância ao sombreamento

                Alta                    Axonopus compressus                       Arachis pintoi
                                        Brachiaria miliformis                     Callopogonium caeruleum
                                        Ischaemum aristatum                       Centrosema macrocarpum
                                        Ischaemum timorenses                      Desmodium heterophylium
                                        Panicum maximum                           Desmodium ovalifolium
                                        Paspalum conjugatum                       Mimosa pudica
                                        Paspalum dilatatum
                                        Stenotaphrum secundatum


               Média                    Brachiaria brizantha                      Callopogonium mucunoides
                                        Brachiaria decumbens                      Centrosema pubescens
                                        Brachiaria humidicola                     Desmodium intortium
                                        Hermarthria altissima                     Leucaena leucocephala
                                        Paspalum plicatulum                       Pueraria phaseoloides
                                        Setaria sphacelata                        Neonotonia wightii
                                                                                  Vigna luteola


               Baixa                    Andropogon gayanus                        Macroptilium atropurpureum
                                        Brachiaria mutica                         Stylosanthes hamata
                                        Cynodon plectostachyus                    Stylosanthes guianensis
                                        Digitaria decumbens
                                        Mellinis minutiflora
                                        Pennisetum purpureum

                                                                                                        Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Arvores e Temperatura
As oscilações da temperatura ambiental afetam a taxa de fotossíntese líquida, a taxa de
desenvolvimento da área foliar e a produção de matéria seca das pastagens.

Embora as temperaturas altas também possam representar fator de estresse para o
desenvolvimento de pastagens tropicais, são as baixas temperaturas que representam um
grande fator de estresse às forrageiras tropicais.

As pastagens tropicais funcionam, produtivamente, somente em temperaturas acima de 5°
ou 7°C, ou bem superiores a estas (Larcher, 1986), pois a 10°C a produção de matéria seca,
para várias espécies, é ainda quase nula (Pedro Jr et al. ,1990).

Espécies com capacidade de suportar o estresse decorrente de baixas temperaturas, são
importantes para regiões tropicais de altitude e subtropicais, onde pode haver ocorrência de
geadas. Para essas regiões se busca espécies capazes de tolerar geadas, crescer bem no
outono e, de preferência manter folhagem verde no inverno (Ludlow, 1980).


                                                                            Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Árvores e Temperatura

A presença de um estrato arbóreo em pastagens pode promover a manutenção de
forragem verde no inverno (Sibbald et al.1991; Silva, 1994; Feldhake, 2002).

Ele diminui as perdas de radiação de ondas longas durante a noite, impedindo a
formação de geadas de radiação (geada branca) e os ventos gélidos e dessecantes
(geada negra), contribuindo para a conservação de calor do solo e do ar, ao proteger a
área da ação dos ventos que arrastariam a umidade do ar. Em termos práticos, verifica-
se a ocorrência de pastagens verdes sob árvores durante o inverno.

As árvores numa pastagem, ao sombrear, e portanto, restringir a incidência de energia
luminosa (radiação solar), promovem alteração na temperatura do ar e do solo.




                                                                        Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Árvores e a umidade do solo
Em condições hídricas consideradas normais de uma dada região, os efeitos da
proteção das árvores sobre a economia de água quase passam desapercebidos.
Porém, em condições de deficiência, é perceptível o favorecimento às plantas sob
influência protetiva de árvores (Tabela 7).
Na região noroeste do Estado do Paraná, árvores de Grevillea robusta (grevílea)
associadas a pastagens mantiveram-se forragem verde durante veranicos, como
conseqüência da atenuação do vento, menor temperatura do solo devido ao
sombreamento e menor déficit de pressão de vapor (Porfírio-da-Silva et al., 1998;
Porfírio-da-Silva, 1998).
Em condições de verão seco as pastagens arborizadas também permanaceram
verdes por maior tempo do que aquelas sem a proteção de árvores (Gregory, 1995;
Rakocevic e Ribaski; 2003)




                                                                  Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Árvores e nutrientes em pastagens
As árvores podem melhorar o fluxo de nutrientes nas pastagens por suas ações no solo,
particularmente:

a) Pela contribuição de matéria orgânica para o solo (folhas e pequenos ramos que caem)
melhorando a retenção de umidade e pela melhoria nas propriedades físicas do solo, também
associada ao efeito de suas raízes no solo.

b) Pela retenção/captura de nutrientes: por meio da fixação biológica do nitrogênio atmosférico; da
retenção de poeira na folhagem e deposição (no solo) dessa poeira e dos nutrientes contidos nela
com a chuva; de raízes que induzem um certo grau de intemperismo em rochas nos horizontes B e C,
acessando assim nutrientes que são (re)ciclados para o horizonte superficial (Young, 1994).

c) Por reduzir ou prevenir a acidificação do solo, problema comum em solos com baixa saturação de
bases e onde são praticadas pastagens com leguminosas.

O papel das árvores ainda tem de ser amplamente reconhecido, mas existem evidências que árvores
em pastagens tem diminuído a acidificação do solo, possibilitado por sua capacidade de reter nitrato
e pela sua substancial adição de Ca na água que goteja das folhas e na serapilheira (Bird et al.
1992).

                                                                                  Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das Árvores no Gado

O melhoramento genético tem formado raças mais tolerantes a altas temperaturas, mas
mesmo essas sofrem com a insolação direta;

Por isso, sugere-se pesquisas de manejo ambiental como alternativa e/ou complementação de
medidas à melhoria genética

O conforto térmico é uma das variáveis do bem-estar animal que tem sido negligenciada pelos
criadores de gado. As áreas de pastagens do Brasil estão sob condições climáticas que
determinam graus médio e severo de estresse térmico calórico (Inmet, 2005) para os animais
sem proteção a campo.

As condições de temperatura do ar, velocidade dos ventos e insolação direta atuam sobre a
intensidade do metabolismo dos animais. Quando essas condições atingem certos valores
extremos, o animal consome mais energia para manter o equilíbrio da temperatura corporal
(homeotermia) e começa a sofrer desgastes (estresse) pois está fora dos limites que
configuram a sua zona de conforto térmico, refletindo negativamente na produção (Hafez,
1973; Naãs, 1989) e na capacidade imunológica (Costa e Silva, 2003).



                                                                          Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das Árvores no Gado
Nas condições edafoclimáticas do centro-sul brasileiro, a temperatura do ar, no
verão, foi reduzida em até 8°C, e a incidência de radiação solar global (radiação
direta + radiação difusa), foi 80% menor sob a proteção de árvores dispostas
em renques curvilíneos (Porfirio-da-Silva et al.,1998).
  Os autores argumentam ainda que, durante condições de tempo frio, os
renques arbóreos podem funcionar como fonte de calor, e que a radiação de
onda longa recebida pelo corpo do animal protegido sob as copas ou próximo
delas, também melhora o seu conforto térmico. Em dias quentes e de forte
insolação, a sombra decisivamente pode contribuir para condições de conforto
animal. Em acordo com Mota et al. (1997), "a melhor e mais eficiente sombra é
a das árvores, cercada por pastagem verde..."
Dentre os efeitos decorrentes da presença de árvores em pastagens, na
produção animal devem ser destacadas as seguintes influências nos animais
                                                                 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das Árvores no Gado
           Redução das necessidades de energia de mantença do animal
Excessos de calor ou de frio aumentam a necessidade de energia para a manutenção de
funções vitais, desviando energia que seria utilizada para fins produtivos.


Os excessos de temperatura também podem alterar o comportamento de pastejo, reduzindo a
ingestão de alimentos. Em bovinos de corte, o consumo de matéria seca pode diminuir em até
10% quando a temperatura ambiente sobe de 25 para 30o C (Bergigier, 1989).


Uma redução de 33% na velocidade do vento (de 10km/h para 6,6km/h) pode resultar em 10%
de economia em energia e de 55% (4,5km/h) (Bird et al. ,1992)


Os bovinos são sensíveis às condições úmidas e quentes (Bergigier, 1989), portanto a oferta
de sombra pode melhorar sua tolerância e sua produção (Mota et al,,1997; Klowoski et
al.,2002).


Piquetes sombreados têm melhorado a eficiência da conversão de alimentos (Bizinoto et al.,
2005) e sobrevivência do gado (Bird et al. ,1992).                     Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das Árvores no Gado

                  Proteção da fertilidade
Estresse por calor pode reduzir a fertilidade, afetando a
ovulação, o estro, a concepção e sobrevivência do
embrião. Nos machos pode reduzir a viabilidade dos
espermatozóides, bem como a libido (Müeller, 1989; Silva,
2000). Segundo Bird et al. (1992), vacas estressadas pelo
calor produzem bezerros menores e aumentam o intervalo
de tempo entre uma cria e outra.




                                                 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das Árvores no Gado

          Melhoria da sobrevivência e crescimento
Especialmente em animais recém-nascidos a provisão de sombra por árvores pode
melhorar a sobrevivência e subsequente desenvolvimento.
Por apresentar comportamento de parto escondedor, a presença de árvores pode
constituir-se um elemento ambiental positivo para a fêmea bovina que procura isolamento
do restante do grupo e de potenciais predadores no momento do parto. O isolamento nas
primeiras horas de vida do filhote resulta em melhor ligação mãe-filho e condições ótimas
para a primeira mamada e ingestão do colostro o mais cedo possível, passando a
imunidade passiva para a cria, o que aumenta a taxa de sobrevivência (Pinheiro
Machado Fº, 1997 - comunicação pessoal).
Além disso, a perspectiva de isolamento sentido pela vaca, a deixa mais tranqüila para
efetuar a “limpeza” do recém-nascido, o que pode propiciar também a transmissão de
bactérias ruminais ao bezerro, predispondo-o a pastar mais precocemente.
Novilhas em crescimento em pastagem arborizada atingiram condições para reprodução
(idade para cobertura) cinco meses antes do que aquelas em pasto sem sombreamento
(Simón et al. 1995).

                                                                         Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das Árvores no Gado

       Diretamente pela toxicidade de algumas espécies arbóreas
        A folhagem de algumas espécies arbóreas, quando ingeridas,
podem causar aborto no gado (por exemplo, o Cupressus spp); outras
podem causar timpanismo e morte (exemplo típico é do pessegueiro-
bravo - Prunus sellowii).
Ainda carecendo de comprovação, existem algumas evidências de que
as sementes dos frutos da uva-do-japão (Holvenia dulcis), que são
ingeridos pelos bovinos, podem causar a formação de “pelotas”
concrecionárias no interior do rúmen. As sementes pequenas não são
expulsas do rúmen, e dependendo da ingestão de frutos, grandes
quantidades de sementes acumulam-se formando as concreções.

                                                       Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das Árvores no Gado

                  Pela provisão de forragem arbórea
As folhas, ramos e/ou frutos de algumas espécies arbóreas
podem ser utilizadas pelos animais, quer seja por pastejo
direto (ramoneio) quer seja por corte e oferta no cocho.
Exemplos característicos são a leucena (Leucaena spp), a
trema ou crindiúva (Trema micrantha), a algaroba (Prosopis
spp), a cratílea (Cratylea argentea), a amora (Morus nigra),
entre outras.
No Brasil, embora com grande potencial florístico, é pouco
utilizado o potencial forrageiro de espécies arbóreas.



                                                  Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
Efeitos das Árvores no Gado

                    Pela provisão de forragem arbórea

As folhas, ramos e/ou frutos de algumas espécies arbóreas podem ser
utilizadas pelos animais, quer seja por pastejo direto (ramoneio) quer
seja por corte e oferta no cocho. Exemplos característicos são a
leucena (Leucaena spp), a trema ou crindiúva (Trema micrantha), a
algaroba (Prosopis spp), a cratílea (Cratylea argentea), a amora (Morus
nigra), entre outras.

No Brasil, embora com grande potencial florístico, é pouco utilizado o
potencial forrageiro de espécies arbóreas.




                                                          Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V

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  • 1. ESTRATÉGIA ILPF EMBRAPA FLORESTAS 2008 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 2. ESTRATÉGIA ILPF ANTECENDENTES Problemas Globais Problemas Nacionais Problemas Locais Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 3. 15 Principais problemas da Humanidade neste século Extinção de Crueldade Fundamentalismo sentimentos Egoismo Corrupção Consumismo Competição Falta de ética Egoismo Demolição da tradição Superpopulação Terrorismo e guerras Banalização da vida Abandono de valores Intolerância Política sem princípios Prazer sem consciência Conhecimento sem caráter Riqueza sem trabalho Comércio sem moral Ciência sem sacrificio Fonte – MIRSHAWKA, VICTOR – Qualidade com humor Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 4. CRISE MUNDIAL ??????????????? Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 6. Há estimativas de que desde 2.000 perde-se em torno de 6 milhões de hectares por ano. http://www.curtoegrosso.com/2008/07/charges-de-mudanas-climticas.html Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 8. "O terrorismo não é a única ameaça. Caso uma parte da Groenlândia se derreta, os efeitos sobre Manhattan seriam muito piores do que o atentado de 11 de setembro de 2001", "Estamos queimando combustíveis fósseis a um ritmo que fará com que, em menos de 45 anos, os níveis de CO2 dobrem, ... o que ... seria uma catástrofe". “... ciclones, furacões ou tornados... aumentaram a potência em 50%", “As companhias de seguros perderam juntas US$ 1 bilhão pelos desastres naturais...” "Plantar árvores não é a única solução, mas é parte da saída para a crise climática“ Al Gore -Fonte: JB Online Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 9. Lista de Reproduç ão2.wpl Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 10. A qualidade dos ecossistemas mundiais de água doce caiu 45%, em apenas 26 anos (1970 à 1995). (WWF - relatório Planeta Vivo), Temos cerca de 20% das reservas mundiais de água doce Inúmeros países do mundo já sofrem escassez de abastecimento. Alguns países árabes necessitam importar água potável a preços superiores ao petróleo que exportam. A crise mundial de abastecimento hídrico está cada vez mais clara. Brasil - Lei federal nº 9.433, de 8/01/97(Lei das Águas) Brasil – Lei da consciência popular? Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 12. Lista de Reproduç ão2.wpl Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 13. ÁREA FOCAL: Situação e tendências dos componentes da diversidade biológica Tendências na extensão dos biomas, ecossistemas e *** (1) habitats selecionados Tendências na abundância e distribuição das espécies *** selecionadas Mudança na situação das espécies selecionadas *** Tendências na diversidade genética do animais * domésticos, das plantas cultivadas e das espécies de peixes de grande importância econômica Cobertura das áreas protegidas *** ***. Bom indicador ** médio indicador * indicador necessita de maior elaboração Flecha mais grossa indica tendência segura e as mais finas tendência de menor segurança (1) Para as florestas, não existem dados disponíveis a nível mundial para todos os biomas, ecossistemas e hábitats Fonte: UNEP/CBD/COP/8/12 - 15 de febrero de 2006 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 14. ÁREA FOCAL: Integridade de ecossistema e bens e serviços de ecossistema Indice trófico marinho *** Conectividade – fragmentação de ecossistemas ** Qualidade da água de ecossistemas aquáticos *** Fonte: UNEP/CBD/COP/8/12 - 15 de febrero de 2006 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 15. ÁREA FOCAL: Ameaças à diversidade biológica Deposição de nitrogênio *** Tendências nas espécies exóticas invasoras * ÁREA FOCAL: Utilização sustentável Área de floresta, ecossistemas agrícolas e aquícolas sob * gestão sustentável Marca ecológica e conceitos relacionados *** ÁREA FOCAL: Situação dos conhecimento, inovações e práticas tradicionais Situação e tendências da diversidade linguística e * número de pessoas que falam línguas indígenas Fonte: UNEP/CBD/COP/8/12 - 15 de febrero de 2006 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 16. QUEM PERDE MAIS? POBRES OU RICOS? O URBANO OU O RURAL? Serviços de ecossistemas sadios e biodiversos fundamentam o bem estar humano Dos 24 serviços prestados pelos ecosssistemas acompanhados na Avaliação de Ecossistemas do Milênio 15 estão decrescendo. (Provisão de água potável - auto-descontaminação da atmosfera – polinização -capacidade dos agroecossistemas em regular pragas) As consequências da perda de diversidade biológica frequentemente são mais duras para a vida rural – imediata dependência dos serviços ecossistêmicos locais. A Avaliação dos Ecossistemas do Milênio tem confirmado que a perda de biodiversidade obstaculiza de forma mais significativa a vida dos mais pobres Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 17. PROBLEMAS NACIONAIS  Agronegócio com base insustentável  Destruição de biomas  Amazônia - Amazônia  Cerrado - Cerrado  Caatinga - Caatinga  Mata atlântica – Mata Atlântica  Avanço da monocultura  Descumprimento da legislação ambiental Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 18. Representa cerca de 30% do PIB nacional, gera 37% dos empregos, responde por 40% das exportações e sustenta o saldo comercial. Ampliou, nos últimos 15 anos, a área de produção de grãos em 25% e aumentou a produção em 107%. Em 12 anos, cresceu a produção de carne bovina em 71%, a suína em 113% e a de frango em 170%. De 1989 a 2004, teve um saldo comercial maior que o dos outros setores e sua balança comercial aumentou de US$ 15 bilhões, em 1995, para US$ 34 bilhões, em 2004. Pertence a um país megabiodiverso e com cerca de 20% da água doce do mundo. Estamos falando do agronegócio norte-americano, chinês, indiano ou de algum país europeu? Fonte: MEDRADO, M.J.S. Revista Opiniões Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 19. A área desmatada de seus três maiores biomas soma 2,7 milhões de km², ou 31,7% do território nacional. Um sofreu, nos últimos 25 anos, uma destruição de 15% ou 551 mil km², outro perdeu 93% da cobertura florestal original e o terceiro, de acordo com estimativas de instituições importantes, deverá desaparecer até 2030. Estamos falando da Indonésia, de Nova Guiné, do Quênia, de Madagascar, do Congo ou de países europeus? Fonte: MEDRADO, M.J.S. Revista Opiniões Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 20. NAS DUAS QUESTÕES ESTAMOS FALANDO DO BRASIL Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 21. PROBLEMAS REGIONAIS/LOCAIS  Insustentabilidade de modelos de produção atuais  Falta de conhecimento sobre novos modelos  Falência de propriedades rurais familiares  Aumento dos trabalhadores sem terra  Poucas alternativas para adequação ambiental Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 22. QUAL A FORMA DE REAGIR A TANTOS PROBLEMAS ? Estabelecer uma política agrária baseada em: Conservação e preservação dos Recursos Naturais; Recuperação de áreas degradadas; Aplicação de Manejo Florestal de Uso Múltiplo com Sustentabilidade; Utilização de agroecossistemas sustentáveis. Buscando o equilibrio ecológico, principalmente o hídrico, ao tempo em que propicie a equidade e a segurança alimentar. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 23. NESTA POLÍTICA CABERÁ A ILPF? Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 24. PARA QUÊ ILPF? Para contribuir na solução de problemas globais, nacionais e locais visando a sustentabilidade da exploração agropecuária e florestal Integração Lavoura- Pecuária - Floresta Conservação Desenvolvimento Adaptado de Vilela, 2005 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 25. VISÃO A visão consensual da integração lavoura-pecuária- floresta é de ser uma estratégia gerencial que integra sistemas de produção agrícola, pecuário e florestal, em dimensão espacial e/ou temporal, buscando efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema para a sustentabilidade da unidade de produção, contemplando sua adequação ambiental e a valorização do capital natural. Consenso tirado em grupo de trabalho entre pesquisadores da Embrapa em Reunião em Sete Lagoas, MG Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 26. A ILPF contempla sistemas produtivos diversificados de grãos, fibra, carne, leite, lã e produtos florestais dentre outros, realizados na mesma área, em plantio consorciado, em sucessão ou rotacionado. Tem por objetivo maximizar a utilização dos ciclos biológicos das plantas, animais, e seus respectivos resíduos, assim como efeitos residuais de corretivos e nutrientes. Visa ainda minimizar e otimizar a utilização de agroquímicos, aumentar a eficiência no uso de máquinas, equipamentos e mão de obra, gerar emprego, renda, melhorar as condições sociais no meio rural, além de reduzir os impactos ao meio ambiente. Fonte: Grupo de Trabalho sobrfe conceituação de ILPF - Sete Lagoas, MG Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 27. A concepção sistêmica dessa estratégia gerencial incorpora outros atributos desejáveis ao agroecossistema no que diz respeito a sua adequação ambiental, como a manutenção das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Legal (RL), reconhecendo os benefícios dos serviços ambientais por elas prestados aos sistemas de produção. Incorpora, ainda, outras posturas gerenciais, como o correto gerenciamento dos resíduos gerados pela unidade de produção (embalagens de agroquímicos (lei dos agrotóxicos), águas residuárias, esgotos, entre outros) consideradas nas Boas Práticas Agropecuárias (BPA). Fonte: Grupo de Trabalho sobrfe conceituação de ILPF - Sete Lagoas, MG Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 28. POR QUÊ ESTRATÉGIA ILPF NA EMBRAPA? Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 29. • Pressão sobre empresários/produtores - conservação da biodiversidade em áreas de uso agropecuário; • Áreas agropecuárias podem adotar práticas favorecedoras e alcançar considerável nível de biodiversidade • Necessidade de consolidar a pecuária brasileira, ambientalmente adequada, no cenário mundial. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 30. • Oportunidade: Os rebanhos brasileiros são conduzidos/manejado à pasto - diferencial • Grandes áreas com pastagens que poderão produzir, também, madeira e contribuir para os objetivos do Plano Nacional de Florestas –PNF/MMA. • Agregar renda às áreas de pastagens existentes, beneficiando grande contingente da agricultores familiares produtores de leite e que , estrategicamente, necessitam complementar renda oriunda da pecuária de leite e contribuir para os objetivos da Secretaria de Agricultura Familiar –SAF/MDA • As cadeias do complexo carne, couro e pele e dos produtos florestais constituem-se na segunda e terceira força do agronegócio brasileiro, respectivamente Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 31. Sua importância passa a ser ainda maior quando implementado em regiões pastoris com grande fragmentação e insulamento de remanescentes florestais naturais e/ou com pastagens degradadas (Porfírio-da-Silva, 2006). Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 32. OBJETIVOS DA ILPF Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 33. GERAL Promover mecanismo para o desenvolvimento ecorregional e conservação da biodiversidade. ESPECÍFICOS Ampliar a base florestal plantada em apoio ao desenvolvimento das indústrias de base florestal. Valorizar aspectos ambientais, sociais e econômicos dos serviços e benefícios proporcionados por práticas favorecedoras da biodiversidade. Estimular a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas. Mitigar impactos negativos da pecuária convencional. Incentivar a conversão de pastos convencionais para sistema silvipastoril Advogar a complementariedade de conservação da biodiversidade em áreas de agropecuária manejadas por práticas favorecedoras da biodiversidade. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 34. QUAL O CAMINHO DA ESTRATÉGIA ILPF NA EMBRAPA FLORESTAS? Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 35. A ABORDAGEM ECOSSISTÊMICA Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 36. QUAL O PALCO PRINCIPAL DESTA AÇÃO? Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 37. Microbacias  Propriedades Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 38. COMO OPERACIONALIZAR A ESTRATÉGIA ILPF? Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 39.  Estabelecimento de um programa específico  Avaliação dos recursos naturais: água, floresta (APP – RL) Avaliação da estrutura produtiva: sistemas de uso da terra Definição de ações estratégicas para:  recuperação – conservação – uso dos RN  readequação de SUTs  transição dos agroecossistemas atuais, para:  Sistemas sustentáveis  Plantio direto  ILP  SAFs Silviagrícolas  Silvipastoris  Agrossilvipastoris  Multiestratas  Incorporação do conceito de Boas Práticas Definição de indicadores de desenvolvimento sustentável Avaliação socio-economica-ambiental -AMBITEC Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 40. Exemplo com google Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 41. QUAL A ABORDAGEM DO PROGRAMA DE ILPF? Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 42. • Produção sustentável • Ênfase em SAFs • Planejamento integrado de Unidades Produtivas • Alianças mercadológicas •Qualidade; quantidade; constância  contratos (certificaçao) • Prestação de serviços ambientais • Cooperativas de crédito de carbono • Melhoria da qualidade da água/abatimento de erosão Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 44. QUAL A ESTRATÉGIA DO PROGRAMA? Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 45. Adequação Ambiental Capacitação Continuada Integração de Tecnologias Sustentáveis Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 46. Adequação ambiental Linha de “árvores- sinalizadoras” delimitam a APP do SSP foto : Leonardo Cel. Pacheco,MG Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 47. Implantação de URTs PROCEDIMENTOS MÍNIMOS PARA INSTALAÇÃO DE SILPF EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA TECNOLÓGICA NA ILPF URT Matelândia,PR Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 48. Implantação de URTs TRANSIÇÃO AMENA O planejamento de uma URT deve prever e permitir uma transitoriedade amena, ou seja, enquanto o componente arbóreo não puder suportar carga animal, a área será utilizada para cultivos anuais. É o caso, por exemplo, da reforma de pasto ou implantação de pastagens com plantio de árvores em terraços ou em curvas de nível; enquanto as árvores crescem, o solo é submetido a adubações e cultivos de ciclo anual. A transitoriedade acontece de um sistema pastoril (pasto e gado) que, passando inicialmente por um sistema silviagrícola (árvores + lavouras) chega ao silvipastoril (árvores + pasto + gado), com vantagens econômicas capazes de diminuir, ou até mesmo suplantar, os custos de implantação do novo Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 49. Implantação de URTs Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma pastagem considerada “pasto bom”. Tipo de Arranjo: renques em curva de nível com espaçamento variando de 14 a 35 metros entre renques e de 1,5 a 4,0 metros entre árvores. Implantação: eliminação da pastagem na faixa de 2,0 metros ao longo da linha de plantio das mudas arbóreas sulcar ou abrir covas no centro da faixa e plantar as mudas no espaçamento selecionado Manejo inicial: proteção das mudas de árvore com cerca temporária, geralmente cerca-elétrica colocada ao longo da linha de plantio estabelecer piquete de pastoreio entre dois renques protegidos por cerca-elétrica manter as mudas “no limpo” (capinar a faixa de plantio) até atingirem altura de 1,50m Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 50. Implantação de URTs Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma pastagem considerada “pasto em degradação”. Recuperação da pastagem Medidas gerais: fazer análise do solo para provável recomendação e aplicação de adubos controle de plantas “invasoras” efetuado por roçada ou herbicida, sempre antes da aplicação de corretivos ou de abubos controle de erosão através da construção de terraços em nível Manejo da área: dividir a pastagem em piquetes usando cerca-elétrica estabelecer os piquetes de pastoreio sempre entre dois renques de árvores, de modo a protege-las com a cerca-elétrica Manejo da pastagem: o piqueteamento da área favorece o manejo da pastagem respeitar o período de ocupação e/ou carga animal, bem como o período de repouso da pastagem não aplicar adubos quando a pastagem estiver “rapada” ou com tempo seco Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 51. Implantação de URTs Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma pastagem considerada “pasto em degradação”. Implantação das árvores Tipo de Arranjo: renques em curva de nível com espaçamentos variando de 14 a 35 metros entre-renques, acompanhando o terraceamento da área, e de 1,5 a 4,0 metros entre as árvores na linha de plantio Plantio: eliminação da pastagem na faixa de 1,5 a 2 metros ao longo da linha de plantio das mudas; sulcar ou abrir covas no centro da faixa e plantar as mudas de árvores no espaçamento selecionado; aplicar adubação em doses recomendadas pela análise de solo Manejo inicial: proteção das mudas de árvores com a cerca-elétrica usada para o piqueteamento da pastagem manter as mudas “no limpo” (capinar a faixa de plantio) até atingirem altura de 1,50 metro fazer o “desponte” dos ramos que atingirem a cerca. Isto evita que os animais puxem e quebrem os ramos, danificando a árvore, além de evitar o “aterramento” pela árvore, o que faz com que a cerca-elétrica não funcione adequadamente Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 52. Implantação de URTs Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma pastagem considerada “pasto degradado”. Reimplantação da pastagem I) Reimplantação da pastagem sobre pasto existente. Para as áreas que apresentam solos sem sérias limitações de fertilidade, com invasoras de fácil controle, sem limitações para a mecanização e com possibilidade de cultivo mínimo. A reimplantação da pastagem pode ser com espécies perenes pelos métodos convencional, cultivo mínimo ou sucessão pasto anual de inverno - pasto perene. II) Reimplantação da pastagem pela rotação com lavouras. Onde há necessidade de adequação das condições de fertilidade do solo e quando há invasoras de difícil controle. As lavouras cultivadas na área, geralmente, custeiam a implantação da pastagem. As rotações de lavoura e pasto podem ser variadas. Esquemas comuns incluem: pasto anual de inverno - lavoura - pasto anual de verão - pastagem perene; ou lavoura - pasto anual de inverno - pastagem perene Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 53. Implantação de URTs Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma pastagem considerada “pasto degradado”. Para qualquer das opções serão necessários os seguintes procedimentos: Medidas gerais: análise do solo; pastoreio pesado para "rapar" o pasto existente; retirda de animais do pasto para que a rebrota seja vigorosa facilitando a eliminação com herbicida; construção de terraços em nível; preparo do solo; calagem; adubação. Manejo da área: dividir a pastagem em piquetes, usando cerca-elétrica; estabelecer os piquetes de pastoreio sempre entre dois renques de árvores, de modo a proteger as árvores com a cerca- elétrica Manejo da pastagem: piqueteamento da área para melhor manejo da pastagem; respeito ao período de ocupação e/ou carga animal, bem como o período de repouso da pastagem; não aplicar adubos quando a pastagem estiver "rapada" ou com tempo seco Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 54. Implantação de URTs Procedimentos mínimos para a introdução do componente arbóreo em uma pastagem considerada “pasto degradado”. Implantação das árvores Tipo de Arranjo: renques em curva de nível com espaçamentos variando de 14 a 35 metros entre-renques, acompanhando o terraceamento da área, e de 1,5 a 4,0 metros entre as árvores na linha de plantio Plantio: eliminação da pastagem na faixa de 1,5 a 2 metros ao longo da linha de plantio das mudas; sulcamento ou abertura de covas no centro da faixa; plantio de mudas de árvores no espaçamento selecionado; aplicação de adubos nas doses recomendadas pela análise de solo Manejo inicial: proteção das mudas de árvores com a cerca-elétrica usada para o piqueteamento da pastagem; manter as mudas “no limpo” (capinar a faixa de plantio) até atingirem altura de 1,50 m; despontar os ramos que atingirem a cerca evitando que os animais danifiquem as árvores e evitando o “aterramento” pela árvore e o funcionamento inadequado da cerca- elétrica. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 55. URT – Saudade do Iguaçu Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 56. CIANORTE - PR Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 57. Utilização da URT Matelândia,PR Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 58. EDUCAÇÃO CONTINUADA AS URTs FUNCIONAM COMO LABORATÓRIOS PARA TREINAMENTO DE TÉCNICOS E PRODUTORES E PARA VALIDAÇÃO DE MATERIAIS E METODOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA FLORESTAS (?) Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 59. Estabelecimento de multiplicadores Nível 1 – técnicos Nível 2 – produtores Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 60. Tempo Objetivos específicos Contéudos básicos Procedimento didático 14:00 / Abertura do curso 1.Protocolo de abertura Expositivo em sala 14:15 14:15 / Integração dos Apresentação dos participantes Dinâmica de grupo 15:00 participantes/ Percepção de expectativas 15:00 / Introdução ao Tema •Importância. Legislação sumária. Histórico da silvicultura Expositivo em sala 16:30 de espécies nativas e de RED no Brasil: exemplos marcantes. Ecologia de plantações de árvores nativas. Nivelamento: conceitos básicos da Ecologia da Restauração; princípios norteadores da RED; restrições 16:30 / encontradas na vida real 18:00 Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 61. Tempo Objetivos Contéudos básicos Procedimento didático específicos 08:00 / 12:00 Estabelecer Contato prático, no campo, com noções apresentadas Visita a áreas de APP e de Reserva marco-zero do no dia anterior Legal com problemas e soluções grupo. típicas Colocação de situação-problema para construção, pelos GTs, de uma proposta de solução 14:00 / 18:00 Aprofundar x Expositivo/dialogado conhecimentos de ecologia e de silvicultura aplicados à RED 08:00 / 12:00 continuação Expositivo/dialogado 14:00 / 18:00 Elaborar proposta Justificativa para a solução adotada; detalhamento do GTs de intervenção sistema de campo e de sua dinâmica sucessional física em uma esperada; justificativa dos componentes e atividades área de do sistema (espécies, arranjo, manutenção, manejo pastagem silvicultural, CAI). Rendimentos esperados (para convencional Reserva legal). Indicadores de evolução 08:00 / 11:30 Apresentação/ •Trabalhos elaborados pelos GTs GT em sala de aula avaliação das Expositivo/dialogado propostas Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 62. 14:00 / 14:15 Abertura do curso 1. Protocolo de abertura Expositivo em sala 14:15 / 15:00 Integração dos participantes/ Apresentação dos participantes Dinâmica de grupo Percepção de expectativas 15:00 / 16:30 Apresentar perspectivas das  Dados e informações dessas cadeias produtivas em Expositivo em sala cadeias produtivas da seus aspectos socioeconômicos. madeira, da carne/leite e  Informações da tendência da “revolução pecuária” das principais culturas 16:40 / 18:00 Introdução ao Tema  Histórico de SAFs Expositivo em sala/Dialogado  Usos e formas de sistemas de arborização  Depoimentos gravados  Experiências / Trabalhos existentes 08:00 / 12:00 Estabelecer Marco-zero ou 1. Conhecimento existente - background – dos Grupos de Trabalho (GT) a campo: Base-line do grupo participantes - visita a uma área de pastagem convencional 2. Conteúdo apresentado pela manhã - construção pelos GT de uma proposição para a conversão da situação observada 14:00 / 18:00 Apresentar fundamentos 1. Principais efeitos: Expositivo/dialogado agroecológicos para  Da retirada da cobertura florestal sistemas de arborização  Das árvores no solo  Das árvores na pastagem  Das árvores na produção animal Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 63. 14:00 / 18:00 Apresentar fundamentos 1. Principais efeitos: Expositivo/dialogado agroecológicos para  Da retirada da cobertura florestal sistemas de arborização  Das árvores no solo  Das árvores na pastagem  Das árvores na produção animal 08:00 / 09:00 Apresentar  Produtos ambientalmente adequados Expositivo/dialogado perspectivas/oportunidade  Madeira certificada s de negócios em  Produção agroecológica sistemas agroflorestais  Serraria móvel  Sequestro de carbono 09:00 / Conhecer parâmetros para 1. Espécies e arranjos espaciais  Expositivo/dialogado 12::0 implantação e manejo de 2. Manejo de copa  GT em sala de aula 0 sistemas de arborização 3. Condição da pastagem Discutir estratégias para implantação e manejo 14:00 /15:30 Apresentar espécies potenciais  Características ecológicas e silviculturais tendo em vista  Expositivo em sala para sistemas silvipastoris a produção de madeira. . 14:00 / 18:00 Elaborar proposta de intervenção  Base-line do grupo GT física em uma área de  Roteiro pastagem convencional 08:00 / 11:30 Apresentação/ avaliação das  Trabalhos elaborados pelos GT GT em sala de aula propostas Expositivo/dialogado 11:30 ENCERRAMENTO Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 64. DC – URT Matelândia,PR SSP APP e RL Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 66. Resultados alcançados na URT Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 67. AGREGANDO VALOR AO PRODUTO Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 68. CONTRIBUIÇÕES DA ILPF Qualifica o agronegócio brasileiro Produtos com origem em agroecossistemas mais limpos Produz matéria prima para produtos florestais de vida longa - 40 a 60 anos serrados – laminados - compensados Promove a proteção à biodiversidade e à água via APP - RL Melhora as condições socioeconômicas da família Incorpora mais um produto de alto valor no mercado Contribui para a exploração sustentável nas microbacias Agroecossistemas sustentáveis – controle a erosão - APP e RL Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 69. CAMINHA NO SENTIDO DE: Respeito ao meio ambiente Respeito aos consumidores Boas Práticas Segurança alimentar Lista de Reproduç ão2.wpl Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 70. É DIFÍCIL CAMINHAR DO LOCAL PARA O GLOBAL? SIM Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 71. É INCRÍVEL • Quem acreditaria há alguns anos que o Petróleo poderia chegar a valer US$ 140 o Barril e, pior, de uma hora para outra cair aos níveis atuais? • Quem acreditaria há alguns anos que as reservas de US$ 4.3 trilhões dos Países Emergentes é que serviriam de sustentáculo para a crise que se alastrou por EUA e EU não se tornasse uma crise Global? • Quem acreditaria que um dia o Dólar seria questionado como moeda padrão? • Quem acreditaria que um dia o Brasil seria credor externo? Fonte: eduardo.figueiredo@tradeagro.com Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 72. ESTAMOS NO COMEÇO Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 73. MAS ESTAMOS COMEÇANDO 1.000litros/dia R$ 3.720,00/mês R$ 18.600,00/mês Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 74. AGRADECIMENTO AOS PARCEIROS EXTERNOS • FAMÍLIA PEZOLLATO • Emater – PR • IAPAR • IAP • PREFEITURA DE SAUDADE DO IGUAÇU Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 75. AGRADECIMENTO AOS PARCEIROS INTERNOS • Projeto ILPF da Embrapa • Projeto Boas Práticas • Unidades da Embrapa • Colegas pesquisadores colaboradores dos trabalhos • Funcionários da área de Apoio Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 76. MUITO OBRIGADO! • mjsmedrado@gmail.com • medrado@cnpf.embrapa.br Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 77. Considerações para o planejamento da implantação de árvores na pastagem A distribuição espacial das árvores é um importante elemento estrutural em pastagens arborizadas, e deve ter, como critérios de planejamento: a finalidade da produção de madeira (serraria, laminação, lenha, palanques de cerca); a declividade e face de exposição do terreno; a proteção do rebanho e das pastagens; a conservação de solo e água. As pastagens produzem bem em grandes espaços sem árvores. Assim, o agrupamento de árvores (bosquetes) e o plantio de árvores em grandes espaçamentos quadrados (plantio reticulado ou em grade), ou em linhas (renques) largamente espaçadas, podem proporcionar alta produção de forragem. A influencia da distribuição espacial das árvores na produção de pastagem aumenta com o número de árvores por unidade de área e pelo crescimento (aumento de tamanho) de cada árvore. A distribuição das árvores em renques largamente espaçados pode proporcionar alta produção de forragem e facilidade para operações mecanizadas e condução dos rebanhos. O crescimento das árvores é pouco afetado pelo padrão de distribuição, desde que cada árvore tenha pelo menos um lado de sua copa que receba luz solar direta. No entanto, na fase de estabelecimento das árvores, as mudas não devem sofrer concorrência da pastagem, pois isto afeta sua sobrevivência e crescimento. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 79. Aportes para o solo a) pela manutenção ou incremento da matéria orgânica do solo através da fixação de carbono pela fotossíntese e pela transferência decorrente da queda de folhas/ramos e apodrecimento de raízes velhas. pela fixação de nitrogênio por árvores leguminosas e também por algumas árvores não leguminosas (p.e.: Casuarinas). pela elevação do teor de nutrientes extraídos de rochas intemperizadas nas camadas profundas do solo, devido às raízes que induzem um grau de intemperismo nas rochas, especialmente nos horizontes B e C, acessando “novos” nutrientes (Young, 1994). pelas árvores proporcionando condições favoráveis para ganhos/entradas de nutrientes pela chuva e poeira, inclusive via chuva interna (gotejamento) e fluxo de caule (Lima, 1986; Bird et al., 1992; Myers et. al., 1994 ). Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 80. b) Reduzindo perdas do solo: pela proteção do solo contra erosão, viabilizando a redução das perdas de matéria orgânica e nutrientes. pela recuperação dos nutrientes, fixando e reciclando nutrientes que poderiam ser de outra maneira perdidos. pela menor taxa de mineralização da matéria orgânica decorrente da existência da sombra. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 81. c) Atuando nas condições físicas e químicas do solo: pela manutenção ou melhoria das propriedades físicas do solo (porosidade, estrutura, infiltração e capacidade de retenção de umidade) através de uma combinação dos efeitos da matéria orgânica e das raízes. pelas raízes das árvores que fragmentam as camadas compactadas do solo. pela diminuição da amplitude de temperaturas do solo mediante a combinação do sombreamento pelas copas e cobertura do solo por resíduos ( folhas, ramos). Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 82. d) Atuando em processos biológicos do solo e seus efeitos: na transferência de produtos assimilados entre sistemas radiculares e entre organismos associados (micorrizas e rizóbios). na liberação de nutrientes de forma otimizada. Existe o potencial para controlar a decomposição de serapilheira (resíduos), selecionando espécies de árvores e administrando podas, para sincronizar a liberação de nutrientes, oriundos da serapilheira em decomposição, com os requerimentos das plantas por nutrientes (como exemplo, cita- se o cultivo em aléias ou entre renques). na ativação das condições ambientais que permitem a restauração da microfauna e da vida animal silvestre. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 83. Efeitos das arvores sobre as pastagens a) Ventos O pasto pode ter seu crescimento comprometido pelo vento devido a danos físicos causados pela agitação mecânica. Para a maioria das plantas forrageiras, ventos acima de 6 m.s-1 (21,6 km.hora-1), é potencialmente danoso (Gregory, 1995). A agitação física das folhas pode reduzir a expansão foliar e induzir o fechamento estomatal e, se persistir a agitação, pode reduzir totalmente o suprimento de CO2 e portanto a fotossíntese líquida (Grace & Thompson, 1973). As pastagens plantadas a pleno sol, com uma única espécie, tende a ter um dossel de menor rugosidade, a movimentação laminar de massas de ar pode ser favorecida e assim aumentar a velocidade dos ventos. A atenuação da velocidade dos ventos pode ser obtida pela disposição adequada de árvores na pastagem. Porfírio-da- Silva et al., (1998), registraram, numa pastagem arborizada com renques de G. robusta, reduções na velocidade média dos ventos de 26% a 61%, para o inverno e verão, respectivamente. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 84. Efeitos das arvores sobre as pastagens a) Ventos Para se obter um suprimento mais adequado de CO2 para as pastagens, é preciso que a movimentação do ar seja mais turbulenta (com velocidades de vento não sendo altas, nem baixas, nem constantes) de maneira a promover a difusão da concentração de CO2 e quebrar gradientes térmicos. A atenuação da velocidade do vento implica no incremento do rendimento das pastagens, basicamente devido aos seguintes aspectos: economia de água (menor evaporação, tanto do solo como das plantas); ar com maior teor de umidade fazendo com que as temperaturas diurnas e noturnas não oscilem muito rapidamente, evitando assim choques térmicos; otimiza o suprimento de CO2 pela quebra de gradientes, e; diminui os danos físicos nas plantas que mantêm, então, maior área fotossintética ativa. Propicia uma condição microclimática favorável pela conservação, nos períodos frios, do calor do solo e do ar nas áreas protegidas e, por prevenir dos ventos quentes e secos nos períodos de verão. Nos sistemas silvipastoris, os princípios utilizados em quebra-ventos “clássicos” são modificados. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 85. Árvores e restrição de energia luminosa (sombreamento) Sob ótimo suprimento de água, a competição por luz é a principal determinante de qual(is) espécie(s) dominarão a pastagem. O sombreamento pode afetar espécies de pasto diferentemente A tolerância de plantas ao sombreamento é crítico em silvipastoril e pode variar sensivelmente entre as espécies. A taxa de mineralização de N do solo é afetada pela sombra. Ela assegura atividade microbiana mais efetiva na quebra da matéria orgânica e conseqüente liberação de mais N para o crescimento da gramínea (Wilson, 1990; Wilson et al., 1990), É comum aceitar bons rendimentos de pastagens crescendo sob a influência de árvores leguminosas ou não (Wilson et al. 1990) A presença de árvores numa pastagem, além de alterar a disponibilidade de radiação solar, afeta o espectro da radiação que atinge a pastagem sob a sombra e, conseqüentemente, pode provocar adaptações das plantas às condições predominantes. Ribaski (2000), registrou maior proporção de clorofilas a e b em folhas de Cenchrus ciliaris sob a sombra de Prosopis juliflora do que a pleno sol, uma evidência de que as folhas do Capim-buffel haviam se adaptado à sombra (Whatley e Whatley, 1982). Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 86. Tabela 6: Níveis de tolerância ao sombreamento de algumas forrageiras herbáceas, gramíneas e leguminosas. Gramíneas Leguminosas Tolerância ao sombreamento Alta Axonopus compressus Arachis pintoi Brachiaria miliformis Callopogonium caeruleum Ischaemum aristatum Centrosema macrocarpum Ischaemum timorenses Desmodium heterophylium Panicum maximum Desmodium ovalifolium Paspalum conjugatum Mimosa pudica Paspalum dilatatum Stenotaphrum secundatum Média Brachiaria brizantha Callopogonium mucunoides Brachiaria decumbens Centrosema pubescens Brachiaria humidicola Desmodium intortium Hermarthria altissima Leucaena leucocephala Paspalum plicatulum Pueraria phaseoloides Setaria sphacelata Neonotonia wightii Vigna luteola Baixa Andropogon gayanus Macroptilium atropurpureum Brachiaria mutica Stylosanthes hamata Cynodon plectostachyus Stylosanthes guianensis Digitaria decumbens Mellinis minutiflora Pennisetum purpureum Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 87. Arvores e Temperatura As oscilações da temperatura ambiental afetam a taxa de fotossíntese líquida, a taxa de desenvolvimento da área foliar e a produção de matéria seca das pastagens. Embora as temperaturas altas também possam representar fator de estresse para o desenvolvimento de pastagens tropicais, são as baixas temperaturas que representam um grande fator de estresse às forrageiras tropicais. As pastagens tropicais funcionam, produtivamente, somente em temperaturas acima de 5° ou 7°C, ou bem superiores a estas (Larcher, 1986), pois a 10°C a produção de matéria seca, para várias espécies, é ainda quase nula (Pedro Jr et al. ,1990). Espécies com capacidade de suportar o estresse decorrente de baixas temperaturas, são importantes para regiões tropicais de altitude e subtropicais, onde pode haver ocorrência de geadas. Para essas regiões se busca espécies capazes de tolerar geadas, crescer bem no outono e, de preferência manter folhagem verde no inverno (Ludlow, 1980). Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 88. Árvores e Temperatura A presença de um estrato arbóreo em pastagens pode promover a manutenção de forragem verde no inverno (Sibbald et al.1991; Silva, 1994; Feldhake, 2002). Ele diminui as perdas de radiação de ondas longas durante a noite, impedindo a formação de geadas de radiação (geada branca) e os ventos gélidos e dessecantes (geada negra), contribuindo para a conservação de calor do solo e do ar, ao proteger a área da ação dos ventos que arrastariam a umidade do ar. Em termos práticos, verifica- se a ocorrência de pastagens verdes sob árvores durante o inverno. As árvores numa pastagem, ao sombrear, e portanto, restringir a incidência de energia luminosa (radiação solar), promovem alteração na temperatura do ar e do solo. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 89. Árvores e a umidade do solo Em condições hídricas consideradas normais de uma dada região, os efeitos da proteção das árvores sobre a economia de água quase passam desapercebidos. Porém, em condições de deficiência, é perceptível o favorecimento às plantas sob influência protetiva de árvores (Tabela 7). Na região noroeste do Estado do Paraná, árvores de Grevillea robusta (grevílea) associadas a pastagens mantiveram-se forragem verde durante veranicos, como conseqüência da atenuação do vento, menor temperatura do solo devido ao sombreamento e menor déficit de pressão de vapor (Porfírio-da-Silva et al., 1998; Porfírio-da-Silva, 1998). Em condições de verão seco as pastagens arborizadas também permanaceram verdes por maior tempo do que aquelas sem a proteção de árvores (Gregory, 1995; Rakocevic e Ribaski; 2003) Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 90. Árvores e nutrientes em pastagens As árvores podem melhorar o fluxo de nutrientes nas pastagens por suas ações no solo, particularmente: a) Pela contribuição de matéria orgânica para o solo (folhas e pequenos ramos que caem) melhorando a retenção de umidade e pela melhoria nas propriedades físicas do solo, também associada ao efeito de suas raízes no solo. b) Pela retenção/captura de nutrientes: por meio da fixação biológica do nitrogênio atmosférico; da retenção de poeira na folhagem e deposição (no solo) dessa poeira e dos nutrientes contidos nela com a chuva; de raízes que induzem um certo grau de intemperismo em rochas nos horizontes B e C, acessando assim nutrientes que são (re)ciclados para o horizonte superficial (Young, 1994). c) Por reduzir ou prevenir a acidificação do solo, problema comum em solos com baixa saturação de bases e onde são praticadas pastagens com leguminosas. O papel das árvores ainda tem de ser amplamente reconhecido, mas existem evidências que árvores em pastagens tem diminuído a acidificação do solo, possibilitado por sua capacidade de reter nitrato e pela sua substancial adição de Ca na água que goteja das folhas e na serapilheira (Bird et al. 1992). Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 91. Efeitos das Árvores no Gado O melhoramento genético tem formado raças mais tolerantes a altas temperaturas, mas mesmo essas sofrem com a insolação direta; Por isso, sugere-se pesquisas de manejo ambiental como alternativa e/ou complementação de medidas à melhoria genética O conforto térmico é uma das variáveis do bem-estar animal que tem sido negligenciada pelos criadores de gado. As áreas de pastagens do Brasil estão sob condições climáticas que determinam graus médio e severo de estresse térmico calórico (Inmet, 2005) para os animais sem proteção a campo. As condições de temperatura do ar, velocidade dos ventos e insolação direta atuam sobre a intensidade do metabolismo dos animais. Quando essas condições atingem certos valores extremos, o animal consome mais energia para manter o equilíbrio da temperatura corporal (homeotermia) e começa a sofrer desgastes (estresse) pois está fora dos limites que configuram a sua zona de conforto térmico, refletindo negativamente na produção (Hafez, 1973; Naãs, 1989) e na capacidade imunológica (Costa e Silva, 2003). Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 92. Efeitos das Árvores no Gado Nas condições edafoclimáticas do centro-sul brasileiro, a temperatura do ar, no verão, foi reduzida em até 8°C, e a incidência de radiação solar global (radiação direta + radiação difusa), foi 80% menor sob a proteção de árvores dispostas em renques curvilíneos (Porfirio-da-Silva et al.,1998). Os autores argumentam ainda que, durante condições de tempo frio, os renques arbóreos podem funcionar como fonte de calor, e que a radiação de onda longa recebida pelo corpo do animal protegido sob as copas ou próximo delas, também melhora o seu conforto térmico. Em dias quentes e de forte insolação, a sombra decisivamente pode contribuir para condições de conforto animal. Em acordo com Mota et al. (1997), "a melhor e mais eficiente sombra é a das árvores, cercada por pastagem verde..." Dentre os efeitos decorrentes da presença de árvores em pastagens, na produção animal devem ser destacadas as seguintes influências nos animais Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 93. Efeitos das Árvores no Gado Redução das necessidades de energia de mantença do animal Excessos de calor ou de frio aumentam a necessidade de energia para a manutenção de funções vitais, desviando energia que seria utilizada para fins produtivos. Os excessos de temperatura também podem alterar o comportamento de pastejo, reduzindo a ingestão de alimentos. Em bovinos de corte, o consumo de matéria seca pode diminuir em até 10% quando a temperatura ambiente sobe de 25 para 30o C (Bergigier, 1989). Uma redução de 33% na velocidade do vento (de 10km/h para 6,6km/h) pode resultar em 10% de economia em energia e de 55% (4,5km/h) (Bird et al. ,1992) Os bovinos são sensíveis às condições úmidas e quentes (Bergigier, 1989), portanto a oferta de sombra pode melhorar sua tolerância e sua produção (Mota et al,,1997; Klowoski et al.,2002). Piquetes sombreados têm melhorado a eficiência da conversão de alimentos (Bizinoto et al., 2005) e sobrevivência do gado (Bird et al. ,1992). Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 94. Efeitos das Árvores no Gado Proteção da fertilidade Estresse por calor pode reduzir a fertilidade, afetando a ovulação, o estro, a concepção e sobrevivência do embrião. Nos machos pode reduzir a viabilidade dos espermatozóides, bem como a libido (Müeller, 1989; Silva, 2000). Segundo Bird et al. (1992), vacas estressadas pelo calor produzem bezerros menores e aumentam o intervalo de tempo entre uma cria e outra. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 95. Efeitos das Árvores no Gado Melhoria da sobrevivência e crescimento Especialmente em animais recém-nascidos a provisão de sombra por árvores pode melhorar a sobrevivência e subsequente desenvolvimento. Por apresentar comportamento de parto escondedor, a presença de árvores pode constituir-se um elemento ambiental positivo para a fêmea bovina que procura isolamento do restante do grupo e de potenciais predadores no momento do parto. O isolamento nas primeiras horas de vida do filhote resulta em melhor ligação mãe-filho e condições ótimas para a primeira mamada e ingestão do colostro o mais cedo possível, passando a imunidade passiva para a cria, o que aumenta a taxa de sobrevivência (Pinheiro Machado Fº, 1997 - comunicação pessoal). Além disso, a perspectiva de isolamento sentido pela vaca, a deixa mais tranqüila para efetuar a “limpeza” do recém-nascido, o que pode propiciar também a transmissão de bactérias ruminais ao bezerro, predispondo-o a pastar mais precocemente. Novilhas em crescimento em pastagem arborizada atingiram condições para reprodução (idade para cobertura) cinco meses antes do que aquelas em pasto sem sombreamento (Simón et al. 1995). Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 96. Efeitos das Árvores no Gado Diretamente pela toxicidade de algumas espécies arbóreas A folhagem de algumas espécies arbóreas, quando ingeridas, podem causar aborto no gado (por exemplo, o Cupressus spp); outras podem causar timpanismo e morte (exemplo típico é do pessegueiro- bravo - Prunus sellowii). Ainda carecendo de comprovação, existem algumas evidências de que as sementes dos frutos da uva-do-japão (Holvenia dulcis), que são ingeridos pelos bovinos, podem causar a formação de “pelotas” concrecionárias no interior do rúmen. As sementes pequenas não são expulsas do rúmen, e dependendo da ingestão de frutos, grandes quantidades de sementes acumulam-se formando as concreções. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 97. Efeitos das Árvores no Gado Pela provisão de forragem arbórea As folhas, ramos e/ou frutos de algumas espécies arbóreas podem ser utilizadas pelos animais, quer seja por pastejo direto (ramoneio) quer seja por corte e oferta no cocho. Exemplos característicos são a leucena (Leucaena spp), a trema ou crindiúva (Trema micrantha), a algaroba (Prosopis spp), a cratílea (Cratylea argentea), a amora (Morus nigra), entre outras. No Brasil, embora com grande potencial florístico, é pouco utilizado o potencial forrageiro de espécies arbóreas. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V
  • 98. Efeitos das Árvores no Gado Pela provisão de forragem arbórea As folhas, ramos e/ou frutos de algumas espécies arbóreas podem ser utilizadas pelos animais, quer seja por pastejo direto (ramoneio) quer seja por corte e oferta no cocho. Exemplos característicos são a leucena (Leucaena spp), a trema ou crindiúva (Trema micrantha), a algaroba (Prosopis spp), a cratílea (Cratylea argentea), a amora (Morus nigra), entre outras. No Brasil, embora com grande potencial florístico, é pouco utilizado o potencial forrageiro de espécies arbóreas. Medrado, M.J.S; Porfirio-da-Silva, V