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SÁBADO, 07 DE AGOSTO DE 2010DIÁRIO DA SERRA a
PARA COMENTAR OS ASSUNTOS DESTA PÁGINA, ENVIE E-MAIL PARA: opiniao@diariodaserra.jor.br = SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE = twitter.com/odiariodaserra
Gente
Entrevista
Dr. Alexandre Naime
Barbosa, infectologista
assistente do SAE/Hospital
Dia “Domingos Alves
Meira” e do HC Unesp
CLARISSA ATHAYDE
esta semana, a
reportagem do
Diário entrevis-
tou o infectolo-
gista assistente
do Serviço de
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de Aids/Hepatites Virais: “Dr.
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Alexandre Naime Barbosa. O
médico,quetambémémembro
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Equipe multidisciplinas do Serviço de Ambulatório Especializado e Hospital: “Domingos Alves Meira”
Viver com Aids é possível,
com o preconceito não
“
Dr. Alexandre
Naime Barbosa
fotos sidney trovão
enfermeiras, dentista, farma-
cêuticas, fisioterapeuta, tera-
peuta ocupacional, assistente
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apenas 250 mil estão diagnos-
ticados. O HIV está distribuído
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mossexual). Existe atualmente
um crescimento nas meninas
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sexuaisjovensmasculinoseem
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outras camadas da sociedade,
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mento eficaz, não tem sentido.
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o coquetel deve ser tomado
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portadores de HIV/Aids. Na
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hoje em dia. O preconceito em
relação às pessoas vivendo
comHIV/Aidsvemdaépocaque
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cíficos de pessoas estigmati-
zadas até hoje pela sociedade,
como homossexuais, usuários
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e cruel, também é passível de
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e Justiça (CCJ) da Câmara dos
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Diário - O Hospital Dia
costuma promover diversas
atividades com o intuito de
incentivar os pacientes na
socialização. Como está o
trabalho hoje?
DR. ALEXANDRE - Vários
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cionamento, principalmente
envolvendo a descoberta e
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des nas oficinas de terapia
ocupacional, além de ações
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visando desestigmatizar o pro-
fissional vivendo com HIV/Aids.
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informática está em implanta-
ção conjuntamente.
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alguma história interessante
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pacientes?
DR. ALEXANDRE - A histó-
ria que gosto de contar, não
é um ou de
outropaciente,
édetodose,se
repete quase
diariamente.
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viver. Aprendi
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mudouaforma
que encaro os
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“
Dr. Alexandre
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HIV/Aids sem preconceito

  • 1. SÁBADO, 07 DE AGOSTO DE 2010DIÁRIO DA SERRA a PARA COMENTAR OS ASSUNTOS DESTA PÁGINA, ENVIE E-MAIL PARA: opiniao@diariodaserra.jor.br = SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE = twitter.com/odiariodaserra Gente Entrevista Dr. Alexandre Naime Barbosa, infectologista assistente do SAE/Hospital Dia “Domingos Alves Meira” e do HC Unesp CLARISSA ATHAYDE esta semana, a reportagem do Diário entrevis- tou o infectolo- gista assistente do Serviço de Ambulatório s Especializados Hospital Dia de Aids/Hepatites Virais: “Dr. Domingos Meira” e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina/Unesp Botucatu, Dr. Alexandre Naime Barbosa. O médico,quetambémémembro titulareespecialistapelaSocie- dade Brasileira de Infectologis- ta, recentemente participou da 18ª Conferência Internacional sobre Aids, realizada em Vie- na, e apresenta dados sobre o atendimento aos pacientes feitos em Botucatu. Confira os principais trechos. Diário - Recentemente, o senhor participou da 18ª Con- ferência Internacional sobre Aids, realizada em Viena. Na ocasião, junto com dois cole- gas, o senhor apresentou um estudoque,segundoanálises, os resultados podem auxiliar em futuras terapêuticas con- traoHIV.Dequemaneiraesse estudo pode contribuir? DR. ALEXANDRE - O estudo analisouSNPs(polimorfismosde base única), que são pequenas diferenças genéticas entre as pessoas, mutações pontuais, e que podem determinar impor- tantes variações biológicas. Por exemplo,existemSNPsdistintos paracorredoresdeprovascurtas e para maratonistas, alguns SNPs estão ligados à maior su- cesso no tratamento de certas doenças. No estudo apresenta- do em Viena, foi demonstrado que alguns SNPs em pessoas vivendo com HIV/Aids estão re- lacionadoscomprogressãomais rápida da doença. No futuro, o aperfeiçoamento dessa ferra- menta pode auxiliar o médico a introduzir mais precocemente a terapia antrretroviral (coquetel anti-HIV) em determinados pa- cientes que tenham maior risco de adoecer. Diário - Ainda não é conhe- cida uma cura para a aids, porém,hoje,umpacientecom HIV pode viver mais do que antigamente.Comoestáessa evolução? Quantos anos, em média,umpacienteconsegue viver com a doença? DR. ALEXANDRE - O sur- gimento do coquetel anti-HIV, em 1995, trouxe uma verda- deira revolução no tratamento das pessoas vivendo com HIV/Aids. Se o paciente tomar regularmente e sem falhas o tratamento prescrito, hoje em dia ele tem praticamente a mesmaexpectativadevidaque alguém na mesma faixa etária. Ou seja, na quase totalidade dos casos, se o indivíduo tiver regularidade na tomada das medicações, ele terá uma vida normal,longedasdoençasedo alto índice de mortalidade que atingiaessaspessoashápouco mais de 15 anos. Diário-EmBotucatu,éfeito umexcelentetrabalhocomos pacientesdoSAE/HospitalDia “Domingos Alves Meira”. Em média, quantas pessoas são atendidas? DR. ALEXANDRE - O ponto chave fundamental no suces- so alcançado no atendimento dessas pessoas é o caráter multiprofissional. A equipe composta por infectologistas, N HIV/Aids sem preconceito e-mail - saude@diariodaserra.jor.br Equipe multidisciplinas do Serviço de Ambulatório Especializado e Hospital: “Domingos Alves Meira” Viver com Aids é possível, com o preconceito não “ Dr. Alexandre Naime Barbosa fotos sidney trovão enfermeiras, dentista, farma- cêuticas, fisioterapeuta, tera- peuta ocupacional, assistente social, psicóloga, nutrólogo, nutricionistas, auxiliares de enfermagem, cirurgião plásti- co, coloproctologista, pessoal de administração, motorista e seguranças é, no conjunto, responsável pelo acolhimento e atendimento humanizado, com a intenção de suprir não só o tratamento do HIV em si, mastodaademandadesaúde, e também questões sociais, psicológicas, de mercado de trabalho,entreoutras.Amissão é focar globalmente a proble- mática da pessoa vivendo com HIV/Aids, e com essa visão, cerca de 500 pessoas seguem em acompanhamento regular no Hospital Dia. Diário - Qual é o maior desafio do SAE/Hospital Dia Domingos Alves Meira? DR. ALEXANDRE - O maior desafio é vencer o estigma e preconceito que muitos setores da sociedade ainda impõe às pessoas vivendo com HIV/Aids. Vi- vemos em pleno século XXI, mas ainda existemmuitashistóriastristes, comocasosdedemissãodotra- balho pelo fato do funcionário ser portador do HIV, sem que issorepresentealgumriscoem qualqueratividadeprofissional. Rejeição familiar por parte de amigos e conhecidos também são exemplos de atitudes sem justificativa científica, moral ou ética. Essas atitudes cruéis e desumanas são o foco de ações dentro do Hospital Dia, com projetos de ressocializa- ção, atendimento psicológico, terapia ocupacional e de rein- serçãonomercadodetrabalho. Viver com Aids é possível, com o preconceito não. Diário - O senhor possui alguns dados para citar sobre o número de portadores de HIV/AidsnaCidade?Amaioria édehomensoumulheres?Em qual faixa etária? DR.ALEXANDRE-Adistribui- ção de casos de infecção pelo HIV em Botucatu se assemelha muito com os dados nacionais, comcercade0,3%a0,5%dapo- pulaçãoafetada.Parecepouco, masseforlevadoemconsidera- çãoqueapenasumterçodessas pessoas sabe ser portadora do HIV, e que o cuidado em usar o preservativo fica menor, pode se ter uma idEia do risco de transmissão. Ou seja, dos 700 mil casos estimados no Brasil, apenas 250 mil estão diagnos- ticados. O HIV está distribuído portodasasfaixasdeidade,em todas as camadas sociais, em qualquercordepele,indiferente da opção sexual (hetero ou ho- mossexual). Existe atualmente um crescimento nas meninas de 13 a 19 anos, nos homos- sexuaisjovensmasculinoseem idosos.Essefatonãoprotegeas outras camadas da sociedade, portanto a prevenção com uso do preserva- tivo deve ser universal. Diário - Na sua opi- nião, com o advento do coquetel “anti-HIV”, as pessoas passaram a temer menos a doença? DR. ALEXANDRE - Relatos de descaso com a prevenção devido à falsa sensação de se- gurança causada pela eficácia do coquetel realmente chegam até nós, e são completamente ilógicos. Assumir o risco de contrair uma doença que não tem cura, apesar de um trata- mento eficaz, não tem sentido. É fundamental lembrar que o coquetel deve ser tomado rigorosamente de acordo com a prescrição, sem falhas, para o resto da vida, e que possui muitos efeitos colaterais. É muito mais fácil e inteligente usar a camisinha nas relações sexuais, e se prevenir. Diário - Ainda há muito preconceito em relação aos portadores de HIV/Aids. Na sua opinião, a quê se deve este fato? DR. ALEXANDRE - Esse é sem dúvida o maior obstáculo hoje em dia. O preconceito em relação às pessoas vivendo comHIV/Aidsvemdaépocaque a doença atingia grupos espe- cíficos de pessoas estigmati- zadas até hoje pela sociedade, como homossexuais, usuários de drogas e profissionais do sexo. Discriminar pessoas por serem portadoras de alguma doença (qualquer que seja) ou por sua opção sexual, ativida- de profissional, cor da pele, religião,alémdeserdesumano e cruel, também é passível de pena de até quatro anos de prisão, segundo projeto de lei da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Diário - O Hospital Dia costuma promover diversas atividades com o intuito de incentivar os pacientes na socialização. Como está o trabalho hoje? DR. ALEXANDRE - Vários programas estão em fun- cionamento, principalmente envolvendo a descoberta e aperfeiçoamento de habilida- des nas oficinas de terapia ocupacional, além de ações junto às entidades patronais visando desestigmatizar o pro- fissional vivendo com HIV/Aids. Um projeto de aprendizado em informática está em implanta- ção conjuntamente. Diário - O senhor teria alguma história interessante de algum fato ou história com pacientes? DR. ALEXANDRE - A histó- ria que gosto de contar, não é um ou de outropaciente, édetodose,se repete quase diariamente. Superação e vontade de viver. Aprendi muito com as pessoas que acompanho, mudouaforma que encaro os problemas,ad- miro a força que trazem dentro de si. Chegam muitas vezes debilitadas física e psicologi- camente pela descoberta da doença, muitas delas em situ- ação de risco social. Rebatem e respondem positivamente, se cuidam e transformam a infecçãopeloHIVnomenordos problemas.Alutaeavitóriapela vida é o que mais me fascina nessa história toda. Diário-Dentreospacientes assistidos pelo senhor, qual é a principal forma de contágio da doença? DR. ALEXANDRE - A trans- missão sexual, seja por relação pênis-vagina, anal ou oral é a principal rota aquisição do HIV. O uso da camisinha deve ser preocupação de todos, uma pessoa com HIV/Aids pode não saber disso, e não exibir sin- tomas. Outras formas ainda perduram,prin- cipalmente o compartilha- mentodeserin- gas e agulhas por usuários de drogas ilí- citas. Cuidado deve ser toma- docomobjetos de uso pessoal, como alicates de tesoura de unha, lâminas de barbear, escovas de dentes, piercings, brincos, além de agu- lhas de tatuagem, que podem ser vias de transmissão não só do HIV, mas também dos vírus dahepatiteBeC.Todagestante deve realizar o teste anti-HIV nos exames de pré-natal, a fim de evitar a transmissão para o recém-nascido. Botucatu se assemelha muito com os dados nacionais, com cerca de 0,3% a 0,5% da população afetada “ Dr. Alexandre Naime Barbosa