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EMBUTIDOS
FERMENTADOS
      Francislene Barreto

      Karine Linhares

      Raceli Sandrin
INTRODUÇÃO


 Embutidos fermentados são
produtos feitos a base de pedaços
de carne que sofrem uma fermentação por
microrganismos, podendo subseqüentemente
serem cozidos e defumados.
INTRODUÇÃO


Diferença de outros embutidos:

 O baixo teor de umidade;
 Presença de ácido lático que confere sabor

agradável;
SALAME- legislação
 Produto cárneo industrializado
obtido de carne suína ou suína e bovina,
adicionado de toucinho, ingredientes, embutido
em envoltórios naturais e/ou artificiais, curado,
fermentado, maturado, defumado ou não e
dessecado.

A presença de "mofos" característicos, é
consequência natural do seu processo
tecnológico de fabricação.
CARACTERÍSTICAS


 O sabor do salame é dado pela fermentação;
 Sabor forte e picante e uma textura elástica;

 pH de 5,8-6,0 e uma concentração de

salmoura de 13-16%, que corresponde a 25
28% de água e 3,5-5,5 de sal;
 Atividade de água baixa < 0,88;
TIPOS DE SALAME



Salame Tipo Italiano     Salame Tipo Milano




Salame Tipo Hamburguês        Salaminho
PROCESSO PRODUTIVO
  EMBUTIDOS
           Matéria-Prima

             Moagem


         Preparo e formulação

       Adição de Culturas “Starter”

            Embutimento

            Fermentação

        Secagem e Maturação

            Embalagem
MATÉRIA-PRIMA

 Carne ótima qualidade
 Coloração forte, com pH entre 5,4 e 5,8

 Carne não deve estar muito úmida

 Gordura deve ser da região costo-lombar

(ventre - maior conteúdo de ácidos graxos
facilitando rancificação).
MATÉRIA-PRIMA

Estudo de outros embutidos
utilizando carne de:
 Peru

 Pato

 Ovelha

 Peixe

 Frango

 Avestruz
PROCESSO PRODUTIVO
  EMBUTIDOS
           Matéria-Prima

             Moagem


         Preparo e formulação

       Adição de Culturas “Starter”

            Embutimento

            Fermentação

        Secagem e Maturação

            Embalagem
MOAGEM

   Deve ser grosseira e temperada.
   3% de sal e amadurecida à temperatura de
    5ºC por 2 ou 3 dias,
           iniciar o crescimento de bactérias
    produtoras de ácido lático.
   Processo realizado em condições higiênicas,
    pois a carne moída é mais susceptível à
    contaminação bacteriana proveniente dos
    equipamentos, utensílios e pessoal.
PROCESSO PRODUTIVO
  EMBUTIDOS
           Matéria-Prima

             Moagem


        Preparo e formulação

       Adição de Culturas “Starter”

           Embutimento

           Fermentação

       Secagem e Maturação

           Embalagem
PREPARO E FORMULAÇÃO

Carne a temperatura baixa!!

 Ingredientes Obrigatórios
 Carne Suína (mínimo de 60%, exceto para o

salame tipo hamburguês, onde o teor permitido
é de no mínimo 50%)
 Toucinho

 Sal, nitrito e/ou nitrato de sódio e/ou potássio
PREPARO E FORMULAÇÃO

   Ingredientes Opcionais
   Carne Bovina
   Leite em pó
   Açúcares
   Maltodextrinas
   Proteínas lácteas
   Aditivos intencionais
   Vinho
   Condimentos, aromas e especiarias
   Substâncias glaceantes (revestimento externo)
PROCESSO PRODUTIVO
  EMBUTIDOS
           Matéria-Prima

              Moagem


         Preparo e formulação

      Adição de Culturas “Starter”

            Embutimento

            Fermentação

        Secagem e Maturação

            Embalagem
ADIÇÃO DE CULTURAS
      “STARTER”

Culturas “Starter”                 Lactobacillus plantarum

 Culturas individuais ou mistas de cepas de

microorganismos selecionados com uma
determinada atividade enzimática e que são
adicionadas em quantidades definidas para a
produção da desejada transformação do
substrato.
CULTURAS “STARTER”

   Microrganismos da carne
                     processo mais lento

   Culturas “starter”
              Redução do tempo de fermentação
              Homogeneidade do produto
              Controle das características
CULTURAS “STARTER”

                                         L. acidophilus
   Conjunto de microrganismos
          A soma das ações de microrganismos,
    com a característica de cada um, visa um
    efeito desejado no produto final.

   Mais utilizados:
         Lactobacillus e Pediococcus
         Staphylococcus e Micrococcus
CULTURAS “STARTER”
  Bactérias Lácticas
Lactobacillus plantarum                            Staphylococcus
L. acidophilus            Cocos   catalase positivos
L. casei                  Micrococcus varians
L. sake                   M. lutens
L. pentosus               M. roseus
Pediococcus cerevisae     Staphylococcus carnosus
P. acidilactici           S. xylosus
P. pentosaceus
                          Leveduras
  Bolores                Debaromyces hansenii
Penicillium               Candida formata
nalgiovenensis
P. crysogenum
BENEFÍCIOS


   Muitas das espécies microbianas que
    constituem as culturas iniciadoras produzem
    fatores inibidores do desenvolvimento de
    outros microrganismos, garantindo um efeito
    conservador.

   Facilidade no uso tecnológico!
PROCESSO PRODUTIVO
  EMBUTIDOS
           Matéria-Prima

             Moagem


        Preparo e formulação

       Adição de Culturas “Starter”

           Embutimento

           Fermentação

       Secagem e Maturação

           Embalagem
EMBUTIMENTO

   Deve ser compacto, evitando as bolsas de
    ar, o que poderia vir a provocar a oxidação
    da massa prejudicando a qualidade.

 Podem ser utilizadas tripas
naturais ou sintéticas.


                           Embutideira
PROCESSO PRODUTIVO
  EMBUTIDOS
           Matéria-Prima

             Moagem


         Preparo e formulação

       Adição de Culturas “Starter”

            Embutimento

            Fermentação

        Secagem e Maturação

            Embalagem
FERMENTAÇÃO
   Bactérias Lácticas
                                           Lactobacilus casei

Carboidratos → Ácido Lático

       Tolerância a alta concentração de ácido lático
       Inibição de bactérias patogênicas e deteriorantes
       Acidificação rápida
       Temperatura ótima entre 30 e 35ºC
       Não são nitrato redutores
       Formação do composto aromático ácido do embutido
FERMENTAÇÃO
   Bactérias Lácticas

       O pH < 5,3 diminuindo também a solubilidade das
        proteínas, retendo a água de tal maneira que os produtos
        se tornam mais firmes e o processo de secagem se
        efetua mais rapidamente.



     Pediococcus
    acidificação mais lenta
                                          Pediococcus pentosaceus
FERMENTAÇÃO
   Cocos catalase positivos: Micrococcus Varians, M. lutens, M.
    roseus,Staphylococcus carnosus, S. xylosus.

       Redução de nitrato e consumo de oxigênio;
       2 KNO3 → 2 KNO 2 + O2
       Destruição de peróxidos;


       Formação e estabilização da cor;
       Retardamento da oxidação;
       Desenvolvimento de aroma;
       Remoção de nitrato em excesso.
                                                              Micrococcus
FERMENTAÇÃO

   Leveduras: Debaromyces e Candida

       Consumo de oxigênio                        Debaromyces
       Retardamento da oxidação.
       “Fleur du saucisson” - uso de culturas puras de
        leveduras para melhorar o flavor em embutidos
        fermentados.
       Pouco importantes no processo de deterioração
        →baixo número inicial e por seu crescimento lento em
        temperaturas de refrigeração, o que desfavorece a
        competição eficiente com bactérias psicrotróficas.
FERMENTAÇÃO

   Bolores: Penicillium

       Utilizados na parte externa do produto;    Penicillium
       Produzem enzimas lipolíticas que degradam a
        gordura;
       Algumas espécies são redutoras de
        nitrato,modificando a cor da superfície do embutido;
       Evitam rancidez por impedir entrada de oxigênio;
       Estabilidade de cor, retardamento da oxidação,
        desenvolvimento de aroma.
TÉCNICAS DE FERMENTAÇÃO

   Fermentação rápida

    Salas de maturação à temperatura de 24 a 26ºC
    

    durante 12-14 horas.
   Após a temperatura é diminuída para 18 a 20ºC

    completando-se a fermentação, pré-secagem,
    formação de cor e liga.
Neste tipo de fermentação são adicionados:
   sal de nitrito → desenvolvimento de cor;

   ascorbato de sódio → estabilidade da cor;

   dextrose e xarope de milho→ acidificação rápida;
FERMENTAÇÃO

   “Fermentação Suor” (sweating fermentation):

     Temperaturas mais altas (25-28ºC).
     Para se obter uma umidade relativa de 100%

    adiciona-se vapor nas câmaras de maturação.
    Após um período determinado, abaixa-se a
    temperatura para 16-18ºC e depois aumenta
    se novamente para 28ºC (várias vezes ao dia).
     Adiciona-se quantidade maior de sal!
FERMENTAÇÃO

   Fermentação por defumação úmida:

       Fermentação, defumação e secagem de uma só vez!
       Após o embutimento, os produtos são levados às
        câmaras de maturação a uma temperatura entre
        18-22ºC e U.R.> 90-95%.
       Após muitas horas, adiciona-se fumaça.
FERMENTAÇÃO

   Fermentação sob pressão:

       Os embutidos colocados em formas de pressão, de
        metal ou plástico, separados uns dos outros com
        placas de madeira. As fôrmas são fechadas e
        pressionadas e mantidas em câmaras a 20 22ºC. Os
        produtos perdem água por drenagem através de furso
        existentes nas fôrmas.
FERMENTAÇÃO

   Fermentação em salmoura:

       Salmoura de 6-8%- salitre e ascorbato de sódio.
       A salmoura pode ser fria (8ºC) ou a
       temperatura entre 18-22ºC.
       Cor aceitável e consistência se dá de 3-5 dias.
       À temperatura de 8ºC, esse tempo é maior.
FERMENTAÇÃO

  Fermentação à vácuo: os embutidos são
mantidos em câmaras à vácuo, à pressão de
0,2 atm. Após algum tempo, reestabelece-se a
pressão normal, seguida de uma redução de
0,3 atm.
Repete-se o procedimento mais uma vez e
finalmente a pressão de 0,5 atm é mantida.
FERMENTAÇÃO

 Fazer vácuo no embutido, modificando a sua
estrutura e possibilitando uma melhor ligação,
maior estabilidade da cor nos embutidos e,
também, é mais difícil a rancificação, pois o
oxigênio é removido do produto com o vácuo
A fermentação do embutido é realizada à
temperatura de 20-22ºC, por aproximadamente
5 dias.
FERMENTAÇÃO


 Fermentação lenta ou natural:
 a temperatura, nesse caso, é normalmente
maior que 20ºC e, consequentemente, por ser
um processo lento, a formação de cor e ligação
demoram mais. As perdas de peso são
menores de 20%. A atividade de água está na
faixa de 0,7-0,96.
PROCESSO PRODUTIVO
  EMBUTIDOS
           Matéria-Prima

             Moagem


         Preparo e formulação

       Adição de Culturas “Starter”

            Embutimento

            Fermentação

        Secagem e Maturação

            Embalagem
MATURAÇÃO


   Condições: Temperatura: 12-18ºC
               Umidade relativa: 75-85%

           Nesta fase ocorre a maior parte da
      desidratação do produto e a hidrólise
              enzimática de proteínas e gorduras.
MATURAÇÃO

   Proteínas
                     Peptídeos
                     Aminoácidos            Sabor do
                                            embutido
                     Amoníaco


Hidrólise de natureza enzimática: Calpaínas, Catepsinas,
Carboxipeptidases, Aminopeptidases, Dipeptidases, e
Dipeptilpeptidases
MATURAÇÃO

   Gorduras
                     Glicerol
                                                 Sabor e
                     Ác. Graxos livres           aroma do
                     Glicerídeos                 embutido


Hidrólise de natureza enzimática: Lipases originárias das
bactérias lácticas.
SECAGEM E MATURAÇÃO
ADICIONAIS
   Rendimentos: secos: 60%,
                    semi-secos 80% do peso inicial.
   A secagem remove 40 a 60% da umidade inicial e o
    produto final contém cerca de 25 a 40% de água.

        aumenta porcentagem de sal para 4,0 a 5,5%.
    água que resta no embutido forma uma salmoura com
                 concentração de 7% ou mais,

    inibe o crescimento de microrganismos deterioradores
                           da carne!
DEFUMAÇÃO


   Os produtos fermentados podem ou não serem
    defumados.
    As melhores condições são na temperatura de
    30-40ºC e umidade relativa de 75%.
    Temperaturas mais altas retardariam a
    fermentação.
PROCESSO PRODUTIVO
  EMBUTIDOS
           Matéria-Prima

             Moagem


         Preparo e formulação

       Adição de Culturas “Starter”

            Embutimento

            Fermentação

        Secagem e Maturação

            Embalagem
EMBALAGEM

 Materiais adequados para as condições de
armazenamento e que lhe confiram uma
proteção apropriada contra a contaminação.
 O produto poderá ser exposto no ponto de

venda em temperatura ambiente quando
fechado.
 Embalagens a vácuo: produtos fatiados,

temperatura de refrigeração.
DEFEITOS EM PRODUTOS
FERMENTADOS
 Desenvolvimento insuficiente da
formação da cor, das propriedades de liga
e estabilização insatisfatória.

 Película seca por dentro do invólucro:
                              invólucro
erros na secagem → desenvolvimento
microbiano → mudanças de cor,
consistência, cheiro e sabor.
DEFEITOS EM PRODUTOS
FERMENTADOS
 Formação de bolsas de ar e porosidade;
 Falta de definição das partículas das fatias;

 Superaquecimento da parte gordurosa;

 A exposição à luz e calor pode rancificar os

embutidos;
 Descoloramento vermelho das gorduras;
DEFEITOS EM PRODUTOS
FERMENTADOS
 Aroma e Sabor: durante a fermentação, os
           Sabor
microrganismos heterofermentativos podem se
desenvolver muito rapidamente, e outros
ácidos ao produto.

 Aparência: durante a secagem poderão
aparecer sulcos na superfície do produto, e
este terá uma aparência de enrugado.
CONCLUSÃO



   O emprego de culturas “starter” nos
    embutidos garante um produto padronizado e
    com as mesmas características de
    qualidade.
BIBLIOGRAFIA
   CARNIONI, F. Uso de culturas iniciadoras para a elaboração de
    um embutido à base de carne de pato (Cairina moschata).
    Florianópolis, 2000. [50] f. Dissertação (Mestrado) - Universidade
    Federal de Santa Catarina.
   GALLI, F. Os embutidos- como fabricá-los. Revista Nacional da
    carne, n194, abril., p14-28,1993.
   Martins, R..Dossiê Técnico- Produção de Embutidos Crus-
    Curados (Salame) . REDETEC-Rede de Tecnologia do Rio de
    Janeiro. Junho, 2006.
   OGEDA, C.,SANT'ANNA, E., Influência de diferentes culturas
    'Starter' em algumas variáveis físico-químicos do salame tipo
    italiano, até 28 dias de cura. 1992. 103f. Dissertação (Mestrado) -
    Universidade Federal de Santa Catarina.
   Shimokomaki,O.,Terra, F. Atualidades em Ciência e Tecnologia
    de Carnes. Varela Editora, 2006. 230 p.
BIBLIOGRAFIA

   NASSU, R. Utilização de carne de caprinos no processamento
    de embutido fermentado tipo salame. Campinas, UNICAMP,
    SP,1999. Tese (doutorado).
   MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO,
    INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 22, DE 31 DE JULHO DE 2000.

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Embutidos fermentados: processos de fabricação

  • 1. EMBUTIDOS FERMENTADOS Francislene Barreto Karine Linhares Raceli Sandrin
  • 2. INTRODUÇÃO  Embutidos fermentados são produtos feitos a base de pedaços de carne que sofrem uma fermentação por microrganismos, podendo subseqüentemente serem cozidos e defumados.
  • 3. INTRODUÇÃO Diferença de outros embutidos:  O baixo teor de umidade;  Presença de ácido lático que confere sabor agradável;
  • 4. SALAME- legislação  Produto cárneo industrializado obtido de carne suína ou suína e bovina, adicionado de toucinho, ingredientes, embutido em envoltórios naturais e/ou artificiais, curado, fermentado, maturado, defumado ou não e dessecado. A presença de "mofos" característicos, é consequência natural do seu processo tecnológico de fabricação.
  • 5. CARACTERÍSTICAS  O sabor do salame é dado pela fermentação;  Sabor forte e picante e uma textura elástica;  pH de 5,8-6,0 e uma concentração de salmoura de 13-16%, que corresponde a 25 28% de água e 3,5-5,5 de sal;  Atividade de água baixa < 0,88;
  • 6. TIPOS DE SALAME Salame Tipo Italiano Salame Tipo Milano Salame Tipo Hamburguês Salaminho
  • 7. PROCESSO PRODUTIVO EMBUTIDOS Matéria-Prima Moagem Preparo e formulação Adição de Culturas “Starter” Embutimento Fermentação Secagem e Maturação Embalagem
  • 8. MATÉRIA-PRIMA  Carne ótima qualidade  Coloração forte, com pH entre 5,4 e 5,8  Carne não deve estar muito úmida  Gordura deve ser da região costo-lombar (ventre - maior conteúdo de ácidos graxos facilitando rancificação).
  • 9. MATÉRIA-PRIMA Estudo de outros embutidos utilizando carne de:  Peru  Pato  Ovelha  Peixe  Frango  Avestruz
  • 10. PROCESSO PRODUTIVO EMBUTIDOS Matéria-Prima Moagem Preparo e formulação Adição de Culturas “Starter” Embutimento Fermentação Secagem e Maturação Embalagem
  • 11. MOAGEM  Deve ser grosseira e temperada.  3% de sal e amadurecida à temperatura de 5ºC por 2 ou 3 dias, iniciar o crescimento de bactérias produtoras de ácido lático.  Processo realizado em condições higiênicas, pois a carne moída é mais susceptível à contaminação bacteriana proveniente dos equipamentos, utensílios e pessoal.
  • 12. PROCESSO PRODUTIVO EMBUTIDOS Matéria-Prima Moagem Preparo e formulação Adição de Culturas “Starter” Embutimento Fermentação Secagem e Maturação Embalagem
  • 13. PREPARO E FORMULAÇÃO Carne a temperatura baixa!!  Ingredientes Obrigatórios  Carne Suína (mínimo de 60%, exceto para o salame tipo hamburguês, onde o teor permitido é de no mínimo 50%)  Toucinho  Sal, nitrito e/ou nitrato de sódio e/ou potássio
  • 14. PREPARO E FORMULAÇÃO  Ingredientes Opcionais  Carne Bovina  Leite em pó  Açúcares  Maltodextrinas  Proteínas lácteas  Aditivos intencionais  Vinho  Condimentos, aromas e especiarias  Substâncias glaceantes (revestimento externo)
  • 15. PROCESSO PRODUTIVO EMBUTIDOS Matéria-Prima Moagem Preparo e formulação Adição de Culturas “Starter” Embutimento Fermentação Secagem e Maturação Embalagem
  • 16. ADIÇÃO DE CULTURAS “STARTER” Culturas “Starter” Lactobacillus plantarum  Culturas individuais ou mistas de cepas de microorganismos selecionados com uma determinada atividade enzimática e que são adicionadas em quantidades definidas para a produção da desejada transformação do substrato.
  • 17. CULTURAS “STARTER”  Microrganismos da carne processo mais lento  Culturas “starter” Redução do tempo de fermentação Homogeneidade do produto Controle das características
  • 18. CULTURAS “STARTER” L. acidophilus  Conjunto de microrganismos A soma das ações de microrganismos, com a característica de cada um, visa um efeito desejado no produto final.  Mais utilizados: Lactobacillus e Pediococcus Staphylococcus e Micrococcus
  • 19. CULTURAS “STARTER”  Bactérias Lácticas Lactobacillus plantarum Staphylococcus L. acidophilus Cocos catalase positivos L. casei Micrococcus varians L. sake M. lutens L. pentosus M. roseus Pediococcus cerevisae Staphylococcus carnosus P. acidilactici S. xylosus P. pentosaceus Leveduras  Bolores Debaromyces hansenii Penicillium Candida formata nalgiovenensis P. crysogenum
  • 20. BENEFÍCIOS  Muitas das espécies microbianas que constituem as culturas iniciadoras produzem fatores inibidores do desenvolvimento de outros microrganismos, garantindo um efeito conservador.  Facilidade no uso tecnológico!
  • 21. PROCESSO PRODUTIVO EMBUTIDOS Matéria-Prima Moagem Preparo e formulação Adição de Culturas “Starter” Embutimento Fermentação Secagem e Maturação Embalagem
  • 22. EMBUTIMENTO  Deve ser compacto, evitando as bolsas de ar, o que poderia vir a provocar a oxidação da massa prejudicando a qualidade.  Podem ser utilizadas tripas naturais ou sintéticas. Embutideira
  • 23. PROCESSO PRODUTIVO EMBUTIDOS Matéria-Prima Moagem Preparo e formulação Adição de Culturas “Starter” Embutimento Fermentação Secagem e Maturação Embalagem
  • 24. FERMENTAÇÃO  Bactérias Lácticas Lactobacilus casei Carboidratos → Ácido Lático  Tolerância a alta concentração de ácido lático  Inibição de bactérias patogênicas e deteriorantes  Acidificação rápida  Temperatura ótima entre 30 e 35ºC  Não são nitrato redutores  Formação do composto aromático ácido do embutido
  • 25. FERMENTAÇÃO  Bactérias Lácticas  O pH < 5,3 diminuindo também a solubilidade das proteínas, retendo a água de tal maneira que os produtos se tornam mais firmes e o processo de secagem se efetua mais rapidamente.  Pediococcus acidificação mais lenta Pediococcus pentosaceus
  • 26. FERMENTAÇÃO  Cocos catalase positivos: Micrococcus Varians, M. lutens, M. roseus,Staphylococcus carnosus, S. xylosus.  Redução de nitrato e consumo de oxigênio;  2 KNO3 → 2 KNO 2 + O2  Destruição de peróxidos;  Formação e estabilização da cor;  Retardamento da oxidação;  Desenvolvimento de aroma;  Remoção de nitrato em excesso. Micrococcus
  • 27. FERMENTAÇÃO  Leveduras: Debaromyces e Candida  Consumo de oxigênio Debaromyces  Retardamento da oxidação.  “Fleur du saucisson” - uso de culturas puras de leveduras para melhorar o flavor em embutidos fermentados.  Pouco importantes no processo de deterioração →baixo número inicial e por seu crescimento lento em temperaturas de refrigeração, o que desfavorece a competição eficiente com bactérias psicrotróficas.
  • 28. FERMENTAÇÃO  Bolores: Penicillium  Utilizados na parte externa do produto; Penicillium  Produzem enzimas lipolíticas que degradam a gordura;  Algumas espécies são redutoras de nitrato,modificando a cor da superfície do embutido;  Evitam rancidez por impedir entrada de oxigênio;  Estabilidade de cor, retardamento da oxidação, desenvolvimento de aroma.
  • 29. TÉCNICAS DE FERMENTAÇÃO  Fermentação rápida Salas de maturação à temperatura de 24 a 26ºC  durante 12-14 horas.  Após a temperatura é diminuída para 18 a 20ºC completando-se a fermentação, pré-secagem, formação de cor e liga. Neste tipo de fermentação são adicionados:  sal de nitrito → desenvolvimento de cor;  ascorbato de sódio → estabilidade da cor;  dextrose e xarope de milho→ acidificação rápida;
  • 30. FERMENTAÇÃO  “Fermentação Suor” (sweating fermentation):  Temperaturas mais altas (25-28ºC).  Para se obter uma umidade relativa de 100% adiciona-se vapor nas câmaras de maturação. Após um período determinado, abaixa-se a temperatura para 16-18ºC e depois aumenta se novamente para 28ºC (várias vezes ao dia).  Adiciona-se quantidade maior de sal!
  • 31. FERMENTAÇÃO  Fermentação por defumação úmida:  Fermentação, defumação e secagem de uma só vez!  Após o embutimento, os produtos são levados às câmaras de maturação a uma temperatura entre 18-22ºC e U.R.> 90-95%.  Após muitas horas, adiciona-se fumaça.
  • 32. FERMENTAÇÃO  Fermentação sob pressão:  Os embutidos colocados em formas de pressão, de metal ou plástico, separados uns dos outros com placas de madeira. As fôrmas são fechadas e pressionadas e mantidas em câmaras a 20 22ºC. Os produtos perdem água por drenagem através de furso existentes nas fôrmas.
  • 33. FERMENTAÇÃO  Fermentação em salmoura:  Salmoura de 6-8%- salitre e ascorbato de sódio.  A salmoura pode ser fria (8ºC) ou a  temperatura entre 18-22ºC.  Cor aceitável e consistência se dá de 3-5 dias.  À temperatura de 8ºC, esse tempo é maior.
  • 34. FERMENTAÇÃO  Fermentação à vácuo: os embutidos são mantidos em câmaras à vácuo, à pressão de 0,2 atm. Após algum tempo, reestabelece-se a pressão normal, seguida de uma redução de 0,3 atm. Repete-se o procedimento mais uma vez e finalmente a pressão de 0,5 atm é mantida.
  • 35. FERMENTAÇÃO  Fazer vácuo no embutido, modificando a sua estrutura e possibilitando uma melhor ligação, maior estabilidade da cor nos embutidos e, também, é mais difícil a rancificação, pois o oxigênio é removido do produto com o vácuo A fermentação do embutido é realizada à temperatura de 20-22ºC, por aproximadamente 5 dias.
  • 36. FERMENTAÇÃO  Fermentação lenta ou natural: a temperatura, nesse caso, é normalmente maior que 20ºC e, consequentemente, por ser um processo lento, a formação de cor e ligação demoram mais. As perdas de peso são menores de 20%. A atividade de água está na faixa de 0,7-0,96.
  • 37. PROCESSO PRODUTIVO EMBUTIDOS Matéria-Prima Moagem Preparo e formulação Adição de Culturas “Starter” Embutimento Fermentação Secagem e Maturação Embalagem
  • 38. MATURAÇÃO  Condições: Temperatura: 12-18ºC Umidade relativa: 75-85% Nesta fase ocorre a maior parte da desidratação do produto e a hidrólise enzimática de proteínas e gorduras.
  • 39. MATURAÇÃO  Proteínas Peptídeos Aminoácidos Sabor do embutido Amoníaco Hidrólise de natureza enzimática: Calpaínas, Catepsinas, Carboxipeptidases, Aminopeptidases, Dipeptidases, e Dipeptilpeptidases
  • 40. MATURAÇÃO  Gorduras Glicerol Sabor e Ác. Graxos livres aroma do Glicerídeos embutido Hidrólise de natureza enzimática: Lipases originárias das bactérias lácticas.
  • 41. SECAGEM E MATURAÇÃO ADICIONAIS  Rendimentos: secos: 60%, semi-secos 80% do peso inicial.  A secagem remove 40 a 60% da umidade inicial e o produto final contém cerca de 25 a 40% de água. aumenta porcentagem de sal para 4,0 a 5,5%. água que resta no embutido forma uma salmoura com concentração de 7% ou mais, inibe o crescimento de microrganismos deterioradores da carne!
  • 42. DEFUMAÇÃO  Os produtos fermentados podem ou não serem defumados.  As melhores condições são na temperatura de 30-40ºC e umidade relativa de 75%.  Temperaturas mais altas retardariam a fermentação.
  • 43. PROCESSO PRODUTIVO EMBUTIDOS Matéria-Prima Moagem Preparo e formulação Adição de Culturas “Starter” Embutimento Fermentação Secagem e Maturação Embalagem
  • 44. EMBALAGEM  Materiais adequados para as condições de armazenamento e que lhe confiram uma proteção apropriada contra a contaminação.  O produto poderá ser exposto no ponto de venda em temperatura ambiente quando fechado.  Embalagens a vácuo: produtos fatiados, temperatura de refrigeração.
  • 45. DEFEITOS EM PRODUTOS FERMENTADOS  Desenvolvimento insuficiente da formação da cor, das propriedades de liga e estabilização insatisfatória.  Película seca por dentro do invólucro: invólucro erros na secagem → desenvolvimento microbiano → mudanças de cor, consistência, cheiro e sabor.
  • 46. DEFEITOS EM PRODUTOS FERMENTADOS  Formação de bolsas de ar e porosidade;  Falta de definição das partículas das fatias;  Superaquecimento da parte gordurosa;  A exposição à luz e calor pode rancificar os embutidos;  Descoloramento vermelho das gorduras;
  • 47. DEFEITOS EM PRODUTOS FERMENTADOS  Aroma e Sabor: durante a fermentação, os Sabor microrganismos heterofermentativos podem se desenvolver muito rapidamente, e outros ácidos ao produto.  Aparência: durante a secagem poderão aparecer sulcos na superfície do produto, e este terá uma aparência de enrugado.
  • 48. CONCLUSÃO  O emprego de culturas “starter” nos embutidos garante um produto padronizado e com as mesmas características de qualidade.
  • 49. BIBLIOGRAFIA  CARNIONI, F. Uso de culturas iniciadoras para a elaboração de um embutido à base de carne de pato (Cairina moschata). Florianópolis, 2000. [50] f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina.  GALLI, F. Os embutidos- como fabricá-los. Revista Nacional da carne, n194, abril., p14-28,1993.  Martins, R..Dossiê Técnico- Produção de Embutidos Crus- Curados (Salame) . REDETEC-Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro. Junho, 2006.  OGEDA, C.,SANT'ANNA, E., Influência de diferentes culturas 'Starter' em algumas variáveis físico-químicos do salame tipo italiano, até 28 dias de cura. 1992. 103f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina.  Shimokomaki,O.,Terra, F. Atualidades em Ciência e Tecnologia de Carnes. Varela Editora, 2006. 230 p.
  • 50. BIBLIOGRAFIA  NASSU, R. Utilização de carne de caprinos no processamento de embutido fermentado tipo salame. Campinas, UNICAMP, SP,1999. Tese (doutorado).  MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 22, DE 31 DE JULHO DE 2000.