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Deterioração
DISCIPLINA: Tecnologia de Alimentos
Profª. Ms. Erica L. F. Monaro
Alterações nos Alimentos
- Mudanças que tornam os alimentos
indesejáveis ou inadequados à sua ingestão
Características organolépticas
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(sensoriais)
Composição química
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Agentes desencadeantes.....
Presença de microrganismos
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Reações químicas
Presença de microrganismos
Presença e atividade de enzimas
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(não enzimáticas)
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Crescimento microbiano
Deterioração
Aproximadamente 40% da
Aproximadamente 40% da
produção agrícola brasileira é
perdida
-Deterioração
Enzimas:
Próprio produtos ou microrganismos
Cor, sabor e textura
Ex.
Ação catatílica de proteinases – sabor amargo
Enzimas pectolíticas – textura de vegetais amolecida
Rancidez hidrolítica
Escurecimento enzimático
-Deterioração
Química:
Umidade, calor, luz e oxigênio
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Rancidez oxidativa
Escurecimento não enzimático
-Deterioração
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Alterações características organolépticas
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Deterioração: Microrganismos (MO)
Microbiologia de alimentos
Alimento
Substrato para
MO
Deterioração
Infecção
Benéficos
Deterioração: Microrganismos (MO)
Microbiologia de alimentos
Nº e proporção MO
Qualidade do substrato
Contaminação posterior
Agentes bactericidas, aditivos...
Agentes bactericidas, aditivos...
Reguladores crescimento
Valos nutritivo; Temperatura; pH
Umidade; Potencial óxido-redução
Substâncias inibidoras
Presença e conc. de gases
• Solo
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Formas de Contaminação
Microbiologia de alimentos
• Homem
• Utensílios
• Equipamentos
• Adição intencional
Fatores intrínsecos (Alimentos)
Atividade de água
Autóctones – naturalmente presentes
Microbiologia de alimentos
pH
Fatores antimicrobianos
Potencial de óxido-redução
Fatores extrínsecos (ambiente)
Temperatura
Autóctones – naturalmente presentes
Microbiologia de alimentos
Temperatura
Umidade relativa do ar
Composição química da atmosfera
• Água combinada
• Água livre (usada pelo microrganismo) –
Atividade de água (Aw ou Aa) = pressão relativa de
vapor
Atividade de Água
vapor
Po
P
Aw =
P = pressão de vapor do alimento
Po = pressão de vapor da água pura na mesma temperatura
• Redução da atividade de água no alimento:
- Adição de soluto: sal ,açúcar, glicerol
- Remoção da água: desidratação, liofilização
Atividade de Água
- Remoção da água: desidratação, liofilização
Os microrganismos apresentam Aa: MÍNIMA, ÓTIMA
e MÁXIMA.
0 < Aw < 1,0
• Aw bactéria > Aw levedura > Aw fungo
Atividade de Água
• Aw bactéria > Aw levedura > Aw fungo
• Aw 0,6 é o valor mínimo para multiplicação de
qualquer microrganismo
IMPORTANTE: a atividade de água, temperatura e a
disponibilidade de nutrientes são interdependentes.
Atividade de Água
Grupo Aw
Bactérias
deterioradoras
0,9
Leveduras 0,88
Leveduras
deterioradoras
0,88
Bolores 0,8
Bactérias halofílicas 0,75
Bolores xerofílicos 0,65
Leveduras osmofílicas 0,61
Atividade de Água
Alimento Aw
• Frutas frescas e vegetais > 0,97
• Aves e pescado frescos > 0,98
• Carnes frescas > 0,95
• Ovos 0,97
• Ovos 0,97
• Pão 0,95 a 0,96
• Queijos (maioria) 0,91 a 0,99
• Queijo parmesão 0,68 a 0,76
• Geléia 0,75 a 0,80
• Frutas secas 0,51 a 0,89
• Cereais 0,10 a 0,20
• Efeito da Aw nas alterações nos
alimentos
(Fellows, P.J., 2006)
• Os microrganismos apresentam valores de pH
mínimo, ótimo e máximo para multiplicação.
pH
• A maioria dos microrganismos cresce melhor em
pH próximo da neutralidade (6,5 a 7,5).
• Bactérias: 6,0 – 7,0
pH
• Leveduras fermentativas: 4,0 – 4,5
• Fungos: 2,0 – 8,5
• Alteração da atividade das enzimas responsáveis
pelas atividades vitais da célula;
pH
• Proteínas apresentam um pH ótimo;
• Variação na velocidade de crescimento.
Alimento pH
carne 5,5 – 6,2
frango 6,2 – 6,4
Carnéos e
pescados
peixe 6,6 – 6,8
leite 6,3 – 6,5
Laticínios
queijo 4,9- 5,9
maçã 2,9 – 3,3
banana 4,5 – 4,7
laranja 3,6 – 4,3
Frutas
laranja 3,6 – 4,3
uva 3,4 –4,5
milho 7,3
alface 6,0
espinafre 5,5 - 6,0
cenoura 4,9 –6,0
tomate 4,2 – 4,3
Vegetais
Feijão 4,6 – 6,5
ovos clara de ovo 9 -10
CRESCIMENTO DE ALGUNS MICRORGANISMOS
Microrganismos pH ótimo pH máximo pH mínimo
Bactérias
(maioria)
6,5 A 7,5 9,0 4,5
(maioria)
Leveduras 4 A 6,5 8,0 A 9,0 1,5 A 3,5
Bolores 4,5 A 7,0 8,0 A 11,0 1,5 A 3,5
Classificação dos alim entos segudo o PH
Baixa acidez -
pH > 4,5
M ais sujeito ao crescim ento
(patogênico e deteriorante)
Á cidos - pH
entre 4,0 e
Predom inância do crescim ento
de bolores e leveduras
(poucas bactérias – lácticas e
entre 4,0 e
4,5
(poucas bactérias – lácticas e
bacilos)
M uito ácidos -
pH < 4,0
Crescim ento de bolores e
leveduras
Naturais
·ácido benzóico
·lisozima
Fatores Inibidores
·lisozima
·acidez
·lacteninas (presente no leite de vaca)
Artificiais (extrínsecos)
• Benzoatos
• Ácido sórbico
Fatores Inibidores
• Ácido sórbico
• SO2 e derivados
• Nitritos e nitratos
• Antibióticos
Fatores Antimicrobianos
Naturais
Alimento Substância
cravo, canela eugenol
alho alicina
alho alicina
canela aldeído cinâmico
orégano timol e isotimol
clara de ovo lisozima
leite lactoferrina
leite lactoperoxidase-
tiocianato e H2O2
Fatores Antimicrobianos
Produzidas por microrganismos
Substância Microrganismo
ácido propiônico bactéria propiônica
ácido lático bactéria lática
ácido lático bactéria lática
álcool levedura
antibiótico bolores
bacteriocinas vários, especialmente bactérias
gram positivas
água oxigenada estreptococos e lactobacilos
· Psicrotrófico: 0 – 7 º C
· Psicrófilo: 10 –15 º C
· Mesófilo: 25 – 45 º C (maioria das espécies
Temperatura
· Mesófilo: 25 – 45 º C (maioria das espécies
patogênicas)
·Termófilo: 45 – 65 º C (Bacillus e Clostridium)
Temperatura
Psicrotróficos Exemplos:
o Pseudomonas, Alcaligenes,
Flavobacterium, Micrococcus.
Mesófilos a maioria das espécies
maior parte dos patógenos
Termófilos
Termófilos Exemplo:
algumas espécies de Bacillus e
Clostridium
Bolores faixa ampla de temperatura
crescem em temperatura de
refrigeração
Leveduras crescem na temperatura de
psicrotróficos e mesófilos
Temperatura
Resistência dos fungos, bactérias e esporos bacteriaos ao calor
Microorganismo Tempetarura
ºC
Minutos
Brucelal sp 65,5 0,1-0,2
Salmonella sp 65,5 0,02-0,25
Staphylococcus aureus 65,5 0,2-2,0
Leveduras, bolores e bactérias
deteriorantes
65,5 0,5-30
deteriorantes
Esporos de mesófilos aeróbios
Bacillus cereus 100 5,0
Esporos de mesófilos anaeróbios
Clostridium perfingens 100 0,3-20,0
Clostridium Botulinum
Tipo A e B proteolíticos 100 50,0
Tipo B, E e F, não proteolíticos 80 1
Esporos de termófilos aeróbios
Bacillus coagulans 120 0,1
Bacillus stearothermophilus 120 4,0-5,0
Baixas temperaturas:
• inibem o metabolismo dos microorganismos
patogênicos.
Temperatura
• sem efeito letal, processo bacteriostático.
• microrganimos que se multiplicam em
temperatura de refrigeração: Clostridium, Vibrio
cholerae, Salmonella, Bacillus cereus
• UR eq = umidade relativa de equilíbrio do
ambiente.
Umidade Relativa
• UR > Aa - absorção de água
• UR< Aa - perda de água
A composição gasosa de um ambiente influência os
tipos de microorganismos que irão predominar.
Composição Gasosa
Atmosfera modificada
• CO2
• Nitrogênio
• Vácuo
Conservação:
- por calor
- por frio
- por retirada da umidade
- por retirada da umidade
- por fermentação
- por salga
- irradiação
Processamento por CALOR
Principais vantagens:
• Efeitos desejáveis na qualidade sensorial
• Efeito na conservação
Outras vantagens:
• Controle simples de processo
• Aumento da vida de prateleira
• Destruição de fatores antinutricionais (Ex. inibidores de
tripsina em leguminosas)
• Aumento da disponibilidade nutrientes (Ex. proteínas,
gelatinização do amido, ...)
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água
- Branqueamento
- Pasteurização
- Esterilização
- Esterilização
2) Ar quente
- Forneamento e assamento
3) Óleo quente
- Fritura
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água
Branqueamento
“Alimento é aquecido rapidamente, mantido
“Alimento é aquecido rapidamente, mantido
por um tempo e rapidamente resfriado à
temperaturas próximas à ambiente”.
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água : Branqueamento
Função: inativar enzima em hortaliças e frutas
Objetivo: evitar alterações indesejáveis – sensorial e
nutricional
- Reduz o nº de microrganismos
- Reduz o nº de microrganismos
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água
Branqueamento : vapor ou banho de água quente
- VAPOR: menor perda de componentes solúveis m
água
água
- ÁGUA: menor custo e maior eficiência
* Alterações nutricionais e sensoriais – tempo/temperatura e
tipo de alimento
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água
Pasteurização
Louis Pasteur 1864: alimentos e bebidas acima de 60°C
-(binômio tempo x temperatura) e resfriamento – evitava
“Tratamento térmico relativamente brando, no
qual o alimento é aquecido a temperaturas
menores que 100ºC.”
-(binômio tempo x temperatura) e resfriamento – evitava
deterioração e reduzia o número de microorganismos
presentes
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água: Pasteurização
Função: aumentar vida de prateleira – redução de
microrganismos deteriorantes e patogênicos
e inativação de enzimas
e inativação de enzimas
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água: Pasteurização
Alimento Objetivo Condições
pH < 4,5
Suco de Fruta
1º IE
2º MO
65ºC – 30 min.
77ºC – 1 min.
88ºC – 15s.
Cerveja 1º MO 65ºC a 68ºC – 20 min.
(garrafa)
pH > 4,5
Leite
1º Patógenos
2º MO e IE
63ºC – 30 min.
71,5ºC – 15s.
Ovo Líquido 1º Patógenos
2º MO
64,4ºC – 2,5min.
60ºC – 3,5 min.
Sorvete 1º Patógenos
2º MO
65ºC – 30 min.
71ºC – 10 min.
Tipos
- HTST (temperatura elevada, tempo curto) 72º C/15s
- LTLT (baixa temperatura, longo tempo) 62º C/30 min.
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água: Pasteurização
- LTLT (baixa temperatura, longo tempo) 62º C/30 min.
Alimentos
- Alterações sensoriais
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água:
Esterilização
“ Alimento aquecido a temperatura alta por um
“ Alimento aquecido a temperatura alta por um
tempo para destruir atividade microbiana e
enzimática”
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água:
Esterilização
• Prazo de validade maior
• Alterações nas propriedades dos alimentos
• Alterações nas propriedades dos alimentos
- No recipiente
- UHT
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água:
Esterilização – No recipiente
Tratamento térmico em recipientes hermeticamente
fechados (sem ar)
fechados (sem ar)
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- pH do alimento
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Processamento por CALOR
1) Vapor ou água: Esterilização – No recipiente
Fatores que afetam o processo:
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- pH do produto
- pH do produto
- Velocidade de penetração do calor da periferia até o
centro do vasilhame
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Processamento por CALOR
1) Vapor ou água: Esterilização – No recipiente
AUTOCLAVAGEM - meio de aquecimento
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água:
UHT (Ultra High Temperature) – processo asséptico
“Processamento com temperaturas mais altas
antes do produto ser envasado em um
antes do produto ser envasado em um
ambiente estéril em embalagens
previamente esterilizadas”
- Alimentos líquido: leite, suco, creme, iogurte,
molho, ovos,...
Processamento por CALOR
1) Vapor ou água:
UHT (Ultra High Temperature) – processo asséptico
Vantagem: vida de prateleira grande sem refrigeração
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estéreis e manutenção do ar)
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1) Vapor ou água:
UHT (Ultra High Temperature) – processo asséptico
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1) Vapor ou água:
UHT (Ultra High Temperature) – processo asséptico
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Processamento por CALOR
1) Vapor ou água:
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nutriente
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tiamina, piridoxina e de 50% de riboflavina.
nutriente tiamina, piridoxina e de 50% de riboflavina.
Proteínas Interação da beta-lactoglobulina com a
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livres e açúcares
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enzimático.
Enzimas Inativação de enzimas
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1) Vapor ou água – Importante
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bactericida mais potente do que o
bactericida mais potente do que o
calor seco
- A combinação tempo temperatura
(↑
↑
↑
↑ temperatura = ↓
↓
↓
↓ tempo)
Processamento por CALOR
2) Ar quente
Forneamento: aplicado à alimentos à base de farinha
ou frutas
Assamento: aplicado à carnes, nozes, hotaliças
Objetivos:
1º - Alterar qualidade sensorial
2º - Conservação: MO e Aw
Processamento por CALOR
2) Ar quente
Forneamento e Assamento: efeito nos alimentos
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caramelização, oxidação de ácidos graxos, ...
caramelização, oxidação de ácidos graxos, ...
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C, tiamina)
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3) Óleo quente
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Objetivos:
1º - Alterar qualidade sensorial (formação de crosta)
1º - Alterar qualidade sensorial (formação de crosta)
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Imersão – pastel, salgadinhos, ...
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Alterações nos alimentos

  • 1. Alterações nos Alimentos Deterioração DISCIPLINA: Tecnologia de Alimentos Profª. Ms. Erica L. F. Monaro
  • 2. Alterações nos Alimentos - Mudanças que tornam os alimentos indesejáveis ou inadequados à sua ingestão Características organolépticas Características organolépticas (sensoriais) Composição química Estado físico Estado de sanidade Valor nutritivo ALIMENTOS
  • 3. Alterações nos Alimentos Agentes desencadeantes..... Presença de microrganismos Deterioração Reações químicas Presença de microrganismos Presença e atividade de enzimas Ações de origem química Ações de origem física Reações químicas (não enzimáticas) Reações enzimáticas Crescimento microbiano
  • 4. Deterioração Aproximadamente 40% da Aproximadamente 40% da produção agrícola brasileira é perdida
  • 5. -Deterioração Enzimas: Próprio produtos ou microrganismos Cor, sabor e textura Ex. Ação catatílica de proteinases – sabor amargo Enzimas pectolíticas – textura de vegetais amolecida Rancidez hidrolítica Escurecimento enzimático
  • 6. -Deterioração Química: Umidade, calor, luz e oxigênio Componentes da embalagem (lata) Ex. Rancidez oxidativa Escurecimento não enzimático
  • 7. -Deterioração Microrganismos: Alterações características organolépticas Alterações características organolépticas Toxinas de alta periculosidade
  • 8. Deterioração: Microrganismos (MO) Microbiologia de alimentos Alimento Substrato para MO Deterioração Infecção Benéficos
  • 9. Deterioração: Microrganismos (MO) Microbiologia de alimentos Nº e proporção MO Qualidade do substrato Contaminação posterior Agentes bactericidas, aditivos... Agentes bactericidas, aditivos... Reguladores crescimento Valos nutritivo; Temperatura; pH Umidade; Potencial óxido-redução Substâncias inibidoras Presença e conc. de gases
  • 10. • Solo • Homem Formas de Contaminação Microbiologia de alimentos • Homem • Utensílios • Equipamentos • Adição intencional
  • 11. Fatores intrínsecos (Alimentos) Atividade de água Autóctones – naturalmente presentes Microbiologia de alimentos pH Fatores antimicrobianos Potencial de óxido-redução
  • 12. Fatores extrínsecos (ambiente) Temperatura Autóctones – naturalmente presentes Microbiologia de alimentos Temperatura Umidade relativa do ar Composição química da atmosfera
  • 13. • Água combinada • Água livre (usada pelo microrganismo) – Atividade de água (Aw ou Aa) = pressão relativa de vapor Atividade de Água vapor Po P Aw = P = pressão de vapor do alimento Po = pressão de vapor da água pura na mesma temperatura
  • 14. • Redução da atividade de água no alimento: - Adição de soluto: sal ,açúcar, glicerol - Remoção da água: desidratação, liofilização Atividade de Água - Remoção da água: desidratação, liofilização Os microrganismos apresentam Aa: MÍNIMA, ÓTIMA e MÁXIMA.
  • 15. 0 < Aw < 1,0 • Aw bactéria > Aw levedura > Aw fungo Atividade de Água • Aw bactéria > Aw levedura > Aw fungo • Aw 0,6 é o valor mínimo para multiplicação de qualquer microrganismo IMPORTANTE: a atividade de água, temperatura e a disponibilidade de nutrientes são interdependentes.
  • 16. Atividade de Água Grupo Aw Bactérias deterioradoras 0,9 Leveduras 0,88 Leveduras deterioradoras 0,88 Bolores 0,8 Bactérias halofílicas 0,75 Bolores xerofílicos 0,65 Leveduras osmofílicas 0,61
  • 17. Atividade de Água Alimento Aw • Frutas frescas e vegetais > 0,97 • Aves e pescado frescos > 0,98 • Carnes frescas > 0,95 • Ovos 0,97 • Ovos 0,97 • Pão 0,95 a 0,96 • Queijos (maioria) 0,91 a 0,99 • Queijo parmesão 0,68 a 0,76 • Geléia 0,75 a 0,80 • Frutas secas 0,51 a 0,89 • Cereais 0,10 a 0,20
  • 18. • Efeito da Aw nas alterações nos alimentos (Fellows, P.J., 2006)
  • 19. • Os microrganismos apresentam valores de pH mínimo, ótimo e máximo para multiplicação. pH • A maioria dos microrganismos cresce melhor em pH próximo da neutralidade (6,5 a 7,5).
  • 20. • Bactérias: 6,0 – 7,0 pH • Leveduras fermentativas: 4,0 – 4,5 • Fungos: 2,0 – 8,5
  • 21. • Alteração da atividade das enzimas responsáveis pelas atividades vitais da célula; pH • Proteínas apresentam um pH ótimo; • Variação na velocidade de crescimento.
  • 22. Alimento pH carne 5,5 – 6,2 frango 6,2 – 6,4 Carnéos e pescados peixe 6,6 – 6,8 leite 6,3 – 6,5 Laticínios queijo 4,9- 5,9 maçã 2,9 – 3,3 banana 4,5 – 4,7 laranja 3,6 – 4,3 Frutas laranja 3,6 – 4,3 uva 3,4 –4,5 milho 7,3 alface 6,0 espinafre 5,5 - 6,0 cenoura 4,9 –6,0 tomate 4,2 – 4,3 Vegetais Feijão 4,6 – 6,5 ovos clara de ovo 9 -10
  • 23. CRESCIMENTO DE ALGUNS MICRORGANISMOS Microrganismos pH ótimo pH máximo pH mínimo Bactérias (maioria) 6,5 A 7,5 9,0 4,5 (maioria) Leveduras 4 A 6,5 8,0 A 9,0 1,5 A 3,5 Bolores 4,5 A 7,0 8,0 A 11,0 1,5 A 3,5
  • 24. Classificação dos alim entos segudo o PH Baixa acidez - pH > 4,5 M ais sujeito ao crescim ento (patogênico e deteriorante) Á cidos - pH entre 4,0 e Predom inância do crescim ento de bolores e leveduras (poucas bactérias – lácticas e entre 4,0 e 4,5 (poucas bactérias – lácticas e bacilos) M uito ácidos - pH < 4,0 Crescim ento de bolores e leveduras
  • 26. Artificiais (extrínsecos) • Benzoatos • Ácido sórbico Fatores Inibidores • Ácido sórbico • SO2 e derivados • Nitritos e nitratos • Antibióticos
  • 27. Fatores Antimicrobianos Naturais Alimento Substância cravo, canela eugenol alho alicina alho alicina canela aldeído cinâmico orégano timol e isotimol clara de ovo lisozima leite lactoferrina leite lactoperoxidase- tiocianato e H2O2
  • 28. Fatores Antimicrobianos Produzidas por microrganismos Substância Microrganismo ácido propiônico bactéria propiônica ácido lático bactéria lática ácido lático bactéria lática álcool levedura antibiótico bolores bacteriocinas vários, especialmente bactérias gram positivas água oxigenada estreptococos e lactobacilos
  • 29. · Psicrotrófico: 0 – 7 º C · Psicrófilo: 10 –15 º C · Mesófilo: 25 – 45 º C (maioria das espécies Temperatura · Mesófilo: 25 – 45 º C (maioria das espécies patogênicas) ·Termófilo: 45 – 65 º C (Bacillus e Clostridium)
  • 30. Temperatura Psicrotróficos Exemplos: o Pseudomonas, Alcaligenes, Flavobacterium, Micrococcus. Mesófilos a maioria das espécies maior parte dos patógenos Termófilos Termófilos Exemplo: algumas espécies de Bacillus e Clostridium Bolores faixa ampla de temperatura crescem em temperatura de refrigeração Leveduras crescem na temperatura de psicrotróficos e mesófilos
  • 31. Temperatura Resistência dos fungos, bactérias e esporos bacteriaos ao calor Microorganismo Tempetarura ºC Minutos Brucelal sp 65,5 0,1-0,2 Salmonella sp 65,5 0,02-0,25 Staphylococcus aureus 65,5 0,2-2,0 Leveduras, bolores e bactérias deteriorantes 65,5 0,5-30 deteriorantes Esporos de mesófilos aeróbios Bacillus cereus 100 5,0 Esporos de mesófilos anaeróbios Clostridium perfingens 100 0,3-20,0 Clostridium Botulinum Tipo A e B proteolíticos 100 50,0 Tipo B, E e F, não proteolíticos 80 1 Esporos de termófilos aeróbios Bacillus coagulans 120 0,1 Bacillus stearothermophilus 120 4,0-5,0
  • 32. Baixas temperaturas: • inibem o metabolismo dos microorganismos patogênicos. Temperatura • sem efeito letal, processo bacteriostático. • microrganimos que se multiplicam em temperatura de refrigeração: Clostridium, Vibrio cholerae, Salmonella, Bacillus cereus
  • 33. • UR eq = umidade relativa de equilíbrio do ambiente. Umidade Relativa • UR > Aa - absorção de água • UR< Aa - perda de água
  • 34. A composição gasosa de um ambiente influência os tipos de microorganismos que irão predominar. Composição Gasosa Atmosfera modificada • CO2 • Nitrogênio • Vácuo
  • 35.
  • 36.
  • 37. Conservação: - por calor - por frio - por retirada da umidade - por retirada da umidade - por fermentação - por salga - irradiação
  • 38. Processamento por CALOR Principais vantagens: • Efeitos desejáveis na qualidade sensorial • Efeito na conservação Outras vantagens: • Controle simples de processo • Aumento da vida de prateleira • Destruição de fatores antinutricionais (Ex. inibidores de tripsina em leguminosas) • Aumento da disponibilidade nutrientes (Ex. proteínas, gelatinização do amido, ...)
  • 39. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água - Branqueamento - Pasteurização - Esterilização - Esterilização 2) Ar quente - Forneamento e assamento 3) Óleo quente - Fritura
  • 40. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água Branqueamento “Alimento é aquecido rapidamente, mantido “Alimento é aquecido rapidamente, mantido por um tempo e rapidamente resfriado à temperaturas próximas à ambiente”.
  • 41. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água : Branqueamento Função: inativar enzima em hortaliças e frutas Objetivo: evitar alterações indesejáveis – sensorial e nutricional - Reduz o nº de microrganismos - Reduz o nº de microrganismos
  • 42. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água Branqueamento : vapor ou banho de água quente - VAPOR: menor perda de componentes solúveis m água água - ÁGUA: menor custo e maior eficiência * Alterações nutricionais e sensoriais – tempo/temperatura e tipo de alimento
  • 43.
  • 44. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água Pasteurização Louis Pasteur 1864: alimentos e bebidas acima de 60°C -(binômio tempo x temperatura) e resfriamento – evitava “Tratamento térmico relativamente brando, no qual o alimento é aquecido a temperaturas menores que 100ºC.” -(binômio tempo x temperatura) e resfriamento – evitava deterioração e reduzia o número de microorganismos presentes
  • 45. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: Pasteurização Função: aumentar vida de prateleira – redução de microrganismos deteriorantes e patogênicos e inativação de enzimas e inativação de enzimas
  • 46. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: Pasteurização Alimento Objetivo Condições pH < 4,5 Suco de Fruta 1º IE 2º MO 65ºC – 30 min. 77ºC – 1 min. 88ºC – 15s. Cerveja 1º MO 65ºC a 68ºC – 20 min. (garrafa) pH > 4,5 Leite 1º Patógenos 2º MO e IE 63ºC – 30 min. 71,5ºC – 15s. Ovo Líquido 1º Patógenos 2º MO 64,4ºC – 2,5min. 60ºC – 3,5 min. Sorvete 1º Patógenos 2º MO 65ºC – 30 min. 71ºC – 10 min.
  • 47. Tipos - HTST (temperatura elevada, tempo curto) 72º C/15s - LTLT (baixa temperatura, longo tempo) 62º C/30 min. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: Pasteurização - LTLT (baixa temperatura, longo tempo) 62º C/30 min. Alimentos - Alterações sensoriais
  • 48.
  • 49. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: Esterilização “ Alimento aquecido a temperatura alta por um “ Alimento aquecido a temperatura alta por um tempo para destruir atividade microbiana e enzimática”
  • 50. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: Esterilização • Prazo de validade maior • Alterações nas propriedades dos alimentos • Alterações nas propriedades dos alimentos - No recipiente - UHT
  • 51. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: Esterilização – No recipiente Tratamento térmico em recipientes hermeticamente fechados (sem ar) fechados (sem ar) Tempo: - Resistência ao calor pelo MO ou E - pH do alimento - Tamanho do recipiente - Estado físico do alimento
  • 52. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: Esterilização – No recipiente Fatores que afetam o processo: - Qualidade e quantidade de microrganismos - pH do produto - pH do produto - Velocidade de penetração do calor da periferia até o centro do vasilhame LATAS, VIDROS, ALGUNS TIPOS DE PLÁSTICOS, ALUMÍNIO
  • 53. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: Esterilização – No recipiente AUTOCLAVAGEM - meio de aquecimento
  • 54. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: UHT (Ultra High Temperature) – processo asséptico “Processamento com temperaturas mais altas antes do produto ser envasado em um antes do produto ser envasado em um ambiente estéril em embalagens previamente esterilizadas” - Alimentos líquido: leite, suco, creme, iogurte, molho, ovos,...
  • 55. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: UHT (Ultra High Temperature) – processo asséptico Vantagem: vida de prateleira grande sem refrigeração Limitações: alto custo e complexidade da planta (embalagem, tubulação, tanques e superfície estéreis e manutenção do ar)
  • 56. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: UHT (Ultra High Temperature) – processo asséptico - 135ºC a 150ºC por 1 a 2 segundo
  • 57.
  • 58. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: UHT (Ultra High Temperature) – processo asséptico Efeito nos alimentos: - Cor: tom menos intenso - Cor: tom menos intenso - Sabor e aroma - Textura - Nutricional - perda de lisina, tiamina, vita. C, ...
  • 59. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água: UHT (Ultra High Temperature) – processo asséptico No leite.... Perdas de nutriente Perdas de 10% de vitaminas A, C , D, tiamina, piridoxina e de 50% de riboflavina. nutriente tiamina, piridoxina e de 50% de riboflavina. Proteínas Interação da beta-lactoglobulina com a caseína produzindo aumento de viscosidade. Aminoácidos livres e açúcares Reação de Maillard – escurecimento não enzimático. Enzimas Inativação de enzimas
  • 60. Processamento por CALOR 1) Vapor ou água – Importante - O calor úmido é um agente bactericida mais potente do que o bactericida mais potente do que o calor seco - A combinação tempo temperatura (↑ ↑ ↑ ↑ temperatura = ↓ ↓ ↓ ↓ tempo)
  • 61. Processamento por CALOR 2) Ar quente Forneamento: aplicado à alimentos à base de farinha ou frutas Assamento: aplicado à carnes, nozes, hotaliças Objetivos: 1º - Alterar qualidade sensorial 2º - Conservação: MO e Aw
  • 62. Processamento por CALOR 2) Ar quente Forneamento e Assamento: efeito nos alimentos Textura – formação de crosta Sabor, aroma e cor – reação de Maillard, caramelização, oxidação de ácidos graxos, ... caramelização, oxidação de ácidos graxos, ... Valor nutricional – depende da composição (vitamina C, tiamina)
  • 63. Processamento por CALOR 3) Óleo quente Fritura: alimento colocado em óleo quente (180 – 200ºC) Objetivos: 1º - Alterar qualidade sensorial (formação de crosta) 1º - Alterar qualidade sensorial (formação de crosta) 2º - Conservação: MO e Aw Validade – determinada pelo teor de umidade após fritura
  • 64. Processamento por CALOR 2) Óleo quente – Fritura Superficial – bacon, ovo, hambúrguer Imersão – pastel, salgadinhos, ... Imersão – pastel, salgadinhos, ...
  • 65. Processamento por CALOR 3) Óleo quente – Fritura Altas temperaturas + umidade + oxigênio Oxidação do óleo Oxidação do óleo Sabor e aroma desagradável= produtos de degradação
  • 66. Processamento por CALOR 3) Óleo quente – Fritura Secagem, processamento e aumento vida de prateleira