O documento discute os desafios da educação na era digital, incluindo como as tecnologias digitais transformaram a aprendizagem e a necessidade de acompanhar essas mudanças. As tecnologias digitais podem melhorar o ensino, mas também apresentam riscos como acesso a informações não confiáveis e redução do hábito de ler. É importante considerar tanto os benefícios quanto os obstáculos das tecnologias digitais e usá-las para apoiar o aprendizado, não substituí-lo.
1. Docente: Uilza Clemânci Alves dos Santos
Discente: Joel Elias dos Santos
Conteúdo: Comunicação e Linguagem
Turma: 1º Período
Curso: Bacharelado em Música
Desafios da educação na era digital
Nas últimas décadas a tecnologia digital possibilitou inúmeros avanços à
humanidade construindo uma nova realidade que transformou o nosso
cotidiano. Nesse mundo cada vez mais globalizado, começamos a deixar de
lado costumes como consultar uma enciclopédia no formato físico, para realizar
pesquisa na internet. A forma como tomamos conhecimento dos
acontecimentos que ocorrem no planeta também mudou. Agora as notícias são
postadas em tempo real em sites, portais e blogs. Essas transformações
também causaram impactos no ensino, com a possibilidade de uso de novas
ferramentas no auxílio ao processo ensino/aprendizagem.
Essa transformação que a era digital impôs às escolas aponta para a
necessidade da educação acompanhar as mudanças, não só para atender a
nova demanda, mas também a pressão que as escolas passaram a receber
para implementar ferramentas tecnológicas no auxílio ao ensino. E por ser uma
situação que apresenta novos desafios, ponderar as vantagens e
desvantagens que esse processo traz, passa a ser uma necessidade para que
não se tenha uma educação estagnada, ancorada no passado, mas sim, um
ensino que vislumbrando o futuro num mundo cada vez mais tecnológico.
Diante do exposto, é plausível afirmar que a vivência com as tecnologias
digitais nas escolas, sem dúvida, contribui para que os alunos tenham uma
melhora significativa na qualidade de ensino. Esse processo, que deve ser
contínuo, tende também oportunizar uma melhor interação entre professores e
alunos, levando-se em consideração que na era da internet tanto docentes
quanto discentes, têm a seu dispor na internet uma fonte inesgotável de
conhecimento que pode ser usada para impelir o aprendizado.
2. Porém, por outro lado, também não se pode negar, que o uso de
tecnologias digitais em sala de aula apresenta, além de benéficos ao processo
ensino/aprendizagem, alguns obstáculos. Um deles é diminuir o interesse de
costumes milenares como o hábito de ler e escrever da forma tradicional,
tornando este um processo mais volátil, menos consistente no dia a dia,
empobrecendo a prática cognitiva. A possibilidade de acesso a informações
não confiáveis e com superficialidade de conteúdo é outro risco iminente, se
nenhum filtro for adotado pelo professor — e até pelos pais dos alunos —
quando da realização das pesquisas online. Essas são algumas das
desvantagens que podemos observar dentro desse processo evolutivo por que
passa hoje a educação.
Dessa feita, o desembarque de tecnologias digitais nas salas de aulas
torna imprescindível o avanço do debate diante da necessidade de inovação
educacional que o mundo moderno exige. E nesse contexto, é importante
pontuar que a incorporação de tecnologias digitais nas escolas, por si só, não
trarão o efeito esperado, que é a mudança para melhor no cenário da
educação brasileira. Para que o impacto positivo na educação ocorra, essa
nova demanda tem que ser trabalhada para dialogar com uma educação
comprometida com o ensino, e inclusiva socialmente, atuando como suporte ao
ensino/aprendizagem, e não como substituto desse processo.
Referências:
Alves, L. R. G. Nativos Digitais: Games, Comunidades e Aprendizagens. In:
U. C. de Moraes (Eds.). Tecnologia Educacional e Aprendizagem: O Uso dos
Recursos Digitais (pp. 233-251). São Paulo: Livro Pronto.
BATISTA, João. O Uuso das Tecnologias da Comunicação no Ensino Superior.
2011. 245 p. Tese (Doutoramento em Informação e Comunicação em Plataformas
Digitais) – Universidade de Aveiro, Aveiro, 2011.
Santos, B. S., & Radtke, M. L. Inclusão Digital: Reflexões Sobre a
Formação Docente. In: N. M. C. Pellanda; E. T. M. Schlünzen & K.
Schlünzen, Jr. (Eds.), Inclusão Digital: Tecendo Redes Afetivas/Cognitivas
(pp. 327-343). Rio de Janeiro: DP&A.