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PRIMEIRA PAUTAJornal Laboratório do Curso de Comunicação Social do IELUSC - Ano 3 - No
21 - Junho de 2002
Canonização da Madre Paulina é explorada pelos comerciantes de Nova Trento
Bom Jesus/Ielusc é
palco de teatro
Santa brasileira fomenta a fé e o comércio
A Canonização de Madre
Paulina marcou um novo tempo para
Santa Catarina. O Estado ficou mais
feminino com a inclusão deste nome
marcante na sua história. A começar
pela denominação desse território
cravado na região Sul do País até a
heroína Anita Garibaldi. O dia 19 de
maio de 2002 ficou marcado como
um novo acontecimento envolvendo
uma mulher. A religião católica, a
maior do Brasil, com 73% da
população, ganha a sua primeira
santa. Agora, a madre passa a se
chamar Santa Paulina do Coração
Agonizante de Jesus.
Os católicos se voltaram para
Santa Catarina por causa dessa
mulher. Mulher italiana, brasileira e
catarinense. No entanto o episódio
da canonização também foi marca-
do pelo oportunismo comercial. A fé
que arrasta multidões também move
o dinheiro e a ganância. A pacata
cidade de Nova Trento, onde fica o
santuário da santa, sofrerá
mudanças radicais. Fiéis e vendedo-
res ambulantes terão que conviver
em harmonia. Em nome da fé e do
dinheiro.(Págs.08 e 09)
Durante a peça “Acordes, uma canção”, per-
sonagens procuram seu par perfeito.(Pág.12)
Esporte
Embora seja esporte amador, o tênis de
mesa traz vários títulos a Joinville. (Pág.16)
Geral
Congresso Nacional aprova lei permitindo a
destruição de discos pirateados. (Pág.05)
Polícia
Andar a cavalo não é só lazer. Policiais de
Joinville usam o animal para fazer rondas.
(Pág. 06)
Política
Câmara de Vereadores realiza sessão no
Jardim Edilene. (Pág.10)
Saúde
Pequenos cuidados com a voz previnem
doenças. (Pág. 11)
Se você quer casar e ainda
não escolheu o lugar, o Pri-
meira Pauta dá algumas su-
gestões de lugares exóticos.
No Taiti, a procura por casamentos à
beira-mar tem crescido nos últimos tem-
pos. (Pág. 14)
Primeira Pauta Junho de 2002
A partir de 20 de maio, a Prefeitura Municipal de
Joinville adotou um novo horário de atendimento aos
contribuintes. O prefeito Marco Tebaldi (PSDB) foi justo
ao atender os anseios de seus munícipes. Essa mudança,
para melhor, não aconteceu em Blumenau. Lá, onde o go-
verno é do Partido dos Trabalhadores (PT), o prefeito de-
terminou atendimento das 7h às 13h sob a desculpa de con-
tenção de gastos.
Aliás, essa desculpa jamais foi aceita pelos petistas
joinvilenses. O estranho é que o horário sempre foi polêmica
em Joinville. Já o de Blumenau, não sei porque motivo, só
é polêmica no Diário Catarinense e, ainda, resultado de
uma matéria bem pequenininha e bem escondidinha.
Aqui, petistas de plantão vivem agredindo o governo
municipal sobre os gastos com propaganda. Eu quero ver
os petistas falarem da cor-de-rosa Marta Suplicy. Ela, re-
centemente, aumentou os gastos com propaganda, numa
cidade que tem altos índices de criminalidade, falta de sa-
neamento e outros.
Também é o PT quem fica indignado com os partidos
pequenos por, supostamente, ferirem sua ideologia ao se
coligarem, em Joinville, com o PMDB (Partido do
Movimento Democrático Brasileiro) na eleição para
prefeito, em 2000. Mas por que os petistas não esclarecem
à nação a coligação ao governo de Curitiba, em 1998,
formada por PFL e PT? Ou a coligação entre PT e PSDB
no Acre?
As controvérsias entre falar e fazer continuam. A mais
recente, que eu classifico como polêmica, foi a eleição de
uma associação de moradores, também em Joinville. Ha-
via três chapas. Uma concorrendo à reeleição, a outra era,
na sua grande maioria, formada por militantes petistas e
foi a vencedora. Você quer saber como eles ganharam? Eu
conto. Os integrantes da chapa iam com seus carros nas
casas dos moradores e levavá-os ao local de votação. Tudo
muito gentilmente, é claro!
E eles se acham no direito de falar dos partidos alheios.
Não concordo com a compra de votos. De forma alguma.
Mas se o discurso é todo em prol da moral e dos costumes é
preciso, primeiro, verificar se a prática condiz com a
realidade. De políticos falantes, cheios de promessas a
cumprir, o país já está cheio. Certamente, o país não precisa
que o PT aplique, na prática, o dito popular: ‘faça o que
eu digo, mas não faça o que eu faço’.
Enfim, como diria meu pai, o PT é bom como
oposição. Mas eu ainda tenho esperança, em, daqui há uns
dois anos, talvez, escrever novamente, e quem sabe neste
mesmo espaço para dizer: ‘Feliz o Brasil, que tem um pre-
sidente como o Lula’. Isso se ele também não seguir a onda
daqueles que falam, falam, falam e nada fazem.
Democracia, honestidade e
gasto do dinheiro
público, só para os outros!
Editorial Carta ao Leitor
Expediente
(Eunice Venturi)(Luciana Karine Soares)
Alunos do Curso de Comunicação
Social - Jornalismo - 5º Semestre
Disciplina de Técnica em Periódico I
Adriana Caroliny Silvy
Polícia
Adriano Borges de Oliveira
Variedades
Cristiane Aparecida Kamarowski
Variedades
Edelamar Negherbon
Saúde
Elaine Cristina Dias da Costa
Cultura
Eunice Venturi
Editora
Flavia Maria Moreira
Política
Francisco Carlos Farias
Geral
Glaene Vargas
Saúde
Igor Ristow Wippel Schlenburg
Esporte
Juliana Batista
Cultura
Karla de Assis Pereira
Cidade
Keltryn Wendland
Cidade
Kleyton Clemente
Política
Luciana Karine Soares
Editora
Marco Aurélio Braga Rodrigues
Estadol
Maria Avelina Araújo Selbach
Polícia
Marino Angelino Braga Júnior
Esporte
Mauricio Rodrigo de Oliveira
Polícia
Paulo Romão de Moraes
Geral
Renni Alberto Schoenberger
Turismo
Roselete de Oliveira
Cidade
Simone Isabel Klein
Turismo
Vanessa Schiochet
Diagramadora
Mariangela Torrescasana
Professora de Técnica em Periódico
Edelherto Behs
Coordenador do Curso de Jornalismo
Colaboração
Adilson Luiz Girardi e Juciano Lacerda
A cidade de Nova Trento madrugou no domingo, 12
de maio, dia da santificação de Madre Paulina. Os fiéis
choraram, festejaram a mais nova santa da Igreja Católica e
primeira santa brasileira: Paulina. Mais de 2500 brasileiros
estavam em Roma, na praça São Pedro, assistindo a missa
em que papa João Paulo II tornou santa a madre brasileira.
Isso é motivo de honra ao país. Estavam presentes,
em lugar de destaque, autoridades brasileiras, entre as quais
Fernando Henrique Cardoso, acompanhado da primeira dama
Ruth Cardoso, e os governadores de Santa Catarina,
EsperidiãoAmim e de São Paulo, GeraldoAlckmin. Os dois
representavam os Estados onde a madre viveu e trabalhou
para os pobres em seu postulado de amor e devoção.
A santa é um mito para os católicos. Muitos crêem
que ela trará paz e desenvolvimento ao Brasil. Acreditam,
agora, em um mundo melhor para os brasileiros, com uma
representante junto a Deus, oficialmente designada pelo papa.
Os fiéis fazem romaria até os santuários construídos em
sua homenagem, compram santinhos e rezam fervorosos à
santa Paulina, pela realização de milagres.
Apesar da esperança revelada por esse povo, é preci-
so ter presente que nenhum santo irá resolver problemas
de desemprego, assaltos, assassinatos, e tantos outros
freqüentes em nosso país. Para problemas desse tipo, é
necessário o empenho de um governo. Não basta rezar,
não basta ter um santo brasileiro ou fazer promessas. É
preciso trabalhar, pôr a mão na massa e agir com o intuito
de diminuir todos os índices que maculam a imagem do
nosso país.
Não esqueçam, católicos, de unirem-se ao restante
da população na luta por um país melhor. Rendam graças
pela conquista, mas não esqueçam: a realidade não depende
da vontade de quem já foi, mas de quem está aqui. Então,
lutem pelo mundo justo que querem!
Foi bela a missa celebrada no Vaticano pelo cansado
papa. Mas voltem, hoje, ao mundo real e lembrem-se que a
oração não acalmará os maus, eliminará a fome, pacificará
os povos e terminará com as diferenças sociais. É preciso
consciência, atitudes de cidadão que paga seus tributos e
merece respeito.Alguém que vota e é filho deste solo “ama-
do, idolatrado, salve, salve”.
ÉprecisoqueoExcelentíssimoSenhorPresidenteda
República aja com firmeza “pelo povo e para o povo”. Su-
pere todos os empecilhos em busca de um país mais
humano.SantaPaulinaviveuparaospobresepelospobres,
levando uma vida dedicada a mantê-los protegidos e
amparados em nome de Deus e de Jesus. Cobremos do
governo e das autoridades amparo e proteção através das
leis e recursos que disponibilizamos pagando os impostos.
Que cada brasileiro seja declarado cidadão especial
do Brasil, merecendo ser respeitado e tratado com dignidade.
Salve santa Paulina! Salve o povo brasileiro!
Santa Paulina
abençoa o Brasil
2 Opinião
Primeira Pauta Junho de 2002
O mau estado de conservação de
passeios e vias impede o deslocamento se-
guro de pedestres e ciclistas. Para
cadeirantes ou dependentes de muletas,
essa possibilidade torna-se praticamente
impossível. Buracos, rachaduras, falta de
rampas com a metragem correta causam
problemas à vida dessas pessoas. Em
muitos lugares não há calçada e, quando
existem, muitas não obedecem às nor mas
exigidas pela Fundação Instituto de Pes-
quisa e Planejamento de Joinville.
Segundo o artigo 155 da lei relativa
a passeios na cidade, compete ao proprie-
tário, ou seu ocupante, a execução e con-
servação de passeios.ACompanhia de De-
senvolvimento e Urbanização de Joinville
(CONURB) é responsável pela fiscaliza-
ção de vias e calçadas. Conforme Gelindo
Fuchter, fiscal municipal do órgão, um pro-
cesso de licitação está em andamento, en-
volvendo comerciantes na construção de
rampas de acesso em troca de espaços
comerciais. O interessado construiria uma
rampa de acesso às calçadas e teria espa-
ço para divulgação no local.
ParaAline Schaidt Bellane, assistente
O deslocamento de portadores de deficiência física é dificultado
pela má conservação de passeios públicos e ruas. Em vários
locais do centro da cidade e dos bairros não há acesso para eles
Falta de estrutura traz problemas a deficientes
Karla de Assis Pereira
KARLA DE ASSIS PEREIRA
social da Associação de Deficientes Físi-
cos de Joinville (Adeji), é necessário
conscientizar a população. Em muitos ca-
sos, as entradas de estabelecimentos
comerciais não propiciam o acesso a
pessoas portadoras de deficiência física.
Não há rampas ou portas com largura sufi-
ciente para a passagem de um cadeirante
ou as rampas de acesso são muito inclina-
das, exigindo a ajuda de outra pessoa.
Os portadores de deficiência física
enfrentam muitas barreiras para sair de
casa, afirma Bellane.Alguns cinemas, nor-
malmente em shoppings, obrigam essas
pessoas a entrarem pela parte de trás, cita
a assistente social. Se um cadeirante quer
ir ao shopping, ele precisa de um acompa-
nhante, pois não tem força para empurrar
sua cadeira em rampas muito inclinadas,
presentes na maioria deles. Os banheiros
públicos não são equipados com barras de
adaptação para apoio.Aline comenta ainda
a impossibilidade de um cadeirante passe-
ar em bairros da cidade, por causa da infra-
estrutura.
Boates e restaurantes também não
possuem adaptações para portadores de de-
ficiência. O transporte coletivo já tem uma
estrutura razoável, segundo Bellane, com
a criação do serviço eficiente. Ônibus têm
adaptações especiais para deficientes físi-
cos e os buscam em casa, porém, somente
pessoas impossibilitadas de ir até um ponto
de ônibus desfrutam dessa condição. Das
frotas de ônibus convencionais 20% de-
veriam ter adaptação para deficientes. Po-
rém, após a criação do Tranporte Eficien-
te, linha que busca o portador de deficiên-
cia na porta de casa e é adaptada às neces-
sidades dessas pessoas, os demais coletivos
com adaptação diminuíram em número.
O professor de squash, Sérgio Dias,
concorda com as dificuldades apontadas
por Bellane. Ele é professor de uma menina
chamada Paola, de 10 anos. Ela é
cadeirante e pratica o esporte há nove
meses. Na opinião do professor, o
preconceito é notado quando os portadores
de deficiência física não têm acesso a
determinados locais.Aconscientização dos
joinvilenses é importante para que eles não
sejam excluídos do convívio por proble-
mas de locomoção.
Denúncias de irregularidades em
passeios ou vias devem ser feitas à
CONURB, localizada na rua XV de
Novembro, nº 1.383, anexo ao Centro
CulturalAntarctica. O telefone é 423-1060.
3 Cidade
Estudantes do Ensi-
no Médio e Superior de
Joinville voltam à luta pelo
passe livre no transporte
coletivo.A reivindicação é
antiga e no último dia 14
de maio, estudantes se reu-
niram com o prefeito Mar-
co Tebaldi (PSDB) para
expor suas dificuldades.
Estiveram presentes em
frente a prefeitura de
Joinville aproximadamente
100 estudantes, enquanto
uma comissão negociava
com o prefeito.
O coordenador da
Juventude Revolução,
Evandro Luis Pinto, entre-
gou a Tebaldi uma cópia do
projeto de lei que isenta os
estudantes da tarifa. Se-
Estudantes lutam pelo passe livre em Joinville
gundo ele, o projeto já foi protocolado na
Câmara de Vereadores, mas não existe pre-
visão de que seja votado.
A reivindicação apresenta pesquisa
realizada no ano passado, que revela que
60% dos jovens param de estudar por cau-
sa do custo dos transportes, que chega a
R$ 1,20 antecipada e R$1,30 embarcada.
O prefeito prometeu analisar a proposta,
mas lembrou que a implantação do siste-
ma integrado diminui em 50% os gastos
na maioria dos casos.
Outro ponto que merece análise, se-
gundo o prefeito refere-se à liberação do
passe para estudantes pode gerar uma des-
pesa para o município sem estabelecer uma
fonte de receita destinada a custeá-la.
A gratuidade já atinge idosos, cartei-
ros, bombeiros, bombeiros-mirins, polici-
ais militares, guardas municipais, fiscais
da Prefeitura, portadores de deficiência e
acompanhantes de portadores de deficiên- (Roselete de Oliveira)
cia. Professores das redes municipal e es-
tadual têm 50% de desconto e estudantes
de 1ª a 8ª série, 20%.Adificuldade da libe-
ração está vinculada ao cálculo do custo
realizado com base no custo em quilôme-
tros rodados. Mesmo assim, o prefeito pro-
meteu estudar a reivindicação e programou
nova reunião com os líderes para o final
do mês.
Segundo Carlos Castro, estudante de
Jornalismo do Bom Jeusus/Ielusc, algumas
cidades já adotaram o passe livre para es-
tudantes, motivo pelo qual o grupo Juven-
tude Revolução luta para implantar tam-
bém em Joinville. Castro ressalta ainda,que
o fato de as duas empresas joinvilenses pa-
trocinarem muitos programas na mídia,
contribui para que não haja divulgação da
luta do movimento estudantil pelo passe
livre nos programas jornalísticos da região.
PENA FILHO
Carlos Castro, um dos
organizadores do movimento
Calçadas na rua Blumenau,
próximo à Benjamin
Constant. As más condições
também se apresentam em
bairros nobres como o
América
Primeira Pauta Junho de 2002
Domício Torres, gerente regional do Ibope, ministra palestra sobre Pesquisas de Opinião envolvendo as áreas de mídia, mercado,
consumo e política. O evento, realizado pelo Bom Jesus/Ielusc, atraiu mais de 300 pessoas.
Você já foi entrevistado pelo Ibope?
Keltryn Wendland
Em certos períodos, como os que
antecedem as eleições, as pesquisas de
opinião ganham maior evidência. Políti-
cos, federações e outras instituições re-
correm a este instrumento para medir a
preferência do eleitorado. Outro setor que
também faz grandes investimentos em
pesquisas para medir a audiência são as
empresas de comunicação, como o rádio
e a televisão. Para falar sobre as
metodologias aplicadas, o que são, e para
que servem as pesquisas de opinião,
Domício Torres, gerente do Ibope em
Santa Catarina e no Rio Grande do Sul,
ministrou palestra, no dia 15 de maio, a
estudantes, publicitários e empresários.
Torres conta que a história do Ibope
coincide com o surgimento das pesqui-
sas no país, quando em 1942, Auricélio
Penteado, dono da Rádio Kosmos, de São
Paulo, decidiu aplicar no Brasil técnicas
de pesquisa aprendidas nos Estados Uni-
dos, com George Gallup. A intenção era
saber qual a audiência de sua emissora.
Auricélio descobriu que a Kosmos era a
última no ranking de audiência do rádio.
Ele largou a rádio e investiu na pesquisa,
fundando o Ibope.
Para garantir a legitimidade das in-
formações e fazer com que a amostra seja
uma cópia fiel do todo, a metodologia apli-
cada pelo Ibope prevê uma margem de
erro de até 4,2 pontos percentuais.
De acordo com Torres, para me-
dir a audiência da televisão, o Ibope faz
pesquisas regulares nas dez principais
capitais brasileiras. Nas outras capitais
e no interior são feitas pesquisas espe-
ciais, de acordo com o interesse dos
meios de comunicações ou agências de
publicidade.
Um dos instrumentos utilizados pelo
Ibope para medir a audiência é o
“peoplemeter”. O aparelho é instalado em
cada televisor da casa do telespectador,
coletando informações sobre que canal
(aberto ou a cabo) está sendo assistido.
Conforme Torres, devido ao alto custo do
aparelho (cerca de 500 dólares), em San-
ta Catarina somente na capital existe este
tipo de tecnologia. Ao todo, são 11
“peoplemeters” em casas catarinenses.
Outro sistema utilizado em São Pau-
lo e no Rio de Janeiro é o “Real Time”,
com transmissão de dados via rádio-
frequência, que permite medir a audiência
domiciliar minuto a minuto. Esse sistema
possibilita visualizar a proporção de apa-
MÁRIO ESPINOSA
4 Cidade
relhos ligados, ou como está a au-
diência em cada uma das emis-
soras e compará-la com as ou-
tras.
Já nas pesquisas eleitorais
são utilizadas diversas técnicas de
apuração num mesmo levanta-
mento. Através de um questioná-
rio, o entrevistado responde a per-
guntas espontâneas, como “em
que candidato você pretende vo-
tar?”, ou a perguntas estimuladas,
através de uma cartela circular
com opções de resposta para o
entrevistado. Nesses mesmos le-
vantamentos pode-se simular o
ato da votação através de urnas e
cédulas semelhantes às oficiais.
Para garantir a legitimida-
de das pesquisas nas eleições
deste ano, o palestrante destaca
a determinação do Tribunal Su-
perior Eleitoral (TSE), de que
essas pesquisas tenham o pré-
vio registro de 10 a 15 dias na
Justiça Eleitoral antes de serem
divulgadas. O desrespeito a esta lei cons-
titui crime eleitoral, sendo punidos os re-
presentantes legais do instituto de pes-
quisa e os do veículo de comunicação
ESPAÇO PARAANÚNCIO
Vem aí...
Dia 18 de outubro, no Bom Jesus/Ielusc
Domício: pesquisas
eleitorais em diversas
técnicas
que divulgarem tais informações. Con-
forme Torres, para os demais tipos de
pesquisa, não existe uma legislação que
proteja o consumidor.
Primeira Pauta Junho de 2002
Congresso Nacional aprovou em abril lei que proíbe a venda de produtos fonográficos pirateados
Legislação permite destruição de discos piratas
Paulo Marttini
Em abril deste ano, o Congresso
Nacional aprovou uma lei permitindo apre-
ensão e destruição de meios fonográficos
pirateados. A venda, que aumenta a cada
dia, deixa de arrecadar impostos aos cofres
públicos. Esses recursos poderiam ser
utilizados para saúde e educação, por
exemplo.
Em Joinville, no centro da cidade,
são mais de 20 vendedores de discos
compactos entre os quais estão lojas de
cosméticos, lingeries e até mesmo cabe-
leireiros. Essa prática ilegal gera uma re-
ceita considerável ao proprietário do esta-
belecimento, pois não há agregação de
impostos. É dinheiro limpo tanto para o
fabricante de discos piratas quanto para o
distribuidor, e mais ainda para o vendedor
a granel.
Uma pesquisa feita no centro da
cidade revela que 30% optam pela com-
pra de discos originais, 50% pelos piratas
e 20% não fazem diferença em suas op-
ções. Segundo o estudanteAdriano de Oli-
veira, “a pirataria de discos é o reflexo do
abuso praticado pelas gravadoras e as
lojas. Não há necessidade de faturarem
tanto”.
O Diário Oficial de 22 de abril
publicou a lei aprovada pelo Congresso
Nacional proibindo a venda de qualquer
produto fonográfico sem autorização da
empresa mantenedora dos direitos auto-
rais. O não cumprimento dessa lei é tido
como crime federal. Apenas cópias
caseiras de discos, fitas e cartuchos es-
tão liberados. Contudo, essas não podem
ser comercializadas de forma alguma,
sendo os proprietários enquadrados na
nova lei.
Marli Avancini, proprietária de uma
das lojas mais conceituadas de Joinville,
reclama que essa velha modalidade de ven-
da clandestina está ficando mais intensa a
cada dia que passa. “Começaram com uma
fitinha aqui, outra ali, e com o baratea-
mento do material virgem. As vendas pu-
laram para o digital e ninguém mais
segurou. Eles não querem saber se estão
ou não dentro da lei. Apenas vendem e
vendem muito”, diz ela.
Outro ponto discutido entre técni-
cos responsáveis pelas gravadoras e
políticos diz respeito à qualidade da
fonografia utilizada nos discos piratas. São
produtos gravados em prensas caseiras,
gravadores de cds de micro computado-
res interligados em rede, causando uma
distorção de sinais de áudio, gerando um
descontrole do nível de gravação dos dis-
cos, prejudicando o funcionamento do apa-
relho do consumidor.
Mas o que está preocupando mais os
5 Geral
A venda de veículos usados caiu
consideralmente nos dois últimos meses
deste ano. De acordo com a associação
dos Revendedores de Veículos
Automotores do Brasil, o número de ne-
gócios fechados nos meses de abril e maio
teve uma queda de 25,8%, comparando
com janeiro e fevereiro.
Os reflexos nas vendas atingem di-
retamente as pequenas revendedoras de
automóveis, que necessitam dos negóci-
os do primeiro semestre para capitaliza-
ção. Segundo Geovani Moretti, proprie-
tário de duas revendas de veículos em
Jaraguá do Sul, com aproximadamente 20
automóveis cada, comparando com o mês
de março, abril ficou bem abaixo da ex-
pectativa, quando apenas dois negócios
foram fechados. “Em maio, as vendas
cresceram, foram fechados quatro negó-
O pagamento à vista é o preferido pelos compradores de veículos populares
Carro usado ganha preferência do consumidor
Francisco Carlos Farias
cios, mas ainda está abaixo do espera-
do”, disse Geovani.
Dirceu Hausis, proprietário de duas
revendas em Guaramirim, acentuou que
o volume de negócios caiu somente no
mês de maio, mas a margem de lucros já
vem sendo reduzida desde janeiro. “O per-
fil do comprador mudou muito nos últi-
mos meses”, disse Hausis, afirmando que
os carros mais procurados são os da li-
nha mil e modelos: Gol, Corsa, Fiesta com
variação de ano entre 95 e 97. “São car-
ros de até dez mil reais, que o comprador
pode pagar à vista”, disse atribuindo a
razão para redução na margem de lucro.
“Antes, em cada negócio faturávamos no
mínimo dois mil reais. Hoje, esse valor
fica em torno de quinhentos reais”, disse
Dirceu.
Outro aspecto apontado pelos pro-
prietários de revenda de automóveis na
região é a maneira como os compradores
estão adquirindo os veículos.”Antes ven-
díamos muito automóvel financiado, hoje,
poucos são os negócios fechados neste
sentido”, explica Geovani.
MUDANÇA DE PERFIL
Segundo Jurandir Machado, geren-
te da revendedora Volkswagen em
Jaraguá do Sul, houve uma mudança no
perfil dos compradores de carros zero
km. “O Gol básico é o mais procurado,
mas os compradores querem pagar à
vista”, disse ele, acrescentando que o
comprador está atento para as altas ta-
xas de juros impostas pelos bancos no
financiamento de automóveis. “Se o
comprador financiar em 60 parcelas, ele
paga quase dois veículos e leva um”,
calculou.
Para se ter uma idéia, o Banco Real
cobra 2,55% ao mês para financiar o carro
usado. Jurandir cita um exemplo: “Um
automóvel com valor de mercado em tor-
no de onze mil reais, o consumidor paga-
rá, através do leasing em 36 parcelas,
dezesseis mil reais”, arrolou.
A esperança de melhoria nas ven-
das de carros usados está nos novos
designers, apresentados pelas montadoras
nos últimos meses. A Fiat lançou o Pálio
Fire; a Chevrolet, Novo Corsa; a Ford o
Novo Fiesta. “A procura por carros
seminovos, como Palio Fire, é muita, mas
veículos como este nós ainda não temos”,
disse Hausis.
donos de gravadoras e os artistas é a evolu-
çãonadistribuiçãodedocumentosfalsos,que
autorizam a prensagem em empresas ofici-
ais. Segundo reportagem do Jornal Nacio-
nal, estão sendo falsificadas até assinaturas
deartistasparaqueoprocessodeprensagem
ilegal possa andar “sem problemas”.APolí-
ciaFederaljácomeçouainvestigarquadrilhas
com atuação no Brasil e no exterior.
PENA FILHO
Primeira Pauta Junho de 2002
Adriana Caroliny Silvy
Paquetá...paquetá...paquetá...paquetá...
Esse é o som emitido por mais um dos
ajudantes da Polícia Militar. Antes eram
apenas carros, motos e bicicletas. Agora
o policiamento é feito também com o uso
dos cavalos. O pelotão de policiamento
montado de Joinville é mais uma opção
de segurança para a cidade, trazendo
maior tranqüilidade e sossego para os mo-
radores.
Os maiores beneficiados são os
joinvilenses que moram próximos à sede
da cavalaria montada. A ronda a cavalo é
mais efetiva nessas áreas, onde estão
agregados os bairros Itaum, Petrópolis e
Floresta. A região central também recebe
atenção. Ela é bastante vistoriada pelos
policiais que fazem a ronda a galope.
Na opinião do policial Marcondes,
Policiais a cavalo impõem respeito e aumentam a segurança
o policiamento a cavalo é notado com mais
facilidade. O campo de visão do policial
aumenta e ele percebe rapidamente a mo-
vimentação das pessoas ao seu redor.
“Com o cavalo, o policial pode transpor
os mais diversos tipos de terrenos, ocu-
pando espaços onde a pé ou em veículo
talvez não conseguisse chegar”, explica.
Já o policial Abreu acentua que o policia-
mento a cavalo destina-se preferencial-
mente às áreas urbanas, no período no-
turno, oferecendo grande capacidade
operacional. Abreu acrescenta que “algu-
mas pessoas têm medo do animal. Acho
que impõe respeito”.
Para a vendedora de cachorro-quen-
te, Doralice Salgado Santana, a ronda fei-
ta pela polícia trouxe vantagens para o seu
pequeno negócio. Ela disse que antes os
fregueses não paravam para comer os lan
-
ches. “Simplesmente compravam e leva-
vam para comer em casa. Agora, com a
polícia sempre por perto, as pessoas pa-
ram, compram e sentam-se na barraca
para degustar os quitutes”, acentua a
vendedora
O metalúrgico aposentado, Cás-
sio de Freitas Albuquerque, morador do
bairro Petrópolis, disse que a polícia
ganhou mais força com a ajuda dos ca-
valos. Para ele, “a violência ainda é in-
tensa em todo o país, mas a polícia de
Joinville possui uma ajuda extra e fun-
damental”. Cássio Albuquerque conta
que espera a noite chegar para ver a
polícia passar montada nos cavalos.
“Sou privilegiado, pois sempre que tem
ronda, a PM passa na frente da minha
casa. É um orgulho para mim e para
minha família”, acrescenta o aposen-
tado.
O motorista de coletivo urbano,
Jairo Jamil Pacheco Telles, conta que
toda vez que faz o percurso pela Aveni-
da Paulo Schroeder encontra dois ou
três policiais militares em seus respecti-
vos cavalos. “Na minha opinião, a polí-
cia acertou em cheio utilizando os ani-
mais para fazer as rondas. Eu não tenho
medo dos cavalos, mas sei que muita
gente tem. Se eu fosse um ladrão, ja-
mais roubaria aqui nesse bairro”, finali-
za o motorista.
O policial Marcondes revela que o
cavalo faz com que os bandidos sintam-
se constrangidos. “O cavalo, pelo gran-
de porte que tem, inibe a ação dos delin-
qüentes”. Abreu acrescenta que o poli-
ciamento a cavalo gera um efeito psico-
lógico imenso nas pessoas, diminuindo
os delitos.
6 Polícia
Os roubos de automóveis têm
aumentado muito nestes últimos tem-
pos. Nos três primeiros meses deste
ano foram roubados 357 veículos,
entre motos e carros, número superi-
or ao ano passado, quando foram fur-
tados 240 veículos. As marcas de au-
tomóveis mais visadas são o
Volkswagen Gol, o Fiat Uno e quase
todos os tipos de motos.
A área central é a região mais vi-
sada. A rua dos Ginásticos e a rua
Felipe Schmidt, próximo ao Supermer-
cado Angeloni, são as vias onde acon-
tece a maioria dos roubos. As aveni-
das Getúlio Vargas e Juscelino
Kubistcheck, as ruas São Paulo, João
Colin, Blumenau e Dona Francisca
também atingem altos índices de rou-
bos, principalmente próximo a esco-
las, igrejas, supermercados e hospitais.
NumareuniãoentreaspolíciasCi-
vil, Militar e a Guarda Municipal ficou
decididooaumentodopoliciamentonas
ruas centrais, com o objetivo de coibir
os furtos de veículos. O comissário de
políciadaDelegaciadeInvestigaçãoCri-
minal (DIC),Vilmar Orts, informou que
no início desse ano foi desmantelada a
quadrilha dos “Irmãos Metralhas”, es-
pecializada em roubos de camionetes.
Dois integrantes já estão soltos.
Furto de veículos cresce em Joinville
(Maurício Rodrigo de Oliveira)
Além das quadrilhas, as oficinas
de desmanches de veículos vêm cres-
cendo de forma alarmante e muitas já
foram descobertas em vários bairros
da cidade. Segundo Marco Aurélio
Marcucci, delegado da DIC, alguns
cuidados podem ser tomados para evi-
tar o roubo do veículo, como:
• Não esquecer de travar as portas e
fechar os vidros do veículo.
• Não deixar objetos de valor visíveis
dentro do carro.
• Não estacionar o carro em lugares
desertos ou longe do seu destino.
• Usar dispositivos de segurança, como
alarmes e travas.
• Optar por um estacionamento pago,
ao invés de estacionar na rua.
Dispositivos de segurança são
alternativas contra furtos
Para inibir os roubos de automó-
veis, a procura por dispositivos de se-
gurança, como alarmes e travas elétri-
cas, tem aumentado muito. Cada vez
mais são introduzidos no mercado no-
vos acessórios de segurança ainda mais
sofisticados, que acabam se mostran-
do frágeis diante da ousadia dos ladrões
de carros.
O crescimento da população
joinvilense, nos últimos anos, tem impli-
cado no incremento da criminalidade. A
afirmação é do delegado da 14° Delegacia
de Polícia, Wilson Maçon. Ele aponta dois
fatores importantes para o aumento do
crime: o tráfico de drogas e o
desemprego. Na periferia o problema é
maior, tendo em vista a falta de instrução
dos moradores e o alto nível de
desemprego.
Os delitos mais comuns na área cen-
tral da cidade são os furtos à residência e
de automóveis. Os menores são bastante
utilizados nesses casos e, na maioria das
vezes, eles roubam para comprar drogas.
Para Maçon, o principal problema no
Brasil é o Sistema Penitenciário, conside-
rado arcaico, necessitando de profundas
mudanças. A Lei de Execução Penal pre-
vê a reeducação dos criminosos, e isso
na realidade não acontece. Segundo o de-
legado, a Penitenciária de Joinville
comporta 260, mas abriga, hoje, 600
presos.
Quanto aos menores infratores, ele
acha que deveria diminuir a idade para se-
rem punidos. Pergunta onde colocá-los,
se hoje já não existem mais locais dispo-
níveis para isso. As penitenciárias estão
com superpopulação. O ideal, na opinião
do delegado, seria a criação de um Siste-
Tráfico e desemprego aceleram
criminalidade em Joinville
ma Penal de Reeducação. Admite, no
entanto, tratar-se de uma proposta
utópica no Brasil. Também atribui à
família parte da responsabilidade do au-
mento da criminalidade entre os jovens,
pois é grande a desestruturação dos lares.
Outro grande problema na cidade
é a falta de policiais civis. Maçon desta-
ca que não adianta ter várias delegacias
espalhadas pelos bairros sem pessoas
para trabalhar. Em Joinville existem 150
policiais, dos quais 50 estão atuando. Para
ele, uma solução a médio prazo seria im-
plantar uma única delegacia na cidade,
com serviços especializados.
Maçou não acredita em solução in-
dividual para a violência como a pena de
morte. “Cada um hoje só pensa em si,
só no seu patrimônio, se tranca em casa,
enquanto os bandidos ficam na rua”, con-
cluiu. Ele teme a possibilidade do erro e
ter como conseqüência a morte de ino-
centes. Também argumenta que nos pa-
íses onde foi instituida a pena de morte
não diminuíram os índices de
criminalidade.
Wilson entende que a situação dos
presídios só vai mudar quando houver
profundas mudanças não só no Código
Penal, mas em toda a sociedade.
(Maria Avelina)
Primeira Pauta Junho de 2002
Art. 41. Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção de seis
meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mes-
mo período, e multa no valor de R$5.320,50 (cinco mil trezentos e vinte reais e cinqüenta
centavos) a R$15.961,50 (quinze mil novecentos e sessenta e um reais e cinqüenta
centavos)
I – o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou
carreata;
II – a distribuição de material de propaganda política, inclusive volantes e outros
impressos, ou a prática de aliciamento, coação ou manifestação tendentes a influir na
vontade do/a eleitor/a.
Art. 43. Constitui crime, punível com detenção de dois meses a um ano ou paga-
mento de cento e vinte a cento e cinqüenta dias-multa, divulgar propaganda, fatos que
sabe inverídicos, em relação a partidos ou a candidatos, capazes de exercerem influ-
ência perante o eleitorado (Código Eleitoral, art. 323).
No dia 6 de outubro, das 8h às 17 h, o eleitor vai até o local de votação com o seu título
de eleitor ou um documento de identificação. Deverá votar em seis candidatos, na
seguinte ordem:
1º DEPUTADO FEDERAL
2º DEPUTADO ESTADUAL/DISTRITAL
3º SENADOR1
4º SENADOR2
5º GOVERNADOR
6º PRESIDENTE
“Crimes Eleitorais”
Flávia Maria Moreira
Nas eleições deste ano, Joinville terá
mais de 300 mil eleitores, registrando um
aumento superior a 16% em relação à elei-
ção de 1998. Essa eleição poderá ser divi-
dida em dois turnos – o primeiro turno
está marcado para o dia 6 de outubro, e,
se houver segundo turno ocorrerá no 27
de outubro.
Serão disputados os cargos de pre-
sidente e vice-presidente da República, go-
vernador e vice-governador do Estado, de-
putado federal e deputado estadual, sena-
dor. No site do Tribunal Regional Eleitoral
de Santa Catarina (TRE-SC) consta a se-
guinte observação: “Em razão de haver a
renovação do Senado Federal na propor-
ção de 2/3, o eleitor deverá votar em 2
(dois) candidatos para senador. O man-
dato de um senador é de 8 (oito) anos.
Para os demais cargos o mandato é de 4
anos”.
A partir dos 16 anos de idade, estão
aptos a votar os brasileiros natos e
naturalizados. O eleitor que deixar de vo-
tar e não o justificar até 60 dias após a
realização da eleição incorrerá em multa.
Ele deverá justificar a sua falta mediante
requerimento dirigido ao Juiz da Zona
Eleitoral de sua inscrição, ou pagar a res-
pectiva multa, como consta no site do
TRE-SC. Marisa Ferrazza, chefe de car-
tório, informou que o valor da multa é de
R$ 5,00 por cada eleição. Para os eleitores
que se encontrarem no exterior na data da
eleição, o prazo de justificativa é de 30 dias,
contados a partir de sua entrada no país.
O site do TRE-SC (www.tre-
sc.gov.br) traz informações sobre a pro-
paganda eleitoral, permitida a partir de 06
de julho. “É vedada, desde quarenta e oito
horas antes, até vinte e quatro horas de-
pois da eleição, qualquer propaganda po-
lítica mediante rádio, televisão, comícios
ou reuniões públicas, inclusive a relização
de debates, ainda que pela Internet”, es-
clarece o site do TRE-SC.
A partir de 30 de setembro até o dia
da eleição, os cartórios eleitorais estarão
fornecendo gratuitamente aos eleitores que
solicitarem o formulário “Requerimento de
Justificativa Eleitoral”. Caso alguma pes-
soa não saiba onde fica localizada a sua
seção, ou, tenha alguma dúvida sobre a elei-
ção, poderá pedir informações ao Cartório
Eleitoral, informou Marisa.
O expediente do Cartório Eleitoral
é das 13h às 19h e o telefone é (47) 433-
0299.
Mais de 300 mil pessoas estão cadastradas, registrando um aumento de 16% em relação ao pleito de 1998
Cresce número de eleitores em Joinville
7 Política
Primeira Pauta Junho de 2002
Santa italiana, brasileira, catarinense e mulher
Madre Paulina torna-se Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, um nome marcante num Estado já considerado feminino
Marco Aurélio Braga
Um acontecimento no mês de
maio deixou Santa Catarina ainda mais
feminino. Começando pelo nome do
Estado, até a grande heroína desse ter-
ritório cravado na região Sul do País é
uma mulher, chamada Anita Garibaldi.
Também é conhecida por ser a terra de
Vera Fischer ou de Ana Moser, a ex-
jogadora de vôlei.
Mas em 19 de maio o Estado fi-
cou marcado por mais um acontecimen-
to que envolve mulheres. A Igreja Ca-
tólica, a maior do Brasil, com 73% de
adeptos da população brasileira, ganha
o seu primeiro santo, ou melhor, san-
ta. Na madrugada chuvosa daquele do-
mingo, na localidade de Vígolo, no mu-
nicípio de Nova Trento, Madre Paulina,
a fundadora da Congregação das
Irmãzinhas da Imaculada Conceição,
tornou-se santa pelo papa João Paulo
II, num fato inédito no catolicismo bra-
sileiro, celebrado no Vaticano, em Roma
(Itália). Agora, a madre passa a se cha-
mar Santa Paulina do Coração Agoni-
zante de Jesus.
Os católicos se voltaram para
Santa Catarina justamente por causa de
uma mulher. Milhares de fiéis foram ao
santuário da primeira santa brasileira,
em Vígolo, bairro de Nova Trento, para
fazer promessas. Mas também para co-
memorar o fato histórico. Na madru-
gada de domingo, três telões foram es-
palhados no lugar onde Madre Paulina
viveu.
Cerca de 15 mil fiéis, segundo a
Polícia Militar, estavam à
noite em Nova Trento. Os
projetores transmitiam o
momento exato da
canonização pelo papa dire-
tamente do Vaticano. Lá na
sede, eram 9 horas da ma-
nhã, no Brasil, 5 horas. Es-
tavam presentes pessoas de
todas as regiões do país. Fi-
éis ardorosos da santa.
A dona-de-casa
Lurdinha Evangelista, de 46
anos, acompanhou toda a
cerimônia, que começou
ainda à noite, de joelhos,
abraçada à sua filha de 8
anos. Chegou ao local em
uma excursão. Ficou na
mesma posição durante qua-
se duas horas, quando o sol
já começava a aparecer. A chuva não
lhe fez desistir de acompanhar o mo-
mento marcante. “Sou devota de Ma-
dre Paulina. Ela curou minha filha”, di-
zia emocionada.
Pelo santuário da cidade de qua-
se 10 mil habitantes passaram 40 mil
fiéis durante a festa de canonização.
Estacionaram 400 ônibus de excursão
e 5 mil veículos. Teve gente que veio a
pé. O argentino Ernesto Dominguez saiu
de Balneário Camboriú às 6 horas da
manhã e chegou por volta das 19 ho-
ras de sábado. Ainda passaria à noite
no lugar. Caminhou a distância de 60
quilômetro para pedir uma solução para
o seu país, que vive uma grave crise
econômica. “É preciso rezar muito para
8 Estado
tirar a Argentina da crise”, desabafou,
cansado do percurso.
Camelódromo
Essa fé que move as pessoas tam-
bém move negócios lucrativos. O co-
mércio nunca tinha sido tão movimen-
tado em Nova Trento. Centenas de co-
merciantes chegavam ao santuário
com o único propósito de faturar.
Cerca de 200 deles invadiram o
local. Vendia-se de tudo. Desde cha-
veiros e cortador de frutas até singe-
las medalinhas com a foto da milagreira
e camisetas. Produtos pirateados tam-
bém ganharam espaço. A movimenta-
ção espantou a cidade pacata e causou
mal estar entre as autoridades. O pre-
feito, Godofredo Tonini, achou des-
respeito e prometeu agir com rigor. O
governo estadual, representado pelo
presidente da Santa Catarina Turismo
(Santur), Flávio Coelho, taxou a situ-
ação como “um camelódromo”. As re-
ligiosas da congregação, obviamente,
não aprovaram.
A canonização de Madre Paulina
mexerá com o pequeno município
catarinense. Projetam-se várias mu-
danças de infra-estrutura na cidade. Há
somente dois restaurantes e a rede de
hotéis é inexpressiva para o número
de turistas, que devem visitar o lugar
onde a primeira santa brasileira viveu
e construiu parte de sua obra.
Revi Revista Eletrônica do Ielusc
MARCO AURÉLIO BRAGA
Em Nova Trento, os comerciantes
estão satisfeitos com o aumento
das vendas
Primeira Pauta Junho de 2002
É muito fácil chegar a Nova Trento. Veja abaixo qual
o melhor trajeto.
Vindo pelo sul do país?
Rodando pela BR 101, aproximadamente 40Km após
Florianópolis, fique atento para entrar à esquerda na cida-
de de Tijucas. Você terá que seguir caminho passando
pelas cidades de Canelinha e São João Batista, até che-
garàNovaTrento.EssepercursodeTijucasatéNovaTrento
tem aproximadamente 40 Km.
Vindo do oeste do Estado?
Basta descer no sentido litoral pela BR 470 até che-
gar a Blumenau. Você terá que passar pelos municípios
de Gaspar e de Brusque, e em Brusque pegar a Av. 1º de
Maio, que vai o conduzi-lo até Nova Trento. O percurso de
Blumenau a Nova Trento tem aproximadamente 60Km.
Vindo do norte do país?
Pela BR-101, após passar a ponte do Rio Itajaí,
aproximadamente 10 Km do sul você terá que entrar à
direita em direção ao município de Brusque.Após, pegar a
estrada que leva direto a Nova Trento. Esse percurso tem
aproximadamente 60Km.
Perfil de Nova Trento
* 80 quilômetros de Florianópolis.
* 9,5 mil habitantes.
* Três hotéis.
* Dois restaurantes.
* Santuário fica a 4km da cidade.
Como chegar...
Quem foi Madre
Paulina
Batizada com o nome de Amábile
Visintainer, Madre Paulina nasceu na ci-
dade de Vígolo Vattaro, na região
Trentina, na Itália, em 16 de dezembro
de 1865. Dez anos depois emigrou para
o Brasil e se estabeleceu na então dis-
tante localidade de Vígolo, em Nova
Trento (SC). Em 1890 deixou a casa
paterna para instalar-se, junto com a
amiga Virgínia Nicolodi, em um case-
bre para cuidar de Ângela Lúcia Viviani,
doente de câncer, que morreria três me-
ses depois.
Esse gesto foi o nascimento da
Congregação das Irmãzinhas da
Imaculada Conceição, hoje presente em
15 Estados do Brasil e em 11 países,
comoArgentina, Bolívia, Colômbia, Chi-
le, Itália e Camarões. Após os votos reli-
giosos tornou-se Irmã Paulina. Morreu
em julho de 1942, aos 77 anos, cega, so-
frendo de diabetes e já tendo amputado
um braço. Seus restos mortais estão na
capela da Sagrada Família, em São Pau-
lo (SP).
9 Estado
Os dois milagres
Madre Paulina foi responsável por dois milagres destacados para os processos até chegar à Canonização.
Quem organizou todos os passos foi a irmã Célia Cadorin. O primeiro milagre foi em Eluíza Rosa de Souza,
em 1966, no sétimo mês de gravidez. Ela teve morte intra-uterina do feto. Na operação para a retirada do
bebê morto sofreu violenta hemorragia e um choque irreversível. Foi desenganada pelos médicos. Uma
religiosa colocou sobre o peito de Eluíza um pedaço de roupa de Madre Paulina e juntou outras irmãs para
rezar. No dia seguinte, a paciente estava curada. Esse feito fez o Papa João Paulo II conceder a beatificação
em 1991.
O passo decisivo para declarar a canonização de Madre Paulina foi a cura de Iza Bruna Vieira de Souza,
que mora em Rio Branco (AC). Ele nasceu em 1992 com um grave tumor na cabeça. Submetida a uma
delicada cirurgia no quinto dia de vida, apesar de fraca e anêmica, para a retirada do tumor, a menina sofreu
convulsões cerebrais e parada cardiorespiratória. Os médicos afirmaram que se vivesse teria sérias seqüelas.
O padre chegou a ministrar o batismo às pressas. Uma avó, devota da futura santa, deixou uma foto da
milagrosa com a criança, que no dia posterior começou a apresentar melhoras. A menina, hoje com 10 anos,
não tem quaisquer seqüelas da doença e prestigiou a canonização da santa que salvou a sua vida.
www.ielusc.br/revi
MARCO AURÉLIO BRAGA
Fiéis de todo o país
visitam o santuário
Primeira Pauta Junho de 2002
No último dia 19 de junho a bancada
da Câmara de Vereadores de Joinville des-
locou-se da sua sede para o loteamento
Jardim Edilene, no bairro Paranaguamirim,
mais exatamente na Escola Municipal Pre-
feito Joaquim Félix Moreira.Aação foi ini-
ciativa do vereador Adilson Mariano, da
bancada do PT, para tratar de assuntos de
grande importância para aquela região.
ACâmara de Vereadores de Joinville
é desconhecida de muitos cidadãos, o que
traz à tona várias opiniões sobre os
assunto. A aproximação com a população
é de fundamental importância para a
socialização e a democratização das
decisões tomadas dentro de um municí-
pio. Infelizmente a realidade na maior
cidade do Estado de Santa Catarina não é
das melhores.As sessões que são realizadas
durante a semana contam com a presença
de pouquíssimas pessoas da comunidade.
De quatro em quatro anos são eleitos 21
novos vereadores para atuar em prol da
população da cidade, mas pouco se vê
fazer nas comunidades menos favorecidas
de Joinville.
Muitas vezes os vereadores
esquecem de assuntos relativamente
importantes, como a saúde e educação,
para tratarem de outras questões de
importância nula para o meio social. A
Diante das dificuldades enfrentadas pelas comunidades menos favorecidas de Joinville, o vereador Adilson Mariano toma
iniciativa de realizar a sessão da Câmara no bairro
Vereadores realizam sessão em colégio municipal
Kleyton Clemente aproximação dos vereadores com a
comunidade é de fundamental
importância para o exercício de
humanização da política e seus fins. Só
assim vereadores saberão de fato quais
são os verdadeiros problemas enfrentados
no dia-a-dia pela comunidade, e a mesma
saberá de fato quem é quem na política
municipal.
Na sessão realizada no loteamento
Jardim Edilene muitas pessoas da
comunidade compareceram para ouvir e
discutir assuntos pertinentes àquela
região.Adesempregada Maria de Fátima
está revoltada com o descaso dos
governantes de Joinville, principalmente
com os vereadores. Contesta que em
época de eleições todos são excelentes
pessoas e tudo é motivo de aperto de mão.
“Agora é isso aí, estão aqui para mostrar
o que não fazem”, completa Fátima.
As dificuldades vivenciadas pela
população do loteamento Jardim Edilene
são inúmeras: falta de pavimentação, po-
liciamento, posto de saúde e,
principalmente, falta de saneamento
básico.As reclamações foram unânimes.
Saneamento básico é prioridade para a
região.
O esgoto corre a céu aberto e pre-
ocupa moradores. O desempregado
Francisco Garcia de Freitas convive com
o medo de seus filhos contraírem alguma
doença nas valas. “Tenho medo que meus
filhos se contaminem com alguma
doença nessas valetas, deixo eles à
vontade, pois não temos muitos
recursos. Então eles brincam onde
querem, mas seria muito bom se as
autoridades resolvessem esse
problema para nós”, complementa
Francisco.
Àpopulaçãocabeafiscalização,
acompanhamento e cobrança dos
vereadores de Joinville. O povo só
tem voz quando a utiliza, só ganhará
espaço no meio quando se filtrar e
comparecer nas discussões que di-
zem respeito à cidade. Atividades
como esta que aconteceu no bairro
Paranaguamirim devem ser rotina na
vida dos vereadores. Assim,
comunidade e ações políticas saem
ganhando.
10 Política
Responsabilidades do vereador
“Os vereadores têm uma responsabilidade ética específica, por serem
aqueles que determinam muito do que o prefeito pode ou deve fazer e por
serem aqueles que fiscalizam a atuação do prefeito. Devido a seus vínculos
político-partidários, os vereadores devem, legitimamente, representar e fazer
valer os interesses particulares emergentes daqueles que eles representam.
Sua maior responsabilidade ética, entretanto, reside em não reduzir sua ação
política legislativa a interesses corporativos, muito menos a interesses pesso-
ais escusos.Aresponsabilidade ética dos vereadores permite a legítima disputa
pela prevalência dos interesses que representam. Mas exige que eles sejam
capazes de compatibilizar e submeter, em última instância, esses interesses
aos interesses coletivos de toda a municipalidade. Cada lei deve ser a expressão
da vontade majoritária dos munícipes ou o resultado de um pacto social entre
todos eles. A corrupção é uma prática inaceitável, mais ainda no exercício de
um mandato político. Os vereadores devem ser um referencial ético para os
cidadãos.”
Fonte: http: //www. epam. sp.gov.br/etica/6.htm
Plenário improvisado para realizar a sessão
DIVULGAÇAO
DIVULGAÇAO
Vereador Adilson Mariano
teve a iniciativa de realizar
sessão nos bairros
Primeira Pauta Junho de 2002
O Hemocentro de Joinville passa por boa fase e as coletas de sangue satisfazem a demanda da população
Hemosc cumpre meta do Ministério da Saúde
Edelamar Negherbon
O Centro de Hematologia e
Hemoterapia (Hemosc) de Santa Catarina
começou o ano em Joinville com aproxi-
madamente 700 doadores voluntários ao
mês. Com esse número, atingiu a meta
necessária para o consumo exigida pelo
Ministério da Saúde. Nem mesmo o san-
gue com tipagens negativas – somente 5%
da população brasileira têm esses fatores
– está em defasagem.
O Hemocentro de Joinville faz parte
de uma “hemorrede” criada pelo Hemosc.
Há sedes em Florianópolis, Chapecó,
Criciúma, Joaçaba, Lages e Joinville. “To-
das as sedes são integradas, fazendo com
que de acordo com a necessidade de cada
hemocentro, um possa ajudar o outro”, diz
Marilene Castro Royer, gerente técnica. “O
Hemocentro de Joinville ainda tem novas
metas e a principal delas é manter-se no
atual nível de coleta de sangue”,
complementa.
Tânia Mara Weiler, auxiliar de assis-
tente social, afirma que a principal dificul-
dade para os doadores retornarem depois
de seis meses é o atestado médico, que só
é aceito pelas empresas uma vez ao ano.
“Quem trabalha em horário normal fica
prejudicado”, diz Tânia. É o que ocorre
com o operário Manoel José, 24 anos. Ele
faltou ao trabalho para doar sangue a um
parente. “Perdi o dia, porque é a segunda
vez que dôo num período de um ano”, re-
lata.
A queda nas doações acontecem
principalmente no verão, quando regis-
tram-se mais acidentes de trânsito e cres-
cem de 20% a 30% as necessidades de
transfusões. Segundo Tânia, é justamente
nesse período que as doações diárias caem
de 70 para 50 pessoas. Esses 20 doado-
res a menos geralmente estão em férias.
“Quando o índice de sangue no estoque
está baixo, realizamos campanhas através
dos veículos de comunicação, chamando
as pessoas a doarem sangue. Também
convocamos os cadastrados através de
cartas e ligações, o que dá mais retorno”,
diz ela.
Tânia explica que o sangue coleta-
do no Hemosc é enviado, após teste, aos
hospitais, estando pronto para a transfu-
são. Para tornar esse procedimento mais
seguro, um pouco do sangue do paciente
é colocado junto ao do doador para de-
tectar se não existe nenhum anticorpo que
cause reação ao organismo do receptor.
Exigências
Para que a pessoa seja considerada
uma doadora, ela se submete a nove exa-
mes, entre eles os de hepatite B e C, HIV,
sífilis, doença de Chagas e leucemia. Três
exames de tipagem sangüínea também são
realizados. Mas não basta a pessoa que-
rer ser doadora. Entre as exigências do
Ministério da Saúde estão o de peso aci-
ma de 50 quilos, não estar gripada nos
últimos sete dias, não estar tomando ne-
nhum tipo de medicamento, não estar em
jejum, não estar grávida ou amamentan-
do, não ser, nem ter sido, usuário de dro-
gas injetáveis, não ser homossexual ou
bissexual, não ter relações com muitos par-
ceiros e ainda, não haver ingerido bebida
alcoólica num período de 24 horas. O pro-
cesso de doação dura aproximadamente
uma hora, sendo que a coleta dura entre
cinco a sete minutos. O Hemocentro de
Joinville fica na entrada do Hospital São
José, na avenida Getúlio Vargas.
A voz é um instrumento funda-
mental do corpo humano, mas nem
sempre recebe uma atenção especial
das pessoas. Os profissionais da área
de comunicação, em especial os
locutores, utilizam a fala como
principal ferramenta de trabalho.
Muitos especialistas afirmam que, para
ser um bom profissional, é
fundamental cuidar bem da voz,
mantendo sempre a saúde estética e
vocal.
A exposição aos fatores
nocivos, como falar alto e
prolongadamente em ambientes
ruidosos, sem tratamento acústico
apropriado, ou mesmo o hábito de pi-
garrear bruscamente, sempre antes do
ato da fala, deixam a pessoa mais
vulnerável. Um dos problemas que
mais afeta o profissional da voz é a
disfonia, mais conhecida por rouqui-
dão. É caracterizada pela alteração de
todas as qualidades da voz e no modo
de produzi-la. O tom torna-se mais
grave (voz grossa), com quebras
freqüentes marcadas pelo aparecimen-
to de emissões sussurradas.
Segundo o médico otorrino-
laringologista, Álvaro Machado
Pacheco, o esforço para a fonação
causa vários outros problemas para
quem sofre de rouquidão crônica. “A
pessoa que tem uma voz rouca tende
sempre a falar mais alto. Esse esforço
causa sensação de cansaço,
principalmente na região do pescoço,
às vezes com surgimento de dor”,
afirma. Segundo Pacheco, a rouqui-
dão constante pode ser um sinal de
que as cordas vocais estão sendo
usadas de forma incorreta, com muita
tensão. Tudo isso pode determinar o
aparecimento de nódulos, e só podem
ser tratados com o auxílio de um
profissional da área de fonoaudiologia.
Para a fonoaudióloga Mônika
Schulzen, nesses casos, o ideal mesmo
é poupar a voz, ou seja, fazer repouso
vocal até desaparecem os sinais de
rouquidão. O hábito de beber líquidos
diariamente – até dois litros por dia –
também é um meio de amenizar o pro- (Glaene Vargas)
Cuidados com a voz podem
prevenir problemas vocais
blema, além de alguns exercícios
vocais.
Segundo Schulzen, a respiração
inadequada, que começa logo na
infância, também pode ser a causadora
de vários distúrbios da voz. Cabe aos
pais observarem os hábitos alimentares
e de respiração de seus filhos, bem
como a fala e o desenvolvimento da
linguagem para poderem recorrer a uma
ajuda profissional a tempo de prevenir
dificuldades futuras. “Muitas pessoas
poderiam ter um desempenho ainda
melhor, se o seu desenvolvimento
lingüístico tivesse sido corrigido ou es-
timulado já no período de aprendizagem
da fala”, ressalta a fonoaudióloga.
Segundo Schulzen, o estado psi-
cológico de cada pessoa também é res-
ponsável por alterações na voz. Emo-
ções muito fortes, como raiva e ansie-
dade, podem ocasionar problemas, tipo
a disfonia. “A rouquidão nunca deverá
persistir por mais de 15 dias. Caso isso
ocorra, a pessoa deverá procurar um
fonoaudiólogo ou um médico
otorrinolaringologista”, alerta a profis-
sional.
Algumas dicas
• Procure não fumar; a fumaça irrita a
mucosa da laringe, acumulando secre-
ções nas cordas vocais. Além disso, o
cigarro aumenta o risco de câncer.
• Evite a exposição por muitas horas
ao ar condicionado; ele resseca a
mucosa nasal e toda a extensão da
laringe.
• Nunca aumente o tom da voz em lu-
gares com muito barulho.
• Procure não respirar pela boca em
dias muito frios; o nariz filtra e aquece
o ar, evitando assim que as cordas
vocais recebam o ar gelado.
• Evite bebidas alcoólicas; o álcool
agride diretamente as cordas vocais.
• Procure consumir alimentos fibrosos,
como a maçã; ela age, limpando a boca
e a faringe.
EDELAMAR NEGHERBON
11 Saúde
Doador voluntário colaborando com o Hemosc
Primeira Pauta Junho de 2002
Joinville lança sua primeira banda
de músicas internacionais. Esse era um
antigo sonho do grupo Moquiatti. Com-
posto por joinvilenses, ele agora têm
como vocalista o californiano Rex
Johnson. O grupo chama-se “Green
Belly”, e já têm quatro músicas grava-
das, e está trabalhando no seu primeiro
disco, que deve ter em torno de 12 mú-
sicas inéditas, de autoria de Rex Johnson.
Prova do sucesso certo do Green Belly
foi o blues Easy Rider, gravado pelo gru-
po após a parceria e que já esteve entre
as dez mais tocadas nas rádios de
Joinville e região.
Rex Jonhson iniciou sua carreira
em 1965, no norte da Califórnia, na ci-
dade de Eureka, aos 15 anos. Seu pri-
meiro instrumento musical foi uma gai-
ta de boca, que ele ganhou aos 20 anos.
Ele possui, em média, 200 composições
próprias, variando entre os mais pito-
rescos ritmos, desde o jazz e o blues,
passando por ritmos caribenhos, cuba-
nos, franceses, angolanos, pop e reggae.
Na cidade de Porto de Mazarron,
Rex Johnson conheceu o artista plástico
catarinense Antonio Mir, que lhe apre-
sentou Julian Olsen. Este último fez o
convite para vir ao Brasil. Uma amiga
lhe presenteou a passagem e Rex
Johnson aceitou a oferta. Seu primeiro
trabalho no Brasil, onde reside desde
1999, foi em uma casa noturna chama-
da Bali Hai, na praia de Piçarras, em SC.
Desde então, Rex Johnson adotou o Bra-
sil como sua terra. Para evitar proble-
mas com a Polícia Federal e livrar-se da
deportação, ele vai a Argentina de vez
em quando e carimba o seu passaporte.
Joinville tem sua
primeira banda
internacional
(Adriano Borges)
De cidade dos príncipes a reduto dos gaúchos
Juventude busca outro
tipo de diversão, recorrendo
à cultura gauchesca
Cristiane Aparecida Kamarowski
Joinville, cidade colonizada por
alemães, hoje serve de palco de tradições
oriundas do Rio Grande do Sul. O interes-
se do público revela o crescimento de
apreciadores da música gauchesca.
Ritmos como o dance, o pop, o pa-
gode, dentre outros, deixaram de ser as
únicas opções da noite joinvilense. É
comum, nos dias de hoje, encontrar em
bailes, pessoas vestidas “a caráter”, ou
seja “pilchadas” (usando a vestimenta tra-
dicional dos gaúchos).
A indústria cultural mostrou, no de-
correr dos anos, como os gêneros musi-
cais adotados pelo público continuam sen-
do alvo de metamorfose. É possível vol-
tar um pouco no tempo e analisar ritmos
que entraram no mundo da mídia, mas que
atualmente vivem em descrédito.
Lambada, axé e recentemente o Funk são
alguns exemplos de ritmos e gêneros mu-
sicais que acabaram por cair no esqueci-
mento.
A música gaúcha traz a seu favor
toda uma história da cultura de um povo.
O termo gaúcho surgiu em documentos a
partir de 1790, como sinônimo de ladrões
de gado que atuavam na fronteira do
Brasil com o Uruguai. Até a metade do
século passado, era utilizado de forma de-
preciativa.
Esse momento positivo da cultura
tradicionalista gaúcha chama a atenção dos
proprietários de boates e danceterias de
Joinville. Para João Martins, proprietário
da casa noturna Big Bowling, o interesse
do público pela música gaúcha cresce a
cada dia. “Já existe até um evento voltado
especificamente para os amantes desse tipo
de música”, ressalta. Todos os domingos,
a casa oferece a seus freqüentadores uma
banda de música gaúcha. Tal evento leva
o sugestivo nome de “Domingueira Gaú-
cha”. Para o empresário, o movimento
tradicionalista ganha cada vez mais
adeptos, principalmente entre o público
jovem. “Antes, grande parte dos jovens
não costumava freqüentar esse tipo de
evento. Hoje eles são a maioria”.
As lojas especializadas em artigos
gauchescos (chapéu, bombacha, botas de
couro, guaiacas, lenços, vestidos de
prenda) comemoram esse momento de as-
censão da tradição gaúcha em Joinville.
Lourdes Tomazini, proprietária da loja
“Rompendo Fronteiras”, comercializa es-
ses artigos. E diz estar muito satisfeita
com suas vendas. A grande procura pela
indumentária gaúcha, de um ano para cá,
originou seu interesse em abrir uma loja
no ramo.
Outra mania que está virando moda
na cidade são os cursos de dança gaúcha.
Hoje, já são cinco instituições que ofereçam
essa possibilidade. Marcos Roberto
Tomazini é coordenador e coreógrafo do
grupo Rompendo Fronteiras. Ele foi o pri-
meiro a lançar um curso de dança gaúcha
em Joinville. “O jovem está cansado dessas
boates, e está à procura de coisas novas.
Na dança gaúcha eles encontram o
companheirismo dos amigos”, justifica.
Para o professor do CTG Sítio Novo,
Paulo Santos, os jovens estão
redescobrindo os costumes tradicio-
nalistas. Um dos principais fatores
responsáveis pelo aumento do número de
adeptos a esse tipo de cultura é o clima
familiar, além da mudança havida entre as
bandas gaúchas. “Antes, eles tocavam
músicas mais marchadas e simplesmente
animavam um baile. Hoje, fazem um baile-
show. Muitas pessoas, que vêm pela
primeira vez, acabam por criar gosto pela
coisa”, relata.
Para Lílian Lisane Antunes, de 25
anos, primeira prenda do CTG, primeira
prenda da Região, primeira prenda do
Paraná e primeira prenda do Brasil, por
meio da Confederação Brasileira de
Tradição Gaúcha, “o que está fazendo os
jovens buscarem os costumes gaúchos é
a música, com sua nova ‘roupagem’, e
forma de dança mais estilizada”, comenta.
Outro fato que também contribuiu para tal
procura, são os rodeios. As pessoas
adoram fazer acampamentos e lá acabam
despertando, através dos bailes, o gosto
pela tradição gaúcha.
Algumas pessoas escolhem a tradi-
ção gaúcha por influência da própria
família, como no caso de Lílian. Seus avós
eram adeptos das tradições gauchescas.
Seu pai foi o coordenador da inver-
nada, um movimento tradicio-
nalista. A tradição é passada de geração
em geração.
Uma parceria entre
joinvilenses e um californiano
forma a banda “Green Belly”
12 Variedades
Primeira Pauta Junho de 2002
O grupo Compasso Cia de Dança-Teatro trouxe ao anfiteatro do Colégio Bom Jesus/Ielusc trabalho único no Brasil
Peça reproduz conflitos humanos
Elaine Cristina Dias da Costa
13 Cultura
“Acordes, uma canção”, esse é o
nome da peça dirigida por Sabrina
Lermen. Ela problematiza o tema e os
atores concebem a peça a cada
apresentação. “O espetáculo surgiu da
necessidade de contribuir para que
temas como dependência do outro, re-
lações de poder, ânsia por pertencer a
algum grupo, procura por si mesmo,
solidão,silêncioevaziofossemdiscuti-
dos, percebidos, questionados ou tão
somente sentidos”, comenta a diretora
do espetáculo.
São três personagens, um velho,
seu Hary, e duas mulheres que lutam
pelo seu amor, Aurélia e Alverita. A
sonoplastia, de Oswaldo Montenegro
aZelwer,ajudaopúblicoarefletirsobre
a sensação de vazio e dependência do
amor. Por ser uma peça de criação
coletiva,osatorescriammovimentosa
partir de visões do cotidiano, buscam
os ritmos naturais do
corpo,queexpressam
os estados mentais e
emocionaisdaspesso-
as. O espetáculo co-
meçacomumaguerra
de sapatos. Como se
trata de temas muito
subjetivos, é preciso
queopúblicoseliber-
te de qualquer pré-
conceito ao assistir o
espetáculo.
Os atores criam
umalinguagemprópria.
Cadapersonagemtem
oseuidioma.Eosper-
sonagens tentam se
comunicar, e só con-
seguem através da
mimesis,teatralizaçãoetransposiçãode
ações físicas e vocais encontradas no
cotidiano.Masissotudoébaseadonos
laboratórios e oficinas realizados pelo
grupo durante os ensaios. Portanto, a
cada apresentação o grupo mostra um
trabalho concebido de uma forma di-
ferente.
Ao trabalhar com a análise do
MovimentodeLaban-permiteconhe-
cer os quatro fatores componentes do
movimento corpóreo: peso, tempo,
espaçoefluência-,SabrinaLermen
inova. O objetivo do trabalho do
grupo é comunicar como a arte, em
especial o movimento e a dança, é
umaexcelenteferramentaparaode-
senvolvimento do indivíduo. “O in-
teressante na peça é que o especta-
dor é livre para entender uma peça
tão subjetiva”, afirma Jurandy de
Arruda, ator que incorpora o perso-
nagem seu Hary, que divide o amor
dasduasmulheres.
O espetáculo atrai um público
ávido por ver e experienciar aquilo
que não faz parte de seu dia a dia.
Porém, a peça fala do cotidiano.A
rotina,sejaelaemcasa,notrabalho,
na rua, não é suficiente para que as
pessoas sintam-se plenas.Assistir a
um bom espetáculo impulsiona a
imaginação do espectador, retira-o
de seu cotidiano, transporta-o para
outrasesferas,paraoutrosuniversos
onde os corpos não parecem ser co-
muns. São apenas corpos
aculturados, recriados pelos atores,
o que acontece em “Acordes, uma
canção”.
DIVULGAÇÃO
Encontro casual? Não! Amor à
vista
DIVULGAÇÃO
A personagem fica feliz
ao encontar seu par
perfeito, mas, de sapato
Primeira Pauta Junho de 2002
Arrume as malas e não esqueça do véu e grinalda
Casamento em lugares exóticos deixa de ser extravagância e acaba sendo um novo atrativo turístico
Simone Isabel Klein
Há tempos o teatro joinvilense vinha
choramingando a “falta de espaço”, a “falta
de apoio”, a “falta de público” e a “falta de
interesse do poder público”, parecendo ig-
norar que soluções não caem do céu e que
seu maior problema é, na realidade, a
inexistência de uma ação autônoma, orgâ-
nica e representativa dos próprios
teatreiros. É prova dessa desarticulação o
tom consensual com que as pessoas que
fazem teatro em Joinville se referem à falta
de união e de debate no meio artístico. Para
que houvesse a explosão da dança aqui na
cidade, por exemplo, existiu muita orga-
nização. Profissionais e governo se uniram
e lutaram para fazer acontecer o “Festival
de Dança”.Antes da dança já existia teatro,
mas a diferença é que não houve persis-
tência no movimento, ou seja, sucumbiu
no meio do caminho.
Atualmente, em Joinville faz-se
muito teatro. Com a criação de espaços
Superada a falta de espaço, renasce o teatro joinvilense
(Juliana Batista)
alternativos como o Complexo Cultural
Antártica e o Teatro Juarez Machado, a co-
munidade está tendo mais oportunidades
de conhecer essa cultura. Os grupos inde-
pendentes que lutam para sobreviver atra-
vés dessa arte também foram beneficia-
dos. Agora eles têm um espaço gratuito e
apropriado para ensaios e apresentações de
peças. De acordo com o coordenador de
teatro da Fundação Cultural de Joinville,
Valmir Nisch, a população tem dado muito
apoio e incentivo aos grupos criados em
bairros. “Hoje, a demanda por cultura nos
bairros é tão grande quanto a que pede pa-
vimentação”, afirma.
No mês de maio, mais uma edição
do projeto “Caravana da Cultura” foi pre-
parado. O projeto dá oportunidade para as
pessoas de bairros distantes do centro, par-
ticiparem de oficinas de desenho, artesa-
nato, tapeçaria, dança, coral, nutrição, ce-
râmica e teatro. Entre os dias 20 e 25 de
maio, a caravana esteve no bairro Espi-
nheiros para chegar mais uma vez ao seu
objetivo principal: descobrir novos
talentos. Como incentivo maior aos parti-
cipantes, a Fundação Cultural oferece uma
bolsa a quem mais se destacar para entrar
na escola de teatro da Casa da Cultura.
Esse tipo de trabalho está fazendo
com que a cultura teatral não se limite so-
mente a grupos independentes e
espetáculos com preços altos no Teatro
Juarez Machado. As pessoas de classe
média e baixa também podem assistir e
aprender. Capim, como é conhecidoValmir
Nisch, conta que no mês dezembro de
2001 a escola de balé Bolshoi montou o
“Quebra Nozes”, um balé clássico do
século passado, formado por quase du-
zentos bailarinos. O prólogo (a abertura
do espetáculo) foi formado por 12 atores,
dando oportunidade a pessoas do bairro
Itinga, e fez com que a apresentação fosse
um sucesso. “Atores e público oriundos
dos bairros. É um avanço para a cultura
joinvilense”, afirma o coordenador.
Os grupos independentes também
estão trabalhando para as pessoas dos bair-
ros. Para isso foi criada a Associação de
Teatro na cidade.Assim, todos os teatreiros
lutam pelo mesmo objetivo: Conseguir
apoio da Fundação Cultural, para cada vez
mais trabalhar para a comunidade. Sendo
assim não será preciso pagar ingresso para
assistir uma peça de teatro.Aprova de que
isso já esta acontecendo foi a ação da pre-
feitura, que transformou o grande galpão
da Antártica num espaço só para o teatro.
Hoje, a média de freqüência nos finais de
semana é de 50 a 59 pessoas por espetá-
culo. Resultado que Capim considera uma
vitória, pois Joinville não tem a tradição de
temporada de teatro. “Renasce o teatro em
Joinville”, afirma.
14 Turismo/Cultura
Vai casar? Então arrume o
véu, a grinalda e as malas. Trocar
as alianças em lugares mais exóti-
cos possíveis deixou de ser uma ex-
travagância.Aidéia é realizar a ceri-
mônia de casamento em locais e des-
tinos geralmente procurados apenas
para a lua-de-mel. Já pensou em di-
zer “sim” na Polinésia Francesa ou
na Disney? Os mais glamourosos e
endinheirados têm como opção as
famosíssimas capelas de Las Vegas,
denominada a capital mundial dos
casamentos.
Atualmente, o matrimônio é
um dos atrativos mais pitorescos do
Taiti. Ainda que possuam muitas
vezes um valor simbólico, essas
cerimônias se popularizam principal-
mente pelo seu charme, e, claro,
pelo grande romantismo, seja den-
tro do hotel ou, mais comum, às
margens do mar. Parte da festa de casa-
mento é realizada no mar, dentro de uma
canoa chamada piragua. Os casais be-
bem champanhe enquanto o sol se põe.
E podem ser levados para dar um passeio
ao “redor” da aldeia em cadeiras
carregadas pelos nativos da ilha.
A Polinésia Francesa é um territó-
rio ultramarino francês. São 118 ilhas e
atóis repartidos em cinco arquipélagos,
situados no sul do Oceano Pacifico, bem
isolados do resto do mundo. Seu mar é
incomparável, super transparente, com
anéis de corais e águas tranqüilas, uma
cordilheira submersa de origem vulcâni-
ca, da qual só se vêem os picos. Esse
E aí? Decidiu casar? Arrume o
véu, a grinalda e não esqueça a
escolha: “aquele lugar”
fenômeno proporciona vários tons de azul
e verde, consti-tuindo-se em um
espetacular aquário a céu aberto.
O padre realiza a cerimônia em
duas línguas, tahitiano e francês ou in-
glês. Todo o ritual difere do que tradicio-
nalmente tem por aqui. Na cerimônia das
alianças os cônjuges buscam água do mar
para a purificação da união. Colares e
coroas de flores são postas um no ou-
tro, e, no fim, é assinado o certificado.
Lembre-se:As línguas oficiais da
Polinésia Francesa são tahitiano
(nativo) e francês, embora muitas
pessoas falem o inglês. Não é permiti-
do dar gorjetas. Estas não são admiti-
das. Pela cultura local, são contra as
regras de hospitalidade.
Agora já pensou em casar na
Disney, e ter seus padrinhos de casa-
mento o Mickey e a Minnie? Um pavi-
lhão de vidro foi feito em uma pequena
ilha cercada pela
Seven Seas Lagoon, e lembra uma casa
de veraneio vitoriana. Ao fundo, vê-se
o castelo azul da Cinderela. Existe algo
mais cor de rosa do que chegar na
capelinha a bordo da carruagem da
Cinderela, com direito a cacheiro de pe-
ruca loira? Cada casa-mento é pensado
de forma perso-
nalizada, dando uma cara de set de
filmagem a todas as cerimônias. Para a
recepção são oferecidas opções
estranhamenteinfantis em se tratando de
uma festa nupcial.
DIVULGAÇÃO
Primeira Pauta Junho de 2002
A região do Quiriri, na Serra Dona
Francisca, possui uma das maiores áreas
de preservação ambiental de Joinville. Ali
pode-se observar a riqueza da MataAtlân-
tica em sua exuberância natural. Morado-
res consideram possível a alternativa de
exploração turística, que agrega valor à ati-
vidade agrícola de forma sustentável e eco-
logicamente correta.
O governo do Estado repavimentou,
recentemente, a rodovia SC-301, na Ser-
ra Dona Francisca, investindo em ilumi-
nação, mirante e cuidados na manutenção.
A obra, aliada à beleza da mata intocada
que cobre as montanhas, brindada por ri-
achos e cascatas, transformou-se num
dos mais belos cartões postais do Esta-
do, comparado apenas à Serra do Rio do
Rastro, no Sul.
Na expectativa de que turistas se-
jam atraídos para o local, moradores da
comunidade de Rio da Prata, ao pé da Ser-
ra, pensam em investir no setor turístico.
No local já existem dois restaurantes mui-
to concorridos, além de dois pequenos ho-
téis, posto de combustível e vários bares
e lanchonetes famosos pelo pastel e pela
cachaça de alambique produzida na região.
Além das casas em estilo enxaimel
muito bem conservadas, existe o atrativo
ecológico na região do Quiriri, local de pre-
Moradores consideram possível a alternativa de exploração turística, que agrega valor à atividade agrícola
Quiriri quer entrar na rota do turismo
Renni A. Schoenberger servação permanente. O
complexo natural é vital
para a formação do ma-
nancial que abastece a ci-
dade e tem sua população
fixa controlada pela
municipa-lidade. Alguns
proprietários rurais pen-
sam em investir no turis-
mo, aproveitando as rique-
zas naturais de suas ter-
ras. É o caso de Paulo
Schulze, cuja propriedade
foi visitada pela reporta-
gem do jornal Primeira
Pauta.
À direita da SC-301,
no sentido Joinville-Cam-
poAlegre, o pórtico anun-
cia: Estrada Quiriri (o pór-
tico, além de atrativo tu-
rístico, foi instalado para
controlar a ocupação do
solo – uma questão de saúde pública em
função das nascentes). Seguindo pela es-
trada, o visitante é surpreendido por uma
ponte coberta. Logo em seguida, outra
ponte, esta sobre o Rio Cubatão. Deixa-se
a estrada Quiriri logo após o Rio Cubatão,
rumando à esqueda, no sentido contrário
ao das águas, pela Estrada Covanca, que
margeia o rio. Mais quinhentos metros e
chega-se ao sítio arborizado e gramado
de Paulo Schulze.
brancas até formarem uma piscina natu-
ral de água cristalina e fria. Em volta, a
mata fechada esconde os raios do sol, que
conseguem se infiltrar apenas por sobre
o paredão rochoso. Por instantes, parece
que o paraíso não pode ser muito diferen-
te daquele local.
A volta deu-se por picada, para se
ter contato com mais uma vedete da pro-
priedade. Trata-se de uma figueira majes-
tosa, com 13 metros de diâmetro, si-
tuada bem próxima do local onde ficou a
camionete. A descida tranqüila até a sede
reserva uma última surpresa. “Frau”
Schroeder, em farto café, apresen-
tou um pão diferente. “É pão cozido. Sova-
se a massa da mesma forma do pão ca-
seiro. A diferença é que, ao invés de ir
para o forno, é cozido. Para não
desmanchar, coloca-se dentro de um
saco de linho branco. É uma receita
que veio da Alemanha através de
nossos antepassados”, disse a orgu-
lhosa dona-de-casa. A iguaria é sabo-
reada embebida no molho de
frango ou marreco, ou em açúcar e ca-
nela.
Na despedida, Paulo revelou que
planeja construir cabanas,
com um amplo salão comunitário central,
para que os turistas tenham,
além do passeio, conforto e lazer.
Foi a primeira vez que uma
equipe de reportagem visitou esses
locais.
O imóvel, de 500 mil metros qua-
drados, conta com uma pequena casa
enxaimel que requer reparos, e a casa prin-
cipal, onde mora a sogra de Schulze. “De-
vido a subida longa e íngreme, vamos de
Toyota”, recomendou Paulo, referindo-se
à camionete de carroceria de madeira. A
subida, por entre um bananal de 4 mil pés,
ocorre sem sobressaltos. A poucos
metros da chegada, uma parada
para apreciar a pai-
sagem do verde
vale a milhares de
metros de distân-
cia.
No início da
caminhada, que
não é longa, mais
uma surpresa: um
imenso machu-
cheiro (pé de
machucho, ou
chuchu silvestre)
cobre toda a pai-
sagem.Amata vir-
gem, o caminho
aberto a facão, o
rio Canhada. Pou-
cos metros acima,
a grande atração:
uma cachoeira
com mais de 50
metros de altura,
cujas águas des-
cem espumantes e
15 Turismo
DIVULGAÇÃO
Figueira com 13 metros de diâmetro
chama a atenção pela imponência
Paulo Schulze em sua propriedade,
junto ao machucheiro
RENNISCHOENBERGER
Primeira Pauta Junho de 2002
Um esporte amador pouco popular
vematingindoótimosresultadosnascom-
petições estaduais, até mesmo com des-
taque nacional. Nos Jogos Abertos de
Santa Catarina (JASC) o tênis-de-mesa
é a modalidade que mais títulos trouxe
para Joinville. “De 41 disputas, a equipe
masculina trouxe 17 troféus para o
município. O atletismo e o bolão são as
modalidades que mais se aproximam”,
explica Celso Toshimi Nakashima, 37
anos, professor e atleta da equipe adulta.
A equipe de tênis de mesa, genui-
namente joinvilense, é a campeã em re-
gularidade. Apoiada pela Fundação
Municipal de Esportes, aparece
positivamente no ranking do Estado. Nos
joguinhos abertos, a categoria, que
envolve atletas de até 17 anos do sexo
masculino, tem uma participação signifi-
Resultados conquistados recentemente credenciam a modalidade como uma das melhores do Estado
Tênis-de-mesa é destaque em Joinville
Igor Schulenburg
A Associação Joinvilense
de Tênis de Mesa (AJTM) é
mantida pela Fundação Munici-
pal de Esportes e coloca à
disposição dois treinadores:
Alice H. S. Nakashima, respon-
sável pela escolinha e iniciação,
e Celso Toshimi Nakashima,
responsável pelos treinamentos
das equipes até 17 anos e o
Jogos Abertos de Santa
Catarina.
O tênis de mesa em
Joinville está diretamente ligado
ao Projeto Jovem Cidadão, da
Fundação Municipal de
Esportes. O projeto, iniciado há
mais de um ano, tem por objetivo
massificar a atividade esportiva
nas crianças de 9 a 14 anos, que
está espalhado por todos os
bairros de Joinville. “Nós temos
cinco núcleos nas escolas da
periferia. Nos bairros Vila
Nova, Itinga, Bom Retiro, Cos-
ta e Silva e Iririú as crianças já
podem praticar tênis de mesa.
Estamos atingindo todos os
cantos da cidade. Nosso esporte
está crescendo”, comemora o
professor Toshimi.
cativa. Das 14 edições, Joinville chegou
a todas às finais. No circuito catarinense,
organizado pelaAssociação Catarinense
de Tênis de Mesa, a equipe ganhou o
troféu eficiência - somatório de todos os
pontos de todas as categorias - da
segunda etapa, em Porto União. “Para
a terceira etapa, em Criciúma, vamos
com representantes em todas as cate-
gorias”, afirmou Toshimi.
Quem pode jogar ?
Uma das grandes vantagens do
tênis-de-mesa em relação a grande
parte dos esportes é que para praticar
essa modalidade, não existe um biotipo
exato. Segundo o atleta sênior, Nilton
Schulenburg, de 49 anos, “todos podem
jogar, adequando-se perfeitamente”.
Para ele, o maior exemplo disso é que
muitos atletas de 8 a 80 anos partici-
pam anualmente de uma competição
AJTM e o projeto
Jovem Cidadão
Como qualquer outro esporte,
o tênis de mesa tem suas
particularidades.Algumas destas ca-
racterísticas são encontradas nos
tópicos abaixo:
• A bola fica em contato com a
borracha durante um milésimo de
segundo.
• A bolinha de tênis de mesa pesa de
2,4 a 2,53 gramas.
• A raquete pode ser de qualquer
tamanho, forma ou peso.As raquetes
pequenas não são obrigatórias.
• Existem 21 tipos de borrachas para
as raquetes.
• Quando se bate com força na
bolinha, mas de 10 kg de força são
exercidos sobre a borracha.
Curiosidades do
tênis-de-mesa
Muita gente quer emagrecer.
Afinal, quem não gosta de ser
esbelto, possuir um corpo bem
proporcionado, definido, sarado? No
entanto, quando o assunto diz respei-
to a malhar, praticar qualquer
atividade física para obter a
satisfação daquele corpinho perfei-
to, problemas do tipo desgaste -
resultado do esforço excessivo, es-
tafa, distensão nos músculos e nas ar-
ticulações, acabam desanimando, e,
por fim, levando o indivíduo a desistir
de tudo.
Uma novidade vinda dos
Estados Unidos, direto para Joinville,
coloca um ponto final neste martírio.
O “Sky Walker”, um aparelho de
última geração, desenvolvido pela
NASA, possibilita queimar maior nú-
mero de calorias em menos tempo,
eliminando as gorduras de maneira
simples e muito mais confortável. O
Equipamento garante emagrecimento sem esforço
“Sky Walker” causa menos impac-
to nos movimentos do usuário, que,
apoiado sobre ele, tem a sensação
de estar deslizando suas pernas su-
avemente para frente e para trás.
Ele proporciona a sensação de ca-
minhar sem o atrito dos pés com o
chão, além de melhorar a resistência
física.
CALORIAS
Outra vantagem desse
equipamento é de ser apropriado
para pessoas com problemas no jo-
elho, enfermidade bastante comum
nos indivíduos com excesso de peso.
Trinta minutos de “Sky Walker” a
uma velocidade média/normal de 4,5
a 5,0 km/hora correspondem a 300
calorias eliminadas. Para obter esse
mesmo efeito numa caminhada ou
esteira serão necessários 60 minu-
tos.
Sendo o único existente no
16 Esporte
voltada à colônia japonesa em todo o
Brasil.
Os treinamentos são iniciados
pelos fundamentos básicos. Somente
após a fase de aperfeiçoamento o atleta
começa a ser preparado para as com-
petições. Toda a caminhada é
acompanhada por professores. Apesar
disso, algumas lesões comuns acabam
atrapalhando os atletas. O professor
Toshimi relata que uma das principais é
a epicontidilite: “Uma inflamação no co-
tovelo, vulgarmente chamada de
cotovelo de tenista”. É comum, ainda,
o aparecimento de lesões no joelho e
no tornozelo, por exigir movimentos rá-
pidos e bruscos.
Aconcentração, segundo Toshimi,
é 50% do jogo. Para ele a pessoa tem
de estar muito concentrada para
conseguir utilizar a sua arma contra
qualquer oponente. “O reflexo e a
agilidade são fundamentais”, explica.
Estado de SC, o equipamento
encontra-se na Academia Podium
Ginástica e Musculação Ltda.,
localizada no centro de Joinville. A
Academia Podium iniciou suas
atividades, em 15 de maio de 1987. A
cidade possuía apenas duas
academias, a Marathon e a Califórnia.
Como na época já existiam faculda-
des de Educação Física e Fisiotera-
pia na região, não foi difícil encontrar
mão-de-obra qualificada para
trabalhar, e a Podium ainda patroci-
nou cursos de especialização, em São
Paulo, para os professores contrata-
dos.
Além do Sky Walker, a Podium
oferece também outros
equipamentos, como bicicletas,
esteiras eletrônicas, “steppers”, todos
para musculação.O cliente encontra
ainda jazz, dança de salão, ginástica,
e um novo estilo de dança praticada
pelos adolescentes conhecida como
lambaeróbica.
Marino Braga
Confira nas próximas edições do Primeira Pauta: Economia Solidária e Trabalho Informal

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  • 1. PRIMEIRA PAUTAJornal Laboratório do Curso de Comunicação Social do IELUSC - Ano 3 - No 21 - Junho de 2002 Canonização da Madre Paulina é explorada pelos comerciantes de Nova Trento Bom Jesus/Ielusc é palco de teatro Santa brasileira fomenta a fé e o comércio A Canonização de Madre Paulina marcou um novo tempo para Santa Catarina. O Estado ficou mais feminino com a inclusão deste nome marcante na sua história. A começar pela denominação desse território cravado na região Sul do País até a heroína Anita Garibaldi. O dia 19 de maio de 2002 ficou marcado como um novo acontecimento envolvendo uma mulher. A religião católica, a maior do Brasil, com 73% da população, ganha a sua primeira santa. Agora, a madre passa a se chamar Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Os católicos se voltaram para Santa Catarina por causa dessa mulher. Mulher italiana, brasileira e catarinense. No entanto o episódio da canonização também foi marca- do pelo oportunismo comercial. A fé que arrasta multidões também move o dinheiro e a ganância. A pacata cidade de Nova Trento, onde fica o santuário da santa, sofrerá mudanças radicais. Fiéis e vendedo- res ambulantes terão que conviver em harmonia. Em nome da fé e do dinheiro.(Págs.08 e 09) Durante a peça “Acordes, uma canção”, per- sonagens procuram seu par perfeito.(Pág.12) Esporte Embora seja esporte amador, o tênis de mesa traz vários títulos a Joinville. (Pág.16) Geral Congresso Nacional aprova lei permitindo a destruição de discos pirateados. (Pág.05) Polícia Andar a cavalo não é só lazer. Policiais de Joinville usam o animal para fazer rondas. (Pág. 06) Política Câmara de Vereadores realiza sessão no Jardim Edilene. (Pág.10) Saúde Pequenos cuidados com a voz previnem doenças. (Pág. 11) Se você quer casar e ainda não escolheu o lugar, o Pri- meira Pauta dá algumas su- gestões de lugares exóticos. No Taiti, a procura por casamentos à beira-mar tem crescido nos últimos tem- pos. (Pág. 14)
  • 2. Primeira Pauta Junho de 2002 A partir de 20 de maio, a Prefeitura Municipal de Joinville adotou um novo horário de atendimento aos contribuintes. O prefeito Marco Tebaldi (PSDB) foi justo ao atender os anseios de seus munícipes. Essa mudança, para melhor, não aconteceu em Blumenau. Lá, onde o go- verno é do Partido dos Trabalhadores (PT), o prefeito de- terminou atendimento das 7h às 13h sob a desculpa de con- tenção de gastos. Aliás, essa desculpa jamais foi aceita pelos petistas joinvilenses. O estranho é que o horário sempre foi polêmica em Joinville. Já o de Blumenau, não sei porque motivo, só é polêmica no Diário Catarinense e, ainda, resultado de uma matéria bem pequenininha e bem escondidinha. Aqui, petistas de plantão vivem agredindo o governo municipal sobre os gastos com propaganda. Eu quero ver os petistas falarem da cor-de-rosa Marta Suplicy. Ela, re- centemente, aumentou os gastos com propaganda, numa cidade que tem altos índices de criminalidade, falta de sa- neamento e outros. Também é o PT quem fica indignado com os partidos pequenos por, supostamente, ferirem sua ideologia ao se coligarem, em Joinville, com o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) na eleição para prefeito, em 2000. Mas por que os petistas não esclarecem à nação a coligação ao governo de Curitiba, em 1998, formada por PFL e PT? Ou a coligação entre PT e PSDB no Acre? As controvérsias entre falar e fazer continuam. A mais recente, que eu classifico como polêmica, foi a eleição de uma associação de moradores, também em Joinville. Ha- via três chapas. Uma concorrendo à reeleição, a outra era, na sua grande maioria, formada por militantes petistas e foi a vencedora. Você quer saber como eles ganharam? Eu conto. Os integrantes da chapa iam com seus carros nas casas dos moradores e levavá-os ao local de votação. Tudo muito gentilmente, é claro! E eles se acham no direito de falar dos partidos alheios. Não concordo com a compra de votos. De forma alguma. Mas se o discurso é todo em prol da moral e dos costumes é preciso, primeiro, verificar se a prática condiz com a realidade. De políticos falantes, cheios de promessas a cumprir, o país já está cheio. Certamente, o país não precisa que o PT aplique, na prática, o dito popular: ‘faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço’. Enfim, como diria meu pai, o PT é bom como oposição. Mas eu ainda tenho esperança, em, daqui há uns dois anos, talvez, escrever novamente, e quem sabe neste mesmo espaço para dizer: ‘Feliz o Brasil, que tem um pre- sidente como o Lula’. Isso se ele também não seguir a onda daqueles que falam, falam, falam e nada fazem. Democracia, honestidade e gasto do dinheiro público, só para os outros! Editorial Carta ao Leitor Expediente (Eunice Venturi)(Luciana Karine Soares) Alunos do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - 5º Semestre Disciplina de Técnica em Periódico I Adriana Caroliny Silvy Polícia Adriano Borges de Oliveira Variedades Cristiane Aparecida Kamarowski Variedades Edelamar Negherbon Saúde Elaine Cristina Dias da Costa Cultura Eunice Venturi Editora Flavia Maria Moreira Política Francisco Carlos Farias Geral Glaene Vargas Saúde Igor Ristow Wippel Schlenburg Esporte Juliana Batista Cultura Karla de Assis Pereira Cidade Keltryn Wendland Cidade Kleyton Clemente Política Luciana Karine Soares Editora Marco Aurélio Braga Rodrigues Estadol Maria Avelina Araújo Selbach Polícia Marino Angelino Braga Júnior Esporte Mauricio Rodrigo de Oliveira Polícia Paulo Romão de Moraes Geral Renni Alberto Schoenberger Turismo Roselete de Oliveira Cidade Simone Isabel Klein Turismo Vanessa Schiochet Diagramadora Mariangela Torrescasana Professora de Técnica em Periódico Edelherto Behs Coordenador do Curso de Jornalismo Colaboração Adilson Luiz Girardi e Juciano Lacerda A cidade de Nova Trento madrugou no domingo, 12 de maio, dia da santificação de Madre Paulina. Os fiéis choraram, festejaram a mais nova santa da Igreja Católica e primeira santa brasileira: Paulina. Mais de 2500 brasileiros estavam em Roma, na praça São Pedro, assistindo a missa em que papa João Paulo II tornou santa a madre brasileira. Isso é motivo de honra ao país. Estavam presentes, em lugar de destaque, autoridades brasileiras, entre as quais Fernando Henrique Cardoso, acompanhado da primeira dama Ruth Cardoso, e os governadores de Santa Catarina, EsperidiãoAmim e de São Paulo, GeraldoAlckmin. Os dois representavam os Estados onde a madre viveu e trabalhou para os pobres em seu postulado de amor e devoção. A santa é um mito para os católicos. Muitos crêem que ela trará paz e desenvolvimento ao Brasil. Acreditam, agora, em um mundo melhor para os brasileiros, com uma representante junto a Deus, oficialmente designada pelo papa. Os fiéis fazem romaria até os santuários construídos em sua homenagem, compram santinhos e rezam fervorosos à santa Paulina, pela realização de milagres. Apesar da esperança revelada por esse povo, é preci- so ter presente que nenhum santo irá resolver problemas de desemprego, assaltos, assassinatos, e tantos outros freqüentes em nosso país. Para problemas desse tipo, é necessário o empenho de um governo. Não basta rezar, não basta ter um santo brasileiro ou fazer promessas. É preciso trabalhar, pôr a mão na massa e agir com o intuito de diminuir todos os índices que maculam a imagem do nosso país. Não esqueçam, católicos, de unirem-se ao restante da população na luta por um país melhor. Rendam graças pela conquista, mas não esqueçam: a realidade não depende da vontade de quem já foi, mas de quem está aqui. Então, lutem pelo mundo justo que querem! Foi bela a missa celebrada no Vaticano pelo cansado papa. Mas voltem, hoje, ao mundo real e lembrem-se que a oração não acalmará os maus, eliminará a fome, pacificará os povos e terminará com as diferenças sociais. É preciso consciência, atitudes de cidadão que paga seus tributos e merece respeito.Alguém que vota e é filho deste solo “ama- do, idolatrado, salve, salve”. ÉprecisoqueoExcelentíssimoSenhorPresidenteda República aja com firmeza “pelo povo e para o povo”. Su- pere todos os empecilhos em busca de um país mais humano.SantaPaulinaviveuparaospobresepelospobres, levando uma vida dedicada a mantê-los protegidos e amparados em nome de Deus e de Jesus. Cobremos do governo e das autoridades amparo e proteção através das leis e recursos que disponibilizamos pagando os impostos. Que cada brasileiro seja declarado cidadão especial do Brasil, merecendo ser respeitado e tratado com dignidade. Salve santa Paulina! Salve o povo brasileiro! Santa Paulina abençoa o Brasil 2 Opinião
  • 3. Primeira Pauta Junho de 2002 O mau estado de conservação de passeios e vias impede o deslocamento se- guro de pedestres e ciclistas. Para cadeirantes ou dependentes de muletas, essa possibilidade torna-se praticamente impossível. Buracos, rachaduras, falta de rampas com a metragem correta causam problemas à vida dessas pessoas. Em muitos lugares não há calçada e, quando existem, muitas não obedecem às nor mas exigidas pela Fundação Instituto de Pes- quisa e Planejamento de Joinville. Segundo o artigo 155 da lei relativa a passeios na cidade, compete ao proprie- tário, ou seu ocupante, a execução e con- servação de passeios.ACompanhia de De- senvolvimento e Urbanização de Joinville (CONURB) é responsável pela fiscaliza- ção de vias e calçadas. Conforme Gelindo Fuchter, fiscal municipal do órgão, um pro- cesso de licitação está em andamento, en- volvendo comerciantes na construção de rampas de acesso em troca de espaços comerciais. O interessado construiria uma rampa de acesso às calçadas e teria espa- ço para divulgação no local. ParaAline Schaidt Bellane, assistente O deslocamento de portadores de deficiência física é dificultado pela má conservação de passeios públicos e ruas. Em vários locais do centro da cidade e dos bairros não há acesso para eles Falta de estrutura traz problemas a deficientes Karla de Assis Pereira KARLA DE ASSIS PEREIRA social da Associação de Deficientes Físi- cos de Joinville (Adeji), é necessário conscientizar a população. Em muitos ca- sos, as entradas de estabelecimentos comerciais não propiciam o acesso a pessoas portadoras de deficiência física. Não há rampas ou portas com largura sufi- ciente para a passagem de um cadeirante ou as rampas de acesso são muito inclina- das, exigindo a ajuda de outra pessoa. Os portadores de deficiência física enfrentam muitas barreiras para sair de casa, afirma Bellane.Alguns cinemas, nor- malmente em shoppings, obrigam essas pessoas a entrarem pela parte de trás, cita a assistente social. Se um cadeirante quer ir ao shopping, ele precisa de um acompa- nhante, pois não tem força para empurrar sua cadeira em rampas muito inclinadas, presentes na maioria deles. Os banheiros públicos não são equipados com barras de adaptação para apoio.Aline comenta ainda a impossibilidade de um cadeirante passe- ar em bairros da cidade, por causa da infra- estrutura. Boates e restaurantes também não possuem adaptações para portadores de de- ficiência. O transporte coletivo já tem uma estrutura razoável, segundo Bellane, com a criação do serviço eficiente. Ônibus têm adaptações especiais para deficientes físi- cos e os buscam em casa, porém, somente pessoas impossibilitadas de ir até um ponto de ônibus desfrutam dessa condição. Das frotas de ônibus convencionais 20% de- veriam ter adaptação para deficientes. Po- rém, após a criação do Tranporte Eficien- te, linha que busca o portador de deficiên- cia na porta de casa e é adaptada às neces- sidades dessas pessoas, os demais coletivos com adaptação diminuíram em número. O professor de squash, Sérgio Dias, concorda com as dificuldades apontadas por Bellane. Ele é professor de uma menina chamada Paola, de 10 anos. Ela é cadeirante e pratica o esporte há nove meses. Na opinião do professor, o preconceito é notado quando os portadores de deficiência física não têm acesso a determinados locais.Aconscientização dos joinvilenses é importante para que eles não sejam excluídos do convívio por proble- mas de locomoção. Denúncias de irregularidades em passeios ou vias devem ser feitas à CONURB, localizada na rua XV de Novembro, nº 1.383, anexo ao Centro CulturalAntarctica. O telefone é 423-1060. 3 Cidade Estudantes do Ensi- no Médio e Superior de Joinville voltam à luta pelo passe livre no transporte coletivo.A reivindicação é antiga e no último dia 14 de maio, estudantes se reu- niram com o prefeito Mar- co Tebaldi (PSDB) para expor suas dificuldades. Estiveram presentes em frente a prefeitura de Joinville aproximadamente 100 estudantes, enquanto uma comissão negociava com o prefeito. O coordenador da Juventude Revolução, Evandro Luis Pinto, entre- gou a Tebaldi uma cópia do projeto de lei que isenta os estudantes da tarifa. Se- Estudantes lutam pelo passe livre em Joinville gundo ele, o projeto já foi protocolado na Câmara de Vereadores, mas não existe pre- visão de que seja votado. A reivindicação apresenta pesquisa realizada no ano passado, que revela que 60% dos jovens param de estudar por cau- sa do custo dos transportes, que chega a R$ 1,20 antecipada e R$1,30 embarcada. O prefeito prometeu analisar a proposta, mas lembrou que a implantação do siste- ma integrado diminui em 50% os gastos na maioria dos casos. Outro ponto que merece análise, se- gundo o prefeito refere-se à liberação do passe para estudantes pode gerar uma des- pesa para o município sem estabelecer uma fonte de receita destinada a custeá-la. A gratuidade já atinge idosos, cartei- ros, bombeiros, bombeiros-mirins, polici- ais militares, guardas municipais, fiscais da Prefeitura, portadores de deficiência e acompanhantes de portadores de deficiên- (Roselete de Oliveira) cia. Professores das redes municipal e es- tadual têm 50% de desconto e estudantes de 1ª a 8ª série, 20%.Adificuldade da libe- ração está vinculada ao cálculo do custo realizado com base no custo em quilôme- tros rodados. Mesmo assim, o prefeito pro- meteu estudar a reivindicação e programou nova reunião com os líderes para o final do mês. Segundo Carlos Castro, estudante de Jornalismo do Bom Jeusus/Ielusc, algumas cidades já adotaram o passe livre para es- tudantes, motivo pelo qual o grupo Juven- tude Revolução luta para implantar tam- bém em Joinville. Castro ressalta ainda,que o fato de as duas empresas joinvilenses pa- trocinarem muitos programas na mídia, contribui para que não haja divulgação da luta do movimento estudantil pelo passe livre nos programas jornalísticos da região. PENA FILHO Carlos Castro, um dos organizadores do movimento Calçadas na rua Blumenau, próximo à Benjamin Constant. As más condições também se apresentam em bairros nobres como o América
  • 4. Primeira Pauta Junho de 2002 Domício Torres, gerente regional do Ibope, ministra palestra sobre Pesquisas de Opinião envolvendo as áreas de mídia, mercado, consumo e política. O evento, realizado pelo Bom Jesus/Ielusc, atraiu mais de 300 pessoas. Você já foi entrevistado pelo Ibope? Keltryn Wendland Em certos períodos, como os que antecedem as eleições, as pesquisas de opinião ganham maior evidência. Políti- cos, federações e outras instituições re- correm a este instrumento para medir a preferência do eleitorado. Outro setor que também faz grandes investimentos em pesquisas para medir a audiência são as empresas de comunicação, como o rádio e a televisão. Para falar sobre as metodologias aplicadas, o que são, e para que servem as pesquisas de opinião, Domício Torres, gerente do Ibope em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, ministrou palestra, no dia 15 de maio, a estudantes, publicitários e empresários. Torres conta que a história do Ibope coincide com o surgimento das pesqui- sas no país, quando em 1942, Auricélio Penteado, dono da Rádio Kosmos, de São Paulo, decidiu aplicar no Brasil técnicas de pesquisa aprendidas nos Estados Uni- dos, com George Gallup. A intenção era saber qual a audiência de sua emissora. Auricélio descobriu que a Kosmos era a última no ranking de audiência do rádio. Ele largou a rádio e investiu na pesquisa, fundando o Ibope. Para garantir a legitimidade das in- formações e fazer com que a amostra seja uma cópia fiel do todo, a metodologia apli- cada pelo Ibope prevê uma margem de erro de até 4,2 pontos percentuais. De acordo com Torres, para me- dir a audiência da televisão, o Ibope faz pesquisas regulares nas dez principais capitais brasileiras. Nas outras capitais e no interior são feitas pesquisas espe- ciais, de acordo com o interesse dos meios de comunicações ou agências de publicidade. Um dos instrumentos utilizados pelo Ibope para medir a audiência é o “peoplemeter”. O aparelho é instalado em cada televisor da casa do telespectador, coletando informações sobre que canal (aberto ou a cabo) está sendo assistido. Conforme Torres, devido ao alto custo do aparelho (cerca de 500 dólares), em San- ta Catarina somente na capital existe este tipo de tecnologia. Ao todo, são 11 “peoplemeters” em casas catarinenses. Outro sistema utilizado em São Pau- lo e no Rio de Janeiro é o “Real Time”, com transmissão de dados via rádio- frequência, que permite medir a audiência domiciliar minuto a minuto. Esse sistema possibilita visualizar a proporção de apa- MÁRIO ESPINOSA 4 Cidade relhos ligados, ou como está a au- diência em cada uma das emis- soras e compará-la com as ou- tras. Já nas pesquisas eleitorais são utilizadas diversas técnicas de apuração num mesmo levanta- mento. Através de um questioná- rio, o entrevistado responde a per- guntas espontâneas, como “em que candidato você pretende vo- tar?”, ou a perguntas estimuladas, através de uma cartela circular com opções de resposta para o entrevistado. Nesses mesmos le- vantamentos pode-se simular o ato da votação através de urnas e cédulas semelhantes às oficiais. Para garantir a legitimida- de das pesquisas nas eleições deste ano, o palestrante destaca a determinação do Tribunal Su- perior Eleitoral (TSE), de que essas pesquisas tenham o pré- vio registro de 10 a 15 dias na Justiça Eleitoral antes de serem divulgadas. O desrespeito a esta lei cons- titui crime eleitoral, sendo punidos os re- presentantes legais do instituto de pes- quisa e os do veículo de comunicação ESPAÇO PARAANÚNCIO Vem aí... Dia 18 de outubro, no Bom Jesus/Ielusc Domício: pesquisas eleitorais em diversas técnicas que divulgarem tais informações. Con- forme Torres, para os demais tipos de pesquisa, não existe uma legislação que proteja o consumidor.
  • 5. Primeira Pauta Junho de 2002 Congresso Nacional aprovou em abril lei que proíbe a venda de produtos fonográficos pirateados Legislação permite destruição de discos piratas Paulo Marttini Em abril deste ano, o Congresso Nacional aprovou uma lei permitindo apre- ensão e destruição de meios fonográficos pirateados. A venda, que aumenta a cada dia, deixa de arrecadar impostos aos cofres públicos. Esses recursos poderiam ser utilizados para saúde e educação, por exemplo. Em Joinville, no centro da cidade, são mais de 20 vendedores de discos compactos entre os quais estão lojas de cosméticos, lingeries e até mesmo cabe- leireiros. Essa prática ilegal gera uma re- ceita considerável ao proprietário do esta- belecimento, pois não há agregação de impostos. É dinheiro limpo tanto para o fabricante de discos piratas quanto para o distribuidor, e mais ainda para o vendedor a granel. Uma pesquisa feita no centro da cidade revela que 30% optam pela com- pra de discos originais, 50% pelos piratas e 20% não fazem diferença em suas op- ções. Segundo o estudanteAdriano de Oli- veira, “a pirataria de discos é o reflexo do abuso praticado pelas gravadoras e as lojas. Não há necessidade de faturarem tanto”. O Diário Oficial de 22 de abril publicou a lei aprovada pelo Congresso Nacional proibindo a venda de qualquer produto fonográfico sem autorização da empresa mantenedora dos direitos auto- rais. O não cumprimento dessa lei é tido como crime federal. Apenas cópias caseiras de discos, fitas e cartuchos es- tão liberados. Contudo, essas não podem ser comercializadas de forma alguma, sendo os proprietários enquadrados na nova lei. Marli Avancini, proprietária de uma das lojas mais conceituadas de Joinville, reclama que essa velha modalidade de ven- da clandestina está ficando mais intensa a cada dia que passa. “Começaram com uma fitinha aqui, outra ali, e com o baratea- mento do material virgem. As vendas pu- laram para o digital e ninguém mais segurou. Eles não querem saber se estão ou não dentro da lei. Apenas vendem e vendem muito”, diz ela. Outro ponto discutido entre técni- cos responsáveis pelas gravadoras e políticos diz respeito à qualidade da fonografia utilizada nos discos piratas. São produtos gravados em prensas caseiras, gravadores de cds de micro computado- res interligados em rede, causando uma distorção de sinais de áudio, gerando um descontrole do nível de gravação dos dis- cos, prejudicando o funcionamento do apa- relho do consumidor. Mas o que está preocupando mais os 5 Geral A venda de veículos usados caiu consideralmente nos dois últimos meses deste ano. De acordo com a associação dos Revendedores de Veículos Automotores do Brasil, o número de ne- gócios fechados nos meses de abril e maio teve uma queda de 25,8%, comparando com janeiro e fevereiro. Os reflexos nas vendas atingem di- retamente as pequenas revendedoras de automóveis, que necessitam dos negóci- os do primeiro semestre para capitaliza- ção. Segundo Geovani Moretti, proprie- tário de duas revendas de veículos em Jaraguá do Sul, com aproximadamente 20 automóveis cada, comparando com o mês de março, abril ficou bem abaixo da ex- pectativa, quando apenas dois negócios foram fechados. “Em maio, as vendas cresceram, foram fechados quatro negó- O pagamento à vista é o preferido pelos compradores de veículos populares Carro usado ganha preferência do consumidor Francisco Carlos Farias cios, mas ainda está abaixo do espera- do”, disse Geovani. Dirceu Hausis, proprietário de duas revendas em Guaramirim, acentuou que o volume de negócios caiu somente no mês de maio, mas a margem de lucros já vem sendo reduzida desde janeiro. “O per- fil do comprador mudou muito nos últi- mos meses”, disse Hausis, afirmando que os carros mais procurados são os da li- nha mil e modelos: Gol, Corsa, Fiesta com variação de ano entre 95 e 97. “São car- ros de até dez mil reais, que o comprador pode pagar à vista”, disse atribuindo a razão para redução na margem de lucro. “Antes, em cada negócio faturávamos no mínimo dois mil reais. Hoje, esse valor fica em torno de quinhentos reais”, disse Dirceu. Outro aspecto apontado pelos pro- prietários de revenda de automóveis na região é a maneira como os compradores estão adquirindo os veículos.”Antes ven- díamos muito automóvel financiado, hoje, poucos são os negócios fechados neste sentido”, explica Geovani. MUDANÇA DE PERFIL Segundo Jurandir Machado, geren- te da revendedora Volkswagen em Jaraguá do Sul, houve uma mudança no perfil dos compradores de carros zero km. “O Gol básico é o mais procurado, mas os compradores querem pagar à vista”, disse ele, acrescentando que o comprador está atento para as altas ta- xas de juros impostas pelos bancos no financiamento de automóveis. “Se o comprador financiar em 60 parcelas, ele paga quase dois veículos e leva um”, calculou. Para se ter uma idéia, o Banco Real cobra 2,55% ao mês para financiar o carro usado. Jurandir cita um exemplo: “Um automóvel com valor de mercado em tor- no de onze mil reais, o consumidor paga- rá, através do leasing em 36 parcelas, dezesseis mil reais”, arrolou. A esperança de melhoria nas ven- das de carros usados está nos novos designers, apresentados pelas montadoras nos últimos meses. A Fiat lançou o Pálio Fire; a Chevrolet, Novo Corsa; a Ford o Novo Fiesta. “A procura por carros seminovos, como Palio Fire, é muita, mas veículos como este nós ainda não temos”, disse Hausis. donos de gravadoras e os artistas é a evolu- çãonadistribuiçãodedocumentosfalsos,que autorizam a prensagem em empresas ofici- ais. Segundo reportagem do Jornal Nacio- nal, estão sendo falsificadas até assinaturas deartistasparaqueoprocessodeprensagem ilegal possa andar “sem problemas”.APolí- ciaFederaljácomeçouainvestigarquadrilhas com atuação no Brasil e no exterior. PENA FILHO
  • 6. Primeira Pauta Junho de 2002 Adriana Caroliny Silvy Paquetá...paquetá...paquetá...paquetá... Esse é o som emitido por mais um dos ajudantes da Polícia Militar. Antes eram apenas carros, motos e bicicletas. Agora o policiamento é feito também com o uso dos cavalos. O pelotão de policiamento montado de Joinville é mais uma opção de segurança para a cidade, trazendo maior tranqüilidade e sossego para os mo- radores. Os maiores beneficiados são os joinvilenses que moram próximos à sede da cavalaria montada. A ronda a cavalo é mais efetiva nessas áreas, onde estão agregados os bairros Itaum, Petrópolis e Floresta. A região central também recebe atenção. Ela é bastante vistoriada pelos policiais que fazem a ronda a galope. Na opinião do policial Marcondes, Policiais a cavalo impõem respeito e aumentam a segurança o policiamento a cavalo é notado com mais facilidade. O campo de visão do policial aumenta e ele percebe rapidamente a mo- vimentação das pessoas ao seu redor. “Com o cavalo, o policial pode transpor os mais diversos tipos de terrenos, ocu- pando espaços onde a pé ou em veículo talvez não conseguisse chegar”, explica. Já o policial Abreu acentua que o policia- mento a cavalo destina-se preferencial- mente às áreas urbanas, no período no- turno, oferecendo grande capacidade operacional. Abreu acrescenta que “algu- mas pessoas têm medo do animal. Acho que impõe respeito”. Para a vendedora de cachorro-quen- te, Doralice Salgado Santana, a ronda fei- ta pela polícia trouxe vantagens para o seu pequeno negócio. Ela disse que antes os fregueses não paravam para comer os lan - ches. “Simplesmente compravam e leva- vam para comer em casa. Agora, com a polícia sempre por perto, as pessoas pa- ram, compram e sentam-se na barraca para degustar os quitutes”, acentua a vendedora O metalúrgico aposentado, Cás- sio de Freitas Albuquerque, morador do bairro Petrópolis, disse que a polícia ganhou mais força com a ajuda dos ca- valos. Para ele, “a violência ainda é in- tensa em todo o país, mas a polícia de Joinville possui uma ajuda extra e fun- damental”. Cássio Albuquerque conta que espera a noite chegar para ver a polícia passar montada nos cavalos. “Sou privilegiado, pois sempre que tem ronda, a PM passa na frente da minha casa. É um orgulho para mim e para minha família”, acrescenta o aposen- tado. O motorista de coletivo urbano, Jairo Jamil Pacheco Telles, conta que toda vez que faz o percurso pela Aveni- da Paulo Schroeder encontra dois ou três policiais militares em seus respecti- vos cavalos. “Na minha opinião, a polí- cia acertou em cheio utilizando os ani- mais para fazer as rondas. Eu não tenho medo dos cavalos, mas sei que muita gente tem. Se eu fosse um ladrão, ja- mais roubaria aqui nesse bairro”, finali- za o motorista. O policial Marcondes revela que o cavalo faz com que os bandidos sintam- se constrangidos. “O cavalo, pelo gran- de porte que tem, inibe a ação dos delin- qüentes”. Abreu acrescenta que o poli- ciamento a cavalo gera um efeito psico- lógico imenso nas pessoas, diminuindo os delitos. 6 Polícia Os roubos de automóveis têm aumentado muito nestes últimos tem- pos. Nos três primeiros meses deste ano foram roubados 357 veículos, entre motos e carros, número superi- or ao ano passado, quando foram fur- tados 240 veículos. As marcas de au- tomóveis mais visadas são o Volkswagen Gol, o Fiat Uno e quase todos os tipos de motos. A área central é a região mais vi- sada. A rua dos Ginásticos e a rua Felipe Schmidt, próximo ao Supermer- cado Angeloni, são as vias onde acon- tece a maioria dos roubos. As aveni- das Getúlio Vargas e Juscelino Kubistcheck, as ruas São Paulo, João Colin, Blumenau e Dona Francisca também atingem altos índices de rou- bos, principalmente próximo a esco- las, igrejas, supermercados e hospitais. NumareuniãoentreaspolíciasCi- vil, Militar e a Guarda Municipal ficou decididooaumentodopoliciamentonas ruas centrais, com o objetivo de coibir os furtos de veículos. O comissário de políciadaDelegaciadeInvestigaçãoCri- minal (DIC),Vilmar Orts, informou que no início desse ano foi desmantelada a quadrilha dos “Irmãos Metralhas”, es- pecializada em roubos de camionetes. Dois integrantes já estão soltos. Furto de veículos cresce em Joinville (Maurício Rodrigo de Oliveira) Além das quadrilhas, as oficinas de desmanches de veículos vêm cres- cendo de forma alarmante e muitas já foram descobertas em vários bairros da cidade. Segundo Marco Aurélio Marcucci, delegado da DIC, alguns cuidados podem ser tomados para evi- tar o roubo do veículo, como: • Não esquecer de travar as portas e fechar os vidros do veículo. • Não deixar objetos de valor visíveis dentro do carro. • Não estacionar o carro em lugares desertos ou longe do seu destino. • Usar dispositivos de segurança, como alarmes e travas. • Optar por um estacionamento pago, ao invés de estacionar na rua. Dispositivos de segurança são alternativas contra furtos Para inibir os roubos de automó- veis, a procura por dispositivos de se- gurança, como alarmes e travas elétri- cas, tem aumentado muito. Cada vez mais são introduzidos no mercado no- vos acessórios de segurança ainda mais sofisticados, que acabam se mostran- do frágeis diante da ousadia dos ladrões de carros. O crescimento da população joinvilense, nos últimos anos, tem impli- cado no incremento da criminalidade. A afirmação é do delegado da 14° Delegacia de Polícia, Wilson Maçon. Ele aponta dois fatores importantes para o aumento do crime: o tráfico de drogas e o desemprego. Na periferia o problema é maior, tendo em vista a falta de instrução dos moradores e o alto nível de desemprego. Os delitos mais comuns na área cen- tral da cidade são os furtos à residência e de automóveis. Os menores são bastante utilizados nesses casos e, na maioria das vezes, eles roubam para comprar drogas. Para Maçon, o principal problema no Brasil é o Sistema Penitenciário, conside- rado arcaico, necessitando de profundas mudanças. A Lei de Execução Penal pre- vê a reeducação dos criminosos, e isso na realidade não acontece. Segundo o de- legado, a Penitenciária de Joinville comporta 260, mas abriga, hoje, 600 presos. Quanto aos menores infratores, ele acha que deveria diminuir a idade para se- rem punidos. Pergunta onde colocá-los, se hoje já não existem mais locais dispo- níveis para isso. As penitenciárias estão com superpopulação. O ideal, na opinião do delegado, seria a criação de um Siste- Tráfico e desemprego aceleram criminalidade em Joinville ma Penal de Reeducação. Admite, no entanto, tratar-se de uma proposta utópica no Brasil. Também atribui à família parte da responsabilidade do au- mento da criminalidade entre os jovens, pois é grande a desestruturação dos lares. Outro grande problema na cidade é a falta de policiais civis. Maçon desta- ca que não adianta ter várias delegacias espalhadas pelos bairros sem pessoas para trabalhar. Em Joinville existem 150 policiais, dos quais 50 estão atuando. Para ele, uma solução a médio prazo seria im- plantar uma única delegacia na cidade, com serviços especializados. Maçou não acredita em solução in- dividual para a violência como a pena de morte. “Cada um hoje só pensa em si, só no seu patrimônio, se tranca em casa, enquanto os bandidos ficam na rua”, con- cluiu. Ele teme a possibilidade do erro e ter como conseqüência a morte de ino- centes. Também argumenta que nos pa- íses onde foi instituida a pena de morte não diminuíram os índices de criminalidade. Wilson entende que a situação dos presídios só vai mudar quando houver profundas mudanças não só no Código Penal, mas em toda a sociedade. (Maria Avelina)
  • 7. Primeira Pauta Junho de 2002 Art. 41. Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mes- mo período, e multa no valor de R$5.320,50 (cinco mil trezentos e vinte reais e cinqüenta centavos) a R$15.961,50 (quinze mil novecentos e sessenta e um reais e cinqüenta centavos) I – o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata; II – a distribuição de material de propaganda política, inclusive volantes e outros impressos, ou a prática de aliciamento, coação ou manifestação tendentes a influir na vontade do/a eleitor/a. Art. 43. Constitui crime, punível com detenção de dois meses a um ano ou paga- mento de cento e vinte a cento e cinqüenta dias-multa, divulgar propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou a candidatos, capazes de exercerem influ- ência perante o eleitorado (Código Eleitoral, art. 323). No dia 6 de outubro, das 8h às 17 h, o eleitor vai até o local de votação com o seu título de eleitor ou um documento de identificação. Deverá votar em seis candidatos, na seguinte ordem: 1º DEPUTADO FEDERAL 2º DEPUTADO ESTADUAL/DISTRITAL 3º SENADOR1 4º SENADOR2 5º GOVERNADOR 6º PRESIDENTE “Crimes Eleitorais” Flávia Maria Moreira Nas eleições deste ano, Joinville terá mais de 300 mil eleitores, registrando um aumento superior a 16% em relação à elei- ção de 1998. Essa eleição poderá ser divi- dida em dois turnos – o primeiro turno está marcado para o dia 6 de outubro, e, se houver segundo turno ocorrerá no 27 de outubro. Serão disputados os cargos de pre- sidente e vice-presidente da República, go- vernador e vice-governador do Estado, de- putado federal e deputado estadual, sena- dor. No site do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) consta a se- guinte observação: “Em razão de haver a renovação do Senado Federal na propor- ção de 2/3, o eleitor deverá votar em 2 (dois) candidatos para senador. O man- dato de um senador é de 8 (oito) anos. Para os demais cargos o mandato é de 4 anos”. A partir dos 16 anos de idade, estão aptos a votar os brasileiros natos e naturalizados. O eleitor que deixar de vo- tar e não o justificar até 60 dias após a realização da eleição incorrerá em multa. Ele deverá justificar a sua falta mediante requerimento dirigido ao Juiz da Zona Eleitoral de sua inscrição, ou pagar a res- pectiva multa, como consta no site do TRE-SC. Marisa Ferrazza, chefe de car- tório, informou que o valor da multa é de R$ 5,00 por cada eleição. Para os eleitores que se encontrarem no exterior na data da eleição, o prazo de justificativa é de 30 dias, contados a partir de sua entrada no país. O site do TRE-SC (www.tre- sc.gov.br) traz informações sobre a pro- paganda eleitoral, permitida a partir de 06 de julho. “É vedada, desde quarenta e oito horas antes, até vinte e quatro horas de- pois da eleição, qualquer propaganda po- lítica mediante rádio, televisão, comícios ou reuniões públicas, inclusive a relização de debates, ainda que pela Internet”, es- clarece o site do TRE-SC. A partir de 30 de setembro até o dia da eleição, os cartórios eleitorais estarão fornecendo gratuitamente aos eleitores que solicitarem o formulário “Requerimento de Justificativa Eleitoral”. Caso alguma pes- soa não saiba onde fica localizada a sua seção, ou, tenha alguma dúvida sobre a elei- ção, poderá pedir informações ao Cartório Eleitoral, informou Marisa. O expediente do Cartório Eleitoral é das 13h às 19h e o telefone é (47) 433- 0299. Mais de 300 mil pessoas estão cadastradas, registrando um aumento de 16% em relação ao pleito de 1998 Cresce número de eleitores em Joinville 7 Política
  • 8. Primeira Pauta Junho de 2002 Santa italiana, brasileira, catarinense e mulher Madre Paulina torna-se Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, um nome marcante num Estado já considerado feminino Marco Aurélio Braga Um acontecimento no mês de maio deixou Santa Catarina ainda mais feminino. Começando pelo nome do Estado, até a grande heroína desse ter- ritório cravado na região Sul do País é uma mulher, chamada Anita Garibaldi. Também é conhecida por ser a terra de Vera Fischer ou de Ana Moser, a ex- jogadora de vôlei. Mas em 19 de maio o Estado fi- cou marcado por mais um acontecimen- to que envolve mulheres. A Igreja Ca- tólica, a maior do Brasil, com 73% de adeptos da população brasileira, ganha o seu primeiro santo, ou melhor, san- ta. Na madrugada chuvosa daquele do- mingo, na localidade de Vígolo, no mu- nicípio de Nova Trento, Madre Paulina, a fundadora da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, tornou-se santa pelo papa João Paulo II, num fato inédito no catolicismo bra- sileiro, celebrado no Vaticano, em Roma (Itália). Agora, a madre passa a se cha- mar Santa Paulina do Coração Agoni- zante de Jesus. Os católicos se voltaram para Santa Catarina justamente por causa de uma mulher. Milhares de fiéis foram ao santuário da primeira santa brasileira, em Vígolo, bairro de Nova Trento, para fazer promessas. Mas também para co- memorar o fato histórico. Na madru- gada de domingo, três telões foram es- palhados no lugar onde Madre Paulina viveu. Cerca de 15 mil fiéis, segundo a Polícia Militar, estavam à noite em Nova Trento. Os projetores transmitiam o momento exato da canonização pelo papa dire- tamente do Vaticano. Lá na sede, eram 9 horas da ma- nhã, no Brasil, 5 horas. Es- tavam presentes pessoas de todas as regiões do país. Fi- éis ardorosos da santa. A dona-de-casa Lurdinha Evangelista, de 46 anos, acompanhou toda a cerimônia, que começou ainda à noite, de joelhos, abraçada à sua filha de 8 anos. Chegou ao local em uma excursão. Ficou na mesma posição durante qua- se duas horas, quando o sol já começava a aparecer. A chuva não lhe fez desistir de acompanhar o mo- mento marcante. “Sou devota de Ma- dre Paulina. Ela curou minha filha”, di- zia emocionada. Pelo santuário da cidade de qua- se 10 mil habitantes passaram 40 mil fiéis durante a festa de canonização. Estacionaram 400 ônibus de excursão e 5 mil veículos. Teve gente que veio a pé. O argentino Ernesto Dominguez saiu de Balneário Camboriú às 6 horas da manhã e chegou por volta das 19 ho- ras de sábado. Ainda passaria à noite no lugar. Caminhou a distância de 60 quilômetro para pedir uma solução para o seu país, que vive uma grave crise econômica. “É preciso rezar muito para 8 Estado tirar a Argentina da crise”, desabafou, cansado do percurso. Camelódromo Essa fé que move as pessoas tam- bém move negócios lucrativos. O co- mércio nunca tinha sido tão movimen- tado em Nova Trento. Centenas de co- merciantes chegavam ao santuário com o único propósito de faturar. Cerca de 200 deles invadiram o local. Vendia-se de tudo. Desde cha- veiros e cortador de frutas até singe- las medalinhas com a foto da milagreira e camisetas. Produtos pirateados tam- bém ganharam espaço. A movimenta- ção espantou a cidade pacata e causou mal estar entre as autoridades. O pre- feito, Godofredo Tonini, achou des- respeito e prometeu agir com rigor. O governo estadual, representado pelo presidente da Santa Catarina Turismo (Santur), Flávio Coelho, taxou a situ- ação como “um camelódromo”. As re- ligiosas da congregação, obviamente, não aprovaram. A canonização de Madre Paulina mexerá com o pequeno município catarinense. Projetam-se várias mu- danças de infra-estrutura na cidade. Há somente dois restaurantes e a rede de hotéis é inexpressiva para o número de turistas, que devem visitar o lugar onde a primeira santa brasileira viveu e construiu parte de sua obra. Revi Revista Eletrônica do Ielusc MARCO AURÉLIO BRAGA Em Nova Trento, os comerciantes estão satisfeitos com o aumento das vendas
  • 9. Primeira Pauta Junho de 2002 É muito fácil chegar a Nova Trento. Veja abaixo qual o melhor trajeto. Vindo pelo sul do país? Rodando pela BR 101, aproximadamente 40Km após Florianópolis, fique atento para entrar à esquerda na cida- de de Tijucas. Você terá que seguir caminho passando pelas cidades de Canelinha e São João Batista, até che- garàNovaTrento.EssepercursodeTijucasatéNovaTrento tem aproximadamente 40 Km. Vindo do oeste do Estado? Basta descer no sentido litoral pela BR 470 até che- gar a Blumenau. Você terá que passar pelos municípios de Gaspar e de Brusque, e em Brusque pegar a Av. 1º de Maio, que vai o conduzi-lo até Nova Trento. O percurso de Blumenau a Nova Trento tem aproximadamente 60Km. Vindo do norte do país? Pela BR-101, após passar a ponte do Rio Itajaí, aproximadamente 10 Km do sul você terá que entrar à direita em direção ao município de Brusque.Após, pegar a estrada que leva direto a Nova Trento. Esse percurso tem aproximadamente 60Km. Perfil de Nova Trento * 80 quilômetros de Florianópolis. * 9,5 mil habitantes. * Três hotéis. * Dois restaurantes. * Santuário fica a 4km da cidade. Como chegar... Quem foi Madre Paulina Batizada com o nome de Amábile Visintainer, Madre Paulina nasceu na ci- dade de Vígolo Vattaro, na região Trentina, na Itália, em 16 de dezembro de 1865. Dez anos depois emigrou para o Brasil e se estabeleceu na então dis- tante localidade de Vígolo, em Nova Trento (SC). Em 1890 deixou a casa paterna para instalar-se, junto com a amiga Virgínia Nicolodi, em um case- bre para cuidar de Ângela Lúcia Viviani, doente de câncer, que morreria três me- ses depois. Esse gesto foi o nascimento da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, hoje presente em 15 Estados do Brasil e em 11 países, comoArgentina, Bolívia, Colômbia, Chi- le, Itália e Camarões. Após os votos reli- giosos tornou-se Irmã Paulina. Morreu em julho de 1942, aos 77 anos, cega, so- frendo de diabetes e já tendo amputado um braço. Seus restos mortais estão na capela da Sagrada Família, em São Pau- lo (SP). 9 Estado Os dois milagres Madre Paulina foi responsável por dois milagres destacados para os processos até chegar à Canonização. Quem organizou todos os passos foi a irmã Célia Cadorin. O primeiro milagre foi em Eluíza Rosa de Souza, em 1966, no sétimo mês de gravidez. Ela teve morte intra-uterina do feto. Na operação para a retirada do bebê morto sofreu violenta hemorragia e um choque irreversível. Foi desenganada pelos médicos. Uma religiosa colocou sobre o peito de Eluíza um pedaço de roupa de Madre Paulina e juntou outras irmãs para rezar. No dia seguinte, a paciente estava curada. Esse feito fez o Papa João Paulo II conceder a beatificação em 1991. O passo decisivo para declarar a canonização de Madre Paulina foi a cura de Iza Bruna Vieira de Souza, que mora em Rio Branco (AC). Ele nasceu em 1992 com um grave tumor na cabeça. Submetida a uma delicada cirurgia no quinto dia de vida, apesar de fraca e anêmica, para a retirada do tumor, a menina sofreu convulsões cerebrais e parada cardiorespiratória. Os médicos afirmaram que se vivesse teria sérias seqüelas. O padre chegou a ministrar o batismo às pressas. Uma avó, devota da futura santa, deixou uma foto da milagrosa com a criança, que no dia posterior começou a apresentar melhoras. A menina, hoje com 10 anos, não tem quaisquer seqüelas da doença e prestigiou a canonização da santa que salvou a sua vida. www.ielusc.br/revi MARCO AURÉLIO BRAGA Fiéis de todo o país visitam o santuário
  • 10. Primeira Pauta Junho de 2002 No último dia 19 de junho a bancada da Câmara de Vereadores de Joinville des- locou-se da sua sede para o loteamento Jardim Edilene, no bairro Paranaguamirim, mais exatamente na Escola Municipal Pre- feito Joaquim Félix Moreira.Aação foi ini- ciativa do vereador Adilson Mariano, da bancada do PT, para tratar de assuntos de grande importância para aquela região. ACâmara de Vereadores de Joinville é desconhecida de muitos cidadãos, o que traz à tona várias opiniões sobre os assunto. A aproximação com a população é de fundamental importância para a socialização e a democratização das decisões tomadas dentro de um municí- pio. Infelizmente a realidade na maior cidade do Estado de Santa Catarina não é das melhores.As sessões que são realizadas durante a semana contam com a presença de pouquíssimas pessoas da comunidade. De quatro em quatro anos são eleitos 21 novos vereadores para atuar em prol da população da cidade, mas pouco se vê fazer nas comunidades menos favorecidas de Joinville. Muitas vezes os vereadores esquecem de assuntos relativamente importantes, como a saúde e educação, para tratarem de outras questões de importância nula para o meio social. A Diante das dificuldades enfrentadas pelas comunidades menos favorecidas de Joinville, o vereador Adilson Mariano toma iniciativa de realizar a sessão da Câmara no bairro Vereadores realizam sessão em colégio municipal Kleyton Clemente aproximação dos vereadores com a comunidade é de fundamental importância para o exercício de humanização da política e seus fins. Só assim vereadores saberão de fato quais são os verdadeiros problemas enfrentados no dia-a-dia pela comunidade, e a mesma saberá de fato quem é quem na política municipal. Na sessão realizada no loteamento Jardim Edilene muitas pessoas da comunidade compareceram para ouvir e discutir assuntos pertinentes àquela região.Adesempregada Maria de Fátima está revoltada com o descaso dos governantes de Joinville, principalmente com os vereadores. Contesta que em época de eleições todos são excelentes pessoas e tudo é motivo de aperto de mão. “Agora é isso aí, estão aqui para mostrar o que não fazem”, completa Fátima. As dificuldades vivenciadas pela população do loteamento Jardim Edilene são inúmeras: falta de pavimentação, po- liciamento, posto de saúde e, principalmente, falta de saneamento básico.As reclamações foram unânimes. Saneamento básico é prioridade para a região. O esgoto corre a céu aberto e pre- ocupa moradores. O desempregado Francisco Garcia de Freitas convive com o medo de seus filhos contraírem alguma doença nas valas. “Tenho medo que meus filhos se contaminem com alguma doença nessas valetas, deixo eles à vontade, pois não temos muitos recursos. Então eles brincam onde querem, mas seria muito bom se as autoridades resolvessem esse problema para nós”, complementa Francisco. Àpopulaçãocabeafiscalização, acompanhamento e cobrança dos vereadores de Joinville. O povo só tem voz quando a utiliza, só ganhará espaço no meio quando se filtrar e comparecer nas discussões que di- zem respeito à cidade. Atividades como esta que aconteceu no bairro Paranaguamirim devem ser rotina na vida dos vereadores. Assim, comunidade e ações políticas saem ganhando. 10 Política Responsabilidades do vereador “Os vereadores têm uma responsabilidade ética específica, por serem aqueles que determinam muito do que o prefeito pode ou deve fazer e por serem aqueles que fiscalizam a atuação do prefeito. Devido a seus vínculos político-partidários, os vereadores devem, legitimamente, representar e fazer valer os interesses particulares emergentes daqueles que eles representam. Sua maior responsabilidade ética, entretanto, reside em não reduzir sua ação política legislativa a interesses corporativos, muito menos a interesses pesso- ais escusos.Aresponsabilidade ética dos vereadores permite a legítima disputa pela prevalência dos interesses que representam. Mas exige que eles sejam capazes de compatibilizar e submeter, em última instância, esses interesses aos interesses coletivos de toda a municipalidade. Cada lei deve ser a expressão da vontade majoritária dos munícipes ou o resultado de um pacto social entre todos eles. A corrupção é uma prática inaceitável, mais ainda no exercício de um mandato político. Os vereadores devem ser um referencial ético para os cidadãos.” Fonte: http: //www. epam. sp.gov.br/etica/6.htm Plenário improvisado para realizar a sessão DIVULGAÇAO DIVULGAÇAO Vereador Adilson Mariano teve a iniciativa de realizar sessão nos bairros
  • 11. Primeira Pauta Junho de 2002 O Hemocentro de Joinville passa por boa fase e as coletas de sangue satisfazem a demanda da população Hemosc cumpre meta do Ministério da Saúde Edelamar Negherbon O Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemosc) de Santa Catarina começou o ano em Joinville com aproxi- madamente 700 doadores voluntários ao mês. Com esse número, atingiu a meta necessária para o consumo exigida pelo Ministério da Saúde. Nem mesmo o san- gue com tipagens negativas – somente 5% da população brasileira têm esses fatores – está em defasagem. O Hemocentro de Joinville faz parte de uma “hemorrede” criada pelo Hemosc. Há sedes em Florianópolis, Chapecó, Criciúma, Joaçaba, Lages e Joinville. “To- das as sedes são integradas, fazendo com que de acordo com a necessidade de cada hemocentro, um possa ajudar o outro”, diz Marilene Castro Royer, gerente técnica. “O Hemocentro de Joinville ainda tem novas metas e a principal delas é manter-se no atual nível de coleta de sangue”, complementa. Tânia Mara Weiler, auxiliar de assis- tente social, afirma que a principal dificul- dade para os doadores retornarem depois de seis meses é o atestado médico, que só é aceito pelas empresas uma vez ao ano. “Quem trabalha em horário normal fica prejudicado”, diz Tânia. É o que ocorre com o operário Manoel José, 24 anos. Ele faltou ao trabalho para doar sangue a um parente. “Perdi o dia, porque é a segunda vez que dôo num período de um ano”, re- lata. A queda nas doações acontecem principalmente no verão, quando regis- tram-se mais acidentes de trânsito e cres- cem de 20% a 30% as necessidades de transfusões. Segundo Tânia, é justamente nesse período que as doações diárias caem de 70 para 50 pessoas. Esses 20 doado- res a menos geralmente estão em férias. “Quando o índice de sangue no estoque está baixo, realizamos campanhas através dos veículos de comunicação, chamando as pessoas a doarem sangue. Também convocamos os cadastrados através de cartas e ligações, o que dá mais retorno”, diz ela. Tânia explica que o sangue coleta- do no Hemosc é enviado, após teste, aos hospitais, estando pronto para a transfu- são. Para tornar esse procedimento mais seguro, um pouco do sangue do paciente é colocado junto ao do doador para de- tectar se não existe nenhum anticorpo que cause reação ao organismo do receptor. Exigências Para que a pessoa seja considerada uma doadora, ela se submete a nove exa- mes, entre eles os de hepatite B e C, HIV, sífilis, doença de Chagas e leucemia. Três exames de tipagem sangüínea também são realizados. Mas não basta a pessoa que- rer ser doadora. Entre as exigências do Ministério da Saúde estão o de peso aci- ma de 50 quilos, não estar gripada nos últimos sete dias, não estar tomando ne- nhum tipo de medicamento, não estar em jejum, não estar grávida ou amamentan- do, não ser, nem ter sido, usuário de dro- gas injetáveis, não ser homossexual ou bissexual, não ter relações com muitos par- ceiros e ainda, não haver ingerido bebida alcoólica num período de 24 horas. O pro- cesso de doação dura aproximadamente uma hora, sendo que a coleta dura entre cinco a sete minutos. O Hemocentro de Joinville fica na entrada do Hospital São José, na avenida Getúlio Vargas. A voz é um instrumento funda- mental do corpo humano, mas nem sempre recebe uma atenção especial das pessoas. Os profissionais da área de comunicação, em especial os locutores, utilizam a fala como principal ferramenta de trabalho. Muitos especialistas afirmam que, para ser um bom profissional, é fundamental cuidar bem da voz, mantendo sempre a saúde estética e vocal. A exposição aos fatores nocivos, como falar alto e prolongadamente em ambientes ruidosos, sem tratamento acústico apropriado, ou mesmo o hábito de pi- garrear bruscamente, sempre antes do ato da fala, deixam a pessoa mais vulnerável. Um dos problemas que mais afeta o profissional da voz é a disfonia, mais conhecida por rouqui- dão. É caracterizada pela alteração de todas as qualidades da voz e no modo de produzi-la. O tom torna-se mais grave (voz grossa), com quebras freqüentes marcadas pelo aparecimen- to de emissões sussurradas. Segundo o médico otorrino- laringologista, Álvaro Machado Pacheco, o esforço para a fonação causa vários outros problemas para quem sofre de rouquidão crônica. “A pessoa que tem uma voz rouca tende sempre a falar mais alto. Esse esforço causa sensação de cansaço, principalmente na região do pescoço, às vezes com surgimento de dor”, afirma. Segundo Pacheco, a rouqui- dão constante pode ser um sinal de que as cordas vocais estão sendo usadas de forma incorreta, com muita tensão. Tudo isso pode determinar o aparecimento de nódulos, e só podem ser tratados com o auxílio de um profissional da área de fonoaudiologia. Para a fonoaudióloga Mônika Schulzen, nesses casos, o ideal mesmo é poupar a voz, ou seja, fazer repouso vocal até desaparecem os sinais de rouquidão. O hábito de beber líquidos diariamente – até dois litros por dia – também é um meio de amenizar o pro- (Glaene Vargas) Cuidados com a voz podem prevenir problemas vocais blema, além de alguns exercícios vocais. Segundo Schulzen, a respiração inadequada, que começa logo na infância, também pode ser a causadora de vários distúrbios da voz. Cabe aos pais observarem os hábitos alimentares e de respiração de seus filhos, bem como a fala e o desenvolvimento da linguagem para poderem recorrer a uma ajuda profissional a tempo de prevenir dificuldades futuras. “Muitas pessoas poderiam ter um desempenho ainda melhor, se o seu desenvolvimento lingüístico tivesse sido corrigido ou es- timulado já no período de aprendizagem da fala”, ressalta a fonoaudióloga. Segundo Schulzen, o estado psi- cológico de cada pessoa também é res- ponsável por alterações na voz. Emo- ções muito fortes, como raiva e ansie- dade, podem ocasionar problemas, tipo a disfonia. “A rouquidão nunca deverá persistir por mais de 15 dias. Caso isso ocorra, a pessoa deverá procurar um fonoaudiólogo ou um médico otorrinolaringologista”, alerta a profis- sional. Algumas dicas • Procure não fumar; a fumaça irrita a mucosa da laringe, acumulando secre- ções nas cordas vocais. Além disso, o cigarro aumenta o risco de câncer. • Evite a exposição por muitas horas ao ar condicionado; ele resseca a mucosa nasal e toda a extensão da laringe. • Nunca aumente o tom da voz em lu- gares com muito barulho. • Procure não respirar pela boca em dias muito frios; o nariz filtra e aquece o ar, evitando assim que as cordas vocais recebam o ar gelado. • Evite bebidas alcoólicas; o álcool agride diretamente as cordas vocais. • Procure consumir alimentos fibrosos, como a maçã; ela age, limpando a boca e a faringe. EDELAMAR NEGHERBON 11 Saúde Doador voluntário colaborando com o Hemosc
  • 12. Primeira Pauta Junho de 2002 Joinville lança sua primeira banda de músicas internacionais. Esse era um antigo sonho do grupo Moquiatti. Com- posto por joinvilenses, ele agora têm como vocalista o californiano Rex Johnson. O grupo chama-se “Green Belly”, e já têm quatro músicas grava- das, e está trabalhando no seu primeiro disco, que deve ter em torno de 12 mú- sicas inéditas, de autoria de Rex Johnson. Prova do sucesso certo do Green Belly foi o blues Easy Rider, gravado pelo gru- po após a parceria e que já esteve entre as dez mais tocadas nas rádios de Joinville e região. Rex Jonhson iniciou sua carreira em 1965, no norte da Califórnia, na ci- dade de Eureka, aos 15 anos. Seu pri- meiro instrumento musical foi uma gai- ta de boca, que ele ganhou aos 20 anos. Ele possui, em média, 200 composições próprias, variando entre os mais pito- rescos ritmos, desde o jazz e o blues, passando por ritmos caribenhos, cuba- nos, franceses, angolanos, pop e reggae. Na cidade de Porto de Mazarron, Rex Johnson conheceu o artista plástico catarinense Antonio Mir, que lhe apre- sentou Julian Olsen. Este último fez o convite para vir ao Brasil. Uma amiga lhe presenteou a passagem e Rex Johnson aceitou a oferta. Seu primeiro trabalho no Brasil, onde reside desde 1999, foi em uma casa noturna chama- da Bali Hai, na praia de Piçarras, em SC. Desde então, Rex Johnson adotou o Bra- sil como sua terra. Para evitar proble- mas com a Polícia Federal e livrar-se da deportação, ele vai a Argentina de vez em quando e carimba o seu passaporte. Joinville tem sua primeira banda internacional (Adriano Borges) De cidade dos príncipes a reduto dos gaúchos Juventude busca outro tipo de diversão, recorrendo à cultura gauchesca Cristiane Aparecida Kamarowski Joinville, cidade colonizada por alemães, hoje serve de palco de tradições oriundas do Rio Grande do Sul. O interes- se do público revela o crescimento de apreciadores da música gauchesca. Ritmos como o dance, o pop, o pa- gode, dentre outros, deixaram de ser as únicas opções da noite joinvilense. É comum, nos dias de hoje, encontrar em bailes, pessoas vestidas “a caráter”, ou seja “pilchadas” (usando a vestimenta tra- dicional dos gaúchos). A indústria cultural mostrou, no de- correr dos anos, como os gêneros musi- cais adotados pelo público continuam sen- do alvo de metamorfose. É possível vol- tar um pouco no tempo e analisar ritmos que entraram no mundo da mídia, mas que atualmente vivem em descrédito. Lambada, axé e recentemente o Funk são alguns exemplos de ritmos e gêneros mu- sicais que acabaram por cair no esqueci- mento. A música gaúcha traz a seu favor toda uma história da cultura de um povo. O termo gaúcho surgiu em documentos a partir de 1790, como sinônimo de ladrões de gado que atuavam na fronteira do Brasil com o Uruguai. Até a metade do século passado, era utilizado de forma de- preciativa. Esse momento positivo da cultura tradicionalista gaúcha chama a atenção dos proprietários de boates e danceterias de Joinville. Para João Martins, proprietário da casa noturna Big Bowling, o interesse do público pela música gaúcha cresce a cada dia. “Já existe até um evento voltado especificamente para os amantes desse tipo de música”, ressalta. Todos os domingos, a casa oferece a seus freqüentadores uma banda de música gaúcha. Tal evento leva o sugestivo nome de “Domingueira Gaú- cha”. Para o empresário, o movimento tradicionalista ganha cada vez mais adeptos, principalmente entre o público jovem. “Antes, grande parte dos jovens não costumava freqüentar esse tipo de evento. Hoje eles são a maioria”. As lojas especializadas em artigos gauchescos (chapéu, bombacha, botas de couro, guaiacas, lenços, vestidos de prenda) comemoram esse momento de as- censão da tradição gaúcha em Joinville. Lourdes Tomazini, proprietária da loja “Rompendo Fronteiras”, comercializa es- ses artigos. E diz estar muito satisfeita com suas vendas. A grande procura pela indumentária gaúcha, de um ano para cá, originou seu interesse em abrir uma loja no ramo. Outra mania que está virando moda na cidade são os cursos de dança gaúcha. Hoje, já são cinco instituições que ofereçam essa possibilidade. Marcos Roberto Tomazini é coordenador e coreógrafo do grupo Rompendo Fronteiras. Ele foi o pri- meiro a lançar um curso de dança gaúcha em Joinville. “O jovem está cansado dessas boates, e está à procura de coisas novas. Na dança gaúcha eles encontram o companheirismo dos amigos”, justifica. Para o professor do CTG Sítio Novo, Paulo Santos, os jovens estão redescobrindo os costumes tradicio- nalistas. Um dos principais fatores responsáveis pelo aumento do número de adeptos a esse tipo de cultura é o clima familiar, além da mudança havida entre as bandas gaúchas. “Antes, eles tocavam músicas mais marchadas e simplesmente animavam um baile. Hoje, fazem um baile- show. Muitas pessoas, que vêm pela primeira vez, acabam por criar gosto pela coisa”, relata. Para Lílian Lisane Antunes, de 25 anos, primeira prenda do CTG, primeira prenda da Região, primeira prenda do Paraná e primeira prenda do Brasil, por meio da Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha, “o que está fazendo os jovens buscarem os costumes gaúchos é a música, com sua nova ‘roupagem’, e forma de dança mais estilizada”, comenta. Outro fato que também contribuiu para tal procura, são os rodeios. As pessoas adoram fazer acampamentos e lá acabam despertando, através dos bailes, o gosto pela tradição gaúcha. Algumas pessoas escolhem a tradi- ção gaúcha por influência da própria família, como no caso de Lílian. Seus avós eram adeptos das tradições gauchescas. Seu pai foi o coordenador da inver- nada, um movimento tradicio- nalista. A tradição é passada de geração em geração. Uma parceria entre joinvilenses e um californiano forma a banda “Green Belly” 12 Variedades
  • 13. Primeira Pauta Junho de 2002 O grupo Compasso Cia de Dança-Teatro trouxe ao anfiteatro do Colégio Bom Jesus/Ielusc trabalho único no Brasil Peça reproduz conflitos humanos Elaine Cristina Dias da Costa 13 Cultura “Acordes, uma canção”, esse é o nome da peça dirigida por Sabrina Lermen. Ela problematiza o tema e os atores concebem a peça a cada apresentação. “O espetáculo surgiu da necessidade de contribuir para que temas como dependência do outro, re- lações de poder, ânsia por pertencer a algum grupo, procura por si mesmo, solidão,silêncioevaziofossemdiscuti- dos, percebidos, questionados ou tão somente sentidos”, comenta a diretora do espetáculo. São três personagens, um velho, seu Hary, e duas mulheres que lutam pelo seu amor, Aurélia e Alverita. A sonoplastia, de Oswaldo Montenegro aZelwer,ajudaopúblicoarefletirsobre a sensação de vazio e dependência do amor. Por ser uma peça de criação coletiva,osatorescriammovimentosa partir de visões do cotidiano, buscam os ritmos naturais do corpo,queexpressam os estados mentais e emocionaisdaspesso- as. O espetáculo co- meçacomumaguerra de sapatos. Como se trata de temas muito subjetivos, é preciso queopúblicoseliber- te de qualquer pré- conceito ao assistir o espetáculo. Os atores criam umalinguagemprópria. Cadapersonagemtem oseuidioma.Eosper- sonagens tentam se comunicar, e só con- seguem através da mimesis,teatralizaçãoetransposiçãode ações físicas e vocais encontradas no cotidiano.Masissotudoébaseadonos laboratórios e oficinas realizados pelo grupo durante os ensaios. Portanto, a cada apresentação o grupo mostra um trabalho concebido de uma forma di- ferente. Ao trabalhar com a análise do MovimentodeLaban-permiteconhe- cer os quatro fatores componentes do movimento corpóreo: peso, tempo, espaçoefluência-,SabrinaLermen inova. O objetivo do trabalho do grupo é comunicar como a arte, em especial o movimento e a dança, é umaexcelenteferramentaparaode- senvolvimento do indivíduo. “O in- teressante na peça é que o especta- dor é livre para entender uma peça tão subjetiva”, afirma Jurandy de Arruda, ator que incorpora o perso- nagem seu Hary, que divide o amor dasduasmulheres. O espetáculo atrai um público ávido por ver e experienciar aquilo que não faz parte de seu dia a dia. Porém, a peça fala do cotidiano.A rotina,sejaelaemcasa,notrabalho, na rua, não é suficiente para que as pessoas sintam-se plenas.Assistir a um bom espetáculo impulsiona a imaginação do espectador, retira-o de seu cotidiano, transporta-o para outrasesferas,paraoutrosuniversos onde os corpos não parecem ser co- muns. São apenas corpos aculturados, recriados pelos atores, o que acontece em “Acordes, uma canção”. DIVULGAÇÃO Encontro casual? Não! Amor à vista DIVULGAÇÃO A personagem fica feliz ao encontar seu par perfeito, mas, de sapato
  • 14. Primeira Pauta Junho de 2002 Arrume as malas e não esqueça do véu e grinalda Casamento em lugares exóticos deixa de ser extravagância e acaba sendo um novo atrativo turístico Simone Isabel Klein Há tempos o teatro joinvilense vinha choramingando a “falta de espaço”, a “falta de apoio”, a “falta de público” e a “falta de interesse do poder público”, parecendo ig- norar que soluções não caem do céu e que seu maior problema é, na realidade, a inexistência de uma ação autônoma, orgâ- nica e representativa dos próprios teatreiros. É prova dessa desarticulação o tom consensual com que as pessoas que fazem teatro em Joinville se referem à falta de união e de debate no meio artístico. Para que houvesse a explosão da dança aqui na cidade, por exemplo, existiu muita orga- nização. Profissionais e governo se uniram e lutaram para fazer acontecer o “Festival de Dança”.Antes da dança já existia teatro, mas a diferença é que não houve persis- tência no movimento, ou seja, sucumbiu no meio do caminho. Atualmente, em Joinville faz-se muito teatro. Com a criação de espaços Superada a falta de espaço, renasce o teatro joinvilense (Juliana Batista) alternativos como o Complexo Cultural Antártica e o Teatro Juarez Machado, a co- munidade está tendo mais oportunidades de conhecer essa cultura. Os grupos inde- pendentes que lutam para sobreviver atra- vés dessa arte também foram beneficia- dos. Agora eles têm um espaço gratuito e apropriado para ensaios e apresentações de peças. De acordo com o coordenador de teatro da Fundação Cultural de Joinville, Valmir Nisch, a população tem dado muito apoio e incentivo aos grupos criados em bairros. “Hoje, a demanda por cultura nos bairros é tão grande quanto a que pede pa- vimentação”, afirma. No mês de maio, mais uma edição do projeto “Caravana da Cultura” foi pre- parado. O projeto dá oportunidade para as pessoas de bairros distantes do centro, par- ticiparem de oficinas de desenho, artesa- nato, tapeçaria, dança, coral, nutrição, ce- râmica e teatro. Entre os dias 20 e 25 de maio, a caravana esteve no bairro Espi- nheiros para chegar mais uma vez ao seu objetivo principal: descobrir novos talentos. Como incentivo maior aos parti- cipantes, a Fundação Cultural oferece uma bolsa a quem mais se destacar para entrar na escola de teatro da Casa da Cultura. Esse tipo de trabalho está fazendo com que a cultura teatral não se limite so- mente a grupos independentes e espetáculos com preços altos no Teatro Juarez Machado. As pessoas de classe média e baixa também podem assistir e aprender. Capim, como é conhecidoValmir Nisch, conta que no mês dezembro de 2001 a escola de balé Bolshoi montou o “Quebra Nozes”, um balé clássico do século passado, formado por quase du- zentos bailarinos. O prólogo (a abertura do espetáculo) foi formado por 12 atores, dando oportunidade a pessoas do bairro Itinga, e fez com que a apresentação fosse um sucesso. “Atores e público oriundos dos bairros. É um avanço para a cultura joinvilense”, afirma o coordenador. Os grupos independentes também estão trabalhando para as pessoas dos bair- ros. Para isso foi criada a Associação de Teatro na cidade.Assim, todos os teatreiros lutam pelo mesmo objetivo: Conseguir apoio da Fundação Cultural, para cada vez mais trabalhar para a comunidade. Sendo assim não será preciso pagar ingresso para assistir uma peça de teatro.Aprova de que isso já esta acontecendo foi a ação da pre- feitura, que transformou o grande galpão da Antártica num espaço só para o teatro. Hoje, a média de freqüência nos finais de semana é de 50 a 59 pessoas por espetá- culo. Resultado que Capim considera uma vitória, pois Joinville não tem a tradição de temporada de teatro. “Renasce o teatro em Joinville”, afirma. 14 Turismo/Cultura Vai casar? Então arrume o véu, a grinalda e as malas. Trocar as alianças em lugares mais exóti- cos possíveis deixou de ser uma ex- travagância.Aidéia é realizar a ceri- mônia de casamento em locais e des- tinos geralmente procurados apenas para a lua-de-mel. Já pensou em di- zer “sim” na Polinésia Francesa ou na Disney? Os mais glamourosos e endinheirados têm como opção as famosíssimas capelas de Las Vegas, denominada a capital mundial dos casamentos. Atualmente, o matrimônio é um dos atrativos mais pitorescos do Taiti. Ainda que possuam muitas vezes um valor simbólico, essas cerimônias se popularizam principal- mente pelo seu charme, e, claro, pelo grande romantismo, seja den- tro do hotel ou, mais comum, às margens do mar. Parte da festa de casa- mento é realizada no mar, dentro de uma canoa chamada piragua. Os casais be- bem champanhe enquanto o sol se põe. E podem ser levados para dar um passeio ao “redor” da aldeia em cadeiras carregadas pelos nativos da ilha. A Polinésia Francesa é um territó- rio ultramarino francês. São 118 ilhas e atóis repartidos em cinco arquipélagos, situados no sul do Oceano Pacifico, bem isolados do resto do mundo. Seu mar é incomparável, super transparente, com anéis de corais e águas tranqüilas, uma cordilheira submersa de origem vulcâni- ca, da qual só se vêem os picos. Esse E aí? Decidiu casar? Arrume o véu, a grinalda e não esqueça a escolha: “aquele lugar” fenômeno proporciona vários tons de azul e verde, consti-tuindo-se em um espetacular aquário a céu aberto. O padre realiza a cerimônia em duas línguas, tahitiano e francês ou in- glês. Todo o ritual difere do que tradicio- nalmente tem por aqui. Na cerimônia das alianças os cônjuges buscam água do mar para a purificação da união. Colares e coroas de flores são postas um no ou- tro, e, no fim, é assinado o certificado. Lembre-se:As línguas oficiais da Polinésia Francesa são tahitiano (nativo) e francês, embora muitas pessoas falem o inglês. Não é permiti- do dar gorjetas. Estas não são admiti- das. Pela cultura local, são contra as regras de hospitalidade. Agora já pensou em casar na Disney, e ter seus padrinhos de casa- mento o Mickey e a Minnie? Um pavi- lhão de vidro foi feito em uma pequena ilha cercada pela Seven Seas Lagoon, e lembra uma casa de veraneio vitoriana. Ao fundo, vê-se o castelo azul da Cinderela. Existe algo mais cor de rosa do que chegar na capelinha a bordo da carruagem da Cinderela, com direito a cacheiro de pe- ruca loira? Cada casa-mento é pensado de forma perso- nalizada, dando uma cara de set de filmagem a todas as cerimônias. Para a recepção são oferecidas opções estranhamenteinfantis em se tratando de uma festa nupcial. DIVULGAÇÃO
  • 15. Primeira Pauta Junho de 2002 A região do Quiriri, na Serra Dona Francisca, possui uma das maiores áreas de preservação ambiental de Joinville. Ali pode-se observar a riqueza da MataAtlân- tica em sua exuberância natural. Morado- res consideram possível a alternativa de exploração turística, que agrega valor à ati- vidade agrícola de forma sustentável e eco- logicamente correta. O governo do Estado repavimentou, recentemente, a rodovia SC-301, na Ser- ra Dona Francisca, investindo em ilumi- nação, mirante e cuidados na manutenção. A obra, aliada à beleza da mata intocada que cobre as montanhas, brindada por ri- achos e cascatas, transformou-se num dos mais belos cartões postais do Esta- do, comparado apenas à Serra do Rio do Rastro, no Sul. Na expectativa de que turistas se- jam atraídos para o local, moradores da comunidade de Rio da Prata, ao pé da Ser- ra, pensam em investir no setor turístico. No local já existem dois restaurantes mui- to concorridos, além de dois pequenos ho- téis, posto de combustível e vários bares e lanchonetes famosos pelo pastel e pela cachaça de alambique produzida na região. Além das casas em estilo enxaimel muito bem conservadas, existe o atrativo ecológico na região do Quiriri, local de pre- Moradores consideram possível a alternativa de exploração turística, que agrega valor à atividade agrícola Quiriri quer entrar na rota do turismo Renni A. Schoenberger servação permanente. O complexo natural é vital para a formação do ma- nancial que abastece a ci- dade e tem sua população fixa controlada pela municipa-lidade. Alguns proprietários rurais pen- sam em investir no turis- mo, aproveitando as rique- zas naturais de suas ter- ras. É o caso de Paulo Schulze, cuja propriedade foi visitada pela reporta- gem do jornal Primeira Pauta. À direita da SC-301, no sentido Joinville-Cam- poAlegre, o pórtico anun- cia: Estrada Quiriri (o pór- tico, além de atrativo tu- rístico, foi instalado para controlar a ocupação do solo – uma questão de saúde pública em função das nascentes). Seguindo pela es- trada, o visitante é surpreendido por uma ponte coberta. Logo em seguida, outra ponte, esta sobre o Rio Cubatão. Deixa-se a estrada Quiriri logo após o Rio Cubatão, rumando à esqueda, no sentido contrário ao das águas, pela Estrada Covanca, que margeia o rio. Mais quinhentos metros e chega-se ao sítio arborizado e gramado de Paulo Schulze. brancas até formarem uma piscina natu- ral de água cristalina e fria. Em volta, a mata fechada esconde os raios do sol, que conseguem se infiltrar apenas por sobre o paredão rochoso. Por instantes, parece que o paraíso não pode ser muito diferen- te daquele local. A volta deu-se por picada, para se ter contato com mais uma vedete da pro- priedade. Trata-se de uma figueira majes- tosa, com 13 metros de diâmetro, si- tuada bem próxima do local onde ficou a camionete. A descida tranqüila até a sede reserva uma última surpresa. “Frau” Schroeder, em farto café, apresen- tou um pão diferente. “É pão cozido. Sova- se a massa da mesma forma do pão ca- seiro. A diferença é que, ao invés de ir para o forno, é cozido. Para não desmanchar, coloca-se dentro de um saco de linho branco. É uma receita que veio da Alemanha através de nossos antepassados”, disse a orgu- lhosa dona-de-casa. A iguaria é sabo- reada embebida no molho de frango ou marreco, ou em açúcar e ca- nela. Na despedida, Paulo revelou que planeja construir cabanas, com um amplo salão comunitário central, para que os turistas tenham, além do passeio, conforto e lazer. Foi a primeira vez que uma equipe de reportagem visitou esses locais. O imóvel, de 500 mil metros qua- drados, conta com uma pequena casa enxaimel que requer reparos, e a casa prin- cipal, onde mora a sogra de Schulze. “De- vido a subida longa e íngreme, vamos de Toyota”, recomendou Paulo, referindo-se à camionete de carroceria de madeira. A subida, por entre um bananal de 4 mil pés, ocorre sem sobressaltos. A poucos metros da chegada, uma parada para apreciar a pai- sagem do verde vale a milhares de metros de distân- cia. No início da caminhada, que não é longa, mais uma surpresa: um imenso machu- cheiro (pé de machucho, ou chuchu silvestre) cobre toda a pai- sagem.Amata vir- gem, o caminho aberto a facão, o rio Canhada. Pou- cos metros acima, a grande atração: uma cachoeira com mais de 50 metros de altura, cujas águas des- cem espumantes e 15 Turismo DIVULGAÇÃO Figueira com 13 metros de diâmetro chama a atenção pela imponência Paulo Schulze em sua propriedade, junto ao machucheiro RENNISCHOENBERGER
  • 16. Primeira Pauta Junho de 2002 Um esporte amador pouco popular vematingindoótimosresultadosnascom- petições estaduais, até mesmo com des- taque nacional. Nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC) o tênis-de-mesa é a modalidade que mais títulos trouxe para Joinville. “De 41 disputas, a equipe masculina trouxe 17 troféus para o município. O atletismo e o bolão são as modalidades que mais se aproximam”, explica Celso Toshimi Nakashima, 37 anos, professor e atleta da equipe adulta. A equipe de tênis de mesa, genui- namente joinvilense, é a campeã em re- gularidade. Apoiada pela Fundação Municipal de Esportes, aparece positivamente no ranking do Estado. Nos joguinhos abertos, a categoria, que envolve atletas de até 17 anos do sexo masculino, tem uma participação signifi- Resultados conquistados recentemente credenciam a modalidade como uma das melhores do Estado Tênis-de-mesa é destaque em Joinville Igor Schulenburg A Associação Joinvilense de Tênis de Mesa (AJTM) é mantida pela Fundação Munici- pal de Esportes e coloca à disposição dois treinadores: Alice H. S. Nakashima, respon- sável pela escolinha e iniciação, e Celso Toshimi Nakashima, responsável pelos treinamentos das equipes até 17 anos e o Jogos Abertos de Santa Catarina. O tênis de mesa em Joinville está diretamente ligado ao Projeto Jovem Cidadão, da Fundação Municipal de Esportes. O projeto, iniciado há mais de um ano, tem por objetivo massificar a atividade esportiva nas crianças de 9 a 14 anos, que está espalhado por todos os bairros de Joinville. “Nós temos cinco núcleos nas escolas da periferia. Nos bairros Vila Nova, Itinga, Bom Retiro, Cos- ta e Silva e Iririú as crianças já podem praticar tênis de mesa. Estamos atingindo todos os cantos da cidade. Nosso esporte está crescendo”, comemora o professor Toshimi. cativa. Das 14 edições, Joinville chegou a todas às finais. No circuito catarinense, organizado pelaAssociação Catarinense de Tênis de Mesa, a equipe ganhou o troféu eficiência - somatório de todos os pontos de todas as categorias - da segunda etapa, em Porto União. “Para a terceira etapa, em Criciúma, vamos com representantes em todas as cate- gorias”, afirmou Toshimi. Quem pode jogar ? Uma das grandes vantagens do tênis-de-mesa em relação a grande parte dos esportes é que para praticar essa modalidade, não existe um biotipo exato. Segundo o atleta sênior, Nilton Schulenburg, de 49 anos, “todos podem jogar, adequando-se perfeitamente”. Para ele, o maior exemplo disso é que muitos atletas de 8 a 80 anos partici- pam anualmente de uma competição AJTM e o projeto Jovem Cidadão Como qualquer outro esporte, o tênis de mesa tem suas particularidades.Algumas destas ca- racterísticas são encontradas nos tópicos abaixo: • A bola fica em contato com a borracha durante um milésimo de segundo. • A bolinha de tênis de mesa pesa de 2,4 a 2,53 gramas. • A raquete pode ser de qualquer tamanho, forma ou peso.As raquetes pequenas não são obrigatórias. • Existem 21 tipos de borrachas para as raquetes. • Quando se bate com força na bolinha, mas de 10 kg de força são exercidos sobre a borracha. Curiosidades do tênis-de-mesa Muita gente quer emagrecer. Afinal, quem não gosta de ser esbelto, possuir um corpo bem proporcionado, definido, sarado? No entanto, quando o assunto diz respei- to a malhar, praticar qualquer atividade física para obter a satisfação daquele corpinho perfei- to, problemas do tipo desgaste - resultado do esforço excessivo, es- tafa, distensão nos músculos e nas ar- ticulações, acabam desanimando, e, por fim, levando o indivíduo a desistir de tudo. Uma novidade vinda dos Estados Unidos, direto para Joinville, coloca um ponto final neste martírio. O “Sky Walker”, um aparelho de última geração, desenvolvido pela NASA, possibilita queimar maior nú- mero de calorias em menos tempo, eliminando as gorduras de maneira simples e muito mais confortável. O Equipamento garante emagrecimento sem esforço “Sky Walker” causa menos impac- to nos movimentos do usuário, que, apoiado sobre ele, tem a sensação de estar deslizando suas pernas su- avemente para frente e para trás. Ele proporciona a sensação de ca- minhar sem o atrito dos pés com o chão, além de melhorar a resistência física. CALORIAS Outra vantagem desse equipamento é de ser apropriado para pessoas com problemas no jo- elho, enfermidade bastante comum nos indivíduos com excesso de peso. Trinta minutos de “Sky Walker” a uma velocidade média/normal de 4,5 a 5,0 km/hora correspondem a 300 calorias eliminadas. Para obter esse mesmo efeito numa caminhada ou esteira serão necessários 60 minu- tos. Sendo o único existente no 16 Esporte voltada à colônia japonesa em todo o Brasil. Os treinamentos são iniciados pelos fundamentos básicos. Somente após a fase de aperfeiçoamento o atleta começa a ser preparado para as com- petições. Toda a caminhada é acompanhada por professores. Apesar disso, algumas lesões comuns acabam atrapalhando os atletas. O professor Toshimi relata que uma das principais é a epicontidilite: “Uma inflamação no co- tovelo, vulgarmente chamada de cotovelo de tenista”. É comum, ainda, o aparecimento de lesões no joelho e no tornozelo, por exigir movimentos rá- pidos e bruscos. Aconcentração, segundo Toshimi, é 50% do jogo. Para ele a pessoa tem de estar muito concentrada para conseguir utilizar a sua arma contra qualquer oponente. “O reflexo e a agilidade são fundamentais”, explica. Estado de SC, o equipamento encontra-se na Academia Podium Ginástica e Musculação Ltda., localizada no centro de Joinville. A Academia Podium iniciou suas atividades, em 15 de maio de 1987. A cidade possuía apenas duas academias, a Marathon e a Califórnia. Como na época já existiam faculda- des de Educação Física e Fisiotera- pia na região, não foi difícil encontrar mão-de-obra qualificada para trabalhar, e a Podium ainda patroci- nou cursos de especialização, em São Paulo, para os professores contrata- dos. Além do Sky Walker, a Podium oferece também outros equipamentos, como bicicletas, esteiras eletrônicas, “steppers”, todos para musculação.O cliente encontra ainda jazz, dança de salão, ginástica, e um novo estilo de dança praticada pelos adolescentes conhecida como lambaeróbica. Marino Braga Confira nas próximas edições do Primeira Pauta: Economia Solidária e Trabalho Informal