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DURKHEIM- AS FORMAS
ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA
-O SISTEMA TOTÊMICO NA
AUSTRÁLIA
VÂNIA SIERRA
MÉTODO
• Objeto principal do livro: analise da religião mais simples que seja conhecida, com
vistas a determinar as formas elementares da vida religiosa.
• o estudo que empreendemos é uma maneira de retomar, mas em condições novas, o
velho problema da origem das religiões.
• O que queríamos era encontrar um meio de discernir as causas, sempre presentes,
das quais dependem as formas mais essenciais do pensamento e da prática
religiosa. Ora, pelas razões que acabamos de expor, estas causas são tanto mais
facilmente observáveis quanto as sociedades onde ocorrem são menos complicadas.
Eis aí por que procuramos aproximar-nos das origens. (p. 210)
MÉTODO
• Nas religiões primitivas o fato religioso torna visível a marca das suas origens
• Portanto, se nos dirigimos as religiões primitivas, não é com a segunda intenção
de depreciar a religião em geral, pois aquelas religiões não são menos
respeitáveis que as outras. Elas respondem as mesmas necessidades,
desempenham o mesmo papel, dependem das mesmas causas; portanto, elas
podem servir para manifestar igualmente bem a natureza da vida religiosa e, por
conseguinte, para resolver o problema que desejamos tratar. (p. 206)
MÉTODO
• Já que todas as religiões são comparáveis, já que elas são todas espécies do
mesmo gênero, necessariamente há elementos essenciais que lhe são comuns.
• Revelar o aspecto essencial e permanente da humanidade
• Consideramos as religiões a sua realidade concreta e procuramos apreender o
que elas podem ter em comum; porque a religião só pode ser definida em função
das características que estão presentes por toda sociedade onde há religião
MÉTODO
• Todas as vezes que se empreende explicar uma coisa humana, tomada em um
momento determinado do tempo - quer se trate de uma cren9a religiosa, de uma
regra moral, quer de um preceito jurídico, de uma técnica estética, de um regime
econômico -, e preciso começar por retroceder ate a sua forma mais primitiva e mais
simples, procurar dar conta dos caracteres pelos quais ela se define neste período
de sua existência, depois mostrar como ela se desenvolveu e se complicou pouco a
pouco, como ela se tomou o que e no momento considerado(p. 207)
• o. Ora, a religião que estudamos mais adiante e, em grande parte, estranha a toda
ideia de divindade; aqui, as forças as quais se dirigem Os ritos são muito diferentes
daquelas que ocupam o primeiro Iugar em nossas religiões modernas, e, entretanto,
elas auxiliar-nos-ão a compreender melhor estas ultimas (p. 209)
FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA
• Os mais bárbaros ritos ou os mais bizarros, os mais estranhos mitos traduzem
alguma necessidade humana, algum aspecto, seja individual, seja social da vida.
As razões que o fiel se dá a si mesmo para justificá-los podem ser, o são mesmo
frequentemente, errôneas; mas as razões verdadeiras não deixam de existir e é
tarefa da ciência descobri-las. (p. 204)
• Se ela não estivesse fundada na natureza das coisas, ela teria encontrado
resistência nas coisas, contra a qual não poderia triunfar(p. 206)
AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA
RELIGIOSA
• (...)no fundo, não existem religiões falsas. A sua maneira, todas são verdadeiras,
todas respondem, mesmo que de diferentes formas, a condições dadas da existência
humana(p. 206)
• Sabe-se desde muito tempo que os primeiros sistemas de representações que o
homem se fez do mundo e de si mesmo são de origem religiosa. Não existe religião
que não seja uma cosmologia ao mesmo tempo que uma especulação sobre o
divino. Se a filosofia e as ciências nasceram da religião, é que a própria religião
começou por ocupar o Iugar das ciências e da filosofia. Mas o que foi menos notado
é que ela não se limitou a enriquecer com um certo número de ideias um espirito
humano previamente formado; ela contribuiu também para formá-lo. Os homens não
lhe deveram apenas uma notável parcela da matéria de seus conhecimentos, mas
também a forma segundo a qual esses conhecimentos são elaborados.(p.212)
FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA
• (...) categorias do entendimento: noções de tempo, de espaço, de gênero,
numero, causa, substância, personalidade, etc. Elas correspondem as
propriedades mais universais das coisas. Elas são como quadros rígidos que
encerram o pensamento; este parece não poder libertar-se delas sem se destruir,
pois não parece que possamos pensar objetos que não estejam no tempo ou no
espaço, que não sejam numeráveis, etc. São como a ossatura da inteligência.
Ora, quando se analisam metodicamente as crenças religiosas primitivas,
encontram-se naturalmente em seu caminho as principais dessas categorias.
Estas nasceram na religião e da religião; são um produto do pensamento
religioso. (p. 211)
AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA
RELIGIOSA
• categorias são representações essencialmente coletivas, elas traduzem antes de
tudo estados da coletividade: dependem da maneira pela qual esta é constituída
e organizada, de sua morfologia, de suas instituições religiosas, morais,
econômicas, etc. (p. 216)
• A sociedade é uma realidade sui generis; ela tem seus caracteres próprios que
não se reencontram, ou não se reencontram sob a mesma forma, no resto do
universo. (p. 216)
• quase todas as grandes instituições sociais nasceram da religião. (p. 224)
• Se a religião engendrou tudo o que há de essencial na sociedade, é porque a
ideia da sociedade é a alma da religião. (p. 224)
CONCLUSÃO
• A conclusão geral do livro que se vai ler e que a religião é uma coisa
eminentemente social. As representações religiosas são representações
coletivas que exprimem realidades coletivas; os ritos são maneiras de agir que
nascem no seio dos grupos reunidos e que são destinados a suscitar, a manter
ou a refazer certos estados mentais desses grupos. Mas então, se as categorias
são de origem religiosa, elas devem participar da natureza comum a todos os
fatos religiosos: elas também devem ser coisas sociais, produtos do pensamento
coletivo. (p. 212)
CONCLUSÃO
• A própria maneira pela qual se formam umas e outras as diferencia. As representações
coletivas são o produto de uma imensa cooperação que se estende não apenas no espaço,
mas no tempo; para fazê-las, uma multidão de espíritos diversos associaram, misturaram,
combinaram suas ideias e sentimentos; longas series de gerações acumularam aqui sua
experiência e seu saber. Uma intelectualidade muito particular, infinitamente mais rica e mais
complexa do que a do individuo, esta aqui, portanto, como que concentrada. Compreende-se
desde então como a razão tem o poder de ultrapassar a capacidade dos conhecimentos
empíricos. Ela não o deve a não sei qual virtude misteriosa, mas simplesmente ao fato de que,
segundo uma fórmula conhecida, o homem é duplo. Nele existem dois seres: um ser individual
que tem sua base no organismo, cujo círculo de ação se encontra, por isto mesmo,
estreitamente limitado; e um ser social que representa em nós a mais alta realidade na ordem
intelectual e moral que possamos conhecer pela observação, isto é, a sociedade.(p. 216)
CONCLUSÃO
• As categorias são “engenhosos instrumentos de pensamento, que os grupos
humanos laboriosamente forjaram no decorrer dos séculos e onde acumularam o
melhor de seu capital intelectual.” (p. 219)
• (...)as .categorias tem por função dominar e envolver todos os outros conceitos:
são os quadros permanentes da vida mental.(p.240)
• Dizer que os conceitos exprimem a maneira pela qual a sociedade se representa
as coisas é dizer também que o pensamento conceitual é contemporâneo a
humanidade(p. 239)
CONCLUSÃO
• As formas religiosas são pois forças humanas, forças morais. Sem dúvida, porque os
sentimentos coletivos não podem tomar consciência de si mesmos senão fixando-se
sobre objetos exteriores, tais formas não puderam se constituir sem tomar as coisas
alguns dos seus caracteres: adquiriram assim um tipo de natureza física; a este título
elas vieram misturar-se a vida do mundo material e é por elas que se acreditou poder
explicar o que nele se passa. Mas, quando são consideradas somente por este lado
e nesta atribuição, vê-se apenas o que elas tem de mais superficial. Na realidade é a
consciência que são emprestados os elementos essenciais dos quais elas são feitas.
Ordinariamente parece que elas não teriam um caráter humano senão quando são
pensadas sob forma humana; no entanto, mesmo as mais impessoais e mais
anônimas não passam de sentimentos objetivados.
CONCLUSÃO
• Longe de a religião ignorar a sociedade real e dela fazer abstração, ela é sua
imagem; reflete todos os seus aspectos, mesmo os mais vulgares e os mais
repugnantes. (p. 225)
• Para que a sociedade possa tomar consciência de si e manter, no grau de
intensidade necessária, o sentimento que ela tem de si mesma, é preciso que se
retina e se concentre. Ora, esta concentração determina uma exaltação da vida
moral que se traduz por um conjunto de concepções ideais onde se exprime a
vida nova que assim despertou; elas correspondem a este afluxo de forças
psíquicas que se acrescentam então aquelas das quais dispomos para as tarefas
cotidianas da existência. Uma sociedade não pode criar-se nem recriar-se sem,
no mesmo instante, criar o ideal. (p. 226)
CONCLUSÃO
• Pois uma sociedade não é simplesmente constituída pela massa dos indivíduos
que a compõem, pelo movimentos que eles realizam, mas, antes de tudo, pela
ideia que ela faz de si mesma (p.226)
• O pensamento cientifico não é senão uma forma mais perfeita do pensamento
religioso. Portanto, parece natural que o segundo se apague progressivamente
diante do primeiro, na medida em que este se torna mais apto a dar conta da
tarefa. (p.232)
• Conceber uma coisa é, ao mesmo tempo, apreender seus elementos essenciais,
situá-la em um conjunto; pois cada civilização tem seu sistema organizado de
conceitos que a caracteriza(p. 237)
CONCLUSÃO
• Foi sob a forma do pensamento coletivo que o pensamento impessoal se revelou
pela primeira vez a humanidade; e não se vê por que outra via se poderia fazer
tal revelação. Apenas porque a sociedade existe, também existe, fora das
sensações e das imagens individuais, todo um sistema de representações
coletivas que gozam de propriedades maravilhosas. Por elas os homens se
compreendem, as inteligências penetram umas nas outras. Elas tem em si um
tipo de fora, de ascendência moral em virtude da qual se impõem aos espíritos
particulares. Desde então o indivíduo se dá conta, pelo menos obscuramente,
que acima de suas representações privadas existe um mundo de noções-tipos,
segundo as quais ele é obrigado a regular suas ideias; entrevê todo um reino
intelectual de que ele participa, mas que o ultrapassa. (p. 237-238)
CONCLUSÃO
• o mundo que exprime o sistema total dos conceitos é aquele que a sociedade se
representa, apenas a sociedade pode fornecer-nos as noções mais gerais,
segundo as quais deve ele ser representado. (p. 241)
• Uma sociedade é o mais potente feixe de forças físicas e morais de que a
natureza nos oferece o espetáculo(p.245)
REFERÊNCIA
• DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares da Vida Religiosa. São Paulo: Abril
Cultural, 1978. (Coleção Os pensadores)

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As formas elementares da vida religiosa

  • 1. DURKHEIM- AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA -O SISTEMA TOTÊMICO NA AUSTRÁLIA VÂNIA SIERRA
  • 2. MÉTODO • Objeto principal do livro: analise da religião mais simples que seja conhecida, com vistas a determinar as formas elementares da vida religiosa. • o estudo que empreendemos é uma maneira de retomar, mas em condições novas, o velho problema da origem das religiões. • O que queríamos era encontrar um meio de discernir as causas, sempre presentes, das quais dependem as formas mais essenciais do pensamento e da prática religiosa. Ora, pelas razões que acabamos de expor, estas causas são tanto mais facilmente observáveis quanto as sociedades onde ocorrem são menos complicadas. Eis aí por que procuramos aproximar-nos das origens. (p. 210)
  • 3. MÉTODO • Nas religiões primitivas o fato religioso torna visível a marca das suas origens • Portanto, se nos dirigimos as religiões primitivas, não é com a segunda intenção de depreciar a religião em geral, pois aquelas religiões não são menos respeitáveis que as outras. Elas respondem as mesmas necessidades, desempenham o mesmo papel, dependem das mesmas causas; portanto, elas podem servir para manifestar igualmente bem a natureza da vida religiosa e, por conseguinte, para resolver o problema que desejamos tratar. (p. 206)
  • 4. MÉTODO • Já que todas as religiões são comparáveis, já que elas são todas espécies do mesmo gênero, necessariamente há elementos essenciais que lhe são comuns. • Revelar o aspecto essencial e permanente da humanidade • Consideramos as religiões a sua realidade concreta e procuramos apreender o que elas podem ter em comum; porque a religião só pode ser definida em função das características que estão presentes por toda sociedade onde há religião
  • 5. MÉTODO • Todas as vezes que se empreende explicar uma coisa humana, tomada em um momento determinado do tempo - quer se trate de uma cren9a religiosa, de uma regra moral, quer de um preceito jurídico, de uma técnica estética, de um regime econômico -, e preciso começar por retroceder ate a sua forma mais primitiva e mais simples, procurar dar conta dos caracteres pelos quais ela se define neste período de sua existência, depois mostrar como ela se desenvolveu e se complicou pouco a pouco, como ela se tomou o que e no momento considerado(p. 207) • o. Ora, a religião que estudamos mais adiante e, em grande parte, estranha a toda ideia de divindade; aqui, as forças as quais se dirigem Os ritos são muito diferentes daquelas que ocupam o primeiro Iugar em nossas religiões modernas, e, entretanto, elas auxiliar-nos-ão a compreender melhor estas ultimas (p. 209)
  • 6. FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA • Os mais bárbaros ritos ou os mais bizarros, os mais estranhos mitos traduzem alguma necessidade humana, algum aspecto, seja individual, seja social da vida. As razões que o fiel se dá a si mesmo para justificá-los podem ser, o são mesmo frequentemente, errôneas; mas as razões verdadeiras não deixam de existir e é tarefa da ciência descobri-las. (p. 204) • Se ela não estivesse fundada na natureza das coisas, ela teria encontrado resistência nas coisas, contra a qual não poderia triunfar(p. 206)
  • 7. AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA • (...)no fundo, não existem religiões falsas. A sua maneira, todas são verdadeiras, todas respondem, mesmo que de diferentes formas, a condições dadas da existência humana(p. 206) • Sabe-se desde muito tempo que os primeiros sistemas de representações que o homem se fez do mundo e de si mesmo são de origem religiosa. Não existe religião que não seja uma cosmologia ao mesmo tempo que uma especulação sobre o divino. Se a filosofia e as ciências nasceram da religião, é que a própria religião começou por ocupar o Iugar das ciências e da filosofia. Mas o que foi menos notado é que ela não se limitou a enriquecer com um certo número de ideias um espirito humano previamente formado; ela contribuiu também para formá-lo. Os homens não lhe deveram apenas uma notável parcela da matéria de seus conhecimentos, mas também a forma segundo a qual esses conhecimentos são elaborados.(p.212)
  • 8. FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA • (...) categorias do entendimento: noções de tempo, de espaço, de gênero, numero, causa, substância, personalidade, etc. Elas correspondem as propriedades mais universais das coisas. Elas são como quadros rígidos que encerram o pensamento; este parece não poder libertar-se delas sem se destruir, pois não parece que possamos pensar objetos que não estejam no tempo ou no espaço, que não sejam numeráveis, etc. São como a ossatura da inteligência. Ora, quando se analisam metodicamente as crenças religiosas primitivas, encontram-se naturalmente em seu caminho as principais dessas categorias. Estas nasceram na religião e da religião; são um produto do pensamento religioso. (p. 211)
  • 9. AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA • categorias são representações essencialmente coletivas, elas traduzem antes de tudo estados da coletividade: dependem da maneira pela qual esta é constituída e organizada, de sua morfologia, de suas instituições religiosas, morais, econômicas, etc. (p. 216) • A sociedade é uma realidade sui generis; ela tem seus caracteres próprios que não se reencontram, ou não se reencontram sob a mesma forma, no resto do universo. (p. 216) • quase todas as grandes instituições sociais nasceram da religião. (p. 224) • Se a religião engendrou tudo o que há de essencial na sociedade, é porque a ideia da sociedade é a alma da religião. (p. 224)
  • 10. CONCLUSÃO • A conclusão geral do livro que se vai ler e que a religião é uma coisa eminentemente social. As representações religiosas são representações coletivas que exprimem realidades coletivas; os ritos são maneiras de agir que nascem no seio dos grupos reunidos e que são destinados a suscitar, a manter ou a refazer certos estados mentais desses grupos. Mas então, se as categorias são de origem religiosa, elas devem participar da natureza comum a todos os fatos religiosos: elas também devem ser coisas sociais, produtos do pensamento coletivo. (p. 212)
  • 11. CONCLUSÃO • A própria maneira pela qual se formam umas e outras as diferencia. As representações coletivas são o produto de uma imensa cooperação que se estende não apenas no espaço, mas no tempo; para fazê-las, uma multidão de espíritos diversos associaram, misturaram, combinaram suas ideias e sentimentos; longas series de gerações acumularam aqui sua experiência e seu saber. Uma intelectualidade muito particular, infinitamente mais rica e mais complexa do que a do individuo, esta aqui, portanto, como que concentrada. Compreende-se desde então como a razão tem o poder de ultrapassar a capacidade dos conhecimentos empíricos. Ela não o deve a não sei qual virtude misteriosa, mas simplesmente ao fato de que, segundo uma fórmula conhecida, o homem é duplo. Nele existem dois seres: um ser individual que tem sua base no organismo, cujo círculo de ação se encontra, por isto mesmo, estreitamente limitado; e um ser social que representa em nós a mais alta realidade na ordem intelectual e moral que possamos conhecer pela observação, isto é, a sociedade.(p. 216)
  • 12. CONCLUSÃO • As categorias são “engenhosos instrumentos de pensamento, que os grupos humanos laboriosamente forjaram no decorrer dos séculos e onde acumularam o melhor de seu capital intelectual.” (p. 219) • (...)as .categorias tem por função dominar e envolver todos os outros conceitos: são os quadros permanentes da vida mental.(p.240) • Dizer que os conceitos exprimem a maneira pela qual a sociedade se representa as coisas é dizer também que o pensamento conceitual é contemporâneo a humanidade(p. 239)
  • 13. CONCLUSÃO • As formas religiosas são pois forças humanas, forças morais. Sem dúvida, porque os sentimentos coletivos não podem tomar consciência de si mesmos senão fixando-se sobre objetos exteriores, tais formas não puderam se constituir sem tomar as coisas alguns dos seus caracteres: adquiriram assim um tipo de natureza física; a este título elas vieram misturar-se a vida do mundo material e é por elas que se acreditou poder explicar o que nele se passa. Mas, quando são consideradas somente por este lado e nesta atribuição, vê-se apenas o que elas tem de mais superficial. Na realidade é a consciência que são emprestados os elementos essenciais dos quais elas são feitas. Ordinariamente parece que elas não teriam um caráter humano senão quando são pensadas sob forma humana; no entanto, mesmo as mais impessoais e mais anônimas não passam de sentimentos objetivados.
  • 14. CONCLUSÃO • Longe de a religião ignorar a sociedade real e dela fazer abstração, ela é sua imagem; reflete todos os seus aspectos, mesmo os mais vulgares e os mais repugnantes. (p. 225) • Para que a sociedade possa tomar consciência de si e manter, no grau de intensidade necessária, o sentimento que ela tem de si mesma, é preciso que se retina e se concentre. Ora, esta concentração determina uma exaltação da vida moral que se traduz por um conjunto de concepções ideais onde se exprime a vida nova que assim despertou; elas correspondem a este afluxo de forças psíquicas que se acrescentam então aquelas das quais dispomos para as tarefas cotidianas da existência. Uma sociedade não pode criar-se nem recriar-se sem, no mesmo instante, criar o ideal. (p. 226)
  • 15. CONCLUSÃO • Pois uma sociedade não é simplesmente constituída pela massa dos indivíduos que a compõem, pelo movimentos que eles realizam, mas, antes de tudo, pela ideia que ela faz de si mesma (p.226) • O pensamento cientifico não é senão uma forma mais perfeita do pensamento religioso. Portanto, parece natural que o segundo se apague progressivamente diante do primeiro, na medida em que este se torna mais apto a dar conta da tarefa. (p.232) • Conceber uma coisa é, ao mesmo tempo, apreender seus elementos essenciais, situá-la em um conjunto; pois cada civilização tem seu sistema organizado de conceitos que a caracteriza(p. 237)
  • 16. CONCLUSÃO • Foi sob a forma do pensamento coletivo que o pensamento impessoal se revelou pela primeira vez a humanidade; e não se vê por que outra via se poderia fazer tal revelação. Apenas porque a sociedade existe, também existe, fora das sensações e das imagens individuais, todo um sistema de representações coletivas que gozam de propriedades maravilhosas. Por elas os homens se compreendem, as inteligências penetram umas nas outras. Elas tem em si um tipo de fora, de ascendência moral em virtude da qual se impõem aos espíritos particulares. Desde então o indivíduo se dá conta, pelo menos obscuramente, que acima de suas representações privadas existe um mundo de noções-tipos, segundo as quais ele é obrigado a regular suas ideias; entrevê todo um reino intelectual de que ele participa, mas que o ultrapassa. (p. 237-238)
  • 17. CONCLUSÃO • o mundo que exprime o sistema total dos conceitos é aquele que a sociedade se representa, apenas a sociedade pode fornecer-nos as noções mais gerais, segundo as quais deve ele ser representado. (p. 241) • Uma sociedade é o mais potente feixe de forças físicas e morais de que a natureza nos oferece o espetáculo(p.245)
  • 18. REFERÊNCIA • DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares da Vida Religiosa. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Coleção Os pensadores)