1) O documento discute as dimensões contextuais da inserção profissional de professores iniciantes de educação física.
2) Analisa como o pertencimento a um campo disciplinar específico influencia as trajetórias dos professores durante a iniciação à docência.
3) Realizou entrevistas e análises de casos de ensino com professores iniciantes de educação física para compreender os desafios enfrentados e como a especificidade da disciplina afeta o processo de entrada na profissão.
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho emerge de uma investigação realizada para a tese de
doutorado na Universidade do Minho em Portugal, intitulada _ “O desenvolvimento dos
professores universitários de Educação Física e os ciclos de vida profissional. Três
estudos de caso”. A pesquisa centrou-se no professor e teve como objeto de estudo o
desenvolvimento dos professores universitários de Educação Física, com a finalidade
de compreender esse desenvolvimento nas fases da carreira docente.
PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...ProfessorPrincipiante
Foi desenvolvida uma pesquisa com apoio do CNPq que teve como objetivo geral
identificar indícios de desenvolvimento profissional docente por meio de narrativas de
formação a partir de dinâmicas colaborativas (2009-2011)1. O projeto envolveu
participação voluntária de professores/pesquisadores universitários, futuros professores
(graduandos dos Cursos de Pedagogia) e professores dos anos iniciais do Ensino
Fundamental em um curso desenvolvido no ano de 2010, tendo sido emitidos
certificados de extensão universitária para os participantes.
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...ProfessorPrincipiante
O desenvolvimento profissional docente para a educação superior é um processo complexo, complexidade esta que reside na própria organização acadêmica na qual, por tradição, os cursos superiores estão estruturados. Veiga (2008, p.130) afirma que, “são estruturas rígidas e inflexíveis que dificultam as inovações dos padrões definidos e legalmente instituídos”.
Mesmo que a instituição de ensino superior constitua o principal espaço-tempo formativo para profissionais de diferentes campos científicos, destaco a importância da iniciação à docência de oito professores aposentados. A inovação das práticas pedagógicas está de certa forma ligada ao desenvolvimento profissional do professor que inicia o exercício da docência na educação superior. Ela procura atender às necessidades dos professores e estudantes, desenvolvendo habilidades do pensar e fazer pedagógicos. Os novos docentes, na maioria das vezes, não foram formados para o exercício da docência na educação superior e têm expectativas com relação à carreira. É imprescindível a existência de um programa destinado a professores iniciantes.
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTILProfessorPrincipiante
O desenvolvimento profissional docente é apresentado com um percurso construído por meio de vivências, onde o professor se desenvolve, por meio de um conjunto de etapas com características específicas, em espaços e tempos diferenciados e com necessidades particulares. Para alguns professores, esse percurso pode acontecer de modo tranquilo enquanto para outros pode se apresentar como um momento marcado por tensões, dúvidas, angústias, revelando-se assim um processo complexo. Huberman (2000) aponta que é difícil estudar o ciclo da vida profissional com a pretensão de extrair perfis-tipo, sequências e fases. E que integrar num mesmo grupo indivíduos que parecem partilhar traços em comum, é uma tarefa arriscada, uma vez que é preciso considerar as diferenças nos meios sociais. Nesta pesquisa, em andamento, busca-se compreender e delinear a primeira fase do ciclo de vida profissional dos professores que atuam na educação infantil, considerando a história da educação infantil. E tem se como questão norteadora “quais são as especificidades e vivências dos professores iniciantes da educação infantil no cenário brasileiro? O desenvolvimento deste estudo considerará as análises de dados preexistentes e dados coletados ao longo da pesquisa, por meio de uma abordagem predominantemente qualitativa e utilização de questionários para a coleta de dados.
A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTESProfessorPrincipiante
Esta investigação centra-se no estudo dos percursos profissionais de professores do
1.º Ciclo do Ensino Básico (dos 6 aos 10 anos) nos dois primeiros anos de inserção na
profissão docente. A sua finalidade é a de descrever e compreender esse mesmo
desenvolvimento, as suas dimensões mais relevantes, os factores que o condicionam
e os contextos que o limitam ou facilitam.
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...ProfessorPrincipiante
Nos últimos trinta anos parte da literatura internacional e nacional que trata da
formação de professores vem buscando compreender melhor os processos de
socialização e desenvolvimento profissional dos docentes. Esses estudos visam, entre
outros objetivos, compreender de que maneira os professores dão sentido a sua vida
profissional e de que forma se entregam a ela como atores cujas ações e projetos
contribuem para definir e construir sua carreira. Nesta perspectiva, entende-se a
modelação da carreira docente situada na confluência entre a ação dos indivíduos e as
normas e papéis que decorrem da institucionalização das ocupações, papéis que estes
indivíduos devem interiorizar e dominar para fazerem parte da profissão docente.
PROFESSOR INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA: VALORIZANDO TRAJETÓRIAS E CONQUISTAS ...ProfessorPrincipiante
O início da carreira docente envolve um conjunto de desafios e complexidades. Veenman (1984), inclusive, cunhou o termo “choque com a realidade” para representar os enfrentamentos que são característicos desta fase profissional.
Tais desafios são inúmeros envolvendo uma diversidade de questões como: a relação teoria e prática; as condições objetivas de trabalho; a não familiarização com a hierarquia que se estabelece na escola; as dificuldades de aprendizagem dos alunos; a falta de interesse e motivação dos discentes; a indisciplina e a violência presentes na escola; o uso de drogas, dentre tantos outros... Embora este cenário de tamanha dificuldade não se caracterize como exclusividade do início da carreira de professor, Marcelo-Garcia (2010) sinaliza que o professor iniciante costuma vivenciar, neste seu ingresso na carreira, um período de sobrevivência.
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTESProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta um projeto de pesquisa em andamento e está inserido no campo das investigações sobre a formação de professores. Tem como objetivo central apresentar os objetivos da pesquisa sobre professores iniciantes nos primeiros anos de docência nos anos iniciais do ensino fundamental da Rede Municipal de uma cidade no Estado do Paraná/Brasil. Fundamentam teoricamente a investigação os seguintes autores: Carlos Marcelo (1999), Huberman (1992 e 1995), Nóvoa (1995), Mizukami (2002) e Romanowski (2007). A pesquisa será desenvolvida numa perspectiva qualitativa, a partir de grupo focal (Gatti, 2012) realizado com professores da Rede Municipal de Ponta Grossa. Ao realizar a discussão sobre o professor iniciante percebe-se que as dificuldades encontradas advêm dos diversos contextos evidenciados no trabalho do professor marcados por alguns fatores determinantes que influenciam na sua prática docente.
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho emerge de uma investigação realizada para a tese de
doutorado na Universidade do Minho em Portugal, intitulada _ “O desenvolvimento dos
professores universitários de Educação Física e os ciclos de vida profissional. Três
estudos de caso”. A pesquisa centrou-se no professor e teve como objeto de estudo o
desenvolvimento dos professores universitários de Educação Física, com a finalidade
de compreender esse desenvolvimento nas fases da carreira docente.
PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...ProfessorPrincipiante
Foi desenvolvida uma pesquisa com apoio do CNPq que teve como objetivo geral
identificar indícios de desenvolvimento profissional docente por meio de narrativas de
formação a partir de dinâmicas colaborativas (2009-2011)1. O projeto envolveu
participação voluntária de professores/pesquisadores universitários, futuros professores
(graduandos dos Cursos de Pedagogia) e professores dos anos iniciais do Ensino
Fundamental em um curso desenvolvido no ano de 2010, tendo sido emitidos
certificados de extensão universitária para os participantes.
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...ProfessorPrincipiante
O desenvolvimento profissional docente para a educação superior é um processo complexo, complexidade esta que reside na própria organização acadêmica na qual, por tradição, os cursos superiores estão estruturados. Veiga (2008, p.130) afirma que, “são estruturas rígidas e inflexíveis que dificultam as inovações dos padrões definidos e legalmente instituídos”.
Mesmo que a instituição de ensino superior constitua o principal espaço-tempo formativo para profissionais de diferentes campos científicos, destaco a importância da iniciação à docência de oito professores aposentados. A inovação das práticas pedagógicas está de certa forma ligada ao desenvolvimento profissional do professor que inicia o exercício da docência na educação superior. Ela procura atender às necessidades dos professores e estudantes, desenvolvendo habilidades do pensar e fazer pedagógicos. Os novos docentes, na maioria das vezes, não foram formados para o exercício da docência na educação superior e têm expectativas com relação à carreira. É imprescindível a existência de um programa destinado a professores iniciantes.
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTILProfessorPrincipiante
O desenvolvimento profissional docente é apresentado com um percurso construído por meio de vivências, onde o professor se desenvolve, por meio de um conjunto de etapas com características específicas, em espaços e tempos diferenciados e com necessidades particulares. Para alguns professores, esse percurso pode acontecer de modo tranquilo enquanto para outros pode se apresentar como um momento marcado por tensões, dúvidas, angústias, revelando-se assim um processo complexo. Huberman (2000) aponta que é difícil estudar o ciclo da vida profissional com a pretensão de extrair perfis-tipo, sequências e fases. E que integrar num mesmo grupo indivíduos que parecem partilhar traços em comum, é uma tarefa arriscada, uma vez que é preciso considerar as diferenças nos meios sociais. Nesta pesquisa, em andamento, busca-se compreender e delinear a primeira fase do ciclo de vida profissional dos professores que atuam na educação infantil, considerando a história da educação infantil. E tem se como questão norteadora “quais são as especificidades e vivências dos professores iniciantes da educação infantil no cenário brasileiro? O desenvolvimento deste estudo considerará as análises de dados preexistentes e dados coletados ao longo da pesquisa, por meio de uma abordagem predominantemente qualitativa e utilização de questionários para a coleta de dados.
A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTESProfessorPrincipiante
Esta investigação centra-se no estudo dos percursos profissionais de professores do
1.º Ciclo do Ensino Básico (dos 6 aos 10 anos) nos dois primeiros anos de inserção na
profissão docente. A sua finalidade é a de descrever e compreender esse mesmo
desenvolvimento, as suas dimensões mais relevantes, os factores que o condicionam
e os contextos que o limitam ou facilitam.
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...ProfessorPrincipiante
Nos últimos trinta anos parte da literatura internacional e nacional que trata da
formação de professores vem buscando compreender melhor os processos de
socialização e desenvolvimento profissional dos docentes. Esses estudos visam, entre
outros objetivos, compreender de que maneira os professores dão sentido a sua vida
profissional e de que forma se entregam a ela como atores cujas ações e projetos
contribuem para definir e construir sua carreira. Nesta perspectiva, entende-se a
modelação da carreira docente situada na confluência entre a ação dos indivíduos e as
normas e papéis que decorrem da institucionalização das ocupações, papéis que estes
indivíduos devem interiorizar e dominar para fazerem parte da profissão docente.
PROFESSOR INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA: VALORIZANDO TRAJETÓRIAS E CONQUISTAS ...ProfessorPrincipiante
O início da carreira docente envolve um conjunto de desafios e complexidades. Veenman (1984), inclusive, cunhou o termo “choque com a realidade” para representar os enfrentamentos que são característicos desta fase profissional.
Tais desafios são inúmeros envolvendo uma diversidade de questões como: a relação teoria e prática; as condições objetivas de trabalho; a não familiarização com a hierarquia que se estabelece na escola; as dificuldades de aprendizagem dos alunos; a falta de interesse e motivação dos discentes; a indisciplina e a violência presentes na escola; o uso de drogas, dentre tantos outros... Embora este cenário de tamanha dificuldade não se caracterize como exclusividade do início da carreira de professor, Marcelo-Garcia (2010) sinaliza que o professor iniciante costuma vivenciar, neste seu ingresso na carreira, um período de sobrevivência.
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTESProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta um projeto de pesquisa em andamento e está inserido no campo das investigações sobre a formação de professores. Tem como objetivo central apresentar os objetivos da pesquisa sobre professores iniciantes nos primeiros anos de docência nos anos iniciais do ensino fundamental da Rede Municipal de uma cidade no Estado do Paraná/Brasil. Fundamentam teoricamente a investigação os seguintes autores: Carlos Marcelo (1999), Huberman (1992 e 1995), Nóvoa (1995), Mizukami (2002) e Romanowski (2007). A pesquisa será desenvolvida numa perspectiva qualitativa, a partir de grupo focal (Gatti, 2012) realizado com professores da Rede Municipal de Ponta Grossa. Ao realizar a discussão sobre o professor iniciante percebe-se que as dificuldades encontradas advêm dos diversos contextos evidenciados no trabalho do professor marcados por alguns fatores determinantes que influenciam na sua prática docente.
AS APRENDIZAGENS DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA INICIANTESProfessorPrincipiante
Este artigo relata os achados de uma pesquisa que trata dos aspectos singulares dos processos de iniciação a docência e aprendizagem docente vivida por professores de Educação Física licenciados, egressos de uma universidade da rede federal de ensino. A metodologia de pesquisa é de cunho qualitativo, de caráter descritivo. O estudo foi realizado com 13 professores iniciantes (9 homens e 4 mulheres) e fez uso de duas técnicas de coleta de dados: entrevista e análises de casos de ensino. Os dados da pesquisa mostram que o pertencimento a um determinado campo disciplinar é um elemento importante a considerar para análise dos processos de inserção profissional e aprendizagem docente, já que definem modos particulares e cruciais de ser professor e de se inserir na profissão.
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...ProfessorPrincipiante
Este estudo pretende descrever e compreender o processo de entrada dos educadores de infância na profissão, partindo da perspetiva pessoal de profissionais principiantes (entre 1 e 3 anos de experiência) e da análise dos seus percursos, bem como, identificar fatores que condicionam a inserção profissional. O quadro teórico de referência para este estudo assenta numa revisão de literatura centrada na formação inicial dos educadores de Infância, bem como, nas diversas abordagens sobre o desenvolvimento do educador, com especial enfoque nos educadores em início de carreira. No que respeita às opções metodológicas, optou-se por um estudo de natureza qualitativa, centrado no paradigma interpretativo, tendo sido realizadas seis entrevistas semi-estruturadas a educadoras principiantes para recolher os dados. A análise dos resultados foi feita através da análise de conteúdo permitindo identificar diversos temas, nomeadamente: implicação das aprendizagens e experiências da formação inicial para o desempenho docente; sentimentos e expetativas; dificuldades; conflitos e problemas; apoios e fatores que condicionam a inserção profissional; aprendizagens e desenvolvimento do sentimento de pertença ao novo grupo profissional. Os resultados demonstram a necessidade de refletir sobre a organização dos cursos da formação inicial com o objetivo de melhorar a preparação dos docentes e diminuir as dificuldades sentidas no início da carreira, bem como, aumentar e desenvolver novas formas de apoio a estes profissionais numa fase crucial da sua carreira, salientando a importância do papel da supervisão neste apoio
Com o propósito de abordar a forma como se dá o processo de inserção na carreira profissional docente, levantamos alguns dados que demonstram as características, orientações e até mesmo modelos que os professores procuram ou desenvolvem para adentrar no mundo da docência. As falas dos sujeitos nos retratam as dificuldades encontradas e como os professores procuraram superá-las. A memória dos estágios, a partilha com profissionais mais experientes, a lembrança da escola enquanto alunos e do perfil dos seus professores são algumas das pistas que os profissionais destacaram como elementos que auxiliaram no início do contato com a escola como membros do corpo docente.
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALProfessorPrincipiante
A fase de iniciação profissional docente é um momento de grande importância na
constituição da carreira do professor e na construção de sua identidade. A literatura
específica tem considerado esse momento como dotado de características próprias e
configurado pela ocorrência das principais marcas da identidade e do estilo que vai
caracterizar o profissional ao longo de sua carreira. Caracteriza-se a fase inicial de inserção
na docência a passagem de estudante a professor, a qual teve início nas atividades de
estágio e prática de ensino. De acordo com Garcia (1999, p.113), “os primeiros anos de
ensino são especialmente importantes porque os professores devem fazer a transição de
estudantes para professores, e por isso surgem duvidas, tensões (...)”. Se por um lado o
início de carreira docente é importante, por outro é um período difícil onde o professor
experiencia papéis e avalia a sua competência profissional.
HISTÓRIA DE VIDA DE UM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CONTANDO E ENCANTANDOProfessorPrincipiante
Entendendo a profissão docente uma carreira com muitos desafios e conflitos em função
da sua ação se voltar para um produto, mas diretamente para o indivíduo questionou-se
neste estudo possíveis caminhos para permanência na carreira. Em função deste
cenário, o presente estudo objetivou analisar a história de vida de um professor
universitário da área de educação física. Realizou-se a revisão de literatura acerca do
ciclo de vida profissional docente e da história de vida de professores de educação física.
Concomitantemente, efetuou-se a entrevista com um professor com 23 anos de atuação
na carreira e, que passou pela educação básica e pelo ensino superior, além da
educação informal. Verificou-se que as experiências na infância e na escola foram
estimuladores para sua escolha profissional. A atuação na escola pública permitiu o
acesso e o conhecimento relacionado ao sistema educacional, por outro lado não
valorizado financeiramente. A escola privada permitiu um retorno mais efetivo no que se
refere a objetivos de aprendizagem e abriu possibilidade para atuação com treinamento
em empresas e ginástica laboral. E finalmente, o ensino superior garantiu a remuneração
desejada na profissão que o levaram a ser professor universitário em três instituições
privadas, sendo coordenador de curso em um delas. O depoimento indicou o amor e o
encantamento como a mola propulsora para cada campo de atuação e, permitiu
identificar cada fase da sua trajetória profissional: entrada na carreira, estabilização,
diversificação e serenidade, esta onde se encontra neste momento. Compreende-se
nesse momento com limitações para atuar na escola em função da estrutura
organizacional e ao mesmo tempo reconhece que como professor universitário aprende
com seus alunos que o superaram. Concluiu-se que antes de ser professor, este é um ser humano que necessita reconhecer estas fases para entender como indivíduo e
profissional, na possibilidade de melhoria do seu ser e da sua prática pedagógica.
PROFESSORES PRINCIPIANTES: PERCEPÇÕES A PARTIR DA AUTOEFICÁCIA DOCENTEProfessorPrincipiante
Professores bem formados e preparados para lidar com as demandas do ensino contribuem para melhorar a qualidade do ensino, para reformas educacionais, e também para a inovação pedagógica (Nóvoa, 1995). O desenvolvimento profissional de professores têm atraído a atenção de pesquisadores ao redor do mundo. Preocupados com a baixa atratividade, possível escassez docente, e a qualidade do ensino, esses estudos têm centrado esforços no desenvolvimento profissional, no período de indução e início da carreira, entre outros fatores (Huberman, 1992; Flores, 1999; Feiman-Nemser, 2001; Tardif & Raymond, 2000; Ferreira, 2005).
A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...ProfessorPrincipiante
Vários são os estudos que mostram que a entrada na profissão docente está envolta em vários constrangimentos e dificuldades. Este estudo emerge das dificuldades sentidas por educadores de infância, na sua inserção profissional, descrevendo o percurso que realizaram aquando do seu início de carreira e a forma como foram colmatadas as dificuldades sentidas. A investigação foi realizada com dois grupos de educadoras de infância. Um dos grupos realizou a sua formação inicial numa instituição de ensino superior pública e outro grupo numa instituição de ensino superior privada. Concretizou-se através de dois questionários on-line, com questões abertas, sendo um questionário focalizado na formação prática dos educadores de infância (estágio) e o outro na inserção profissional. Foi feita a análise de conteúdo e a interpretação dos mesmos, evidenciou lacunas na formação inicial, bem como dificuldades relacionadas com o próprio contexto de trabalho. Constitui propósito final deste estudo contribuir para a análise de quais os aspetos da formação inicial a melhorar, para que no futuro possam ser suprimidos e, assim, permitam uma melhor integração profissional dos educadores principiantes.
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIAProfessorPrincipiante
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional brasileira (LDB 9394/96) reconheceu diferentes modalidades de educação superior, distinguindo aquela que se constitui a partir da indissociabilidade entre ensino e pesquisa e deve ser feita nas Universidades, e a que pode estar somente envolvida com o ensino, própria dos Centros Universitários e Faculdades isoladas. A conceituação de educação superior indicada pela Constituição de 1988 foi flexibilizada pela Lei de Diretrizes e Bases, revelando a perspectiva política em vigor. Entre os fatores que contribuíram para essa condição, é possível reconhecer a fragilidade das experiências articuladoras da nova epistemologia que suportava a relação do ensino com a pesquisa e a extensão, e a morosidade de regulamentação de alguns dispositivos constitucionais, que assim o exigiam (CUNHA, 2009).
Como coordenadora de um Programa de Mestrado em Educação pude acompanhar e participar em uma Universidade a preparação de docentes que deveriam iniciar trabalho em novos cursos criados de graduação. Em especial pude acompanhar a rápida formação dos principiantes do curso de Comunicação Social e o trabalho posterior dos professores em sala de aula por alguns anos.
Este contato me fez perceber necessidades sofridas pelos iniciantes e, portanto, com o “choque de realidade” vivido por eles. Imerso nestas dificuldades coloquei a mim várias questões: por que acontece este desajuste inicial com alguns professores? Por que as dificuldades? Como caracterizá-las? Como encaminhar alternativas de solução? Quais alternativas? São dificuldades unicamente dos professores ou envolvem, também, todo o conteúdo do curso?
O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...ProfessorPrincipiante
A fase de iniciação profissional docente é um momento importante na constituição da carreira do professor e da sua identidade. Esse momento tem sido reconhecido por ter características muito específicas e configurado pela ocorrência das principais marcas da identidade que engendram a profissionalidade docente. As primeiras experiências vivenciadas pelos professores em início de carreira têm influência direta sobre a sua decisão de continuar ou não na profissão, porque é um período marcado por sentimentos contraditórios que desafiam cotidianamente o professor e sua prática docente.
O bem ou o mal estar dos professores iniciantes não é situação estável, pois depende do contexto de trabalho, do perfil dos alunos, da remuneração salarial, ou seja, de vários fatores internos e externos, mas principalmente das efetivas condições de trabalho.
O presente artigo é resultado parcial de uma dissertação de mestrado intitulada “O Início da Docência no Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino” que tem como objetivo conhecer o início da docência no ensino fundamental da Rede Pública Municipal de Ensino de uma cidade do norte de Santa Catarina. O início da docência configura-se como um momento privilegiado de aprendizagens sobre a profissão docente; é uma fase única, singular, com características peculiares que permitem analisá-la de um modo diferenciado
O INÍCIO DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA: DILEMAS E ENFRENTAMENTOSProfessorPrincipiante
Compreendemos que a relevância das reflexões sobre a aprendizagem e desenvolvimento profissional dos professores em inicio da docência começa na formação inicial e precisam ter continuidade. Durante muito tempo, a formação de professores é apoiada a partir de um modelo de formação baseado na ideia de acúmulo de conhecimentos teóricos para, em seguida, serem colocados em prática. Dessa forma, o entendimento que se tinha era de que esta aprendizagem se caracteriza pela organização de estratégias e técnicas de ensino de conteúdo específico, para ser aplicado nas escolas por meio das práticas pedagógicas, o que indica uma distorcida visão da articulação entre o conhecimento pedagógico e a sua práxis, da relação teoria e prática. Essa ideia é fundamentada na lógica da racionalidade técnica, segundo a qual a atividade docente está baseada na resolução de problemas instrumentais, tornada rigorosa por meio da aplicação da teoria e da técnica científica.
OPINIÕES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM INÍCIO DA CARREIRA DOCENTEProfessorPrincipiante
A transição entre a graduação em um curso de licenciatura e o início de carreira
docente pode trazer várias dificuldades e necessidades de adaptação do individuo. A
literatura consultada indica que esse período inicial da profissão envolve vários tipos de
expectativas e experiências que influenciam diretamente na formação do(a) jovem
professor(a).
Quando um docente inicia a carreira começa também um novo ciclo da sua vida,
passando de estudante a professor, arcando com todas as responsabilidades que daí
advém. Com esta súbita mudança surgem as dúvidas e as incertezas sobre a
adequabilidade dos seus métodos e conteúdos influenciando diretamente no seu modo
de agir e pensar.
UM BREVE OLHAR SOBRE O PERFIL DO DOCENTE DA ACADEMIA DA FORÇA AÉREAProfessorPrincipiante
Com a intenção de investigar a identidade do docente da AFA, o seu processo de
profissionalização assim como as diversas concepções de ensino e de aprendizagem que
permeiam o seu fazer pedagógico, é apresentado neste trabalho uma visão inicial sobre o
perfil desses docentes. Apesar de haver inúmeras pesquisas relativas aos processos de
formação docente, os autores deste trabalho entendem que esta seja uma demanda
necessária, considerando que não há estudos que tratem da especificidade desses
profissionais no âmbito do ensino superior militar. Para se ter uma visão inicial sobre
quem são esses docentes, foi elaborado um questionário, contendo trinta questões, e
respondido por sessenta e um professores (num total de setenta e dois), mostrando
características que vão desde idade, formação inicial e continuada, tempo de atuação na
AFA até hábitos culturais e desportivos. Há muitas teorias que embasam as ações do
professor e se refletem no seu modo de ensinar, de avaliar, na escolha e no tratamento
dos conteúdos, inclusive no seu modo de estabelecer relações com os alunos.
Apresentar esses dados é uma forma de começar adentrar esse universo em toda a sua
dinâmica e complexidade e tentar compreendê-lo, a fim de lançar novas luzes sobre o
exercício cotidiano daqueles que se dedicam à formação do futuro oficial da Força Aérea.
PROFESSORES FORMADORES E O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOCENTEProfessorPrincipiante
O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre o tema da socialização
profissional docente, a partir de um recorte das análises desenvolvidas no âmbito da
pesquisa intitulada “Trajetórias de vida de professores formadores: construção de habitus
profissionais”, apresentada como tese de doutoramento.
A pesquisa teve por objetivo analisar as trajetórias de formadores de professores
para os anos iniciais do ensino fundamental, que atuam em cursos de Pedagogia
oferecidos por universidades públicas do Rio de Janeiro, Brasil.
O INÍCIO DA DOCÊNCIA: UMA INVESTIGAÇÃO-FORMAÇÃO COM BASE NAS NARRATIVAS DE PR...ProfessorPrincipiante
O presente estudo, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa “Práticas Pedagógicas
e suas relações com a formação docente”, da Universidade Católica Dom Bosco–UCDB,
de Mato Grosso do Sul, Brasil, caracteriza-se como uma pesquisa formação cujos
sujeitos são professores de diferentes níveis de ensino, áreas de conhecimento e tempo
de magistério. Mediante a produção de narrativas, relatos de experiências, histórias de
vida, memórias e análise de situações problema ou de casos vivenciados por esses
professores, a pesquisa objetivou identificar elementos que contribuem no processo de
aprendizagem da docência, bem como os fatores que a condicionam. Nessas produções
a maior parte dos sujeitos relata o impacto do início da docência, marcado, por um lado,
pelo entusiasmo e expectativa, e, por outro, pela sensação de despreparo e medo do
insucesso. Além disso, expressam o sentimento de solidão que decorre da falta de apoio
por parte dos especialistas da escola e da família dos alunos. Quando existe, o apoio
vem dos pares. As narrativas são marcadas fortemente pela preocupação com o
“domínio da sala” e, por conseguinte, com os procedimentos para “conquistar o aluno” e
“obter o respeito ao professor. Nos relatos percebe-se o silêncio em relação ao papel do
curso de graduação como formador do professor. Nesse contexto, vários iniciantes
pensam em desistir da carreira do magistério.
PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...ProfessorPrincipiante
Este trabalho decorre da pesquisa de doutorado que teve como foco principal professores iniciantes na docência universitária. O objetivo maior foi compreender o processo de construção da docência dos professores iniciantes que foram inseridos, no contexto das políticas de expansão e interiorização, em uma universidade pública no sul do Amazonas/Brasil. Através de narrativas, quatro professores de diferentes áreas do conhecimento foram ouvidos como sujeitos da pesquisa. Uma das dimensões advindas das questões norteadoras está relacionada com os desafios no contexto da profissão. Esta, especialmente, está explorada neste texto. Os dados evidenciaram que os desafios estão intrinsecamente relacionados com as experiências vivenciadas no início da docência universitária quer sejam de ordem pessoal ou profissional.
RELAÇÕES PROFESSOR-ALUNOS NO INÍCIO DA DOCÊNCIA DE UMA JOVEM PROFESSORA UNIVE...ProfessorPrincipiante
Habitualmente, é em aula que professor e alunos se encontram ou mantêm um contato maior. A aula, além de envolver esses sujeitos, envolve também o conhecimento, o conteúdo a ser trabalhado. A relação professor-alunos que ocorre em aula pode ser considerada uma relação interpessoal particular, pois é localizada e possui objetivos específicos: professor e aluno relacionam-se em sala de aula tendo em vista os processos de ensino e de aprendizagem.
O estudante que ingressa em sala de aula universitária está disposto a desenvolver aprendizagens tendo em vista a sua formação profissional. Já o professor é um profissional formado que assume a tarefa de ensinar, de auxiliar o aluno em seu processo de aprendizagem. Portanto, a sala de aula é, por excelência, um espaço para a relação professor-alunos.
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...ProfessorPrincipiante
Tornar-se professor não é um processo que ocorre do dia para a noite. Tampouco se constitui de maneira linear ou homogênea para o conjunto desses profissionais. Em suas trajetórias, diferentes elementos e acontecimentos, componentes de realidades materiais e simbólicas concretas, são (re)interpretados e (re)significados pelos professores, constituindo contextos complexos de construção do seu ser e fazer docentes. Como indica a literatura sobre a iniciação à docência, importante etapa da formação docente, esse momento impõe ao professor forte intensidade em termos de experiências pessoais e profissionais, e o conduz a um processo de grandes aprendizagens (MARCELO GARCÍA, 1998; TARDIF, 2002; REALI, TANCREDI e MIZUKAMI, 2010).
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...ProfessorPrincipiante
O presente estudo tem como objetivo principal investigar de que maneira o Programa de Mentoria online oferecido pela Universidade Federal de São Carlos (2004-2007) contribuiu para a formação de professores iniciantes, participantes da iniciativa, a partir da análise atual destes docentes. Iniciativas desse tipo, conforme Marcelo Garcia (2006) se organizam a fim de diminuir a tensão da inserção do professor na escola, por isso a importância de se oferecer e estudar sobre programas de indução/ mentoria e seus resultados na promoção da formação docente e no apoio ao professor iniciante.
Nessa perspectiva, a ideia de formação docente avança do modelo de racionalidade técnica, que se tornou pouco para se responsabilizar dela (Mizukami, Reali, Reys, Martucci & Freitas, 2003), para novas concepções de formação e atuação profissional como um processo continuum (Knowles & Cole, 1995), que não se limita a um tempo determinado.
A PROBLEMÁTICA DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTE EM MATEMÁTICA: MAPEAMENTO DOS ES...ProfessorPrincipiante
Este artigo tem como objetivo apresentar um mapeamento das pesquisas brasileiras sobre o início da carreira docente em matemática e identificar as problemáticas apontadas nos estudos. A área de Educação Matemática no Brasil tem apontado um aumento expressivo no número de pesquisas produzidas, totalizando 4498 trabalhos até o ano de 2010 (Melo e Gama, 2013).
Para relatar a revisão desses estudos acadêmicos brasileiros selecionados - dissertações e teses – inicialmente apresentaremos alguns aspectos teóricos que embasam a problemática da fase inicial da carreira. A seguir, descrevemos os procedimentos metodológicos da pesquisa. E, por último, sistematizamos o mapeamento procurando contribuir com a sistematização das tendências e dos principais resultados encontrados vislumbrando indicativos para as novas pesquisas na área.
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho emerge de uma pesquisa realizada para uma tese de doutorado que está em andamento que tem como objetivo contribuir para uma reflexão sobre o trabalho do professor formador, em início de carreira, dos cursos de Licenciatura em Matemática. O estudo se justifica inicialmente pela importância do trabalho desses profissionais que têm envolvimento direto com a formação dos professores que irão atuar na escola básica e, também, em razão do reduzido número de pesquisas acadêmicas que tratam dessa problemática. O objetivo central desta pesquisa é analisar os problemas e desafios encontrados pelos professores formadores em início de carreira no ensino superior em relação ao exercício da docência e como vêm respondendo a essas demandas. Diante de tais propósitos buscamos responder ás seguintes questões: Qual é o perfil dos professores formadores em início de carreira? Como ele tem se preparado para esse trabalho? Quais os problemas encontrados pelos formadores no inicio de carreira? Como os formadores vêm respondendo aos desafios pedagógicos e institucionais? Para este estudo utilizou-se da abordagem qualitativa e o principal instrumento de coleta de dados foram entrevistas. Nesse trabalho serão analisados os resultados de entrevistas realizadas com cinco professores do curso de licenciatura em matemática de faculdades isoladas e três professores de instituições públicas.
AS APRENDIZAGENS DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA INICIANTESProfessorPrincipiante
Este artigo relata os achados de uma pesquisa que trata dos aspectos singulares dos processos de iniciação a docência e aprendizagem docente vivida por professores de Educação Física licenciados, egressos de uma universidade da rede federal de ensino. A metodologia de pesquisa é de cunho qualitativo, de caráter descritivo. O estudo foi realizado com 13 professores iniciantes (9 homens e 4 mulheres) e fez uso de duas técnicas de coleta de dados: entrevista e análises de casos de ensino. Os dados da pesquisa mostram que o pertencimento a um determinado campo disciplinar é um elemento importante a considerar para análise dos processos de inserção profissional e aprendizagem docente, já que definem modos particulares e cruciais de ser professor e de se inserir na profissão.
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...ProfessorPrincipiante
Este estudo pretende descrever e compreender o processo de entrada dos educadores de infância na profissão, partindo da perspetiva pessoal de profissionais principiantes (entre 1 e 3 anos de experiência) e da análise dos seus percursos, bem como, identificar fatores que condicionam a inserção profissional. O quadro teórico de referência para este estudo assenta numa revisão de literatura centrada na formação inicial dos educadores de Infância, bem como, nas diversas abordagens sobre o desenvolvimento do educador, com especial enfoque nos educadores em início de carreira. No que respeita às opções metodológicas, optou-se por um estudo de natureza qualitativa, centrado no paradigma interpretativo, tendo sido realizadas seis entrevistas semi-estruturadas a educadoras principiantes para recolher os dados. A análise dos resultados foi feita através da análise de conteúdo permitindo identificar diversos temas, nomeadamente: implicação das aprendizagens e experiências da formação inicial para o desempenho docente; sentimentos e expetativas; dificuldades; conflitos e problemas; apoios e fatores que condicionam a inserção profissional; aprendizagens e desenvolvimento do sentimento de pertença ao novo grupo profissional. Os resultados demonstram a necessidade de refletir sobre a organização dos cursos da formação inicial com o objetivo de melhorar a preparação dos docentes e diminuir as dificuldades sentidas no início da carreira, bem como, aumentar e desenvolver novas formas de apoio a estes profissionais numa fase crucial da sua carreira, salientando a importância do papel da supervisão neste apoio
Com o propósito de abordar a forma como se dá o processo de inserção na carreira profissional docente, levantamos alguns dados que demonstram as características, orientações e até mesmo modelos que os professores procuram ou desenvolvem para adentrar no mundo da docência. As falas dos sujeitos nos retratam as dificuldades encontradas e como os professores procuraram superá-las. A memória dos estágios, a partilha com profissionais mais experientes, a lembrança da escola enquanto alunos e do perfil dos seus professores são algumas das pistas que os profissionais destacaram como elementos que auxiliaram no início do contato com a escola como membros do corpo docente.
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALProfessorPrincipiante
A fase de iniciação profissional docente é um momento de grande importância na
constituição da carreira do professor e na construção de sua identidade. A literatura
específica tem considerado esse momento como dotado de características próprias e
configurado pela ocorrência das principais marcas da identidade e do estilo que vai
caracterizar o profissional ao longo de sua carreira. Caracteriza-se a fase inicial de inserção
na docência a passagem de estudante a professor, a qual teve início nas atividades de
estágio e prática de ensino. De acordo com Garcia (1999, p.113), “os primeiros anos de
ensino são especialmente importantes porque os professores devem fazer a transição de
estudantes para professores, e por isso surgem duvidas, tensões (...)”. Se por um lado o
início de carreira docente é importante, por outro é um período difícil onde o professor
experiencia papéis e avalia a sua competência profissional.
HISTÓRIA DE VIDA DE UM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CONTANDO E ENCANTANDOProfessorPrincipiante
Entendendo a profissão docente uma carreira com muitos desafios e conflitos em função
da sua ação se voltar para um produto, mas diretamente para o indivíduo questionou-se
neste estudo possíveis caminhos para permanência na carreira. Em função deste
cenário, o presente estudo objetivou analisar a história de vida de um professor
universitário da área de educação física. Realizou-se a revisão de literatura acerca do
ciclo de vida profissional docente e da história de vida de professores de educação física.
Concomitantemente, efetuou-se a entrevista com um professor com 23 anos de atuação
na carreira e, que passou pela educação básica e pelo ensino superior, além da
educação informal. Verificou-se que as experiências na infância e na escola foram
estimuladores para sua escolha profissional. A atuação na escola pública permitiu o
acesso e o conhecimento relacionado ao sistema educacional, por outro lado não
valorizado financeiramente. A escola privada permitiu um retorno mais efetivo no que se
refere a objetivos de aprendizagem e abriu possibilidade para atuação com treinamento
em empresas e ginástica laboral. E finalmente, o ensino superior garantiu a remuneração
desejada na profissão que o levaram a ser professor universitário em três instituições
privadas, sendo coordenador de curso em um delas. O depoimento indicou o amor e o
encantamento como a mola propulsora para cada campo de atuação e, permitiu
identificar cada fase da sua trajetória profissional: entrada na carreira, estabilização,
diversificação e serenidade, esta onde se encontra neste momento. Compreende-se
nesse momento com limitações para atuar na escola em função da estrutura
organizacional e ao mesmo tempo reconhece que como professor universitário aprende
com seus alunos que o superaram. Concluiu-se que antes de ser professor, este é um ser humano que necessita reconhecer estas fases para entender como indivíduo e
profissional, na possibilidade de melhoria do seu ser e da sua prática pedagógica.
PROFESSORES PRINCIPIANTES: PERCEPÇÕES A PARTIR DA AUTOEFICÁCIA DOCENTEProfessorPrincipiante
Professores bem formados e preparados para lidar com as demandas do ensino contribuem para melhorar a qualidade do ensino, para reformas educacionais, e também para a inovação pedagógica (Nóvoa, 1995). O desenvolvimento profissional de professores têm atraído a atenção de pesquisadores ao redor do mundo. Preocupados com a baixa atratividade, possível escassez docente, e a qualidade do ensino, esses estudos têm centrado esforços no desenvolvimento profissional, no período de indução e início da carreira, entre outros fatores (Huberman, 1992; Flores, 1999; Feiman-Nemser, 2001; Tardif & Raymond, 2000; Ferreira, 2005).
A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...ProfessorPrincipiante
Vários são os estudos que mostram que a entrada na profissão docente está envolta em vários constrangimentos e dificuldades. Este estudo emerge das dificuldades sentidas por educadores de infância, na sua inserção profissional, descrevendo o percurso que realizaram aquando do seu início de carreira e a forma como foram colmatadas as dificuldades sentidas. A investigação foi realizada com dois grupos de educadoras de infância. Um dos grupos realizou a sua formação inicial numa instituição de ensino superior pública e outro grupo numa instituição de ensino superior privada. Concretizou-se através de dois questionários on-line, com questões abertas, sendo um questionário focalizado na formação prática dos educadores de infância (estágio) e o outro na inserção profissional. Foi feita a análise de conteúdo e a interpretação dos mesmos, evidenciou lacunas na formação inicial, bem como dificuldades relacionadas com o próprio contexto de trabalho. Constitui propósito final deste estudo contribuir para a análise de quais os aspetos da formação inicial a melhorar, para que no futuro possam ser suprimidos e, assim, permitam uma melhor integração profissional dos educadores principiantes.
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIAProfessorPrincipiante
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional brasileira (LDB 9394/96) reconheceu diferentes modalidades de educação superior, distinguindo aquela que se constitui a partir da indissociabilidade entre ensino e pesquisa e deve ser feita nas Universidades, e a que pode estar somente envolvida com o ensino, própria dos Centros Universitários e Faculdades isoladas. A conceituação de educação superior indicada pela Constituição de 1988 foi flexibilizada pela Lei de Diretrizes e Bases, revelando a perspectiva política em vigor. Entre os fatores que contribuíram para essa condição, é possível reconhecer a fragilidade das experiências articuladoras da nova epistemologia que suportava a relação do ensino com a pesquisa e a extensão, e a morosidade de regulamentação de alguns dispositivos constitucionais, que assim o exigiam (CUNHA, 2009).
Como coordenadora de um Programa de Mestrado em Educação pude acompanhar e participar em uma Universidade a preparação de docentes que deveriam iniciar trabalho em novos cursos criados de graduação. Em especial pude acompanhar a rápida formação dos principiantes do curso de Comunicação Social e o trabalho posterior dos professores em sala de aula por alguns anos.
Este contato me fez perceber necessidades sofridas pelos iniciantes e, portanto, com o “choque de realidade” vivido por eles. Imerso nestas dificuldades coloquei a mim várias questões: por que acontece este desajuste inicial com alguns professores? Por que as dificuldades? Como caracterizá-las? Como encaminhar alternativas de solução? Quais alternativas? São dificuldades unicamente dos professores ou envolvem, também, todo o conteúdo do curso?
O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...ProfessorPrincipiante
A fase de iniciação profissional docente é um momento importante na constituição da carreira do professor e da sua identidade. Esse momento tem sido reconhecido por ter características muito específicas e configurado pela ocorrência das principais marcas da identidade que engendram a profissionalidade docente. As primeiras experiências vivenciadas pelos professores em início de carreira têm influência direta sobre a sua decisão de continuar ou não na profissão, porque é um período marcado por sentimentos contraditórios que desafiam cotidianamente o professor e sua prática docente.
O bem ou o mal estar dos professores iniciantes não é situação estável, pois depende do contexto de trabalho, do perfil dos alunos, da remuneração salarial, ou seja, de vários fatores internos e externos, mas principalmente das efetivas condições de trabalho.
O presente artigo é resultado parcial de uma dissertação de mestrado intitulada “O Início da Docência no Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino” que tem como objetivo conhecer o início da docência no ensino fundamental da Rede Pública Municipal de Ensino de uma cidade do norte de Santa Catarina. O início da docência configura-se como um momento privilegiado de aprendizagens sobre a profissão docente; é uma fase única, singular, com características peculiares que permitem analisá-la de um modo diferenciado
O INÍCIO DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA: DILEMAS E ENFRENTAMENTOSProfessorPrincipiante
Compreendemos que a relevância das reflexões sobre a aprendizagem e desenvolvimento profissional dos professores em inicio da docência começa na formação inicial e precisam ter continuidade. Durante muito tempo, a formação de professores é apoiada a partir de um modelo de formação baseado na ideia de acúmulo de conhecimentos teóricos para, em seguida, serem colocados em prática. Dessa forma, o entendimento que se tinha era de que esta aprendizagem se caracteriza pela organização de estratégias e técnicas de ensino de conteúdo específico, para ser aplicado nas escolas por meio das práticas pedagógicas, o que indica uma distorcida visão da articulação entre o conhecimento pedagógico e a sua práxis, da relação teoria e prática. Essa ideia é fundamentada na lógica da racionalidade técnica, segundo a qual a atividade docente está baseada na resolução de problemas instrumentais, tornada rigorosa por meio da aplicação da teoria e da técnica científica.
OPINIÕES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM INÍCIO DA CARREIRA DOCENTEProfessorPrincipiante
A transição entre a graduação em um curso de licenciatura e o início de carreira
docente pode trazer várias dificuldades e necessidades de adaptação do individuo. A
literatura consultada indica que esse período inicial da profissão envolve vários tipos de
expectativas e experiências que influenciam diretamente na formação do(a) jovem
professor(a).
Quando um docente inicia a carreira começa também um novo ciclo da sua vida,
passando de estudante a professor, arcando com todas as responsabilidades que daí
advém. Com esta súbita mudança surgem as dúvidas e as incertezas sobre a
adequabilidade dos seus métodos e conteúdos influenciando diretamente no seu modo
de agir e pensar.
UM BREVE OLHAR SOBRE O PERFIL DO DOCENTE DA ACADEMIA DA FORÇA AÉREAProfessorPrincipiante
Com a intenção de investigar a identidade do docente da AFA, o seu processo de
profissionalização assim como as diversas concepções de ensino e de aprendizagem que
permeiam o seu fazer pedagógico, é apresentado neste trabalho uma visão inicial sobre o
perfil desses docentes. Apesar de haver inúmeras pesquisas relativas aos processos de
formação docente, os autores deste trabalho entendem que esta seja uma demanda
necessária, considerando que não há estudos que tratem da especificidade desses
profissionais no âmbito do ensino superior militar. Para se ter uma visão inicial sobre
quem são esses docentes, foi elaborado um questionário, contendo trinta questões, e
respondido por sessenta e um professores (num total de setenta e dois), mostrando
características que vão desde idade, formação inicial e continuada, tempo de atuação na
AFA até hábitos culturais e desportivos. Há muitas teorias que embasam as ações do
professor e se refletem no seu modo de ensinar, de avaliar, na escolha e no tratamento
dos conteúdos, inclusive no seu modo de estabelecer relações com os alunos.
Apresentar esses dados é uma forma de começar adentrar esse universo em toda a sua
dinâmica e complexidade e tentar compreendê-lo, a fim de lançar novas luzes sobre o
exercício cotidiano daqueles que se dedicam à formação do futuro oficial da Força Aérea.
PROFESSORES FORMADORES E O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOCENTEProfessorPrincipiante
O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre o tema da socialização
profissional docente, a partir de um recorte das análises desenvolvidas no âmbito da
pesquisa intitulada “Trajetórias de vida de professores formadores: construção de habitus
profissionais”, apresentada como tese de doutoramento.
A pesquisa teve por objetivo analisar as trajetórias de formadores de professores
para os anos iniciais do ensino fundamental, que atuam em cursos de Pedagogia
oferecidos por universidades públicas do Rio de Janeiro, Brasil.
O INÍCIO DA DOCÊNCIA: UMA INVESTIGAÇÃO-FORMAÇÃO COM BASE NAS NARRATIVAS DE PR...ProfessorPrincipiante
O presente estudo, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa “Práticas Pedagógicas
e suas relações com a formação docente”, da Universidade Católica Dom Bosco–UCDB,
de Mato Grosso do Sul, Brasil, caracteriza-se como uma pesquisa formação cujos
sujeitos são professores de diferentes níveis de ensino, áreas de conhecimento e tempo
de magistério. Mediante a produção de narrativas, relatos de experiências, histórias de
vida, memórias e análise de situações problema ou de casos vivenciados por esses
professores, a pesquisa objetivou identificar elementos que contribuem no processo de
aprendizagem da docência, bem como os fatores que a condicionam. Nessas produções
a maior parte dos sujeitos relata o impacto do início da docência, marcado, por um lado,
pelo entusiasmo e expectativa, e, por outro, pela sensação de despreparo e medo do
insucesso. Além disso, expressam o sentimento de solidão que decorre da falta de apoio
por parte dos especialistas da escola e da família dos alunos. Quando existe, o apoio
vem dos pares. As narrativas são marcadas fortemente pela preocupação com o
“domínio da sala” e, por conseguinte, com os procedimentos para “conquistar o aluno” e
“obter o respeito ao professor. Nos relatos percebe-se o silêncio em relação ao papel do
curso de graduação como formador do professor. Nesse contexto, vários iniciantes
pensam em desistir da carreira do magistério.
PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...ProfessorPrincipiante
Este trabalho decorre da pesquisa de doutorado que teve como foco principal professores iniciantes na docência universitária. O objetivo maior foi compreender o processo de construção da docência dos professores iniciantes que foram inseridos, no contexto das políticas de expansão e interiorização, em uma universidade pública no sul do Amazonas/Brasil. Através de narrativas, quatro professores de diferentes áreas do conhecimento foram ouvidos como sujeitos da pesquisa. Uma das dimensões advindas das questões norteadoras está relacionada com os desafios no contexto da profissão. Esta, especialmente, está explorada neste texto. Os dados evidenciaram que os desafios estão intrinsecamente relacionados com as experiências vivenciadas no início da docência universitária quer sejam de ordem pessoal ou profissional.
RELAÇÕES PROFESSOR-ALUNOS NO INÍCIO DA DOCÊNCIA DE UMA JOVEM PROFESSORA UNIVE...ProfessorPrincipiante
Habitualmente, é em aula que professor e alunos se encontram ou mantêm um contato maior. A aula, além de envolver esses sujeitos, envolve também o conhecimento, o conteúdo a ser trabalhado. A relação professor-alunos que ocorre em aula pode ser considerada uma relação interpessoal particular, pois é localizada e possui objetivos específicos: professor e aluno relacionam-se em sala de aula tendo em vista os processos de ensino e de aprendizagem.
O estudante que ingressa em sala de aula universitária está disposto a desenvolver aprendizagens tendo em vista a sua formação profissional. Já o professor é um profissional formado que assume a tarefa de ensinar, de auxiliar o aluno em seu processo de aprendizagem. Portanto, a sala de aula é, por excelência, um espaço para a relação professor-alunos.
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...ProfessorPrincipiante
Tornar-se professor não é um processo que ocorre do dia para a noite. Tampouco se constitui de maneira linear ou homogênea para o conjunto desses profissionais. Em suas trajetórias, diferentes elementos e acontecimentos, componentes de realidades materiais e simbólicas concretas, são (re)interpretados e (re)significados pelos professores, constituindo contextos complexos de construção do seu ser e fazer docentes. Como indica a literatura sobre a iniciação à docência, importante etapa da formação docente, esse momento impõe ao professor forte intensidade em termos de experiências pessoais e profissionais, e o conduz a um processo de grandes aprendizagens (MARCELO GARCÍA, 1998; TARDIF, 2002; REALI, TANCREDI e MIZUKAMI, 2010).
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...ProfessorPrincipiante
O presente estudo tem como objetivo principal investigar de que maneira o Programa de Mentoria online oferecido pela Universidade Federal de São Carlos (2004-2007) contribuiu para a formação de professores iniciantes, participantes da iniciativa, a partir da análise atual destes docentes. Iniciativas desse tipo, conforme Marcelo Garcia (2006) se organizam a fim de diminuir a tensão da inserção do professor na escola, por isso a importância de se oferecer e estudar sobre programas de indução/ mentoria e seus resultados na promoção da formação docente e no apoio ao professor iniciante.
Nessa perspectiva, a ideia de formação docente avança do modelo de racionalidade técnica, que se tornou pouco para se responsabilizar dela (Mizukami, Reali, Reys, Martucci & Freitas, 2003), para novas concepções de formação e atuação profissional como um processo continuum (Knowles & Cole, 1995), que não se limita a um tempo determinado.
A PROBLEMÁTICA DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTE EM MATEMÁTICA: MAPEAMENTO DOS ES...ProfessorPrincipiante
Este artigo tem como objetivo apresentar um mapeamento das pesquisas brasileiras sobre o início da carreira docente em matemática e identificar as problemáticas apontadas nos estudos. A área de Educação Matemática no Brasil tem apontado um aumento expressivo no número de pesquisas produzidas, totalizando 4498 trabalhos até o ano de 2010 (Melo e Gama, 2013).
Para relatar a revisão desses estudos acadêmicos brasileiros selecionados - dissertações e teses – inicialmente apresentaremos alguns aspectos teóricos que embasam a problemática da fase inicial da carreira. A seguir, descrevemos os procedimentos metodológicos da pesquisa. E, por último, sistematizamos o mapeamento procurando contribuir com a sistematização das tendências e dos principais resultados encontrados vislumbrando indicativos para as novas pesquisas na área.
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho emerge de uma pesquisa realizada para uma tese de doutorado que está em andamento que tem como objetivo contribuir para uma reflexão sobre o trabalho do professor formador, em início de carreira, dos cursos de Licenciatura em Matemática. O estudo se justifica inicialmente pela importância do trabalho desses profissionais que têm envolvimento direto com a formação dos professores que irão atuar na escola básica e, também, em razão do reduzido número de pesquisas acadêmicas que tratam dessa problemática. O objetivo central desta pesquisa é analisar os problemas e desafios encontrados pelos professores formadores em início de carreira no ensino superior em relação ao exercício da docência e como vêm respondendo a essas demandas. Diante de tais propósitos buscamos responder ás seguintes questões: Qual é o perfil dos professores formadores em início de carreira? Como ele tem se preparado para esse trabalho? Quais os problemas encontrados pelos formadores no inicio de carreira? Como os formadores vêm respondendo aos desafios pedagógicos e institucionais? Para este estudo utilizou-se da abordagem qualitativa e o principal instrumento de coleta de dados foram entrevistas. Nesse trabalho serão analisados os resultados de entrevistas realizadas com cinco professores do curso de licenciatura em matemática de faculdades isoladas e três professores de instituições públicas.
No contexto da formação de professores, o exercício profissional na educação básica tem sido foco de estudos e discussões que problematizam o desenvolvimento tanto da formação inicial quanto da formação continuada, em um movimento que compreende a constituição dos sujeitos docentes, o desenvolvimento das funções na realização do trabalho e as relações presentes nas instituições educativas. A partir das reflexões sobre as práticas de ensino e condições de trabalho dos professores, acreditamos na formação como um processo que se desenvolve ao longo da vida, que se mostra como movimento, em processos formativos desenvolvidos no encontro com os outros e em vinculação com a totalidade da vida (Bakhtin, 2010). Os docentes são sujeitos capazes de criar e recriar sua própria formação, formando-se e transformando-se.
En 1998, un grupo de estudiantes que finalizaban su Residencia planteaban la
necesidad de “continuar su formación”. Eran los tiempos de la Formación Docente
Continua; sin embargo, ajenos a las modas pedagógicas de la Academia y las políticas
oficiales, la demanda expresaba una preocupación presente desde hacía tiempo en
estudiantes y profesores/as. Por un lado, la necesidad de acompañamiento de los
docentes principiantes en su inserción profesional. Por otro, la clara conciencia de que el
IFD debía hacerse cargo del desarrollo profesional de sus graduados.
Así comienza un trabajo participativo entre estudiantes, profesores/as y
graduados/as noveles, donde nos propusimos definir las líneas de la Formación que
pensábamos y queríamos, desde nosotros mismos y no desde las políticas oficiales, que
por aquellos tiempos proponían una suerte de shopping, hecho de ofertas diversas y
fragmentadas.
En este marco surge el Grupo de Investigación desde la Práctica, en un intento
por rescatar la metodología de la investigación como modo de aprendizaje y construcción
de conocimientos, el lugar del docente como intelectual y la capacidad de autogestionar
la propia formación. Una experiencia que se desarrolló “en los bordes” entre el IFD y la
escuela primaria, y de cuya singularidad y devenir esta ponencia intenta dar cuenta.
LA ATENCIÓN A LA FORMACIÓN DEL PROFESORADO PRINCIPIANTE DESDE LA POLÍTICA PÚB...ProfessorPrincipiante
El hecho crucial, para los docentes principiantes, es pasar de la teoría a la práctica. Una praxis que conlleva múltiples responsabilidades y que en sus primeros años puede delinear la futura postura de un profesional tan importante para el futuro de un país como lo es el educador. Esta situación tiene que enfrentarla el profesor novel en el contexto de una cultura escolar que desconoce, lo que puede agravar su periodo de adaptación. Esta problemática puede ser minimizada aplicando programas de inserción laboral a los profesores principiantes que tienen como objetivo principal favorecer la incorporación de docentes noveles al sistema educativo, para que estos puedan integrarse sin contratiempos a la cultura escolar. Estos programas son ejecutados con gran éxito en Europa y los Estados Unidos.
Os dados e as análises utilizados neste trabalho referem-se ao recorte de uma pesquisa, da primeira autora, que teve como foco nas trajetórias estudantis e profissionais de professoras que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental, a partir daquilo que elas narram. A pesquisa foi realizada com dez professoras que atuam do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental em uma mesma escola da de uma cidade do estado de São Paulo/Brasil. A documentação da pesquisa foi constituída de: entrevistas narrativas textualizadas (Jovchelovitch; Bauer, 2005); e devolvidas às professoras entrevistadas; transcrição das audiogravações de dois encontros do grupo de discussão (Weller, 2006), os quais tomaram como questões centrais os temas considerados convergentes nas entrevistas narrativas; diário de campo da pesquisadora, produzido após cada entrevista e cada encontro do grupo; e registros das professoras, quando devolveram as transcrições das entrevistas para a pesquisadora via e-mail. Para esta comunicação será apresentada parte de uma das categorias de análise: a constituição profissional: ser professora. Discutiremos a questão: o que leva cada professora a se manter na profissão docente? A partir dessa questão, delimitamos o seguinte objetivo: buscar indícios das experiências marcantes no início de carreira docente e os processos de inserção profissional.
PROCESOS DE FORMACIÓN. MAESTROS PRINCIPIANTES EN TELESECUNDARIAS INDÍGENASProfessorPrincipiante
En esta comunicación se presentan parte de los resultados de una investigación más amplia sobre profesores principiantes en México denominada Los primeros años de ejercicio docente en educación básica. Reconstrucción de prácticas y experiencias en contextos desfavorecidos, auspiciada por el Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (Conacyt)1; en ella nos enfocamos en los maestros de reciente ingreso al servicio en primaria y secundaria con el propósito de reconstruir y analizar las prácticas y experiencias en que se han involucrado durante sus primeros años de ejercicio docente. El objetivo fue construir conocimiento sobre el proceso de formación en la práctica por el que transitan durante este periodo de socialización profesional
EL “CHOQUE CON LA REALIDAD” DE LA DOCENCIA COMO PROFESIÓN Y SUS PARTICULARIDA...ProfessorPrincipiante
La presente comunicación, constituye un informe sobre las actividades y resultados obtenidos para identificar y caracterizar los principales problemas y preocupaciones experimentados por los profesores principiantes de Educación Media Superior (EMS) en el Municipio de Mazatlán, Sinaloa (México), al confrontar el “choque con la realidad” escolar, durante la Etapa de Iniciación a la Enseñanza (EIE), llevados a cabo para obtener el grado de Master en Educación por la Universidad Pedagógica Nacional, Unidad 251, cuya investigación consideró la probable relación crítica entre el ambiente escolar donde un profesor novel interactúa al encarar por primera vez un aula de clases de EMS, cargado de diversas presiones morales, sociales, académicas, institucionales o éticas y la génesis de un choque cognitivo disonante derivado de su confrontación.
ACTIVIDADES MATEMÁTICAS PARA LOGRAR UNA ENSEÑANZA BASADA EN EL DESARROLLO DE ...ProfessorPrincipiante
En esta nueva Sociedad del Conocimiento y la Información, la universidad debe
enfrentarse a nuevos desafíos y responsabilidades. Esta debe pasar de la universidad
que ofrecía una enseñanza tradicional a una universidad flexible, que brinde nuevos
enfoques para la enseñanza, más efectivos y acordes con las actuales necesidades
sociales, económicas, políticas y culturales.
Frente a estos cambios, nos propusimos averiguar cuales son las características
que nuestra sociedad le exige a los graduados del Profesorado de Matemática de la
Facultad de Filosofía, Humanidades y Artes. Basándonos en el informe final del Proyecto
Tuning, indagamos sobre las competencias que deben poseer dichos egresados.
Observamos que las demandas actuales no se enfocan sólo hacia un profesional
con sólidos conocimientos matemáticos, sino que requieren de una serie de
competencias instrumentales, metodológicas e interpersonales. De ahí que
seleccionamos las competencias genéricas y específicas, que deben adquirir los alumnos
del Profesorado en Matemática de esta Facultad.
Por ello, en la asignatura Seminario de Enseñanza I, planificamos distintas
actividades relacionadas con las competencias que los futuros docentes de Matemática En esta nueva Sociedad del Conocimiento y la Información, la universidad debe
enfrentarse a nuevos desafíos y responsabilidades. Esta debe pasar de la universidad
que ofrecía una enseñanza tradicional a una universidad flexible, que brinde nuevos
enfoques para la enseñanza, más efectivos y acordes con las actuales necesidades
sociales, económicas, políticas y culturales.
Frente a estos cambios, nos propusimos averiguar cuales son las características
que nuestra sociedad le exige a los graduados del Profesorado de Matemática de la
Facultad de Filosofía, Humanidades y Artes. Basándonos en el informe final del Proyecto
Tuning, indagamos sobre las competencias que deben poseer dichos egresados.
Observamos que las demandas actuales no se enfocan sólo hacia un profesional
con sólidos conocimientos matemáticos, sino que requieren de una serie de
competencias instrumentales, metodológicas e interpersonales. De ahí que
seleccionamos las competencias genéricas y específicas, que deben adquirir los alumnos
del Profesorado en Matemática de esta Facultad.
Por ello, en la asignatura Seminario de Enseñanza I, planificamos distintas
actividades relacionadas con las competencias que los futuros docentes de deben adquirir. Luego de llevarlas a cabo y mediante el análisis de las mismas pudimos evaluar el desarrollo de las competencias que deben conformar su Perfil Profesional.
PERCEPÇÕES DA INDUÇÃO PROFISSIONAL DE LÍDERES DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM A...ProfessorPrincipiante
A investigação a desenvolver, parte de uma necessidade imperiosa de procurar conhecer e compreender as percepções, expectativas, dificuldades, possibilidades dos gestores no início das funções nas Escolas de Formação de Professores em Angola. Este trabalho investiga as relações funcionais entre os elos escolares (diretor, conselho de direcção, professores, família e a comunidade), tendo como ponto de partida a liderança empreendida pelo gestor (diretor), no princípio da carreira. As expectativas, ansiedade, aceitação do corpo docente, discente e encarregados de educação, mudanças e resistência a mudança por parte do colectivo.
Procura-se compreender se a liderança do diretor principiante permite a participação de todos os segmentos da estrutura escolar. Onde seja possível o envolvimento de todos para se atender as necessidades de todos, partindo de uma planificação salutar que permita distribuir tarefas e pedir responsabilidades.
VALORACIÓN DE LOS COMPONENTES DE LA INSERCIÓN PROFESIONAL A LA ENSEÑANZA DEL ...ProfessorPrincipiante
La comunicación que aquí se ofrece es la continuación del trabajo expuesto en el “III Congreso Internacional sobre Profesorado Principiante e Inserción a la Docencia”, realizado en Santiago de Chile en el año 2012, y que lleva por nombre: “INVESTIGANDO AL PROFESORADO PRINCIPIANTE BAJO UNA MIRADA FENOMENOLÓGICA. EL RECORRIDO DE UN ESTUDIO COLECTIVO DE CASOS EN CHILE”, donde se dio a conocer detalladamente el recorrido metodológico de la investigación que hoy en día arroja las conclusiones que se exponen a continuación.
UNA PROPUESTA DE EVALUACIÓN DE PLANES DE MEJORA PARA LA CONVIVENCIA DEMOCRÁTI...ProfessorPrincipiante
Esta comunicación tiene por objeto dar a conocer el proceso de diseño y validación del cuestionario CDEI (Convivencia democrática en educación intercultural) para diagnosticar el alcance de los planes de mejora de establecimientos interculturales con vista al desarrollo de la convivencia democrática.
A presente proposta de pesquisa, de natureza qualitativa e quantitativa, tem por objetivo analisar como se desenvolve a aprendizagem da docência virtual sob a ótica da proposta de formação institucional das IES e da prática dos tutores virtuais. Para isso, caracterizar-se-á a proposta de docência virtual no modelo pedagógico das IES; apontar-se-á os saberes necessários ao tutor virtual presentes nos cursos de formação, nos editais de seleção e na lei de bolsas; mapear-se-á os saberes e competências adquiridos pelo tutor virtual ao longo da sua experiência pedagógica na EaD e no ensino presencial presentes em sua prática pedagógica e analisar-se-á possíveis desafios, dificuldades e estratégias decorrentes da proposta de formação institucional para o desenvolvimento da aprendizagem da docência virtual. O foco desse estudo é dialogar com questões referentes a aprendizagem da docência e o processo de desenvolvimento profissional, uma vez que os amplos estudos dessa temática contribuirão para compreender os processos de formação docente em EaD e contribuir com os saberes necessários ao tutor virtual no início da docência na modalidade a distância. Para isso, o projeto de pesquisa tem o intuito de analisar como se desenvolve a aprendizagem da docência virtual em quatro instituições federais vinculadas à UAB.
ENTRADA NA CARREIRA DOCENTE: DIALOGANDO SOBRE OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS P...ProfessorPrincipiante
Este trabalho apresenta as ações desenvolvidas pela Rede Integrare, órgão suplementar articulador, de apoio e mediação às questões que envolvem a educação e desenvolvimento profissional de docentes e gestores do Centro de Educação (CE), unidade de ensino de uma universidade pública federal, na região sul do Brasil. Tem por objetivo refletir os desafios encontrados por professores principiantes durante a entrada da carreira docente na educação superior, considerando esse um período de transição de profissionais para professores, que envolve o modo como os professores principiantes enfrentam as mudanças, os sentimentos docentes que consistem em elementos dinamizadores da atividade docente, bem como a capacidade de adaptação ao ambiente universitário e o enfrentamento diante das dificuldades encontradas.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UMA PONTE PARA A SOCIALIZAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES IN...ProfessorPrincipiante
Os estudos sobre o início da docência ganham magnitude no campo da educação e da sociologia da educação no momento em que buscam tratar e reconhecer o ingresso na docência como elemento preponderante para a construção da identidade docente. É neste caminho que o presente estudo busca apresentar e ampliar a discussão sobre a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência. O debate inicial trata de reconhecer possíveis questionamentos que fazem parte do repertório de dificuldades dos professores iniciantes. A partir disso, foi definido o objetivo desta pesquisa – Compreender a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência.
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...ProfessorPrincipiante
A problemática do professor iniciante vem se constituindo como um foco de interesse
quer de pesquisas e intervenções, quer de políticas e ações institucionais. Alguns países
já reconheceram que as consequências em não atender os problemas específicos dos
docentes iniciantes trazem sérios prejuízos econômicos, tanto pela deserção dos
mesmos como pelo impacto de suas ações no sistema educativo. No Brasil, ainda não
existe uma efetiva preocupação por parte da maioria das universidades e das escolas
para pensar ações e estratégias para atender os docentes iniciantes na carreira. No
entanto, vislumbra-se que essa temática está chamando a atenção e começando a
ganhar espaço em estudos de pesquisadores da área
Este artigo trata de um recorte de uma pesquisa com cinco professores do
Ensino Médio com um a dois anos de atuação, questionando sobre a percepção que o
professor novato tem de si mesmo e também as contribuições da escola para sua
formação continuada. A abordagem foi a da pesquisa qualitativa e o procedimento de
coleta de dados foi a entrevista semiestruturada. A análise dos dados revelou as
seguintes categorias: Formação inicial, aprendizagem da docência/início de carreira e
escola com lócus de formação. O estudo realizado evidenciou, por parte dos
interlocutores, uma vontade muito grande de acertar e de pertencer a escola, ajudando
os alunos na busca pelo saber. Vários deles dizem realizar sonhos ao ingressar no
magistério e, motivados pelos pais ou por professores, buscam entrar na carreira com
objetivos definidos e grande disposição para o enfrentamento diário. Cabe à escola
constituir uma rede de apoio para acompanhar e orientar os novos docentes em suas
práticas diárias.
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...ProfessorPrincipiante
O presente trabalho toma como referência dados coletados na pesquisa O trabalho docente e a aprendizagem da profissão nos primeiros anos da carreira, cujo principal objetivo foi compreender como professores, recém ingressos na profissão, vivem o trabalho docente e o processo de socialização profissional. Nessa direção, o estudo buscou investigar o processo de aprendizagem da profissão, articulando três dimensões: o trabalho docente, a formação profissional e o contexto social e institucional no qual esse trabalho se insere
RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES INICIANTES E ESTUDANTES: ELEMENTOS DO PROCESSO DE ...ProfessorPrincipiante
Este trabalho tem como tema as relações estabelecidas entre professores iniciantes e
estudantes da Educação Superior, na perspectiva de que essas relações configuram-se
como elementos do processo de socialização do professor universitário iniciante. Usamos
a expressão relações, no plural, porque entendemos que não existe “uma relação” entre
professor e estudantes que seja linear, intacta, pura. Chamamos relações porque essas
sempre sofrem influências de diversos fatores: conteúdo a ser trabalhado, contexto da
sala de aula, características dos estudantes, condição do professor, dentre muitos outros.
Assim como Libâneo (1993), compreendemos que as “relações entre professores e
alunos, as formas de comunicação, os aspectos afetivos e emocionais, a dinâmica das
manifestações na sala de aula fazem parte das condições organizativas do trabalho
docente, ao lado de outras” (p. 249). As relações estabelecidas entre professor e alunos
também constituem ou dão forma ao fazer e ao ser docente, bem como aos processos de
ensino e de aprendizagens que ocorrem principalmente em sala de aula.
A MOBILIZAÇÃO DE SABERES DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO INÍCIO...ProfessorPrincipiante
Antes de falarmos sobre o processo de se tornar professor ou sobre a mobilização dos saberes docentes, entendemos a necessidade de apresentar o professor iniciante.
Pacheco e Flores (1999) definem o professor iniciante como aquele que se encontra no primeiro ano de docência. Gonçalves (1995) afirma que o professor em início de carreira é aquele que está entre o primeiro e o quarto ano de atuação docente, já Huberman (1995) observa que o professor em início de carreira se localiza entre os três primeiros anos de docência.
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRAProfessorPrincipiante
O processo de formação contínua do professor, o conceito de desenvolvimento profissional docente, entendido como um período contínuo que é composto pela formação inicial e continuada em diferentes contextos de atuação. Inserido nesse conceito, há um debate a partir da sociologia das profissões ao se pesquisar os ciclos de carreira docente que seriam um dos elementos que compõem o conceito de desenvolvimento profissional docente. Como os sujeitos da trabalho são os professores iniciantes/ingressantes, um de nossos objetivos é conceituar e diferenciar termos comumente usados para o professor no início da carreira, bem como apontar para a necessidade de estudos que aprofundem os ciclos da carreira no Brasil, considerando as especificações de idade de ingresso, experiência anterior e tempo na carreira.
PROFESSORES INICIANTES E PROFESSORES EXPERIENTES EM PROPOSTAS INOVADORAS NA G...ProfessorPrincipiante
A DOCÊNCIA EM SAÚDE: APONTAMENTOS E DESAFIOS
As análises empreendidas por Pereira, Coelho e Da Ros (2005), Batista (2005); Seiffert (2005); Batista e Batista (2004), Urtiaga (2004), Batista e cols (2009)nos possibilitam apreender a complexa rede de determinações e condicionantes sociais, culturais e psicológicos que constitui a docência no ensino superior em saúde. Compreender o trabalho do professor universitário requer um cuidadoso trabalho de estudo e investigação que busque articular dimensões institucionais às dimensões pessoais e coletivas.
Situa-se a urgência de se enfrentar o debate sobre a docência universitária: o que a define e a singulariza como profissão? Quais as coordenadas que a caracterizam? São múltiplas questões que encontram possibilidade de discussão a partir das palavras de Garcia (1999, p.243): as funções que tradicionalmente se têm atribuído ao professor universitário são as de pesquisa e investigação.
GRUPOS DE ESTUDOS COLABORATIVOS E O PROFESSOR EM INÍCIO DE CARREIRAProfessorPrincipiante
O objetivo deste artigo é analisar as necessidades de apoio aos professores de matemática iniciantes e as contribuições da participação em grupos de estudos colaborativos sobre a prática pedagógica. Os aspectos teóricos que embasam a problemática do estudo abordam, de um lado, problemas e características da fase inicial da carreira docente e, de outro, o processo de desenvolvimento profissional docente. Os sujeitos da pesquisa e os grupos colaborativos foram identificados mediante aplicação, via e-mail, de um questionário inicial. Para aprofundar a pesquisa, sob uma abordagem qualitativa e interpretativa, foram incluídos: observações de aulas, com produções de diário de campo; entrevistas com três professores de matemática iniciantes participantes de grupos distintos; entrevistas com os coordenadores dos grupos; documentações e publicações dos grupos e descrições das reuniões áudio-gravadas dos grupos. Para construir as categorias de análise, num primeiro momento, triangulamos as informações coletadas. No segundo momento, utilizando um processo emergente-misto, essas informações foram cruzadas com a literatura que trata dos primeiros anos de docência. Os resultados evidenciam que os professores iniciantes encontraram nos grupos colaborativos um contexto favorável ao desenvolvimento profissional nesta fase inicial, recebendo apoio de amigos críticos que ajudaram a compreender a prática e a projetar outras possibilidades de ensinar e aprender matemática na escola básica. Além disso, evidenciamos que a participação de professores iniciantes em grupos colaborativos também pode ser formativa aos experientes do grupo, à medida que os primeiros trazem outros olhares e possibilidades à prática de ensinar, aprender e avaliar a matemática na escola.
As aceleradas transformações pelas quais o mundo vem passando a partir das últimas
décadas do século XX afetaram substancialmente a Educação, tornando-a mais
complexa. Consequentemente, se a educação está mais complexa, o mesmo deverá
ocorrer com a profissão docente, pois a sociedade, de uma forma geral, deposita
inúmeras expectativas em relação à docência como profissão.
Neste cenário, o professor não pode mais ser entendido como aquele que domina os
conteúdos das disciplinas e a técnica para transmiti-la. Espera-se que o profissional da
educação, em qualquer nível de ensino, forme cidadãos criativos, atualizados e
preparados para viver, conviver e atuar criticamente no mundo globalizado e tecnológico.
Agora, exige-se que o professor saiba lidar com um conhecimento em construção, que
seja capaz de trabalhar em grupo, conviver com as mudanças emergentes e com as
incertezas de um novo papel social de sua profissão.
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃOProfessorPrincipiante
Pesquisas sobre formação de professores têm aumentado nos últimos anos e os
enfoques adotados tomam direções variadas, deixando de ser levantamento de dados
sobre o que falta para um ensino de qualidade ou o que caracteriza uma formação eficaz,
para considerar as concepções teóricas dos professores e seus maiores desafios no
enfrentamento da docência.
Nesse cenário, desponta o movimento biográfico que se consolida desde os anos 2000
(Josso, 2004, 2010; Nóvoa, 1995, 2006; Souza, 2006), construindo uma nova área de
pesquisa, inaugurando fóruns de debates internacionais como o CIPA1, em que
pesquisadores discutem suas produções de conhecimento sobre a abordagem biográfica.
O recorte aqui apresentado baseia-se no princípio da atividade de pesquisa vinculada à
formação, tendo em vista que a abordagem biográfica, presente nas escritas de si,
propicia situações que levam à interpretação dos percursos biográficos, questionando a
trajetória de profissional de cada envolvido, proporcionando condições para a
conscientização desse processo. Josso (2004) afirma que o procedimento autobiográfico
permite-nos compreender o modo pelo qual os professores formam-se e adquirem novas
competências, e auxilia na criação de estratégias de trabalho que favorecem suas
aprendizagens, permitindo aos escritores das narrativas, responder a questões como: Em
que me apoio para pensar como penso? Como me constituí no que sou? De onde vêm
referenciais em que me apóio? Com quem e como aprendi meu fazer? E, ainda, aos
pesquisadores, permite confirmar o caráter heterogêneo das motivações que dinamizam
o processo formativo dos aprendizes adultos. A esse tipo de pesquisa, Josso (2010)
intitulou pesquisa-formação, descrevendo que seu poder de transformação está pela
tomada de consciência de que ele é sujeito de suas transformações, sujeito cônscio de
suas formas de ser no mundo, suas aprendizagens, objetivações e valorizações que
elaborou em diferentes contextos que são/foram os seus.
PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: (AUTO)BIOGRAFIA, M...ProfessorPrincipiante
Este trabalho visa socializar a experiência do curso de Extensão Universitária Narrativas (auto) biográficas - constituindo-se professor - desenvolvido no Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no ano de 2013, o qual envolveu professores do Ensino Fundamental II, do município de São José dos Pinhais na Região Metropolitana de Curitiba. Pretende-se desta forma, proporcionar reflexões sobre os relatos de práticas de professores iniciantes, trazendo elementos de análise sobre o processo de construção da docência.
PROCESSOS DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICAProfessorPrincipiante
Este estudo privilegia aspectos que cercam o processo de socialização de
professores iniciantes de Química, no contexto de sua inserção na cultura escolar do
nível médio de ensino, retomando aspectos das suas trajetórias, no sentido de
evidenciar, também, os aprendizados sobre a profissão docente decorrentes dos
processos de socialização vivenciados por eles, auxiliando na construção de suas
identidades.
O presente trabalho relata um processo investigativo em fase final de realização, no qual temos como objetivo central analisar de que modo as diferentes experiências acumuladas ao longo do período de graduação repercutem sobre o processo de iniciação da docência dos egressos do curso de Educação Física Licenciatura da UFSM.
O estudo configura-se como um estudo de caso descritivo, que tem como investigados 6 egressos do curso de Educação Física – Licenciatura do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) e agora estão atuando na rede pública de ensino.
Foram realizadas narrativas biográficas (orais e escritas), por entender que ela por si só, funciona como um processo de formação, pois no momento da entrevista, o entrevistado trará à tona elementos significativos sobre seu percurso formativo durante a graduação e também anterior a ela, ou seja, fazem parte da construção da identidade docente do indivíduo, interferindo na sua ação na escola. Esta metodologia é diferenciada, pois acaba gerando uma reflexão sobre a própria prática, assumindo assim um importante papel formativo, reelaborando as ações a partir da entrevista.
DESAFIOS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS D...ProfessorPrincipiante
Nos primeiros anos de docência os professores lutam para estabelecer uma identidade pessoal e profissional. Trata-se de um período em que deixam de ser estudantes para converterem-se em profissionais, tentando alcançar certo nível de segurança no modo de lidar com os dilemas do dia-a-dia da profissão. Diante deste contexto, esta pesquisa buscou respostas para a indagação: Quais os principais desafios de professores iniciantes que atuam na Educação Infantil e nos Anos Iniciais da Educação Fundamental em escolas públicas de Blumenau? O objetivo geral deste estudo foi compreender os principais desafios de professores iniciantes que atuam na Educação Infantil e nos Anos Iniciais da Educação Fundamental em escolas públicas de Blumenau. O aporte teórico pautou-se em Huberman (1995); Tardif (2002); Nóvoa (1992) e Garcia (1999). Os sujeitos envolvidos foram vinte e cinco professores iniciantes que atuam entre um a três anos na profissão.De abordagem qualitativa, coletamos os dados por meio de questionário. Após transcrição dos dados procedemos à análise de conteúdo, respeitando-se as suas diferentes fases conforme destaca Bardin (1977). As categorias de análise foram definidas a posteriori e representam os seis principais desafios apresentados pelos professores investigados: trabalho colaborativo na escola; infraestrutura escolar; relação entre família e escola; formação continuada; educação especial e valorização do professor. Concluímos que os principais desafios dos professores iniciantes apontados nesta pesquisa podem promover reflexões significativas à formação inicial e continuada de professores em nossa região.
OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS D...ProfessorPrincipiante
A inserção de professores iniciantes tem sido assunto de estudos nas pesquisas educacionais a nível tanto nacional como internacional. Com a finalidade de contribuir com essa temática, este trabalho investigou como ocorre a inserção à docência dos professores principiantes de Química selecionados para atuarem na rede estadual pública do Piauí, principalmente quando esses não possuem a formação inicial concluída e atuam como professores temporários, analisando as principais dificuldades e desafios que enfrentaram para torna-se um bom professor.
Assim, tendo como objeto de estudo a iniciação à docência dos professores de Química buscamos responder: Como ocorre a inserção à docência desses professores? Quais as principais dificuldades e desafios enfrentados por eles? O que esses professores iniciantes pensam sobre ser um bom professor?
Foi baseado nessas questões que fizemos uma breve discussão teórica sobre o ciclo da vida profissional docente resgatando conceitos que vem sendo desenvolvido nas pesquisas e literatura da atualidade científica sobre a temática dos professores iniciantes.
No segundo momento, apresentamos a metodologia da pesquisa, descrevendo os instrumentos utilizados na produção dos dados e os passos metodológicos adotados no desenvolvimento do estudo
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A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
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A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA INICIANTES
1. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Eje temático: Problemas de profesores principiantes
INFORMES DE INVESTIGACIÓN
DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA INICIANTES
Gariglio, José Angelo
angelogariglio@hotmail.com
UFMG
Resumen
Este texto relata os achados de uma pesquisa que trata dos aspectos singulares dos
processos de iniciação a docência de professores de Educação Física formados pela
UFMG. A metodologia é de caráter qualitativo e faz uso de duas técnicas de coleta de
dados: entrevista e análises de casos de ensino. Os dados da pesquisa mostram que o
pertencimento a um determinado campo disciplinar é um elemento importante a
considerar para análise de diferentes trajetórias percorridas pelos professores no período
da iniciação à docência, já que definem modos cruciais de ser professor e de inserir na
profissão.
Palabras clave
Iniciação a Docência - Desenvolvimento profissional - Educação Física Escolar -
Professores de Educação Física.
Introdução
Nos últimos trinta anos, parte das literaturas internacional e nacional que tratam da
formação de professores vem buscando compreender melhor os processos de
socialização e desenvolvimento profissional dos docentes. Tais estudos visam, entre
outros objetivos, compreender de que maneira os professores dão sentido a sua vida
profissional e de que forma se entregam a ela como atores cujas ações e projetos
contribuem para definir e construir sua carreira. Esse processo de modelação da carreira
docente, entendida como a confluência entre a ação dos indivíduos e as normas e papéis
que decorrem da institucionalização das ocupações, estabelece formas de ser, agir e
pensar que os indivíduos devem interiorizar e dominar para fazer parte da profissão
docente.
Vários autores no campo dos estudos sobre a formação de professores têm tratado a
carreira docente como um contínuo formativo marcado pela presença de ciclos ou fases
de desenvolvimento profissional. Hubernam (1992), ao construir reflexões sobre essa
hipótese, levanta questões que, para ele, ainda precisam ser debatidas de forma mais
consistente. Dentre essas, destacamos três que expressam mais claramente o que os
estudos sobre os ciclos de desenvolvimento profissional de professores almejam
conhecer mais de perto: será que todos os professores passariam pelas mesmas etapas,
as mesmas crises, os mesmos acontecimentos, o mesmo termo de carreira,
independentemente da geração a que pertencem, ou haverá percursos diferentes, de
acordo com o momento histórico da carreira? Que imagem essas pessoas têm de si,
como professores, em situação de sala de sala de aula, em momentos diferentes da sua
2. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
carreira? Esses docentes terão a percepção de que transformam os seus processos de
animação, a sua relação com os alunos, a organização das aulas, as suas prioridades ou
o domínio da matéria que ensinam?
Na busca por construir respostas sustentáveis a esses questionamentos, alguns
pesquisadores vêm tentando nomear ou classificar quais seriam e como se
caracterizariam os diferentes ciclos de vida profissional dos professores. Carter et al.
(1987) propõem um modelo no qual os professores experimentariam cinco fases distintas
na carreira docente: professor iniciante; iniciante avançado, prático competente, prático
proficiente e o professor expert. Feiman-Nemser (2001) aponta que o processo de
aprendizagem profissional, por sua vez, inclui três fases: a formação inicial, a indução
(fase de transição entre a formação inicial e a entrada na profissão) e o desenvolvimento
profissional. Vonk (1993) propõe que a carreira docente seria dividida em duas distintas
fases, a saber: a de entrada na profissão e a de crescimento na profissão. A fase de
entrada diz respeito ao primeiro ano de trabalho na escola, durante o qual os novos
professores são confrontados pela primeira vez com as múltiplas responsabilidades do
ato de ensinar. Já a fase de crescimento na profissão é caracterizada pela aceitação de
professores iniciantes pelos seus alunos e por colegas. Feiman-Nemser & Remillard
(1995) apontam que os primeiros sete anos da carreira docente poderiam ser divididos
em duas fases distintas: a primeira, de exploração, de um a três anos, na qual o
professor escolhe provisoriamente a sua profissão. Nessa fase, o docente inicia-se
através de tentativas e erros, vive forte tensões nas relações com os alunos, com os
pares e com as normas escolares. E a segunda fase, de estabilização e de consolidação,
dos três aos setes anos, que se caracteriza por uma confiança maior do professor sobre
si mesmo e pelo domínio dos diversos aspectos do trabalho, principalmente pedagógicos.
Veenman (1984) designa a entrada na profissão como “choque de realidade” e “choque
de transição”. Tais termos são utilizados para referir à situação que muitos professores
vivem nos primeiros anos de docência e que corresponde ao impacto sofrido da
experiência de contato inicial com meio socioprofissional e de ruptura da imagem ideal de
ensino, o colapso das ideias missionárias forjadas durante a formação dos professores,
em virtude da dura realidade de ter que lidar com desafios oriundos da vida quotidiana na
sala de aula, da relação com os pais, com os pares, com a diversidade dos alunos e suas
dificuldades de aprendizagem e com a falta de recursos e apoio da comunidade escolar.
Em alguns casos, esse período traumático se estende por mais ou menos tempo;
dependendo da assimilação e da compreensão da realidade que o professor irá
enfrentar.
A discussão sobre os ciclos de desenvolvimento profissional coloca em pauta o debate
sobre a iniciação à docência como um período singular e determinante na história
profissional dos professores, atuando de forma a influir no tipo de relação a ser
estabelecida com o trabalho, seja no presente e seja no futuro do exercício profissional.
Não obstante reconhecer que os professores iniciantes, entendidos como um corpo
profissional que vive experiências comuns que os unificam e os tornam “iguais” ante o
desafio de entrar, iniciar e lidar com os primeiros momentos de sua história profissional
na docência, há que se levar em consideração que tal experiência não pode ou não
deveria ser tomada como algo absoluto. Como se todos os professores,
independentemente do contexto sociocultural do País de origem, das características dos
sistemas nacionais de ensino, da formação inicial que obtiverem, da escola onde atuam,
do nível de ensino no qual lecionam, da disciplina escolar a qual pertencem, da sua
condição de gênero, experimentassem os mesmos obstáculos de sobrevivência e as
mesmas possibilidades de descoberta da profissão.
Os estudos de cunho sociológico, ao se contraporem à perspectiva psicológica do ciclo
da vida, colocam-se críticos à ideia de que as sequências da vida seriam
predeterminadas e invariáveis, que todos os professores passariam pelas mesmas fases,
3. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
dentro de uma mesma ordem, independentemente das condições de formação e
trabalho. Diferentemente desse modelo de causalidade, a abordagem sociológica tem
apontado que a organização profissional é que cria, arbitrariamente, as condições de
entrada, empenhamento, promoção e que confere sentido às fases de desenvolvimento
da profissão (HUBERMAN, 1992).
Feinama-Nemser et al. (1984), em artigo em que realizam densa revisão teórica no
campo dos estudos sobre a formação de professores, criticam a crença reconfortante da
existência de uma cultura docente comum. Para eles, a suposição da existência de uma
uniformidade cultural na docência é insustentável. Os autores defendem a tese de que,
no campo de atuação profissional, convivem não apenas uma, mas várias culturas
docentes. Isso porque os professores se diferem em idade, experiência, origem social,
bagagem cultural, gênero, nível de ensino onde atuam, tipo de escola onde são lotados e
o pertencimento a um campo disciplinar específico. Nesses diferentes contextos nos
quais a profissão docente se desenvolve, forjar-se-iam culturas docentes diversas
mediante o contato dos docentes com normas e interações sociais provenientes dos
distintos contextos de atuação profissional e a produção variada de recompensas
intrínsecas e extrínsecas associadas ao exercício do métier profissional.
Segundo eles, as normas e as interações conformam estilos peculiares de como os
docentes percebem seu trabalho, a forma como veem suas relações com os alunos, com
outros professores, com os administradores da escola, com os pais. O cumprimento
dessas normas e a interação estabelecida teriam variações entre os diferentes grupos de
professores. Sobre as recompensas profissionais advindas das atividades profissionais,
os autores as classificam como intrínsecas e extrínsecas. Recompensas extrínsecas são
os benefícios públicos como salários dignos, horas de trabalho, status elevado e poder.
Recompensas intrínsecas são as recompensas psíquicas, subjetivas, são os aspectos do
trabalho valorizados e visíveis aos olhos dos professores. Tais recompensas intrínsecas
seriam a constatação, por parte dos docentes, de que seus alunos estão aprendendo, de
que há ligação emocional estabelecida com os estudantes, interação com os colegas,
satisfação em realizar um serviço valioso e gozo em promover atividades de ensino. Ao
desenvolver essa discussão, os autores denominam “cultura profissional” como um
conjunto de sentimentos partilhados, de hábitos mentais, crenças profissionais e de
modelos de interação com os alunos, os colegas, os administradores e os parentes.
Poderíamos dizer, então, que é também na relação específica com as situações
particulares de ensino que os saberes da base da ação profissional ganhariam sentido e
validade. Seriam, portanto, saberes intimamente relacionados à situação de trabalho à
qual devem atender. Nessa ordem de pensamento, parece-nos instigante questionar em
que medida as experiências de iniciação à docência, vividas por professores de
professores de EF, guardam relação com a especificidade pedagógica da EF, as funções
atribuídas pela cultura (escolar e não escolar) ao componente curricular que ensinam,
com o lugar ocupado pela Educação Física na hierarquia dos saberes escolares, com o
tipo de interação estabelecida com alunos, com as condições ambientais onde esses
docentes exercem o seu ensino (sua sala de aula), com os seus objetos didáticos, dentre
outras características que demarcam as condições de trabalho situadas.
Tomando esse debate como referência geradora do nosso estudo, desenvolvemos uma
pesquisa sobre a experiência de iniciação à docência vivida por licenciados em Educação
Física.1
Com a pesquisa, buscamos encontrar respostas para as seguintes questões:
como esses egressos pensam e agem na profissão nos primeiros anos de contato com a
docência? Quais os principais desafios enfrentados pelos professores de Educação
Física iniciantes? Qual a relação entre a iniciação à docência e a especificidade do
ensino da Educação Física na escola? Em que medida ser professor de EF dificulta e/ou
1
Esta pesquisa foi finalizada em 2015 e contou com financiamentos da CAPES, FAPEMIG e do CNPq.
4. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
facilita o enfrentamento do choque da realidade? Que tipo de sistema de recompensas
intrínsecas e extrínsecas os professores de EF se alimentam para enfrentar e ultrapassar
as agruras da entrada da profissão? Como essas recompensas impactam suas
perspectivas de carreira profissional?
Metodologia
Os sujeitos da pesquisa
A pesquisa foi realizada com 13 licenciados/as (4 homens e 9 mulheres) formados pela
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG e que tinham,
no momento da realização da pesquisa, até dois anos de experiência com a docência em
EF na escola. A escolha desses sujeitos de pesquisa foi aleatória, respeitando somente
os critérios de tempo experiência profissional na escola (todos teriam que ter menos de
três anos de trabalho na escola) e serem formados em uma única instituição. A opção por
trabalhar com docentes formados apenas em uma única instituição teve como objetivo
analisar as relações entre as experiências de formativas vividas em um determinado
currículo de formação inicial e a iniciação à docência.
Casos de ensino
Realizamos análise de textos escritos de casos de ensino, confeccionados pelos
professores, relacionados às suas experiências práticas no período da iniciação à
docência. Dos 13 professores participantes da pesquisa, apenas 7 produziram e
retornaram os relatos escritos. Tal descrição reflexiva sobre essa experiência prática
levou em conta duas vertentes fundamentais: a referencial e a existencial (ZABALA,
1994). A vertente referencial descreve o objeto narrado, ou seja, as características dos
alunos, os objetivos da aula, as situações da escola. Já a vertente existencial narra sobre
si mesmo, o que envolve as decisões do professor, as emoções e as intenções.
Entrevistas
A entrevista, de caráter semi-estruturado, foi construída levando em consideração quatro
eixos aglutinadores: a percepção sobre a iniciação à docência; as ações e estratégias
pensadas e realizadas pelos professores com vistas ao enfrentamento da realidade e as
aprendizagens docentes mais significativas e a relação entre a formação inicial e a
iniciação à docência. Foram realizadas duas entrevistas, uma primeira com 13
professores e uma segunda com os 7 professores que produziram os casos de ensino.
Sobre a análise dos dados
Dentre as categorias de análise levantadas na pesquisa, a primeira que salta aos olhos
concerne aos conflitos e às tensões geradas na relação dos professores com os alunos.
Mais especificamente, na difícil negociação dos conteúdos a serem ensinados. Se em
outras disciplinas escolares essa margem de negociação mostrar-se mais restrita, dadas
às formas de controle e regulação do conhecimento escolar geradas pelas pressões do
mundo profissional, do estado, dos gestores e dos pais, na EF os professores se
deparam com um contexto um pouco diferente. Sobre os professores de EF, não recaem
a mesma intensidade das cobranças (do estado, da gestão escolar, dos pais) sobre o
que, como e quando se ensina. Ao mesmo tempo em que ostentam maior autonomia na
definição de seus projetos curriculares, os professores se veem pressionados pelos
estudantes. Estes últimos tencionam o diálogo para que os seus gostos e desejos
imediatos sejam levados a efeito.
Nesse quadro, os professores se veem frágeis, primeiro porque os conhecimentos de que
tratam a EF (as práticas corporais de movimento) têm relação direta com o mundo
cotidiano ou com as práticas socais de referências (experiência midiática, tempo de lazer,
vivências comunitárias, mundo político). Com isso, os estudantes acabam tendo uma
relação de maior intimidade e domínio no que concerne aos conteúdos de ensino objeto
de seleção e tratamento pedagógico pela EF. Sendo assim, chegam à escola com
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experiências e preferências já inicialmente estruturadas e vão cobrar dos professores de
EF que esses os satisfaçam de forma imediata. Soma-se a isso o baixo nível de
expectativa da comunidade escolar em relação ao ensino da EF, o que fragiliza ações de
apoio e respaldo que esses docentes necessitam ante o enfretamento que se coloca na
relação com os alunos.
Os professores (tais como os outros docentes das demais disciplinas) intencionam
imprimir um ensino que garanta aos alunos uma pluralidade de conteúdos (danças,
esportes, lutas, ginásticas, jogos, brinquedos e brincadeiras), e os alunos, ao contrário,
desejam um ensino restrito a um conteúdo (o esporte, em especial o futebol). Aqui surge
mais uma ruptura da imagem idealizada de ensino forjada durante a formação dos
professores, as quais os professores iniciantes de EF precisam rapidamente tentar
harmonizar.
Sobre esse tensionamento vivido pelos professores, penso ser importante lembrar duas
questões fundamentais que estabelecem conexão direta com essa realidade vivida pelos
professores de EF. A primeira diz respeito ao fato de que o esporte na sociedade
moderna, pós-II Guerra Mundial, tornou-se uma prática corporal hegemônica, dotada de
unanimidade/positividade quase que inquestionável. Adultos, jovens e crianças são
bombardeados diariamente por um conjunto avassalador de informações sobre o
universo esportivo e de apelos à prática esportiva. Nesse contexto, a Educação Física
torna-se sinônimo de esporte e vice-versa. Esse fenômeno tem sido denominado pela
literatura no campo da EF de esportivização da EF (BETTI, 1991). Esse poder de
veiculação do esporte pode ser explicado pelo tipo de relação assumida entre o Estado e
a sociedade civil em determinada época ou sociedade. Os interesses do Estado ao
intervir na organização esportiva são os mais variados, uma vez que vão desde a
“integração nacional”, “a educação cívica”, “a preservação da saúde da população”, “a
melhoria da qualidade de vida” e “o oferecimento de oportunidades de lazer”. Segundo,
porque o esporte de âmbito internacional, mais que uma genuína representação da
capacidade esportiva da nação, encontra-se fortemente orientado pelos interesses do
mercado esportivo, seus lucros, alguns monopólios e pela capacidade de pressão
(BRACHT, 1997).
As tensões geradas nesse conflito narrado pelos professores podem ser creditadas em
parte à falta de apoio da gestão escolar ao trabalho desenvolvido pelos professores de
EF, quando esses formulam projetos pedagógicos que rompem com a lógica da
esportivização. Em razão do grau de invisibilidade desse trabalho, para eles isso se
coloca como um dos principais desafios profissionais a superar; já para a comunidade
escolar, isso se apresenta como algo vazio de significado ou sem a mesma relevância.
Em um cenário no qual as relações de poder se mostram diluídas por causa da
percepção dos alunos de que o risco de reprovação em EF é quase inexistente, e a
presença de estruturas de controle e regulação do conhecimento no ensino da EF, mais
brandas, os professores dessa disciplina experimentam sensação de maior exposição
emocional e insegurança profissional. Nessa realidade, convencer e “dobrar” a quem se
ensina torna-se uma tarefa muito desgastante, sobretudo para professores iniciantes, que
ainda carecem de estratégias, rotinas e referentes pedagógicos e didáticos mais
estruturados que os orientem na difícil arte de persuadir os estudantes.
O outro lado desse dilema profissional são as conquistas relacionadas ao ensino de uma
maior pluralidade de conteúdos que rompem com a lógica da “esportivização”. Tal
experiência que pode parecer estranha para um professor de outra disciplina escolar é
para os sujeitos de nossa pesquisa elemento gerador de recompensas intrínsecas que
alimentam a percepção da auto-eficácia docente, o compromisso, a motivação e a
satisfação com o trabalho.
Paralelamente, os professores relatam que uma das principais dificuldades encontradas
nos meses e nos anos iniciais da docência é saber como gerir o tráfico de influências, os
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tipos de interação humana e as formas de comunicação que seriam próprias do ambiente
de ensino específico da EF. O que nos causou surpresa à primeira vista é o
estranhamento a um contexto de ensino que deveria ser tomado como algo mais familiar
para um professor de EF já graduado. Isso nos remete inevitavelmente aos abismos
existentes entre a formação inicial e a realidade concreta de trabalho dos professores na
escola. Aqui, neste caso, mostram-se incipientes os conhecimentos e as habilidades na
gestão de classe (domínio de turma), que ajudem os professores a construir uma ação
mais consciente do que se faz no interior desse ambiente de ensino.
Aliado a isso, podemos inferir que tal estranhamento pode ter relação com o longo e
intenso contato desses professores com uma forma de ensinar, interagir e comunicar em
situações de ensino próprias de um modelo tradicional de sala de aula, a saber: ambiente
fechado, com mesas, cadeiras, janelas, armários e lousa. A imersão e o contato com
esse modelo se iniciam na escolarização básica e se prolongam de certa forma na
Universidade. Parte do que os professores sabem, pensam e creem sobre a docência é
construída em função da experiência de observação direta que esses realizam desse
contexto de atuação profissional. Esta “aprendizagem por observação” (LORTIE, 1975)
dá-se no período no qual os estudantes veem seus professores atuando em situações de
ensino (na educação básica), durante o contato com os programas de formação inicial, na
influência exercida por outros sujeitos significantes (parentes e outros professores) e na
imersão na ecologia da sala de aula.
Inferimos que o estranhamento e a dificuldade de lidar com as condições ambientais da
sala de aula da EF estão de certa forma relacionados, também, às experiências
formativas vividas antes e durante a formação inicial. No que trata especificamente da
formação inicial, essa parece ter dificuldade em contribuir de forma significativa para
desenvolver imagens mais realistas da docência em EF. Diante desse quadro, parece-
nos essencial que os programas de formação possibilitem experiências de aprendizagem
que sejam válidas e representativas das condições reais de trabalho em EF e que
reconstruam a própria compreensão profissional mediante experiências de confrontação
com essa realidade singular.
Outro ponto destacado pelos sujeitos da pesquisa refere-se à dificuldade de lidar com a
organização curricular e didática da EF na escola. Tal estorvo é motivado, segundo os
professores, pelo fato de existirem poucas referências didáticas que possam auxiliá-los
nesse processo de organização curricular da disciplina. A maioria das escolas nas quais
esses professores trabalham não apresenta orientações ou prescrições rígidas nessa
direção. Os professores relatam que, na Educação Física, não há definição clara a priori
de quais conteúdos serão trabalhados durante o ano, de como organizá-los no tempo
escolar e um diálogo mais orgânico com o projeto escolar. Na maioria dos casos, não há,
por parte dos seus pares nem do setor pedagógico da escola, cobranças rígidas de
prestação de contas, avaliação ou acompanhamento do trabalho desses docentes.
Consequentemente, não há necessidade de cumprirem determinado cronograma de
transmissão de conteúdos em função de datas prescritas interna e externamente à
organização curricular da escola, seja em função de avaliações escolares, seja em
função de outras datas determinadas pelo calendário escolar. Se por um lado tal fato
revela certa autonomia dos professores de EF em relação à seleção e ao tratamento dos
conteúdos de ensino, por outro esse vazio didático surge como um elemento gerador de
inseguranças e tensões no que diz respeito ao trabalho. Essas tensões são ainda
potencializadas pela dificuldade encontrada pelos professores de estabelecer relações do
que se faz na sala de aula da EF com o projeto escolar mais amplo ao qual estão
inseridos. Isso porque, em muitas escolas, as ações da EF são invisíveis aos gestores
escolares, o que consequentemente gera baixas expectativas no que concerne à
aprendizagem que ali se desenrola.
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Externamente às escolas, tal fato tem o seu correlato na medida em que se verifica que o
mercado editorial de livros didáticos nesse campo (EF) é ainda muito restrito. Assim, sem
a presença do livro didático, o ato de planejar o ensino se apresenta como um dos
maiores desafios a ser enfrentados por esses professores. Que conteúdos ensinar?
Como organizar os conteúdos no tempo escolar? Quais os objetivos a alcançar? Qual a
periodicidade para cada conteúdo? Como tratá-los segundo as diferentes fases da vida
dos estudantes? Como relacioná-los com o projeto escolar?
A inexistência da força prescritiva dos livros didáticos que oriente as tarefas escolares, o
distanciamento da EF em relação ao cronograma de avaliação das escolas, o baixo
controle externo sobre essa disciplina (seja das avaliações estandardizadas do
rendimento escolar, seja do acompanhamento dos pais), o peso inexistente da cultura do
livro didático, somado à pouca regulação da escola sobre o que se faz ou não na EF,
acabam por influenciar a relação desses professores com o ato de planejar. Mais do que
os prazos a cumprir, são os dilemas pessoais (necessidades, gostos e interesses dos
professores), as peculiaridades do contexto imediato (necessidades e limites impostos
pela vida escolar) e o cumprimento de determinados objetivos prioritários (garantir a
transmissão de um universo mais plural de conteúdos, fazer com que o ensino seja
agradável aos olhos dos alunos, levar em conta os níveis de ensino), que contribuem
para organizar a intervenção dos professores durante um ano letivo.
Dada a percepção dos sujeitos da nossa pesquisa que a construção de um planejamento
de ensino organizado e sistematizado é um dos principais desafios a ser enfrentados no
início da profissão, avaliar e concluir que a proposta feita no início de um ano letivo foi
cumprida ao final do seu percurso, torna-se para esses docentes uma das principais
recompensas profissionais, geradora de profunda satisfação.
Soma-se a isso, o fato de que nesta etapa da educação básica a lógica pragmática das
avaliações estandardizadas, do controle externo dos currículos e do caráter propedêutico
do ensino, fortemente presente nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio,
mostra-se branda. Neste contexto os professores sentem-se mais reconhecidos e
valorizados pela escola e, de forma mais intensa e direta, pelas crianças. Dado o déficit
crônico de legitimidade pedagógica da EF, dada o caráter “inútil” do conhecimento que
ensina, tal realidade torna-se assim menos tóxica aos professores de EF possibilitando,
assim, experiências mais positivas com o trabalho.
Tal situação, segundo a fala dos professores, parece catalisar também os processos de
alargamento da experimentação pedagógica, já que a diluição das tensões no contato
com os alunos possibilitaria a eles voltar sua atenção para questões de ordem didática.
Nesse contexto, vivem-se condições de entrada na profissão que favorecem um
aceleramento do processo de amadurecimento profissional, via encurtamento da
experiência dos aspectos mais dramáticos que caracterizariam muitas vezes a
experiência com a iniciação à docência e outro tipo de empenhamento na carreira.
Além dessa experiência com as crianças, os professores alimentam determinadas
crenças relacionadas ao que seria específico à experiência de ensino na EF e, por via de
consequência, ao que seria próprio da intervenção pedagógica de um professor dessa
disciplina. Tais crenças sustentam a autopercepção de que exercem o papel de um
professor, seja no reconhecimento de similitudes com relação ao trabalho dos demais
professores da escola, seja na identificação de papéis ímpares aos professores de EF,
dado o caráter singular do conhecimento que ensinam.
No que diz respeito às crenças dos professores, definimos como um reservatório de
valores e ideias preconcebidas sobre as quais os docentes se apoiam para agir e
justificar suas ações, e sua legitimidade está no fato de deterem alto grau de
generalização, não contestáveis por não necessitarem de comprovação e justificativa por
meio de argumentos e/ou experimentação rigorosa (VAUSE, 2009). As crenças que os
professores sustentam sobre si mesmos, a escola, o trabalho e os estudantes são
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importantes porque, juntamente com os conceitos que incorporaram na formação inicial,
atuam de forma a conformar formas de inserção e desenvolvimento profissional. Há uma
variedade de crenças que sustentam as decisões e as ações dos professores. Os
professores têm crenças sobre o que significa ser professor, sobre o que e como
ensinam, sua capacidade de ensinar bem e sobre a faixa etária dos alunos. As crenças
servem de adaptação ao universo escolar, e através delas os professores interpretam o
cotidiano na sala de aula, os objetivos, os problemas, os novos conhecimentos e as
experiências.
Nos relatos dos professores verificamos que estes alimentam determinadas crenças que
contribuem para demarcar diferenças entre a sua intervenção pedagógica daquelas
operadas pelos docentes de outras disciplinas da escola. A primeira delas diz respeito ao
fato de que na Educação Física os professores teriam maior acesso a informações sobre
a emoção e o comportamento dos alunos. Isso em razão de que a aula de EF
proporcionaria vivências relacionais mais intensas, dadas a maior de frequência de
atividades em grupo e do maior contato corporal entre os alunos, o que proporcionaria
aos docentes maior sensibilidade e capacidade para intervir em aspectos à educabilidade
humana (valores, emoções, habitus). Parece predominar nessa constatação o fato de
que professores de disciplinas com baixo status acadêmico tendem a demarcar sua
identidade como mais ligada aos aspectos gerais do ensino (formação de valores,
comportamentos) do que aos específicos (ensino dos conteúdos específicos ou como
especialista de área de conhecimento).
Um segundo dado que importante é que a EF vem associada a uma vivência de maior
prazer, comparativamente às disciplinas de caráter teórico-conceitual. Nessa linha de
compreensão, tal crença revela que um bom professor de EF é aquele que seria capaz
de garantir um processo de ensino-aprendizagem que seja, ao mesmo tempo, similar ao
que se faz nas outras disciplinas (transmissão de conteúdos) e singular porque, nas aulas
de EF, se garantiria aos alunos vivências de prazer e alegria, dado o pretenso caráter
sempre prazeroso do movimento corporal.
Tal crença acentua a centralidade do retorno (sempre positivo, é claro) dos alunos para
uma experiência gratificante com a profissão. Isso porque, quando os alunos não querem
fazer as aulas, seja por não gostarem do conteúdo ministrado, seja por não se sentirem
atraídos pela forma como os conteúdos são abordados, o resultado pode ser traumático.
Essa leitura dos professores, passível de crítica e eivada de contradições, além de atuar
de maneira significativa na interpretação da vida na sala de aula, na leitura sobre as
motivações/necessidades dos estudantes e na definição de objetivos pedagógicos a
atingir, parece ter um efeito significativo na produção ou não de recompensas intrínsecas
que contribuem para alimentar o compromisso com o trabalho e o desejo de permanecer
na profissão.
Considerações finais
Não obstante reconhecer que os professores iniciantes de EF vivem os mesmos dilemas
profissionais dos professores iniciantes das demais disciplinas escolares (solidão,
estresse, conflitos com os alunos, invisibilidade, falta de apoio institucional, desrespeito a
sua condição de iniciante, desilusão com o trabalho, insegurança), há que se reconhecer
que a experiência de inserção profissional não pode ser tomada como objeto de igual
consideração para os professores das diferentes disciplinares escolares.
Os achados de nossa investigação mostram que o pertencimento a um determinado
campo disciplinar é um elemento importante a considerar para análise de diferentes
trajetórias percorridas pelos professores no período da iniciação à docência, já que
definem modos cruciais de ser professor, de como desenvolver o trabalho e de como
esse trabalho é percebido por outros. Aspectos da realidade que afetam diretamente a
decisão dos professores de permanecerem na profissão e no estabelecimento de
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vínculos e compromissos efetivos para com o trabalho pedagógico, com os alunos e com
a escola em geral.
Reconhecer, incluir e apoiar diferentes trajetórias de docentes iniciantes parece ser um
dos desafios a serem enfrentados em ações e políticas de retenção de novos
professores. A compreensão do "ficar" na profissão docente precisa ser urgentemente
redefinida (COCHRAN-SMITH, 2006). Este "ficar" tem de incluir vários caminhos de
progressão na carreira e deve se tornar uma referência fundamental à produção de
políticas de formação, indução e desenvolvimento profissional dos professores, bem
como objeto de preocupação da comunidade acadêmica, de gestores públicos em
educação e da comunidade escolar, de forma a reconhecer, a valorizar e a apoiar as
diferentes formas de ser e de atuar na docência.
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