O poema de Drummond descreve uma pedra no meio do caminho que o poeta encontra e nunca esquece. A repetição da frase "Tinha uma pedra no meio do caminho" é um recurso poético comum. A pedra representa as dificuldades da vida.
2. No meio do caminho
Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
3. 1)Tendo como base o famoso poema de Drummond e
sabendo que a repetição de palavras é um recurso muito
comum na poesia moderna, assinale a opção que
corresponde ao significado da palavra PEDRA no texto.
a) Uma pedra que o poeta queria evitar.
b) A pedra, na verdade, é fruto da imaginação do poeta.
c) As dificuldades e os problemas comuns a todas as
pessoas.
d) A necessidade de se evitar ter problemas.
e) Uma grande vontade que o poeta demonstra de ter
problemas
4.
5. 2) A fotografia tirada na praia de Copacabana mostra o
exato instante em que alguns turistas estão sendo
fotografados ao lado da estátua de Carlos Drummond
de Andrade. Tal procedimento, muito comum em obras
literárias, configura um recurso chamado:
a) Ironia
b) Paródia
c) Metalinguagem
d) Ambiguidade
e) polissemia
6. O Papa já tinha terminado sua visita ao Brasil. Antes de ir embora, ele resolve dar uma volta de
carro. Todo mundo esperando ele sair de papamóvel, mas o Papa pega uma limusine e pede pra
trocar de lugar com o motorista. Sua Santidade assume a direção e sai mandando ver, pisa fundo.
Quando ele já está no Aterro a mais de 200 por hora, um guarda pára o carro.
- Um minutinho, senhor, que eu preciso ligar pro meu chefe.
O guarda pega o rádio e entra em contato com o comandante.
- Alô, capitão, tem um cara aqui superimportante andando a mais de 200.
- Quem é? Pergunta o capitão. – Vai dizer que é filho de ministro?
- Não, é mais importante.
- É o prefeito?
- Mais importante.
- O governador?
- Mais importante.
- Pô, quem é? É o Lula?
- Não, eu não sei quem é o cara, mas o chofer dele é o Papa...
(Casseta e Planeta apresenta as melhores piadas do planeta)
7. 3) O texto apresentado é frequentemente associado às piadas
que são contadas em reuniões de amigos. Sabendo que piadas
são textos para serem falados, assinale a única passagem do
texto que não apresenta nenhuma marca de oralidade.
a) “ele resolve dar uma volta de carro” (l. 1);
b) “eu preciso ligar pro meu chefe” (l. 5);
c) “mas o Papa pega uma limusine” (l. 2);
d) “e entra em contato com o comandante” (l.7)
e) “Pô, quem é? É o Lula?
8. MODERNISMO BRASILEIRO
Em 1928, Tarsila do Amaral deu início a uma nova fase na sua
carreira artística: “a antropofágica”. A esta fase, pertence a
tela Abaporu, cujo nome é de origem indígena e significa
antropófago. Foi com as idéias sugeridas por essa tela que
Oswald de Andrade elaborou o manifesto antropofágico,
publicado em 1928.
9. “... Contra todos os importadores de
consciência enlatada. A existência
palpável da vida. E a mentalidade
pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl
estudar.
Queremos a Revolução Caraíba.
Maior que a revolução Francesa.
A unificação de todas as revoltas
eficazes na direção do homem.
Sem nós a Europa não teria
sequer a sua pobre declaração
dos direitos do homem.
A idade de ouro anunciada pela
América. A idade de ouro. E todas
as girls...”
Amaral, Tarsila do. Abaporu (1928), Buenos Aires. Andrade, Oswald de. Trecho retirado do Manifesto
Disponível em: http://www.itaucultural.org.br antropofágico(1928).
10. 4) A relação observada entre a imagem e o texto apresentados permite o
entendimento da intenção de alguns artistas do modernismo brasileiro. Após
observar as obras acima, é correto afirmar que:
(a) Para Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, o artista brasileiro deveria criar um
novo estilo de arte baseado apenas na cultura do país.
(b) Em Abaporu, Tarsila do Amaral retrata uma figura e uma paisagem que não
representam o Brasil, mas sua pintura segue a tendência moderna, proposta por
artistas brasileiros, de não representar fielmente a realidade.
(c) Após a Semana de Arte Moderna de 1922, Oswald de Andrade vai se colocar
contra qualquer estrangeirismo na arte brasileira.
(d) Para Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, o artista brasileiro moderno não
deveria simplesmente conhecer os movimentos estéticos modernos europeus,
mas criar algo enraizado na cultura do Brasil. Era necessário devorar a estética
européia e transforma-la em uma arte brasileira.
(e) Abaporu e o Manifesto Antropofágico são obras voltadas apenas para a temática
social brasileira.
11. O hipertexto
Todo texto constitui uma proposta de sentidos múltiplos e não,
apenas, de um sentido único. Todo texto é plurilinear na sua
construção. Conclui-se, por isso, que todo texto – pelo menos do
ponto de vista da recepção – é um hipertexto, diz-nos Ingedore G.
Villaça Koch, num recente artigo com o título de Coerência e
manutenção temática no hipertexto.
Os textos acadêmicos, repletos de referências, citações, notas de
rodapé, são hipertextos, com as notas ou referências funcionando
como links (ligações).
O hipertexto constitui um suporte linguístico-semiótico hoje
intensamente utilizado para estabelecer interações virtuais
desterritorializadas.
12. Segundo a maioria dos autores, o termo designa uma escritura
não-sequencial e não-linear, que se ramifica e permite ao leitor
virtual o acessamento praticamente ilimitado de outros textos, a
partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Trata-se,
pois, como afirma Marcuschi (1999:1), de um processo de
leitura/escritura multilinearizado, multiseqüencial, e não
determinado, realizado em um novo espaço – o ciberespaço.
(Manoel Pinto Ribeiro, em Gramática Aplicada da Língua
Portuguesa, 15ª . Rio de Janeiro: Metáfora, 2005)
13. 5) Desde o surgimento da ideia do que seria um hipertexto, este conceito
está ligado a uma nova concepção de textualidade, na qual a informação é
disposta em um ambiente em que ela pode ser acessada de forma não-linear.
Isto implica uma textualidade que funciona por associação, e não mais por
sequências fixas previamente estabelecidas. Na verdade, o autor do texto
considera que todo texto seria um hipertexto:
a) Pelo menos na visão do leitor ou ouvinte.
b) Para o seu autor, seja ele orador ou escritor.
c) No modo de ver de qualquer teórico moderno.
d) Segundo os princípios da autora citada no parágrafo inicial.
e) Quando é lido por gramáticos e teóricos da língua.
14. A idéia de que livro é chato só pode partir de quem não sabe o
prazer que a leitura proporciona.
Assim, quero lançar aqui um pedido, ou vários: aos médicos,
para que iluminem melhor suas salas de espera, o que, além de
deixá-las menos escuras, permitiria que as pessoas pudessem ler
enquanto esperam. Aos hotéis, para que não se esqueçam de
colocar luz de leitura nos quartos. Uns e outros poderiam
manter uma pequena biblioteca, ao alcance dos clientes. A
concepção bastante corrente em nosso país de que diversão
está sempre e necessariamente ligada ao ruído e ao álcool só
pode partir de alguém que não gosta de fato do Brasil. E ele
ainda merece uma oportunidade. Ou não?
(Jaime Pinsky)
15. 6) Sobre o texto de Jaime Pinsky, é correto o que se afirma em:
a) É divulgada, no Brasil, a idéia de que diversão só casa com
barulho e bebida.
b) Há pessoas que não têm prazer em ler, a não ser ouvindo
música e tomando um drinque.
c) Como os consultórios são lugares escuros, supõe-se que os
médicos não gostam de ler.
d) Quem não gosta do Brasil também não gosta de ler.
e) Os Hotéis não gostam que seus hóspedes leiam livros.
16. LEITORAS E LEITORAS.
Renoir, Pierre-Auguste. Gogh, Vicent van. A artesiana (1888). Picasso, Pablo. A leitora (1932).
Nova York. Paris.
Mulher jovem lendo (1874-1876). Paris.
17. 7) As pinturas acima retratam mulheres lendo. Cada uma em um estilo próprio.
Após observarmos as obras é correto afirmar que:
(a) A leitora impressionista, de Renoir, apresenta os contornos bem marcados,
diferentemente da leitora cubista, de Picasso. Já na leitora pós-impressionista, de Van
Gogh, os contornos não eram delineados, apresentando formas simplificadas.
(b) Em suas obras, Van Gogh apresenta formas simples, sem preocupação em
representar fielmente a realidade. Na obra de Renoir, podemos observar um dos
princípios do impressionismo: as manchas coloridas unidas visualmente pelo observador
compõem o todo. Picasso em sua obra vai unir a fragmentação da imagem e a ilusão
gerada pela perspectiva.
(c) A leitora cubista, de Picasso, não é vista de frente nem de perfil. Não há preocupação
com perspectiva. Na pintura de Renoir, de estilo impressionista, os contornos não são
bem definidos. Já na obra de Van Gogh, pós-impressionista, os contornos são delineados
e os espaços de cor bem definidos.
18. (d) “A leitora”, de Picasso, fundamenta-se na estética cubista de destruição da
harmonia clássica. “A artesiana”, de Van Gogh, assim como “Mulher jovem
lendo” de Renoir, demonstram a preocupação dos artistas em ter os contornos
bem definidos em suas pinturas.
(e) Por serem obras contemporâneas, “Mulher jovem lendo” e “A artesiana”,
apresentam temáticas e características semelhantes. A obra de Picasso se
distancia delas por fazer parte de um movimento mais moderno.
19. Exemplos de relações entre os seres vivos na natureza são números podendo
haver entre eles, tolerância (0), ganho (+) ou perda (-). É comum aparecer
sobre as árvores (I) de nossas praças um vegetal filamentoso de cor amarela
denominado Cipó – chumbo (II) (gênero Cuscuta). Essa planta forma
haustórios que penetram até o floema da árvore hospedeira a fim de
aproveitar a sua seiva elaborada, provocando, quase sempre, a sua morte.
8)A relação acima citada é representada por:
I II
a) 0 -
b) - -
c) - +
d) + +
e) + 0
20.
21. 9) Considerando as informações contidas na tabela é possível
afirmar, sobre o acasalamento dos camundongos, que seu
canto:
a) está na mesma faixa de frequência do golfinho.
b) está fora da frequência do ouvido humano.
c) está numa frequência que o morcego não consegue captar.
d) está na mesma faixa de frequência do cão.
e) está na mesma frequência da baleia.
22.
23. 10) A música é uma forma de poesia que alcança um número muito grande
de ouvintes; porém, embaladas pela melodia, muitas pessoas não percebem
a totalidade de mensagens contidas em uma música. Na música Amor e Sexo,
em vários momentos, o autor procura evidenciar o caráter passageiro do
SEXO, em contraposição ao caráter duradouro do AMOR. Isso é bem claro em
:
Amor é um – sexo é dois
Amor é cristão – sexo é pagão
Amor é prosa – sexo é poesia
Amor é novela – sexo é cinema
Amor é latifúndio – sexo é invasão