SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 55
Baixar para ler offline
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
01 APRESENTAÇÃO
DA DISCIPLINA
PAZ NA
ESCOLA
11.02.2020
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
LITERATURA BRASILEIRA: MODERNISMO
Revendo o Painel
Histórico-Literário
Arte de Rafael Davi
2
QUEM É O PROFESSOR DE LITERATURA:
 FORMAÇÃO
 ORIGEM DA FORMAÇÃO
 TEMPO DE EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
3
 APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
 OBJETIVOS: REVENDO E CONHECENDO A CRONOLOGIA DA
LITERATURA BRASILEIRA (PAINEL HISTÓRICO-LITERÁRIO)
 RECURSOS: TEXTO / PAINEL
 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
4
ERA COLONIAL ERA NACIONAL
Estilos
de
época
Quinhentismo Barroco ou
Seiscentismo
Arcadismo ou
Neoclassicismo
ou Setecentismo
Período de
transição
Romantismo
Realismo/
Naturalismo /
Parnasianismo /
Simbolismo
Pré-
Modernismo
MODERNISMO
PANORAMA
MUNDIAL
- Grandes
Navegações
- Companhia
de Jesus
- Contrarreforma
- Portugal sob o
Domínio espanhol
- Iluminismo
- Revolução
Industrial
- Revolução
Francesa
- Independência
dos Estados
Unidos
- Guerras
napoleônicas
- Burguesia no
poder
- Socialismo
- Evolucionismo
- Positivismo
- Lutas
Antiburguesas
- 2ª Revolução
Industrial
- 1.ª Guerra
Mundial
- Freud e a
Psicanálise
- Revolução
Russa
- Vanguardas
artísticas
- Nazismo
- Fascismo
2ª Guerra Mundial
- Guerra Fria
- Internet
- Queda do Muro
PANORAMA
BRASILEIRO
- Literatura
Informativa
- Literatura
dos Jesuítas
- Invasões
Holandesas
- Grupo Baiano
- Ciclo da
Mineração
- Inconfidência
Mineira
- Grupo Mineiro
- Corte
Portuguesa no
Rio de Janeiro
- Independência
- Regências
- 2.º Império
- Guerra do
Paraguai
- Lutas
Abolicionistas
- Literatura
Nacional
- Abolição
- República
- Romance
realista
e naturalista
- Poesia
Parnasiana
e Simbolista
- Governo de
Floriano
- Revolta da
Armada
- Revolta de
Canudos
- A Semana de Arte
Moderna
- Ditadura de
Getúlio Vargas
- As gerações
modernistas
- Ditadura no Brasil
- Constituição de
1988
1500 1601 1768 1808 1836 1881/1893 1902 1922 2020
PAINEL HISTÓRICO - LITERÁRIO BRASILEIRO
NA
AULA
ANTERIOR
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
02 MODERNISMO
BRASILEIRO
PAZ NA
ESCOLA
20/02/2020
5
– Início do século XX:
– Progresso Científico: avião, cinema…
– Reivindicações de massas: greves,
[turbulências políticas e sociais
– Revolução Comunista
– I Guerra Mundial
– Crise dos valores europeus
A SEMANA DE ARTE MODERNA
ANTECEDENTES
6
Vanguardas Europeias:
 FUTURISMO – Negação do passado e exaltação das máquinas…
 CUBISMO – Decomposição dos objetos em diferentes planos
geométricos…muito forte na pintura…
 DADAÍSMO – Atitudes demolidoras (antiarte): o deboche, a irreverência,
a agressividade, a sátira, a desordem… ready made…
7
Vanguardas Europeias:
 EXPRESSIONISMO – o movimento de criação parte da
subjetividade do artista, do seu mundo interior; em direção ao mundo
exterior. É arte abstrata e torna-se uma forma de contestação. Forte na
pintura… “O grito”…
 SURREALISMO – fusão de arte e psicanálise: automatismo artístico
sem controle da razão gerando imagens absurdas, surpreendentes;
transposição do universo dos sonhos para o plano artístico. A escrita
automática… O mais influente até os nossos dias.
8
9
Os movimentos de vanguarda europeia influenciaram bastante nossos artistas. Com
base nos comentários sobre essas vanguardas, vamos verificar atitudes de linguagem
que rompem com as regras vigentes e buscam novas formas de “palavras em
liberdade”.
o capoeira
Oswald de Andrade
– qué apanhá sordado?
– O quê?
– Qué apanhá?
Pernas e braços na calçada
 Que elementos do poema de Oswald de
Andrade podem ser associados à valorização
da cultura brasileira?
 Que movimento de vanguarda europeia está
presente no poema?
ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA
 1912- retorno de Oswald da Europa com ideias futuristas.
 1913- exposição de telas expressionistas de Lasar Segall.
 1914- exposição de telas expressionistas de Anita Malfatti.
 1917- publicação de obras:
10
Há uma gota de sangue em cada poema,
de Mário de Andrade
A cinza das horas – Manuel Bandeira
Nós – Guilherme de Almeida
Moisés e Juca Mulato – Menotti del Picchia
• Segunda exposição de Anita Malfatti.
• Artigo Paranoia ou Mistificação – Monteiro Lobato
• 1919 – Carnaval (Os Sapos) – Manuel Bandeira
11
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
03 MODERNISMO
BRASILEIRO
PAZ NA
ESCOLA
27.02.2020
12
1922 – A Semana de Arte Moderna
1922 – A Semana de Arte Moderna
• Comemorou-se centenário da Independência
Política do Brasil
• Teatro Municipal de São Paulo
• Três noites que fizeram história:
• 13 de Fevereiro – abertura (Graça Aranha)
• 15 de Fevereiro – Ronald de Carvalho
declamou o poema “Os Sapos”, de Manuel Bandeira.
• 17 de Fevereiro – Villa-Lobos apresentou-se
de casaca e chinelos.
13
14
• Espírito polêmico: destruição / construção
• Busca de originalidade.
• Contra o tradicionalismo / convenções.
• Juízos de valor sobre a realidade brasileira.
PRIMEIRA GERAÇÃO - “FASE HERÓICA”
PRIMEIRA GERAÇÃO - “FASE HERÓICA”
• Liberdade de expressão
• Oralidade e coloquialismo
• Valorização do cotidiano.
• Nacionalismo crítico
15
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
04
MODERNISMO
BRASILEIRO – A OBRA DE
MÁRIO DE ANDRADE
PAZ NA
ESCOLA
05.03.2020
16
MÁRIO DE ANDRADE (1893-1945)
MÁRIO DE ANDRADE (1893-1945)
• Rapsódia primitivista: “herói sem nenhum caráter”
• Sátira à linguagem usual
• Valorização do folclore e das lendas nacionais
• Adoção de uma linguagem “oral”
• Tentativa de definição do brasileiro
• Identificação com o Primitivo
• Intertextualiza com vários estilos
 POESIA : Pauliceia Desvairada (1922)
Lira paulistana (1946)
17
18
Descobrimento
Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! muito longe de mim,
Na escuridão ativa da noite que caiu,
Um homem pálido, magro de cabelo escorrendo nos olhos
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu...
LEITURA E ANÁLISE DO POEMA DE MÁRIO DE ANDRADE
(ENEM). O poema Descobrimento, de Mário de Andrade, marca a postura
nacionalista manifestada pelos escritores modernistas. Recuperando o fato
histórico do “descobrimento”, a construção poética problematiza a
representação nacional a fim de
a) Resgatar o passado indígena brasileiro.
b) Criticar a colonização portuguesa no Brasil.
c) Defender a diversidade social e cultural brasileira
d) Promover a integração das diferentes regiões do pais.
e) Valorizar a Região Norte, pouco conhecida pelos brasileiros
19
(LRL). O que o autor descobriu foi a existência de (da)
a) diferenças sócioeconômicas.
b) imensidão do território brasileiro.
c) grande variedade de raças.
d) produtos necessários à vida moderna.
e) modificações regionais de costumes.
(LRL). Examinando o conteúdo do poema, percebemos que o autor se refere
ao descobrimento de um (a)
f) livro raro.
g) Lugar.
h) verdade angustiante.
i) profissão.
j) tema poético.
20
21
FICÇÃO – Macunaíma (1928 – rapsódia)
 Obra-prima que busca representar o conhecimento e o registro do
brasil. A mais importante realização da primeira fase do
Modernismo, isto é, a plena manifestação do projeto nacionalista
dos escritores de sua geração. É um delicioso painel antropofágico
da cultura brasileira.
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
04
MODERNISMO
BRASILEIRO – Autores da
1ª Geração
PAZ NA
ESCOLA
12.03.2020
22
Macunaíma: a redefinição do herói nacional
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto
retinto e filho da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando
o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança
é que chamaram Macunaíma.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não
falando. Si o incitavam a falar exclamava:
– Ai! Que preguiça!...
******************************
“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa
da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce
como o seu sorriso; nem a baunilha rescendia no bosque como seu hálito
perfumado”.
23
24
 Comentários sobre a expressão “Macunaíma, o herói sem
nenhum caráter.
 Compare o herói Macunaíma, de Mário de Andrade, ao
herói Peri e à personagem épica Iracema, de José de Alencar.
 Aponte algumas divergências entre os personagens.
CARACTERÍSTICAS:
• Pesquisa estética
• vanguardas europeias e contexto brasileiro
• Ruptura: Destruição da linguagem tradicional
• paródia, poema-piada, poema-pílula
• Caráter polêmico: ousadia e inovação
• Revisão crítica do passado histórico
• Nacionalismo (primitivismo)
OSWALD DE ANDRADE (1890 –1954)
OSWALD DE ANDRADE (1890 –1954)
“A massa ainda comerá o biscoito fino que fabrico”
25
26
Vicio da fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
01. Uma das grandes características da poesia modernista e a aproximação com a
realidade coloquial e cotidiana. O poeta Oswald de Andrade, reproduziu no poema
acima:
A) o nacionalismo.
B) o romantismo.
C) a subjetivismo.
D) o sentimentalismo.
E) a oralidade (a fala popular).
27
02. Após a Semana de Arte Moderna (1922), o Modernismo passa a viver sua
“fase heroica”, isto é, a fase de divulgação das ideias modernistas em todo o
país e de aprofundamento das questões estéticas lançadas pela Semana. Essa
fase foi marcada
A) essencialmente por duas tendências: destruição e construção.
B) principalmente pela orgia intelectual e preservação da tradição.
C) pela atuação artística em busca da manutenção das formas fixas.
D) por constantes polêmicas com autores do Romantismo.
E) pela promoção de uma revisão crítica do Tropicalismo.
28
03. O texto XI do poeta Oswald de Andrade apresenta características do
Modernismo da Primeira Geração (1922-1930 que estão expressas na
alternativa:
A) a “fala brasileira”, os versos livres e a valorização da linguagem coloquial.
B) a fala cuidadosa, os versos livres e o forte preconceito contra o popular.
C) a linguagem culta se mistura à popular como ato de rejeição.
D) a norma culta e fala popular são rejeitadas pelo poeta.
E) a fala popular e a norma culta não se misturam.
29
04. Em toda a produção poética de Oswald de Andrade podemos observar
as atitudes permanentes que singularizam a sua poesia e fazem dele um
expoente da primeira fase do nosso Modernismo:
A) a fala culta da burguesa e a ironia nacionalista.
B) a fala popular, humor, a piada, a ironia, a síntese e a fragmentação.
C) a retórica provinciana, o requinte e a monotonia da burguesia.
D) o academicismo do parnasianismo e a poesia de forma fixa.
E) a rebeldia da antropofagia e o comodismo da linguagem culta.
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
05 MODERNISMO
BRASILEIRO
PAZ NA
ESCOLA
16.04.2020
POESIA PAU-BRASIL (1924) –OSWALD DE ANDRADE
• poesia primitivista
• valorização do índio
• críticas ao colonialismo
• exploração das diversidades culturais brasileiras
• “criação” de uma língua brasileira
• crítica à cultura acadêmica
• Conciliar a cultura nativa e a cultura intelectual
• “ver com olhos livres”
VANGUARDAS ARTÍSTICAS BRASILEIRAS
VANGUARDAS ARTÍSTICAS BRASILEIRAS
31
VERDE – AMARELO (1924) – Plínio Salgado /
Guilherme de Almeida / Menotti del Picchia e
Cassiano Ricardo...
• reação à Poesia Pau-Brasil
• nacionalismo extremado e ufanista
• idealização da raça brasileira pura: o índio
• posicionamento direitista, conservador (nazifascista)
• Uma versão brasileira do fascismo
ANTA (1929)
Desdobramento radical da Poesia Verde – Amarelo
• Estado Forte e centralizador
• Nacionalismo ufanista e primitivista
32
ANTROPOFAGIA (1929) – OSWAL DE ANDRADE
retomada radical da Poesia Pau-Brasil em reação
ao Verde-Amarelo
• devoração da cultura estrangeira
• caráter anárquico
• Comunismo e Freud
• tentativa de superação das normas sociais
rígidas
• “tupy, or not tupy, that is the question”
33
POESIA:
 Pau-Brasil (1925) /
 Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade (1927)
TEATRO:
 O Rei da Vela (1937)
PROSA:
Os Condenados (1922) / Memórias sentimentais de João Miramar
(1924) / Serafim Ponte Grande (1933): panfletos satíricos e paródias
à linguagem convencional.
34
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
Canto do regresso à pátria
35
QUANDO OCORRE DIÁLOGO ENTRE DOIS OU MAIS TEXTOS (DISCURSOS)
ALÉM DE INTERTEXTUALIDADE HÁ ENTRE ELES UM CAMPO MAIS AMPLO:
A INTERDISCURSIVIDADE (INTENCIONALIDADES DOS INTERLOCUTORES
QUE INCORREM EM COMPLEXIDADES SOCIOLÓGICAS, IDEOLÓGICAS,
FILOSÓFICAS, PSICOLÓGICAS...)
36
COMENTAR TEXTO / INTERTEXTO / INTERDISCURSIVIDADE
37
brasil
O Zé Pereira chegou de caravela
E perguntou pro guarani da mata virgem
– Sois cristão?
– Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
– Sim pela graça de Deus
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval.
38
ANALISE E INTERPRETE O POEMA CONSIDERANDO AS QUESTÕES PROPOSTAS
(ENEM). Este texto (brasil) apresenta uma versão humorística da formação do Brasil,
mostrando-a como uma junção de elementos diferentes Considerando-se esse
aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada pelo texto é
a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto
parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem
b) Inovadora, pois mostra que as três raças formadoras – portugueses, negros e índios
– pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira
c) Moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil
como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos.
d) Preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo
positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas
e) Negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando
em anarquia e falta de seriedade.
39
40
02. POR QUE O TÍTULO É APRESENTADO EM LETRA MINÚSCULA?
__________________________________________________________________
03. O POEMA FAZ REFERÊNCIA A TRÊS ETNIAS. QUAL A ETNIA REPRESENTADA PELO
ZÉ PEREIRA?
_________________________________________________________________
04. PORQUE O AUTOR USOU A VARIEDADE LINGUÍSTICA POPULAR?
________________________________________________________________
05. QUAL AUTOR DO ROMANTISMO É INTERTEXTUALIZADO NO POEMA?
_________________________________________________________________
06. QUAL A INTENÇÃO DO AUTOR EM USAR NORTE POR MORTE?
_________________________________________________________________
07. QUE NOME RECEBE ESSE PROCEDIMENTO NOS ESTUDOS DE INTERTEXTUALIDADE?
__________________________________________________________________
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
05 MODERNISMO
BRASILEIRO
PAZ NA
ESCOLA
/2020
41
MANUEL BANDEIRA (1886-1968)
•A cinza das horas (1917)
•Carnaval (1919)
•Ritmo dissoluto (1924)
• Libertinagem (1930)
• Estrela da manhã
•Lira dos cinquent’anos
OBRAS PRINCIPAIS:
42
•Tom confessional (poesia do EU)
• Valorização do cotidiano
• Enfoque à doença (tuberculose) e à morte
• Valorização das coisas mais simples da vida
• A temática do desejo insatisfeito
• A simplicidade expressiva
• Recordações de Recife: família, infância …
• Poesia social
TEMAS E CARACTERÍSTICAS
43
Poema Tirado de uma Notícia de Jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no
morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu
afogado.
44
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar um médico:
– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.
.....................................................................................
– O Senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o
[pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
45
46
Responda às questões proposta sobre o poema
MOMENTO NUM CAFÉ
Manuel Bandeira
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto, distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida.
Confiantes na vida
47
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
48
01. “Os homens que se achavam no café” tiraram o chapéu:
a) mecanicamente.
b) refletidamente.
c) distraidamente.
d) involuntariamente.
e) resignadamente.
49
02. A segunda estrofe em relação à primeira encerra uma:
a) confirmação.
b) reflexão.
c) oposição.
d) repetição.
e) reiteração.
50
03. A segunda estrofe proporciona ao leitor um comportamento
principalmente:
a) egoísta.
b) materialista.
c) pessimista.
d) otimista.
e) reflexivo.
51
04. Assinale o par cujas ideias se opõem, contextualmente:
a) “absortos” / “confiantes”.
b) “agitação” / “traição”.
c) “sem finalidade” / “traição”.
d) “maquinalmente” / “longamente”.
e) “distraídos” / “absortos”.
52
05. Em relação ao sentido da morte, a atitude dos homens “que se
achavam no café” é de:
a) alheamento.
b) parcial distanciamento.
c) significativo envolvimento.
d) reflexiva saudação.
e) silenciosa revolta.
53
05. a atitude do homem que “se descobriu” é de:
a) hipócrita consternação.
b) reflexiva reverência.
c) contida irreverência.
d) singular perfídia.
e) fingida saudação.
54
01. (ENEM)
Evocação do Recife
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada...
(BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007)
55
Segundo o poema de Manuel Bandeira, as variações linguísticas originárias das
classes populares devem ser
A) satirizadas, pois as várias formas de se falar o português no Brasil ferem a língua
portuguesa autêntica.
B) questionadas, pois o povo brasileiro esquece a sintaxe da língua portuguesa.
C) subestimadas, pois o português “gostoso” de Portugal deve ser a referência de
correção linguística.
D) reconhecidas, pois a formação cultural brasileira é garantida por meio da fala do
povo.
E) reelaboradas, pois o povo “macaqueia” a língua portuguesa original.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Modernismo Brasileiro na Literatura

Semelhante a Modernismo Brasileiro na Literatura (20)

Modernismo no Brasil
Modernismo no BrasilModernismo no Brasil
Modernismo no Brasil
 
Atividades modernismo
Atividades modernismoAtividades modernismo
Atividades modernismo
 
Revisão literatura - com exercícios
Revisão literatura - com exercíciosRevisão literatura - com exercícios
Revisão literatura - com exercícios
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Modernismo Desdobramentos
Modernismo DesdobramentosModernismo Desdobramentos
Modernismo Desdobramentos
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
AA MOD ppt7
AA MOD  ppt7AA MOD  ppt7
AA MOD ppt7
 
Literatura - Professor Alex Romero Lima
Literatura - Professor Alex Romero LimaLiteratura - Professor Alex Romero Lima
Literatura - Professor Alex Romero Lima
 
Apresentação (4).pptx
Apresentação (4).pptxApresentação (4).pptx
Apresentação (4).pptx
 
Pré-modernismo e mordenismo 1°geração.pptx
Pré-modernismo e mordenismo 1°geração.pptxPré-modernismo e mordenismo 1°geração.pptx
Pré-modernismo e mordenismo 1°geração.pptx
 
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
 
Modernismo – 1ª fase – de 22 a 30
Modernismo – 1ª fase – de 22 a 30Modernismo – 1ª fase – de 22 a 30
Modernismo – 1ª fase – de 22 a 30
 
Trabs Molezinha
Trabs MolezinhaTrabs Molezinha
Trabs Molezinha
 
Modernismo 1ª fase convertido
Modernismo 1ª fase convertidoModernismo 1ª fase convertido
Modernismo 1ª fase convertido
 
01 modernismo - 1a fase - 3o ano
01   modernismo - 1a fase - 3o ano01   modernismo - 1a fase - 3o ano
01 modernismo - 1a fase - 3o ano
 
Modernismo Novo
Modernismo NovoModernismo Novo
Modernismo Novo
 
Modernismo novo
Modernismo novoModernismo novo
Modernismo novo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 

Último

Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 

Último (20)

Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 

Modernismo Brasileiro na Literatura

  • 2. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS LITERATURA BRASILEIRA: MODERNISMO Revendo o Painel Histórico-Literário Arte de Rafael Davi 2 QUEM É O PROFESSOR DE LITERATURA:  FORMAÇÃO  ORIGEM DA FORMAÇÃO  TEMPO DE EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
  • 3. 3  APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR  OBJETIVOS: REVENDO E CONHECENDO A CRONOLOGIA DA LITERATURA BRASILEIRA (PAINEL HISTÓRICO-LITERÁRIO)  RECURSOS: TEXTO / PAINEL  APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
  • 4. 4 ERA COLONIAL ERA NACIONAL Estilos de época Quinhentismo Barroco ou Seiscentismo Arcadismo ou Neoclassicismo ou Setecentismo Período de transição Romantismo Realismo/ Naturalismo / Parnasianismo / Simbolismo Pré- Modernismo MODERNISMO PANORAMA MUNDIAL - Grandes Navegações - Companhia de Jesus - Contrarreforma - Portugal sob o Domínio espanhol - Iluminismo - Revolução Industrial - Revolução Francesa - Independência dos Estados Unidos - Guerras napoleônicas - Burguesia no poder - Socialismo - Evolucionismo - Positivismo - Lutas Antiburguesas - 2ª Revolução Industrial - 1.ª Guerra Mundial - Freud e a Psicanálise - Revolução Russa - Vanguardas artísticas - Nazismo - Fascismo 2ª Guerra Mundial - Guerra Fria - Internet - Queda do Muro PANORAMA BRASILEIRO - Literatura Informativa - Literatura dos Jesuítas - Invasões Holandesas - Grupo Baiano - Ciclo da Mineração - Inconfidência Mineira - Grupo Mineiro - Corte Portuguesa no Rio de Janeiro - Independência - Regências - 2.º Império - Guerra do Paraguai - Lutas Abolicionistas - Literatura Nacional - Abolição - República - Romance realista e naturalista - Poesia Parnasiana e Simbolista - Governo de Floriano - Revolta da Armada - Revolta de Canudos - A Semana de Arte Moderna - Ditadura de Getúlio Vargas - As gerações modernistas - Ditadura no Brasil - Constituição de 1988 1500 1601 1768 1808 1836 1881/1893 1902 1922 2020 PAINEL HISTÓRICO - LITERÁRIO BRASILEIRO NA AULA ANTERIOR
  • 6. – Início do século XX: – Progresso Científico: avião, cinema… – Reivindicações de massas: greves, [turbulências políticas e sociais – Revolução Comunista – I Guerra Mundial – Crise dos valores europeus A SEMANA DE ARTE MODERNA ANTECEDENTES 6
  • 7. Vanguardas Europeias:  FUTURISMO – Negação do passado e exaltação das máquinas…  CUBISMO – Decomposição dos objetos em diferentes planos geométricos…muito forte na pintura…  DADAÍSMO – Atitudes demolidoras (antiarte): o deboche, a irreverência, a agressividade, a sátira, a desordem… ready made… 7
  • 8. Vanguardas Europeias:  EXPRESSIONISMO – o movimento de criação parte da subjetividade do artista, do seu mundo interior; em direção ao mundo exterior. É arte abstrata e torna-se uma forma de contestação. Forte na pintura… “O grito”…  SURREALISMO – fusão de arte e psicanálise: automatismo artístico sem controle da razão gerando imagens absurdas, surpreendentes; transposição do universo dos sonhos para o plano artístico. A escrita automática… O mais influente até os nossos dias. 8
  • 9. 9 Os movimentos de vanguarda europeia influenciaram bastante nossos artistas. Com base nos comentários sobre essas vanguardas, vamos verificar atitudes de linguagem que rompem com as regras vigentes e buscam novas formas de “palavras em liberdade”. o capoeira Oswald de Andrade – qué apanhá sordado? – O quê? – Qué apanhá? Pernas e braços na calçada  Que elementos do poema de Oswald de Andrade podem ser associados à valorização da cultura brasileira?  Que movimento de vanguarda europeia está presente no poema?
  • 10. ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA  1912- retorno de Oswald da Europa com ideias futuristas.  1913- exposição de telas expressionistas de Lasar Segall.  1914- exposição de telas expressionistas de Anita Malfatti.  1917- publicação de obras: 10
  • 11. Há uma gota de sangue em cada poema, de Mário de Andrade A cinza das horas – Manuel Bandeira Nós – Guilherme de Almeida Moisés e Juca Mulato – Menotti del Picchia • Segunda exposição de Anita Malfatti. • Artigo Paranoia ou Mistificação – Monteiro Lobato • 1919 – Carnaval (Os Sapos) – Manuel Bandeira 11
  • 13. 1922 – A Semana de Arte Moderna 1922 – A Semana de Arte Moderna • Comemorou-se centenário da Independência Política do Brasil • Teatro Municipal de São Paulo • Três noites que fizeram história: • 13 de Fevereiro – abertura (Graça Aranha) • 15 de Fevereiro – Ronald de Carvalho declamou o poema “Os Sapos”, de Manuel Bandeira. • 17 de Fevereiro – Villa-Lobos apresentou-se de casaca e chinelos. 13
  • 14. 14
  • 15. • Espírito polêmico: destruição / construção • Busca de originalidade. • Contra o tradicionalismo / convenções. • Juízos de valor sobre a realidade brasileira. PRIMEIRA GERAÇÃO - “FASE HERÓICA” PRIMEIRA GERAÇÃO - “FASE HERÓICA” • Liberdade de expressão • Oralidade e coloquialismo • Valorização do cotidiano. • Nacionalismo crítico 15
  • 16. LITERATURA LUIZ ROMERO 04 MODERNISMO BRASILEIRO – A OBRA DE MÁRIO DE ANDRADE PAZ NA ESCOLA 05.03.2020 16
  • 17. MÁRIO DE ANDRADE (1893-1945) MÁRIO DE ANDRADE (1893-1945) • Rapsódia primitivista: “herói sem nenhum caráter” • Sátira à linguagem usual • Valorização do folclore e das lendas nacionais • Adoção de uma linguagem “oral” • Tentativa de definição do brasileiro • Identificação com o Primitivo • Intertextualiza com vários estilos  POESIA : Pauliceia Desvairada (1922) Lira paulistana (1946) 17
  • 18. 18 Descobrimento Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves De supetão senti um friúme por dentro. Fiquei trêmulo, muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim. Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! muito longe de mim, Na escuridão ativa da noite que caiu, Um homem pálido, magro de cabelo escorrendo nos olhos Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, está dormindo. Esse homem é brasileiro que nem eu... LEITURA E ANÁLISE DO POEMA DE MÁRIO DE ANDRADE
  • 19. (ENEM). O poema Descobrimento, de Mário de Andrade, marca a postura nacionalista manifestada pelos escritores modernistas. Recuperando o fato histórico do “descobrimento”, a construção poética problematiza a representação nacional a fim de a) Resgatar o passado indígena brasileiro. b) Criticar a colonização portuguesa no Brasil. c) Defender a diversidade social e cultural brasileira d) Promover a integração das diferentes regiões do pais. e) Valorizar a Região Norte, pouco conhecida pelos brasileiros 19
  • 20. (LRL). O que o autor descobriu foi a existência de (da) a) diferenças sócioeconômicas. b) imensidão do território brasileiro. c) grande variedade de raças. d) produtos necessários à vida moderna. e) modificações regionais de costumes. (LRL). Examinando o conteúdo do poema, percebemos que o autor se refere ao descobrimento de um (a) f) livro raro. g) Lugar. h) verdade angustiante. i) profissão. j) tema poético. 20
  • 21. 21 FICÇÃO – Macunaíma (1928 – rapsódia)  Obra-prima que busca representar o conhecimento e o registro do brasil. A mais importante realização da primeira fase do Modernismo, isto é, a plena manifestação do projeto nacionalista dos escritores de sua geração. É um delicioso painel antropofágico da cultura brasileira.
  • 22. LITERATURA LUIZ ROMERO 04 MODERNISMO BRASILEIRO – Autores da 1ª Geração PAZ NA ESCOLA 12.03.2020 22
  • 23. Macunaíma: a redefinição do herói nacional No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: – Ai! Que preguiça!... ****************************** “Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha rescendia no bosque como seu hálito perfumado”. 23
  • 24. 24  Comentários sobre a expressão “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter.  Compare o herói Macunaíma, de Mário de Andrade, ao herói Peri e à personagem épica Iracema, de José de Alencar.  Aponte algumas divergências entre os personagens.
  • 25. CARACTERÍSTICAS: • Pesquisa estética • vanguardas europeias e contexto brasileiro • Ruptura: Destruição da linguagem tradicional • paródia, poema-piada, poema-pílula • Caráter polêmico: ousadia e inovação • Revisão crítica do passado histórico • Nacionalismo (primitivismo) OSWALD DE ANDRADE (1890 –1954) OSWALD DE ANDRADE (1890 –1954) “A massa ainda comerá o biscoito fino que fabrico” 25
  • 26. 26 Vicio da fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados 01. Uma das grandes características da poesia modernista e a aproximação com a realidade coloquial e cotidiana. O poeta Oswald de Andrade, reproduziu no poema acima: A) o nacionalismo. B) o romantismo. C) a subjetivismo. D) o sentimentalismo. E) a oralidade (a fala popular).
  • 27. 27 02. Após a Semana de Arte Moderna (1922), o Modernismo passa a viver sua “fase heroica”, isto é, a fase de divulgação das ideias modernistas em todo o país e de aprofundamento das questões estéticas lançadas pela Semana. Essa fase foi marcada A) essencialmente por duas tendências: destruição e construção. B) principalmente pela orgia intelectual e preservação da tradição. C) pela atuação artística em busca da manutenção das formas fixas. D) por constantes polêmicas com autores do Romantismo. E) pela promoção de uma revisão crítica do Tropicalismo.
  • 28. 28 03. O texto XI do poeta Oswald de Andrade apresenta características do Modernismo da Primeira Geração (1922-1930 que estão expressas na alternativa: A) a “fala brasileira”, os versos livres e a valorização da linguagem coloquial. B) a fala cuidadosa, os versos livres e o forte preconceito contra o popular. C) a linguagem culta se mistura à popular como ato de rejeição. D) a norma culta e fala popular são rejeitadas pelo poeta. E) a fala popular e a norma culta não se misturam.
  • 29. 29 04. Em toda a produção poética de Oswald de Andrade podemos observar as atitudes permanentes que singularizam a sua poesia e fazem dele um expoente da primeira fase do nosso Modernismo: A) a fala culta da burguesa e a ironia nacionalista. B) a fala popular, humor, a piada, a ironia, a síntese e a fragmentação. C) a retórica provinciana, o requinte e a monotonia da burguesia. D) o academicismo do parnasianismo e a poesia de forma fixa. E) a rebeldia da antropofagia e o comodismo da linguagem culta.
  • 31. POESIA PAU-BRASIL (1924) –OSWALD DE ANDRADE • poesia primitivista • valorização do índio • críticas ao colonialismo • exploração das diversidades culturais brasileiras • “criação” de uma língua brasileira • crítica à cultura acadêmica • Conciliar a cultura nativa e a cultura intelectual • “ver com olhos livres” VANGUARDAS ARTÍSTICAS BRASILEIRAS VANGUARDAS ARTÍSTICAS BRASILEIRAS 31
  • 32. VERDE – AMARELO (1924) – Plínio Salgado / Guilherme de Almeida / Menotti del Picchia e Cassiano Ricardo... • reação à Poesia Pau-Brasil • nacionalismo extremado e ufanista • idealização da raça brasileira pura: o índio • posicionamento direitista, conservador (nazifascista) • Uma versão brasileira do fascismo ANTA (1929) Desdobramento radical da Poesia Verde – Amarelo • Estado Forte e centralizador • Nacionalismo ufanista e primitivista 32
  • 33. ANTROPOFAGIA (1929) – OSWAL DE ANDRADE retomada radical da Poesia Pau-Brasil em reação ao Verde-Amarelo • devoração da cultura estrangeira • caráter anárquico • Comunismo e Freud • tentativa de superação das normas sociais rígidas • “tupy, or not tupy, that is the question” 33
  • 34. POESIA:  Pau-Brasil (1925) /  Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade (1927) TEATRO:  O Rei da Vela (1937) PROSA: Os Condenados (1922) / Memórias sentimentais de João Miramar (1924) / Serafim Ponte Grande (1933): panfletos satíricos e paródias à linguagem convencional. 34
  • 35. Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo. Canto do regresso à pátria 35
  • 36. QUANDO OCORRE DIÁLOGO ENTRE DOIS OU MAIS TEXTOS (DISCURSOS) ALÉM DE INTERTEXTUALIDADE HÁ ENTRE ELES UM CAMPO MAIS AMPLO: A INTERDISCURSIVIDADE (INTENCIONALIDADES DOS INTERLOCUTORES QUE INCORREM EM COMPLEXIDADES SOCIOLÓGICAS, IDEOLÓGICAS, FILOSÓFICAS, PSICOLÓGICAS...) 36 COMENTAR TEXTO / INTERTEXTO / INTERDISCURSIVIDADE
  • 37. 37
  • 38. brasil O Zé Pereira chegou de caravela E perguntou pro guarani da mata virgem – Sois cristão? – Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu – Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval. 38 ANALISE E INTERPRETE O POEMA CONSIDERANDO AS QUESTÕES PROPOSTAS
  • 39. (ENEM). Este texto (brasil) apresenta uma versão humorística da formação do Brasil, mostrando-a como uma junção de elementos diferentes Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada pelo texto é a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem b) Inovadora, pois mostra que as três raças formadoras – portugueses, negros e índios – pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira c) Moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos. d) Preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas e) Negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e falta de seriedade. 39
  • 40. 40 02. POR QUE O TÍTULO É APRESENTADO EM LETRA MINÚSCULA? __________________________________________________________________ 03. O POEMA FAZ REFERÊNCIA A TRÊS ETNIAS. QUAL A ETNIA REPRESENTADA PELO ZÉ PEREIRA? _________________________________________________________________ 04. PORQUE O AUTOR USOU A VARIEDADE LINGUÍSTICA POPULAR? ________________________________________________________________ 05. QUAL AUTOR DO ROMANTISMO É INTERTEXTUALIZADO NO POEMA? _________________________________________________________________ 06. QUAL A INTENÇÃO DO AUTOR EM USAR NORTE POR MORTE? _________________________________________________________________ 07. QUE NOME RECEBE ESSE PROCEDIMENTO NOS ESTUDOS DE INTERTEXTUALIDADE? __________________________________________________________________
  • 42. MANUEL BANDEIRA (1886-1968) •A cinza das horas (1917) •Carnaval (1919) •Ritmo dissoluto (1924) • Libertinagem (1930) • Estrela da manhã •Lira dos cinquent’anos OBRAS PRINCIPAIS: 42
  • 43. •Tom confessional (poesia do EU) • Valorização do cotidiano • Enfoque à doença (tuberculose) e à morte • Valorização das coisas mais simples da vida • A temática do desejo insatisfeito • A simplicidade expressiva • Recordações de Recife: família, infância … • Poesia social TEMAS E CARACTERÍSTICAS 43
  • 44. Poema Tirado de uma Notícia de Jornal João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. 44
  • 45. Pneumotórax Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar um médico: – Diga trinta e três. – Trinta e três... trinta e três... trinta e três... – Respire. ..................................................................................... – O Senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o [pulmão direito infiltrado. – Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? – Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. 45
  • 46. 46 Responda às questões proposta sobre o poema MOMENTO NUM CAFÉ Manuel Bandeira Quando o enterro passou Os homens que se achavam no café Tiraram o chapéu maquinalmente Saudavam o morto, distraídos Estavam todos voltados para a vida Absortos na vida. Confiantes na vida
  • 47. 47 Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado Olhando o esquife longamente Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade Que a vida é traição E saudava a matéria que passava Liberta para sempre da alma extinta.
  • 48. 48 01. “Os homens que se achavam no café” tiraram o chapéu: a) mecanicamente. b) refletidamente. c) distraidamente. d) involuntariamente. e) resignadamente.
  • 49. 49 02. A segunda estrofe em relação à primeira encerra uma: a) confirmação. b) reflexão. c) oposição. d) repetição. e) reiteração.
  • 50. 50 03. A segunda estrofe proporciona ao leitor um comportamento principalmente: a) egoísta. b) materialista. c) pessimista. d) otimista. e) reflexivo.
  • 51. 51 04. Assinale o par cujas ideias se opõem, contextualmente: a) “absortos” / “confiantes”. b) “agitação” / “traição”. c) “sem finalidade” / “traição”. d) “maquinalmente” / “longamente”. e) “distraídos” / “absortos”.
  • 52. 52 05. Em relação ao sentido da morte, a atitude dos homens “que se achavam no café” é de: a) alheamento. b) parcial distanciamento. c) significativo envolvimento. d) reflexiva saudação. e) silenciosa revolta.
  • 53. 53 05. a atitude do homem que “se descobriu” é de: a) hipócrita consternação. b) reflexiva reverência. c) contida irreverência. d) singular perfídia. e) fingida saudação.
  • 54. 54 01. (ENEM) Evocação do Recife A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil Ao passo que nós O que fazemos É macaquear A sintaxe lusíada... (BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007)
  • 55. 55 Segundo o poema de Manuel Bandeira, as variações linguísticas originárias das classes populares devem ser A) satirizadas, pois as várias formas de se falar o português no Brasil ferem a língua portuguesa autêntica. B) questionadas, pois o povo brasileiro esquece a sintaxe da língua portuguesa. C) subestimadas, pois o português “gostoso” de Portugal deve ser a referência de correção linguística. D) reconhecidas, pois a formação cultural brasileira é garantida por meio da fala do povo. E) reelaboradas, pois o povo “macaqueia” a língua portuguesa original.