SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Delimitação de Áreas de Preservação Permanente (APP’s) para o
                        Subsistema Veredas no Oeste baiano



Objetivos

        As delimitações de Áreas de Preservação Permanente-APP’s realizadas apenas
por sensoriamento remoto, sem trabalhos de campo podem resultar em interpretações
equivocadas quanto à existência e aos limites destas Áreas. Esta é uma das razões
importantes para que sejam realizadas visitas de campo com o objetivo de identificar e
interpretar melhor a situação real de cada área de estudo, analisando a vegetação, o tipo
de solo, a ocorrência de lençol freático e a dinâmica hídrica na formação de nascentes e
dos cursos d’água, sejam perenes ou intermitentes.

        É de fundamental importância que se aprofundem as pesquisas e o
conhecimento científico sobre as APP’s, particularmente no caso em tela, em ambientes
de vereda, determinando assim seus reais limites, para que estes ecossistemas sejam
preservados de acordo com a lei, como Áreas de Preservação Permanente, evitando que
a sua forma original seja alterada (Figura 01).




       Figura 01 – Antiga vereda, transpassada por estrada de propriedade rural

       O trabalho em tela visa contribuir na elaboração de uma nova metodologia mais
adequada com a finalidade de caracterizar e estabelecer os reais limites das Áreas de
Preservação Permanente para o subsistema Veredas para o Oeste da Bahia.



Metodologia

       Como ponto de partida, tomou-se por base a legislação do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (CONAMA), Resolução n° 303, de 20 de março de 2002, que define
como nascente “o local onde aflora naturalmente, mesmo que de forma intermitente, a
água subterrânea”, e vereda como o “espaço brejoso ou encharcado que contém
nascentes ou cabeceiras de cursos d’água,onde há ocorrência de solos hidromórficos,
caracterizados predominantemente por renques de buritis do brejo (Mauritia flexuosa) e
outras formas de vegetação típica”. Esta Resolução também classifica as áreas de estudo
como APP como sendo o espaço “ao redor de nascente ou olho d’água, ainda que
intermitente, com raio mínimo de cinqüenta metros de tal forma que proteja, em cada
caso, a bacia hidrográfica contribuinte” e “em vereda e em faixa marginal, em projeção
horizontal, com largura mínima de cinquenta metros, a partir do limite do espaço
brejoso e encharcado”. Assim sendo, o método de verificação da concordância da APP
nos mapas com o ponto real foi estabelecido partindo da análise visual do local,
observando-se o sentido de escoamento das águas, a presença da vegetação típica Buriti
ou Buritirama (Mauritia aculeata), dando maior atenção ao exemplar mais afastado que
indicaria o final da APP, e a coloração do solo classificando-o como hidromórfico glei
húmico ou glei pouco húmico. Em seguida o procedimento consistia em perfurar o solo
com um trado holandês a fim de verificar o nível da água a partir da amostra de perfil do
solo, na qual conforme a profundidade aumenta, a cor altera (caso estivesse próximo ao
lençol freático, a água encheria o ponto perfurado). Valendo ressaltar que devido aos
solos de determinadas regiões possuírem o caráter mais argiloso, portanto alterando a
velocidade do fluxo, a metodologia necessária à verificação do nível de água consistiria
na utilização de um piezômetro, e os dados somente verificados após vinte e quatro
horas. Porém a acessibilidade limitada das áreas fez com que fosse realizada somente
uma verificação rápida.

        Se ao final dos procedimentos os resultados fossem positivos ao caso de uma
APP, partiria-se do princípio que a legislação especificando um raio mínimo de 50
metros, uma faixa de vegetação de 100 metros daria uma boa proteção, e se fosse o
caso, recuperação da área.



        Resultados obtidos

        Foram verificados seis pontos de controle no primeiro caso (Fazenda Campo
Grande), visto que dependeria de cada caso devido ao tamanho da área estudada ser
determinante na quantidade de pontos. Nos dois casos seguintes, as verificações foram
mais exatas quanto à cor do solo, presença da vegetação e lençol freático próximo à
superfície              (aflorado,            em             alguns           pontos).
Analisando o primeiro caso, no ponto 01, a presença do renque de buritis, o solo
hidromórfico glei-húmico e parcialmente encharcado, caracterizava uma vereda bem
definida, a qual teve a construção de uma estrada transpassando-a.

        A metodologia utilizada em todos os pontos verificados mostrou-se satisfatória
quanto ao objetivos que esperavam ser alcançados, porém uma variável que foi
considerada desde o início do trabalho e que alterou significativamente os resultados
obtidos foi a escassez das chuvas no último ano. Assim sendo o nível do lençol freático
teve um déficit considerável, o que poderia mascarar o verdadeiro nível de uma área
onde não verificou-se a ascensão ou vestígios de água subterrânea, por exemplo.

        As áreas em questão representavam um problema tanto para os proprietários
rurais quanto para o ciclo de aporte de água, pois nas épocas de chuva as parcelas
cultivadas que encontravam-se num curso d’água preferencial eram “varridas” pela água
fluvial. (Figura 02)




           Figura 02 – Parte da plantação em um curso preferencial de águas

Conclusões

        Um problema, de veras considerável, encontra-se na falta de concisão da
legislação, aonde o agricultor vem a pagar multas por áreas que (como visto em alguns
casos) não são APP, e também áreas que funcionam como fluxo preferencial de águas,
estas que não são protegidas efetivamente por lei e que viriam a melhorar a qualidade da
APP, e o proprietário não tem o conhecimento se pode plantar ou não, e que uma vez
plantada, a natureza se vingará.

       Ao mesmo passo que agricultores mesmo com o conhecimento da legislação,
passam por cima, literalmente, do limite das APP’s, muitas das vezes ocasionando a
degradação da área

        É necessário que faça-se uma revisão da resolução, revendo tais pontos, onde
uma área desta característica poderia vir a substituir uma porcentagem da reserva legal
obrigatória, contemplando o interesse das duas partes.

        O trabalho ainda dá abertura a uma verificação mais detalhada, na qual pode-se
considerar o teor de matéria orgânica, o teor de alumínio e de carbono nas veredas, o
que poderia ser determinante em situações de antigas veredas que sofreram antropização
e não conseguiram readaptar-se por si só.



Referências Bibliográficas

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 313, de 20 de março de
2002. Dispõe sobre Área de Preservação Permanente. Diário Oficial [da] Republica
Federativa do Brasil, Brasília, DF , 22 nov. 2002.
MELO, D. R. de. AS VEREDAS NOS PLANALTOS DO NOROESTE MINEIRO;
Caracterizações pedológicas e os aspectos morfológicos e evolutivos. Mar.1993.218f.
Dissertação (Mestrado)- Departamento de Geografia e Planejamento Regional do IGCE,
UNESP, Campus de Rio Claro, Rio Claro, São Paulo, 1992

RIBEIRO, J. F; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do Bioma Cerrado. In: SANO, S.
M.; ALMEIDA, S. P. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA, 1998. p. 89-
166.

RAMOS, M. V. V. et AL VEREDAS DO TRIANGULO MINEIRO: SOLOS, ÁGUA E
USO. Ciênc. Agrotec., Lavras, v. 30, n. 2, p. 283-293, mar./abr., 2006.

WALTER, B. M. T. FITOFISIONOMIAS DO BIOMA CERRADO: SINTESE
TERMINOLOGICA E RELAÇÕES LOFRISTICAS. Mar. 2006 Tese (Doutorado) –
Departamento de Ecologia do Instituto de Ciências biológicas da Universidade de
Brasília, Brasília, Distrito Federal, 2006

Delalibera, H. C.; Weirich Neto, P. H.; Lopes, A. R. C.; Rocha, C. H. Alocação de
reserva legal em propriedades rurais: Do cartesiano ao holístico. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental, v.12, p.286292, 2008.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Proteção de solos em área de recarga de nascentes
Proteção de solos em área de recarga de nascentesProteção de solos em área de recarga de nascentes
Proteção de solos em área de recarga de nascentesRodrigo Sganzerla
 
ANÁLISE PRELIMINAR DAS CARACTERÍSTICAS HIDROGEOQUÍMICAS DO SISTEMA AQUÍFERO G...
ANÁLISE PRELIMINAR DAS CARACTERÍSTICAS HIDROGEOQUÍMICAS DO SISTEMA AQUÍFERO G...ANÁLISE PRELIMINAR DAS CARACTERÍSTICAS HIDROGEOQUÍMICAS DO SISTEMA AQUÍFERO G...
ANÁLISE PRELIMINAR DAS CARACTERÍSTICAS HIDROGEOQUÍMICAS DO SISTEMA AQUÍFERO G...Gabriella Ribeiro
 
CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOAMBIENTAIS E RISCO POTENCI...
CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOAMBIENTAIS E RISCO POTENCI...CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOAMBIENTAIS E RISCO POTENCI...
CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOAMBIENTAIS E RISCO POTENCI...Gabriella Ribeiro
 
67ae73afd18264e6d2b5309439b30b16 8991895803161aa9b67abc4607516ffb
67ae73afd18264e6d2b5309439b30b16 8991895803161aa9b67abc4607516ffb67ae73afd18264e6d2b5309439b30b16 8991895803161aa9b67abc4607516ffb
67ae73afd18264e6d2b5309439b30b16 8991895803161aa9b67abc4607516ffbAdalberto Alves Dasilva
 
Água Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RN
Água Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RNÁgua Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RN
Água Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RNGabriella Ribeiro
 
A RELAÇÃO ENTRE A HIDROGEOLOGIA E OS LINEAMENTOS ESTRUTURAIS DO PLANALTO SERR...
A RELAÇÃO ENTRE A HIDROGEOLOGIA E OS LINEAMENTOS ESTRUTURAIS DO PLANALTO SERR...A RELAÇÃO ENTRE A HIDROGEOLOGIA E OS LINEAMENTOS ESTRUTURAIS DO PLANALTO SERR...
A RELAÇÃO ENTRE A HIDROGEOLOGIA E OS LINEAMENTOS ESTRUTURAIS DO PLANALTO SERR...Gabriella Ribeiro
 
FITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATO
FITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATOFITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATO
FITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATOGabriella Ribeiro
 
Hidroquímica das águas subterrâneas e superficiais na área de proteção ambien...
Hidroquímica das águas subterrâneas e superficiais na área de proteção ambien...Hidroquímica das águas subterrâneas e superficiais na área de proteção ambien...
Hidroquímica das águas subterrâneas e superficiais na área de proteção ambien...Gabriella Ribeiro
 
Curso de Biogeoquímica de Sedimentos Aquáticos - Parte V
Curso de Biogeoquímica de Sedimentos Aquáticos - Parte V Curso de Biogeoquímica de Sedimentos Aquáticos - Parte V
Curso de Biogeoquímica de Sedimentos Aquáticos - Parte V Inct Acqua
 
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...Gabriella Ribeiro
 
CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUN...
CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUN...CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUN...
CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUN...Gabriella Ribeiro
 
Workshop “Gestão de Dragagens” – Celso Aleixo Pinto
Workshop “Gestão de Dragagens” – Celso Aleixo PintoWorkshop “Gestão de Dragagens” – Celso Aleixo Pinto
Workshop “Gestão de Dragagens” – Celso Aleixo Pintoportodeaveiro
 
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...Gabriella Ribeiro
 
Estimativa de rega e fertilização para um pomar de alfarro…
Estimativa de rega e fertilização para um pomar de alfarro…Estimativa de rega e fertilização para um pomar de alfarro…
Estimativa de rega e fertilização para um pomar de alfarro…Armindo Rosa
 
ÍNDICE GUS E GSI NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR INSET...
ÍNDICE GUS E GSI NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR INSET...ÍNDICE GUS E GSI NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR INSET...
ÍNDICE GUS E GSI NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR INSET...Gabriella Ribeiro
 
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudasAmbiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudasGEOLOGIAINFOCO
 
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...Gabriella Ribeiro
 
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...Gabriella Ribeiro
 

Mais procurados (20)

Proteção de solos em área de recarga de nascentes
Proteção de solos em área de recarga de nascentesProteção de solos em área de recarga de nascentes
Proteção de solos em área de recarga de nascentes
 
Irrigação revisão e 2 bim 2013
Irrigação revisão e 2 bim 2013Irrigação revisão e 2 bim 2013
Irrigação revisão e 2 bim 2013
 
ANÁLISE PRELIMINAR DAS CARACTERÍSTICAS HIDROGEOQUÍMICAS DO SISTEMA AQUÍFERO G...
ANÁLISE PRELIMINAR DAS CARACTERÍSTICAS HIDROGEOQUÍMICAS DO SISTEMA AQUÍFERO G...ANÁLISE PRELIMINAR DAS CARACTERÍSTICAS HIDROGEOQUÍMICAS DO SISTEMA AQUÍFERO G...
ANÁLISE PRELIMINAR DAS CARACTERÍSTICAS HIDROGEOQUÍMICAS DO SISTEMA AQUÍFERO G...
 
CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOAMBIENTAIS E RISCO POTENCI...
CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOAMBIENTAIS E RISCO POTENCI...CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOAMBIENTAIS E RISCO POTENCI...
CARTA GEOTÉCNICA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOAMBIENTAIS E RISCO POTENCI...
 
67ae73afd18264e6d2b5309439b30b16 8991895803161aa9b67abc4607516ffb
67ae73afd18264e6d2b5309439b30b16 8991895803161aa9b67abc4607516ffb67ae73afd18264e6d2b5309439b30b16 8991895803161aa9b67abc4607516ffb
67ae73afd18264e6d2b5309439b30b16 8991895803161aa9b67abc4607516ffb
 
Água Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RN
Água Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RNÁgua Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RN
Água Subterrânea e Petróleo,uma avaliação no município de Mossoró-RN
 
A RELAÇÃO ENTRE A HIDROGEOLOGIA E OS LINEAMENTOS ESTRUTURAIS DO PLANALTO SERR...
A RELAÇÃO ENTRE A HIDROGEOLOGIA E OS LINEAMENTOS ESTRUTURAIS DO PLANALTO SERR...A RELAÇÃO ENTRE A HIDROGEOLOGIA E OS LINEAMENTOS ESTRUTURAIS DO PLANALTO SERR...
A RELAÇÃO ENTRE A HIDROGEOLOGIA E OS LINEAMENTOS ESTRUTURAIS DO PLANALTO SERR...
 
FITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATO
FITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATOFITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATO
FITORREMEDIAÇÃO DE AQUÍFEROS CONTAMINADOS POR NITRATO
 
Hidroquímica das águas subterrâneas e superficiais na área de proteção ambien...
Hidroquímica das águas subterrâneas e superficiais na área de proteção ambien...Hidroquímica das águas subterrâneas e superficiais na área de proteção ambien...
Hidroquímica das águas subterrâneas e superficiais na área de proteção ambien...
 
Aula 6
Aula 6Aula 6
Aula 6
 
Curso de Biogeoquímica de Sedimentos Aquáticos - Parte V
Curso de Biogeoquímica de Sedimentos Aquáticos - Parte V Curso de Biogeoquímica de Sedimentos Aquáticos - Parte V
Curso de Biogeoquímica de Sedimentos Aquáticos - Parte V
 
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
 
CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUN...
CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUN...CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUN...
CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUN...
 
Workshop “Gestão de Dragagens” – Celso Aleixo Pinto
Workshop “Gestão de Dragagens” – Celso Aleixo PintoWorkshop “Gestão de Dragagens” – Celso Aleixo Pinto
Workshop “Gestão de Dragagens” – Celso Aleixo Pinto
 
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
 
Estimativa de rega e fertilização para um pomar de alfarro…
Estimativa de rega e fertilização para um pomar de alfarro…Estimativa de rega e fertilização para um pomar de alfarro…
Estimativa de rega e fertilização para um pomar de alfarro…
 
ÍNDICE GUS E GSI NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR INSET...
ÍNDICE GUS E GSI NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR INSET...ÍNDICE GUS E GSI NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR INSET...
ÍNDICE GUS E GSI NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR INSET...
 
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudasAmbiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
 
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...
MODELAGEM DA OSCILAÇÃO DO NÍVEL FREÁTICO PARA MENSURAR O VOLUME EXPLORÁVEL DA...
 
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...
 

Destaque

IV EPBio - Reserva Legal e Área de Preservação Permamente
IV EPBio - Reserva Legal e Área de Preservação PermamenteIV EPBio - Reserva Legal e Área de Preservação Permamente
IV EPBio - Reserva Legal e Área de Preservação PermamenteSistema Ambiental Paulista
 
Apresentacao modulo 5
Apresentacao   modulo 5Apresentacao   modulo 5
Apresentacao modulo 5Neil Azevedo
 
A engenharia natural na reabilitação ambiental de áreas degradadas
A engenharia natural na reabilitação ambiental de áreas degradadasA engenharia natural na reabilitação ambiental de áreas degradadas
A engenharia natural na reabilitação ambiental de áreas degradadasLuis Quinta-Nova
 
Conservação e recuperação de areas degradas
Conservação e recuperação de areas degradasConservação e recuperação de areas degradas
Conservação e recuperação de areas degradasUERGS
 
APA - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
APA - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTALAPA - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
APA - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTALAndreia Gomes
 
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologiaG proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologiabecresforte
 
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009Fabricio Soler
 
O Novo Código Florestal - Master Ambiental
O Novo Código Florestal - Master AmbientalO Novo Código Florestal - Master Ambiental
O Novo Código Florestal - Master AmbientalMaster Ambiental
 
Preservação ambiental
Preservação ambientalPreservação ambiental
Preservação ambientalSandra Alves
 

Destaque (9)

IV EPBio - Reserva Legal e Área de Preservação Permamente
IV EPBio - Reserva Legal e Área de Preservação PermamenteIV EPBio - Reserva Legal e Área de Preservação Permamente
IV EPBio - Reserva Legal e Área de Preservação Permamente
 
Apresentacao modulo 5
Apresentacao   modulo 5Apresentacao   modulo 5
Apresentacao modulo 5
 
A engenharia natural na reabilitação ambiental de áreas degradadas
A engenharia natural na reabilitação ambiental de áreas degradadasA engenharia natural na reabilitação ambiental de áreas degradadas
A engenharia natural na reabilitação ambiental de áreas degradadas
 
Conservação e recuperação de areas degradas
Conservação e recuperação de areas degradasConservação e recuperação de areas degradas
Conservação e recuperação de areas degradas
 
APA - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
APA - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTALAPA - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
APA - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
 
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologiaG proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
 
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
 
O Novo Código Florestal - Master Ambiental
O Novo Código Florestal - Master AmbientalO Novo Código Florestal - Master Ambiental
O Novo Código Florestal - Master Ambiental
 
Preservação ambiental
Preservação ambientalPreservação ambiental
Preservação ambiental
 

Semelhante a Delimitação de APP's em Veredas no Oeste da Bahia

Relatório Final PIBIC Delimitação de Áreas de preservação permanente para o s...
Relatório Final PIBIC Delimitação de Áreas de preservação permanente para o s...Relatório Final PIBIC Delimitação de Áreas de preservação permanente para o s...
Relatório Final PIBIC Delimitação de Áreas de preservação permanente para o s...Igor Siri
 
CONTRIBUIÇÃO DE IMAGENS CBERS/WFI E MODIS NA IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS SU...
CONTRIBUIÇÃO DE IMAGENS CBERS/WFI E MODIS NA IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS SU...CONTRIBUIÇÃO DE IMAGENS CBERS/WFI E MODIS NA IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS SU...
CONTRIBUIÇÃO DE IMAGENS CBERS/WFI E MODIS NA IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS SU...1sested
 
Apostila bacias hidrograficas
Apostila bacias hidrograficasApostila bacias hidrograficas
Apostila bacias hidrograficasjl1957
 
Perda de solo por erosão hídrica em áreas de preservação permanente na microb...
Perda de solo por erosão hídrica em áreas de preservação permanente na microb...Perda de solo por erosão hídrica em áreas de preservação permanente na microb...
Perda de solo por erosão hídrica em áreas de preservação permanente na microb...Benvindo Gardiman
 
Auditoria+de+obras+hídricas+ +aula+04
Auditoria+de+obras+hídricas+ +aula+04Auditoria+de+obras+hídricas+ +aula+04
Auditoria+de+obras+hídricas+ +aula+04BandidoMau
 
CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE CILIAR
CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE CILIARCARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE CILIAR
CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE CILIARMoacir Medrado
 
Hidrogeologia de Meios Cársticos
Hidrogeologia de Meios CársticosHidrogeologia de Meios Cársticos
Hidrogeologia de Meios CársticosBrunoS26
 
Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...
Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...
Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...Mayara Leão
 
Recomenda es vinicius v souza solos
Recomenda es vinicius v souza   solosRecomenda es vinicius v souza   solos
Recomenda es vinicius v souza solosAMCanastra
 
Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...
Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...
Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...fernandameneguzzo
 
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77Sergio Freitas
 
Contençao em estradas rurais ri 2009-472
Contençao em estradas rurais ri 2009-472Contençao em estradas rurais ri 2009-472
Contençao em estradas rurais ri 2009-472Adriano Garcia Risson
 
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixesInfiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixesRural Pecuária
 
3simp josedias barragemsubterranea
3simp josedias barragemsubterranea3simp josedias barragemsubterranea
3simp josedias barragemsubterraneaLucas Costa
 
Termo de Referência para elaboração de um Plano de Gerenciamento de Áreas Deg...
Termo de Referência para elaboração de um Plano de Gerenciamento de Áreas Deg...Termo de Referência para elaboração de um Plano de Gerenciamento de Áreas Deg...
Termo de Referência para elaboração de um Plano de Gerenciamento de Áreas Deg...Felipe Harano
 

Semelhante a Delimitação de APP's em Veredas no Oeste da Bahia (20)

Relatório Final PIBIC Delimitação de Áreas de preservação permanente para o s...
Relatório Final PIBIC Delimitação de Áreas de preservação permanente para o s...Relatório Final PIBIC Delimitação de Áreas de preservação permanente para o s...
Relatório Final PIBIC Delimitação de Áreas de preservação permanente para o s...
 
CONTRIBUIÇÃO DE IMAGENS CBERS/WFI E MODIS NA IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS SU...
CONTRIBUIÇÃO DE IMAGENS CBERS/WFI E MODIS NA IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS SU...CONTRIBUIÇÃO DE IMAGENS CBERS/WFI E MODIS NA IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS SU...
CONTRIBUIÇÃO DE IMAGENS CBERS/WFI E MODIS NA IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS SU...
 
Apostila bacias hidrograficas
Apostila bacias hidrograficasApostila bacias hidrograficas
Apostila bacias hidrograficas
 
Aula 8 Uso de imagens no estudo de ambientes transformados
Aula 8 Uso de imagens no estudo de ambientes transformadosAula 8 Uso de imagens no estudo de ambientes transformados
Aula 8 Uso de imagens no estudo de ambientes transformados
 
Perda de solo por erosão hídrica em áreas de preservação permanente na microb...
Perda de solo por erosão hídrica em áreas de preservação permanente na microb...Perda de solo por erosão hídrica em áreas de preservação permanente na microb...
Perda de solo por erosão hídrica em áreas de preservação permanente na microb...
 
Auditoria+de+obras+hídricas+ +aula+04
Auditoria+de+obras+hídricas+ +aula+04Auditoria+de+obras+hídricas+ +aula+04
Auditoria+de+obras+hídricas+ +aula+04
 
CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE CILIAR
CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE CILIARCARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE CILIAR
CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE CILIAR
 
Hidrogeologia de Meios Cársticos
Hidrogeologia de Meios CársticosHidrogeologia de Meios Cársticos
Hidrogeologia de Meios Cársticos
 
Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...
Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...
Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...
 
Recomenda es vinicius v souza solos
Recomenda es vinicius v souza   solosRecomenda es vinicius v souza   solos
Recomenda es vinicius v souza solos
 
Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...
Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...
Uso agrícola das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Brasil e implicações...
 
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
 
Projeto_Parque_RAMALHO_Pba_MS
Projeto_Parque_RAMALHO_Pba_MS Projeto_Parque_RAMALHO_Pba_MS
Projeto_Parque_RAMALHO_Pba_MS
 
Proj_Parque_Ramalho_Pba_MS
Proj_Parque_Ramalho_Pba_MSProj_Parque_Ramalho_Pba_MS
Proj_Parque_Ramalho_Pba_MS
 
Contençao em estradas rurais ri 2009-472
Contençao em estradas rurais ri 2009-472Contençao em estradas rurais ri 2009-472
Contençao em estradas rurais ri 2009-472
 
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixesInfiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
 
17/03 - tarde_Mesa 2 - Marx Leandro Naves
17/03 - tarde_Mesa 2 - Marx Leandro Naves17/03 - tarde_Mesa 2 - Marx Leandro Naves
17/03 - tarde_Mesa 2 - Marx Leandro Naves
 
Artigo bioterra v18_n2_10
Artigo bioterra v18_n2_10Artigo bioterra v18_n2_10
Artigo bioterra v18_n2_10
 
3simp josedias barragemsubterranea
3simp josedias barragemsubterranea3simp josedias barragemsubterranea
3simp josedias barragemsubterranea
 
Termo de Referência para elaboração de um Plano de Gerenciamento de Áreas Deg...
Termo de Referência para elaboração de um Plano de Gerenciamento de Áreas Deg...Termo de Referência para elaboração de um Plano de Gerenciamento de Áreas Deg...
Termo de Referência para elaboração de um Plano de Gerenciamento de Áreas Deg...
 

Delimitação de APP's em Veredas no Oeste da Bahia

  • 1. Delimitação de Áreas de Preservação Permanente (APP’s) para o Subsistema Veredas no Oeste baiano Objetivos As delimitações de Áreas de Preservação Permanente-APP’s realizadas apenas por sensoriamento remoto, sem trabalhos de campo podem resultar em interpretações equivocadas quanto à existência e aos limites destas Áreas. Esta é uma das razões importantes para que sejam realizadas visitas de campo com o objetivo de identificar e interpretar melhor a situação real de cada área de estudo, analisando a vegetação, o tipo de solo, a ocorrência de lençol freático e a dinâmica hídrica na formação de nascentes e dos cursos d’água, sejam perenes ou intermitentes. É de fundamental importância que se aprofundem as pesquisas e o conhecimento científico sobre as APP’s, particularmente no caso em tela, em ambientes de vereda, determinando assim seus reais limites, para que estes ecossistemas sejam preservados de acordo com a lei, como Áreas de Preservação Permanente, evitando que a sua forma original seja alterada (Figura 01). Figura 01 – Antiga vereda, transpassada por estrada de propriedade rural O trabalho em tela visa contribuir na elaboração de uma nova metodologia mais adequada com a finalidade de caracterizar e estabelecer os reais limites das Áreas de Preservação Permanente para o subsistema Veredas para o Oeste da Bahia. Metodologia Como ponto de partida, tomou-se por base a legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), Resolução n° 303, de 20 de março de 2002, que define como nascente “o local onde aflora naturalmente, mesmo que de forma intermitente, a água subterrânea”, e vereda como o “espaço brejoso ou encharcado que contém
  • 2. nascentes ou cabeceiras de cursos d’água,onde há ocorrência de solos hidromórficos, caracterizados predominantemente por renques de buritis do brejo (Mauritia flexuosa) e outras formas de vegetação típica”. Esta Resolução também classifica as áreas de estudo como APP como sendo o espaço “ao redor de nascente ou olho d’água, ainda que intermitente, com raio mínimo de cinqüenta metros de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia hidrográfica contribuinte” e “em vereda e em faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de cinquenta metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado”. Assim sendo, o método de verificação da concordância da APP nos mapas com o ponto real foi estabelecido partindo da análise visual do local, observando-se o sentido de escoamento das águas, a presença da vegetação típica Buriti ou Buritirama (Mauritia aculeata), dando maior atenção ao exemplar mais afastado que indicaria o final da APP, e a coloração do solo classificando-o como hidromórfico glei húmico ou glei pouco húmico. Em seguida o procedimento consistia em perfurar o solo com um trado holandês a fim de verificar o nível da água a partir da amostra de perfil do solo, na qual conforme a profundidade aumenta, a cor altera (caso estivesse próximo ao lençol freático, a água encheria o ponto perfurado). Valendo ressaltar que devido aos solos de determinadas regiões possuírem o caráter mais argiloso, portanto alterando a velocidade do fluxo, a metodologia necessária à verificação do nível de água consistiria na utilização de um piezômetro, e os dados somente verificados após vinte e quatro horas. Porém a acessibilidade limitada das áreas fez com que fosse realizada somente uma verificação rápida. Se ao final dos procedimentos os resultados fossem positivos ao caso de uma APP, partiria-se do princípio que a legislação especificando um raio mínimo de 50 metros, uma faixa de vegetação de 100 metros daria uma boa proteção, e se fosse o caso, recuperação da área. Resultados obtidos Foram verificados seis pontos de controle no primeiro caso (Fazenda Campo Grande), visto que dependeria de cada caso devido ao tamanho da área estudada ser determinante na quantidade de pontos. Nos dois casos seguintes, as verificações foram mais exatas quanto à cor do solo, presença da vegetação e lençol freático próximo à superfície (aflorado, em alguns pontos). Analisando o primeiro caso, no ponto 01, a presença do renque de buritis, o solo hidromórfico glei-húmico e parcialmente encharcado, caracterizava uma vereda bem definida, a qual teve a construção de uma estrada transpassando-a. A metodologia utilizada em todos os pontos verificados mostrou-se satisfatória quanto ao objetivos que esperavam ser alcançados, porém uma variável que foi considerada desde o início do trabalho e que alterou significativamente os resultados obtidos foi a escassez das chuvas no último ano. Assim sendo o nível do lençol freático teve um déficit considerável, o que poderia mascarar o verdadeiro nível de uma área onde não verificou-se a ascensão ou vestígios de água subterrânea, por exemplo. As áreas em questão representavam um problema tanto para os proprietários rurais quanto para o ciclo de aporte de água, pois nas épocas de chuva as parcelas
  • 3. cultivadas que encontravam-se num curso d’água preferencial eram “varridas” pela água fluvial. (Figura 02) Figura 02 – Parte da plantação em um curso preferencial de águas Conclusões Um problema, de veras considerável, encontra-se na falta de concisão da legislação, aonde o agricultor vem a pagar multas por áreas que (como visto em alguns casos) não são APP, e também áreas que funcionam como fluxo preferencial de águas, estas que não são protegidas efetivamente por lei e que viriam a melhorar a qualidade da APP, e o proprietário não tem o conhecimento se pode plantar ou não, e que uma vez plantada, a natureza se vingará. Ao mesmo passo que agricultores mesmo com o conhecimento da legislação, passam por cima, literalmente, do limite das APP’s, muitas das vezes ocasionando a degradação da área É necessário que faça-se uma revisão da resolução, revendo tais pontos, onde uma área desta característica poderia vir a substituir uma porcentagem da reserva legal obrigatória, contemplando o interesse das duas partes. O trabalho ainda dá abertura a uma verificação mais detalhada, na qual pode-se considerar o teor de matéria orgânica, o teor de alumínio e de carbono nas veredas, o que poderia ser determinante em situações de antigas veredas que sofreram antropização e não conseguiram readaptar-se por si só. Referências Bibliográficas BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 313, de 20 de março de 2002. Dispõe sobre Área de Preservação Permanente. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF , 22 nov. 2002.
  • 4. MELO, D. R. de. AS VEREDAS NOS PLANALTOS DO NOROESTE MINEIRO; Caracterizações pedológicas e os aspectos morfológicos e evolutivos. Mar.1993.218f. Dissertação (Mestrado)- Departamento de Geografia e Planejamento Regional do IGCE, UNESP, Campus de Rio Claro, Rio Claro, São Paulo, 1992 RIBEIRO, J. F; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do Bioma Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA, 1998. p. 89- 166. RAMOS, M. V. V. et AL VEREDAS DO TRIANGULO MINEIRO: SOLOS, ÁGUA E USO. Ciênc. Agrotec., Lavras, v. 30, n. 2, p. 283-293, mar./abr., 2006. WALTER, B. M. T. FITOFISIONOMIAS DO BIOMA CERRADO: SINTESE TERMINOLOGICA E RELAÇÕES LOFRISTICAS. Mar. 2006 Tese (Doutorado) – Departamento de Ecologia do Instituto de Ciências biológicas da Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, 2006 Delalibera, H. C.; Weirich Neto, P. H.; Lopes, A. R. C.; Rocha, C. H. Alocação de reserva legal em propriedades rurais: Do cartesiano ao holístico. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.12, p.286292, 2008.